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Agenda
FEIRAS AGRÍCOLAS A 6 e 7 de Abril 24H Agricultura Syngenta Cerca de 150 estudantes vão disputar a competição formativa mais aguardada do ano, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve e na Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, em Faro. De 24 a 28 de Abril XXXVI Ovibeja Espaço de diálogo e de inovação, a Ovibeja desafia para a abordagem conjunta à problemática das alterações climáticas, já está a receber inscrições para o IX Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja, já está a receber inscrições e manifestações de interesse para expositores e já tem o Secretariado a funcionar em pleno. De 17 a 19 de Maio XI Expoflorestal ‘Por Uma Floresta Viva’ não é apenas o lema da próxima Expoflorestal, é também um desígnio nacional defendido pelos agentes, pelas empresas e pela tutela. É no maior certame ibérico dedicado à fileira da floresta que todos se juntam para mostrar a vitalidade do sector. Novos ventos parecem soprar na floresta portuguesa EVENTOS SECTORIAIS A 9 e 10 de Fevereiro Feira 100% Agrolimiano O pavilhão da Expolima, em Ponte de Lima, vai receber IV Feira 100% Agrolimiano, uma iniciativa do município local. A matéria-prima que faz de Ponte de Lima local de essência genuína, valoriza, através deste evento os serviços e os produtos endógenos, ligados ao mundo rural do concelho. De 16 de Fevereiro a 10 de Março Festa da Amendoeira em Flor Vila Nova de Foz Côa prepara o mais atractivo dos eventos naquela região do Douro Superior. A Festa da Amendoeira em Flor, promovida pela Câmara local conta no cartaz com Aldo Lima, Herman José, Virgul, Luis Represas e Toy, nomes sonantes para atrair milhares de pessoas.
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De 24 a 26 de Maio X Feira de Caça, Pesca e Lazer em Ponte de Lima O município de Ponte de Lima e a Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima organizam a X Feira de Caça, Pesca e Lazer, visando a promoção dos recursos cinegéticos do concelho, assim como as suas potencialidades. De 8 de Agosto a 15 de Setembro de 2019 Feira de São Mateus Viseu prepara já a edição deste ano da Feira de São Mateus. A Viseu Marca reforça a aposta internacional, com um cartaz “mais carismático e irreverente”, e coloca os bilhetes à venda mais cedo que nunca. EVENTOS GASTRONÓMICOS De 1 a 28 de Fevereiro “Mês das Migas” no Concelho de Mora Os pratos de migas são opções constantes dos menus dos restaurantes locais, no entanto, durante este mês a oferta é adaptada ao evento, existindo mais variedades e diversas combinações. De 7 a 10 de Fevereiro Feira do Fumeiro de Vinhais Vinhais, no nordeste transmontano, prepara-se para receber milhares de visitantes na XXXIX edição da Feira do Fumeiro de Vinhais, que se realiza anualmente, em Fevereiro, desde 1981, e que se destaca das demais pelo seu fumeiro de excelência que lhe valeu a atribuição do título de “Capital do Fumeiro A 9 e 10 de Fevereiro Feira do Pastor e do Queijo em Penalva do Castelo Penalva do Castelo abre, como é habitual, o ciclo de feiras dedicadas à promoção e divulgação de um dos ícones da gastronomia portuguesa. O Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, inaugura a edição 2019 da Feira do Pastor e do Queijo.
De 22 a 24 de Março XIII Feira do Porco Alentejano O certame é um marco da valorização da fileira do porco alentejano, da projecção do Mundo Rural e da afirmação de Ourique como Capital do Porco Alentejano.
De 22 a 24 de Fevereiro XVIII Feira do Queijo do Alentejo Serpa vai receber mais uma edição de um evento que conta já com mais de uma centena de expositores inscritos, entre produtores e outras entidades. Estarão presentes queijos certificados com Denominação de Origem Protegida, como os nacionais DOP internacionais, entre outros tradicionais de ovelha e cabra.
A 9 e 10 de Maio Congresso Internacional de Avicultura A Associação Portuguesa de Engenharia Zootécnica (APEZ) organiza, nos próximos dias 9 e 10 de Maio a II edição do seu Congresso Internacional de Avicultura AVIS’19, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.
A 16 e 17 de Março Festa do Queijo Serra da Estrela O Município de Oliveira do Hospital prepara edição 2019 da Festa do Queijo Serra da Estrela. Considerada como o maior certame dedicado ao queijo Serra da Estrela, tem lugar em pleno centro da cidade, no largo Ribeiro do Amaral.
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Momento Vespa asiática ‘provoca’ quebra na produção de mel
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vespa asiática continua a ganhar terreno e já se encontra em 13 dos 18 distritos do continente. Na última campanha, a produção de mel caiu 15%, o que corresponde a menos mil toneladas produzidas, e os custos aumentaram. Apicultores pedem ajudas contra os prejuízos.
Sumário Doce é uma das iniciativas do ‘Viseu 2019, Destino Nacional de Gastronomia’ 05Viseu do Planeamento e das Infraestruturas inaugura Feira do Pastor e do Queijo 06Ministro 08Alfândega da Fé quer ser um destino gastronómico de Vinhais gera rendimento em nove concelhos transmontanos 09Fumeiro 10Agrolimiano mostra o mundo mural de Ponte de Lima “mostra” os melhores queijos nacionais e outros produtos regionais 12Serpa Côa tem programa definido para as Amendoeiras em Flor 2019 13Foz 16Festival mostra as melhores sopas de Sernancelhe 20Iguarias e vinhos do Tejo à prova em 58 restaurantes de espargo querem desconstruir ideia de vegetal gourmet 22Produtores Carnes de Montanha quer dar escala e mercado às carnes certificadas 23Associação da Agricultura espera que classificação do Barroso seja instrumento de desenvolvimento 26Ministro do Fumeiro de Montalegre rendeu 5,7 milhões de euros à região 28Feira aprovou mais três projectos de regadio para o distrito de Viseu 30Governo 32Secretário de Estado valorizou trabalho dos sapadores florestais 35Aldeias de Portugal promove turismo rural e gastronomia das indicações geográficas e das denominações de origem em debate no Cnema 36Protecção do Hospital prepara edição 2019 da Festa do Queijo Serra da Estrela 37Oliveira
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FICHA TÉCNICA Ano XIV | N.º 332 Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) jla.viseu@gmail.com | 968 044 320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Miguel Galante | Paulo Barracosa Departamento Comercial: Fernando Ferreira Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada Administração: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/ estatutoeditorial/ Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares Versão Impressa: 1000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
Agendado para o próximo mês de Março
Viseu Doce é uma das iniciativas do ‘Viseu 2019, Destino Nacional de Gastronomia’
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iniciativa Viseu Doce, agendada para público para a execução do projecto Viseu Arena e o lançamento da Março, integra o plano de acção de 2019 loja de turismo de Viseu, no mercado 02 de Maio. no âmbito da afirmação de Viseu como des“No primeiro semestre do ano irá ser lançado o concurso do Viseu tino nacional da gastronomia. Com eventos a Arena, é a assunção da cobertura do Mercado 2 de Maio, lançaremos acontecer todos os meses do ano na cidade, o concurso dentro de semanas, e será apresentada a loja do turisorganizados por diversas entidades culturais, mo que vai fazer a interacção com todo o mercado, que são obras e com o apoio da autarquia viseense, este ano estruturantes enquanto vida futura da cidade”, salientou Almeida o ponto em comum entre eles é a gastronomia, Henriques. sendo que em Março se realiza o Viseu Doce, O Viseu Arena irá a aprovação de câmara em breve e, afirmou evento criado a propósito do tema. o autarca, “será uma âncora futura do ponto de vista da promo“Há muitas iniciativas e não vamos estar toção, não só como destino de espectáculos e eventos, mas também dos os anos a inventar novas iniciativas, vamos como produção de eventos, uma vez que se trata de uma sala com subordinando à temática do ano que é uma das mais de cinco mil lugares e que poderá acolher eventos até três inovações, há também alguns eventos de discusmil pessoas”. são de gastronomia ligados ao nosso património, A futura loja de turismo e posto de informação, a instalar no como os nossos museus”, explicou António AlmeiMercado 2 de Maio, na zona histórica da cidade, que vai ter uma da Henriques. cobertura e será, segundo Almeida Henriques, um espaço “com Quanto ao Viseu Doce, o autarca disse que “a várias componentes, além do acolhimento do turista, também seu tempo será apresentada a programação, poruma lógica de Viseu ‘shopping’ com a presença de artesãos” da que, se até agora foram potenciados o vinho e a região. gastronomia, também está na altura de dar visibiO primeiro eixo, acções de valorização cultural e económica lidade à doçaria da região”, até porque, no seu enda gastronomia, vinhos e produtos locais de qualidade contemtender, “são coisas que estão muito associadas e, pla nove medidas, entre as quais a elaboração de um roteiro enquanto destino, são extremamente estimulantes”. aquiliniano gastronómico de Viseu e o desenvolvimento da car“A cozinha beirã é genuína e em Viseu temos uma ta gastronómica da região. gastronomia de excelência, através desta distinção As acções de apoio à qualificação de recursos e capacitação deste ano, queremos promover cada vez mais, desde operadores económicos, segundo eixo, contemplam quatro de os nossos restaurantes mais tradicionais aos mais medidas, e as acções de promoção, comunicação e animação sofisticados, aos mais recentes ‘chefs’ de cozinha, turística albergam 10 medidas. que se têm instalado no nosso território, a verdade é Com este plano de acções, Almeida Henriques quer aumenque temos boa qualidade em Viseu”, justificou Almeida tar o número de dormidas em Viseu, depois de, em 2017, “ter Henriques. chegado, praticamente, às 200 mil dormidas” e, em 2018, No dia da apresentação oficial de ‘Viseu 2019, Destiapesar de ainda não haver estatísticas, “tudo aponta que se no Nacional de Gastronomia’, o autarca salientou que o chegou à meta estabelecida de 250 mil” dormidas. plano de acção 2019/2020 assenta em quatro eixos que Viseu, nos últimos dois anos e meio, avançou o autarca, contemplam 30 medidas. O quarto eixo, acções de capassou de 1700 camas, “extremamente qualificadas, e hoje pacitação do destino e valorização de públicos, contém há mais 350 camas, o que permite ter para oferecer 2050, sete medidas, entre as quais o lançamento do concurso sendo que essas 350 são, sobretudo, alojamento local”. www.gazetarural.com
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Nos dias 9 e 10 de Fevereiro, em Penalva do Castelo
Ministro do Planeamento e das Infraestruturas inaugura Feira do Pastor e do Queijo
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enalva do Castelo abre, como é habitual, o ciclo de feiras dedicadas à promoção e divulgação de um dos ícones da gastronomia portuguesa. O Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, inaugura a edição 2019 da Feira do Pastor e do Queijo, que vai decorrer no centro da Vila nos dias 9 e 10 de Fevereiro. Em entrevista à Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Penalva do Castelo adiantou que a produção de queijo no concelho se “mantem”, garantindo que não faltará bom queijo na Feira e “de qualidade”. Francisco Carvalho elencou, no seu entender, os objectivos do “Projecto de Valorização dos Queijos da Região Centro, que devem passar por uma aposta na produção e não na divulgação do produto. Gazeta Rural (GR): Penalva abre o ciclo de feiras dedicadas ao queijo Serra da Estrela? Francisco Carvalho (FC): Essa é uma vantagem, na minha opinião. Já vi o calendário e acho que houve mais atenção por parte dos municípios em não fazer coincidir algumas feiras nos mesmos fins-de-semana. Nós nunca tivemos esse problema, mas é um risco fazer a primeira Feira do Queijo. É muito cedo, em pleno Inverno, e, naturalmente, para os visitantes é sempre mais agradável ter uma temperatura mais amena. Contudo, o queijo tem essa característica, pois deve ser feito no tempo frio e, com isso, é mais saboroso. Esta é a melhor altura para a produção e queijo, pelo que a qualidade está garantida e a quantidade será sensivelmente igual aos anos
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anteriores. Não faltará, com certeza, queijo na Feira. Esses foram os dados que reconhecemos na reunião que tivemos com os produtores. Temos dois dias de feira e o cenário é o mesmo dos anos anteriores, na Praça Magalhães Coutinho, numa tenda instalada para o efeito. Os produtores de queijo serão mais ou menos os mesmos do ano passado, mas haverá mais expositores de outros produtos, como vinho e artesanato, mantendo a feira aberta apenas a expositores locais. A abertura será presidida pelo senhor Ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, e conta com um programa de animação com grupos do concelho, mas também a Rosinha e o Quim Barreiros. As escolhas são discutíveis, mas foi a opção da organização. Haverá a tradicional prova de queijo, mas também de vinhos do Dão de produtores do concelho. GR: Disse que o número de produtores presentes na Feira é o mesmo do ano passado e que a autarquia os tem apoiado naquilo que pode. Significa isso que o sector está estabilizado no concelho? FC: Os produtores de queijo sabem que podem contar com a Câmara, não só na divulgação do produto,
também uma câmara frigorifica para alguns produtores de maçã Bravo de Esmolfe ali a colocarem e poderem prolongar as vendas até mais tarde.
levando-o a outros mercados, mas, também, comprometendo-se na organização de um evento, “Queijo à Chef”, no qual vamos continuar a apostar e que coloca o nosso queijo num patamar e dimensão bem mais elevado e para um público diferente. Também a promoção turística do concelho tem crescido, com destaque para o Hotel de Charme Casa da Ínsua, com a presença diária de turistas espanhóis, fruto da parceria com o grupo Parador, que escoam o queijo na Casa da Ínsua, mas também o de outros produtores do concelho. O projecto que temos para a Zona Empresarial de Esmolfe, da construção de uma infraestrutura, que inclui uma queijaria, ainda se mantem e já está candidatado ao quadro comunitário e que deverá arrancar este ano. Esta queijaria servirá para legalizar o queijo de alguns produtores que não tendo uma queijaria certificada ali poderão laborar o leite. GR: Como é que os produtores olham para esse projecto? FC: Alguns com bastante entusiasmo. Dois já me disseram que irão utilizar esta queijaria.
GR: Como olha para o projecto de valorização para os queijos da região Centro, que foi apresentado no final do ano passado? FC: Tudo o que seja para valorizar, promover e divulgar o queijo de Penalva do Castelo é positivo. É um projecto e, como tal, está sujeito a aprovação e a alterações. Foi essa a ideia com que fiquei. Fala-se na criação de uma escola de pastores e eu tenho algumas dúvidas. O que percebi, na apresentação do projecto, é que é mais para a divulgação e promoção na venda do produto, do que na produção. Aí fiquei um pouco séptico. Se os produtores de queijo não sentirem que vão ganhar algum incentivo, para se instalarem ou produzirem, tenho alguma dificuldade em ver resultados práticos desse projecto. Se não houver incentivos na produção, para que promover e divulgar se depois não há produto? É que a produção existente tem escoamento assegurado, pelo que não vale a pena promover a sua venda. Há que incentivar mais a pastorícia e a produção, para que seja possível o aparecimento de novos pastores e novos produtores. Apoiar a produção, como a alimentação, os pastos, a aquisição de animais e melhoramento das instalações é o caminho certo e será bem-vindo. Quanto à promoção, a que é feita na região, com as diferentes feiras, já é suficiente. GR: O projecto tem uma verba de dois milhões de euros? FC: Se forem bem geridos e aplicados, em que saiam beneficiados os produtores de queijo, recebem o meu aplauso. Se começarem a promover as cadeias comerciais não vale a pena. Esse dinheiro deve ser direccionado para a produção. Se não chegar a quem produz, o projecto não terá nenhum efeito prático.
GR: Esse projecto não se esgota no queijo? FC: Não. Terá um espaço de exposição comercial, onde os nossos agricultores poderão vender os seus produtores. Terá
ADD - Venha à descoberta…
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Autarquia aposta nos melhores sabores da região transmontana
Alfândega da Fé quer ser “um destino gastronómico”
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á restaurantes em Alfândega da Fé onde pode comer vários pratos típicos e exclusivos deste concelho. É o caso das sopas das segadas, uma iguaria que noutros tempos foi alimento dos segadores, que de Pelo sexto ano consecutivo sol a sol recolhiam o cereal dos campos. A receita inclui bacalhau, pão, ovos e vários condimentos. Há ainda quem lhe acrescente batata cozida. Bem regado com os azeites de Alfândega da Fé, o prato é uma delícia, mas há muitos outros que pode provar. Cabrito, cordeiro, entradas regionais, sobremesas confeccionadas com produtos locais e ainda pratos vegetarianos, compõe o menu dos restaurantes aderentes ao projecto Alfândega da Fé à Mesa, apresentado pela autarquia local. Trata-se de uma estratégia para dinamizar e promover a gastronomia local, atraindo mais visitantes ao concelho. Com uma vasta já há seis anos que anualmente, no mês de oferta de produtos de grande qualidade, paisagens de cortar a resFevereiro, a Câmara de Mora leva a efeito, piração, sítios e locais de interesse histórico, actividades turísticas e nos restaurantes do concelho, o Mês das Migas. culturais diversificadas, Alfândega da Fé possui um leque de atracNa sexta edição desta iniciativa gastronómica, tivos para o turismo, que se complementam com a oferta gastronóque decorre de 1 a 28 de Fevereiro, participam mica impulsionada com esta iniciativa. em Brotas, O Poço, em Cabeção, A Palmeira, Os Por esse motivo, a autarquia decidiu avançar com o projecto “AlArcos, O Fluviário e o Solar da Vila, em Mora, Afonfândega da Fé à Mesa”, que conta com a colaboração e parceria do so, Morense, O António, Bombeiros e Solar dos Lichef Marco Gomes. Este reputado cozinheiro é natural do concelho lases, em Pavia, o Forno. e está a acompanhar toda a implementação do mesmo. O próximo Os pratos de migas são opções constantes dos passo vai ser a formação e a definição da estratégia empresarial menus dos restaurantes locais, no entanto, durante junto dos restaurantes no cumprimento das regras da adesão e este mês a oferta é adaptada ao evento, existindo sua dinamização. mais variedades e diversas combinações. Os esparProdutores, empresários da restauração e agentes de turismo gos, os coentros, os enchidos, a batata, as ovas, o local estiveram presentes no arranque oficial do projecto. Os bacalhau e claro está, o pão alentejano, são apenas restaurantes “O Garfo II”, “Sá&Moura” e “São Sebastião” foram alguns dos ingredientes que compõem estes pitéus. os primeiros a aderir e a autarquia espera que até à Festa da As receitas são de base tradicional, fazendo das Cereja, que acontece em Junho, mais restaurantes se juntem ao migas um dos pratos mais típicos da gastronomia projecto. alentejana. Pode dizer-se que para quem procura a tradição local à mesa, os pratos de migas são autênticas caixas de recordações que reportam para os tempos antigos. Sendo Fevereiro um mês de época baixa, a Câmara de Mora, entidade organizadora deste e de outros eventos que levam movimento ao concelho, assume como objectivo primordial do Mês das Migas a valorização da gastronomia e dos restaurantes locais, através da promoção de um prato típico tão apreciado pelo público em geral. Nesta edição, à semelhança do que sucedeu em 2018, a organização volta a criar abertura para a realização de “Migas com Chefe”, um conceito diferenciador, em que cozinheiros com percursos profissionais distintos são convidados a cozinhar com as equipas dos restaurantes participantes do Mês das Migas, cujas confecções serão depois colocadas à prova dos clientes. “Migas com Chefe” acrescenta valor e dinamiza o Mês das Migas.
Fevereiro é “Mês das Migas” no Concelho de Mora
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Certame vai decorrer de 7 a 10 de Fevereiro
Fumeiro de Vinhais gera rendimento em nove concelhos transmontanos
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fumeiro de Vinhais gera rendimento a enchidos num ano que se perspectiva bom para o fumeiro com frio, produtores de nove concelhos transmongeadas e pouca humidade, como salientou, na apresentação do certanos que vão marcar presença no segundo fim tame, Pedro Fernandes, coordenador-técnico da Associação Naciode semana de Fevereiro na feira anual, que é nal de Criadores de Raça Bisara (ANCSUB). uma montra dos negócios em torno dos enchiEsta raça suína é a responsável pela carne que distingue este dos. fumeiro e os animais destinados à transformação são controlados Há 39 anos que o município de Vinhais e a Asao longo do processo e para a feira deste ano foram registados 500 sociação Nacional de Criadores de Raça Bísara porcos. (ANCSUB) organizam o evento que actualmente Durante os quatro dias da feira, a procura supera a oferta, mas gera “seis milhões de euros” em negócios e contambém ao longo do ano o sector tem sentido um incremento nas ta, entre 07 e 10 de Fevereiro, com mais de 450 diferentes vertentes, como indicou o técnico da associação. A raça expositores, 70 dos quais com o fumeiro certifipassou de quatro mil porcas reprodutoras, na década de 1990, cado de Vinhais, que tem todas as peças com propara seis mil e o número de explorações duplicou, sendo actualtecção comunitária Indicação Geográfica Protegida mente de 200. (IGP). Esta é uma raça protegida e que pode ser produzida do rio Tejo Desde que se cumpra a receita e os requisitos impara cima e não só em Vinhais. postos pela certificação, este fumeiro pode ser pro“Ganhou nome e os próprios agentes da restauração começaduzido em vários concelhos do distrito de Bragança ram a mostrar interesse no produto. Cerca de 80% da produção e parte dos de Valpaços e Chaves, no distrito de Vila é em leitão e não chega para a procura que há”, contou Pedro Real. Quase metade dos 70 pequenos produtores Fernandes. presentes na feira é de fora do município de Vinhais, A maioria do leitão é vendida para a zona do grande Porto num total de nove concelhos representados também e começa a ter também procura na Bairrada, segundo ainda com oito unidades industriais. aquele responsável. O presidente da câmara, Luís Fernandes, sublinhou Outro factor que impulsionou também muito a produção foi a importância económica daquele que é o fumeiro a certificação da Alheira de Mirandela (IGP) que obriga a usar mais caro do país, com o quilo do salpicão a 40 euporco bísaro na produção. ros, para o concelho de Vinhais e para toda a região, Este ano a feira não conta na organização com Carla Alves, também pelo movimento turístico com cerca de “80 mil que está associada ao desenvolvimento tanto do fumeiro visitantes” esperados na feira. como da raça bísara, e que assumiu recentemente o cargo A organização anunciou a presença do ministro da de directora regional de Agricultura e Pescas do Norte. Agricultura, Capoulas Santos, na abertura do certame O município investe “entre 150 a 200 mil euros” nesta feique em torno do fumeiro promove também outros prora, um montante que “se justifica atendendo à projecção e dutos regionais e actividades ligadas ao sector agrícola. à importância que ela tem, como vincou o presidente da A feira é também festa com animação, gastronomia e câmara, realçando que há jovens que começam a fazer do concursos com prémios para os melhores exemplares dos fumeiro um modo de vida. www.gazetarural.com
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Nos dias 9 e 10 de Fevereiro, na Expolima
Agrolimiano mostra e potencia o mundo rural de Ponte de Lima A
Expolima, em Ponte de Lima, volta a ser palco de mais um evento promovido pela autarquia local, que visa mostrar e divulgar o que de melhor tem o mundo rural do concelho. A IV Feira 100% Agrolimiano vai decorrer a 9 e 10 de Fevereiro e nela estarão representados os diferentes sectores agrícolas do concelho. Esta mostra tem como principal objectivo a promoção e valorização dos produtos e serviços associados ao mundo rural de Ponte de Lima, como a produção de vinho verde, leite, enchidos e fumados, animais, sidra, fruta, cogumelos, mel, entre muitos outros. No lançamento da quarta edição, o vereador da Educação, Turismo e Desenvolvimento Rural desta autarquia minhota, em conversa com a Gazeta Rural, destacou algumas actividades do programa da Agro deste ano, mas também a importância deste, e de outros eventos, para a sustentabilidade do mundo rural e dos empresários que nele trabalham. Paulo Jorge Sousa lembrou que, por exemplo, o sector dos enchidos representa para Ponte de Lima um volume de facturação “entre 20 e 30 milhões de euros” anuais. Gazeta Rural (GR): Vai haver novidade na Agro deste ano? Paulo Jorge Sousa (PJS): Sim, vamos ter uma grande representação de entidades associadas ao mundo rural do nosso concelho, assim como os II Agro Jogos de Ponte de Lima, contando com várias Escolas Profissionais, que de uma forma muito interessante, desportiva e competitiva, vão desenvolver algumas actividades associadas ao mundo rural e ao campo, alimentando Feira no centro do pavilhão da Expo Lima. Vamos ter, também, um conjunto de actividades ligadas ao mundo equestre e agro-pecuário, no centro da Feira, com jovens a amanhar os animais, nomeadamente ovinos da raça Frísia.
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Procuramos, neste certame, ter representados os vários sectores agrícolas representativos do concelho, dando a conhecer não só os empresários locais, os produtos inovadores que são desenvolvidos no concelho, desde o sector do leite, aos enchidos, aos licores, à cerveja artesanal, às compotas, aos pequenos frutos, aos cogumelos, ou seja, há um conjunto de transformados que irão ser apresentados neste evento e que irão, certamente, valorizar o nosso mundo rural, mas, por ouro lado, servir como uma fonte de negócio para os nossos empresários.
GR: Se olharmos para a Agrolimiano, a Feira do Porco e das Delícias do Sarrabulho é o resultado daquela? PJS: Exactamente. Diria, contudo, que a Feira do Porco e das Delícias do Sarrabulho é um excelente mote para a Agro, sendo o reflexo de parte desses sectores, em que Ponte de Lima factura entre 20 e 30 milhões de euros anuais, só no sector do fumeiro, tornando-se numa referência, com várias empresas de dimensão nacional, que produzem produtos de grande qualidade, inovadores, como enchidos com carnes brancas, como o frango, peru e o pato. Estou certo que estes produtos vão de encontro às novas preferências do consumidor e, por isso, só temos que estar felizes, enquanto concelho, por termos grandes empreendedores e grandes empresários que conseguem inovar num sector não difícil como o agroalimentar.
GR: Ponte de Lima não pára? PJS: Ponte de Lima tem esta dinâmica que é fundamental para o desenvolvimento do seu território e também para
o desenvolvimento socioeconómico do concelho, pois através destas feiras estamos a captar a atenção de muitos visitantes e turistas, que procuram Ponte de Lima todos os fins-de-semana, que vêm degustar a nossa excelente gastronomia na restauração do concelho, mas que encontram também nestes eventos um excelente mote para conhecer prestadores de serviços e novos produtos para o lar, em termos gastronómicos, e que, estou certo, há sempre algo de novo para conhecer em Ponte de Lima e esse é o nosso desafio, criando novas perspectivas através destas feiras. GR: A Agro é um certame recente. Onde a posiciona no quadro de eventos do concelho? PJS: É uma feira que tem vindo a crescer de forma sustentada e o objectivo prioritário, para nós, é dar um sinal de confiança aos nossos empresários, pois como estamos numa zona de minifúndio encontram algumas dificuldades no sector, que são naturais e que existem em todo o país, mas o nosso objectivo é dar-lhes visibilidade, trazer ‘stakeholders’ para conhecerem os seus projectos e produtos de grande qualidade, criar novos canais de comercialização, para que tenham mais sustentabilidade e que tenham um futuro mais risonho. Com isto, e é outro dos nossos objectivos, queremos fixar jovens no nosso mundo rural, porque temos que continuar a manter a paisagem, continuar a ter um sector primário forte e que seja aliciante para todos. Estes são também os objectivos da Agrilimiano, que pretende, também, dar a conhecer alguns empresários que, de outra forma, não teriam possibilidades de promoção e visibilidade para encontrar novos parceiros e para manter a sua sustentabilidade.
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De 22 a 24 de Fevereiro, no Parque de Feiras e Exposições
Serpa mostra os melhores queijos nacionais e outros produtos regionais
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m dos certames mais emblemáticos do Alentejo está à porta. De 22 a 24 de Fevereiro, no Parque de Feiras e Exposições, em Serpa, terá lugar a XVIII Feira do Queijo do Alentejo. Até ao momento, a Feira conta já com mais de uma centena de expositores inscritos, entre produtores e outras entidades. Estarão presentes queijos certificados com Denominação de Origem Protegida, como os nacionais DOP - Serpa, Amarelo da Beira Baixa, Picante, Ovelha de Castelo Branco, Azeitão, Nisa, Évora e Serra da Estrela - queijos certificados em Modo de Produção Biológico, queijos internacionais, entre outros tradicionais de ovelha e cabra. Estarão presentes outros produtos regionais como os enchidos, o azeite, o vinho, o mel e as queijadas de requeijão, em simultâneo com um diversificado programa de actividades culturais e de animação. reiro, no Consulado Português, em Sevilha. As actividades relacionadas com a agro-pecuária e pastorícia Este certame é uma organização da Câmara de também vão marcar também presença, com destaque para as Serpa e da Comissão promotora fazem parte a Frioficinas de fabrico do queijo, a exposição de ovelhas, as demosserpa, Instituto Politécnico de Beja – Escola Superior trações de tosquia e o desfile de ovelhas pelas ruas da cidade Agrária, Confraria do Queijo de Serpa, Associação de de Serpa. Integrado na Feira decorrerá também o Concurso “O Agricultores do Concelho de Serpa, Rota do GuadiaMelhor Queijo da Feira”. na- ADI, Acos – Associação de Agricultores do Sul, EsA gastronomia e os petiscos locais são uma das grandes recola Profissional de Desenvolvimento Rural de Serpa, ferências deste certame, pelo que a oferta disponibilizada nas Aproserpa – Associação de Produtores do Concelho de várias tasquinhas é muito diversificada. Serpa. Uma das grandes novidades desta edição prende-se com o Conta, também, com a colaboração do Instituto Nafacto de na Feira só existirem copos reutilizáveis, uma mecional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), Asdida do Município para reduzir gradualmente a utilização de sociação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL); materiais plásticos descartáveis. o patrocínio do CA Crédito Agrícola e Intermarché e Para aguçar o apetite, decorrerá entre os dias 18 e 24 de apoio da 365 Alentejo-Ribatejo, Turismo de Portugal, Fevereiro, a Semana Gastronómica do Queijo, com mais de Turismo do Alentejo, Agência Regional de Promoção Tu30 restaurantes do concelho a apresentarem ementas onde rística do Alentejo, Juntas e Uniões de Freguesia do coneste produto é presença forte, servindo como factor de procelho de Serpa. moção de Serpa, do seu património e da sua gastronomia. Para levar a Feira do Queijo do Alentejo ainda mais longe, o município está a organizar dois eventos promocionais. Mostra, degustação e venda de queijo e outros produtos de Serpa, acompanhados por actuações de grupos corais do concelho serão o mote. O primeiro evento terá lugar no dia 2 de Fevereiro, na Casa do Alentejo, em Lisboa e o segundo momento está agendado para o dia 13 de Feve-
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De 16 de Fevereiro a 10 de Março
Foz Côa tem programa definido para as Amendoeiras em Flor 2019
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m Vila Nova de Foz Côa prepara-se o mais atractivo dos eventos que nesta altura do ano atrai milhares de visitantes aquela região do Douro Superior. A Festa da Amendoeira em Flor, promovida pela Câmara de Foz Côa, vai decorrer de 22 de Fevereiro a 10 de Março e conta no cartaz com Aldo Lima, Herman José, Virgul, Luis Represas e Toy, nomes sonantes para atrair milhares de pessoas. “É comum dizer-se que é no Douro que tudo acontece. Mas é em foz Côa, sinalizado no mapa da interioridade, que surgem evidências incomensuráveis, capazes de deslumbrar quem nos visita. Estamos definitivamente no ponto de partida do reino maravilhoso de Miguel Torga”, refere a autarquia duriense. As amendoeiras em flor, nesta época do ano, atraem milhares de turistas à capital das amendoeiras em flor. Apesar das amplitudes térmicas incaracterísticas a que o território está sujeito ao longo do ano, nesta altura predomina um tempo frio e bastante seco. Mas é com este tempo (incaracterístico) e nesta região (Douro Superior) que a Primavera desabrocha numa floração magnifica de branco e rosa. “Conscientes de tal atractividade, tornarmo-nos pioneiros na elaboração das grandiosas festividades alusivas à contemplação de tal floração” refere a nota, acrescentando que o município “ao apostar forte na divulgação e na realização deste certame, o endógenos) são motivos motivacionais mais que retorno evidencia-se como um investimento”. suficientes para se deslocar ao concelho de Foz Esta XXXVIII edição conta com mais de 40 actividades distriCôa. buídas entre 16 de Fevereiro a 10 de Março, estando, no entanto, O desfile etnográfico do dia 10 de Março é o culreservada a sua abertura oficial para o dia 22 de Fevereiro pelas minar de um cruzamento perfeito entre emoções e 21 horas no centro cultural da cidade. sensações únicas - trilhos da memória das nossas A diversidade de opções temáticas culturais, a animação mugentes - e a força das formas inspiradas da natureza, sical e a aposta nas sinergias locais (associativismo e recursos da história e da arte.
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Nos meses de Fevereiro e Março
Moncorvo promove festividades das Amendoeiras em Flor com várias actividades
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Câmara de Torre de Moncorvo prepara no decorrer dos meses de Fevereiro e Março, inúmeras actividades para sinalizar o regresso das amendoeiras em flor. O florescimento das amendoeiras é uma época bastante marcante na região do Douro Superior, tornando Torre de Moncorvo um ponto turístico bastante apelativo. Dias 22, 23 e 24 de Fevereiro e 2, 3 e 5 de Março irá realizar-se o Mercado A(gosto), que vai contar com a venda de produtos regionais, animação infantil, workshops e animação musical, no mercado municipal. No âmbito cultural irá ocorrer no dia 9 de Fevereiros, na Biblioteca Municipal, a apresentação do livro “Identidades que se comem” de António Manuel Monteiro e no dia 16 de Março a apresentação do livro “Amêndoa coberta de Moncorvo na rota da doçaria barroca” de António Manuel Monteiro. O cineteatro de Torre de Moncorvo recebe uma sessão de Stand-up Comedy com Joel Ricardo Santos e João Seabra, no dia 9 de Fevereiro, e um concerto com os “Happy Mess”, no dia 2 de Março. Na área gastronómica, realiza-se o fim-de-semana gastronómico, destacando-se como especialidade a experimentar o borrego da Churra da Terra Quente, nos dias 1 a 3 de Março, nos restaurantes aderentes. Muitas outras actividades irão acontecer como a rota das pipas, o troféu TT Nordeste “Resistência da Flor” e a rota das amendoeiras, na Açoreira; a feira do pão em Carviçais e o passeio pedestre da flor da amendoeira na Cardanha. Motivos mais do que suficientes para programar uma visita a Torre de Moncorvo e conhecer as belíssimas paisagens, a magnífica gastronomia e as suas gentes acolhedoras.
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Evento vai na sexta edição e decorre de 15 a 17 de Fevereiro
Festival mostra as melhores sopas de Sernancelhe
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sopa, considerada o prato mais antigo do mundo, vai novamente ser rainha em Sernancelhe de 15 a 17 de Fevereiro, durante o VI Festival de Sopas e Encontro de Ranchos. Para fazer jus à tradição e respeitar a herança gastronómica do concelho, 17 associações locais preparam-se para criar milhares litros de sopa, prometendo sabores distintos, ricos em produtos endógenos, condimentados com a etnografia dos 10 ranchos folclóricos do norte de Portugal que subirão ao palco do Expo Salão. Tendo como grande objectivo dar a conhecer Sernancelhe, enquanto território que privilegia a memória cultural do seu povo, o Festival de Sopas é um evento que posiciona o concelho como apostado na valorização dos saberes e sabores de antigamente, recuperando receitas e técnicas de confecção diferenciadoras das suas aldeias. Por outro lado, o evento vai ao encontro do conceito de cultura biológica, ainda muito presente nas hortas e quintais das aldeias, promovendo uma mostra de 17 sopas confeccionadas com os legumes trazidos pelas associações participantes. Aos milhares de visitantes é dada a possibilidade de provarem sopas originais, com ingredientes frescos e que não conhecem produtos químicos. A sopa é o somatório dos sabores da terra ao saber que passou de geração em geração e que, caso agora não fosse impulsionado com iniciativas como este festival, corriam o risco de se perder. A par da capacidade gastronómica de cada associação, o evento contará com a etnografia. Ao palco subirão, durante os três dias, dez Ranchos Folclóricos, numa demonstração da cultura de várias regiões do nosso país. Da serra ao litoral, da Beira Alta ao Minho, são várias as actuações que trarão cor e alegria.
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A sexta edição do Festival de Sopas e Encontro de Ranchos decorrerá no Expo Salão, de Sernancelhe, onde os visitantes encontrarão exposições de artes e ofícios, podem contactar com usos e costumes e degustar gratuitamente as sopas que contam a história de um povo. Durante três dias, este evento, que terá entrada livre e dezassete sopas para prova, contará com uma exposição etnográfica das artes e dos ofícios de antigamente, onde não faltarão as antigas cozinhas da aldeia, as tabernas e os espaços agrícolas típicos dos meios rurais.
A realizar de 20 a 22 de Abril
Toy e Teresa Salgueiro são cabeças de cartaz nas Festas do Concelho de Constância
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“maior evento cultural, ao longo do ano, que se realiza no concelho”, como o apelidou o presidente da Câmara de Constância, vai decorrer de 20 a 22 de Abril. O cartaz das Festas do Concelho 2019/ Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem tem em Toy e Teresa Salgueiro os cabeças de cartaz. Depois de realçar a importância das Festas para o concelho, o presidente da Câmara, Sérgio Oliveira, lembrou que as mesmas “têm uma longa tradição no concelho de Constância, que visam homenagear o nosso passado marítimo e sobretudo da vila, passado ligado aos rios e à actividade marítima, mas também com o simbolismo da devoção a Nossa Senhora da Boa Viagem e a protecção dela aos homens que passavam mais tempo da sua vida nos rios do que em terra”. As festas ficam marcadas pelas ruas floridas, uma das atracções, sendo a maior de todas a subida dos barcos Tejo acima até à confluência com o Rio Zêzere, onde decorre a bênção dos mesmos e das viaturas. Destaque, também, para a procissão em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem, as tasquinhas, a mostra nacional de artesanato e doçaria, o Grande Prémio da Páscoa em Atletismo e muita animação de rua. “São festas que envolvem não só a Câmara Municipal, mas também as associações, as escolas e a população em geral, seja no trabalho do embelezamento das ruas, seja na dinamização dos quiosques de venda de bebidas e das tasquinhas por parte das associações”, referiu Sérgio Oliveira. O autarca salientou o “trabalho colectivo da comunidade, que já trabalha para as festas, dignificando e engrandecendo o concelho”. Considerou ainda, em relação ao cartaz, que se pretende “uma festa moderna, mas sem nunca esquecer a sua matriz”, que procura “conciliar os diversos gostos musicais”.
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Seria “uma decisão muito arriscada e desadequada”
Portugal contra reintrodução na UE castas de vinho de baixa qualidade
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ministro da Agricultura, Capoulas Santos, opôs-se a uma proposta da Comissão Europeia de permitir que voltem a ser plantadas na União Europeia (UE) castas de vinho de baixa qualidade, mas mais resistentes. “Depois de tanto investimento na restruturação da vinha, nos últimos 20 anos, e que permitiu chegar a padrões de qualidade, abrir a possibilidade de haver outras castas completamente diferentes das nossas tradicionais poderia pôr em causa esse enorme esforço que colocou os vinhos portugueses e os europeus no ‘top’ mundial”, disse Luís Capoulas Santos. Para o ministro, a introdução de castas que produzem vinho de baixa qualidade pelo motivo de serem mais resistentes a doenças, o que reduz o uso de pesticidas, seria “uma decisão muito arriscada e desadequada”, tendo manifestado a oposição portuguesa. “Do nosso ponto de vista, as propostas da comissão não estão suficientemente fundamentadas”, adiantou aos jornalistas portugueses o ministro, à margem de uma reunião com os seus homólogos da UE.
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A proposta da Comissão Europeia é contestada por Portugal e outros 11 Estados-membros que no seu conjunto representam 90% da produção europeia de vinho e defendem a manutenção do ‘status quo’. A proposta do executivo comunitário, que não disponibilizou aos ministros os estudos que fundamentam a mesma, prevê a possibilidade de os Estados-membros e sector vinícola de usarem variedades de uvas que pertencem às espécies Vitis Labrusca e castas Noah, Othello Isabelle, Jacquez, Clinton e Herbemont, que estiveram durante anos banidas por razões que Bruxelas já não considera válidas. Para além de Portugal, a proposta é contestada por países grandes produtores de vinho de qualidade, como a França, Espanha, Itália e Grécia, que concordam que esta põe em causa a reputação dos vinhos europeus.
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Sangalhos recebe a grande festa do sector em jantar e cerimónia
Os melhores do vinho e da gastronomia são distinguidos a 15 de Fevereiro
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jantar e cerimónia de anúncio e entrega dos ‘Prémios Grandes Escolhas’ tem lugar, este ano, a 15 de Fevereiro, em Sangalhos, no concelho da Anadia, em plena Região Demarcada da Bairrada. O objectivo é homenagear e galardoar pessoas, projectos, legados e entidades associados ao mundo do vinho e da gastronomia. A novidade deste ano é a categoria Cozinha do Mundo que, deste modo, aumenta o número de ‘Troféus Grandes Escolhas’ para vinte. De acordo com a organização, são entregues o prémio carreira Senhor do Vinho, uma homenagem da Grandes Escolhas; a distinção David Lopes Ramos, a quem tem vindo a dar destaque à nossa cozinha; e o Troféu Grandes Escolhas Singularidade, a quem marca positivamente pela diferença. Há, ainda, as categorias de Adega Cooperativa, Empresa, Empresa de Vinhos Generosos, Enólogo, Enólogo de Vinhos Generosos, Enoturismo, Garrafeira, Loja Gourmet, Organização Vitivinícola, Produtor, Produtor Revelação, Restaurante, Restaurante de Cozinha Tradicional, Sommelier, Viticultura e Wine Bar. A revista distingue ainda aquela que considerou ser a melhor Campanha Publicitária do ano, com a entrega de um diploma. Na esfera das distinções vão ser galardoados ‘Os Melhores Vinhos do Ano’. O corpo editorial da Grandes Escolhas apurou os melhores vinhos, de entre aqueles que
foram provados ao longo de 2018. O resultado são 250 grandes vinhos de todas as regiões, e é desta lista que sairá o anúncio dos melhores entre os melhores: o ‘Top 30 Grandes Escolhas’, vinhos que desafiam o tempo e que são um sonho para qualquer amante de vinhos. A revista mensal especializada Grandes Escolhas, que conta já dois anos, está a ultimar os preparativos para que seja, uma vez mais, uma noite inesquecível! Quem serão as personalidades a destacar no mundo do vinho e da gastronomia? Tudo permanece, para já, em segredo.
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IX edição do ‘Tejo Gourmet’ decorre em Fevereiro
Iguarias e vinhos do Tejo à prova em 58 restaurantes
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comida e o legado báquico são indissociáveis à boa mesa portuguesa. Com esse pressuposto, a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo e a Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo voltam a promover o ‘Tejo Gourmet - Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo’, este ano na nona edição e com o número recorde de restaurantes inscritos. São 58 aqueles que durante o mês de Fevereiro vão ter à prova dos jurados - mas também dos clientes um menu idealizado para este concurso, composto por entrada, prato e sobremesa, sempre na companhia de Vinhos do Tejo. Esta iniciativa conjunta tem como objectivo promover os Vinhos do Tejo certificados (DOC e regionais) e aumentar a sua oferta nas cartas vínicas. Em simultâneo, quer premiar e divulgar os restaurantes com as melhores harmonizações entre os seus pratos e os néctares desta região vitivinícola. ‘Cozinha Tradicional’, ‘Cozinha de Autor’ e ‘Cozinha Internacional’ e ‘Casa de Petiscos’ são as categorias a que se podem candidatar os restaurantes que participam no Tejo Gourmet, desafio que este ano atingiu o número recorde de inscritos, provenientes de Norte a Sul do país: do Porto até Olhão, passando por Valongo, Vila Nova de Poiares, Mealhada, Coimbra, Pombal, Ourém, Tomar, Abrantes, Paredes de Vitória, Alcobaça, Caldas da Rainha, Salir do Porto, Torres Novas, Rio Maior, Cadaval, Alpiarça, Santarém, Almeirim, Cartaxo, Torres Vedras, Aveiras de Cima, Vila Nova da Rainha, Vila Franca de Xira, Lisboa, Sesimbra, Évora, Montemor-o-Novo, Albufeira, e com um desvio ao Funchal, na Ilha da Madeira.
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O anúncio e entrega dos prémios acontecem por ocasião da ‘Gala Tejo 2019’, a 18 de Maio, no Hotel dos Templários, em Tomar. A lista de premiados é composta por ‘O Melhor Restaurante’, ‘Melhor Cozinha Tradicional’, ‘Melhor Cozinha de Autor’, ‘Melhor Cozinha Internacional’, ‘Melhor Casa de Petiscos’, ‘Restaurante Revelação’, ‘Melhor Promoção’, ‘Melhor Carta de Vinhos’, ‘Melhor Entrada’, ‘Melhor Prato’, ‘Melhor Sobremesa’. São também atribuídos, nestas categorias, diplomas de ouro e de prata. Criado em 2010 pela Comissão Vitivinícola do Tejo, o ‘Tejo Gourmet - Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo’ começou por ser um concurso de âmbito regional. Em 2014, passou a contemplar os restaurantes de lés-a-lés de Portugal, incluindo as ilhas dos Açores e da Madeira. Esta mudança contribuiu para o seu crescimento, quer em qualidade, quer em quantidade no que diz respeito ao número de restaurantes participantes.
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Reunidos em Felgueiras
Produtores de espargo querem desconstruir ideia de vegetal gourmet
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s produtores nacionais de espargo estão apostados em desconstruir a ideia de que a utilização do espargo na gastronomia portuguesa se associa, exclusivamente, a uma vertente gourmet. Esse foi o mote para o I Encontro Nacional dos Produtores de Espargo, que decorreu em Felgueiras. A iniciativa, organizada pela Cooperativa Agrícola - Terras de Felgueiras, pretendeu também alertar e sensibilizar o sector para a necessidade de profissionalizar a produção e comercialização do espargo em Portugal. “Queremos despertar e fomentar o interesse pelo cultivo desta iguaria, evitando que se crie uma moda do espargo e que esta moda possa depois denegrir a cultura e todos os anos de esforço por parte dos empresários já instalados. O espargo nacional tem um enorme potencial, mas para isso temos de ser profissionais, desde a produção até à comercialização”, considerou Rui Pinto, director da Cooperativa Agrícola - Terras de Felgueiras. O mesmo responsável reforçou que “neste momento, podemos dizer que estamos no ano zero em termos de sensibilização por parte da gastronomia para com esta cultura. Ainda associamos muito o espargo a pratos mais elaborados de alta cozinha. Em Portugal, à excepção dos grandes centros - Lisboa e Porto -, o consumo deste vegetal é muito reduzido e os principais clientes do espargo nacional são Espanha e França, onde é um produto com muita aceitação, apreciado de várias maneiras e generalizado por toda a população”.
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Originários da Ásia e cultivados desde a antiguidade, os espargos integram de diferentes formas as refeições, seja como entradas, sopas, saladas, acompanhamento de pratos elaborados ou sob a forma de soufflé. Os espargos contêm diversas propriedades nutricionais que começam na proteína vegetal e no alto teor de fibras. Mas há outros benefícios a ter em conta, como, por exemplo, baixos em calorias, com apenas 20kcal em cinco espargos; isentos de colesterol; ricos em potássio, que desempenha um papel importante no metabolismo celular; importante fonte de fibras solúveis e de ácido fólico; ricos em vitamina C; fonte do complexo de vitamina B; contém antioxidantes e é uma fonte de ferro.
Projecto arranca com dez raças
Associação “Carnes de Montanha” quer dar escala e mercado às carnes certificadas
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rás-os-Montes tem cerca de nove mil produtores de raças certificadas que uma nova associação quer juntar para ganharem escala e mercado fora da região. A Associação NaturalCoop de Carnes de Montanha já foi constituída e vai ser apresentada publicamente “em breve”, como adiantou Álvaro Mendonça, técnico que está a acompanhar o desenvolvimento do projecto. A iniciativa arranca com dez raças de ovinos, caprinos, bovinos e suínos e tem como propósito concentrar a carne num local de desmanche e comercialização. Até essa fase serão necessários outros passos como o estudo de mercado para o qual foi lançado um concurso público com o apoio da Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes. A CIM financia o estudo que pretende apurar a apetência do mercado, nomeadamente em relação a novos produtos ou novas formas de apresentar as carnes certificadas, como indicou Álvaro Mendonça. O técnico apontou o exemplo do borrego ou cabrito que, por norma, só se encontram à venda em determinadas épocas do ano. “Reabituar as pessoas a comer este tipo de carne” é uma das apostas que pode passar por disponibilizar peças mais fáceis de confeccionar, em vez da carcaça como é hábito. “O estudo vai-nos dar informação para saber quem são os potenciais clientes, se o consumidor final, supermercados, talhos, e o que querem”, explicou. O passo seguinte será a criação de uma marca-chapéu para comercializar as carnes e a escolha de um local para processar todo o circuito, que pode passar por negociar com um dos matadouros já existentes na região, segundo admitiu. A associação ainda não tem estimativas de valores de investimento para essas fases posteriores, mas necessita de cerca de 100 mil euros para os primeiros passos que pretende candidatar a fundos comunitários. milhares de quilos”, sustentou. O projecto tem como finalidade fazer “o que há já muitos O projecto arranca com dez raças, nomeadamente a anos se tenta”, que é juntar os produtores das raças certifisuína Bísara, as caprinas Serrana, Preta de Montesinho cadas, geralmente com Denominação de Origem (DOP), “que e Bravia, as bovinas Maronesa e Minhota, e as ovinas por si só são empresas demasiado pequenas para chegar ao Churra da Terra Quente, Churra Galega Bragançana mercado fora de Trás-os-Montes”. Branca, Churra Galega Bragançana Preta e Churra GaPara o efeito, foi constituída a associação/cooperativa lega Mirandesa. A ambição é, no futuro, agregar outras que vai comercializar toda a carne com a “garantia de quaraças de diferentes zonas do país. lidade, de animais criados em regime extensivo e a pensar O projecto conta ainda com a parceria de diversas insno bem-estar animal, e a preocupação de manter as zonas tituições ligadas à investigação e ensino e das Comunidade montanha ocupadas e as pessoas no meio rural”. “A des Intermunicipais. mais valia é que vamos vender mais barato, vamos vender uns milhares de toneladas, em vez de cada um vender uns www.gazetarural.com
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Presidente da Câmara desafiou o ministro a apoiar o projecto
Mirandela quer avançar com projecto turístico dos Passadiços do Tua
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ideia é ligar as praias fluviais à zona verde de Mirandela e interligar este projecto com a nova mobilidade do Tua, que está previsMais de cinco mil árvores plantadas ta avançar no Verão, com comboios e barcos. A presidente da Câmara de Mirandela, Júlia Rodrigues, desafiou o ministro do Ambiente a apoiar financeiramente o projecto turístico local dos Passadiços do Tua, que visa aproveitar o potencial natural das margens dos rios da região, e cujo projecto vai ser agora “estudado, avaliado o custo e preparada a candidatura”. O ministro Matos Fernandes garantiu que vai “certamente avaliar o projecto”, mas frisou que “já lá vai o tempo em que os ministros vinham às terras trazer as boas novas a propósito de pouca coisa”. Ainda assim, o governante apontou que “só este ano, estão disponíveis sete milhões de euros para apoiar um conjunto vasto de projectos” no domínio da Conservação da Natureza. Matos Fernandes deslocou-se a Trás-os-Montes para visitar os trabalhos de reabilitação do Cachão e conhecer, numa cerimónia em ais de cinco mil amendoeiras estão a ser Mirandela, vários projectos em preparação ou já em curso nesta plantadas no concelho de Vila Pouca de zona do distrito de Bragança. Aguiar, que recebe pela primeira vez produção No Vale do Tua estão em curso outros projectos como as “portas” intensiva de amêndoa. São mais de treze hectade entrada, com um investimento de 350 mil euros para execures de terreno para a instalação de milhares de tar em seis meses nos cinco concelhos da área de abrangência árvores em que a semente do seu fruto é a amêndo Parque Natural regional, nomeadamente Carrazeda de Ansiães, doa. Mirandela, Vila Flor, Alijó e Murça. No concelho, há cerca de uma dezena de novos Cada um dos municípios disponibilizou um espaço físico corresprodutores que se estreia na produção deste frupondente às chamadas “portas”, onde será disponibilizada aos to seco de cor creme, coberto por uma pele fina visitantes informação e outros conteúdos sobre este parque reacastanhada e envolvido numa casca dura. Devido gional, o único de Portugal, que nasceu das contrapartidas da à quantidade elevada de gordura que contém, a barragem de Foz Tua. amêndoa é muito apreciada pelo sabor, versatilidaAinda em matéria ambiental, Mirandela prepara-se para mede culinária e propriedades nutricionais. É rica em lhorar as condições de tratamento das águas residuais ou esgofibra, é proteica e uma óptima aliada na dieta por tos com obras na ETAR, construída há 20 anos e que é motivo ter gordura insaturada e ajudar a reduzir a gordura de queixas da população, sobretudo da zona da Preguiça, por abdominal. causa dos cheiros com o tempo quente. O Município de Vila Pouca de Aguiar, através do GaSegundo as estimativas avançadas, um investimento de mais binete de Apoio ao Agricultor, tem promovido sessões de 700 mil euros vai, no prazo de um ano, renovar a estação de esclarecimento sobre frutos secos e visitas de traelevatória e ajudar a resolver o problema, de acordo com o balho junto dos agricultores em todo o concelho para presidente das Águas do Norte, Macedo do Vale. os esclarecer das oportunidades, dificuldades e rentabilidade das culturas, entre as quais, se encontram os frutos secos como a castanha, a amêndoa, a avelã, o pinhão ou a noz. Em Tresminas, a Junta de Freguesia cedeu cerca de quarenta hectares de terreno aos compartes dos baldios que administra e os produtores estão a dedicar-se à plantação de vários frutos secos. Valorizados no mercado nacional e internacional, os frutos secos são de fácil cultivo, mecanizáveis e rentáveis. Devido às condições edafoclimáticas, desde factores do meio à influência dos solos nos organismos do reino vegetal, a fileira dos frutos secos pode vir a ser bem-sucedida no concelho aguiarense.
Vila Pouca de Aguiar vai ter produção intensiva de amêndoa
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Segundo um documento da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Agricultura sustentável e nutritiva nas cidades explicada em estudo
Até ao final do mês de Abril
ADRITEM abre candidaturas para pequenos investimentos na exploração agrícola
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as cidades, mesmo em espaços pequenos, podem produzir-se alimentos, cultivados através da compostagem, sem fertilizantes e muito nutritivos, defende um estudo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). Segundo o estudo, a solução para o problema da alimentação passa por uma agricultura urbana sustentável, e também mais nutritiva, se forem usadas as sementes tradicionais. O estudo usou dois tipos de milho, um tradicional, cujos grãos podem ser usados para nova sementeira, e um híbrido, de elevada produção, mas não reproduzível. O que os investigadores da FCUL fizeram foi testar os dois tipos de ão abrir em Fevereiro as candidaturas milho utilizando apenas fertilizantes orgânicos obtidos através da coma projectos de Pequenos Investimentos postagem de resíduos alimentares e resíduos verdes. na Exploração Agrícola na área de influência “A surpresa da investigação foi que o milho de polinização aberta da ADRITEM. As candidaturas estão abertas (tradicional) atingiu rendimentos quase semelhantes ao do milho híaté final de Abril e destinam-se a investimenbrido. E o milho tradicional era muito mais nutritivo. Essa foi a grande tos até 40 mil euros. surpresa da investigação”, disse Florian Ulm, primeiro autor do estuAs despesas elegíveis são para novas plando. Este prova, sintetizou, que se pode produzir no meio da cidade, tações, máquinas e equipamentos novos; insseja em terrenos seja em varandas ou terraços, culturas agrícolas talação ou modernização de sistemas de rega; como o milho, o feijão ou a abóbora, com um nível nutricional adefuros e bombas; preparações de terreno e pequado e utilizando pouco mais que desperdício alimentar. quenas construções de apoio. Com base nos resultados, Florian Ulm aconselha as pessoas que Esta medida é dirigida a todas as pessoas que vivem nas cidades, quando têm espaço, a plantar e usar variedades já disponham de actividade agrícola ou venham tradicionais, porque assim podem guardar e utilizar posteriormena abrir actividade (não necessitam estar colectate as sementes, além de que o resultado final é mais positivo, com dos aquando da submissão de candidatura), sem um produto mais resistente às alterações climáticas e mais nutritilimite de idade, com um apoio de 50% vo, ainda que possa ser menos rentável. As candidaturas abrangem freguesias dos con“O milho híbrido é muito utilizado por permitir uma elevada celhos de Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeprodução. No entanto os nossos resultados demonstram que poméis, Gondomar e Valongo. Os interessados sem demos obter densidades de nutrientes muito mais elevadas nos fazer uma candidatura, ou obter mais informações, grãos de milho se utilizarmos variedades de polinização aberta, pode contactar o 914 101 946 ou o e-mail agim@ como o pata-de-porco multicolorido”, explica Florian Ulm num agim.pt. comunicado divulgado pela Universidade. Ainda segundo o documento, ao contrário da variedade comercial, os grãos de milho da variedade não comercial “exibiram uma maior concentração de micronutrientes e uma menor acumulação de metais pesados, independentemente do tipo de tratamento do solo”. Os responsáveis pelo estudo explicam no comunicado que a menor concentração de metais pesados é importante numa agricultura urbana, onde a poluição atmosférica é muito elevada. Florian disse que o rendimento foi o “ponto fulcral” das últimas décadas, mas o estudo mostra agora que “mais rendimento não é necessariamente mais nutrientes”. Numa área pequena, assegurou, pode produzir-se comida numa quantidade razoável. Actualmente, 55% da população mundial vive em áreas urbanas. Segundo as Nações Unidas este valor deverá aumentar para 68% até 2050.
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Assinatura do plano de acção decorreu em Montalegre
Ministro da Agricultura espera que classificação do Barroso seja instrumento de desenvolvimento
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ministro da Agricultura, Florestas e Desenuma estratégia definida terão mais dificuldades em ver espelhadas volvimento Rural, Capoulas Santos, espera medidas que se apliquem a essa região”, sustentou. que a classificação da região do Barroso como PaA melhoria dos rendimentos e das condições para quem trabalha trimónio Agrícola Mundial em 2018 não seja uma no mundo rural e para as pessoas que lá se venham a fixar é tam“mera” distinção, mas um instrumento de afirmabém outro dos objectivos enumerado pelo ministro, assim como a ção e desenvolvimento. defesa de “valores ambientais e culturais”. “Temos todas as condições. A motivação das po“A natureza, as tradições, a alimentação, os costumes e os ripulações, dos líderes e principais actores da região tuais dão a esta região uma identidade única no país e que é e o envolvimento sincero e profundo do Ministério inseparável de cada uma das partes”, lembrou. da Agricultura para que este reconhecimento não O território do Barroso, que se estende pelos concelhos de Boseja uma mera distinção honorífica, mas um instruticas e Montalegre, no distrito de Vila Real, foi designado em mento de afirmação e desenvolvimento desta região Abril do ano passado o primeiro sítio Globally Important Agriculque tantas potencialidades tem”, salientou. tural Heritage Systems (GIAHS), ou seja, Sistema Importante do O governante falava na cerimónia de assinatura do Património Agrícola Mundial, em Portugal. plano de acção que vai ser implementado na região O Barroso é uma região agrícola dominada pela produção pedo Barroso, classificada como Património Agrícola cuária e pelas culturas típicas das regiões montanhosas, onde Mundial em 2018, que decorreu em Montalegre. “São se mantêm as formas tradicionais de trabalhar a terra ou traos valores, naturais e sociais, que queremos defender, tar os animais. valorizar e perpetuar no futuro. Para que isso aconteça O comunitarismo é ainda um dos valores e costumes caracé necessário que existam medidas concretas que estiterístico desta região, intimamente associado às práticas rumulem e facilitem esse objectivo”, destacou. rais de vida colectiva e à necessidade de adaptação ao meio O titular da pasta da Agricultura advertiu, a título de ambiente. exemplo, que será mais fácil incluir regiões como a do O processo de candidatura à classificação do Barroso foi Barroso, com uma “estratégia delineada e medidas coniniciado em 2016 pela Associação de Desenvolvimento da cretas”, no novo quadro comunitário de apoio, face às Região do Alto Tâmega (ADRAT), tendo sido, depois, formaregiões “que não têm projectos”. lizada junto da FAO pelo Ministério da Agricultura, Florestas “Num momento em que estamos a desenhar um novo e Desenvolvimento Rural. quadro comunitário de apoio para um novo ciclo de funA candidatura envolveu ainda a Direcção Regional de dos comunitários entre 2021 e 2027, existir aqui [região Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), a Universidade de do Barroso] uma estratégia e uma identificação de meTrás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a Universidade do didas facilita muito a construção de um novo quadro, Minho (UM). incluindo-as, porque as regiões que não têm projectos e
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Autarcas pedem medidas diferentes para região do Barroso
por falta de oportunidades. “Não queremos que as pessoas venham apenas cá tirar fotografias excelentes e que se deslumbrem, porque depois vão embora e não deixam mais-valias no território”, vincou. Os autarcas de Boticas e Montalegre pediram Fernando Queiroga realçou que esta classificação vem provar que ao governo medidas “diferentes” para a região o Barroso é “de facto um território diferente” com uma “tipicidade do Barroso, classificada como Património Agrícode paisagem e agrícola diferente”. Contudo, o autarca lembrou a la Mundial em 2018, por ter características “difeexistência de um “problema grave” assente na perda de população rentes e únicas” do resto do país. e no abandono das terras, pedindo por isso mais incentivos. Congratulando-se com a distinção, os presidenEsta distinção é encarada pelo edil de Boticas como “uma restes destas câmaras municipais, do distrito de Vila ponsabilidade acrescida” e que não deve ser desperdiçada. “Não Real, lembraram que os incentivos actuais não podemos perder este selo único no país e o Ministério da Agriculchegam, sendo necessário objectivos mais concretura tem aqui uma responsabilidade”, concluiu. tos para que as pessoas continuem a viver e a proPartilhando da mesma posição, o homólogo de Montalegre, Orduzir no território. lando Alves, considerou que este concelho sai prejudicado por Estas reivindicações foram feitas pelos líderes ser “ultraperiférico”. Contudo, essas dificuldades são atenuadas dos executivos municipais na cerimónia de assinapelo “saber fazer” e persistência das gentes do Barroso, disse, tura do plano de acção que vai ser implementado acrescentando que o concelho tem um “cardápio” interessante na região do Barroso, que decorreu em Montalegre, de propostas no âmbito deste plano de acção. presidida pelo ministro da Agricultura, Florestas e De“Temos a felicidade de ter uma comunidade ainda muito opesenvolvimento Rural, Capoulas Santos. rativa, interventiva e colaborante. Temos uma relação de proAproveitando a presença de um membro do Goximidade com agentes territoriais, patrimoniais, económicos, verno, o presidente da Câmara de Boticas, Fernanculturais e temos um conjunto vasto de associações que estão do Queiroga, lamentou o facto da região não ter sido no terreno a fazer a ligação com os resistentes produtores contemplada no Plano Nacional de Investimento (PNI) pecuários e agricultores”, referiu. 2030, defendendo que esta deve começar a ser tratada Orlando Alves vincou que a região tem “a distinta honra” de maneira diferente. “Se é diferente deve ser tratada de ser a única do país com potencial para a produção de bade forma diferente, ter medidas diferentes e não metata de semente, de ter a raça barrosã e a “chamada comida didas que nos impõem nos programas nacionais para de verdade”. sermos iguais ao Alentejo ou a outras regiões do país”, considerou. O autarca de Boticas realçou ainda a vontade em fixar população no território e evitar a fuga da população www.gazetarural.com
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Estudo mostrou impacto económico do certame
Feira do Fumeiro de Montalegre rendeu 5,7 milhões de euros à região
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“unânimes na satisfação global”, classificandoFeira do Fumeiro de Montalegre recebeu 50 mil visitantes em -a com 4,5 (numa escala de 1 a 5). Entre os prinquatro dias que contribuíram para uma receita de 5,7 milhões cipais critérios estão a confiança transmitida de euros neste concelho, segundo um estudo divulgado sobre o impela marca (4,4), a satisfação das expectativas pacto económico do certame. (4,4) e a relação qualidade/preço (4,3). O estudo resulta de uma parceria entre a Associação de ProdutoOs principais factores de atracção identificares de Fumeiro da Terra Fria Barrosã e o Instituto Superior de Admidos foram a qualidade do fumeiro e a vontade de nistração e Gestão (ISAG), também European Business School, que conhecer e provar os produtos típicos da região foi realizado nos quatro dias desta feira do distrito de Vila Real, enquanto o passa palavra (75%), a televisão, a que é conhecida como a “rainha do fumeiro”. rádio e as redes sociais (21%) foram os meios de O trabalho avaliou a marca “Fumeiro de Montalegre”, o impacto divulgação mais influentes. directo do evento no concelho (no alojamento, nas deslocações, De acordo com o trabalho, os produtos mais pronas compras na feira e nas actividades complementares), o imcurados e comprados foram a alheira (47%), o prepacto induzido (considerando os gastos na compra de produtos), sunto (39%), a chouriça de carne (35%) e o salpicão e identificou os principais factores de satisfação. (31%). Em cada um destes produtos os visitantes Em comunicado, os promotores do estudo referiram que a procuraram a qualidade (4,6), relação qualidade/ XXVIII Feira do Fumeiro de Montalegre “ficou marcada por um preço (4,5) e a origem (4,4), numa escala de 1 a 5. aumento do número de novos visitantes”, ou seja, entre as 50 Por último, quando questionados sobre a vontade mil pessoas que passaram pelo evento, cerca de 43% confirmade ver os produtos com a marca “Fumeiro de Montaram que esta foi a primeira vez no certame. legre” à venda em lojas pelo país, 61% responderam No total, contribuíram para uma receita de “cerca de 5,7 miafirmativamente. lhões euros para a região”. O ISAG é uma instituição de ensino superior politécSegundo o estudo, só no recinto da feira foram contabilinico particular, criada em Outubro de 1979, e localizazados cerca de 3,1 milhões de euros de volume de negócios, da na cidade do Porto. com 82% dos visitantes a gastarem em produtos do fumeiro uma média de 92,14 euros por cada dia, valores acima dos registados em 2018. Cerca de 86% dos visitantes afirmaram residir fora do concelho de Montalegre, entre estes 5% residem no estrangeiro e a grande maioria (92%) confirmou que se desloca propositadamente para visitar a Feira. Para aproveitar a visita, 9% optaram por pernoitar na região, com uma estadia média de 2 noites, sendo que os tipos de alojamento mais escolhidos foram o hotel e o turismo rural. No que diz respeito à avaliação da marca “Fumeiro de Montalegre”, o estudo referiu que os visitantes foram
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Servidas mais de dez mil doses, nos restaurantes aderentes
Ponte de Lima foi a ‘Capital do Sarrabulho’
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edição 2019 da Feira do Porco e as Delicias do Sarrabulho, em Ponte de Lima, chegou ao fim com grande sucesso. Contou com a presença de milhares de visitantes, de muitos expositores, de boa música e do ex-líbris da gastronomia limiana, o Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima. Na abertura do evento, o presidente da Câmara de Ponte de Lima, Victor Mendes, afirmou que a Feira do Porco e as Delícias do Sarrabulho é “uma das feiras mais concorridas do projecto ‘Em Época Baixa, Ponte de Lima em Alta’, e é a que tem uma maior dinâmica do ponto de vista do envolvimento dos empresários da restauração”. O certame, organizado pelo Município de Ponte de Lima, dedicado ao Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima, foi uma grande oportunidade para promover o ex-líbris da gastronomia limiana e deliciou os gostos mais apurados. O Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima “é uma actividade que gera riqueza, que cria emprego. São largas centenas de activos que estão ligados à nossa gastronomia, e que arrasta multidões para Ponte de Lima”. Para além do Arroz de Sarrabulho, esta foi também uma forma de promover outros produtos endógenos limianos, como o fumeiro, os enchidos, o artesanato, entre outros. Ao longo de todo o evento, o Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima foi rei, tendo sido servidas mais de dez mil doses, verificando-se longas filas de espera, nos 50 restaurantes aderentes. O Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima é um prato típico da época de Inverno, no entanto é procurado e saboreado durante todo o ano. É uma verdadeira alavanca económica para o concelho, sendo confeccionado com base na excelência dos produtos limianos e da afirmação da identidade cultural que resulta no desenvolvimento integrado. www.gazetarural.com
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Nos concelhos de Lamego, Moimenta da Beira e Resende
Governo aprovou mais três projectos de regadio para o distrito de Viseu O Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís CaCom início as 11 de Fevereiro poulas Santos, aprovou um investimento superior a um milhão de euros, que abrange mais seis projectos de reabilitação de regadios tradicionais no distrito de Viseu. Este investimento, a fundo perdido, vai beneficiar áreas de regadio nos concelhos de Lamego, Moimenta da Beira e Resende. Trata-se dos regadios de Cepões e Lazarim, no concelho de Lamego; de São Martinho, das Arcas e de Sever, Granjinha e Barracão, no concelho de Moimenta da Beira; e do Cabo das Levadas, no concelho de Resende. O investimento público, a fundo perdido, ascende a 945.351 euros, e beneficia cerca de meio milhar agricultores (497). Estes projectos de recuperação complementam o Programa Nacional de Regadios (PNR). consultora agrícola Espaço Visual vai lanO PNR prevê um investimento global de 560 milhões de euros na çar um curso sobre a cultura da nogueira, criação e na reabilitação de mais cerca de 100 mil hectares de regano âmbito do seu programa “MasterClass”, intidio até 2023, que vão gerar 10.500 postos de trabalho permanentes. tulado “Fale com os melhores”. O curso pretenO Ministro da Agricultura considera que se trata de “um instrude identificar os factores chave no sucesso dos mento essencial para a fixação das populações e para o apoio à pomares da nogueira; as melhores técnicas de agricultura familiar”, estes regadios fazem parte de um projecto instalação e manutenção para a optimização da mais amplo de valorização dos territórios e da actividade agrícorentabilidade dos pomares; o futuro da nogueira: la, “tornando-a mais produtiva e mais competitiva, nomeadamendiscussão de práticas e técnicas agrícolas inovate através do uso mais eficiente da água”, sublinha Luís Capoulas doras. Santos, para quem “a sustentabilidade da actividade agrícola é Este curso, que se inicia no dia 11 de Fevereiro, também uma prioridade”. terá como formador Augusto Assunção, da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte. Com Recuperação dos regadios tradicionais no Alto Tâmega este curso o formando poderá adquirir competências e conhecimentos para efectuar as operações No âmbito do Programa Nacional de Regadios, o Ministério inerentes à implantação, manutenção, condução e da Agricultura aprovou, também, um conjunto de projectos de colheita de pomares de nogueira, segundo os princíreabilitação de regadios tradicionais nos seis concelhos que inpios de Protecção Integrada. tegram a área da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega O curso, incluído no programa de formação sobre (CIM-AT), num investimento a rondar os quatro milhões de eua cultura dos frutos secos, é constituído por 25 horas, ros. e é desenvolvido totalmente à distância e com base Desta fatia, um pouco mais de meio milhão de euros nos conteúdos da UFCD 6343 de nível 2 (do referencial (541.202,32€) será investido no concelho de Boticas, benefi621277 - Operador/a Agrícola). Enquadra-se na formaciando os regadios das freguesias de Beça, Covas do Barroso, ção complementar definida pelo PDR. Dornelas e Vilar e Viveiro. Os projectos agora aprovados serão Os objectivos deste curso são identificar a morfolofinanciados na totalidade por fundos comunitários. gia, ciclo cultural e vegetativo e estádios fenológicos da O presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, cultura da nogueira; identificar os principais aspectos mostra-se “satisfeito com este investimento, até porque a a ter em conta na instalação e manutenção de um pobeneficiação dos regadios tradicionais era há já algum temmar; identificar acidentes fisiológicos e meteorológicos po um imperativo, no sentido de poder não só fazer face às inerentes à cultura e condições para desenvolvimento necessidades, mas também numa lógica de rentabilização dos mesmos; enumerar os procedimentos a executar na e diminuição das perdas da água destinada, neste caso, à colheita e pós colheita; identificar aspectos essenciais e agricultura”. Autarca reforça ainda que “o concelho de Boprincipais canais de comercialização para a nogueira. ticas continua a ter na agricultura, associada à pecuária, o Este curso apresenta um conjunto de conteúdos prograsector predominante na economia e sustento da populamáticos que permitirão ao formando um conhecimento ção, pelo que é fundamental que possamos apoiar os nosgeral de todo o ciclo produtivo desta cultura, desde a insos agricultores para garantirem uma maior rentabilidade trodução à cultura, até à comercialização do fruto. das suas explorações e da sua actividade”.
Espaço Visual lança curso sobre a cultura da nogueira
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Miguel Freitas esteve em Proença-a-Nova
Secretário de Estado valorizou trabalho dos sapadores florestais
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Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rucomo área prioritária por ser “muito arborizada, ral, Miguel Freitas, acompanhou os trabalhos de limpeza na não arde desde 2013 e o material combustível rede primária de defesa da floresta contra incêndios pela Brigada está a crescer”, como referiu o secretário de Esde Sapadores Florestais da Comunidade Intermunicipal da Beira tado, sendo que em 10 quilómetros serão limpos Baixa (CIMBB), perto da aldeia das Fórneas, zona onde convergem 260 hectares. os limites dos concelhos de Proença-a-Nova, Oleiros e Castelo O vice-presidente da CIMBB, e presidente da Branco. Câmara de Proença-a-Nova, anunciou que a CoO governante, acompanhado pelos presidentes das Câmaras de munidade “teve a candidatura para uma segunda Proença-a-Nova e Oleiros, João Lobo e Fernando Jorge, respecBrigada de Sapadores aprovada pelo Instituto da tivamente, e pelos técnicos dos Gabinetes de Protecção Civil e Conservação da Natureza e das Florestas, sendo Florestas dos dois concelhos, valorizou “o trabalho desenvolvido que a CIMBB passará a ter ao seu dispor uma brigano ano passado entre a Secretaria de Estado e as Comunidades da afecta aos concelhos de Proença-a-Nova, Oleiros Intermunicipais do país para a criação destas Brigadas de Sapae Vila Velha de Ródão e outra aos concelhos de Casdores Florestais”. Até agora estão constituídas 19 brigadas que, telo Branco, Idanha-a-Nova e Penamacor, num total em 2019, irão realizar limpeza em 1.500 quilómetros da rede de 30 operacionais no terreno”. primária a nível nacional. Miguel Freitas enaltece que “graças João Lobo referiu ainda que “as duas brigadas poa esse trabalho, já foi possível planear em conjunto com todos dem ser ligadas de acordo com os planos de acção os municípios da CIMBB quais as intervenções a serem feitas feitos pelos Gabinetes Técnicos de cada concelho e o este ano”. da CIMBB e depois definir-se-á a questão da operacioO Secretário de Estado deixou a garantia de que “iremos nenalidade das duas brigadas em conjunto”. gociar com os proprietários dos terrenos florestais situados nesNo final da visita, o autarca convidou o Secretário de tas faixas aquilo que são as suas perdas de rendimento e como Estado para o acompanhar até à acção de sensibilizaos podemos compensar deste serviço público que está a ser ção sobre defesa da floresta contra incêndios que se feito. Para o que temos pensado fazer este ano, estão previstos realizou no Padrão. Miguel Freitas deixou elogios ao procerca de seis milhões de euros para pagar servidões”. jecto-piloto lançado pelo Município, referente aos apoios Ainda sobre estas redes primárias, anunciou que “vamos para a gestão de combustível nas faixas de protecção, deixar de ter planeamento anual para passar a ter planeaque vai incentivar os proprietários dos terrenos aí localimento plurianual. Foi destinada a toda a rede primária eszados a juntarem-se e a Câmara Municipal irá colaborar truturante uma verba de 16 milhões de euros para os próna gestão destes espaços, sugerindo e oferecendo espéximos quatro anos”. cies autóctones mais resilientes ao fogo e disponibilizanA Brigada da CIMBB, composta por 15 elementos, está a do eventual apoio de meios mecânicos para a plantação, abrir uma faixa de 26 metros na zona das Fórneas que foi dizendo que “seria uma excelente iniciativa para ser aplidetectada pelo Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal cada a nível nacional”.
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Última Hora
De 18 a 20 de Fevereiro
Alterações Climáticas e Viticultura trazem especialistas europeus à UTAD
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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) vai receber especialistas de organismos europeus especializados em alterações climáticas e viticultura na europa. Trata-se da conferência Clim4Vitis – Climate change impact mitigation - que terá lugar no edifício de laboratórios, de 18 a 20 de Fevereiro. O Clim4Vitis é um projecto H2020 Twinning na área da viticultura e alterações climáticas e pretende consolidar parcerias internacionais e disseminar informação relativa a estas temáticas junto dos stakeholders nacionais na área da vitivinicultura. Este projecto é coordenado pela UTAD, em consórcio com o Potsdam Institut fuer Klimafolgenforschung (PIK); a Universita degli studi di Firenze (UNIFI); o Luxembourg Institute of Science and Technology (LIST); e a Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI), e o objectivo é juntar o know-how destas instituições lideres europeias e promover a transferência de conhecimento, assim como medir e avaliar os impactos das alterações climáticas na viticultura europeia. Durante três dias os interessados poderão ter contacto com especialistas de referência na viticultura e alterações climáticas, destacando-se a conferência do dia 19 à tarde que terá como oradores José Roquete da Esporão, Hans Schultz da Geisenheim University – Alemanha; Benjamim Bois da Universidade de Burgundy – França; Inaki Cortazar do INRA – França; e João Santos da UTAD. Esta conferência inclui um workshop no dia 18 que visa fornecer uma visão geral de diferentes abordagens de última geração de modelação de videira e abordará a fenologia, o crescimento, pragas e doenças da videira sob diferentes condições ambientais; e no dia 20 um curso de formação avançado dedicado às alterações climáticas e à viticultura, que irá fornecer informação sobre as melhores práticas com valor agregado ao sector. Esta conferência é organizada pelo CITAB/UTAD, tem entrada livre e gratuita, sujeita a inscrição, e dirige-se a estudantes, investigadores, produtores, empresas e demais interessados nestas temáticas. A participação do sector vitivinícola nacional é particularmente bem-vinda no conjunto dos eventos. www.gazetarural.com
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24H Agricultura Syngenta a 6 e 7 de Abril
Universidade do Algarve recebe a maior competição formativa de estudantes universitários
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erca de 150 estudantes vão disputar a competição formativa Portugal apresentou, em Junho de 2018, o Plano mais aguardada do ano, nos dias 6 e 7 de Abril, na Faculdade de Acção para a Economia Circular (PAEC), alide Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve e na Direcção nhado com as políticas europeias. Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, em Faro. São parceiros da APH na organização do evento Organizada sob orientação científica e pedagógica da Associaa IAAS Portugal - Associação Internacional de Esção Portuguesa de Horticultura (APH), esta competição decorre tudantes de Agricultura e Ciências Relacionadas e durante 24 horas consecutivas, submetendo os estudantes a proa SFORI, empresa de formação experiencial. vas teóricas e práticas de campo. O mote da quarta edição é a Para o anfitrião da quarta edição das 24H Agri“Agricultura Circular”. cultura Syngenta, a Faculdade de Ciências e TecAs 24H Agricultura Syngenta são o evento da APH para denologia da Universidade do Algarve, receber esta monstrar as competências exigidas aos profissionais no mundo competição formativa significa “o reconhecimento moderno. da APH pela importância do sector hortofrutícola da Esta competição formativa é destinada a alunos do ensino suregião do Algarve na economia regional e nacional”. perior agrário de Portugal e Espanha, sendo também admitidas refere vice-presidente da FCT-ULAG. Carlos Guerreium máximo de três equipas de estudantes de ensino profissioro diz que “esta competição permite a troca de exnal das áreas de ciências agrárias, com vista a porem à prova periências entre os futuros técnicos agrícolas de todo os seus conhecimentos, atitudes e competências, ajudando-os o país, possibilitando o contacto dos mesmos, num na transição para a vida profissional. ambiente de competição salutar, com os ‘exercícios’ Os temas das provas são diversos, desde a qualidade da da profissão que escolheram”. pulverização, condução e calibração de máquinas e alfaias Para além disso, “sendo a quarta edição, as 24H agrícolas, dimensionamento de sistemas de rega, cálculos Agricultura Syngenta começam a demonstrar a consodiversos para aplicação de factores de produção, planos de lidação deste evento, a nível nacional, como uma das gestão empresarial, entre muitas outras. principais “actividades extracurriculares” dos estudanEsta edição propõe também aos futuros agrónomos desentes das ciências agrárias. “Será com agrado que a FCT volver provas que visam aumentar o conhecimento teórico irá receber esta competição, contando com o apoio, em sobre os princípios da Agricultura Circular; contribuir para especial, dos docentes e alunos do curso de Agronomia, o contacto directo dos estudantes com projectos/empresas incluindo-se a IAAS-Algarve”, refere o vice-presidente da que colocam em prática a Agricultura Circular e incentivar o FCT-ULAG. desenvolvimento de modelos de negócio de Economia CirAs 24H Agricultura Syngenta têm as inscrições abertas cular aplicada à agricultura. e contam com o apoio de empresas de referência no paA oportunidade do tema surge porque a Comissão Euronorama agrícola, nacional e internacional, que têm uma peia adoptou, em Dezembro de 2015, um Plano de Acção participação activa na construção e realização do evento. para a Economia Circular, visando estimular a transição da Europa para uma economia circular e o Governo de
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No Norte, Centro e Alentejo
Aldeias de Portugal promove turismo rural e gastronomia
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marca Aldeias de Portugal quer promo“Estimamos que seja já a partir de Abril que arranque o projecto com ver o turismo rural este ano nas aldeias pratos típicos de lampreia em Porto Carvoeiro e depois se estenda até do Norte, Centro e Alentejo com o projecto Setembro noutras aldeias, de forma mais ou menos itinerante”, adianpremiado ‘Almoce e jante connosco’. A presitou Teresa Pouzada, referindo que a aldeia de Talhas, em Macedo de dente da Aldeias de Portugal, Teresa Pouzada, Cavaleiros, e a de Vilarinho de São Roque, em Albergaria a Velha, diz que o desafio para 2019 é conseguir alargar são outras aldeias piloto que vão receber este ano o ‘Almoce e jante o programa ‘Almoce e jante connosco’ a aldeias connosco’. do Centro e do Alentejo, conquistando mais tuOs interessados em usufruir da experiência gastronómica em casa ristas internacionais e nacionais ao mundo rudos aldeões vão poder inscrever-se no sítio da Internet das Aldeias ral e indo mais além do roteiro pelas aldeias do de Portugal e na rede social do Facebook da estrutura. Norte. ‘Almoce e jante connosco’ vai ser também promovido na Bolsa de “Este ano queremos levar o projecto ‘Almoce e Turismo de Lisboa (BTL), que acontece este ano entre 13 e 17 de jante connosco’ a duas aldeias do Centro e duas Março, e onde vai haver uma espécie de alegoria de uma casa típica aldeias do Alentejo”, disse Teresa Pouzada, refede aldeia portuguesa, onde vão ser servidas várias iguarias regiorindo que a iniciativa arranca já em Abril na aldeia nais, com o objectivo de promover um Portugal menos conhecido, de Porto Carvoeiro, no concelho de Santa Maria acrescentou aquela responsável. da Feira, prometendo deliciar os comensais com Com uma rede de 83 aldeias portuguesas, a marca Aldeias de o prato típico da lampreia servido à mesa de alPortugal tem 15 anos de existência e um trabalho realizado a nídeões daquela localidade. vel interno, de requalificação do edificado, resgaste das tradiJantar rojões com batatas alouradas com migas ções e organização da própria aldeia, explicou Teresa Pouzada, num sábado à noite, almoçar uma cabidela de galo assumindo que 2019 vai ser um ano para desenvolver uma nova caseiro ao almoço de um domingo, ou degustar um estratégia de oferta turística nas aldeias portuguesas “replicancabrito no forno e um guisado de ossinhos de porco, do para todo o território nacional o que já se faz em alguns losempre por 15 euros por pessoa, são apenas alguns cais no Norte”. dos acepipes que as famílias das aldeias vão propor ‘Almoce e jante connosco’ é apenas uma das iniciativas da aos turistas. Aldeias de Portugal para promover o desenvolvimento do inteO alargamento da promoção turística rural a mais rior, conta Teresa Pouzada, explicando que a iniciativa ‘Há Fesaldeias do território português vai ser possível, porta na Aldeia’, apoiada pela Associação de Turismo de Aldeia, que o programa ‘Almoce e jante connosco’ venceu em parceria com as Associações de Desenvolvimento Local, recentemente o Prémio Programa Tradições EDP no é outro exemplo para dinamizar os lugares através dos seus valor de 25 mil euros, observou Teresa Pouzada. habitantes. O prémio Tradições EDP apoia projectos de preserO ‘Há Festa na Aldeia’ recomeça em Junho deste ano e vai vação das práticas mais genuínas da cultura popular contar com oito aldeias, como por exemplo a aldeia de Vilariportuguesa, como é caso do projecto ‘Almoce e jante nho de São Roque, em Albergaria-a-Velha, Porto Carvoeiro, connosco’, que leva os habitantes das aldeias a abrir as em Santa Maria da Feira, Talhas, em Macedo de Cavaleiros, portas das suas casas a turistas para degustarem uma Paradela, em Mirando do Douro, Burgo, Felgueiras, ou a alrefeição tradicional, uma forma de promover a identidadeia de Rio de Onor, em Bragança. A iniciativa prolonga-se de comunitária, diminuindo o isolamento das populações até Outubro. e ajudando ao desenvolvimento do interior do país. www.gazetarural.com
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Última Hora A 6 de Fevereiro, em Santarém
“Protecção das indicações geográficas e das denominações de origem» em debate no Cnema
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ai decorrer no CNEMA, em Santarém, a 6 de Fevereiro, um seminário subordinado ao tema “Protecção das indicações geográficas e das denominações de origem», uma iniciativa da Associação QUALIFICA/oriGIn Portugal, em colaboração com o Movimento Internacional oriGIn - Organization for an International Geographical Indications Network. As Indicações Geográficas (IGs) dos produtos agro-alimentares, dos vinhos e das bebidas espirituosas são figuras centrais da Política Agrícola Europeia, face ao papel que têm nas exportações da União, ao potencial económico que representam e por serem ferramentas indispensáveis de desenvolvimento e de sustentabilidade do meio rural e do ambiente. Referidas em todos os Tratados Comerciais da União, objecto de disputas comerciais e jurídicas importantes, figuras centrais de Sentenças do Supremo Tribunal de Justiça da UE, vítimas de fraudes que atingem os milhões de euros, inseridas em bases de dados para prevenir as fraudes e dotar as polícias e as alfândegas de informação necessária, a protecção jurídica e prática de que gozam as IGs ainda é pouco conhecida em Portugal.
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No Auditório Municipal da Covilhã, a 6 de Fevereiro
Palestra divulga projecto “Promoção e Valorização de Azeites de Montanha”
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semelhança dos eventos anteriores, ocorridos em Vila Nova de Tazem, Pinhel e Figueira de Castelo Rodrigo, vai decorrer dia 6 de Fevereiro, entre as 14 e as 18 horas, no Auditório Municipal da Covilhã a IV Palestra Técnica do projecto Promoção e Valorização de Azeites de Montanha. Esta palestra tem como objectivo divulgar, junto da comunidade académica, institucional e empresarial, o projecto “Promoção e Valorização de Azeites de Montanha”, promovido pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco, juntamente com o Instituto Politécnico da Guarda, o Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior e a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, abrangendo os temas de Olivicultura, Azeite, e Promoção e Imagem. Pretende, também, dar continuidade ao trabalho que tem sido desenvolvido nos últimos meses em toda a região da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, contando com a presença de especialistas nacionais como oradores, conforme programa anexo. Desta vez, e ao contrário das sessões anteriores que possuíam uma Merenda Lagareira com produtos regionais à base de azeite, haverá no final da sessão técnica, uma Prova Orientada de Azeites & Introdução à Harmonização do Azeite com a Comida, com Nuno Rodrigues (IPB) e o Chef Rui Cerveira, da Casa da Esquila. De carácter técnico, mas dirigida e acessível ao público em geral, esta palestra é de inscrição gratuita, mas obrigatória, até dia 4 de Fevereiro, através do seguinte endereço: https://goo.gl/forms/8tT5nvJo5nH1BWSU2
Última Hora
Realiza-se nos dias 16 e 17 de Março
De 24 a 26 de Maio, na Expolima
Ponte de Lima aposta na promoção da pesca e dos recursos cinegéticos
Oliveira do Hospital prepara edição 2019 da Festa do Queijo Serra da Estrela
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Município de Oliveira do Hospital prepara edição 2019 da Festa do Queijo Serra da Estrela. Considerada como o maior certame dedicado ao queijo Serra da Estrela, terá lugar, este ano, a 16 e 17 de Março, em pleno centro da cidade, no largo Ribeiro do Amaral. município de Ponte de Lima e a Escola Profissional de AgriculNo certame, onde são esperados muitos mitura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima organizam a lhares de visitantes, estarão centenas de exX Feira de Caça, Pesca e Lazer de 24 a 26 de Maio, visando a propositores de produtos endógenos, artesanato, moção dos recursos cinegéticos do concelho, assim como as suas gastronomia, entre outros artigos, com especial potencialidades transversais aos campos da pesca desportiva de destaque para os produtores de Queijo Serra da água doce, da caça, e do turismo, numa estreita ligação com o Estrela DOP. património natural e cultural, alicerçada numa forte aposta turísO evento conta ao longo dos dois dias com uma tica do concelho de Ponte de Lima. vasta panóplia de iniciativas que os milhares de viHá semelhança das edições anteriores, este evento conta com sitantes esperados vão encontrar pelo recinto da a colaboração das Federações de âmbito nacional e Associafesta, com destaque para as provas de queijo e vições do concelho, de vários sectores que vão além da caça e da nhos do Dão, enchidos, “show-cooking”, concursos pesca, à apicultura, desporto, floresta, recreação e lazer e que gastronómicos, fabrico de queijo e requeijão ao vivo, acrescentam novas dinâmicas ao certame. tosquias e exposição de animais. Esta feira, com mais de uma década de existência, vai conDe relevo é também a aposta na promoção do artar com várias áreas de exposição de artigos da especialidade, tesanato local, através da presença de diferentes ardemonstrações de aves de cetraria, mostras de espécies cinetesãos do concelho de Oliveira do Hospital que, no géticas, tasquinhas com pratos e petiscos, e como não podepalco da tenda Queijo Serra da Estrela, farão demonsria deixar de ser, provas de caça, pesca, e um leque diverso trações ao vivo das suas artes. de outras actividades de desporto, lazer e muita animação A animação cultural e musical será uma constante, musical. com a presença de dezenas de grupos do concelho e da O concelho limiano dispõe de um numeroso conjunto de região que irão actuar pelo recinto da festa e nos vários recursos de caça e pesca, que juntamente com o lazer forpalcos instalados no recinto do evento. mam um forte alvo de investimento e de procura. Assim, A Tenda de Eventos onde serão dinamizadas diversas diversas empresas e associações dedicam-se a estas aciniciativas, ao longo dos dois dias, que complementam a tividades e temáticas, permitindo satisfazer as exigências venda de produtos endógenos de qualidade e o artesados que procuram o lazer e uma maneira distinta de passar nato, é um dos locais de visita obrigatória. Aí os visitanas suas férias ou um fim-de-semana prolongado, possibites poderão assistir aos shows cooking – sempre tendo litando a fruição de dias diferentes, longe do bulício das como base aquela que é uma das Maravilhas da Gastrograndes cidades. Em simultâneo esta dinâmica acrescennomia Portuguesa, o Queijo Serra da Estrela. ta valor e sustentabilidade ao desenvolvimento do concePara os mais pequenos, estará em funcionamento a Eslho através da promoção do turismo activo e de natureza. colinha do Queijo com a execução de várias actividades centradas no Queijo Serra da Estrela e toda a actividade www.gazetarural.com 37 ligada à pastorícia.
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Revela o produtor da Queijaria de Germil
“Há menos leite mas o queijo é de excelente qualidade”
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campanha de produção de queijo está praticamente a meio e a quebra de produção de leite é significativa, segundo os responsáveis da Queijaria de Germil, no concelho de Penalva do Castelo. Helena Lopes, filha do produtor Carlos Lopes e que ajuda a mãe na confecção do queijo, diz que o leite que chega à queijaria “é de excelente qualidade” mas “a produção é menor”. “O tempo não ajudou, pois choveu pouco e não há pastos e estas raças precisam de boas pastagens”, aponta como causa da quebra na produção, garantindo, contudo, que o queijo produzido “é de excelente qualidade”. A Queijaria de Germil tem apostado na qualidade do queijo que produz e tem a sua venda garantida à portada queijaria. “As coisas têm corrido bem e vendemos quase tudo à porta da queijaria e nalgumas feiras da região em que participamos”, refere Helena Lopes. Um dos três produtos para a produção de queijo é o cardo e a Queijaria de Germil tem procurado acompanhar o que de melhor se faz nesta área. “Temos vindo a fazer algumas experiências com o cardo, com o apoio do professor Paulo Barracosa, para ver os resultados, mas ainda não temos conclusões. O cardo pode ajudar na qualidade do produto final. Se o queijo é feito com leite, sal e cardo, se não houver boa matéria prima, leite e cardo incluído, não se fará bom queijo”, refere Helena Lopes, adiantando que o cardo utilizado na confecção do queijo é de plantas que têm na quinta.
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