www.gazetarural.com 1 www.gazetarural.com Director: José Luís Araújo | N.º 427 | Periodicidade Quinzenal | 30 de Março de 2023 | Preço 4,00 Euros Feliz Páscoa! • Sernancelhe tem ‘Momentos com Vinhos’ em ‘modo’ internacional • Festival da Bola Doce e Produtos da Terra em Miranda do Douro • Há milhares de flores nas ruas de Constância pela Páscoa • Feira do Folar mostra e valoriza o melhor de Valpaços
HÁ BOLA DOCE E PRODUTOS
O Largo do Castelo, em Miranda do Douro, recebe de 6 a 8 de abril a Feira da Bola Doce e dos Produtos da Terra, certame que para além de divulgar o ex-libris do concelho, a Bola Doce, promove também outros produtos locais. A fadista Sara Correia é o destaque do programa de animação.
FICHA TÉCNICA
Ano XIX | N.º 427
Periodicidade: Quinzenal
Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A)
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Telemóvel: 968 044 320 (chamada para rede móvel nacional)
Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda
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Lourosa de Cima - Viseu
Redacção: Luís Pacheco
Opinião: Júlio Sá Rego | Gabriel Costa
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Lourosa de Cima - Viseu
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Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/ Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares
Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
04 Desafio “Abre asas até Mondim” quer atrair turistas ao território
05 Feira Nacional do Mirtilo 2023 regressa com novo fôlego
06 Bola Doce e os Produtos da Terra estão em destaque em Miranda do Douro
08 Ílhavo lança Festival Gastronómico “Vamos aos Cricos!”
10 Marvão acolhe tradição pascal em
32 Caminho dos Monges liga os concelhos de Lamego e Tarouca
33 Classificação do arroz de sarrabulho de Ponte de Lima em consulta pública
34 Associação ‘Heróis do Mar’ promoveu almoço solidário em Santa Maria da Feira
35 Termas de Sangemil reabrem a 1 de abril para nova temporada
36 Cortejo Histórico e Etnográfico anima ruas de Serpa domingo de Páscoa
37 Há 120 expositores confirmado no XII Festival Islâmico de Mértola
38 Primeiro festival das Reservas da Biosfera portuguesas decorre em vários locais
sumário
15 restaurantes do concelho 12 Milhares de flores ornamentam as ruas de Constância na Páscoa 14 Feira do Folar mostra e valoriza o melhor de Valpaços 16 Concurso Vinhos de Portugal vai decorrer de 8 a 12 de maio 19 Sernancelhe aposta na internacionalização do ‘Momentos com Vinhos’ 20 Caminhos Cruzados e escola de Nelas usam morcegos para combater pragas na vinha 22 Vidigueira Vinho” promove produtos de excelência do concelho
Cientistas da U. Minho tratam doenças da videira com microrganismos da própria 26 Mathias, SA: a história de uma empresa centenária em Nelas 28 Geopark Naturtejo implementa marca para valorizar tradições alimentares 30 Comunidade Viseu Dão Lafões lança plano de ecovias para a região
24
DA
EM
TERRA
MIRANDA DO DOURO
Além de promover património natural de Mondim de Basto
Autarquia promove desafio “Abre asas até Mondim” para atrair turistas ao território
A segunda edição do programa “Abre asas até Mondim” realiza-se entre 31 de março e 30 de abril. “Durante este mês convidamos todas as pessoas a abrirem asas até Mondim de Basto para desfrutarem de todo o nosso património natural através de atividades desportivas, mas também da nossa vertente cultural e gastronómica”, afirmou o presidente da câmara local, Bruno Ferreira.
As atividades estarão concentradas aos fins de semana e pretendem atrair visitantes, num período de menor procura, mas pretendem também, segundo o autarca, “valorizar o património cultural, natural e gastronómico”. O objetivo, de acordo com Bruno Ferreira, é “ajudar a desenvolver a economia”.
O programa arranca com a peça de teatro “Granito”, do Teatro Amador Mondinense (TAM), e inclui várias caminhadas pelas levadas de Vilarinho e da Porca da Russa - Varzigueto, pelas Fisgas de Ermelo ou em Porto Velho.
Na serra do Alvão localizam-se as quedas de água das Fisgas de Ermelo, no rio Olo, que têm 400 metros e são consideradas uma das maiores da Península Ibérica, mas existem também leva-
“Abre asas até Mondim” foi o desafio lançando pelo município de Mondim de Basto para esbater a sazonalidade e atrair visitantes através da gastronomia, música e caminhadas que levam à descoberta da região.
das, ou seja, canais feitos pelo homem para transportar água para irrigação de campos agrícolas e que são semelhantes aos que são uma atração turística na ilha da Madeira.
O município, que se localiza numa zona de transição entre Trás-os-Montes e o Minho, está precisamente a apostar na criação de uma rede de levadas para aproveitar este “potencial turístico”. Mas o concelho insere-se também na área geográfica de produção da Carne Maronesa DOP (Denominação de Origem Protegida), uma raça de gado bovino tradicional de montanha.
Por isso mesmo, entre os dias 14 e 16 de abril, a carne maronesa estará em destaque às mesas dos restaurantes durante este fim de semana gastronómico promovido pela Entidade Regional do Porto e Norte de Portugal. Depois, ao longo do mês, haverá ainda largada de trutas, descida de rafting e canyoning, no rio Tâmega, e iniciativas de parapente a partir do monte Farinha, no alto do qual está o Santuário da Senhora da Graça, onde termina uma das etapas da volta a Portugal em bicicleta.
O “Abre asas até Mondim” inclui a segunda edição do “Rock no Favo”, desenvolvido no Favo das Artes, com concertos de Rita Redshoes, Zé Toca Dylan, The Happy Mess, Ecos da Cave e Orangotango.
Promovido pelo município de Mondim de Basto, o programa conta com a colaboração de várias associações e clubes que desenvolvem atividades nesta região.
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O Parque Urbano de Sever do Vouga acolhe a décima quinta edição da Feira Nacional do Mirtilo, entre os dias 23 e 25 de junho. O certame quer consolidar o posicionamento do concelho enquanto território pioneiro na produção do pequeno fruto.
Feira Nacional do Mirtilo 2023 regressa com novo fôlego
Ostentando a marca “Sever do Vouga – Capital do Mirtilo”, a Câmara de Sever do Vouga volta a assumir a liderança na organização do evento, que tem um forte impacto na sociedade e na economia local.
A Praça do Mirtilo, que pretende ser a montra por excelência dos produtores, promete ser uma das atrações deste ano. O recinto volta a ter uma zona específica para espetáculos, separada dos expositores, entre eles empresas ligadas à fileira, produtores e comercializadores, viveiristas e stands que mostram o que se pode fazer com o mirtilo, como compotas, licores, chás, infusões, bolos, tartes, gelados, entre outros produtos. Durante os dias da feira será colocada fruta em fresco - com uma e embalagem própria - em todos os restaurantes do concelho.
As atividades inseridas na programação têm todas entradas gratuitas. Períodos de apanha do mirtilo no Campo Experimental de Pequenos Frutos, sessões de sessão de show cooking, torneio de futebol inter-freguesias espaços para os mais novos, animação de rua, música e outras surpresas fazem parte do cartaz.
A festa anual do rei dos antioxidantes engloba, como habitualmente, uma área dedicada à restauração, sempre muito procurada. Um local ideal para fazer uma pausa e apreciar pratos deliciosos com familiares ou amigos.
A edição de 2023 pode ser seguida através do website oficial da Feira Nacional do Mirtilo (https://www.feiradomirtilo.pt), ou na página de Facebook da feira, onde será possível acompanhar o programa e todas as notícias do evento relacionadas com o evento.
Entre os dias 23 e 25 de junho, em Sever do Vouga
De 6 a 8 de abril no Largo do Castelo
Bola Doce Mirandesa e Produtos da Terra estão em destaque em Miranda do Douro
Contribuir para a divulgação, promoção e venda de produtos regionais, com destaque para a Bola Doce Mirandesa, e locais e fomentar o convívio e animação são os objetivos da autarquia transmontana para a realização deste certame, que vai acontecer de 6 a 8 de abril, no Largo do Castelo, numa estrutura preparada exclusivamente para o evento.
A Bola Doce Mirandesa é um ex-libris de Miranda do Douro, um doce genuíno e um dos ícones gastronómicos do concelho. Tradicionalmente associado à Páscoa, é também o mote para a realização deste evento. Terão também destaque outros produtos locais, como o pão, fumeiro, licores e vinhos, entre outros.
Em entrevista à Gazeta Rural, o vice-presidente da Câmara de Miranda do Douro diz que o certame “que teve uma aposta forte no ano anterior” e
espera uma grande “afluência de visitantes”. Nuno Rodrigues destaca o crescente interesse no setor primário do concelho.
Gazeta Rural (GR): Este é um evento que regressa à normalidade. Que traz de novo?
Nuno Rodrigues (NR): É um certame que teve uma aposta forte no ano anterior, quer a nível promocional quer a nível de dimensão do recinto e foi uma aposta ganha, pois tivemos uma afluência muito grande de visitantes. Os nossos expositores sentiram esse impacto, que se estendeu também à restauração, á hotelaria e aos pequenos comerciantes. O feedback que tivemos foi muito bom.
Para este ano pretendemos trazer novos concertos musicais, atuações de grupos de danças mistas e de vários grupos de Pauliteiros de Miranda. Destaque para a presença da fadista Sara Correia, que será uma estreia neste certame. Teremos também a exibição de uma peça teatral, num auditório que será montando no recinto, pois queremos diversificar as atrações da feira.
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GR: Que perspetiva tem para a edição deste ano?
(NR): O nosso propósito é sempre que corra melhor que a edição anterior. Queremos que todos os nossos produtores se sintam bem com este evento, que tenham boas vendas e que escoem os seus produtos, desenvolvendo o comércio da região e que brindem os visitantes com os melhores produtos da nossa terra. Queremos que quem nos visita pela primeira vez volte nos anos seguintes, que se torne frequentador assíduo deste concelho e que passe a palavra sobre as qualidades da região e dos nossos produtos.
GR: A Bola Doce pertence à doçaria tradicional da região. O que a faz tão especial?
O Largo do Castelo, em Miranda do Douro, recebe de 6 a 8 de abril a Feira da Bola Doce e dos Produtos da Terra, certame que para além de divulgar o ex-libris do concelho, a Bola Doce, promove também outros produtos locais. A fadista Sara Correia é o destaque do programa de animação.
a desenvolver e a implementar diversas medidas no sentido de garantir a continuidade na aposta por parte de criadores, onde, felizmente, temos jovens a apostar neste setor. Saliento o esforço que as três associações têm feito, quer pelas nossas raças autóctones, quer no apoio aos produtores e criadores, tanto a nível económico como em termos genéticos, fazendo com que as nossas raças sejam melhores. Lamento que o Governo Central não olhe para as nossas raças com o carinho e a dedicação que elas merecem. Temos dos melhores pastos e das melhores condições para a produção agrícola e de criação de animais ao ar livre.
GR: De um modo geral, como está o setor primário no concelho e quais as maiores dificuldades que atravessa?
(NR): A Bola Doce é especial, porque é típica deste concelho e porque ninguém a faz tão bem como as nossas gentes. Este produto é clara e inequivocamente um dos ex-líbris da nossa terra.
A Bola Doce Mirandesa é um doce genuíno e ancestral e um dos ícones gastronómicos de Miranda do Douro, tradicionalmente associado à Páscoa, é também o mote para a realização desta Feira. Para além da Bola Doce, a feira é também uma montra do melhor que se faz e produz no Planalto Mirandês, através da dinamização de vários setores da economia local, nomeadamente o artesanato e os produtos da terra, como o pão, fumeiro, licores e vinhos, entre outros, que vão contar com um lugar de destaque reservado à venda e exposição.
O saber ancestral está garantido em todos os produtos característicos, produzidos nesta altura do ano, como é também o folar de carne, confecionado com o melhor fumeiro caseiro.
(NR): Sendo este um concelho do interior e estando em pleno Planalto Mirandês, o setor primário é um dos que mais impacto tem nas famílias do nosso município, para além de todos os outros produtos diferenciados e de grande qualidade.
Reforçar o concelho de Miranda do Douro como destino gastronómico e turístico de Trás-os-Montes, contribuir para a divulgação, promoção e venda de produtos regionais, fomentar o convívio e animação são os grandes objetivos deste certame.
GR: A pecuária, com algumas raças autóctones importantes, como está na região?
(NR): Temos algumas raças autóctones de grande relevância no concelho, nomeadamente Raça Bovina Mirandesa, Raça Churra Galega Mirandesa e o Burro Mirandês. Sendo parte fulcral do sustento de muitas famílias do nosso concelho, este Executivo está
Temos consciência que o aumento dos custos de produção está a entrar numa onda crescente, estando a aumentar a cada dia que passa, o que nos causa muita apreensão. Entendemos que têm de ser implementadas mais medidas de ajuda aos nossos produtores, de modo a atenuar os aumentos de produtos, como os adubos, combustíveis, rações e outros. Por outro lado, os produtores não sentem o mesmo aumento nas mais valias que recebem pela venda dos seus produtos. Se os custos de produção não fossem tão significativos, haveria certamente uma aposta maior de jovens e dos menos jovens. Não obstante, temos mais jovens a entrar neste setor, o que torna ainda mais relevante a grande resiliência que tem o povo Mirandês. Este setor tem vindo a ser reforçado com aposta na plantação de vinha, olival, amendoal e de castanheiros. Mais recentemente estão a crescer outras produções. Reforço, mais uma vez, que se os custos produtivos e de manutenção das produções não fossem tão elevados, teríamos certamente, ainda mais pessoas a dedicar-se a este setor.
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Festival gastronómico decorre até 9 de abril
No Fundão há
‘Sabores da Páscoa’ e ‘Come-se Bem’
Decorre até dia 9 de abril, em 12 restaurantes e cinco pastelarias do concelho, a mostra gastronómica “Fundão, Aqui Come-se Bem - Sabores da Páscoa”, que visa valorizar o receituário da época pascal e desafiar os restaurantes e pastelarias a criar ementas e produtos de excelência e a preservar a identidade gastronómica do concelho do Fundão.
A gastronomia é um dos patrimónios da Quaresma, repleta de tradições e sabores, das entradas às sobre mesas, do bolo de azeite ao folar, poderá provar deli ciosas receitas ancestrais ou inovadoras que enrique cem o património deste território.
Neste festival irão participar os restaurantes Boguinhas, Cantinho dos Grelhados, Hermínia, O Lagar, O Paladar’te, O Telhas e Pecado (Fundão), Degusta-me Casa de Petiscos (Alpedrinha), Fiado Restaurante (Janeiro de Cima), O Calhambeque e O Mário (EN18 – Alcaria) e O Pipo (Souto da Casa), assim como as pastelarias A Laranjinha, Almma Pastelaria, Arte e Doce, Flor do Fundão e Formiga (Fundão).
Ílhavo lança Festival Gastronómico “Vamos aos Cricos!”
“Vamos aos Cricos! - Festival Gastronómico de Produtos da Ria” é a nova aposta da Câmara de Ílhavo para promover os produtos da ria e a restauração local. O evento gastronómico decorre de 6 a 30 de abril, nos restaurantes, bares e snack-bares aderentes do Município de Ílhavo.
As “estrelas” do evento são o crico (ou berbigão), o mexilhão, a navalha (ou longueirão), a amêijoa, o choco, e a ostra - produtos que a Ria de Aveiro fornece com elevada qualidade e sabor e se apresentam como ex-libris da gastronomia da Região.
A iniciativa tem como objetivo a promoção da gastronomia local, a estimulação dos circuitos curtos e legais da economia local, e o consumo destes produtos no Município, em especial nos restaurantes, bares e snack bares, que ficam responsáveis pela criação de um menu especial com estes produtos como ingrediente principal.
Com propriedades organanolépticas únicas, os bivalves da Ria de Aveiro fazem do Município de Ílhavo um destino de eleição para o consumo destes produtos, confecionados por quem melhor sabe.
O “Vamos aos Cricos! - Festival Gastronómico de Produtos da Ria” é realizado com o apoio da APARA - Associação de Pesca Artesanal da Ria de Aveiro.
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Para promover os produtos da Ria de Aveiro
Entre os dias 21 e 25 de abril
Festival promove Lagostim e o Peixe do Rio de Ferreira do Zêzere
O Município de Ferreira do Zêzere vai promover, entre os dias 21 e 25 de abril, o Festival Gastronómico do Lagostim e do Peixe do Rio – Sabores do Zêzere. Naqueles dias, nos restaurantes, cafés e pastelarias aderentes, os visitantes poderão degustar variadas receitas com base nos produtos endógenos do Rio Zêzere, como o Lagostim e Peixe do Rio. Numa versão mais tradicional ou contemporânea, os sentidos serão despertos pelos Sabores do Zêzere.
E não faltam razões para visitar Ferreira do Zêzere por estes dias. O roteiro gastronómico cria mais uma oportunidade para descobrir o património natural, arqueológico, arquitetónico e cultural deste concelho tão singular - Ferreira do Zêzere é terra de múltiplas aldeias ribeirinhas, trilhos, grutas, passeios pela natureza e de uma beleza sem fim.
Marvão acolhe tradição pascal em 15 restaurantes do concelho
Quinze restaurantes do concelho de Marvão aderiram à XVI Quinzena Gastronómica “O Cabrito e o Borrego”, que vai decorrer de 1 a 16 de abril. Este evento, que tem sido um sucesso ano após ano, celebra a gastronomia local de Marvão e a tradição pascal da região.
Durante a quinzena gastronómica, os restaurantes aderentes vão apresentar cardápios especiais à base de cabrito e borrego, utilizando ingredientes frescos e de qualidade que refletem a produção local e regional, proporcionando, assim, uma experiência gastronómica verdadeiramente autêntica e única a quem os visita. Assim, ao longo do período pascal, vai ser possível degustar, em qualquer um dos quinze estabelecimentos aderentes à iniciati-
va, mais de 50 pratos de sabores distintos e únicos, como a tradicional sopa de sarapatel, o cabrito de cachafrito, as costeletas de borrego, o cabrito assado no forno e o ensopado de borrego.
“O Município de Marvão congratula todos os empresários da restauração que aderiram novamente a este evento, que tem sido um verdadeiro sucesso ao longo dos anos. Esta é uma oportunidade fantástica para que os turistas possam explorar a cultura gastronómica da nossa região e disfrutar de pratos incrivelmente deliciosos, preparados pelos nossos chefs”, explica Luís Vitorino, presidente da Câmara.
Esta iniciativa faz parte de uma ação estratégica que o Município de Marvão tem desenvolvido ao longo dos últimos anos, como forma de promoção e divulgação da riqueza gastronómica da região, através da realização de cinco quinzenas gastronómicas anuais dedicadas ao azeite, ao cabrito e ao borrego, ao bacalhau, à castanha e à caça.
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XVI Quinzena Gastronómica “O Cabrito e o Borrego”
As ruas floridas e um cartaz de animação com Bárbara Bandeira, Jorge Guerreiro, David Carreira e David Antunes & The Midnight Band são os destaques maiores das Festas do Concelho 2023Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, que acontecem em Constância.
De 7 a 10 de abril, nas Festas do Concelho 2023
Ruas floridas e cartaz de animação são atrações nas festas de Constância
Vestir Constância com flores de papel por ocasião da Páscoa é uma tarefa partilhada por escolas, instituições e moradores de todo o concelho, fazendo das ruas floridas um dos motivos de maior interesse nas Festas do Concelho 2023 - Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, um evento que decorrerá de 7 a 10 de abril. Serão milhares de flores de papel que ornamentarão as ruas, recantos e praça de Constância, fazendo as maravilhas de todos os que elegerem a vila, como destino turístico na próxima Páscoa. Paralelamente às ruas floridas, ao programa de animação, com Bárbara Bandeira, Jorge Guerreiro, David Carreira e David Antunes & The Midnight Band, integram as festas do concelho o Grande Prémio da Páscoa, em Atletismo, uma Caminhada, a Mostra Nacional de Artesanato, a Mostra de Doces Sabores, as tasquinhas típicas, a chegada das embarcações a Constância e um espetáculo de fogo de artifício.
Ponto alto dos festejos serão as cerimónias religiosas que têm lugar no dia do Concelho, segunda-feira de Páscoa (10 de abril), das quais se destacam a Missa Solene, a Procissão em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem e as Bênçãos dos Barcos nos rios Tejo e Zêzere e das viaturas na Praça Alexandre Herculano.
O presidente da Câmara de Constância, à Gazeta Rural, diz que o “cariz da festa que tem mais de 200 anos”. Sérgio Oliveira destaca o cartaz de espetáculos, que “abarca diferentes públicos”.
Gazeta Rural (GR): O que vai haver de diferente nas Festas do Concelho?
Sérgio Oliveira (SO): As festas têm uma parte alicerçada na história da Vila, do concelho e da tradição que não dá para alterar, como as cerimónias religiosas, nomeadamente a procissão em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem e da bênção dos barcos e das viaturas. Este é um cariz da festa que tem mais de 200 anos. As alterações têm a ver com o cartaz de espetáculos, com os artistas, e a oferta mais comercial. Penso que este ano temos um grande cartaz que abarca diferentes públicos e que será do agrado de todos.
GR: Os municípios ribeirinhos continuam a colaborar e a participar na procissão dos barcos?
SO: Sim. Contudo, temos vindo a notar que alguns municípios não têm embarcações ou não têm possibilidade de vir. Ainda assim contamos ter cerca de 40 embarcações.
GR: Essas tradições estão a perder-se ou, pelo contrário, há quem aposte em mantê-las vivas?
SO: Acho que, aos poucos, vão-se recuperando. No caso de Constância a tradição está alicerçada naquilo que é a parte religiosa: Não é nenhuma inconfidência se disser que todas as situações que temos vivido nos últimos tempos, fizeram com que algumas pessoas se afastassem de tudo o que envolva cerimónias religiosas, o que é completamente errado e mesmo descabido. Temos cinco dedos na mão e nenhum é igual. Por alguém cometer uma falha ou um erro grave não quer dizer que toda a instituição seja ou funciona assim. Devia haver essa separação clara, mas vivemos no tempo da banalização e generalização dos assuntos.
No que diz respeito à participação na festa, ela tem vindo em crescendo nos últimos anos, muito pela parte mais comercial, do que pela tradição.
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Iniciativa da autarquia local decorre de 31 de março a 2 de abril
Feira do Folar mostra e valoriza o melhor que se produz em Valpaços
Mostrar e valorizar “o que melhor tem” o concelho é o objetivo da Câmara de Valpaços com a realizar da Feira do Folar, certame que só acolhe expositores do concelho, que vai decorrer de 31 de março e 2 de abril.
O presidente da Câmara diz que este “é o maior evento gastronómico realizado anualmente em Valpaços e na região”, salientando que o certame “serve de montra ao que de melhor se produz no concelho”. Amílcar Almeida diz também que a feira “é o culminar daquilo que os nossos agricultores fazem ao longo do ano, é um tributo a eles”, e representa uma “verdadeira lufada de ar fresco para a restauração, comércio e unidades de alojamento turístico”. “O retorno económico é elevado, é superior a 1,5 milhões de euros”, afirmou o autarca, especificando que o valor é referente a vendas diretas e impacto no comércio, restauração e hotelaria do concelho.
Na edição deste ano estarão presentes cerca de uma centena de expositores no recinto, 18 de venda de folar, cujo preço vai sofrer um “pequeno
aumento de um a dois euros” para ajudar os produtores a suportar a subida dos custos de produção. Para além do Folar de Valpaços IGP, haverá fumeiro, bolo podre, frutos secos, mel, vinho, azeite, doçaria variada, entre muitas outras iguarias. Por causa do “sucesso da feira”, o autarca anunciou a construção de mais um pavilhão, num investimento de dois milhões de euros, para ampliar o espaço disponível. “Pensamos em fazer um pavilhão diferente, com uma vertente mais associada à nossa gastronomia, com cozinhas integradas, mas também um espaço aberto para cinema e congressos”, explicou o presidente da Câmara de Valpaços.
Produtores de Folar estão confiantes, mas com cautelas
Os produtores de folar do concelho estão confiantes com o negócio na feira, mas assumem algumas cautelas por causa da crise. “A matéria-prima está muito mais cara, temos situações em que aumentou para o dobro, como é o caso dos ovos, da farinha, as margarinas ou do azeite e assim torna-se complicado”, afirmou Rui Conde, da padaria Juvenal.
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Também Fernanda Gonçalves, produtora artesanal, reforçou as preocupações com o preço dos produtos com que se faz o folar. “Está tudo muito mais caro. Aumentou tudo e, para quem faz um bom folar, fica muito caro”, referiu. Para esta produtora o segredo do folar “está na qualidade dos produtos”, desde as carnes de fumeiro (salpicão, linguiça, presunto), aos ovos a ao azeite, que são usados, mas também na forma como “se bate” a massa.
Um concelho “rico” no setor agrícola
Em Valpaços, o folar é um produto com indicação geográfica protegida (IGP) desde 2017 e pode ser confecionado de forma industrial ou artesanal, produzido pelas padarias ou em fornos de particulares, que aproveitam para irem fazendo algum rendimento extra.
A Feira do Folar de Valpaços atrai visitantes de outros pontos do país, mas também do estrangeiro, nomeadamente de Espanha e França.
A Feira do Folar de Valpaços é “um tributo” aos produtores deste bolo de carnes e agricultores do concelho, representando uma “lufada de ar fresco” para a restauração, comércio e alojamentos.
Valpaços é um concelho “rico”, a começar pelos azeites, mas também os vinhos, devido aos “excelentes solos”, a castanha, o goji e o mirtilo, que estão agora em expansão e já começam a chegar ao mercado.
Amílcar Almeida diz que “há que saber agradecer aos nossos agricultores, que, muitas vezes sem apoios e com as dificuldades sentidas ao longo do ano, não se cansam e querem dar a conhecer o que de melhor tem o nosso concelho”, frisou.
O autarca realçou ainda que Valpaços é um concelho que “exporta mais que importa”, estando em segundo lugar no pódio das exportações, na região de Trás-os-Montes e Alto Douro. “Nós exportamos 18 vezes mais do que importamos”, acrescentou.
Nesta altura Valpaços é também um concelho procurado por investidores. É o caso de um produtor de vinho que está a investir em “200 hectares de vinha” e “continua a comprar terreno para plantar novas vinhas e criar uma marca própria”.
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Vencedores vão ser conhecidos em Pinhel
X Concurso Vinhos de Portugal vai decorrer de 8 a 12 de maio
A décima edição do Concurso Vinhos de Portugal vai decorrer de 8 a 12 de maio e vai distinguir, pelo décimo ano consecutivo, os melhores vinhos nacionais. A primeira fase do Concurso, que inclui sessões técnicas de prova, decorrerá de 8 a 10 de maio - no CNEMA, em Santarém - na qual os vinhos inscritos serão avaliados pelo Júri Regular.
Durante os três dias estão também programadas Masterclasses, jantares com produtores, visitas e múltiplas provas de vinhos. A fase final decorrerá nos dias 11 e 12 de maio, momento em que Grande Júri reunirá na CVR Beira Interior, na Guarda, e decidirá os Grandes Ouros e os Melhores do Ano. A divulgação dos vencedores decorrerá na Cerimónia de Entrega de Prémios, no dia 12 de maio. Este ano a região selecionada, para apresentação dos Prémios durante o jantar de gala, será a Beira Interior, mais precisamente na região de Pinhel.
A par da avaliação da qualidade dos vinhos portugueses, o Concurso Vinhos de Portugal é um evento de referência no sector e, em paralelo, um ponto de encontro entre produtores, especialistas, sommeliers e influenciadores nacionais e internacionais que durante estes dias trocam experiências entre si. A iniciativa distingue a diversidade e a excelência
dos vinhos produzidos em território nacional e reforça a posição do nosso país como um produtor de vinho de referência, especialmente nos mercados de exportação.
A participação no Concurso Vinhos de Portugal constitui para os produtores uma plataforma para a promoção internacional, uma vez que os vinhos distinguidos com as Medalhas Grande Ouro e Ouro terão uma presença garantida em eventos internacionais de renome deste ano.
Recorde-se que no ano passado o Concurso Vinhos de Portugal recebeu cerca de 1.450 referências cuja qualidade foi avaliada por um painel de jurados nacionais e internacionais, composto por especialistas em vinhos portugueses e internacionais, entre os quais enólogos, sommeliers, jornalistas, wine educators e outras profissões ligadas ao sector.
Este ano o Grande Júri é constituído por personalidades nacionais e internacionais e a Cathy van Zyl MW vão juntar-se Anselmo Mendes, Bento Amaral, Dirceu Vianna Júnior MW, James Tidwell MS e Luís Lopes que estarão a avaliar os melhores vinhos a concurso na fase final, Esta é mais uma das iniciativas da ViniPortugal que, a par da distinção dos melhores vinhos do mercado nacional, é, também, um ponto de encontro entre produtores e especialistas nacionais e internacionais, que partilham experiências e criam sinergias entre si, e uma forma de promoção dos vinhos portugueses tanto no mercado nacional como no internacional.
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Foi apresentada à região em Albufeira
Algarve Wine Tourism é e nova rota dos vinhos da região
Com o objetivo de afirmar o Algarve no panorama das regiões vitivinícolas nacionais, a Comissão Vitivinícola do Algarve apresentou a nova Rota dos Vinhos do Algarve. Algarve Wine Tourism é nome do projeto que pretende guiar o visitante pelo território algarvio, promovendo a descoberta dos vinhos da região, dos seus produtores e da riqueza e diversidade do território.
A apresentação, que teve lugar no Hotel PortoBay Falésia, em Albufeira, parceiro dos Vinhos do Algarve e da nova Rota dos Vinhos do Algarve, contou com a presença das entidades oficiais, CCDR Algarve, Direção Regional de Agricultura e Pescas, Região de Turismo do Algarve e de vários representantes de Municípios e Associações regionais e nacionais.
Vários produtores fizeram questão de marcar presença no programa de apresentação oficial, durante
Promovendo a descoberta dos vinhos da região, dos seus produtores e da riqueza e diversidade do território é o objetivo do Algarve Wine Tourism, a nova Rota dos Vinhos da região, que engloba um roteiro de enoturismo. O projeto, apresentado em Albufeira, já junta mais de 20 produtores de vinho da região.
a qual foi entregue a placa de aderente da rota ao Hotel Porto Bay Falésia. Seguiu-se uma visita e almoço na Quinta da Tôr, em Loulé, e à Quinta do Canhoto, em Albufeira, tendo sido atribuído a ambas a placa de aderente à nova Rota dos Vinhos do Algarve.
O programa terminou com a realização de uma prova especial, sob o tema “Negra Mole – A expressão de um terroir”, conduzida pelo sommelier Miguel Martins. A CVR do Algarve agradeceu o apoio dos parceiros que permitiram a realização deste evento, como o Município de Albufeira, Hotel PortoBay Falésia, Quinta da Tôr, Loulé Criativo, Quinta do Canhoto, Sommelier Miguel Martins.
O Algarve Wine Tourism é a rota que combina vinhos e experiências da região do Algarve. Implementada pela Comissão Vitivinícola do Algarve e lançada em fevereiro de 2022, a rota integra, nesta altura, mais de 20 produtores de vinho com atividades propostas, divididas nas categorias, com ligação ao vinho, de Gastronomia, Lazer e Património.
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O Exposalão, em Sernancelhe, volta a ser palco de um grande evento. O ‘Momentos com Vinho’, que em 2022 teve a primeira edição, regressa no fim de semana de 15 e 16 de abril, com cerca de uma centena de produtores, que inclui uma delegação francesa da região de Montpellier, com quem Sernancelhe está geminado.
O vereador da Câmara de Sernancelhe responsável pela organização do evento diz que a edição 2023 “será semelhante” à anterior, uma vez que o mesmo revelou “uma grande adesão de produtores e de público”. Armando Mateus, à Gazeta Rural, diz que em face disso “apostamos na continuidade deste projeto”.
Gazeta Rural (GR): Esta edição do ‘Momentos com Vinhos’ o que trará de diferente?
evento, num intercâmbio com esta região francesa. Para esta edição, apostamos muito na comunicação e num cartaz cultural bastante cuidado, que funcione bem com as provas vínicas, nomeadamente na música, com jazz e blues, mas também com momentos de literatura. Para o efeito, convidámos alguns escritores, como a Teresa Barranha, que está a fazer um trabalho excecional, exclusivo para cada um dos produtores, com uma poesia que estará no stand de cada um, para que quem prove o vinho possa ler um bom poema e que o mesmo seja motivo de conversa. Tudo isto aliado à nossa gastronomia, com os espaços presentes no Exposalão, com os produtos locais, com as tapas e petiscos para acompanhar com a prova de vinho.
GR: O aumento de produtores, de 70 para quase 100, mostra o interesse pelo evento?
Armando Mateus (AM): É muito semelhante à edição anterior, pois revelou uma grande adesão tanto dos produtores como do público. Como tal, estamos perante um formato que não digo que seja inovador, mas que é bastante acolhedor e recetivo, onde se podem efetuar negócios e promover os pequenos e médios produtores das regiões do Dão, Douro e Távora Varosa, de que fazemos parte. Este ano teremos cerca de uma centena de produtores.
O programa vai ser diversificado, com mais conversas temáticas. Teremos uma interação maior entre chefes de cozinha e enólogos, harmonizando a gastronomia e o vinho, com sugestões para as iguarias que serão confecionadas.
Pretendemos também mais momentos de ‘Conversas com Vinho’, sempre numa lógica de interação entre as três regiões. Este ano a novidade é a presença de produtores da região de Montpellier, do sul de França, com a qual estamos geminados.
AM: Há um aumento significativo. Temos garantida a presença de praticamente todos os produtores do ano passado, excetuando dois ou três por razões justificadas, o que mostra a grande recetividade e satisfação desses produtores, o que fez com outros mostrassem interesse em participar. Juntamente com os que virão de Montpellier estaremos perto da centena.
GR: A edição de 2022 foi marcante, tendo em conta que foi um evento diferente. Podemos apontar 2023 como o ano da consolidação do mesmo?
Achámos interessante, no âmbito da geminação, fazer o convite a estes nossos parceiros e trazerem também os vinhos que ali são produzidos. Digamos que é uma aposta na internacionalização do
AM: Diria que sim e por isso não haverá muitas alterações. O evento mostrou aceitação, pelo que apostamos na continuidade deste projeto. Além disso, estamos num ano de excelência para a região do Douro, que é Capital Europeia do Vinho. O ‘Momentos com Vinho’ é um evento âncora e vamos beneficiar desta distinção em termos comunicacionais e de projeção.
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Com a presença de uma delegação de Montpellier Sernancelhe aposta na internacionalização do ‘Momentos com Vinho’
Caminhos Cruzados e escola de Nelas usam morcegos para combater pragas na vinha
O produtor vinícola beirão Caminhos Cruzados, situa do em Nelas, deu mais um passo no caminho da sus tentabilidade, com dezenas de crianças de uma escola primária do concelho a pintarem as casas para mor cegos que vão ser espalhadas ao longo da Quinta da Teixuga. A ideia passa por criar caixas de abrigo para os morcegos, mantendo-os no seu habitat, junto das culturas, ajudando assim a combater as pragas de forma natural e sustentada.
Sendo a dieta do morcego maioritariamente constituída por traças, pretende-se com este projeto reduzir os estragos causados na vinha. “Paralelamente, esperamos reduzir a necessidade do uso de pesticidas, pois teremos frutos mais sãos e recuperaremos a vida biológica dos solos e da fauna existente”, augura Lígia Santos, diretora de sustentabilidade da Caminhos Cruzados.
O compromisso do produtor com a sustentabilidade está patente num ambicioso programa agroecológico que teve início com a plantação de 105 árvores espalhadas pela quinta, formando um bosque com 10 espécies diferentes da região, com bagas e frutos de muitas cores, que fornecem alimento à avifauna ao longo de praticamente todo o ano. Um bosque para pássaros, que muda a paisagem da Quinta da Teixuga, e que também contou com o envolvi mento da comunidade escolar, tendo em vista sensibili zar as crianças desde tenra idade para a importância da regeneração, preservação e valorização das matas.
A empresa traçou um plano para a gestão agroeco lógica da Quinta da Teixuga, com intervenção na vinha, nos espaços florestais e naturais que a enquadram no sentido de progressivamente reduzir ao mínimo, ou mesmo eliminar, o uso de herbicidas e fitofármacos, criando vinhos verdadeiramente ecológicos. “Come çámos 2022 a usar ovelhas certificadas para a produção de Queijo da Serra, para controlar infestantes e promover uma cobertura regenerativa dos solos da vinha, o que trará como resultado uma terra mais fértil e rica em biodiversidade e carbono”, revela Lígia Santos.
A monitorização da informação com recurso a tecnologia, a aposta em modos de produção mais protetores dos recursos (água, solo e biodiversidade) e uma nova visão sobre o embalamento são algumas das prioridades da Caminhos Cruzados.
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Produtor beirão tem ambicioso projeto de sustentabilidade
Promover os vinhos da sub-região vitivinícola de Vidigueira, bem como outros produtos de excelência do concelho e a gastronomia tradicional, é o objetivo da realização do “Vidigueira Vinho”, evento promovido pela autarquia local, que vai decorrer de 7 a 9 de abril.
Nos dias 7, 8 e 9 de abril
“Vidigueira Vinho” promove produtos de excelência do concelho
Com a organização do “Vidigueira Vinho”, a autarquia alentejana pretende promover o vinho do concelho de Vidigueira, como um produto turístico e promotor de desenvolvimento económico; divulgar a riqueza da cozinha tradicional local; dar ênfase a outros produtos agroalimentares, designadamente o pão, a doçaria, as laranjas e os azeites da região, elementos importantes da nossa gastronomia e economia local; promover a excelência produtiva do território no domínio da produção vitivinícola; dignificar o cante alentejano como
fator de promoção da cultura alentejana; valorizar e dignificar o vinho de talha e promover e comercializar o artesanato local.
O programa desta iniciativa vai integrar uma Semana Gastronómica, exposição e venda de produtos agroalimentares, colóquios, provas de vinho e espetáculos musicais. Neste evento participam todos os agentes económicos e produtores de agroalimentares, designadamente, os setores da doçaria, panificação, citrinos, queijaria, vinhos, azeites, mel, compotas, licores, vinhos artesanais e enchidos, bem como expositores de venda de artesanato tradicional e/ou que sejam produzidos com matérias-primas tradicionais, de preferência com trabalho ao vivo.
Explorar os compostos que as leveduras produzem para formulações antimicrobianas é o objetivo dos Cientistas da Universidade do Minho, que tencionam controlar doenças da própria videira.
Cientistas da Universidade do Minho tratam doenças da videira com microrganismos da própria
Cientistas da Universidade do Minho (UMinho) estão a usar, em laboratório, microrganismos da superfície da uva para combater fungos da própria videira, com vista ao controlo de doenças, como a podridão cinzenta.
Em comunicado, a UMinho refere que o objetivo é a exploração de compostos que as leveduras produzem para o desenho de formulações antimicrobianas, “permitindo reduzir o uso de pesticidas ou fungicidas convencionais que comprometem a sustentabilidade do setor”.
O segredo está na microflora (bactérias, leveduras e fungos) que habita a superfície do bago da uva. Estes microrganismos têm um papel fundamental no processo de fabrico do vinho (fermentação) e a sua diversidade e abundância variam com a fase do amadurecimento, a casta, o clima e as práticas vitícolas, entre outros fatores”, acrescenta.
Segundo o coordenador do projeto, Hernâni Gerós, do Departamento de Biologia da Escola de Ciências da UMinho, a investigação demonstrou que que crescem na superfície do bago inibem o crescimento de fungos filamentosos que causam doenças algumas espécies de leveduras. Isto abre
perspetivas excelentes para o desenho de estratégias biológicas de controlo de doenças da vinha, minimizando-se o uso de fungicidas nocivos para o ambiente”, notou.
O trabalho está a ser desenvolvido em paralelo com o projeto “GrapeMicrobiota”, que é liderado pela Escola de Ciências da UMinho e que envolve, até 2024, o Cluster da Vinha e do Vinho (ADVID) e as universidades de Saragoça (Espanha) e François-Rabelais de Tours (França).
Cofinanciado com 250 mil euros pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, o “GrapeMicrobiota” explora a caracterização, seleção e valorização de leveduras autóctones de três castas do Douro, designadamente Touriga Nacional, Sousão e Viosinho. Além do seu potencial de biocontrolo de doenças causadas por fungos, estas estirpes identificadas no bago de uva estão a ser utilizadas para produção de vinhos regionais com “elevada tipicidade”, em alternativa às leveduras industriais. Com a globalização dos métodos de cultivo da videira e de fabrico do vinho, são produzidos hoje vinhos de elevada qualidade em qualquer lado com castas reconhecidas mundialmente, mas produzir vinhos com um perfil característico da região constitui um grande desafio, daí a aposta em castas regionais. Estes vinhos com tipicidade, que refletem as características da região, do povo, dos métodos de cultura ancestrais são cada vez mais apreciados pelos consumidores”, sublinha Hernâni Gerós.
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Para combater fungos da própria videira
Do início em Paranhos da Beira até à atualidade
Mathias, SA: a história de uma empresa centenária em Nelas
A 28 de Março de 1923 nascia, em Paranhos da Beira, a Mathias & Cª Ltda., com um capital social de 210 mil escudos. O objeto social da empresa era a distribuição grossista de produtos alimentares na região. Contudo, a empresa pouco tempo esteve no local onde nasceu, pois a chegada do caminho de ferro, em Nelas, trazia novas oportunidades, acabando pouco tempo depois por se mudar e instalar junto à estação, onde ainda hoje tem a sua sede.
O ‘Mathias’ é hoje um grupo solido, mas com poucas ramificações, centrado no essencial da sua história, que passa pelo setor alimentar. Dedica-se essencialmente à venda a retalho, com dois supermercados (em Nelas e Resende), e ao comércio de azeite, com o ‘Mondegão’, uma marca que vende nas suas lojas, mas com forte presença no mercado externo, nomeadamente no Brasil, onde é, no
Estado do Rio de Janeiro, a segunda mais vendida, e nos Estados Unidos. A empresa tem no ‘Viriato’ outra marca registada de azeite.
Francisco Paula é o sucessor da família na liderança do grupo e aposta em manter os valores, a essência e a matriz da história da ‘Mathias’. “Foram 100 anos muito exigentes e muito movimentados”, afirmou Francisco Paula, à Gazeta Rural, num balanço à história, até hoje, da empresa. O futuro passa por consolidar os atuais ativos, reforçar o mercado externo, com o negócio do azeite, e dar nova vida a antigas instalações da empresa em Nelas.
Gazeta Rural (GR): A Mathias, SA nasceu em 1923 e completa agora 100 anos. Como foi este percurso?
Francisco Paula (FP): Não posso contar a história toda, porque tenho pouco mais de metade da idade da empresa. De facto, pela história que sentimos, e temos, do tempo dos antepassados da empresa até agora, é que foram 100 anos muito exigentes e muito movimentados.
A empresa nasceu em Paranhos da Beira, mas, pouco tempo de-
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pois, mudou-se para Nelas e instalou-se junto à estação de caminho de ferro, onde começou como distribuidor grossista alimentar, e não só, para toda a região do Dão e zona centro. Foi-se expandindo ao longo dos anos, até que em determinada altura, nos anos 70/80, com o aparecimento das grandes superfícies, ou os novos formatos de supermercado, em que as pequenas mercearias começaram a perder terreno, a Mathias poderia ter enveredado para retalhista, como distribuidor final, mas isso não aconteceu. Pelo meio teve outros negócios, como na área do bacalhau e do azeite. Aliás, o azeite sempre foi um negócio bastante importante para a empresa, que se mantém até hoje.
Nas últimas duas décadas a Mathias entrou no negócio retalhista, com dois supermercados (Nelas e Resende) de dimensão média. Temos um acordo de franchising com a Sonae, em que utilizamos a marca ‘Continente’ nos nossos produtos, e simultaneamente mantemos uma atividade muito forte na área grossista, com o azeite, ‘Mondegão’, que tem uma história de mais de 70 anos enquanto marca, sendo atualmente a segunda marca mais vendida no Estado do Rio de Janeiro, no Brasil. O nosso azeite tem uma grande predominância na exportação. Para além do Brasil, vendemos para os Estados Unidos, Venezuela, Europa, China, Taiwan, entre outros. Esta é uma aposta que temos vindo a desenvolver, que pretendemos manter e, se possível, ampliar.
GR: Voltando à história da Mathias e do azeite, porque este está intimamente ligado a ela.
O facto de serem distribuidores grossistas, pelas mercearias da região, serviu de alavanca ao negócio do azeite. Agora, como é que a marca se tornou tão forte no Rio de Janeiro?
FP: Isso deve-se ao trabalho exemplar que foi desenvolvido comercialmente no Brasil, além de que temos que entender que Portugal é um país pequeno, em termos de mercado. O Estado do Rio de Janeiro tem cerca de 20 milhões de habitantes, o dobro de Portugal, onde o consumo de azeite é bastante grande.
estamos presentes, nomeadamente junto da diáspora portuguesa, que acabou por ter um efeito de contaminação, alargando-se à comunidade local de cada um daqueles países para onde exportamos.
A título de exemplo, digo-lhe que nós exportamos dois contentores, por ano, para Taiwan, onde praticamente não há uma comunidade portuguesa significativa.
GR: Completados os 100 anos, o que projeta para o futuro da empresa?
Em Portugal, as marcas de azeite, embora sejam muitas, acabam por ter um elevado grau de concentração em dois grupos económicos. Daí que nós achámos que era mais fácil, mais rentável e mais frutuoso para a empresa crescer no exterior, do que no mercado interno, onde também vendemos, sobretudo nos nossos supermercados e a alguns dos melhores restaurantes do distrito de Viseu, que usam azeite Mondegão na sua cozinha. Contudo, a nossa aposta ainda passa pelo mercado externo, com o Brasil à frente.
GR: O Mondegão tem particularidades que o tornam diferente?
FP: Sim. Sempre procurámos, nos lotes que fazemos, ter um azeite denso, proveniente de azeitona madura. É aquele azeite que quando se deita no prato, por cima do bacalhau ou do ovo cozido, se espalha devagarinho, percebendo-se que não há ali nada de duvidoso, e é muito apreciado nos mercados externos onde
FP: No futuro próximo vamos, sobretudo, dinamizar a exportação do negócio do azeite. Essa será a prioridade. Simultaneamente temos vindo a atualizar o nosso ‘core business’ de retalho, com este acordo com a Sonae, que fizemos há cerca de quatro anos e que tem estado a correr bem. Além disso, iremos tentar maximizar alguns ativos antigos que a empresa tem, por forma a procurar algum desenvolvimento, nomeadamente em termos urbanísticos na Vila de Nelas.
GR: Como as antigas instalações?
FP: Temos vindo a recuperar alguns imóveis, como uma antiga estação de serviço, para alargar o parque de estacionamento, mas as restantes instalações vão ser recuperadas. Este será um dos projetos que queremos avançar nos próximos tempos, para habitação ou exploração comercial que possa ser interessante.
Em marca utilizada nos territórios classificados da UNESCO
Geopark Naturtejo implementa marca para valorizar tradições alimentares da regiao
O Geopark Naturtejo está a implementar a GEOfood, uma marca registada na União Europeia (UE), destinada a ser utilizada por estes territórios classificados da UNESCO.
O Geopark Naturtejo refere que um grupo de empresários e gestores de projetos do setor alimentar do Geopark Lauhanvuori - Hämeenkangas da Finlândia, visitou a aldeia histórica de Monsanto, em Idanha-a-Nova. “O grupo teve a oportunidade de conhecer o Menu GEOfood do GeoRestaurante Petiscos & Granitos e o Monsanto GeoHotel Escola. A visita técnica incluiu o ateliê da ‘Geocakes’ (Idanha-a-Nova), onde foram discutidas estratégias de negócio e sustentabilidade, assim como o processo de conceção de geoprodutos”, lê-se na nota de imprensa do Geopark.
Os empresários e gestores finlandeses visitaram ainda a Quinta do Vale de Alfaia (Sobral do Campo, Castelo Branco), onde conheceram “as boas práticas de produção agrícola e a queijaria em modo de produção biológica”.
O Geopark Naturtejo tem vindo progressivamente a aumentar o número de parceiros com produtos e menus GEOfood, resultantes de práticas de agricultura e de produção alimentares sustentáveis, que seguem exigentes critérios ambientais. A Adega dos Apalaches (Roqueiro, Oleiros) é o mais recente parceiro GEOfood no Geopark Naturtejo.
Os cinco geoparques portugueses (Naturtejo, Arouca, Açores, Terras de Cavaleiros e Estrela) estão a desenvolver e a implementar a marca, através de uma estratégia conjunta de âmbito nacional, em colaboração com o Turismo de Portugal. Esta estratégia inclui a capacitação e qualificação, promoção, programas educativos e estruturação de experiências e produtos turísticos. Está ainda a ser criado um clube de consumo GEOfood, na plataforma ‘SmartFarmer’, que integra produtores parceiros de todos os geoparques.
A GEOfood surgiu em 2015, coordenada pelo Magma Geopark, na Noruega, o Odsherred Geopark, na Dinamarca, o Rokua Geopark, na Finlândia, e o Rejkyanes Geopark, na Islândia. Destina-se a ser utilizada em territórios classificados como Geoparque Mundial da UNESCO e constitui hoje uma rede internacional que reúne vários Geoparques Mundiais da UNESCO, pretendendo promover e valorizar a relação entre o seu singular património geológico e as tradições alimentares locais.
O Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, que integra a rede mundial da UNESCO, inclui os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão.
Um Geoparque Mundial da UNESCO compreende um território bem definido, onde locais e paisagens de importância geológica internacional são geridos numa conceção holística de proteção, educação e desenvolvimento sustentável.
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5 a 7 de Setembro 2023 agroglobal.pt Santarém
Para ligar os 14 municípios associados
Comunidade Viseu Dão Lafões lança plano de ecovias para a região
A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões arrancou com um plano de ecovias com o intuito de ligar os 14 concelhos que integram a região, aproveitando as ecopistas existentes de modo que nasça uma rede ciclável.
“O Plano de Ecovias da Região, que se pretende construir, vem promover o desenvolvimento de uma rede ciclável que irá concretizar a ligação entre as infraestruturas já existentes”, esclarece a CIM num comunicado. Neste sentido, a CIM Viseu Dão Lafões quer aproveitar “a Ecopista do Dão, a Ecopista do Vouga (em fase final de construção) e a Ecovia do Mondego (também em fase final de construção)” e agregar os restantes municípios não abrangidos por estas vias.
Os oito municípios sem ecopista e que vão agora integrar o projeto de ecovias da Comunidade são os de Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo, Sátão e Vila Nova de Paiva. “Esta é uma iniciativa que mostra a importância que entidades como as CIM, com a sua capacidade de pensar os seus territórios como um todo e enquanto espaços de decisão, têm para o desenvolvimento regional”, defende o presidente da CIM.
Fernando Ruas, também presidente da Câmara Municipal de Viseu, considera que esta iniciativa “assume múltiplas vertentes relacionadas com o desenvolvimento do território”. “Por um lado, temos
a vertente ligada à atividade física e do lazer, na medida em que esta rede vem democratizar e promover uma maior fruição do espaço público intermunicipal por todos”, afirma.
Também na questão ambiental, “esta iniciativa vem reforçar a aposta intermunicipal em novas formas de mobilidade suave, apostando numa maior sustentabilidade territorial”, acrescenta.
O projeto, que teve “o tiro de partida”, como disse Fernando Ruas, vai permitir “a diminuição do uso do automóvel, em alguns trajetos dentro dos municípios e entre eles, com benefícios evidentes ao nível da redução de emissões de CO2".
O próximo passo, esclarece a CIM Viseu Dão Lafões no mesmo comunicado, passa por “desenvolver trabalhos tendentes à elaboração do estudo prévio para a elaboração do plano”, o que acontecerá nos “próximos meses”. “É com muita satisfação que a CIM dá este primeiro passo” para alargar, “forma integrada, a rede intermunicipal de vias cicláveis. Esta será uma obra estruturante para toda a região, na medida em que irá conferir novas oportunidades de vivência do território”, sustenta o secretário executivo da Comunidade.
Nuno Martinho destaca “dois aspetos muito importantes” como “a componente ligada à coesão social e territorial” e “o desenvolvimento económico associado à atividade turística que este tipo de infraestrutura promove”.
Atualmente, a nível intermunicipal, a região conta com a Ecopista do Dão (49 km) e com a Ecopista do Vouga (66 km) que ligam a território vizinho, através da Ecovia do Mondego (41 km), fazendo, assim, a ligação à Região de Coimbra. As atuais ecovias atravessam os municípios de Santa Comba Dão, Tondela, Viseu, São Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades e este novo plano integra os restantes oito municípios da CIM Viseu Dão Lafões.
O arranque do plano de ecovias da região Viseu Dão Lafões aconteceu à margem de uma reunião extraordinária do Conselho Intermunicipal, na sede da CIM, em Tondela (distrito de Viseu), e contou com a presença dos autarcas envolvidos no projeto.
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Um percurso pedestre com cerca de 41 quilómetros
Caminho dos Monges liga os concelhos de Lamego e Tarouca
O Caminho dos Monges, um percurso pedestre com cerca de 41 quilómetros, liga os municípios de Lamego e Tarouca, durante o qual é visível o legado da ordem cisterciense no Vale Varosa.
“Podemos ter um conjunto de experiências ao longo do caminho, que não é para se fazer a correr, sem se apreciar”, avançou o vice-presidente da Câmara de Tarouca, José Damião. Segundo o autarca, o Caminho dos Monges - que liga os dois concelhos do distrito de Viseu e assenta nos pilares da cultura, do património, da natureza e da gastronomia - é “para se sentir” com calma. “E, acima de tudo, para se fazer com a sensação de que estamos noutros tempos, a viver séculos atrás”, considerou.
Representando um investimento de mais de 400 mil euros, a empreitada do Caminho dos Monges foi financiada em 65% pelo Turismo de Portugal, através da Linha de Apoio à Valorização Turística do
Interior. O restante valor foi assegurado pelos municípios de Lamego e Tarouca.
“O percurso pedestre abriu ao público para ser usufruído em todo o seu esplendor, com o objetivo de atrair e fixar os turistas no território e, simultaneamente, potenciar o desenvolvimento da economia local”, sublinham as autarquias, em comunicado. Este é o primeiro percurso pedestre de grande rota associado diretamente a núcleos arquitetónicos da Ordem Monástica de Cister, situado nas regiões Vinhateiras do Távora-Varosa e do Douro.
Com 21,2 quilómetros no concelho de Tarouca e 19,8 quilómetros no concelho de Lamego, o Caminho dos Monges representa um projeto intermunicipal de ecoturismo cultural, que nasceu da união de esforços dos dois municípios.
Segundo o comunicado, “no total, estão presentes 27 pontos de interesse, só no que respeita a património edificado”. “No entanto, é também através da grande diversidade de fauna, flora, parques ribeirinhos e da possibilidade de degustação das melhores iguarias do território – como são exemplos os espumantes do Vale do Varosa, de Tarouca e Lamego, os vinhos do Porto e os vinhos de mesa do Douro – que o Caminho dos Monges se torna um projeto tão enriquecedor”, sublinhou.
Para os dias 16 e 23 de abril estão a ser organizadas caminhadas no concelho de Tarouca e Lamego, respetivamente, que incluem almoço convívio e cuja inscrição é gratuita.
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Como Especialidade Tradicional Garantida Classificação do arroz de sarrabulho de Ponte de Lima está em consulta
pública
O registo da denominação Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima como Especialidade Tradicional Garantida (ETG) está em consulta pública, durante 30 dias, de acordo com um aviso publicado em Diário da República (DR). O pedido de registo foi apresentado pela Confraria Gastronómica do Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima, no distrito de Viana do Castelo.
O professor coordenador das áreas da segurança alimentar e animal na Escola Superior Agrária (ESA) do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), Nuno Brito, explicou que a classificação do prato foi iniciada em 2007, sendo que o caderno de especificação do ‘ex-líbris’ da gastronomia do concelho foi entregue em outubro de 2022, adiantando que, após a consulta pública de 30 dias, o documento seguirá para Bruxelas para que o arroz de sarrabulho seja classificado como ETG. Nuno Brito, que também é membro da Confraria Gastronómica do Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima, explicou que a classificação, realizada em parceria com a Câmara de Ponte de Lima, pretende “garantir autenticidade e genuinidade da receita e do produto, e a sua valorização”. “Sabemos que há vantagens intrínsecas das denominações de origem na valorização do produto e no reconhecimento, nomeadamente do turismo gastronómico. Ponte de Lima é uma enorme referência gastronómica. O arroz de sarrabulho é um prato muito bem identificado e é importante que não seja adulterado por outros pratos ou produtos, noutras regiões”, sublinhou.
Gastronómica do Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima na Internet, Clara Penha (1836–1924) é considerada a pioneira da restauração contemporânea de Ponte de Lima e a grande referência da origem do arroz de sarrabulho à moda de Ponte de Lima. No início do século XX, pela intervenção de Clara Penha, dona de uma das mais importantes pensões de Ponte de Lima, o sarrabulho, de cozinha étnica e familiar, rico de ingredientes e sabores, passou a ser servido nos mais diversos restaurantes da Ribeira Lima. O que faz a diferença do prato “é a receita e a origem dos produtos utilizados, como o porco, desde a sua origem à forma como é criado”. “Integra características organoléticas e sensoriais totalmente diferentes”, afirmou Nuno Brito.
O prato é confecionado com vários tipos de carnes, designadamente porco, vaca e galinha, sangue de porco e diversas especiarias, sendo acompanhado de rojões, vários enchidos, desde as tripas enfarinhadas à chouriça verde, e inclui fígado, as belouras e batatas alouradas. Para a Câmara de Ponte de Lima, segundo informação no seu sítio na Internet, esta classificação “revela-se como um relevante instrumento, eficaz para criar economias de escala, sendo o processo de certificação uma mais-valia para o produto em si, para a segurança alimentar dos consumidores e um estímulo para a sua comercialização, num contexto em que o cliente é cada vez mais fidelizado e exigente”.
O responsável técnico do processo de certificação em curso adiantou que a receita do arroz de sarrabulho à moda de Ponte de Lima “é muito antiga, confecionada nos solares e nas casas de lavoura, no século XVII, e que no século XIX passou a integrar os menus da restauração do concelho”.
Segundo informação que consta na página oficial da Confraria
“A classificação do Arroz de Sarrabulho como ETG pretende preservar o modo de transformação e composição que corresponde a uma prática tradicional de confecionar este prato gastronómico, produzido a partir de matérias-primas ou ingredientes utilizados tradicionalmente”, refere o município, parceiro no processo de classificação, agora em consulta pública.
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Sedeada em Caraças, na Venezuela
Associação ‘Heróis do Mar’ promoveu almoço solidário em Santa Maria da Feira
José Simão Rocha foi o anfitrião de um almoço solidário, que decorreu em Santa Maria da Feira, e que visou angariar fundos para a Associação ‘Heróis do Mar’, com sede em Caracas, na Venezuela, que tem como objetivo o apoio à comunidade portuguesa residente no país.
O almoço contou com a presença de mais de cerca de três dezenas de convivas, nomeadamente o presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, do almoxarife da Confraria de Saberes e sabores da Beira ‘Grão Vasco’, José Ernesto Silva, bem como de vários ex-emigrantes naquele de país, que agora residem e trabalham em Portugal.
“Vemos, analisamos e ajudamos” é o lema da Associação ‘Heróis do Mar’, que foi transposto para a mesa, num repasto que promoveu os valores da amizade e da fraternidade, que contou com o apoio de várias em-
presas e entidades.
O presidente da Câmara de Santa Maria da Feira relevou o trabalho levado a cabo pelas associações representativas da comunidade feirense da diáspora, prometendo um apoio monetário, mas também uma visita, antes do final do atual mandato, à Venezuela, Brasil e África do Sul, onde residem muitos naturais de Terras da Feira.
Na ocasião, José Simão Rocha, o grande dinamizador da ‘Heróis do Mar’, - confrade e representante da Confraria ‘Grão Vasco’ na Venezuela, - agradeceu o apoio e contribuição de todos para a importante e nobre causa que a associação promove em terras venezuelanas, onde ainda reside uma significativa comunidade portuguesa. Por sua vez o Almoxarife da Confraria ‘Grão Vasco’ enalteceu o trabalho levado a cabo pelas inúmeras associações e coletividades junto da comunidade portuguesa espalhada pelos quatro cantos do mundo, na promoção dos valores, cultura e tradições portuguesas. José Ernesto Silva destacou a entrega do anfitrião deste evento solidário na defesa e apoio à comunidade lusa naquele país da América do sul.
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Localizadas em Lajeosa do Dão, no concelho de Tondela
Termas de Sangemil reabrem a 1 de abril para nova temporada
As Termas de Sangemil, localizadas em Lajeosa do Dão, no concelho de Tondela, reabrem ao público a 1 de abril. A estância termal vai manter-se de portas abertas até 30 de novembro.
Em 2022 passaram pelas termas 662 aquistas. Os indicadores estatísticos apontam para uma subida de 27% no número de termalistas e pelo complexo passaram 294 clientes no terceiro trimestre do ano, 165 no segundo e 163 no quarto trimestre de 2022.
A estância termal foi procurada sobretudo para o chamado termalismo terapêutico, com 426 pessoas a escolheram Sangemil para fazerem este género de curas, o que representa um crescimento de cerca de 5%. O aumento mais expressivo registou-se na vertente de bem-estar, que subiu 139%, com 196 clientes. No ano passado, as Termas de Sangemil faturaram 119 mil euros, mais 10% do que em 2021, sendo que a maior parte deste montante fica a dever-se ao termalismo clássico.
O complexo termal abriu ao público, nas atuais instalações, em 1994, mas as águas sulfurosas são usadas para efeitos terapêuticos desde o século XVIII. As termas estão vocacionadas para o tratamento de doenças reumatológicas e músculo-esqueléticas e ainda das vias respiratórias, como sinusite, rinite, faringite ou bronquite. As águas são captadas a uma profundidade de cerca de 100 metros a uma temperatura de 49 graus.
De 3 a 11 de junho, em Santarém
Ovo é o tema central da Feira Nacional de Agricultura 2023
A Feira Nacional de Agricultura/Feira do Ribatejo (FNA 23) vai decorrer de 3 a 11 de junho no Centro Nacional de Exposições, em Santarém e o tema da próxima edição estará centrado no produto carismático que é o ovo e em toda a importância que ele representa não só para o setor agrícola, mas também na cultura gastronómica e hábitos alimentares dos portugueses.
Em paralelo, estarão em destaque os diversos produtos enquadrados na categoria dos tão falados superalimentos, dos quais o ovo é parte integrante. Colocaremos também a descoberto a vastidão e riqueza indiscutível da produção nacional, além de proporcionar a interação, o contacto e potenciar os negócios entre os vários intervenientes do sector.
A FNA 23 contará com grande cobertura mediática, sendo o local indicado para o debate, não só do tema central desta edição da feira, mas também das principais questões agrícolas do momento.
Dia 9 de abril, pelas 16 horas
Cortejo Histórico e Etnográfico anima ruas de Serpa domingo de Páscoa
Serpa recebe a quadragésima primeira edição Cortejo Histórico e Etnográfico, que vai acontecer domingo de Páscoa, 9 de abril, pelas 16 horas. Esta iniciativa realiza-se desde 1979 e constitui o ponto alto da celebração da Páscoa e das Festas do concelho em Honra de Nossa Senhora de Guadalupe.
O cortejo será constituído por 41 carros e mais de 700 participantes, que retratam e dão a conhecer o património, a etnografia, o Cante Alentejano e os usos e costumes que constituem a identidade das
gentes do concelho. Este ano o percurso terá início no Parque de Máquinas (Rua da Abegoaria), seguindo pela Rua Dr. Palma Santos, Rua Dr. Eduardo Fernandes de Oliveira, Alameda Abade Correia da Serra, Rua do Calvário, Rua Nova, Rua dos Lagares e terminará na Rua dos Arcos, junto à Fonte Santa.
Estarão disponíveis gratuitamente lugares sentados em três bancadas, proporcionando mais comodidade a quem queira assistir ao Cortejo, uma junto ao Cineteatro Municipal, com capacidade para cerca de 350 pessoas, outra perto do Mercado Municipal, que permitirá acomodar perto de 100 espectadores, e a terceira no Largo do Jardim, com lotação de 750 lugares.
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Cerca de 120 expositores e 15 artesãos estão confirmados no XII Festival Islâmico de Mértola, que vai decorrer em maio e onde são esperados 60 mil visitantes.
Vai decorrer entre os dias 18 e 21 de maio
Há 120 expositores confirmados no XII Festival Islâmico de Mértola
O Festival Islâmico de Mértola vai decorrer entre os dias 18 e 21 de maio, numa organização do município alentejano, em parceria com cerca de 30 entidades locais, regionais e internacionais, fortemente ligadas à comunidade e cultura árabe. Nestes dias, “Mértola celebra a interculturalidade intrínseca da sua relação histórica com o mundo islâmico, revivendo as tradições dos tempos em que a vila se chamava ‘Martulah’ e era a capital de um reino islâmico, além de um importante porto comercial”, destacou a autarquia, em comunicado enviado à agência Lusa.
Mértola para receber os mais variados produtos como artesanato, doçaria, produtos regionais alentejanos e tecidos, provenientes de Marrocos, Tunísia, Egito, Espanha e Alentejo”, frisou.
Este ano, são esperadas 60 mil visitas no festival, um dos eventos “mais relevantes do distrito” de Beja, disse a organização, explicando que o certame tem como objetivos “promover o conhecimento, o diálogo, a tolerância e cidadania entre culturas. Durante o evento, será possível “visitar e explorar vários espaços e dinâmicas”, com o programa a incluir concertos ao vivo, exposições, oficinas e até uma zona de orações.
A música é outro dos atrativos do certame, estando já confirmadas as atuações de artistas portugueses e de outros países da Europa e do Magrebe. Pelo palco do festival vão passar, a 19 de maio, os grupos Fanfaraï Big Band (Marrocos/ França/Argélia), Olkan & La Vipère Rouge (Turquia), Cus Cus Flamenco (Marrocos/ Espanha) e Tootard (Síria). No dia 20 de maio, o cartaz musical apresenta Pedro Mafama (Portugal), Expresso Transatlântico (Portugal) e Sofiane Saidi & The Mazalda (Argélia).
Um dos grandes destaques do Festival Islâmico de Mértola em 2023 volta a ser a realização do ‘souk’, ou seja, do mercado árabe, “com comerciantes reais, sem encenações ou recriações históricas”. “Em 2023, o ‘souk’ está de volta às vilas ‘velha’ e ‘nova’ de
O festival apresenta este ano uma nova imagem e logótipo, “inspirados numa tigela de cerâmica datada da segunda metade do século XII, encontrada na alcáçova do Castelo de Mértola”, adiantou a câmara municipal. “Esta descoberta insere-se nos trabalhos arqueológicos realizados no património da vila e reforça a importância estratégica da antiga cidade de Mértola e a sua relação com a cultura islâmica”, reforçou o município.
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Evento decorre entre 21 de abril e 7 de maio
Primeiro Festival das Reservas da Biosfera portuguesas decorre em vários locais
Pela primeira vez, as Reservas da Biosfera (RB) portuguesas vão ser palco de um festival conjunto com exposições, oficinas artísticas, showcookings, trilhos e visitas guiadas, debates e música.
O Festival das Reservas da Biosfera de Portugal decorre entre 21 de abril e 7 de maio, com a abertura a decorrer em Santana e na Graciosa. Já o encerramento do festival está marcado para a RB das Berlengas. As restantes Reservas aderentes participam através da realização de “eventos espelho” promovidos localmente, envolvendo instituições e população residente nesses territórios.
Para o primeiro dia do festival, na RB de Santana, está prevista a abertura da Feira Agrícola e uma sessão de cinema “Cartas de Fora”, de Luís Miguel Jardim. Já na ilha da Graciosa haverá a inauguração de várias exposições, música, ateliês, palestras, gastronomia e divulgação da Marca Biosfera Açores, no Picadeiro António Maria da Cunha. Também na RB das Berlengas, está prevista a inauguração da ex-
posição “BerlengAzul – A Riqueza abaixo da linha de Água”. As iniciativas continuam no segundo dia com showcookings sobre a famosa queijada da Graciosa e o caldo de peixe, na RB da Ilha Graciosa, e as comemorações do Dia Mundial da Terra, na RB da Ilha do Porto Santo. Na RB de Santana o dia é pontuado por uma Feira do Pão e Artesanato.
Na agenda do Festival das Reservas da Biosfera de Portugal, que se prolonga até ao dia 7 de maio, estão ainda previstas atividades como a visita orientada à Ilha da Berlenga: Das Pardelas aos Piratas e Residências Artísticas, na RB das Berlengas, limpeza subaquática, na RB da Ilha da Graciosa, percursos pedestres e exposições de projetos desenvolvidos pelas próprias reservas.
O evento pretende valorizar o território, o desenvolvimento económico e sustentável da rede de Reservas da Biosfera em Portugal. Além disso, tem como objetivo acrescentar valor e conhecimento científico aos territórios portugueses classificados pela UNESCO, através da partilha de conhecimento e boas práticas entre cidadãos e residentes, entidades públicas e privadas. O festival é promovido pela Quaternaire, em colaboração com as Reservas da Biosfera de Portugal, e decorre no âmbito do Projeto “Reservas da Biosfera: territórios sustentáveis, comunidades resilientes”. As entradas são gratuitas, mas a maioria das atividades estão sujeitas a inscrição prévia e com vagas limitadas.
Mais detalhes sobre o primeiro Festival das Reservas da Biosfera podem ser consultados em https://www.reservasdabiosfera. pt/festival ou nas redes sociais do Projeto (Instagram, Facebook e LinkedIn).
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