www.gazetarural.com 1 www.gazetarural.com Director: José Luís Araújo | N.º 426 | Periodicidade Quinzenal | 15 de Março de 2023 | Preço 4,00 Euros Ourique ‘afirma’ Mundo Rural • Ovibeja 2023 junta ruralidade e inovação • Feira do Queijo Serra da Estrela em Fornos de Algodres • Covilhã recebe debate nacional sobre turismo interno • Paróquia do Viso lançam vinho “Padre Miguel”
OURIQUE PROMOVE FEIRA DO PORCO ALENTEJANO DE 24
A 26 DE MARÇO
Afirmar o território e valorizar a fileira são os objetivos da Câmara de Ourique com a realização da XV Feira do Porco Alentejano. O certame consolidou-se no panorama regional e nacional como um momento de afirmação do mundo rural e de Ourique, que se projeta noutros momentos ao longo do ano.
FICHA TÉCNICA
Ano XIX | N.º 426
Periodicidade: Quinzenal
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Redacção: Luís Pacheco
Opinião: Júlio Sá Rego | Gabriel Costa e José Cruz
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sumário
04 Há folar e cabrito na semana da Páscoa de Carrazeda de Ansiães
05 Ovibeja 2023 junta ruralidade e inovação ao encontro de todos os públicos
06 Ourique promove Feira do Porco Alentejano para “afirmar” os territórios rurais
08 Gouveia organiza Mercado do Queijo da Serra da Estrela
10 Fornos de Algodres promove Feira do Queijo Serra da Estrela 2023
12 Feira 100% Agrolimiano mostra setor primário e agroalimentar de Ponte de Lima
14 Festival ‘Mira à Mesa’ conta com 20 restaurantes aderentes
16 AHRESP promove Fórum para a Valorização das Profissões
17 Festas de Constância 2023 com cartaz de espetáculos muito atrativo
18 CIM da Região de Coimbra promove a gastronomia e a cultura região
20 Paixão pelo Vinho Awards mostra os melhores néctares de Portugal
22 Sabugal quer integrar área de produção da castanha Soutos da Lapa DOP
24 Projeto da Universidade de Coimbra quer potenciar cultivo sustentável de cogumelos
25 Concurso de Azeite Virgem da Feira Nacional de Olivicultura regressa a Moura
26 Azeitona Galega da Beira Baixa recebeu estatuto de Indicação Geográfica Protegida
28 Produção de queijo da Serra da Estrela “passa por capacitar pessoas para o setor”
29 Ministra da Agricultura desafiou autarquias a criarem gabinetes de apoio aos agricultores
31 Comunidade do projeto Balcão Único do Prédio junta-se na Batalha
32 Torre de Moncorvo regressa ao tempo D’ El Rei D. Dinis
34 Cidade da Covilhã vai receber o maior debate nacional sobre turismo interno
35 Feira do Ambiente e Energia de Ponte de Lima mostra soluções para o setor
36 “Vidigueira Vinho” pretende promover os néctares da sub-região vitivinícola
37
24H Agricultura Syngenta acontecem na Escola Superior Agrária de Bragança
38 Festeiros de 2023 da Paróquia do Viso lançam vinho “Padre Miguel”
Os dois principais produtos da Páscoa transmontana vão estar em destaque, de 6 a 8 de abril, em Carrazeda de Ansiães no Festival do Cabrito e na Feira do Folar, que este ano integra a programação do Douro Cidade Europeia da Cultura.
Evento integra a programação do Douro Cidade Europeia da Cultura
Há folar e cabrito na semana da Páscoa de Carrazeda de Ansiães
Este município do distrito transmontano retoma, depois de dois anos de restrições devido à pandemia, o formato presencial dos dois eventos, que decorrem na semana da Páscoa, como divulgou hoje a Câmara Municipal.
A autarquia, que é a promotora, destaca a novidade de este ano a Feira do Folar e Produtos da Terra de Carrazeda de Ansiães integrar a programação da iniciativa Douro Cidade Europeia do Vinho, que decorre, ao longo de todo o ano, nos municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) Douro. “O folar é o produto rei que dá nome ao evento ao qual se juntam outros produtos da terra, a gastronomia e, principalmente, o vinho”, refere a autarquia, em comunicado.
A feira decorre no Centro Empresarial e, além do tradicional folar de carnes, passa a incluir também gastronomia, vinhos e espetáculos musicais, segundo a organização. O evento tem uma área dedicada exclusivamente à atividade de panificação, com os produtores do tradicional folar, e expositores com outro tipo de produtos, nomeadamente pastelaria, compotas, enchidos, licores, vinho, azeite, mel e outros produtos alimentares e agrícolas.
Uma tenda exterior está destinada à área “mais recreativa”, com palco para animação, tasquinhas com serviço de refeições e expositores de vinho do concelho.
Para que as famílias possam usufruir do evento com tranquilidade, a organização preparou no interior do Centro de Apoio Empresarial de Carrazeda de Ansiães um espaço “onde as crianças se podem divertir, em total segurança, contando com o acompanhamento e vigilância de monitores”. “A Feira do Folar e Produtos da Terra pretende ser uma oportunidade para comercialização dos produtos existentes no concelho de Carrazeda de Ansiães, de modo especial o folar, contribuindo assim para promover a economia local, cultura, tradições e turismo”, segundo o município.
Na mesma semana da Páscoa, decorre nos restaurantes do concelho o Festival do Cabrito, que, “para além de ser um prato característico da Páscoa, é típico neste concelho”. Durante o período em que decorre o festival, por cada 30 euros gastos em refeições de cabrito, o município oferece uma garrafa de vinho e um copo alusivo ao território.
“A autarquia, sabendo da sua importância económica, quer para a restauração quer para a produção, incentiva o consumo, não apenas dos residentes, como aconteceu em período de pandemia, mas também dos visitantes, promovendo este festival como forma de atrair pessoas ao concelho”, refere.
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A trigésima nona edição da Ovibeja, que se vai realizar de 27 de abril a 1 de maio, tem inscritos, a esta altura do ano, mais cerca de 10 por cento de expositores comparativamente ao ano passado, muitos deles são entidades que pretendem participar pela primeira vez.
Com mais cerca de 10 por cento de expositores que o ano passado
Edição 2023 da Ovibeja junta ruralidade e inovação ao encontro de todos os públicos
Promovido ACOS - Associação de Agricultores do Sul, o certame costuma contar anualmente com mais de mil expositores, distribuídos por mais de 10 hectares infraestruturados e arborizados, com pavilhões temáticos, no Parque de Feiras e Exposições Manuel de Castro e Brito. A Ovibeja, que anualmente recebe mais de 150 mil visitantes e costuma ser ‘palco’ para uma ‘romaria’ de políticos, tem como tema central, nesta edição, “Comunicar, Um Grande Desafio para a Agricultura”, mote que “convida a refletir sobre o que está em causa quando se fala de agricultura, agricultores, sustentabilidade, soberania alimentar, biodiversidade, Política Agrícola Comum, alterações climáticas, cultura urbana e cultura rural, informação e contrainformação”, indicou a ACOS.
lético, com atrativos para todos os gostos, que dá pontos na inovação, no ambiente de festa e de partilha. É uma montra e uma mesa de produtos agroalimentares de qualidade superior, de restaurantes de carnes certificadas de raças autóctones nacionais”.
A oferta do evento inclui concursos, exposições de gado, demonstrações equestres, provas desportivas, exposições empresariais e institucionais, comércio. Integra ainda o décimo segundo Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja, para o qual estão ainda a decorrer as inscrições até dia 24 de março.
A feira, que junta ruralidade e inovação, já tem inscritos, nesta altura do ano, “mais cerca de 10% de expositores comparativamente ao ano passado, muitos deles entidades que pretendem participar pela primeira vez”, realçou a organização em comunicado.
Dedicada a todos os públicos, esta é uma “feira agrícola, dos sabores e aromas da terra, mas também um evento urbano, ec-
A feira inclui uma vasta programação cultural com espetáculos e concertos, onde se destacam as famosas “ovinoites” que atraem milhares de jovens. Luís Trigacheiro, Quatro e Meia, Xutos e Pontapés, Bárbara Tinoco são apenas alguns dos pretextos para juntar os amigos e rumar a Beja. A 27 atua o bejense Luís Trigacheiro e o DJ Groove. A 28 o palco vai ser preenchido pelos Quatro e Meia e pelo DJ Nuno Luz (Rádio Comercial). A 29 de Abril os holofotes vão para os Xutos e Pontapés, seguido de DJ Ana Isabel Arroja (Rádio Comercial). A última noite da Ovibeja é entregue a Bárbara Tinoco e ao DJ Sek Mintendes (Rádio Comercial).
Certame tem lugar de 24 a 26 de março
Câmara de Ourique promove Feira do Porco Alentejano para “afirmar” os territórios rurais
Afirmar o território e valorizar a fileira são os objetivos da Câmara de Ourique com a realização da XV Feira do Porco Alentejano, que decorrerá de 24 a 26 de março. O certame consolidou-se no panorama regional e nacional como um momento de afirmação do mundo rural e de Ourique, que se projeta noutros momentos ao longo do ano. O município alentejano mantém uma estratégia sustentada de promoção das marcas de identidade, das dinâmicas e do território como pressuposto fundamental da geração de novas oportunidades e mais futuro para o território.
O presidente da Câmara de Ourique, à Gazeta Rural, diz que a feira “é um momento alto e de afirmação” do concelho como Capital do Porco Alenteja-
no, mas também do mundo rural. Marcelo Guerreiro critica as “visões urbanas”, que “nos tentam impor gostos e costumes”.
Gazeta Rural (GR): Há algumas novidades no cartaz da Feira deste ano?
Marcelo Guerreiro (MG): Temos vindo a apostar nesta Feira, que é o grande evento e o mais importante do concelho e deste território. Queremos que seja um momento alto e de afirmação de Ourique, Capital do Porco Alentejano. É neste sentido que temos procurado melhorar o evento todos os anos. Procuramos reunir muitos ingredientes para que nestes dias muita gente possa vir a Ourique desfrutar desta nossa feira e de tudo o que temos para oferecer.
GR: Que expectativa tem para esta edição?
MG: A expectativa é que seja um grande certame e um grande momento de afirmação do nosso território. Essa a nossa expectativa e foi nesse sentido que, com a Associação de Criadores de Porco
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Alentejano, montamos este evento. O que queremos é que, fruto da estratégia de afirmação de Ourique - Capital do Porco Alentejano e de valorização desta raça autóctone, possa ser um momento alto de todo este trabalho desenvolvido ao longo do ano. É por isso que temos a maior expectativa que possa ser uma grande feira.
GR: Como está o setor nesta altura?
MG: É um setor que hoje aposta na qualidade, embora haja significativas dificuldades face aos constrangimentos sentidos nos últimos anos, desde logo com a pandemia, mas também com o aumento dos fatores de produção, face ao impacto que a guerra tem trazido, desde logo com o aumento dos custos com os cereais, mas também todos os outros custos associados, como os combustíveis.
De qualquer modo, o porco alentejano continua firme e vivo e, esperamos nós, que nos próximos anos continue na senda da afirmação e da sua valorização, porque entendemos que esse é o caminho, numa aposta cada vez maior na qualidade e por ser um produto distintivo.
MG: Nós somos um concelho rural. Olhamos para o nosso território como um mundo de potencialidades, onde existem oportunidades, e não como um fardo, como alguns querem fazer parecer. Olhamos para a afirmação desse mundo rural, em contraste com as visões urbanas, que nos tentam impor gostos e costumes, que estão completamente fora daquilo que é a plena harmonia em que vivemos com o meio ambiente e com as nossas atividades. Rejeitamos essas visões urbanas que nos tentam impor. Existem vários setores no concelho. O porco alentejano é o grande destaque, mas toda a produção agropecuária tem feito o seu percurso, nomeadamente nos ovinos, com destaque muito significativo, contribuindo também para a economia do nosso concelho e para o desenvolvimento económico da região. Deixe-me dar esta nota importante. Todas estas atividades contribuem positivamente para a balança económica do país, pois todas se focam na exportação e contribuem para o equilíbrio da balança comercial portuguesa. É que, muitas vezes, não se tem a noção da importância que os setores agropecuário e agrícola têm na economia do país. Por isso, entendo que é necessário afirmar este setor e as atividades desenvolvidas no mundo rural, que contribuem muito para o meio ambiente. Aqui estão os maiores defensores do bem-estar animal, ao contrário do que alguns, que vivem no meio urbano, tentam fazer crer.
GR: Ourique tem uma grande empresa na transformação do porco alentejano. Há gente nova a aparecer no setor, tanto na criação como na transformação?
MG: Há gente, naquilo que é a criação do porco. Contudo, grande parte da produção de porco alentejano é direcionada para o mercado espanhol, em animais vivos. Temos uma grande empresa no concelho a transformar o porco alentejano e também o porco preto. O grande volume de negócio dessa empresa prende-se com o porco preto, que continua em grande crescimento, e vai iniciar uma nova fase de expansão. Por isso, a indústria transformadora continua nessa lógica de crescimento.
Existem outras empresas de pequena dimensão, sendo que, quando falamos de porco alentejano, falamos de Ourique, mas também de toda a região. Nesse sentido, têm sido dados passos na valorização deste produto e continuam a existir novos investimentos neste setor.
GR: Ourique não é só porco alentejano?
Por isso, nessa plena harmonia com a natureza e nessa plena consciência, procuramos sempre o equilíbrio entre estas atividades económicas, - o bem-estar animal e o meio ambiente. São atividades importantes para o país, que dão força à nossa economia e por isso tentamos sempre defendê-las, pois são vitais para o futuro do nosso país e do mundo.
GR: Voltando à feira. Depois de Pinhel, em 2022, este ano o município convidado é São João da Pesqueira?
MG: Ambos são territórios rurais, ainda que de uma zona diferente e distante, mas temos em comum o facto de sermos concelhos do interior e rurais. Depois, porque achamos, e acreditamos, que o porco alentejano ‘casa’ muito bem com o vinho. Esse foi também um dos motivos para convidarmos o município de São da Pesqueira, que é forte no setor vitivinícola. O que esperamos é que este convite valorize o nosso certame, para além de que achamos que é muito importante este intercâmbio entre territórios, que, no caso, são muito distantes, mas que têm as mesmas preocupações e os mesmos desafios pela frente.
“Olhamos para o nosso território como um mundo de potencialidades”
Nos dias 7 e 8 de abril no Mercado Municipal
Gouveia organiza Mercado do Queijo da Serra da Estrela
Gouveia vai organizar, nos dias 7 e 8 de abril, mais uma edição do Mercado do Queijo da Serra da Estrela, para “valorização, promoção e comercialização” do produto. O certame “de valorização, promoção e comercialização do Queijo Serra da Estrela DOP (Denominação de Origem Protegida) e de outros produtos endógenos da serra da Estrela” irá decorrer no Mercado Municipal, adianta a autarquia presidida por Luís Tadeu.
A autarquia assegurou que o Mercado do Queijo, a realizar na semana na Páscoa, vai reunir pastores, produtores e queijarias de Queijo da Serra da Estrela. “A atividade visa valorizar e reunir toda a fileira produtiva deste produto endógeno, de relevância primordial para o concelho de Gouveia, implementando espaços de degustação e comercialização do principal queijo português”.
O Mercado do Queijo da Serra da Estrela é organizado pelo município de Gouveia, em colaboração com a Associação dos Pastores e Produtores de Queijos da Serra da Estrela (APROSE), do Instituto de Gouveia – Escola Profissional e da Estrelacoop – Cooperativa dos Produtores de Queijo Serra da Estrela. De acordo com a nota da autarquia, “podem participar no Mercado do Queijo
todos os produtores de Queijo Serra da Estrela e de produtos endógenos”.
A região demarcada de produção do queijo Serra da Estrela abrange os municípios de Carregal do Sal, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo, Seia, Aguiar da Beira, Arganil, Covilhã, Guarda, Tábua, Tondela, Trancoso e Viseu.
A Estrelacoop – Cooperativa dos Produtores de Queijo Serra da Estrela, com sede em Celorico da Beira, no distrito da Guarda, iniciou o processo de candidatura do queijo Serra da Estrela DOP a Património Imaterial Mundial da UNESCO. Segundo o seu presidente, Joaquim Lé de Matos, o processo tem dois momentos – o primeiro relacionado com a criação da equipa técnica e científica que vai preparar a candidatura e o segundo diz respeito à angariação de fundos para suportar a preparação do processo a submeter à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). O propósito da Estrelacoop é ver reconhecido o processo do “saber fazer” do queijo Serra da Estrela, produzido com leite de ovelha das raças Serra da Estrela ou Churra Mondegueira, e que remonta ao século XI, referiu o responsável à agência Lusa, no dia 18 de fevereiro, na inauguração da 46.ª Feira do Queijo Serra da Estrela de Seia.
De 24 a 26 de março, no Pavilhão Gimnodesportivo
Fornos de Algodres promove Feira do Queijo Serra da Estrela 2023
O Pavilhão Gimnodesportivo de Fornos de Algodres, e área envolvente, recebe a edição 2023 da Feira do Queijo Serra da Estrela, este ano com um programa de animação que junta Toy, Cláudia Martins e Minhotos Marotos, folclore e um showcooking com o Chef Chakal.
O município de Fornos de Algodres promove, de 24 a 26 de março, a quadragésima quarta edição da Feira do Queijo Serra da Estrela, um certame que vai decorrer no Pavilhão Gimnodesportivo, e que é também uma homenagem aos pastores e queijeiras que se dedicam à sua produção. O Chef Chakal leva a cabo um showcooking, no sábado, dia 25, às 10 horas, tendo como ingrediente principal o queijo Serra da Estrela. O programa de animação conta com Toy, que atua dia 24, às 22 horas, enquanto Cláudia Martins e Minhotos Marotos sobem ao palco no sábado, pelas 17 horas. No domingo há o festival de folclore “Folk Inatel”.
O vice-presidente da Câmara de Fornos de Algodres diz que a edição deste ano “é uma Feira do Queijo carregada de autenticidade”. Alexandre Lote, em conversa com a Gazeta Rural, sustenta que “é importantíssimo que se olhe para esta atividade com outros olhos”, alertando para o envelhecimento no setor no concelho e na região. O autarca diz ser “fundamental que se valorize esta profissão”, mostrando-se a favor da realização de uma Feira Nacional do Queijo Serra da Estrela, um ano num concelho da região e no seguinte numa grande área urbana.
Gazeta Rural (GR): Que feira haverá este ano em Fornos de Algodres?
Alexandre Lote (AL): A exemplo dos anos anteriores, vamos ter uma Feira do Queijo carregada de autenticidade, em que se vai valorizar e homenagear o trabalho dos pastores e das queijeiras, com uma programação melhorada em relação a edições anteriores, bem como a valorização de todos os nossos produtos endógenos, do concelho e da região.
GR: Como está o setor no concelho?
AL: O setor está vivo, sabendo-se das dificuldades que são transversais a todo o setor, sobretudo relacionadas com o envelhecimento dos nossos pastores e das nossas queijeiras. É importantíssimo que se olhe, de uma vez por todas, para esta atividade com outros olhos e que haja, de facto, medidas a nível central que valorizem e tornem ainda mais atrativa esta profissão. No concelho de Fornos de Algodres continuamos a ter queijo de enorme qualidade, conforme se comprova pelas vendas que vamos tendo na nossa plataforma online ‘O Bom Sabor da Serra’.
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“Vamos ter uma Feira do Queijo carregada de autenticidade”
GR: No concelho há gente nova a chegar ao setor?
AL: Temos em Fornos de Algodres um pastor relativamente jovem, que aderiu à atividade. É evidente que este não compensa os que vão saindo, pelo que é fundamental que se valorize esta profissão e, sobretudo, que o contexto de trabalho de pastorícia seja mais atrativo para os jovens, uma vez que do ponto de vista económico tem um valor muito grande.
GR: O secretário de Estado, Carlos Miguel, disse que ainda não foi a uma grande Feira Nacional do Queijo Serra da Estrela. Concorda com a ideia?
AL: Essa possibilidade já foi abordada várias vezes. Discordo da ideia de haver apenas uma feira do queijo, porque isso mata a autenticidade e a homenagem que todos os concelhos fazem ao produto e a quem o faz, que é merecida.
Concordo com a realização de uma grande Feira Nacional do Queijo Serra da Estrela. Poderia pensar-se na ideia de, alternadamente, um ano ser feita num concelho da região e no seguinte numa grande área urbana, como Lisboa, Coimbra, Porto ou outra.
Na minha opinião, o importante é que se faça. Contudo, para que se faça tem de haver queijo e para isso tem de haver pastores e queijeiras. Repito, tem de se olhar para este setor com outros olhos, pois está a envelhecer muito rapidamente. Ou conseguimos renovar esta geração na próxima década ou vamos passar um mau bocado, no que ao queijo Serra da Estrela DOP diz respeito.
Nos dias 18 e 19 de março, no Pavilhão de Feiras e Exposições
Feira 100% Agrolimiano mostra setor primário e agroalimentar de Ponte de Lima
O objetivo da realização da Feira 100% Agrolimiano é mostrar, divulgar e promover o que de melhor se produz no setor agroalimentar em Ponte de Lima, sendo esta uma das áreas que mais se tem desenvolvido nos últimos anos, devido a uma maior valorização por parte dos empresários nos recursos endógenos, criando, assim, novos postos de trabalho e surgindo novos negócios, com produtos inovadores e de excelente qualidade. Durante os dois dias serão apresentados e expostos vários produtos produzidos ou transformados no concelho, tais como, mel, sidra, vinho verde, enchidos e fumados, fruta, hortícolas, carne, leite, entre outros, tipicamente limianos.
Nesta edição da Feira 100% Agrolimiano, para além de animação musical, provas de vinhos, workshops e showcookings, serão realizados no dia 18 de março, às 14 horas, os IV Agrojogos Limianos, organizados pela Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima, e no dia 19 de março, às 14 horas, o X Concurso Regional da Raça Frísia do
Alto Minho. Referência ainda para a atividade agendada para o sábado de manhã, um workshop de apresentação de cavalos em eventos equestres, enquadrando-se na temática dos eventos equestres que o Município dinamiza ao longo do ano. Com um programa abrangente, este evento é dirigido não só a profissionais, mas também ao público em geral, a IV Feira 100% Agrolimiano pretende atrair profissionais, distribuidores, empresários e consumidores para a excelência do mundo rural de Ponte de Lima.
“As pessoas e os expositores estão entusiasmados”
O vereador da Câmara de Ponte de Lima responsável pela organização do certame, Carlos Lago, à Gazeta Rural, disse que as expectativas para este evento “são grandes” e que “as pessoas e os expositores estão entusiasmados” com a sua realização
Gazeta Rural (GR): Que expectativas tem para esta edição, uma vez que é quase um recomeço?
Carlos Lago (CL): As expectativas são grandes. Para este evento é quase como voltar à primeira edição, mas acreditamos que vamos superar as edições antes da pandemia, que foram sempre muito fortes. O temos vindo a observar é que as pessoas e os expositores estão entusiasmados e nós, enquanto organização, vamos
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fazer tudo por tudo para não defraudar quem nos visitar.
GR: Este certame é dedicado exclusivamente aos produtos dos setores primário e agroalimentar do concelho?
CL: São setores com crescimento sustentado e com alicerces bem fundamentados. A pandemia foi um bom incentivo para o arranque. Temos áreas de atividade bem assentes, como o vinho e o leite, depois temos atividades com empresas familiares, como os enchidos, a carne, a do-
çaria e o mel, setores que estão a crescer. Esperamos mostrar neste evento tudo aquilo que se produz no concelho.
GR: No âmbito deste evento, vai decorrer o concurso regional de raça Frísia. Como está este setor da pecuária?
CL: O setor pecuário no concelho, em geral, tem crescido bastante, embora uns mais que outros. Por exemplo, a produção de leite tem aumentado, mas na carne tem-se verificado uma estagnação e até o abandono da atividade por parte de alguns produtores.
O Pavilhão de Feiras e Exposições de Ponte de Lima recebe nos dias 18 e 19 de março a Feira 100% Agrolimiano, certame promovido pelo Município de Ponte de Lima e que contará com a presença de Gonçalo Rodrigues, Secretário de Estado da Agricultura, na sessão de abertura.
A decorrer nos fins de semana de 17 a 19 e 24 a 26 de março
Festival ‘Mira à Mesa’ conta com 20 restaurantes aderentes
O festival gastronómico “Mira à Mesa”, a decorrer nos fins de semana de 17 a 19 e 24 a 26 de março, conta com 20 restaurantes aderentes, mais dois do que em 2022. A sopa à Gandaresa, sopa de nabiças, pitau de raia, sardinhas na telha com grelos, sarrabulho, línguas de bacalhau e samos de bacalhau são alguns dos pratos tradicionais que vão estar em destaque nos restaurantes. Nas sobremesas, os visitantes podem degustar de arroz-doce, leite creme ou filhoses, por exemplo.
A iniciativa, da Câmara de Mira, “mantém-se nos mesmos moldes e há mais restaurantes participan-
tes, que é sempre bom. É sinal de que a primeira edição foi um sucesso, porque o aumento de restaurantes reflete precisamente isso”, disse o presidente da Câmara Municipal de Mira, Raul Almeida.
O evento consiste numa parceria com os restaurantes do concelho de Mira aderentes, baseada na Carta Gastronómica da Região Gândara, ou seja, além da sua carta habitual, vão ter uma ementa dedicada à região da Gândara, com vários pratos tradicionais locais. Os restaurantes aderentes são Keep Calm, Canadian Star, Petisc’art, Pátio do Tabuinhas, Salgáboca, Litur, A Cozinha, Mar azul, O Seiça e Morhua. O Prazo - Mercearia & Casa de Comer, Peixaria Nosso Mar, Milénio, A Chave, Sabores da Praia, O Pescador, Restaurante Lila, A Taberna da Vila Maria, Contrast Bar e a Confraria Nabos e Companhia são outros dos restaurantes aderentes.
A 29 de março, em São Miguel, nos Açores
AHRESP promove Fórum para a Valorização das Profissões
A AHRESP vai organizar o Fórum para a Valorização das Profissões no dia 29 de março, em São Miguel, nos Açores. O evento, de participação gratuita, mas inscrição obrigatória, terá lugar no Azoris Royal Garden Leisure & Conference Hotel, em Ponta Delgada, a partir das 10 horas.
Este evento vai reunir personalidades e especialistas de diversas áreas do turismo, sendo que a a alta de mão-de-obra e o impacto da pesada carga fiscal para as empresas sobre os rendimentos do trabalho serão os grandes temas em debate.
A abertura conta com as participações de Carlos Moura, presidente da direção da AHRESP, Pedro Nas cimento Cabral, presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, e Berta Cabral, secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas.
Ao longo do dia, em três painéis, especialistas de diversas áreas vão expor as suas visões sobre a te mática da valorização das profissões, uma necessidade que a AHRESP reforça constantemente como sendo fundamental para mitigar o problema da falta de mão de obra no setor do turismo.
A decorrer de 27 de abril a 1 de maio
Pedro Abrunhosa e Marisa Liz são cabeças de cartaz da FIAPE em Estremoz
Pedro Abrunhosa, Marisa Liz, Ivandro e DAMA integram o cartaz de espetáculos da edição deste ano da Feira Internacional de Agropecuária de Estremoz (FIAPE), que vai acontecer de 27 de abril a 1 de maio. O certame, promovido pelo município de Estremoz, vai decorrer no parque de feiras e exposições da cidade.
O cartaz de espetáculos inclui concertos com grupo RAYA, DJ Foksen e Ivandro (27 de abril), Os Raiz, DJ Christian F e Pedro Abrunhosa (dia 28), Dezalinhados, DJ André Gaspar e D.A.M.A (29) e Baila Maria, DJs MDK, KURA e Marisa Liz (30). No encerramento, no dia 1 de maio, o programa prevê uma tarde alentejana.
Segundo a autarquia, a FIAPE cumpre este ano a trigésima quinta edição e, a exemplo das edições anteriores, vai contar com “uma ampla mostra de setores de atividade”. Exposição de pecuária e maquinaria agrícola, artesanato, produtos regionais, atividades comerciais e industriais, gastronomia e eventos culturais, como concertos, e desportivos são vários dos destaques. O evento, que pretende contribuir para o desenvolvimento económico e promoção turística do concelho, agrega a trigésima nona edição da Feira de Artesanato de Estremoz, sendo visitado habitualmente por milhares de pessoas.
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De 7 a 10 de abril, com as ruas floridas
Festas de Constância 2023 com cartaz de espetáculos muito atrativo
Bárbara Bandeira, Jorge Guerreiro, David Carreira e David Antunes & The Midnight Band são os protagonistas do programa de animação das Festas do Concelho 2023 - Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem que voltam a Constância de 7 a 10 de abril. Os festejos estão na ser preparados pela Câmara Municipal, paróquia de Constância, moradores, escolas, comércio locais e pelas diferentes instituições do concelho.
Para além dos nomes já referidos, muitos outros momentos musicais estão agendados. O Grande Prémio da Páscoa em Atletismo, artesanato, exposições, música, ruas floridas, tasquinhas, gastronomia, doçaria e muita animação são as diversas vertentes que
constituem a iniciativa.
O Dia do Concelho, segunda-feira de Páscoa, 10 de abril, no qual decorrerão as cerimónias religiosas, voltará a ser o ponto alto dos festejos, dos quais se destacam a Missa Solene, a procissão em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem e a bênção dos barcos, nos rios Tejo e Zêzere, e das viaturas na Praça Alexandre Herculano.
Para que as ruas floridas voltem a ser um dos motivos de atração de muitos visitantes às Festas do Concelho de Constância, a Câmara Municipal lançou o desafio à população e às associações que há já muito tempo trabalham nesta vertente das festas.
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CIM da Região de Coimbra promove dois eventos para afirmar a gastronomia e a cultura região
A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra vai promover dois eventos para “afirmar a gastronomia, a cultura e o turismo” da região. Estes vão acontecer em Coimbra e Condeixa. “Com estes eventos encerramos o primeiro capítulo da estruturação de produtos turísticos da Região de Coimbra”, sendo que, após este trabalho, “chegou-se à fase da venda”, disse Raul Almeida, vice-presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra.
Um dos eventos, intitulado “Região de Coimbra: lugares únicos, experiências memoráveis”, decorre no dia 22 e 23, no PO.RO.S (Museu Portugal Romano em Sicó), em Condeixa-a-Nova. Trata-se de um seminário sobre produtos turísticos da região, dirigido a operadores turísticos e agências de turismo nacionais e espanholas, onde vão ser abordados temas como o enquadramento dos produtos turísticos da Região de Coimbra; turismo de natureza, cultura e património; surf spot e estações náuticas; enogastronomia e serão também apresentadas e debatidas as tendências para o futuro da Região de Coimbra.
A ideia é fomentar a promoção e comercialização dos produtos e recursos turísticos e ainda o desenvolvimento e implementação de produtos turísticos integrados, suportados nos recursos distintivos e diferenciadores da região de Coimbra.
Já o Festival Coimbra Região Gastronómica, a realizar de 24 a 26, no Jardim da Sereia, em Coimbra, incluirá ‘showcookings’, provas de vinho comentadas e animação musical. Os ‘chefs’ Cática Goarmon, João D’Eça Lima, Flávio Silva, João Quaresma e Paulo Queirós vão marcar presença no certame. Este festival tem como objetivo celebrar a transição de Coimbra Região Gastronómica Europeia 2021 para Coimbra Região Gastronómica e, de acordo com Jorge Brito, secretário executivo da CIM Região de Coimbra, permitirá “uma verdadeira viagem pelos 19 municípios da Região de Coimbra, sem sair do concelho de Coimbra”.
No festival, num espaço 5.000 metros quadrados, vão estar representados os 19 municípios da Região de Coimbra, no mercado de produtos endógenos. O evento incluirá quatro ‘talks’, com mais de 15 oradores, e ainda restaurantes onde os visitantes podem degustar dos pratos tradicionais dos municípios que integram a comunidade.
De acordo com Raul Almeida, vice-presidente da CIM Região de Coimbra, este evento “encerra o primeiro capítulo da estruturação de produtos turísticos da Região de Coimbra”, e após esse trabalho, “chegou-se à fase da venda”.
Estes dois eventos “querem afirmar e vão contribuir para afirmar a gastronomia, a cultura e o turismo da região de Coimbra”, afirmou o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva.
Já o secretário executivo da CIM, Jorge Brito, frisou que o Festival Coimbra Região Gastronómica vai permitir “uma verdadeira viagem pelos 19 municípios da Região de Coimbra, sem sair do concelho de Coimbra”.
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Em Condeixa-a-Nova e Coimbra
A festa que celebra os grandes vinhos de Portugal - “Paixão pelo Vinho Awards Wine Party” - vai decorrer no próximo dia 25 de março, sábado, a partir das 17 horas, no Hotel Vila Galé Ópera, junto às Docas, em Lisboa e reúne produtores premiados, somando mais de 200 vinhos de todos os estilos.
Paixão pelo Vinho Awards mostra os melhores néctares de Portugal
A festa que celebra com os consumidores os melhores vinhos do ano está a chegar. Uma vez mais a Paixão Pelo Vinho Awards Wine Party junta produtores premiados, provas, enólogos, petiscos e música, tudo num só sítio. O mote é premiar e celebrar a excelência dos vinhos portugueses e partilhar em festa com todos quantos contribuem para que tal seja possível.
Este evento é uma oportunidade única para provar grande vinhos, mas também para aprender, já que em paralelo decorrem provas comentadas com enólogos. A Wine Party fica completa com uma deliciosa carta de petiscos e muita música.
Para além de cerca de 200 vinhos de quase todas as regiões do país e um imperdível programa de provas comentadas (de acesso gratuito), há ainda gins e outras surpresas, uma saborosa carta de petiscos e a música do DJ André Vieira. Tudo isto para
desfrutar no espaço interior do Vila Galé Ópera ou no lindíssimo terraço voltado para o rio Tejo, apreciando o pôr-do-sol. “Qualidade é cada vez mais sinónimo de sucesso. Em tempos difíceis os produtores de vinhos não baixaram os braços, pelo contrário, aplicaram ainda mais recursos, investiram em matérias-primas de excelência, na sustentabilidade, nas pessoas e no futuro. O setor do vinho é um exemplo, cresce a nível nacional e internacional, conquistando o mundo. E um feito assim tem de ser celebrado”, salienta Maria Helena Duarte, diretora da revista Paixão Pelo Vinho, organizadora do evento, acrescentando que “a proximidade com os consumidores é fundamental”.
Os bilhetes estarão disponíveis em breve nas lojas Fnac, Worten, El Corte Inglés e outras, bem como online através da Ticketline. A pré-venda vai contemplar um desconto de 4€ por bilhete single e 7€ por bilhete duplo. Mais informações em www.revistapaixaopelovinho.com e nas páginas das redes sociais da revista. Participe neste evento e sinta-se como um/a verdadeiro/a especialista de vinhos.
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Dia 25 de março, no Hotel Vila Galé Ópera, em Lisboa.
Assunto foi discutido numa reunião que os autarcas de Celorico da Beira e da Guarda
Município do Sabugal quer integrar área geográfica de produção da castanha 'Soutos da Lapa'
O município do Sabugal quer integrar a área geográfica de produção da castanha dos Soutos da Lapa DOP (Denominação de Origem Protegida), disse o presidente da Câmara. Segundo Vítor Proença, para que tal aconteça, a área geográfica de produção da castanha dos Soutos da Lapa DOP também terá de integrar os concelhos de Celorico da Beira e Guarda, para que haja uma continuidade territorial a partir do município de Trancoso.
A área geográfica de produção da castanha dos Soutos da Lapa DOP está circunscrita aos concelhos de Armamar, Tarouca, Tabuaço, São João da Pesqueira, Moimenta da Beira, Sernancelhe, Penedono, Lamego, Aguiar da Beira e Trancoso. O agrupamento de produtores da castanha dos Soutos da Lapa DOP (que abrange frutos obtidos a partir do castanheiro das variedades Longal e Martaínha) está localizado na cidade de Trancoso, na Bandarra - Cooperativa Agrícola do Concelho de Trancoso.
A possibilidade de alargar a área de produção da castanha dos Soutos da Lapa DOP aos concelhos de Celorico da Beira, Guarda e Sabugal foi discutida numa reunião que os autarcas dos três municípios realizaram com representantes da Direção Regional de Agricultura, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), da RefCast - Associação Portuguesa da Castanha e da Cooperativa Agrícola de Penela da Beira.
A ampliação da DOP Soutos da Lapa para os concelhos de Celorico da Beira, Guarda e Sabugal surge com o objetivo de o município do Sabugal poder criar “mais-valia na fileira da castanha”, segundo o autarca. De acordo com Vítor Proença, o concelho possui “cerca de 600 hectares de castanheiros”
e está a registar “uma procura muito intensa por parte de alguns jovens agricultores na plantação de novos soutos”. No entanto, para que a DOP Soutos da Lapa possa chegar ao território do Sabugal, um município situado junto da fronteira com Espanha, “ela tem que ter continuidade territorial”, referiu. “Então, convidámos também o município da Guarda, que na zona de Videmonte [e] Aldeia do Bispo tem alguns soutos de castanheiros, e também Celorico [da Beira], que ainda tem em alguma parte do território alguma produção [para se associarem ao processo]”, explicou.
Os dois municípios aceitaram o desafio da autarquia do Sabugal e os três vão “avançar com uma DOP” para o território, indicou Vítor Proença. A medida permitirá dar “mais alguma atratividade para a comercialização” da castanha produzida na região.
Os três municípios iniciaram o processo de adesão à área geográfica de produção da castanha dos Soutos da Lapa DOP e o autarca vaticinou que será “um processo muito moroso”, porque haverá necessidade de realizar estudos, análises e de proceder à certificação da castanha. “Demos o primeiro passo e isso é que é importante”, vincou Vítor Proença, lembrando que a Câmara Municipal do Sabugal é o “motor” da iniciativa.
O município do Sabugal tem um protocolo com a UTAD para a fileira da castanha e em 1988 celebrou um protocolo com a Direção Regional da Agricultura da Beira Interior para disponibilização de uma área para instalação de um Campo Experimental e de Produção de Material Vegetativo.
No espaço da antiga Colónia Agrícola (que foi criada em 1936 pela então Junta de Colonização Interna do Ministério da Agricultura e entrou em declínio em 1974), a autarquia instalou um viveiro de castanheiros, onde são produzidas 12 variedades. “Há um trabalho já de alguns anos e entendemos criar escala. Foi nesse sentido que abraçámos este projeto [de integrar a área geográfica de produção da castanha dos Soutos da Lapa DOP]”, concluiu o autarca.
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Projeto da Universidade de Coimbra quer potenciar cultivo sustentável de cogumelos medicinais
A Universidade de Coimbra (UC) coordena o projeto “Cogumelos ‘do Prado ao Prato’: do tratamento de doenças do metabolismo a dieta saudável sustentável a partir da valorização de recursos agroflorestais”, que vai receber 391 mil euros no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para fortalecer a inovação no sector agroalimentar com foco no cultivo sustentável de cogumelos.
O projeto, coordenado pela investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC), Anabela Marisa Azul, pretende contribuir para o cultivo sustentável de cogumelos medicinais, como Pleurotus ostreatus (cogumelo-ostra), Pleurotus eryngii (cogumelo-do-cardo) e Hericium erinaceus (cogumelo juba-de-leão) a partir da valorização de palha de arroz e de outros resíduos agrícolas e florestais nacionais.
Atualmente, “muitos destes resíduos são queimados no local, constituindo uma fonte de emissão de gases com efeito de estufa, com prejuízo para a qualidade do ar. A incorporação destes resíduos nas formulações para o cultivo de cogumelos vai permitir melhorar as suas propriedades nutricionais e aumentar a produção, a venda e o consumo deste produto”, contextualiza a investigadora da UC.
Este projeto, que vai estar em curso ao longo de 30 meses, pretende também incorporar medidas de rastreabilidade ao longo de toda a cadeia de
produção, de forma a criar um sistema de certificação de produto saudável e sustentável, direcionado para cogumelos, substratos e seus subprodutos.
Anabela Marisa Azul explica que, além do cultivo sustentável de cogumelos, também está prevista a “avaliação de propriedades nutricionais e componentes em cogumelos, com o foco na validação científica sobre os benefícios do seu consumo para a diminuição de risco de doenças, como a obesidade e a diabetes, para atenuar eventos inflamatórios, e para melhorar o metabolismo celular”. A investigadora sublinha ainda a importância do projeto “na promoção dos cogumelos enquanto alimento saudável, sustentável e integrado na cultura da dieta Mediterrânica”.
Além do CNC-UC, integram o projeto o Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra (iCBR) e o Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC (FCTUC). O projeto vai ter como parceiras a Fungiperfect; a Growingdetails; a Floresta Jovem; a Leal & Soares; a Escola Profissional da Mealhada; a Organização Florestal Atlantis (OFA), a Associação de Desenvolvimento Florestal; a Pinhal Maior – Associação de Desenvolvimento do Pinhal Interior Sul; e a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC). É membro do painel consultivo o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV).
“Cogumelos ‘do Prado ao Prato’: do tratamento de doenças do metabolismo a dieta saudável sustentável a partir da valorização de recursos agroflorestais” é um dos seis projetos financiados no âmbito da iniciativa Alimentação Sustentável da Agenda de Inovação para a Agricultura 2020-2030.
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Recebeu cerca de 400 mil euros do PRR
Inscrições estão abertas até ao dia 10 de abril
Concurso de Azeite Virgem da Feira Nacional de Olivicultura regressa a Moura
Moura vai receber o Concurso de Azeite Virgem da Feira Nacional de Olivicultura. Realizado pelo CEPAAL, em parceria com os municípios promotores da feira, Moura e Valpaços, o concurso conta com o apoio de um painel de Provadores Nacionais de referência, que analisa, ao longo de dois dias de provas cegas, os Azeites a Concurso, premiando não só os melhores blends nacionais, com a distinção “Prémio Feira Nacional de Olivicultura”, mas também os melhores Azeites com Denominação de Origem Protegida, os melhores Azeites produzidos em modo de produção biológica, os melhores Azeites de Quinta e de Cooperativa e ainda os melhores monovarietais de Galega e Cobrançosa.
O concurso, em conjunto com a feira que integra, premeia o que de melhor se faz na olivicultura portuguesa, valorizando e permitindo reconhecer o trabalho dos olivicultores nacionais, sendo assim uma ferramenta indispensável para promoção do sector.
Em 2023, o Concurso de Azeite Virgem da Feira Nacional de Olivicultura regressa a Moura para a XVI edição da Olivomoura, um dos maiores e mais antigos certames do sector, que reúne, durante quatro dias, olivicultores, industriais, comerciantes e consumidores de Azeite.
As inscrições estão abertas até ao dia 10 de abril e os interessados podem aceder ao regulamento do concurso no site www.azeitedoalentejo.pt
Um dos regimes de proteção de produtos de qualidade da UE.
Azeitona Galega da Beira Baixa recebeu estatuto de Indicação Geográfica Protegida
A “Azeitona Galega da Beira Baixa” a ser o mais recente produto português a juntar-se à lista de Indicações Geográficas Protegidas (IGP), um dos regimes de proteção de produtos de qualidade da UE. De acordo com o pedido submetido à CE pela Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior (APABI), entidade promotora deste processo, “entende-se por azeitona galega da Beira Baixa o produto preparado, azeitona de conserva, obtido a partir da variedade Galega da espécie Olea europaea L”.
A azeitona galega da Beira Baixa é produzida numa área geográfica que abrange os concelhos de Covilhã, Belmonte, Fundão, Penamacor, Idanha-a-Nova, Castelo Branco, Vila Velha de Ródão, Proença-a-Nova, Oleiros, Sertã, Vila de Rei e Mação.
Na sequência desta decisão, e por forma a realçar a exclusividade deste produto, a partir de agora na rotulagem deve figurar a menção “Azeitona Galega da Beira Baixa - Indicação Geográfica Protegida” ou “Azeitona Galega da Beira Baixa IGP”.
Segundo a APABI, a azeitona galega da Beira Baixa é colocada diretamente em salmoura, podendo ser adicionados outros produtos como sejam ervas aromáticas (louro, orégãos, tomilho), limão e alho. Estas azeitonas apresentam-se no mercado como inteiras, retalhadas, descaroçadas, em rodelas ou em pasta.
Em 2019, o Governo português determinou que fosse conferida, a nível nacional, proteção à denominação azeitona galega da Beira Baixa. O uso desta indicação geográfica ficou reservado aos produtos que obedeçam às disposições constantes no respetivo caderno de especificações depositado na Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
Rua Capitão Salomão, nº 121-123 | 3510-106 VISEU | Telefone: 232 411 299 | E-mail: novelgrafica1@gmail.com (chamada para a rede fixa nacional)
5 a 7 de Setembro 2023 agroglobal.pt Santarém
Produção de queijo Serra da Estrela “passa por capacitar pessoas para o setor e apoiar a sua fixação”
O caminho da produção de queijo da Serra da Estrela “passa por capacitar pessoas para o setor e apoiar a sua fixação”, afirmou o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital. “O município está a preparar um grande manancial de informação para fazer chegar aos potenciais interessados, sobretudo aos mais novos”, disse José Francisco Rolo.
O autarca, que falava na inauguração da Festa do Queijo da Serra da Estrela de Oliveira do Hospital, considerada a maior da região, salientou que o setor atravessa de uma fase de novos desafios e de transição geracional. Salientando que existem novos produtores de ovelhas de raça Bordaleira e novas queijeiras, o autarca de Oliveira do Hospital disse que a transição geracional se verifica pela via familiar, dos mais velhos para os mais novos, “que são sinais positivos”. “Se aumentarmos o efetivo, que foi fortemente afetado pelos incêndios de 2017, mas que já recuperámos, com a criação do Centro de Recria de Borregas, vamos ter mais produto, mais qualidade e um mercado crescente, onde o preço vai subir”, frisou.
Para José Francisco Rolo, é importante que os criadores mantenham a atividade, “seja de borrego, de produção de leite para venda ou transformação em queijo” e, para isso, “temos de reforçar os apoios ao setor”. “Estou otimista, porque é neces-
sário passar uma mensagem de esperança para quem quer vir para o setor e muita da revitalização do interior faz-se através das atividades tradicionais com valor de mercado”, disse.
No certame, Edgar Pinto, de 18 anos, foi apresentado como o mais jovem pastor de Oliveira do Hospital, por paixão “à natureza desde pequeno”, influenciado por um vizinho. Acompanhado da cadela Kaya, de apenas quatro meses, de raça Serra da Estrela, que o acompanha na pastorícia, Edgar tem um rebanho de 18 ovelhas de raça Bordaleira, mas ambiciona dentro de 10 anos atingir as 150 cabeças.
A produzir um dos poucos queijos de Denominação de Origem Protegida (DOP) da Serra da Estrela, Cátia Marques, de 30 anos, mostrou-se satisfeita com a atividade que continuou dos sogros. “O setor está a crescer em vendas e estou a pensar exportar para o Brasil”, disse a jovem produtora, que comercializa os queijos com a marca de Quinta do Cruzeiro. Apesar de ser licenciada em administração pública e pós-graduada em contabilidade, Cátia Marques dedica-se exclusivamente à produção de queijo, que confeciona com o leite recolhido no rebanho do sogro.
O produtor António Gouveia disse também que o setor “está bem e a crescer”, embora se debata com a falta de leite, que está a ser comprado por produtores espanhóis e franceses. “Está a faltar matéria-prima e devia haver mais produtores, mas para isso são necessários mais apoios porque ninguém quer ser pastor”, sublinhou o produtor, que está no ramo há 15 anos, embora não faça dele a sua atividade principal.
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Refere o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital
Na Feira do Fumeiro do Demo, em Vila Nova de Paiva
Ministra da Agricultura desafiou autarquias a criarem gabinetes de apoio aos agricultores
A ministra da Agricultura e da Alimentação desafiou os autarcas da região, e a Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões, para a criação de gabinetes de apoio aos agricultores de modo a dinamizar o setor na região. Maria do Ceu Antunes falava na sessão de abertura da Feira do Fumeiro do Demo, que decorreu no Parque Urbano de Touro.
Foi a resposta da ministra ao presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva. Paulo Marques, na sua intervenção, lamentou a ausência de um serviço de apoio aos agricultores, que são prejudicados com essa falta, pois têm de se deslocar a um concelho vizinho.
Paulo Marques salientou a relevância que o setor primário e agroalimentar tem vindo a ganhar em Vila Nova de Paiva. “Não é a atividade mais reconhecida no território, mas tem vindo a recuperar o espaço que teve no passado, nomeadamente nos produtos endógenos, na agropecuária, bem como na industria alimentar e de transformação, pelo que, cada vez mais, olhamos para esta área como um modelo de negócio relevante, que consegue captar investimento e gerar postos de trabalho”, afirmou o presidente da Câmara de Viloa Nova de Paiva.
Estudar “todas as medidas” para que os alimentos tenham um preço justo
“Precisamos de ter no território, para além dos diferentes serviços desconcentrados do Ministério da Agricultura, gabinetes que deem apoio aos agricultores para que possam fazer a diferença”, afirmou Maria do Céu Antunes, que deu como exemplo a Câmara de Mangualde, que tem um Gabinete do Agricultor, naquele que foi um projeto pioneiro, “com dois técnicos altamente qualificados”.
A governante acrescentou que “este é o grande desafio” para os autarcas, sugerindo à Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões “a pensar nos territórios como um todo, para que este encontro de vontades possa acontecer”, pois “a agricultura faz parte do desenvolvimento regional”. Na sua intervenção, Maria do Céu Antunes disse também que “as cooperativas têm de voltar a ser as dinamizadoras da atividade agrícola e da transformação nestes territórios”, dai a criação de um grupo de trabalho para rever o estatuto das mesmas, “para que possam ser a alavanca do desenvolvimento económico e social nestas regiões”.
Maria do Céu Antunes afirmou que o Governo está a estudar “todas as medidas” para que o consumidor possa pagar o preço justo pelos alimentos, não excluindo a possibilidade de congelamento de preços. “Quando propusemos a criação deste Observatório de preços, indo buscar o modelo espanhol que está a funcionar, é no sentido de salvaguardar que não há nenhum elo da cadeia que saia prejudicado. Iremos estudar todas as medidas de maneira a poder mitigar quebras que existiam em todas as fases da cadeia alimentar e garantir que o consumidor paga um preço justo”, disse.
A ministra respondeu assim ao desafio lançado pelo autarca de Vila Nova de Paiva, que lamentou o desaparecimento da cooperativa do concelho e a prestação de apoio aos agricultores do concelho.
Maria do Céu Antunes falava aos jornalistas em Vila Nova de Paiva, durante a Feira do Fumeiro do Demo. Anunciado em maio de 2022 pelo Governo, a criação do observatório de preços foi formalizada por despacho publicado em outubro do ano passado. O objetivo é a ‘monitorização eficaz’ dos custos e preços ao longo da cadeia de abastecimento agroalimentar e maior transparência.
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Curtas
Festival Gastronómico do Cabrito de Torres Novas
O Município de Torres Novas, em colaboração com 33 restaurantes do concelho, promove de 31 de março a 9 de abril a trigésima segunda edição do Festival Gastronómico do Cabrito. Durante estes dias servem-se à mesa dos restaurantes aderentes vários pratos de cabrito. As especialidades gastronómicas disponíveis vão desde o cabrito assado no forno com batatas e grelos ao cabrito na púcara, passando pelo ensopado ou caril de cabrito, sem esquecer a doçaria à base de produtos tradicionais da região, nomeadamente, os frutos secos de Torres Novas. Esta iniciativa, que visa contribuir para a afirmação e preservação de um dos pratos típicos da gastronomia torrejana, pretende ainda apoiar o setor da restauração e captar a atenção do visitante para os aromas e sabores únicos da gastronomia local.
XXIV Feira do Vinho Verde, do Lavrador, Gastronomia e Artesanato em Castelo de Paiva
Nos dias 30 de junho e 1 e 2 de julho Castelo de Paiva promove um certame de referência a nível nacional e que começa já a transpor fronteiras. A XXIV Feira do Vinho Verde, do Lavrador, Gastronomia e Artesanato, realizada no emblemático Largo do Conde, reúne os principais produtores e engarrafadores de Vinho Verde, artesãos e restaurantes do município.
Durante três dias, milhares de pessoas podem provar e adquirir o premiado Vinho Verde de Castelo de Paiva, saborear petiscos típicos, os doces e os pratos da nossa gastronomia.
Um programa recreativo, dedicado maioritariamente ao folclore, anima este evento.
Os expositores interessados em participar nesta grande festa podem fazer a sua inscrição nos serviços do município de Castelo de Paiva.
Semana
Gastronómica
do Borrego em Castro Verde de 31 de março a 9 de abril
Pela primeira vez, a Semana Gastronómica do Borrego alarga-se a todo o território do Campo Branco e, de 31 de março a 9 de abril, leva para a mesa pratos à base de borrego nos restaurantes aderentes dos concelhos de Castro Verde, Aljustrel, Almodôvar e Ourique. Confecionados com a mestria dos saberes tradicionais, os sabores do borrego irão estar em destaque e ser servidos como produto emblemático da região e marca de qualidade de grande importância para a economia local.
O evento integra o Festival “Sabores do Borrego” e representa uma parceria que visa promover e valorizar este produto endógeno, proporcionando a todos os que procuram na restauração uma oferta de qualidade gastronómica assente no Borrego do Campo Branco.
Feira Medieval
Ibérica de Avis de 12 a 14 de maio
A Feira Medieval Ibérica de Avis, que se realiza de 12 a 14 de maio no Centro Histórico da vila, tem como tema da edição deste ano “D. João I - Entre a religiosidade e a devoção, a causa e a ação”. Este evento de recriação histórica destaca-se pelo facto de, em cada edição, retratar episódios associados à Ordem Militar de S. Bento de Avis, uma das mais importantes Ordens Militares da História de Portugal. Esta edição evoca o período entre 1372 e 1421, e retrata as guerras e batalhas, os atos de fé, as celebrações, as quezílias da Corte, esconjuros e perseguição às bruxas e muito mais.
Entre cortejos, lutas de armas e cavalo, encenações, danças e teatros de fogo, a Feira Medieval Ibérica de Avis convida os visitantes para uma experiência imersiva na História, degustando os sabores tradicionais, dançando ao som dos ritmos medievais e sentindo-se parte de uma verdadeira viagem aos tempos medievais.
Montalegre recebe I Encontro Enogastronómico de 21 a 23 abril
Montalegre apadrinha a primeira edição dos “Encontros Enogastronómico”, que terão lugar de 21 a 23 de abril no Pavilhão Multiusos. A organização do evento propõe-se “reunir as confrarias e todos os seus confrades com o objetivo de um salutar convívio confrádico e também a partilha de sabores e saberes intrínsecos ao Património Enogastronómico Ibérico”.
A organização deseja concentrar, em Montalegre, durante três dias, as confrarias enogastronómicas de todo o país e da vizinha Espanha, “para mostrar e debater o lugar da gastronomia tradicional, na senda do desenvolvimento de cada território e que expressão tem na dinâmica turística de cada região, na defesa das suas tradições e culturas”.
Já a presidente do município de Montalegre, Fátima Fernandes, fala em mais-valia para o território.
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No próximo dia 26 de abril
Comunidade do projeto Balcão Único do Prédio junta-se na Batalha
Realiza-se a 26 de abril, entre as 9 e as 17 horas, no Exposalão, na Batalha, o evento “Mapear o Futuro – Conhecer. Valorizar. Inovar” - Encontro Anual BUPi 2023. O objetivo é debater como se ultrapassa o desafio de transformar o conhecimento do território em valor para o país.
balanço dos resultados alcançados pelo projeto. Um dos destaques do evento será, também, a cerimónia de atribuição dos Prémios BUPi 2022, iniciativa criada com o propósito de reconhecer publicamente os principais interlocutores e impulsionadores do BUPi ao serviço dos cidadãos e empresas, nomeadamente os municípios, técnicos habilitados e Comunidades Intermunicipais (CIM) que mais se destacaram, em diversas áreas, e contribuíram para o sucesso do projeto, no âmbito da expansão do cadastro simplificado e do BUPi, que encerrou 2022 com mais de um milhão de propriedades identificadas na plataforma.
Para promover uma discussão em torno do território e dos seus desafios, este evento vai reunir, pela primeira vez, toda a comunidade do projeto Balcão Único do Prédio (BUPi), bem como várias entidades do setor público, ao nível da administração central, local e regional, do setor privado, do meio académico e da comunidade científica, os cidadãos e o poder político.
Com a entrada do município de Tabuaço, no passado dia 20 de fevereiro, a plataforma que potencia o conhecimento do território está, agora, presente em 144 dos 153 municípios que não dispõem de cadastro predial e conta com o apoio de mais de 900 técnicos habilitados registados. Mais de 185 mil cidadãos já identificaram as suas propriedades no âmbito do BUPi, de forma gratuita e sem aumento de impostos.
O evento “Mapear o Futuro – Conhecer. Valorizar. Inovar”, organizado pela eBUPi, tem como objetivo debater como se ultrapassa o desafio de transformar o conhecimento do território em valor para o país através de uma visão estratégica e inovadora, colaborativa e consolidada, com recurso ao digital. Vai contar com quatro painéis de discussão, onde mais de vinte oradores irão abordar, entre outras questões, o BUPi e o PRR no quadro da reforma de políticas públicas territoriais e o papel da tecnologia no suporte e aceleração da transição climática. Além dos painéis de discussão, será feito um
Criado em 2017, enquanto projeto-piloto em 10 municípios, o BUPi tem alavancado a sua presença nos municípios sem cadastro predial desde o início de 2021, altura em que se deu início à expansão do projeto. 2022 foi o ano que mais contribuiu para este resultado, já que 75% do total das propriedades foram identificadas apenas neste período.
O BUPi é um projeto financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), integrado na área governativa da Justiça, em articulação com o Ambiente e Ação Climática e com a Coesão Territorial.
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Entre os dias 24 a 26 de março, no Fundão
Serra da Gardunha recebe
Encontro Ibérico de Montanhismo
A Gardunha Viva – Associação de Montanhismo do Fundão, com o apoio do município local, irá organizar, entre os dias 24 a 26 de março, o Encontro Ibérico de Montanhismo, com realce para as comemorações do vigésimo quinto aniversário da Travessia da Gardunha.
Estima-se a presença de 300 pessoas na edição deste ano, numa atividade que terá como cenário a encosta da serra da Gardunha, que estará na data da iniciativa pintada pelas cerejeiras em flor, e a Aldeia Histórica de Castelo Novo.
A Travessia da Gardunha conseguiu ao longo destes 25 anos atrair milhares de praticantes de todo o país e de regiões fronteiriças de Espanha, sendo já uma referência para os amantes de caminhadas e vida ao ar livre.
No dia 24 de março irá decorrer a receção aos participantes vindos das paragens mais distantes, no dia 25 (sábado) será realizado um percurso pedestre em Vale de Prazeres, seguido de almoço convívio, e no dia 26 (domingo) irá realizar-se a tradicional Travessia da Gardunha, que irá ligar o Fundão à Aldeia Histórica de Castelo Novo, passando por Alcongosta.
Os interessados em participar podem pedir informações e fazer a sua inscrição contactando a Associação Gardunha Viva, através do e-mail geral@gardunhaviva.com.
De 21 a 23 de abril
Torre de Moncorvo regressa ao tempo
D’ El Rei D.
Dinis
A Vila de Torre de Moncorvo regressa à época medieval de 21 a 23 de abril de 2023 com a realização de mais uma edição da Feira Medieval de Torre de Moncorvo. Esta edição terá como tema as “Contendas em Terras de Mem Corvo no tempo D’ El Rei D. Dinis” e irá recordar e recriar, no reinado de D. Dinis, as várias disputas entre o concelho de Torre de Moncorvo e os concelhos vizinhos, por razões dos limites entre Torre de Mem Corvo, Moz e Vilarinho da Castanheira, e pela posse da Barca do Douro, com Vila Nova de Foz Côa.
Ali se reúnem vários artesãos, mercadores, místicos e tabernas para promover os seus produtos. Os visitantes podem ainda experienciar momentos culturais e artísticos de excelência.
“Durante três dias, a Vila de Torre de Moncorvo irá respirar a Época Medieval, reatando, assim, um diálogo vivo com as memórias que nos chegam do ambiente vivido no espaço rural do séc. XIII”, refere a autarquia transmontana.
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Rua Pedro Álvares Cabral - Viseu www.lemos-irmao.pt 232 430 034
A cidade da Covilhã vai acolher a nona edição do Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal”. Esta é uma iniciativa emblemática da Turismo Centro de Portugal, que todos os anos junta especialistas nacionais e internacionais para uma discussão alargada sobre os desafios colocados pelo turismo interno.
Fórum “Vê Portugal” decorre de 29 a 31 de maio
Cidade da Covilhã vai receber o maior debate nacional sobre turismo interno
O Fórum “Vê Portugal, a realizar entre 29 e 31 de maio, no Teatro Municipal da Covilhã, tem por lema “Inspirar. Criar. Tecer novos caminhos para o turismo interno”. A edição 2023 realiza-se na Covilhã, Cidade Criativa do Design, depois de Viseu, Aveiro, Coimbra, Leiria, Guarda, Castelo Branco, Caldas da Rainha e Tomar terem recebido as sessões anteriores.
Segundo a entidade organizadora, o “Vê Portugal” é “uma referência no panorama nacional dos encontros e debates sobre a atividade turística” e tem a particularidade de ser o único evento que se realiza no país “com o objetivo de debater a realidade do turismo interno, um mercado fundamental para o setor”.
O presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado, disse na apresentação do programa, realizada no Salão Nobre da Câmara da Covilhã, que a realização do fórum naquela cidade também significa que a entidade que lidera pretendeu associar-se ao “tempo difícil” gerado pelos incêndios do verão de 2022 na serra da Estrela.
“Mas queremos deixar também a boa notícia. Nós chegámos há três dias de Berlim [Alemanha]. Hoje, a serra da Estrela é reconhecida do ponto de vista internacional. Foi feito um longo caminho, mas, hoje, nos tempos que correm, percebemos que, sobretudo, mercados como o mercado alemão ou como o mercado inglês, já olham para o turismo ativo, para o tu-
rismo de natureza, de maneira diferente que olhavam há 10 ou 15 anos”, afirmou. Segundo Pedro Machado, Portugal passou a deixar de ter apenas o foco internacional nos mercados mais clássicos e passou “a ter um peso específico direto naquilo que são as procuras internacionais”. “Estou absolutamente convencido de que no final do fórum do `Vê Portugal` da Covilhã ficarão não só boas memórias, mas, essencialmente, boas experiências”, rematou. O programa do evento, apresentado por Adriana Rodrigues, Chefe do Núcleo de Comunicação, Imagem e Relações Públicas da Turismo Centro de Portugal, inclui atividades e painéis sobre temáticas como “Turismo Interno - Desafios para Portugal”, “Inspirar para criar na Covilhã”, “Inspirar para garantir a sustentabilidade do turismo”, “Turismo no Interior - Desafios e oportunidades” e “Caminhos para o futuro do Turismo Interno”.
Entre outras atividades, também decorrerão reuniões com agentes, empreendedores, empresas de animação turística e outros agentes do setor e terá lugar um jantar com entrega de prémios “Turismo Centro de Portugal”.
O vereador da Câmara da Covilhã, José Miguel Oliveira, valorizou a realização do IX Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal” na cidade e lembrou que o município, “ao longo dos últimos nove anos, tem feito uma aposta sustentada no âmbito do turismo”. “Aposta essa que tem dado cada vez mais frutos naquilo que é o aumento sustentado da sua procura, quer ao nível das suas unidades hoteleiras, quer ao nível da restauração, quer ao nível da criação de outros produtos associados ao turismo industrial e também ao turismo de natureza”, afirmou.
O autarca desejou ainda que o evento “seja um sucesso para o Turismo do Centro, porque para a Covilhã já o é”.
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De 24 a 26 de março - Pavilhão de Feiras e Exposições
Feira do Ambiente e Energia de Ponte de Lima mostra soluções para o setor
Ponte de Lima recebe de 24 a 26 de março, a VIII edição da Feira do Ambiente e Energia. Direcionada para o sector energético e ambiental, o certame visa expor um conjunto de equipamentos e soluções que permitem elevar o nível de conforto dos espaços habitacionais e de trabalho, procurando revelar eventuais novidades do sector. Em simultâneo, procura sensibilizar o público para a importância da redução do consumo energético, exemplificando e aconselhando que tipo de equipamentos e de comportamentos devemos adotar no nosso dia-a-dia, com vista a
aumentar a sustentabilidade do nosso estilo de vida e a reduzir os custos da fatura energética.
Dirigida para um público heterogéneo, conta com uma significativa adesão das empresas e instituições locais que têm desenvolvido um trabalho enérgico em prol da implementação das energias renováveis, reforçando desta forma a imagem de Ponte de Lima, como um exemplo na preservação e defesa do meio ambiente.
A Feira do Ambiente e Energia realiza-se no seguimento da política de preservação dos espaços verdes e na política de sustentabilidade
Nos dias 7, 8 e 9 de abril
Vinho”
No fim de semana de 24 a 26 de março
Armamar organiza Montra Vínica e divulga vinhos do concelho
O Município de Armamar organiza no fim de semana de 24 a 26 de março uma Montra Vínica, evento integrado na programação do Douro Cidade Europeia do Vinho 2023. O certame vai ter lugar no edifício do mercado municipal e pretende reunir num único espaço os argumentos que definem a qualidade vínica do território, onde são produzidos vinhos DOC Douro, Porto e Távora-Varosa.
O visitante é convidado a interagir com os produtores, provar algumas novidades em primeira mão e assistir a provas comentadas e showcookings com chefs de renome. Um dos objetivos também é o de cultivar os saberes à volta do vinho e da vitivinicultura, promovendo momentos de diálogo com produtores, enólogos e ou tros especialistas.
Nesse fim de semana decorre também o Fim de Semana Gastronómico de Armamar, facto que reforça a oferta para um fim de semana a não perder. O programa contempla ainda atividades culturais, recreativas e de lazer, que contribuirão para enriquecer as experiências de Armamarenses e visitantes.
A Câmara de Vidigueira vai organizar, nos dias 7, 8 e 9 de abril, o evento ‘Vidigueira Vinho’, que pretende promover os vinhos da sub-região vitivinícola de Vidigueira, além de outros produtos de excelência do concelho e a gastronomia tradicional.
O programa desta iniciativa vai integrar uma Semana Gastronómica, exposição e venda de produtos agroalimentares, colóquios, provas de vinho e espetáculos musicais. Neste evento podem participar todos os agentes económicos e produtores de agroalimentares, designadamente, os setores da doçaria, panificação, citrinos, queijaria, vinhos, azeites, mel, compotas, licores, vinhos artesanais e enchidos. Podem também participar expositores de venda de artesanato tradicional e/ou que sejam produzidos com matérias-primas tradicionais, de preferência com trabalho ao vivo.
Com a organização do ‘Vidigueira Vinho’, a autarquia pretende promover o vinho do concelho de Vidigueira, como um produto turístico e promotor de desenvolvimento económico; divulgar a riqueza da cozinha tradicional local; dar ênfase a outros produtos agroalimentares, designadamente o pão, a doçaria, as laranjas e os azeites da região, elementos importantes da nossa gastronomia e economia local; promover a excelência produtiva do território no domínio da produção vitivinícola; dignificar o cante alentejano como fator de promoção da cultura alentejana; valorizar e dignificar o vinho de talha e promover e comercializar o artesanato local.
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“Vidigueira
pretende promover a sub-região vitivinícola
Subordinada ao tema
“Agricultura Regenerativa”
24H Agricultura Syngenta acontecem na Escola Superior Agrária de Bragança
A maior competição formativa de estudantes de Ciências Agrárias vai acontecer na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança, dedicada ao tema “Agricultura Regenerativa”.
As 24H Agricultura Syngenta são um evento da Associação Portuguesa de Horticultura (APH), em parceria com a IAAS Portugal - Associação Internacional de Estudantes de Agricultura e Ciências Relacionadas e a SFORI.
As empresas Syngenta, Hubel Verde, Hubel Engenharia e Sustentabilidade, John Deere, Cotesi, Lipor, Magos Irrigation Systems e Pulverizadores Rocha patrocinam esta competição formativa e participam ativamente na elaboração das provas para os estudantes, juntamente com a organização e a escola anfitriã.
Durante 24 horas consecutivas, desde as 8 horas do dia 1 de abril até às 8 horas do dia seguinte, os estudantes vão realizar cerca de 30 provas, de campo e teóricas, testando as suas competências técnicas e comportamentais.
As provas técnicas serão organizadas em torno dos cinco pilares da “Agricultura Regenerativa”: Cobertura vegetal permanente do solo; Diversificação, consociação e rotação de culturas; Aplicação precisa de fatores de produção; Distúrbio mínimo do solo e Integração de animais no sistema agrícola
As as inscrições na sexta edição das 24H Agricultura Syngenta decorrem até ao dia 22 de março no site https://24hagricultura.com/. As equipas concorrentes devem ser compostas por 3 a 5 estudantes da mesma ou de diferentes instituições de ensino agrário (superior e técnico-profissional) de Portugal e Espanha.
Feito da casta Encruzado, colheita de 2021
Festeiros de 2023 da Paróquia do Viso lançam vinho ‘Padre Miguel’
Os Festeiros de 2023 da Paróquia do Viso, em Viseu, decidiram lançar um vinho, numa edição limitada de mil garrafas numeradas, para angariar fundos para ajudar a suportar as despesas da paróquia e nos apoios que presta na comunidade. O nome dado ao vinho foi ‘Padre Miguel’, pároco do Viso e rosto da paróquia. Teve a enologia de António Mendes, presidente da Adega de Mangualde, e Rodrigo Costa, da Quinta da Taboadella, ambos membros dos Festeiros da Paróquia do Viso. O Bispo de Viseu, D. António Luciano, marcou presença na apresentação do vinho.
“Aceitámos o desafio de criar este vinho, que encerra em si uma homenagem a todos o que diariamente dão um pouco do seu tempo nas atividades da paróquia, tornando-a mais acolhedora, dinâmica e que sirva os interesses da nossa comunidade”, afirmou António Mendes. A marca ‘Padre Miguel’ “é da pessoa que dá a cara pela paróquia”, acrescentou.
É um vinho feito com a casta Encruzado, “da vindima de 2021, com uma percentagem de outras colheitas, no sentido de lhe dar mais complexidade, e estagiou em barricas de madeira”, explicou o enólogo.
Já o pároco da freguesia do Viso, - natural de Vilar Seco, no concelho de Nelas, terra de bom vinho,aceitou dar o seu nome ao rótulo. “Foi uma sugestão dos Festeiros de 2023, que aceitei com agrado, no sentido e angariar fundos para a paróquia, nas atividades que presta na comunidade”, afirmou o padre Miguel de Abreu. “Na altura achei que a marca deveria ser Nossa Senhora do Viso, mas as pessoas
entenderam que devia ser o rosto da paróquia, sugestão que aceitei”, referiu o pároco.
O vinho ‘Padre Miguel’ “é uma marca e, no fundo, diz também que uma paróquia tem rostos e, neste caso um deles sou eu, embora preferisse que o nome fosse o outro”. Por outro lado, “é bom porque cria ambiente, sentido de comunidade, de família e de comunhão”, acrescentou.
Miguel de Abreu lembrou que “o vinho faz parte da cerimónia da missa”. Aliás “o vinho e a vinha são palavras muito usadas na bíblia e, nalgumas partes, significa o povo de Israel que fugiu para o Egipto e num texto da Bíblia refere-se ‘como que a videira foi arrancada e transplantada’”. Além disso, lembrou o pároco do Viso, “o primeiro milagre que Jesus Cristo fez foi transformar água em vinho, porque faltava alegria na cerimónia, mas também para dizer que precisamos de festa e alegria. Alem disso, não há Eucaristia sem o vinho”.
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