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de artesanato da região

Cuja atividade está a ser diretamente afetada

Governo dos Açores cria medida de apoio à manutenção das empresas

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OGoverno dos Açores criou uma medida excecional de incentivo à manutenção das empresas de artesanato da Região, cuja atividade está a ser diretamente afetada pelos efeitos da pandemia de COVID-19 com o encerramento das suas instalações, a diminuição da venda dos seus produtos e o cancelamento dos mercados e das feiras direcionadas para o setor.

Este novo apoio constitui mais um complemento regional, que, em articulação com as medidas determinadas a nível nacional, representa um reforço de liquidez que vai permitir aos artesãos açorianos fazer face às situações tidas por mais urgentes.

O Governo açoreano considera que as empresas de artesanato são fundamentais para a economia da Região, contribuindo ativamente para a riqueza e diversidade do seu património cultural e, neste sentido, faz um esforço adicional com vista a garantir a sua sustentabilidade e, consequentemente, a manutenção do emprego no setor.

Trata-se de mais uma medida inovadora, de implementação imediata, criada no âmbito de um conjunto de medidas já aprovadas e implementadas pelo Governo dos Açores para apoio à economia, à manutenção do emprego e de rendimentos, e cujas candidaturas já podem ser apresentadas.

Os empresários do setor que se candidatem a esta medida têm como obrigações principais manter a sua atividade e o nível de emprego até ao final de 2020. Na prática, esta medida de incentivo, de caráter excecional, publicada em Jornal Oficial, consiste num apoio financeiro às empresas de artesanato, não reembolsável, atribuído por um mês, renovável por três meses, o qual corresponde ao pagamento mensal de 666,75 euros por cada trabalhador da empresa detentor de carta de artesão, emitida até 29 de Fevereiro de 2020, e sócios-gerentes com descontos efetuados para a Segurança Social.

Deste modo, o Executivo açoriano dá mais uma resposta no quadro da Autonomia regional que garante o apoio à liquidez das empresas de artesanato, aos trabalhadores e às famílias açorianas.

O formulário de candidatura a este apoio encontra-se disponível no sítio da Internet do Centro Regional de Apoio ao Artesanato (CRAA), em http://www.artesanato.azores.gov.pt sendo que o formulário e a cópia dos anexos exigidos devem ser remetidos para o email craa@azores.gov.pt até ao final do mês de junho.

O Governo dos Açores continua fortemente empenhado em adotar todas as medidas que se mostrarem necessárias não só para combater a pandemia de COVID-19, como também para fazer face às suas consequências sociais e económicas na Região.

Lusiaves adquire terrenos para construir unidade industrial em Pombal

OGrupo Lusiaves adquiriu 12,19 hectares na Zona Industrial da Guia, em Pombal, para a construção de uma unidade industrial, que a autarquia prevê ter impacto em toda a “dinâmica económica e social” do concelho.

O Município de Pombal alienou terrenos industriais, com a área de 121.850 metros quadrados (12,19 hectares), para construção de uma unidade industrial, localizados contiguamente à Zona Industrial da Guia, ampliando-a em cerca de 85% da sua área, refere uma nota de imprensa conjunta.

Na hasta pública, o Grupo Lusiaves apresentou uma proposta, no valor de 640 mil euros, garantindo a adjudicação dos terrenos, que tinham sido adquiridos pelo Município para expansão da zona industrial, tendo em conta a procura de investidores.

O presidente da Câmara de Pombal, Diogo Mateus, destacou que a instalação desta empresa “vai influenciar toda a dinâmica económica e social do concelho” e que será “uma âncora para a fixação de outras empresas”. “Parece estar a confirmar-se a expectativa que tinha há vários anos: Pombal apresenta-se como um ‘cluster’ agroindustrial fortíssimo, com indústrias de renome como a Compal, Cuétara ou a Derovo. Esta concentração contribui para uma dinâmica do setor”, salientou o autarca de Pombal, no distrito de Leiria.

Diogo Mateus entende que estas indústrias, a que se junta agora um “grande” projeto da Lusiaves, são também uma “belíssima oportunidade para a agricultura menos capacitada aproveitar o setor mais sofisticado da indústria para escoar os seus produtos”. A produção na área de pomares, cereais ou aves poderá ser encaminhada para a indústria, exemplificou.

Além da agricultura, “um conjunto de empresas que orbitam à volta desta unidade – que é 10 a 15 vezes maior do que o Expocentro – podem ganhar muito”. “Com o forte teor tecnológico que empresas desta dimensão possuem, o efeito no emprego será de colaboradores mais qualificados. Terá também um impacto na formação profissional e no ensino da região”, reforçou o autarca.

O presidente da Câmara de Pombal entende também que a Lusiaves poderá “potenciar a área logística”, que já é “muito forte”, no concelho. Diogo Mateus lembra que o dinamismo da zona industrial da Guia, junto a Monte Redondo, no concelho de Leiria, merece “mais uma oportunidade para se apostar na requalificação da linha do Oeste, que poderia servir como canal de escoamento dos produtos”.

A pensar a médio/longo prazo, o autarca já avançou com o estudo de impacto ambiental para ser criada uma variante entre a Estrada Nacional 109 e a autoestrada 17. “Apesar da situação difícil que se vive no país, estamos comprometidos com a concretização deste investimento, cujo estudo prévio prevemos apresentar nos próximos meses, quando todo o processo de adjudicação estiver concluído”, afirmou Nuno Maurício, representante do Grupo Lusiaves, na nota de imprensa conjunta.

Este responsável acrescentou que, além da criação de dezenas de postos de trabalho, esta unidade industrial de grande dimensão, na área da transformação, criará diversas sinergias com outras empresas do concelho.

Nuno Maurício destacou ainda “a eficiência com que o Município conduziu o processo e a atratividade que esta disponibilidade constitui para as empresas que aqui se pretendem instalar”.

Alerta um estudo da “University College London”

Aquecimento global pode causar perdas de biodiversidade súbitas

O aquecimento global pode causar súbitas e potencialmente catastróficas perdas de biodiversidade por todo o mundo durante este século, alerta um estudo da “University College London” (UCL), uma das universidades públicas britânicas.

Oestudo, publicado na revista científica “Nature”, prevê quando e onde poderá haver graves perturbações ecológicas nas próximas décadas e sugere que as primeiras ondas podem já estar a acontecer.

Alex Pigot, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Ambiente da UCL, um dos autores principais do estudo, diz que os riscos das alterações climáticas para a biodiversidade não aumentam gradualmente, mas que numa determinada área as espécies podem enfrentar de repente condições que nunca antes tinham sentido.

A investigação indica que em muitas comunidades ecológicas do mundo uma grande proporção de organismos estará fora da sua zona de conforto na mesma década, e que com temperaturas nunca sentidas até 2100 dois terços dessas espécies vão cruzar muito rapidamente esse limiar.

Os investigadores calculam que se as temperaturas globais subirem 4°C (quatro graus celsius) até 2100, num cenário de “altas emissões” de gases com efeito de estufa, que consideram plausível, pelo menos 15% das comunidades de todo o mundo, e potencialmente mais, vão sofrer uma alteração abrupta das condições e uma em cada cinco espécies dessas comunidades ultrapassa os limites de conforto, o que pode causar danos irreversíveis ao funcionamento do ecossistema.

Se o aumento de temperatura for mantido nos 2°C, menos de 02% dessas comunidades enfrentarão esses eventos extremos, embora os investigadores alertem que nesses 02% estão comunidades como os recifes de coral.

Os investigadores prevêem que essas temperaturas sem precedentes começarão antes de 2030 nos oceanos tropicais, e dizem que situações recentes de branqueamento em massa de corais na Grande Barreira de Coral (Austrália) indicam que essa mudança já está a acontecer.

O estudo inclui também a previsão de que as latitudes mais altas e as florestas tropicais estarão em risco até 2050. “As nossas descobertas destacam a necessidade urgente de mitigação das alterações climáticas, reduzindo imediata e drasticamente as emissões (de gases com efeito de estufa), o que pode ajudar a salvar milhares de espécies da extinção. Manter o aquecimento global abaixo dos 2°C efetivamente ´achata a curva´ de como esse risco para a biodiversidade se acumulará ao longo do século, dando mais tempo às espécies e ecossistemas para se adaptarem às alterações climáticas, seja encontrando novos habitats, alterando o comportamento ou com a ajuda dos esforços de conservação liderados pelos humanos”, disse Alex Pigot.

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