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Em Outubro há 38 sugestões gastronómicas para se deliciar na região de Braga
Município de Ílhavo volta a saborear a Gastronomia de Bordo Sernancelhe realiza Edição Especial da Festa da Castanha 2020
Câmara de Mértola promove XI Feira da Caça
Melodia da Aldeia Histórica de Castelo Novo serve de mote à festa do Ciclo 12 em Rede Viseu recebe XIII Festival Internacional de Cinema de Turismo
Câmara de Armamar organiza Feira da Maçã 2020 em formato digital Câmara de Beja promove a primeira ‘Semana Gastronómica do Vinho’
Município da Mêda aposta no enoturismo como vetor de desenvolvimento local
Ficha técnica Ano XVI | N.º 372 Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A) E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Luís Serpa | Jorge Farromba Júlio Sá Rego | Gabriel Costa Departamento Comercial: Luís Cruz Sede de Redacção: Lourosa de Cima 3500-891 Viseu | Telefone: 232 436 400 E-mail : gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda Administrador: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Liliana Vaz Impresão: Novelgráfica, Lda R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/ Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
Projeto MEDCLIV iniciou ciclo de debates sobre alterações climáticas na vinha Produtores de vinhos brancos de Portugal e da Galiza reúnem-se no berço do Alvarinho Parlamento Europeu quer estratégia “ambiciosa” para as florestas para o período pós-2020 Cinco locais do Centro de Portugal na lista dos 100 Destinos Mundiais Sustentáveis de 2020 Exportações do setor agroalimentar crescem em 2020
Batata portuguesa vai ser promovida em sete mercados internacionais Investimento de quatro milhões cria novo pulmão verde em Lamego Oliveira Santulhana vai ser estudada pelo Instituto Politécnico de Bragança
CIM das Terras de Trás-os-Montes promove concurso de fotografia V21 Rural ajuda a construir negócios com bases sólidas Associação ‘Leões da Beira’ editou livro sobre as lendas e tradições de Rio de Loba Agroglobal e Moneris premiaram Inovação na Agricultura
Sustentabilidade e biodiversidade debatidas no Politécnico de Viseu
PARCEIRO
Estreia do documentário “Feira de São Mateus - A feirar há 627 anos”*
Estreia da curta-metragem "Corte", de Afonso Rapazote e Bernardo Rapazote*
Dia 20 | 21 horas
Dia 23 | 18 horas
Viriato Teatro Municipal
Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu
*Inscrições: www.tourfilm-festival.com/programa
+ info visitviseu.pt
Nos restaurantes aderentes de Amares, Braga, Vila Verde e Póvoa de Lanhoso
Em Outubro há 38 sugestões gastronómicas para se deliciar Durante o mês de Outubro, nos concelhos de Amares, Braga, Vila Verde e Póvoa de Lanhoso, há um roteiro gastronómico diversificado e apelativo criado para os amantes da boa gastronomia. É uma iniciativa da Associação Comercial de Braga, com o apoio do Município de Braga e a Recheio Cash & Carry, com o objetivo de divulgar a oferta gastronómica da região.
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ssegurando o cumprimento das normas e recomendações da Direção-Geral de Saúde, do ponto de vista da higiene e segurança, ao nível do consumo em estabelecimentos de restauração, a Associação Comercial de Braga retoma a oitava edição da iniciativa ‘Sugestões do Chef’, interrompida no passado mês de Março. Assim, até 31 de Outubro, parta à descoberta dos 38 menus de almoço e/ ou jantar, que incluem o prato principal, a sobremesa e o copo de vinho, a preços especiais, e para duas pessoas. Os restaurantes aderentes de Amares, Braga, Vila Verde e Póvoa de Lanhoso apresentam, assim, as suas especialidades. Há sugestões para todos os gostos, desde os pratos mais tradicionais aos mais criativos, como o bacalhau, as gambas, a picanha, o pato, a vitela assada, o típico cozido à portuguesa, ou os folhados de carnes, os hambúrgueres, as pizzas e as francesinhas, ou o tão apreciado sushi. Todos estes pratos são acompanhados do produto local de excelência e que, cada vez mais, ganha uma dimensão mundial: o vinho verde. Os clientes são, ainda, convidados a fotografar e partilhar a sua experiência nas suas redes sociais com a hashtag #sugestoesdochef para se habilitarem a ganhar um dos três prémios a concurso, como uma noite em quarto standard duplo com pequeno-almoço num hotel Vila Galé em Portugal, uma noite de alojamento para duas pessoas na Casa Alfena com pequeno-almoço e visita ao Museu do Ouro, ou um workshop temático de culinária (4 horas) para duas pessoas no AESACADEMY.
Consulte a lista dos espaços aderentes e dos seus menus em https://tastebraga.com/campanhas/sugestoes-do-chef-2020/ .
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De 23 de Outubro a 22 de Novembro nos restaurantes aderentes
Município de Ílhavo volta a saborear a Gastronomia de Bordo
A Câmara de Ílhavo vai promover a terceira edição do Festival Gastronomia de Bordo, com experiências gastronómicas, relacionadas com o Bacalhau e seus derivados, disponíveis nos restaurantes aderentes. O evento vai decorrer entre 23 de Outubro e 22 de Novembro e está inserido na trilogia de festivais com o mesmo nome e que ocorrem também em Peniche e na Murtosa, municípios que se uniram no projeto cultural em rede “Territórios com História: o Mar, as Pescas e as Comunidades”.
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O Município de Ílhavo tem uma longa história associada à pesca do Baste ano, o Gastronomia de Bordo de Ílhavo traz calhau: a “Faina Maior”. Pescadores e marinheiros, ao longo dos tempos, importantes novidades face às duas primeiras viajaram em navios, primeiro à vela e depois a motor, até aos mares do edições, nomeadamente o aumento do número de Norte, nas costas do Canadá e da Gronelândia para capturar, principalmenrestaurantes aderentes (são 21, em 2020); o alargate, o bacalhau-do-Atlântico (o Gadus Morhua), aquele que é considerado o mento do período de realização do festival (um mês), verdadeiro bacalhau. apenas de sexta-feira a domingo (5 fins de semana); exNestas campanhas de pesca, que chegavam a demorar seis meses, os periências gastronómicas individuas ou para duas pescozinheiros tentavam atenuar o cansaço e a saudades da família com cosoas; e a apresentação do livro de receitas ‘Gastronomia mida reconfortante, como a chora, uma sopa preparada à base de cade Bordo’, editado pela Câmara de Ilhavo com curadoria beças de bacalhau. Também faziam parte do cardápio as feijoadas ou o gastronómica da chef Patrícia Borges, assinalando o Dia feijão assado, o “pão da pana”, o “queque dos domingos”, entre outros Nacional do Mar, a 16 de Novembro. pratos que incluíam as partes então consideradas “menos nobres” do Cada “Experiência Gastronómica de Bordo” é composta bacalhau e também conhecidas como “derivados”, como caras, línguas, por, no mínimo, três pratos de bacalhau e/ou seus derisamos, espinhas, etc... vados, sendo esta uma combinação de entradas e/ou praA culinária dos navios bacalhoeiros esteve sempre condicionada tos principais elaborados por cada um dos 21 restaurantes pelos meios disponíveis a bordo (e desde logo com a introdução do participantes que, desta forma, honram cozinheiros, pescafrigorífico, apenas na década de 30 do século XX) e as técnicas de condores e tradições de pesca do Município de Ílhavo, através servação dos alimentos que, em cada época, era possível ter a bordo. da confeção ou da reinterpretação dos sabores da culinária O projeto Territórios com História: O Mar, as Pescas e as Comunidapraticada, ao longo dos tempos, a bordo dos grandes navios des é co-financiado pelo CENTRO2020, PORTUGAL2020 e pela União da pesca do Bacalhau. Europeia, através do FEDER. Além das propostas gastronómicas também será possível viajar pelo território para descobrir os locais emblemáticos das pescas e conhecer as tradições, crenças e até a inovação em torno dos pescadores, dos cozinheiros da pesca e das empresas de produção e de transformação alimentar e dos seus produtos. Esta programação complementar, “Sentidos do Mar”, será divulgada brevemente. www.gazetarural.com
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No fim de semana de 22 a 24 de Outubro
Sernancelhe realiza Edição Especial da Festa da Castanha 2020
Apesar do tempo ‘diferente’ que se vive, a Câmara de Sernancelhe não quer deixar passar em claro a tradicional e muito concorrida Festa da Castanha. Deste modo, a ‘Capital da Castanha’ vai promover um evento digital de forma a lembrar o evento, mas também permitir e ajudar o escoamento da produção de castanha Martaínha, que este ano se prevê seja normal.
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dias. Os interessados vão à plataforma, selecionam o produto que pretendem adquirir, desde logo a castanha Martaínha, e recebê-lo-ão comodamente em casa via CTT. Deste modo, poderão ‘viver’ em casa, de uma forma simbólica, um pouco do que é a Festa da Castanha. Haverá dois tipos de embalagens, pois, segundo os nossos produtores, os visitantes da feira compram ou sacos de 2 quilos, para uma pequena degustação, ou de 5 quilos, para um magusto, como lhe chamamos. Mas não queremos que os interessados recebam em casa apenas uma caixa com castanhas. Dentro da mesma Gazeta Rural (GR): A Câmara vai promover a Feira da Castanha, irá uma brochura que ‘fala’ sobre a Vila e o concelho de mas em moldes diferentes? Sernancelhe, com destaque para os nossos três principais Armando Mateus (AM): Este ano temos uma Festa da Castanha ícones, que são o Aquilino Ribeiro, o Santuário da Lapa e 2020 Edição Especial, é assim que a vamos denominar, em resultado a castanha Martaínha, mas também sugestões e propostas, da situação pandémica que vivemos e que tem sido marca de eventos como onde ficar, onde comer e o que deve visitar. Acompaanteriores, com readaptações e novas formas de apresentar Cultura, nham uns vouchers de descontos, que podem ser usados até porque não o podemos fazer de forma presencial. final de 2020 na hotelaria e restauração do concelho, cujos Deste modo vamos criar uma plataforma, para que possa existir aderentes constam da brochura: Vai também um outro vouo que a Festa da Castanha tinha na sua base, que é a comercializacher que permite uma prova gastronómica, que contempla ção dos produtos locais, com destaque para a castanha Martaínha. alguns produtos locais, como os Fálaros da Tabosa, as cavacas Neste certame, em anteriores edições, participavam mais de uma de Freixinho, as queijadas de Castanha, o queijo da Lapa, os centena de expositores e preocupa-nos muito a inexistência desta biscoitos de azeite, as bôlas de vinha d’alhos, entre outros, bem feira nos moldes tradicionais, mas também o facto dos expositores como uma degustação de vinhos e espumantes Terras do Demo. não terem a vertente comercial. Em resumo, quem adquirir a castanha Martaínha recebe um Como tal, acertamos uma parceria com os CTT e a plataforma ‘mimo’ para nos visitar, pois interessa-nos receber pessoas no Dott.pt (https://dott.pt/pt) que dá resposta a estas questões. Vanosso concelho, mas também, desta forma, ajudar a hotelaria e mos ‘criar’ uma feira digital de produtos da castanha, que terá restauração, pois são os setores mais prejudicados com a não reaabertura no dia 23 de Outubro e estará disponível durante 15 Festa da Castanha 2020 Edição Especial vai decorrer nos dias 23 e 24 de Outubro de forma digital, que inclui uma feira de produtos online, numa parceria do Município com os CTT e a plataforma DOT, que decorrerá durante duas semanas. Deste modo, os interessados podem receber em casa, através dos CTT, uma caixa com um saco de 2 ou 5 quilos, bem como uns “mimos” que a autarquia oferece. O vereador da Cultura da Câmara de Sernancelhe, Armando Mateus, adiantou que o objetivo é, por um lado, manter o espírito da festa, promover os produtos locais e atrair visitantes ao concelho.
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lização presencial da Festa da Castanha. Recordo que este evento, habitualmente, mobiliza muitos milhares de pessoas que nos visitam nesta época do ano. Esta feira digital, além de vender os produtos, também vai incentivar a que essas pessoas, nos visitavam no fim-de-semana da feira, o possam fazer até final do ano. Com esta feira digital nunca iremos colmatar o ‘fosso’ financeiro e de visitantes que vai ficar, mas pelo menos, pensamos nós, tentamos minimizar esta situação. GR: Como está a produção de castanha este ano? AM: Estamos com uma produção normal e temporã. Por norma a queda da castanha verifica-se na semana que antecede a Festa da Castanha, que é no último fim de semana de Outubro. Este ano, não sendo anormal, a castanha começou a cair mais cedo. As temperaturas ainda não são as ideais, pois a queda da castanha verifica-se com mais frio e alguma chuva. A campanha iniciou-se lentamente e as previsões indicam que será um ano normal e com a qualidade habitual. GR: Como vai a parceria do município com a Universidade de Trás os Montes e Alto Douro (UTAD)? AM: Essa parceria mantem-se, neste momento menos ‘intensa’. Essa parceria resultou de um protocolo entre o Município e a UTAD, com a criação de campos de ensaio para melhoramento, num universo de cerca de uma centena de produtores de castanha. Nesta fase estamos a usufruir dos resultados desse trabalho. www.gazetarural.com
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Entre os dias 14 e 22 de Outubro
Câmara de Armamar apresenta Feira da Maçã 2020 em formato digital A Câmara de Armamar vai realizar a Feira da Maçã 2020, mas em formato digital. O certame consistirá numa série de conteúdos a partilhar nas plataformas digitais de Armamar, Terra de Emoções, entre os dias 14 e 22 de Outubro. As datas do evento, 16 a 18 de Outubro, chegaram a ser anunciadas no início do ano pela autarquia, mas pandemia fez alterar os planos.
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mos a fazer a promoção deste fruto e, com estas iniciaários serão os contributos de especialistas de diversas áreas, desde tivas, a valorizá-lo”. a atividade agrícola, à nutrição, chefs de cozinha, influenciadores A vereadora da Cultura da Câmara de Armamar saliendigitais, entre outros que, de visita a Armamar, vão conhecer e partilhar ta a vantagem do formato da feira deste ano, uma vez o que de melhor se faz neste concelho duriense. que, diz, “podemos atingir um maior número de pessoas, “Fruto das circunstâncias, tivemos que nos reinventar e adaptar-nos pois o mundo é o nosso limite, e, dessa forma, fazer chegar a uma nova forma de chegar aos nossos seguidores, público e, porque a nossa mensagem a outros países e mercados”. Além disfalamos de maçã, aos nossos clientes, de forma digital”, adiantou a veso, “pretendemos despertar consciências, sobretudo no asreadora da Cultura da Câmara de Armamar à Gazeta Rural. peto da transformação”, diz Claúdia Damião, considerando Cláudia Jesus Damião lamentou a não realização do evento da forma que “há uma cadeia de valor por explorar”, pois, “em anos habitual, mas “de uma forma simples, mas arrojada, vamos falar de como este, a maçã com menos valor comercial podia ser maçã e proporcionar, online, vários momentos para conhecer melhor aproveitada para produtos como snacks (maçã desidratada), a forma como produzimos este fruto, a suas características e aspetos sumos, compotas, cidras e outros”. diferenciadores”. É que “estes anos de intempéries servem também para Segundo a responsável pela organização do certame, a campanha consciencializar os produtores e comercializadores para exdeste ano “está a decorrer com normalidade. Tivemos o infortúnio plorarem outras áreas e acrescentarem valor nesta cadeia do granizo, que nos afectou em finais de Maio, mas, felizmente, não e, dessa forma, minimizar as perdas económicas”, considera atingiu a totalidade do concelho, pelo que ainda conseguimos ter aquela responsável. maçã de qualidade”. Cláudia Damião confirma “uma quebra signiRecorde-se que este foi um ano difícil para os fruticultores da ficativa de produção e a apanha tem maiores custos, pois a maçã região, pois no final de Maio o granizo destruiu “cerca de 80% tem que ser selecionada, entre a que tem valor comercial e a que da área de produção de maçã”, “num prejuízo superior a oito é refugo e vai para a transformação ou para outros mercados a milhões de euros”, disse, na altura, o presidente da Câmara de baixo preço”. Porém, sustenta, “não podemos resignar-nos e, em Armamar. anos como este, não podemos baixamos os braços e continua8
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No próximo dia 24 de Outubro
Eterna melodia de Castelo Novo serve de mote à festa do Ciclo “12 em Rede” Na Aldeia Histórica de Castelo Novo há um leve murmúrio que caminha connosco, perpetuando a sensação de que nos encontramos num lugar encantado. O Ciclo “12 em Rede”, que chega à Aldeia História no próximo dia 24 de Outubro, vai desvendar a origem desse curioso som.
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vidade. Para se inscrever para o programa da festa na e onde vem este sussurro, que nos embala durante a visita a CasteAldeia Histórica de Castelo Novo é necessário contactar lo Novo? Um pouco acima da Aldeia Histórica, na Nascente Divina, o Posto de Turismo de Castelo Novo, através do número brota a Água do Alardo. O manancial local permite que o excedente flua 275 561 501 ou do email castelonovo@fundaoturismo. encosta abaixo. pt . De facto, uma particularidade desta Aldeia Histórica é a singular rede Para melhor conhecer a Aldeia Histórica de Castelo que capta, faz circular e distribui por gravidade essa água de nascente. Novo, em pleno clima de festa e animação, a Associação No topo da aldeia está o princípio desse sistema de tanques, caleiras e de Desenvolvimento Turístico Aldeias Históricas de Portufontes, que disponibiliza a água a qualquer ponto da malha urbana, aos gal, promotora do Ciclo “12 em Rede | Aldeias em Festa”, quintais ou aos terrenos agrícolas envolventes. em parceria com o associado Try Portugal, propõe um proCom o tema “Fonte da Gardunha”, o Ciclo “12 em Rede | Aldeias em grama turístico de duas noites, com alojamento duplo com Festa” 2020, que chega a Castelo Novo no próximo dia 24 de Outubro, pequeno-almoço, entrada nos programas da festa do Ciclo celebra esta característica única da Aldeia Histórica, que conjuga mara“12 em Rede”, passeio guiado noturno em Castelo Novo, vilhosamente com o urbanismo, património histórico-cultural e paisaentre outras atividades. gem natural daquele místico lugar. Este evento é promovido pela Associação de DesenvolVárias atividades, ao longo do dia, evocam a eterna melodia das ruas vimento Turístico Aldeias Históricas de Portugal, numa orde Castelo Novo e recordam curiosidades e estórias sobre o povo e a ganização do Município do Fundão, Junta de Freguesia de Aldeia Histórica. Haverá, por exemplo, percursos sonoros artísticos, Castelo Novo, Associações e Agentes económicos locais. Uma inspirados no “caminho da água”; um piquenique com os melhores iniciativa apoiada pelo Centro 2020, Portugal 2020 e Fundo produtos locais; um workshop de queijo e vinho; e será exibida uma Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa curta-metragem criada com a comunidade de Castelo Novo, entre de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE). outras atividades. Devido à pandemia, a participação no evento será limitada e sujeita a inscrição prévia – mas a festa poderá ser sentida e vivida em A festa só acaba em Novembro todo o mundo, via livestreaming, no Facebook das Aldeias Históricas de Portugal. O ciclo “12 em rede | Aldeias em Festa 2020” só termina em A inscrição, que é gratuita, mas necessária, pode ser feita para Novembro! Depois de Castelo Novo, a festa segue para Idanha-aa totalidade do evento ou apenas para um momento específico, -Velha, a 31 de Outubro; e Monsanto, a 7 de Novembro. como um concerto ou uma visita guiada – sendo que o limite de participantes dependerá do espaço e da tipologia de cada ati10
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Rede das Aldeias Históricas de Portugal Perdidas entre montes e vales da verdejante paisagem do interior de Portugal, repletas de lendas e castelos, sabores e tradições, há 12 singelas aldeias onde apetece perdemo-nos, para nunca mais nos encontrarmos. Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Piódão, Sortelha e Trancoso: as Aldeias Históricas de Portugal, um destino que são 12, são paraísos escondidos que nos levam numa viagem ao tempo de reis e rainhas, épicas e infinitas batalhas que escreveram a História como a conhecemos hoje. Viajar até às Aldeias Históricas de Portugal é, assim, descobrir a História de um país de temerários conquistadores, através das pedras das suas calçadas e das suas frondosas muralhas e castelos, orgulhosa e imponentemente erguidos. É, ainda, a garantia de momentos inesquecíveis de lazer, aventura e descoberta, temperados com os inigualáveis aromas e sabores da região, que compõem a sua típica gastronomia. No território das Aldeias Históricas de Portugal há um sem fim de trilhos para caminhadas e percursos de bicicleta e BTT – como a Grande Rota 22 (GR), a maior rota de Walking & Cycling em Portugal, com cerca de 600 km. As Aldeias Históricas de Portugal são o primeiro destino em rede – à escala mundial –, e o primeiro destino nacional a receber a certificação Biosphere Destination. A Grande Rota das Aldeias Históricas de Portugal (GR22) é a maior rota europeia para caminhadas com selo Leading Quality Trails – Best of Europe, entregue pela European Ramblers Association (Associação Europeia de Caminhada).
Tlf.: 232 411 299 Tlm.: 918 797 202 www.gazetarural.com 11 Email: novelgrafica1@gmail.com
Em Viseu, de 20 a 23 de Outubro
Viseu recebe XIII Festival Internacional de Cinema de Turismo A cidade de Viseu será o palco, de 20 a 23 de Outubro, Art&Tur - Festival Internacional de Cinema de Turismo, uma iniciativa da Turismo Centro de Portugal, a Câmara de Viseu e o Centro Portugal Film Commission. Serão exibidos 72 filmes provenientes de quatro continentes.
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mentou que a pandemia tenha dificultado a missão asdiretor do festival, Francisco Dias, explicou que se trata de “um sumida de esta edição ser “a mais popular de sempre” evento amplo”, que inclui não só filmes de promoção turística e doe colocar os “atores turísticos” dentro do festival. Com cumentários, mas também “uma reflexão sobre temas do turismo”. Segunesse objetivo, a programação cultural da cidade associado o responsável, o festival, que vai na sua décima terceira edição, “segue -se ao festival, apresentando propostas especialmente o seu caminho ano após ano”, mas “este ano quase tropeçava” por causa desenhadas na área da música e do cinema. da pandemia de Covid-19. “No essencial, mantemos a envergadura do Jorge Sobrado destacou a apresentação de dois filmes que é o Art&Tur”, garantiu, acrescentando que houve 295 filmes inscrique têm ligação a Viseu, nomeadamente do documentário tos, o que significou “uma pequena redução de 10%”. Este ano, o júri “Feira de São Mateus - a feirar há 627 anos”, de John Galo, é presidido pelo cineasta António-Pedro de Vasconcelos e integra 31 e da curta-metragem “Corte”, dos jovens viseenses Afonso peritos de 19 países. Rapazote e Bernardo Rapazote. Os 72 filmes, escolhidos entre os 295 que concorreram, podem ser Na apresentação do festival esteve também o presidente vistos no sítio da internet do festival e a votação do público terminará da Câmara de Aveiro, José Ribau Esteves, uma vez que este no dia de abertura do festival. O dia 20 será dedicado aos filmes intemunicípio acolherá o festival no próximo ano. grados na competição nacional, os dias 21 e 22 aos filmes de compeO presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Matição internacional e, no dia 23, realizar-se-á a cerimónia de entrega chado, frisou que “cidades como Viseu e Aveiro estão nas node prémios. vas tendências dos novos turistas” e mostrou-se convencido Francisco Dias referiu que, como é habitual, o festival é acompade que este festival afirmará a região e o país. nhado de uma conferência internacional, durante a qual se tentará perceber, por exemplo, “como a região Centro e o município de Viseu conseguiram inovar para mostrar que o turismo continua de Conferência internacional decorre debate saúde”. marketing turístico e marcas de destino “O turismo criativo como forma de valorizar os recursos endógenos do interior do país” e estudos recentes sobre a perceção dos Durante o Festival, as exibições dos filmes serão intercaladas destinos turísticos pelos turistas portugueses são outros assuntos com sessões de uma conferência internacional sobre marketing a abordar. Haverá ainda duas palestras com a participação de seis turístico e marcas de destino, numa iniciativa do Festival Art&Tur. bloggers portugueses de viagens. Nesta conferência destacam-se oito temas relevantes, designaO vereador do Turismo na Câmara de Viseu, Jorge Sobrado, ladamente a inovação e resiliência do setor do Turismo face à atual 12
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-Asia Tourism Studies Association. Finalmente, haverá duas palestras em que pandemia de Covid-19. Pedro Machado, presidente intervêm seis bloggers de viagens portugueses, fundadores da Associação Turismo Centro de Portugal, e Jorge Sobrado, vereaPortuguesa de Bloggers de Viagens. A primeira, mais de natureza concetual, dor da Câmara Municipal de Viseu, abordam a gestão aborda a influência dos bloggers de viagem na escolha do destino, com inde destinos turísticos em contexto de crise; o turismo tervenções de Catarina Leonardo, autora do blog “Wandering Life”, Marlecriativo como forma de valorizar os recursos endógene Marques, autora do blog “Marlene on the Move”, e Raquel Morgado, aunos do interior de Portugal. Uma equipa liderada pela tora do blog “365 dias no mundo”; a segunda é de natureza mais intimista professora Nancy Duxbury, da Universidade de Coime consiste na partilha de experiências de bloggers de viagem por parte de bra, apresentará o projeto Creatour, considerado um três bloggers Portugueses: Filipe Morato Gomes, autor do blog “Alma de modelo de referência em Portugal. Viajante”, Rui Barbosa Batista, autor do blog “Bornfreee”, e Ruthia PorteSerão debatidos estudos recentes sobre a imagem e linha, autora do blog “O Berço do Mundo”. perceção dos destinos turísticos pelos turistas portugueses. Investigadores dos politécnicos de Viseu e Leiria e da Programa Cultural é aposta forte Universidade de Coimbra apresentam os resultados de dois estudos sobre a atratividade de destinos nacionais e Em paralelo ao Festival, mas integrado nele, terá lugar uma forte prointernacionais para os turistas portugueses, bem como o gramação cultural na cidade de Viseu, destacando-se uma visita guiada papel das emoções nas experiências dos turistas. Este tema à cidade, concertos da Orquestra Filarmónica Portuguesa e Orquestra será objeto de duas palestras complementares: a primeira, Filarmónica das Beiras, assim como atuações de Moullinex e da fadista pelo professor Carlos Peixeira Marques, da UTAD, aborda Mara Pedro. a relação entre emoções e memória - saudades, vivências e O programa completo do evento pode ser consultado em https:// lembranças; a segunda, por um grupo de investigadores do tourfilm-festival.com/programa. CITUR-Leiria, apresenta uma nova abordagem experimental do papel das emoções na experiência turística, através de dispositivos usados no neuro-marketing: o interface cérebro-computador. Haverá lugar a uma reflexão magistral sobre a relação entre Filosofia, Audiovisual, Cultura e Património, pelo produtor cultural italiano Aldo di Russo e por Enrico Panaï, presidente da Eurowww.gazetarural.com
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No novo Pavilhão Multiusos, de 23 a 25 de Outubro
‘Sabores e Saberes - 40 Anos de História’ de 15 a 25 de Outubro
Quatro décadas de ‘Festival Nacional de Gastronomia’ celebradas com Vinhos do Tejo D
evido à pandemia, este ano não há “espaço” para a realização do ‘Festival Nacional de Gastronomia 2020’ nos moldes habituais de há 40 anos a esta parte. A organização está, contudo, empenhada em assinalar esta efeméride, tendo preparado um conjunto de iniciativas, a decorrer entre este e o próximo ano. Afinal, estamos perante o mais antigo e mais amplo certame gastronómico português, que se realiza em Santarém, capital nacional da gastronomia. A Comissão Vitivinícola Regional dos Vinhos do Tejo (CVR Tejo) foi convidada a integrar o Programa da Celebração dos 40 Anos do Festival Nacional de Gastronomia de Santarém e os Vinhos do Tejo voltam a marcar a assídua presença. Uma das iniciativas deste programa é o ‘Sabores e Saberes - 40 Anos de História’, evento que decorre de 15 e 25 de Outubro, na Casa do Campino, e que terá uma forte componente digital, com a transmissão on-line da maioria dos momentos. As medidas de segurança serão uma prioridade, sendo que o Plano de Contingência aprovado para o evento prevê uma redução substancial da lotação, bem como a implementação de medidas que visam atribuir segurança e conforto a todos. A celebração da gastronomia é o mote principal deste evento, que conta com a exposição ‘40 Anos de Festival Nacional de Gastronomia’, conferências, demonstrações gastronómicas e jantares a cargo de chefs de nomeada regional e nacional, mas também provas e harmonizações vínicas. 14
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Câmara de Mértola promove XI Feira da Caça C
om o objectivo de “celebrar e promover o património cinegético do concelho e as suas potencialidades turísticas e económicas”, a Câmara de Mértola, “apesar de todas as condicionantes”, vai levar a efeito a XI Feira da Caça irá realizar-se de 23 a 25 de Outubro, no novo Pavilhão Multiusos Expo Mértola. Devido à pandemia a feira não terá espetáculos ao vivo, nem a habitual secção de gastronomia que ficará ao cargo dos vários restaurantes do concelho, por forma a evitar grandes ajuntamentos. Estão, ainda, definidas regras especificas de higiene e segurança, entre elas o uso obrigatório de máscara em todo o recinto, o controle limitado das entradas e a existência de dispositivos de gel desinfetante em todo o pavilhão. “Priorizando sempre a saúde pública, tentamos a pouco e pouco retomar a normalidade possível, em prol da economia e dinâmica social da nossa comunidade”, acrescenta a Câmara de Mértola.
Autarquia quer consolidar o concelho como um centro gastronómico
Oeiras é Capital Europeia da Cultura Gastronómica 2020-2021
O município de Oeiras foi nomeado Capital Europeia da Cultura Gastronómica 2020-2021, na sequência de um protocolo assinado entre esta autarquia lisboeta e a Comunidade Europeia de Cultura Gastronómica.
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presidente da Câmara de Oeiras explicou que esta nomeação é consequência da aposta de Oeiras no turismo, lembrando que o sector faz parte de um plano mais amplo e onde se insere a candidatura de Oeiras a Capital Europeia da Cultura 2027. “Estou muito entusiasmado com o acolhimento desta iniciativa, sobretudo porque procura ir mais além do que vulgarmente consideramos gastronomia e toca o tema da alimentação. Se esta iniciativa puder contribuir para que os produtos portugueses sejam melhor conhecidos, os portugueses possam usufruir da sua qualidade e ainda conseguirmos educar as pessoas do ponto de vista alimentar, então terá valido a pena”, destacou Isaltino Morais. Também presente na cerimónia, José Bento dos Santos,
copresidente fundador da Comunidade Europeia de Cultura Gastronómica, manifestou-se “extremamente feliz” pelo concretizar desta parceria e sublinhou igualmente o tema da alimentação como um ponto central deste projeto. “A gastronomia começa na alimentação e não podemos evoluir como sociedade enquanto subsistir a fome no mundo. Os governos estão hoje mais atentos a este fenómeno, ou não valesse este setor 20% do PIB e tivesse um impacto enorme na saúde, com custos que são, como sabemos, um problema gigantesco”, considerou Bento dos Santos, que adiantou que, mais do que apreciar este ou aquele prato, é prioritário incutir nas novas gerações a “educação do gosto”. Oeiras Capital Europeia da Cultura Gastronómica pretende consolidar o concelho como um centro gastronómico permanente a nível internacional e, além de outras ações, vai incluir a realização de vários eventos, dentro da estratégia de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 e da Agenda Europeia “From Farm to Fork”.
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De 7 a 14 de Novembro nos restaurantes aderentes
Câmara de Beja promove a primeira ‘Semana Gastronómica do Vinho’ Promover a qualidade e a diversidade gastronómica aliada aos vinhos do concelho enquanto produto de excelência, tão característico da gastronomia da região, são os objetivos da primeira edição da ‘Semana Gastronómica do Vinho’. A iniciativa da Câmara de Beja pretende também dinamizar o tecido empresarial da restauração e contribuir para o enriquecimento da oferta do concelho ao associar os reconhecidos vinhos do território à cozinha tradicional alentejana.
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s restaurantes do concelho de Beja aderentes à Semana Gastronómica do Vinho terão na sua ementa diária, de 7 a 14 de Novembro, entradas, pratos gastronómicos regionais e sobremesas onde o vinho se assume como um ingrediente de destaque. Por estes dias, os vinhos do concelho de Beja, terão ainda presença obrigatória na carta de vinhos dos restaurantes aderentes. Nesta Semana Gastronómica do Vinho, em Beja, os participantes candidatam-se a um sorteio que atribui um cupão que lhes será entregue pelo gerente ou funcionário do estabelecimento e que o habilita a prémios. Por cada refeição consumida serão atribuídos cupões em função do número de pratos principais (por exemplo: um prato principal que integre a semana gastronómica do vinho, dá direito a um cupão; dois pratos principais da semana gastronómica do vinho dão direito a dois cupões, e assim sucessivamente). Os participantes deverão depositar os cupões devidamente preenchidos na tômbola que se encontra localizada no Posto de Turismo, sito no castelo de Beja, de segunda a domingo, das 9,30 às 12,30 e das 14 às 18 horas, até ao dia 17 de Novembro, dia do sorteio. Os prémios serão oferecidos aos 10 cupões sorteados, pelas 18h00, no Posto de Turismo. Serão sorteados seis prémios, no valor de 500, 400, 300, 200, 100 e 50 euros, em vales de compras de 50 euros cada, válidos nos restaurantes aderentes.
todos os dias
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Aderiu à Associação de Municípios Portugueses do Vinho
Município da Mêda aposta no enoturismo como vetor de desenvolvimento local O Município da Mêda aderiu à Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) e pretende tornar o enoturismo como um dos principais vetores de desenvolvimento local. Com esta adesão a AMPV continua a crescer em dinâmica e número de associados, representando já cerca de um terço dos municípios portugueses
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anto o executivo como a Assembleia Municipal de Mêda aprovaram, por unanimidade, a adesão do município à AMPV, que há 13 anos desenvolve um abrangente trabalho de defesa e promoção dos territórios vinhateiros e ultrapassa já os 90 municípios associados. O secretário-geral da AMPV salienta que “é uma enorme satisfação vermos o crescimento que a associação tem tido nestes últimos anos”. José Arruda acrescenta que “ganhámos dimensão, uma maior representatividade e uma força que nos faz abraçar projetos mais ambiciosos e, com isso, criar uma maior dinâmica e valorização do vinho, da cultura e do enoturismo do nosso país”, refere, acrescentando que “ter os autarcas ao nosso lado, presentes, contribuindo com a sua garra, a sua força e vontade na valorização de um património vastíssimo ligado ao vinho, faz toda a diferença, porque são os municípios os principais motores de desenvolvimento local”. O concelho de Mêda tem fortes tradições ligadas à cultura da vinha e produção de vinho, uma vez que parte do concelho está integrado na Região Demarcada do Douro, onde se produzem vinhos D.O. Porto e Douro, estando o restante território integrado na Região Demarcada da Beira Interior, onde se obtêm vinhos D.O. Beira Interior e I.G. Terras da Beira. É intenção do município “contribuir para que o setor vitivinícola do concelho se possa afirmar como fator de desenvolvimento económico, social e histórico-cultural”. Para isso, passa agora este município a contar com o contributo da AMPV e a pertencer “a esta grande rede de quase uma centena de municípios defensores do vinho, da cultura e de toda a dinâmica que está associada a este produto nacional que tanta importância económica tem para o país e tanto simbolismo ganha junto de todos nós”, acrescenta José Arruda. O município de Mêda entende que “o vinho é um produto que agrega, diferencia e cria valor acrescentado aos territórios” e que, associado a outros produtos endógenos e aliado à gastronomia, às paisagens naturais e ao património edificado, “permitirá encarar ainda mais o enoturismo como um dos principais vetores de desenvolvimento do concelho”.
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Apresentado no Solar do Vinho do Dão, em Viseu
Projeto MEDCLIV iniciou ciclo de debates sobre alterações climáticas na vinha Promover abordagens participativas entre os vários agentes da cadeia de valor da vinha e do vinho para o desenho e desenvolvimento de estratégias e soluções de adaptação às alterações climáticas no sector é o objectivo do projeto MEDCLIV, apresentado em Viseu no Solar do Vinho do Dão.
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ciencializem e adotem políticas e soluções que lhes uma altura em que as questões com a sustentabilidade na fileira da permitam ser mais resilientes às alterações do clima”, vinha e do vinho são cada vez mais prementes, o MEDCLIV vem adiantou. dinamizar o ecossistema nacional, tendo como principais resultados a Luísa Ferreira explicou que esta iniciativa teve início caracterização do sector nas suas preocupações climáticas, o desenvolem Outubro de 2019 com a elaboração de um inquérito vimento de eventos participativos e de co-criação, bem como de uma enviado aos participantes dos seis países do mediterrâniplataforma digital de apoio à disseminação do conhecimento e expeco “para que pudessem identificar, não as necessidades riência existentes. que a Academia identifica como as necessidades do setor, Este projeto desenrola-se em cinco países da região Mediterrânica, mas as necessidades que o setor tem”. “A segunda maior uma das mais afetadas pelas alterações climáticas. A nível nacional é lipreocupação, a médio longo prazo que aparece no inquériderado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova to, é o problema das alterações climáticas e, por isso, querede Lisboa (FCT NOVA), que conta com a parceria da Fundação Edmund mos também saber que necessidades tem o setor do vinho e Mach e do Instituto de Bio Economia (Itália), e ainda do Instituto Nada vinha e como sente o problema das mudanças climáticas”, cional de Investigação para a Agricultura, Alimentação e Ambiente e acrescentou. do Centro de Investigação Agrícola para o Desenvolvimento (França), Perante este resultado ao inquérito, que contou com a parUniversidade Politécnica de Valência (Espanha), Instituto Nacional ticipação de 52 elementos ativos do setor em Portugal, teve de Química (Eslovénia) e Universidade de Tecnologia do Chipre. início a segunda fase do projeto com o primeiro encontro insO projeto iniciou a segunda fase em Viseu, com o primeiro entitucional nacional, transmitido pela internet a partir do Solar contro institucional para debater os problemas relacionados com do Vinho do Dão, em Viseu. “Agora entra a fase da participação as alterações climáticas. “Das principais preocupações fazem parte do setor, a segunda e terceira fase são em simultâneo, ou seja, problemas de redução de produção, aumento do teor alcoólico do encontros mais institucionais, de âmbito nacional, e os enconvinho, problemas de seca e de como combater a falta de água, o tros locais que vão decorrer ao longo deste ano e nos próximos stress hídrico”, por exemplo, explicou Luísa Ferreira, a coordenadois anos”, precisou. Estas sessões vão “ajudar a criar sessões dora nacional do projeto. participativas em que elementos do setor menos alertados posA professora na FCT NOVA diz que este “é um projeto que sam estar nessas sessões e que sejam dirigidas exatamente aos pretende que os elementos ativos do vinho e da vinha se cons18
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elogiou o projeto pela partilha de conhecimento e pela “preocupação em problemas das pessoas”. “Queremos que nas sessões fazer chegar a ciência aos seus utilizadores”. Arlindo Cunha afirmou que surjam soluções de várias partes, da academia ou de a entidade que dirige, enquanto entidade certificadora, está interessada viticultores, que permitam aumentar a resiliência dos em acompanhar este processo, lembrando que “em conjunto com outras produtores e dos elementos do setor”, assumiu a coorCVRs, estamos envolvidos no projeto de apoio à fileira dos vinhos da redenadora do projeto em Portugal. gião Centro, que vai já na segunda fase, e uma das componentes - que Luísa Ferreira admitiu ainda que, após a conclusão do representa um terço do orçamento - é a investigação, nomeadamente o projeto que se prevê aconteça em Setembro de 2022, estudo comparativo das mesmas castas dentro da região e em diferentes “haja transferência de conhecimento” dos vários projetos situações e localizações”. que vão acontecendo, nomeadamente de investigação Arlindo Cunha sustenta a necessidade, em face das alterações climánas diversas regiões dos países envolvidos. “A transferênticas, de alocar alguns dos recursos disponíveis à investigação destes tecia do conhecimento é fundamental para que não fique mas, que são cada vez mais importantes, de forma a antecipar o futuro. numa pequena camada, nos especialistas, e que seja transÉ que algumas castas que até agora foram muito boas podem não o ser ferido para os verdadeiros elementos ativos do setor, para no futuro e outras que estavam esquecidas podem vir a ser importanquem trabalha o vinho e a vinha”, defendeu. tes, enquanto outras teremos que mudar a sua localização”. A coordenadora do projeto, financiado em um milhão O presidente da CVR Dão diz que as mudanças do clima já se fazem de euros, considerou ainda que esta partilha de informasentir na região, como, por exemplo, no ciclo vegetativo das plantas, ção deve ser vista nos dois sentidos, ou seja, “não só fazer uma situação cada vez mais frequente e preocupante, pois nunca sachegar soluções de vários elementos da cadeia aos utilibemos como vai ser o período de maturação ou se as geadas vêm zadores, mas também que os utilizadores façam chegar os em Março ou em Maio. Os recursos hídricos são também cada vez seus problemas específicos ao projeto, para que cheguem mais imprevisíveis e escassos. Há zonas em que esta questão já é um aos decisores”. problema e onde é necessário fazer investimentos, para se dotar as vinhas com equipamentos de irrigação. Tudo isto tem consequênOs efeitos climáticos na região do Dão cias na competitividade dos nossos vinhos no mercado”, salientou Arlindo Cunha. O presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão www.gazetarural.com
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“Monção e Melgaço – The White Experience” decorre em 10 locais distintos
Produtores de vinhos brancos de Portugal e da Galiza reúnem-se no berço do Alvarinho
A 24 e 25 de Outubro, a sub-Região de Monção e Melgaço recebe mais uma edição de “The White Experience”, este ano distribuída por oito quintas de produtores aderentes e com provas colectivas no Museu e no Solar do Alvarinho, que reúnem alguns dos mais icónicos produtores nacionais e da Galiza naquele que é, por excelência, o principal centro nacional na produção de vinhos brancos.
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he White Experience”, cuja organização está a cargo da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), acontece na casa de oito produtores de Monção e Melgaço, que convidam 12 produtores de outras regiões nacionais e da Galiza para um encontro de vinhos brancos com diferentes perfis, e que estão de portas abertas para receber os visitantes, entre as 14,30 e as 20 horas durante os dois dias do evento. A edição 2020 decorre de forma descentralizada em 10 locais distintos e o Museu do Alvarinho, em Monção, e o Solar do Alvarinho, em Melgaço, são as portas de entrada onde é possível recolher informações e participar em provas colectivas de vinhos de Monção e Melgaço comentadas por especialistas. Os produtores anfitriões e produtores convidados são os seguintes: Quinta de Santiago (Monção) convida Nuno do Ó e Xurxo Albamar (Galiza); Adega de Monção (Monção) convida Celso Pereira; Quintas de Melgaço (Melgaço) convida António Maçanita Winemaker; Provam (Monção) convida Quinta das Bágeiras; Quinta das Pereirinhas (Monção) convida Quinta de Lourosa; Anselmo Mendes (Monção) convida Adega Mãe e Niepoort; Soalheiro (Melgaço) convida Susana Esteban e Elogio Pomares (Galiza); e Márcio Lopes (Melgaço) convida Herdade do Rocim e Casa da Passarella. Para além das provas, é possível frequentar actividades paralelas desenvolvidas nas quintas dos produtores aderentes como provas verticais ou temáticas e passeios pela vinha. O bilhete diário tem um custo de 10 euros e está disponível na ticketline, dando acesso à marcação de visita e prova de vinhos nos 10 locais do evento. A marcação prévia do horário é obrigatória, uma vez que o número de lugares é limitado, de acordo com as orientações da Direcção-Geral de Saúde (DGS). A CVRVV disponibiliza transporte em autocarro a partir das cidades do Porto e de Braga, mediante marcação em www.vinhoverde.pt. 20
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Deve promover sustentabilidade económica, social e ambiental
Parlamento Europeu quer estratégia “ambiciosa” para as florestas para o período pós-2020 O Parlamento Europeu (PE) quer uma estratégia da União Europeia para as florestas ambiciosa para o período pós-2020, que promova uma gestão sustentável e que tenha em conta os aspetos económicos, sociais e ambientais.
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na gestão sustentável das florestas, a fim de garantir um relatório aprovado com 462 votos a favor, 176 contra e 59 abstenque estas, além de permanecerem economicamente ções, o PE aborda uma série de questões relativas às florestas, como viáveis, também contribuem significativamente para o papel do setor florestal no cumprimento dos objetivos do Pacto Ecológico a consecução dos muitos objetivos da UE, incluindo o Europeu, a prevenção de incêndios, o êxodo rural e a importância da política Pacto Ecológico Europeu e a transição para a bioecoagrícola comum, do financiamento das medidas silvícolas e dos programasnomia circular”, disse o relator, Petri Sarvamaa (PPE, -quadro de investigação para os meios de subsistência e o desenvolvimento Finlândia). da bioeconomia nas zonas rurais. As florestas e outros terrenos arborizados cobrem, Os eurodeputados sublinham que é necessária uma Estratégia da UE pelo menos, 43% da superfície da UE. O setor florestal para as Florestas ambiciosa, independente e autónoma para o período emprega cerca de 500 mil pessoas, diretamente, e 2,6 pós-2020, que tenha em conta a sustentabilidade económica, social e milhões, indiretamente. Cerca de 60% das florestas da ambiental e que assegure a continuidade do papel multifuncional das UE são propriedade privada. florestas. A Comissão Europeia deverá apresentar a futura EstraA resiliência europeia a catástrofes e os mecanismos de alerta precoce tégia da UE para as Florestas no início de 2021. devem ser reforçados para melhor prevenir os incêndios florestais e outras perturbações naturais, diz o PE. Propõe também um financiamento adequado da investigação e inovação, com vista a tornar as florestas Aprovado corte de 60% nas emissões de CO2 até 2030 mais resilientes às alterações climáticas, e melhores mecanismos de apoio às áreas e propriedades afetadas para que possam ser recupeO Parlamento Europeu (PE) aprovou um novo corte de radas. 60% nas emissões de CO2 da União Europeia (UE) até 2030, O documento destaca os benefícios climáticos decorrentes das floaumentando a proposta da Comissão Europeia que previa restas e da cadeia de valor florestal, nomeadamente o sequestro de reduzir as emissões de 55% relativamente aos níveis de 1990. CO2, o armazenamento de carbono nos produtos à base de madeira Em sessão plenária em Bruxelas, e não em Estrasburgo devie a substituição das matérias-primas e da energia baseadas em comdo à pandemia do Covid-19, os eurodeputados aprovaram o bustíveis fósseis. corte com 392 votos a favor, 161 contra e 142 abstenções. Os O PE apela à adoção de medidas para travar a desflorestação a eurodeputados pediram também que os Estados-membros elinível mundial e para incentivar não só a reflorestação e a florestaminem “os subsídios diretos ou indiretos às indústrias fósseis” ção, mas igualmente a gestão sustentável dos recursos florestais. até 2025, e solicitaram à Comissão que proponha um novo obO relatório reitera ainda a necessidade da inclusão de disposições jetivo de emissões para 2040. específicas em matéria de gestão sustentável das florestas nos A criação de um orçamento de gases com efeito de estufa, acordos comerciais celebrados pela UE. limitando as emissões até 2050, também foi prevista pelos eu“As florestas e o setor florestal têm potencial para aumentar rodeputados, para cumprir as metas estabelecidas no Acordo de o seu contributo para o clima, o ambiente, as pessoas e a bioeParis. conomia circular. São necessários investimentos a longo prazo 22
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Distinguidos pelas suas práticas de sustentabilidade
Cinco locais do Centro de Portugal na lista dos 100 Destinos Mundiais Sustentáveis de 2020 Cinco destinos do Centro de Portugal integram a lista dos 100 Destinos Mundiais Sustentáveis de 2020. Esta lista, já na sexta edição, é elaborada anualmente pela Green Destinations, uma fundação sem fins lucrativos que se foca no desenvolvimento e reconhecimento de destinos sustentáveis em todo o mundo. O objetivo é distinguir as melhores práticas de sustentabilidade em destinos que inspirem outros locais, operadores turísticos e turistas.
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“É com grande satisfação que vejo as práticas de sustentabilidade promos cinco destinos do Centro de Portugal que vidas em diversos territórios da região Centro de Portugal serem distinguidas integram a lista são Águeda; Geopark Arouca; por uma organização internacional. As autarquias, associações e empresáSerras do Socorro e Archeira; Torres Vedras; e região rios do Centro de Portugal perceberam que só têm a ganhar quando aposOeste. De assinalar que foram eleitos 11 destinos em tam numa oferta turística com elevados padrões de sustentabilidade”, suPortugal, pelo que quase metade são do Centro de Porblinhou o presidente do Turismo Centro de Portugal. “A aposta no turismo tugal. sustentável é uma oportunidade real de melhorar as condições de vida dos Os destinos do Centro de Portugal distinguidos este habitantes e, ao mesmo tempo, de criar experiências memoráveis para os ano foram-no por motivos diferentes de sustentabilidavisitantes. O Centro de Portugal é privilegiado por ter regiões e projetos de. No caso de Águeda, foi distinguida a iniciativa que com um tão elevado nível de preocupação ambiental e de sustentabilidatorna as ruas da cidade num cenário de chapéus de chude”, acrescentou Pedro Machado. va coloridos, assim como o programa de animação AgitÁgueda Art Festival, um eco-evento com reconhecidas práticas sustentáveis. Destinos escolhidos por júri internacional O Arouca Geopark (que, em parte, integra o território do Centro de Portugal) foi eleito pelo valor acrescentado As candidaturas que chegam à Green Destinations são avaliadas por para as populações locais que representou a classificação um júri internacional, composto por especialistas de vários países e do local pela UNESCO. parceiros da fundação. As nomeações baseiam-se em 30 critérios de As Serras do Socorro e Archeira (no concelho de Torres Vesustentabilidade. dras) foram escolhidas pelo esforço na classificação do local Os 100 destinos distinguidos são convidados para as conferências como Paisagem Protegida, na sequência da política de desenanuais “Global Green Destinations Days”, onde têm a oportunidade volvimento sustentável desenvolvida pelo município. No caso de partilhar experiências sobre as formas que encontraram de tornar de Torres Vedras, a eleição deveu-se à rede de rotas cicláveis os destinos mais sustentáveis para as comunidades locais e para os criada na cidade. viajantes. Posteriormente, integram também um guia turístico proFinalmente, a região Oeste foi distinguida pelas preocupaduzido para o efeito. ções ambientais da comunidade intermunicipal que junta 12 De acordo com a organização, “este ano a seleção foi, mais do municípios, nomeadamente na separação de lixo e outros reque nunca, determinada pela qualidade, eficácia e transferibilidade síduos e na educação ambiental junto de escolas e empresas. das boas práticas que foram submetidas pelos destinos”. www.gazetarural.com
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Candidaturas decorrem até 30 de Novembro
Câmara de Mêda atribui incentivos à produção pecuária O município de Mêda tem a decorrer, até ao dia 30 de Novembro, o período de candidaturas para atribuição de apoios à produção de ovinos, caprinos e bovinos. Segundo a autarquia presidida por Anselmo Sousa, os apoios são atribuídos no âmbito do Regulamento Municipal para o Fomento da Produção Pecuária no concelho de Mêda, criado com o objetivo de “estabelecer um apoio aos agricultores como forma de incentivo à produção pecuária, reforçando a coesão económica e social das populações rurais do concelho”.
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regulamento estabelece as condições gerais de acesso às comparticipações financeiras a fundo perdido, a conceder pelo município aos titulares de explorações agropecuárias existentes no concelho, “visando o apoio à fixação e rejuvenescimento do tecido produtivo, motor do desenvolvimento rural e da sustentabilidade, atenuando também o efeito negativo do aumento dos custos de exploração do setor, sem o correspondente aumento de receitas dos seus efetivos bovinos, ovinos e caprinos”. De acordo com o documento, será atribuído um montante financeiro de 10 euros por cada bovino, de três euros por cada ovino e caprino de raças indeterminadas, e de seis euros por cada ovino das raças Churra Mondegueira ou Churra da Terra Quente inscritas nos respetivos Livros Genealógicos. A autarquia de Mêda sublinha que as raças autóctones de ovinos Churra da Terra Quente e Churra Mondegueira representam um património genético animal de “relevância indiscutível”, proporcionando “produtos de qualidade diferenciada e de alto valor económico”. “Porque constituem verdadeiros ex-líbris dos nossos territórios, importa preservá-las e valorizá-las, razão pela qual se entendeu majorar os apoios a estas raças”, é justificado. 24
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As candidaturas para obtenção dos apoios atribuídos no âmbito do Regulamento Municipal para o Fomento da Produção Pecuária devem ser apresentadas nos serviços do Gabinete Técnico Florestal do município de Mêda até ao dia 30 de Novembro. Podem candidatar-se os criadores de gado bovino, ovino ou caprino que reúnam vários requisitos, como serem titulares de uma exploração agropecuária e estarem recenseados no concelho há 12 ou mais meses. Possuir o REAP (Registo do Exercício da Atividade Pecuária) atualizado e a Declaração de Existências de Ovinos e Caprinos (DEOC), bem como o comprovativo do registo dos bovinos no Sistema Nacional de Informação e Registo Animal (SNIRA) são outras das exigências.
Segundo dados do INE até 31 de Agosto de 2020
Exportações do setor agroalimentar crescem em 2020 As exportações do setor agroalimentar cresceram 3,2% até Agosto deste ano. Os dados, positivos, foram revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que demostram um crescimento de 10,4% em Agosto de 2020 quando comparado com o mesmo mês de 2019. Também no acumulado, ou seja, de 1 Janeiro de 2020 a 31 de Agosto de 2020, quando comparado com o mesmo período do ano passado, os dados são positivos com um crescimento das exportações em 3,2%.
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Os “vinhos e mostos” também estão com um comportamento positivo. nalisando apenas o setor da agricultura, o cresCresceram 8,3% em Agosto, em comparação com o período homólogo, e cimento é ainda maior. No acumulado de Janei2,3% no acumulado de Janeiro a Agosto, quando comparado com o mesro a Agosto, quando comparado com o mesmo períomo período do ano anterior. do de 2019, as exportações deram um salto de 7,1%. No mês de Agosto mostram também sinais positivos produtos como o Já quando comparamos Agosto de 2019 com o mesmo “leite, laticínios, ovos de aves e mel natural”, com um crescimento signiperíodo homólogo de 2020 o crescimento é a dois dígificativo de 19,4%, muito embora no acumulado ainda mostrem resultatos: de 24,6%. Por sua vez as exportações do complexo dos negativos de 3,1%. Também os produtos hortícolas, plantas, raízes e agroalimentar no acumulado a Agosto de 2020 registaram tubérculos comestíveis estão a crescer 5,7% em Agosto homólogo, mas um crescimento de 4.297 milhões de euros para 4.443 micom um saldo negativo de 3,7% no acumulado. lhões de euros, ou seja, mais 146 milhões de euros. A ministra da Agricultura considera estes dados “muito positivos, Quanto à evolução do saldo comercial do completo refletindo a resiliência e a capacidade de trabalho dos agricultores agroalimentar verifica-se uma quebra de 2.666 milhões de portugueses e de todo setor agroalimentar. Estes dados, muito poeuros em Agosto de 2019 para 2.167 milhões de euros para sitivos, demonstram como o papel da política agrícola comum (PAC) Agosto de 2020. e das medidas que foi possível implementar durante a pandemia foAvaliando estes dados do complexo agroalimentar por tipo ram fundamentais para garantir a tesouraria e fundo de maneio aos de produto, verifica-se que os “animais vivos” são o produto produtores, bem como para criar previsibilidade ao setor”, salientou agrícola que mais cresce, 98,1% em Agosto, quando compaMaria do Céu Antunes. rado com Agosto de 2019 e 15,5% no acumulado (de Janeiro a A titular da pasta da Agricultura salienta ainda que “o Plano de Agosto). Seguem-se as “carnes e miudezas, comestíveis”, com Recuperação e Resiliência, bem como o plano estratégico da PAC, um crescimento de 34,7% (Agosto - homólogo) e de 11,8% (de que alinham com a estratégia definida na Agenda da Inovação 20 Janeiro a Agosto). Seguem-se as “frutas, cascas de citrinos e de | 30, querem dar continuidade ao trabalho de excelência que os melões” com um crescimento de 18,5% (Agosto - homólogo) e nossos agricultores têm desenvolvido”. de 7,2% (de Janeiro a Agosto). www.gazetarural.com
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A primeira Bio-Região de Portugal
Ministra da Agricultura aplaude dinamismo de Idanha na agricultura biológica A Ministra da Agricultura elogiou a estratégia de Idanha-a-Nova, a primeira Bio-Região de Portugal, para a promoção da agricultura biológica e de sistemas alimentares mais sustentáveis. “Quero muito valorizar o papel que a Câmara de Idanha-a-Nova tem tido na assunção do compromisso de aumentarmos a nossa produção biológica. A Agenda da Inovação para a Agricultura 2030 (apresentada em Setembro último) estabelece que queremos no país pelo menos 50% da superfície agrícola utilizável em modo sustentável reconhecido. Além disso, o desafio que nos é colocado pela Comissão Europeia é que 25% desse território esteja em Modo de Produção Biológico”, afirmou Maria do Céu Antunes. A Ministra da Agricultura falava no evento gastronómico Arrebita Idanha Bio, que decorreu em Penha Garcia e Idanha-a-Velha, no concelho de Idanha-a-Nova. O evento desafiou 25 dos principais chefs de Portugal a cozinharem com os melhores produtos biológicos locais, numa grande celebração da aliança entre a tradição e a inovação. Maria do Céu Antunes acrescentou que “o Modo de Produção Biológica tem um retorno não só no que diz respeito à nossa saúde e bem-estar, como também no combate às alterações climáticas. Nós precisamos de gastar menos água e de preservar o solo, mas também precisamos de aumentar a nossa produção para fazer face à expectativa de aumento demográfico a nível mundial”. Idanha-a-Nova tem tido um papel ativo neste processo. Em 2018 tornou-se no primeiro município português a aderir à Rede Internacional de Bio/Eco-Regiões, motivando mais tarde outras a regiões a aderir a esta organização. É também sede do CoLAB Food4Sustainability, um laboratório colaborativo apoiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Tem previsto um investimento de cerca de oito milhões de euros e a criação de cerca de 20 postos de trabalho, altamente qualificados, com vista a testar tecnologias para melhorar a produção alimentar em termos de impacto no ambiente e de mitigação de CO2.
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Um projeto apoiado pelo Portugal 2020
Batata portuguesa vai ser promovida em sete mercados internacionais
O Projeto de Promoção da Batata Portuguesa nos Mercados Externos foi apresentado na Lourinhã pela Porbatata – Associação da Batata de Portugal e prevê a sua promoção em sete mercados internacionais.
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e acordo com o projeto, até 2022 a batata portuguesa será promovida em França, Alemanha, Espanha, Holanda, Emirados Árabes Unidos, Eslovénia e Angola, mercados considerados estratégicos pela Porbatata, que desenhou um conjunto de iniciativas para divulgar e valorizar a batata nacional. Este projeto é apoiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização, e prevê um investimento global de 326.140 euros, financiado em 85% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). Entre as iniciativas previstas está a criação de uma marca própria coletiva para a Batata de Portugal que destaque a qualidade e diferenciação deste produto, aproximando-o da origem. A presença em eventos internacionais e a realização de
ações de prospeção de mercado estão também nos planos. A Porbatata pretende ainda organizar um Concurso Internacional da Batata Portuguesa em França. No âmbito do Projeto de Promoção da Batata Portuguesa nos Mercados Externos será também desenvolvido um estudo estratégico para a internacionalização do setor em novos mercados: Emirados Árabes Unidos, Eslovénia e Angola. Em 2019, as exportações de batata somaram 28,5 milhões de euros. Os principais destinos foram Espanha, Alemanha, Holanda, Cabo Verde, França, Bélgica e Luxemburgo. Em Portugal, o consumo per capita de batata é de 93,6 quilos por ano. É produzida em todo o país, com destaque para as zonas Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes, Beira Interior, Beira Litoral, Oeste, Ribatejo, Península de Setúbal e Costa Alentejana. No total, a área ocupada pelo cultivo deste alimento totaliza 22 mil hectares e a produção média atinge as 400 mil toneladas anuais.
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Segundo dados da autarquia local
Apicultores de Castelo Branco produziram 38 toneladas de mel na campanha de 2020
Numa área superior a sete hectares
Investimento de quatro milhões cria novo “pulmão verde” em Lamego A Câmara de Lamego vai investir quatro milhões de euros para criar a maior zona verde pública da cidade, numa área superior a sete hectares, um investimento fundamental para melhorar a qualidade de vida dos lamecenses e conciliar as vertentes do desporto, do lazer e da educação ambiental.
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Os apicultores de Castelo Branco produziram 38 toneladas de mel na campanha de 2020 e dos 73 lotes de mel recolhidos 50% pertencem a produtores do concelho.
futuro Parque Urbano de Lamego é constituída por um conjunto de terrenos que estão neste momento abandonados e desqualificados nas margens da ribeira do Coura, unidos ao meio pela Praça Dr. Ferum ano difícil para os apicultores, a Central nando Amaral. O contrato da empreitada entre o Município de Lamego e Meleira de Castelo Branco continuou a prestar a firma “Floponor” que a vai executar já foi assinado, prevendo-se que as apoio ao desenvolvimento da atividade apícola, de forma obras comecem no terreno até ao final do ano. a possibilitar a participação no mercado nacional e interA criação do Parque Urbano de Lamego contempla a construção de nacional dos apicultores da região”, referiu o presidente da diversas infra-estruturas públicas que vão constituir um fator agregador Câmara de Castelo Branco, José Augusto Alves. de várias gerações de lamecenses. O projeto prevê a criação de pistas Segundo os dados divulgados da Central Meleira de Caspedonais/ cicláveis, um parque infantil, um anfiteatro ao ar livre, hortas telo Branco, infraestrutura criada pelo município local, este urbanas, um parque de skate, dois polidesportivos, uma bancada para ano foram produzidas 38 toneladas de mel, seis de cera proespetáculos e um circuito sénior com aparelhos adaptáveis à terceira cessada e duas de pólen, sendo que, dos 73 lotes de mel idade. Serão ainda criados dois parques de estacionamento, de 62 e recolhidos, cerca de 50% são pertencentes aos produtores 47 lugares, instalações sanitárias e construídas novas pontes pedodo concelho de Castelo Branco. nais para ligar as margens da ribeira do Coura, para além da requaliJá Odete Gonçalves, presidente da Associação de Apicultoficação da ponte existente. res do Parque Natural do Tejo Internacional, considera que o A proximidade do futuro Parque Urbano ao centro da cidade faz ano 2020 ficou marcado pelas adversidades, que se refletiram com que o Município de Lamego considere prioritária a qualificação numa redução da produção anual de mel. “Neste sentido, o desta imensa área no sentido de promover a correta articulação urapoio da Câmara Municipal na aquisição de novos equipamenbana entre estes espaços, com o objetivo de potenciar o usufruto tos e na melhoria dos espaços existentes tornou-se fundamendo espaço público e a satisfação dos visitantes e dos moradores. tal para assegurar a continuidade dos serviços prestados”, reA criação do Parque Urbano de Lamego é um investimento mufere. nicipal que ascende 3.979.244,22 € (+ IVA), executado no âmbito As condições meteorológicas adversas e a atual situação pando Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), cofidémica foram uma preocupação dos apicultores e do município nanciado em 85% pelo FEDER. ao longo da campanha 2020. 28
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NOVO OPEL CORSA
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Lemos & Irmão
O seu Concessionário Opel Consumo de energia Opel Corsa-e 16,8 - 16,5 kWh / 100 km (ciclo WLTP*); Emissão de CO2 0 g / km; autonomia de 329 km a 337 km (ciclo WLTP*). * Os dados apresentados sobre autonomia e consumo de combustível são preliminares e foram determinados de acordo com a metodologia do procedimento de teste WLTP (R (EC) N.º 715/2007, R (EU) N.º 2017/1151). A aprovação do tipo EG e o Certificado de Conformidade ainda não estão disponíveis. Os valores preliminares podem diferir dos valores finais oficiais de aprovação www.gazetarural.com 29 do modelo. O uso quotidiano pode diferir e depende de vários fatores, em particular: do estilo de condução pessoal, características do percurso, temperatura exterior, aquecimento/ar condicionado e pré-condicionamento.
Municípios de Vimioso e Bragança querem valorizar
Oliveira Santulhana vai ser estudada pelo Instituto Politécnico de Bragança O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) vai dedicar investigação a uma variedade de oliveira tradicionalmente desprezada, mas que se tem revelado pela qualidade dos azeites produzidos nos concelhos de Vimioso e Bragança. Os dois municípios formalizaram uma parceria com a academia para fazer a caracterização e valorização da oliveira Santulhana, originária do concelho de Vimioso e praticamente circunscrita a este e ao município vizinho de Bragança.
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presidente da Câmara de Vimioso, Jorge Fidalgo, tem a expectativa Os dois municípios apoiarão financeiramente com 60 de que deste trabalho possa surgir, no futuro, um selo de qualimil euros durante três anos o projeto para conhecer medade nos azeites produzidos com a Santulhana, que poderá passar por lhor este património e o valorizar, como indicou o presiuma Denominação de Origem protegida (DOP) ou Indicação Geográfica dente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias. O autarca Protegida (IGP). enfatizou que, em virtude dos “bons resultados” que os O presidente do IPB, Orlando Rodrigues, explicou que o trabalho azeites da Santulhana têm tido no mercado, “entendeu-se de investigação vai ser feito no Centro de Investigação de Montanha que deveria ser mais explorado tudo aquilo que tem a ver (CIMO) e “visa criar condições para proteger este património que é com esta variedade para se poder valorizar ainda mais sob uma variedade própria desta região, com maior expressão nos conceo ponto de vista económico e isso significar maior rentabililhos de Bragança e Vimioso”, embora se encontrem também olivais dade para os produtores”. em Macedo de Cavaleiros. “É uma variedade que dá uns azeites partiO autarca de Vimioso, Jorge Fidalgo, salientou a expressão culares, que tradicionalmente não se consideravam azeites de muita que esta cultura tem, nomeadamente em algumas freguequalidade, mas que o trabalho que temos vindo a fazer no politécnisias como Santulhão, Matela e Algoso”, ou seja, na zona mais co em torno dos azeites da nossa região tem revelado que esta variequente do concelho. Jorge Fidalgo lembrou que foi constituídade tem um grande potencial de dar azeites de muita qualidade”, da há pouco tempo uma associação de produtores de azeite explicou. da variedade Santulhana e garantiu que “há muitos produtoEsta associação entre os municípios e o politécnico pretende res a apostar nesta variedade”. criar condições para valorizar este património que o presidente do O Politécnico de Bragança tem produzido plantas desta vaIPB descreve como “um património genético muito interessante e riedade nas suas estufas, que o presidente de Vimioso descreve com interesse económico”. como “uma azeitona maior” com “grande rentabilidade no azeiOs azeites produzidos com esta variedade de azeitona “são muite”. “O que se pretende é que as pessoas continuem a cultivar a to frutados, com característicos aromáticas muito particulares e que já existe e que nas plantações novas possam plantar oliveira que os tornam particularmente apreciados, sobretudo nos nichos Santulhana”, salientou. de elevada qualidade”, segundo disse. 30
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A decorrer até ao próximo dia 26 de Outubro
CIM das Terras de Trás-os-Montes promove concurso de fotografia Divulgar e valorizar o património natural do território é o mote para o concurso de fotografia “Natureza, Paisagem e Biodiversidade - Nove Passos nas Terras de Trás-os-Montes”, uma iniciativa da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes - CIM-TTM no âmbito do projeto “Trás-os-Montes Natura” e que está a decorrer até 26 de Outubro.
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projeto incluiu a criação de nove percursos temáticos, um por cada um dos concelhos que integram as Terras de Trás-os-Montes, com o objetivo de dar a conhecer a natureza da região. Ao conjunto destes percursos pedestres deu-se o nome de 9 Passos nas Terras de Trás-os-Montes, todos inseridos em áreas classificadas a nível nacional e europeu para a conservação da natureza. Em cada passo é proposto um percurso cuidadosamente delineado para dar a conhecer um tema natural específico, que caracteriza e distingue as áreas naturais onde se insere. O concurso fotográfico surge assim como forma de divulgar e potenciar o conhecimentos dos valores naturais que encerram estes 9 Passos e destina-se a estimular a participação e criatividade daqueles que se dedicam, de forma profissional ou amadora à arte da fotografia ao mesmo tempo que se provem as potencialidades das Terras de Trás-os-Montes neste campo. Apenas serão aceites fotografias captadas dentro dos percursos temáticos “Nove Passos nas Terras de Trás-os-Montes”, os quais podem ser consultados no portal htps://9passos.cim-ttm.pt/. Todos os participantes recebem um certificado de participação e os primeiros três classificados serão premiados com um fim de semana com pensão completa para duas pessoas nas Terras de Trás-os-Montes (1.º prémio); um fim de semana para duas pessoas nas Terras de Trás-os-Montes (2.º prémio); uma experiência gastronómica e de aventura para duas pessoas nas Terras de Trás-os-Montes (3.º prémio).
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Plano arranca a 27 de Outubro com a duração de três meses
V21 Rural quer ajudar a construir negócios com bases sólidas O V21 Rural continua em marcha. Depois da oficina do empreendedor, destinada a todos os que queriam testar o seu perfil de empreendedor, o programa acelera no concelho de Viseu. Segue-se o Plano de Negócios que quer ajudar os promotores a transformar boas ideias em negócios de sucesso.
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Plano de Negócios arranca a 27 de Outubro e terá a duração de três meses. Nesta fase, os promotores vão receber apoio para a estruturação de um plano de negócios de base rural realista, parametrizável e inteligível, apto para implementar e financiar o negócio. Esta fase é assim dirigida a todos aqueles que têm uma ideia de negócios e precisam de apoio especializado nesta fase de arranque ou de empresas já constituídas que queiram crescer e inovar-se. No total são 24 horas de ações de capacitação, divididas em oito sessões de três horas, que têm o grande objetivo de transmitir conhecimentos e ferramentas que suportem a elaboração do Plano de Negócios. É também nesta fase que os promotores vão beneficiar de um acompanhamento personalizado. Para isso, ser-lhes-á atribuído um mentor que irá promover reuniões presenciais reuniões presenciais e online, semanais. O Plano de Negócios é acessível a todos os candidatos com uma ideia de negócios. Serão escolhidas as 15 melhores propostas. Importa, ainda, esclarecer que o facto de não ter frequentado a Oficina do Empreendedor (1ª fase do Programa V21 Rural) não é fator de exclusão. O Plano de Negócios está inserido no programa V21 Rural, promovido pela Vissaium XXI e pelo Município de Viseu, integrado no programa municipal Viseu Rural. O programa é ainda constituído por uma terceira fase, com Estágio e Cooperação, na qual será constituída uma rede de suporte e partilha de experiência e na qual os promotores terão a oportunidade de participar ativamente em várias ações relevantes.
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Com o título “Voz do Povo Voz de Deus”
Associação ‘Leões da Beira’ editou livro sobre as lendas e tradições de Rio de Loba
“Voz do Povo Voz de Deus” é o nome do livro lançado pelo Centro Social, Cultural, Desportivo e Recreativo ‘Leões da Beira’, de Rio de Loba. A obra é uma recolha de provérbios, lendas, dizeres, adivinhas e orações populares da aldeia feita por José Flávio dos Santos, também responsável do rancho folclórico da Associação.
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a apresentação do livro, que decorreu na sede da Associação, marcaram presença várias individualidades, como o presidente do ‘Leões da Beira’, Berito Esteves; o presidente da Junta de Rio de Loba, Carlos Gama; o pároco da freguesia, José Henrique; o Almoxarife da Confraria de Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco” e o vereador da Cultura da Câmara de Viseu, Jorge Sobrado, entre outras. Na ocasião, Silvério Esteves agradeceu a contribuição das pessoas mais idosas, mas também de lares e IPSS da freguesia, na recolha de provérbios, orações e outras por parte do autor, a quem agradeceu o empenho e dedicação, nomeadamente na sua contribuição para a elaboração do livro, mas também em tudo o que tem feito em prol do Rancho Folclórico. Flávio dos Santos realçou e agradeceu a participação e contribuição de todos, destacando o facto do livro não ter tido qualquer apoio, mas aproveitou para apelar ao vereador da Cultura da Câmara de Viseu para verificar se o mesmo merecia alguma comparticipação. O presidente da Junta de Rio de Loba, Carlos Gama, salientou o trabalho da Associação e reforçou a importância do livro para a comunidade local. Também o Almoxarife da Confraria “Grão Vasco” se referiu ao livro como um “elemento” para a memória coletiva. José Ernesto Silva disponibilizou-se a colaborar com a Associação de Rio de Loba na aproximação às comunidades portuguesas no mundo. Por sua vez o padre José Henrique, pároco da freguesia, apontou o livro como um contributo para as gerações vindouras conhecerem o passado, pois, disse, “um povo sem memória é um povo sem história”. A finalizar as intervenções o vereador da Cultura da Câmara de Viseu elogiou o trabalho da Associação em prol da comunidade local. Jorge Sobrado elencou algumas das iniciativas que a autarquia tem levado a cabo e desafiou as associações do concelho a candidatarem-se a novos projectos na área da Cultura. A apresentação do livro esteve a cargo de Miguel de Almeida, um homem ligado ao folclore e à cultura tradicional portuguesa. Depois de destacar o trabalho feito pelo Rancho, Miguel Almeida fez a descrição dos diversos capítulos do livro, nomeadamente a recolha, para memória futura, de provérbios populares, lengalengas, rezas e orações populares, dizeres, advinhas, rezas de curandeiros e bruxarias. O livro pode ser encontrado na sede da Associação e na Junta de Freguesia de Rio de Loba. www.gazetarural.com
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Syngenta foi a vencedora do prémio
Agroglobal e Moneris premiaram Inovação na Agricultura Decorreu no Convento de São Francisco, em Santarém, a cerimónia de entrega do prémio Moneris de Agricultura ao melhor stand virtual da Agroglobal. A Syngenta foi a vencedora do Prémio. ADP, Consulai, Magos Irrigation Systems e Banco Santander receberam menções honrosas.
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Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Nuno Russo, entregou o prémio, considerando que este é “um reconhecimento às empresas do agronegócio que não pararam, que garantiram que nada faltasse aos agricultores e, consequentemente, aos portugueses”. O governante salientou ainda que esta parceria entre a Agroglobal e a Moneris premeia a capacidade de (re)invenção das empresas do setor e “é um exemplo desta transição digital, com a criação de novos canais de relacionamento entre os diversos intervenientes da comercialização à produção”. Estiveram presentes na cerimónia os membros do júri do prémio - os presidentes das Câmaras de Santarém e do Cartaxo, respetivamente Ricardo Gonçalves e Pedro Ribeiro, o Diretor Regional de Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo, José de Lacerda Fonseca, os partners da Moneris, Rui Almeida e João Gomes -, bem como empresários do setor agrícola e responsáveis das principais entidades bancárias portugueses parceiras da Agroglobal. Este prémio foi um estímulo à participação na Agroglobal online, que contou com 475 empresas expositoras. “Promover a transferência de conhecimento e a partilha de soluções inovadoras que criem valor no setor agrícola é a forma de estar da Agroglobal e dos seus expositores”, afirmou Joaquim Pedro Torres, organizador da Agroglobal. Rui Almeida, partner da Moneris, salientou a resiliência da Agroglobal no contexto atual e afirmou que “o Prémio Moneris de Agricultura é um sinal claro da nossa presença com muita convicção no setor do agronegócio, onde temos centenas de clientes e um Centro de Competências específico”. O prémio consiste em serviços Moneris na área da corporate finance no montante equivalente a 10.000 euros. 34
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No próximo dia 21 de Outubro, a partir das 9,30 horas
Sustentabilidade e biodiversidade debatidas no Politécnico de Viseu
Natureza e biodiversidade são os temas de uma iniciativa com que o PV prossegue o esforço de sensibilização e mobilização da comunidade académica e da população em geral para as questões ambientais. E a assinalar a comemoração dos 40 anos do Politécnico de Viseu vão ser plantadas 40 árvores no Campus.
A
poética da natureza, com Fernando Carmino, e um painel temático sobre a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Vibiodiversidade do Parque do Fontelo, com a participação de Paulo Barracosa e seu (ESTGV) recebe no próximo dia 21 de Oudo artista Bordalo II. A finalizar a iniciativa há atividades ao ar livre. tubro, quarta-feira, a partir das 9,30 horas, o evento A Green Week é o maior evento anual no calendário da política ambiental Sustentabilidade e Biodiversidade, organizado pelo europeia. Fórum de debate ao nível europeu, nacional e local, permite a troca Departamento de Ambiente da ESTGV e inserido no de experiências e apoia a tomada de decisões. Este ano os eventos são dediprograma da Green Week. A iniciativa visa promover cados ao tema da Natureza e Biodiversidade, salientando o contributo que a maior consciencialização junto da população para as biodiversidade pode dar à sociedade e à economia, bem como o papel que questões ambientais. pode desempenhar no apoio e na promoção da recuperação num mundo A seguir à sessão de abertura, que conta com a pós-pandémico, criando emprego e crescimento sustentável. presença de Conceição Azevedo, vice-presidente do Na apresentação desta edição da Green Week, Isabel Brás alerta que a Município de Viseu, João Monney Paiva, presidente do “biodiversidade é a variedade de vida na Terra. Esta teia de coisas vivas é Politécnico de Viseu (PV), João Vinhas e Isabel Brás, reso coração da natureza, limpando a água que bebemos, polinizando nospetivamente presidente e diretora do Departamento de sas plantações, purificando o ar que respiramos, regulando o clima, manAmbiente da ESTGV, irá ser hasteada a bandeira Eco-Estendo nossos solos férteis, fornecendo-nos medicamentos e fornecendo colas - recorde-se que esta Escola do Politécnico de Viseu muitos dos blocos básicos de construção para indústria. No entanto, a foi uma das primeiras instituições de ensino superior pornatureza está a ser devastada como nunca antes. Esta perda está intituguesas a quem foi atribuído, pela Associação Bandeira mamente ligada à mudança climática e faz parte de uma crise ecológica Azul da Europa, promotora internacional da iniciativa, este geral. Os efeitos da perda de biodiversidade já chegaram e vão piorar se reconhecimento de boas práticas ambientais. a tendência continuar”. A primeira sessão tem por tema “Sustentabilidade nas A Diretora do Departamento de Ambiente da Escola Superior de Escolas e nas Cidades”, com a participação de José Portela Tecnologia e Gestão de Viseu incentivou ainda para a necessidade de (AMRPB), Margarida Gomes (ABAE e FEE), e Susana Viseu “mudanças profundas na forma como vivemos, desde nosso sistema (Associação Business as Nature). Ainda durante a manhã de energia e a forma como usamos a terra, até edifícios, cidades, será apresentado o projeto “Aprender a Separar para Recitransporte e alimentos, para atingir uma redução de emissões até clar”, da autoria de estudantes da licenciatura de Engenharia 2050. O Green Deal Europeu é a resposta da UE a esta crise e nesta do Ambiente da ESTGV, que conquistou o segundo lugar no política enquadra-se a comemoração da Green Week, para alertar concurso “Nós na Economia Circular”, no âmbito da Green toda a comunidade para estes assuntos”. Week Viseu 2019. A Escola Superior Agrária do Politécnico de Viseu associa-se a Durante a tarde, no auditório do IPDJ, o “Turismo como este programa com a plantação simbólica de 40 árvores no camFerramenta para a Conservação da Biodiversidade” é o primeipus do PV, no âmbito das comemorações dos 40 anos da instiro tema a ser discutido por Patrícia Araújo (Biosphere), Nuno tuição. Relvas e Isabel Neto (Levar Travel). Segue-se uma abordagem www.gazetarural.com
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Diários
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Bordo
Genebra no Outono Por: Luís Serpa, Porto
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enebra outonal está como sempre esteve e estará pela próxima centena de anos: chuvosa e branca, não de neve, mas porque a luz aqui é cinzenta e acinzenta tudo o que ilumina. Escapam as árvores que mudam de cor e passam dos verdes para todos os tons na faixa dos encarnados e alguns parques, cujo verde beneficia com a chuva. O resto é cinzento. Superficial, verdade seja dita. A Suíça em geral, e Genebra em particular, fazem-me lembrar aquelas pessoas pudicas, castas, tímidas em público e que na intimidade se revelam outras. O problema na Confederação é encontrar-lhe a intimidade. Os suíços são hospitaleiros, recebem bem os estrangeiros - as iniciativas xenófobas perdem mais vezes do que ganham, não há país que eu conheça onde seja mais fácil ser estrangeiro - mas só até certo ponto. A partir do qual é preciso querer, escarafunchar, procurar. Uma vez lá chegados, encontra-se um mundo fervilhante, aberto, curioso e - não despiciendo - com dinheiro para o ser. Cheguei a Genebra em 1983. Inscrevi-me numa associação que disponibilizava equipamento vídeo, actividade a que me dediquei quase seis meses. Deu-me poucos e irregulares proveitos, diverti-me bastante, fiz um vídeo policial - péssimo, mas o argumento defendia-se; fui trabalhar para um café Mas foi em Genebra – e no amor que ali encontrei e «diferente» (as aspas servem para explicar que não sei explicar o que é me levou ao casamento e à paternidade – que comecei «diferente», apesar de ser capaz de o descrever). real e seriamente a perceber a Suíça. Um país mais peFoi nesse café (o Marchand de Sable) que ainda existe, mas deixou de queno do que Portugal dividido em vinte e seis países ser «diferente») e nessa associação de vídeo – o Videographe de Genève com governos, polícias, sistemas fiscais, quadros jurídicos, -, que comecei a ver Genebra por dentro. Já conhecia parte da Suíça: passistemas escolares diferentes; um país onde quatro vezes sara dois anos em La Chaux-de-Fonds- uma cidade da indústria relojoeira por ano há votações, seja para referendar as propostas dos que atravessava uma profunda crise devido ao quartzo dos japoneses - e diferentes governos, seja para fazer aprovar iniciativas poseis meses em Zurique. pulares; um país, enfim, onde quatro línguas (em teoria. Na Mas durante esse tempo todo estava de passagem, por assim dizer; prática são três) coabitam e se entendem melhor do que à superfície: entre 1979 ( o ano da minha chegada a la Tchaux, como é em muitos outros mono-idiomáticos. É preciso imaginar a conhecida) e 1983 (quando cheguei a Genebra) vivi um ano em Aveiro, Suíça como um quadro inflexível e rígido dentro do qual há fiz uma viagem de ida e volta a Moçambique num navio da marinha enorme liberdade. Para quem, como eu, vive de e para a limercante, passei uns largos meses em Atenas e ia frequentemente berdade pode parecer estranho, inicialmente. Depois torna(mês sim, mês não) a Itália, onde passava o tempo necessário para -se atraente. Basta envelhecer. gastar o dinheiro que tinha ganho no mês anterior. Ausentava-me Mas voltemos a Genebra, cidade calvinista com um arrapara fazer regatas ou transportes, vivi uns meses em Dunquerque... balde católico, cidade de camadas como um mil folhas, dos Acabava sempre por regressar à Suíça, mas o que me fazia regressar restaurantes de todo o mundo... Isso é por causa das «Organinão era nenhum sentimento especial pelo país – era o facto singelo zações», como são colectivamente designadas, a ONU, respecde ali ter sempre trabalho, fosse ele qual fosse – trabalhei numa tivos apêndices, ONG e tudo o que lhes gira em torno. quinta, limpei neve dos telhados, fiz limpezas, lavei pratos, traFeche-se os olhos e aponte-se ao acaso para um mapa-munbalhei num albergue de juventude (hoje seria um hostel), mudei do. Ponha-se de parte o facto irrefutável de que se tem mais casas – enfim, o recheio – e convivi um pouco com essa Suíça subprobabilidades de cair no oceano do que num continente. Pois terrânea, a Suíça dos marginais, dos alternativos, dos «artistas» bem: se o dedo cair em terra, há muitas probabilidades de Geneem potência. 36
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bra ter um restaurante do país no qual o dedo aterrou. E quem diz restaurantes diz mercearias, cabeleireiros, igrejas ou cafés. Portugueses então nem se fala: somos o maior grupo de imigrantes, com aproximadamente quarenta mil pessoas, vinte por cento dos estrangeiros. Uma viagem de autocarro ou eléctrico nesta cidade é uma espécie de volta ao mundo linguística. Quando cá vivia, gostava de experimentar restaurantes desses países menos conhecidos: Etiópia – por cuja cozinha me viria mais tarde a apaixonar, no Burundi, porque havia um grupo de etíopes que trabalhava para nós como condutores e me convidava para as suas festas – Coreia e por aí fora. Hoje sinto menos a falta dessas expedições culinárias, mas continuo a gostar destas ruas babelianas, da sobriedade da arquitectura, do desinteresse polido que marca as interacções pessoais. E da oferta cultural, da quantidade de livrarias, da música das Rues Basses ou dos cafés de Carouge, de ir passear nas margens do lago, da suavidade dos eléctricos, da pontualidade e da riqueza dos transportes públicos... Genebra é uma cidade arrumada (apesar de ser provavelmente a mais «desarrumada» da Suíça, a mais «mediterrânica»). Quando se chega a esta cidade gosta-se dela por umas razões e anos mais tarde o que nos seduz são outras, completamente diferentes, mas mais profundas, mais verdadeiras. Não é uma cidade de sentidos, é uma cidade de razão. Não é de paixões, é de amor. www.gazetarural.com
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Opiniões Rurais
A vida é uma castanha Castanha, era aquele fruto que os putos roubavam à Casa da Ínsua quando fugiam aos velhotes, no Verão, e se escapavam para umas banhocas refrescantes no Poço dos Cavalinhos, na Senhora de Lurdes. Na volta, eram as cerejas e os bagos pintores, se já os houvesse. Moscatel, de preferência!
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astanha, era o que os esperava à chegada a casa: duas lambadas bem há o campo da Cerca e o Relvado da Sant’Ana, com dadas no focinho, que até limpavam o nariz do ranho ganho na água escolinhas e tudo, com chuteiras à Ronaldo para não fria do Côja. estragar o sapatinho fino ou o ténis da Adidas. Castanha, era fugir da GNR quando se jogava à bola nas ruas da vila, esJá ninguém leva uma castanhinha na face rosada, tafando as botas que o Menino Jesus trouxera no Natal ou esfolando os porque bater nos meninos “não se faz”. Hoje confundededos dos pés com topadas na calçada. -se a má educação com “os nervos do menino” e assoCastanha, era começar a trabalhar aos 10, 11 anos como aprendiz e pra-se para o lado deixando que a Escola substitua os levar nas trombas umas solhas dos mestres, quando saía asneira no ofício. “paizinhos”. Castanha, era também o Serviço Militar, com a quarta classe mal feita, Salvou-se a juventude do Serviço Militar Obrigatório e que oferecia viagens gratuitas e possibilidades de emigrar para uma das perderam-se as Castanhas africanas. províncias ultramarinas, que então enfrentavam uma guerra de guerrilha Mas há Castanhas eternas. A França e a Alemanha conextenuante e nunca definitivamente vencida. tinuam a ser a América da Europa: emigra-se, como há Castanha, era a entrada na vida activa: maus empregos, muito trabamuitos anos não se via. Continuam os empregos mal palho e mal pago. gos que nos obrigam a comer as Castanhas que o Diabo Castanha, era o caminho para dar o salto em direcção a melhores amassou. vencimentos e condições de trabalho lá para a França e Alemanha. Castanha, continua a ser a puta da vida, por aí fora, até se Castanha, vinha também com o casamento: filhos, novos encargos rebentar e ir desta para melhor sem saber como. e despesas não previstas. Salvam-se as Castanhas d’ovos! Castanha, era a puta da vida, por aí fora, até se rebentar e ir desta para melhor sem saber como. Gabriel Costa A Castanha, hoje, é mais doce. Mas é Castanha, na mesma! Já ninguém as rouba a caminho da Senhora de Lurdes: porque não há castanheiros, porque não vão a pé, porque têm medo da água fria, porque não sabem caminhar descalços na areia grossa das margens, porque dizem que a água do rio está suja, porque já têm piscina municipal com aguinha quente, porque as mamãs não deixam, por isto e por aquilo…por isto e por aquilo… Aliás, fruta nas árvores já ninguém rouba, porque é uma canseira e não distinguem uma maçã Bravo duma maçã reineta. À bola já ninguém joga pela rua ou no Terreiro da Misericórdia. Sempre 38
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Saiba mais em: https://www.gpp.pt/index.php/te rra_futura/terra-futura
Nos próximos dez anos, vamos fazer crescer a Agricultura. E entregá-la à próxima geração.
Esta iniciativa defende uma sociedade mais consciente da sua alimentação e bem-estar, que protege o planeta e valoriza os seus recursos naturais. Que aposta numa cadeia de valor inovadora e competitiva e que não vai deixar ninguém para trás.
Chegou Terra Futura, a agenda de Inovação para a Agricultura da próxima década.
O FUTURO VEM DA NOSSA TERRA.