![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/bfef35081f88c293c962a6dbdca9e520.jpg?width=720&quality=85%2C50)
21 minute read
Adega de Penalva aumentou as vendas nas grandes superfícies
from Gazeta Rural nº 382
by Gazeta Rural
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/ccc0c03230fe54a2c42da0f81d0158b7.jpg?width=720&quality=85%2C50)
Apesar da quebra significativa na hotelaria e restauração
Advertisement
O vinho, tal como os outros setores da economia, foi um dos que sofreu com a pandemia, nomeadamente com a quebra nas vendas na hotelaria e restauração. Ainda assim, há quem consiga ter as contas equilibradas, como é o caso da Adega de Penalva.
“Estamos bem, tendo em conta o momento que atravessamos” adiantou o presidente da Cooperativa à Gazeta Rural, confirmando “uma quebra na faturação”, nomeadamente na restauração e hotelaria.
José Frias clemente destacou o “aumento das vendas nas grandes superfícies”, que, contudo, não compensam as perdas “na hoteleira e a restauração, onde tínhamos uma posição significativa, que infelizmente estão fechadas”, mas “esperamos que as coisas mudem em breve e possamos voltar aos números que tínhamos antes da pandemia e, ainda, aumentar as nossas vendas”, destacou o dirigente.
O lançamento nos últimos anos de novas referências, com vinhos monovarietais ‘fora da caixa’, como um Bical e Maceração Pelicular, nos brancos, e os Tinta Pinheira, Clarete e Baga, nos tintos, entre outros, deram um novo elam às vendas, com alguns destes vinhos a verem reconhecida a sua qualidade, com a obtenção de medalhas de ouro em alguns concursos nacionais e internacionais.
José clemente referiu que “os vinhos baratos vendem-se bem nesta altura”. Quanto às novas referências “estão a vender-se bem, mas não tanto quanto desejávamos, pois são vinhos mais caros, essencialmente vendidos na hotelaria e restauração”.
Apesar da situação menos positiva, o presidente da Adega de Penalva mostra-se confiante que 2021 possa vir a ser melhor que o ano anterior. “Esperamos que tudo melhore em breve, se a pandemia o permitir, agora que as vacinas chegaram, acredito que podemos ter um ano melhor, com a abertura gradual da hotelaria
e da restauração”, refere José clemente, salientando a “falta que o turismo faz ao nosso país e nós sentimos isso em Penalva do Castelo”. Basta olhar, acrescenta, “a importância do setor para o algarve e para as grandes cidades, que estão praticamente desertas”. Contudo, “com o desconfinamento gradual, acredito que poderemos ter um bom ano”, salientou o dirigente.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/9459ab23b8ff5be5829c7998bf07ef8c.jpg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/9459ab23b8ff5be5829c7998bf07ef8c.jpg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/3433ff5c361c9c74cf2bf759db50fe88.jpg?width=720&quality=85%2C50)
Cooperação e estágio é a última fase do programa e conta com 12 participantes
V21 Rural cria rede de apoio para ajudar empreendedores na implementação dos negócios
Já arrancou a última fase do programa V21 Rural. Chama-se “cooperação e estágio” e conta com 12 empreendedores e é uma oportunidade única. Os participantes vão receber capacitação, acompanhamento individual, integrar visitas de campo e ainda ingressar num estágio. Tudo isto de forma gratuita. gal - e tem como foco as cadeias produção agrícolas e industrias alimentares no Norte de Portugal. O objetivo é contribuir para o aumento da rentabilidade e sustentabilidade, através da diminuição do impacto ambiental e da mitigação do impacto do meio ambiente na produção e qualidade dos alimentos.
ainiciativa é da Vissaium XXI e do Município de Viseu que tem vindo a apostar em boas ideias de negócio. assim, na implementação dos seus negócios, os empreendedores têm, neste programa, uma rede de apoio para seguir em frente.
“Será um passo muito importante poder conhecer a realidade das empresas”
Daniel Oliveira é um dos empreendedores inscritos. Está no V21 Rural desde o início e os resultados começam a surgir. “Do programa faço um balanço muito positivo. Tenho ainda muito aspetos a melhorar, mas sinto que o meu plano de negócios está muito melhor. é muito importante perceber por onde começar e pensar numa série de aspetos que nunca me teriam passado pela cabeça”.
Nesta que é a terceira e última fase o empreendedor não poderia estar mais entusiasmado. “Será um passo muito importante poder conhecer a realidade das empresas e perceber no terreno como é que lidam com determinados problemas. Será excelente estar em contacto com outros empreendedores, que, nesta fase, no seu negócio, vão mais à frente do que nós”. carolina Oliveira chega agora ao programa, depois de vencer um prémio de empreendedorismo, recebeu este prémio de incubação. “conhecer melhor o que de bom se está a fazer na área rural, desde agricultura, turismo artesanato a animação será fundamental para encurtar erros”. Além disso, acrescenta, “esta vertente muito prática é também uma mais valia para criar parceiros e trabalhar em rede para se criarem ofertas mais completas e atrativas. na fase inicial de implementação do seu negócio, todo o apoio é fundamental”. como defende a empreendedora, “este apoio de assessoria, termos uma visão externa é muito importante para validar conceitos e apurar a oferta que se está a fazer, além disso, faz também toda a diferença na motivação”, sublinha.
Experimentar é a melhor forma de aprender
nesta fase todos os empreendedores têm já um plano de negócios estruturando e têm agora a oportunidade de pôr à prova a sua ideia. através de um acompanhamento personalizado, os empreendedores vão garantir que o seu projeto tem tudo o que
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/0407aa050eff98a06d88c71192968ee6.jpg?width=720&quality=85%2C50)
precisa para sair do papel. Será assim constituída uma rede de apoio ao promotor na implementação do seu plano de negócios que contará também com partilha de conhecimentos e experiências entre todos os participantes.
As sessões de capacitação vão continuar, para que os empreendedores tenham todas as ferramentas necessárias para gerir a sua empresa. Forma jurídica das empresas, questões fiscais, noções básicas de contabilidade e conceitos financeiros, planeamento e controlo de custos, técnicas de negociação e angariação de clientes, gestão de tempo e produtividade pessoal, certificações e práticas ambientais e sustentabilidade como fator de diferenciação turística. Estes são os temas centrais a serem ministrados.
nesta fase os empreendedores vão ao terreno conhecer empresas de sucesso e boas práticas. Nada melhor do que aprender com aqueles que, em tempos, também como eles, tinham apenas um projeto no papel. Mas há mais. Todos os empreendedores vão, ainda, ingressar num estágio, onde vão perceber e perceber os desafios diários de uma empresa e testar todos os seus conhecimentos.
O V21 Rural - Empreendedorismo e negócios em Meio Rural - é um inovador programa de capacitação. A iniciativa começou em Setembro de 2020, com a
“Oficina do Empreendedor”. Com a duração de cinco dias foi aberta a todos os que queriam testar a sua veia empreendedora. Seguiu-se o “Plano de Negócios”, onde os empreendedores tiveram todo o apoio para estruturar a sua ideia. concluíram esta fase 10 empreendedores, muitos dos quais avançaram para esta terceira e última fase. Com uma rede de apoio e uma forte capacitação teórico-prática, os empreendedores terão, assim, todo o apoio para consolidar o seu projeto e implementar o seu negócio.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/280244bfa35190023dccae9dcf5b0561.jpg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/6db09329b2eca508e14d43d6aea35f75.jpg?width=720&quality=85%2C50)
Segundo um estudo da Fundação Calouste Gulbenkian
Setor agrícola responsável por 75% da água utilizada em Portugal
O setor agrícola é responsável por 75% do total de água utilizada em Portugal, acima da média da União Europeia (24%) e mundial (69%), devido às culturas de regadio, segundo um estudo da Fundação Calouste Gulbenkian.
“Em Portugal, o setor agrícola é responsável por 75% do total de água utilizada, um número que contrasta com a média da União Europeia (24%) e chega a ser superior à média mundial (69%)”, revelou o estudo “O uso da água em Portugal – olhar, compreender e atuar com os protagonistas chave”, encomendado pela fundação ao c-Lab – the consumer intelligence Lab.
Porém, esta percentagem está em linha com o que se verifica nos países mediterrâneos, como Espanha (79%) e Grécia (81%), o que acontece devido à existência de regadio. nestas culturas, a rega vai substituir a falta de chuva e compensar o calor verificado nas estações quentes.
Em 2016, a área agrícola regada no país “correspondia aproximadamente à região do algarve”, o equivalente a 5% do território nacional. contudo, a “agricultura de sequeiro ainda define a maioria da superfície utilizada para a agricultura em Portugal”.
Segundo a mesma análise, 71% dos agricultores não tem contador de água, sendo este recurso, sobretudo, retirado a partir de furos, charcas, poços e outras estruturas (56%). Segue-se ao acesso público (35%), através de barragens e outras infraestruturas de rega), e por coletivo privado (9%), ou seja, partilhado com outros agricultores ou sociedades. as barragens públicas servem um terço da área regada, porém, “a barragem do alqueva constituiu um grande contributo para a evolução do regadio nos últimos anos, correspondendo o alentejo a cerca de metade da área regada do país”, indicou. no que concerne à escassez de água, o estudo revelou, tendo por base o “Water Exploitation Index” da ONU, que, de um modo geral, a situação em Portugal “não é problemática”, embora este indicador não incorpore o impacto das alterações climáticas e as projeções de consumo.
33 países vão enfrentar “risco de stress hídrico”
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/00eadee0c5b6d4ea7a68776b21c8f519.jpg?width=720&quality=85%2C50)
gra as hipóteses em causa, aponta que 33 países vão em 2016. enfrentar “riscos extremamente elevados de stress hí- Para a elaboração deste estudo foram realizadas 52 entrevistas, que resuldrico”, que ocorrem quando a captação de água para taram em mais de 100 horas de conversas. adicionalmente, o estudo quaconsumo é superior a 80% das disponibilidades mé- litativo contou com uma amostra de 15 agricultores a residir em Portugal dias anuais do país. Destacam-se neste alerta o norte continental, que regam as suas culturas e vendem a produção no mercado de África e o Médio Oriente. com um “risco elevado”, nacional ou internacional. ou seja, quando o consumo de água está entre 40% e Já o estudo quantitativo abrangeu uma amostra de 335 indivíduos (amos80% das disponibilidades, são identificados 26 países, tra nacional) e mais 155 (para garantir “relevância estatística e uma análise incluindo Portugal. ais aprofundada das regiões centro, alentejo e algarve”).
Por região, a zona abaixo do tejo apresenta o nível máximo de risco “e é precisamente no alentejo e no algarve onde se registaram mais secas de maior dimensão e gravidade ao longo de todo o século XX”.
Já no que concerne à transição para uma agricultura mais sustentável ao nível da poupança de água, 65% dos agricultores referiram utilizar um sistema de rega gota-a-gota, mas só 3% dos inquiridos adotaram medidas mais avançadas para a gestão da água. Dos que adotaram novas tecnologias, a grande maioria (85%) garantiu poupar água, “uma evidência que se torna ainda mais significativa para quem usa aspersores”.
No mesmo sentido, também 85% dos agricultores afirmaram gastar menor energia pela otimização da rega, enquanto 66% gastam menos fertilizantes e 77% ganham tempo utilizando o controlo pelo computador ou telemóvel.
“Mobilizar para uma mudança que tem uma forte componente tecnológica exige partilha de conhecimento e 86% dos agricultores concordam que hoje há mais partilha de informação do que há 10 anos”, notou.
Em Portugal, o número de explorações agrícolas passou de 416 mil em 1999 para 259 mil em 2016, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), citados no estudo. Por sua vez, a dimensão média das explorações fixava-se em 9,3 hectares em 1999, número que passou a 14,1 hectares
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/175800050d1b1e7248792e3368527f47.jpg?width=720&quality=85%2C50)
Algas marinhas podem reduzir até 82% as emissões de metano do gado bovino
A adição de algas marinhas à alimentação do gado pode reduzir as suas emissões de gás metano até 82%, de acordo com um estudo de investigadores da Universidade da Califórnia publicado na revista científica PLOS ONE.
Oestudo foi conduzido pelo professor do depar- neta terra”, acrescentou Kebreab. tamento de zootecnia e diretor do World Food apenas uma pequena fração da terra é adequada para a produção agrícola center da universidade norte-americana, Ermias Ke- e muito mais terra é adequada apenas para pastagem. como grande parte das breab, em colaboração com a investigadora Breanna emissões de metano do gado vem do próprio animal, a nutrição desempenha Roque, e pode, segundo os cientistas, abrir caminho um grande papel na busca de soluções”, explicou o coordenador do estudo. para a sustentabilidade da produção pecuária em todo Já em 2018 os dois investigadores conseguiram reduzir em mais de 50% as o mundo. emissões de gás metano em vacas leiteiras ao complementar a sua alimenagora temos provas sólidas de que as algas marinhas tação com algas marinhas durante duas semanas. agora, testaram se essas na dieta do gado são eficazes na redução dos gases com reduções eram sustentáveis ao longo do tempo, acrescentando a alga à aliefeito de estufa e que a sua eficácia não diminui com o mentação das vacas todos os dias, durante cinco meses, desde o momento tempo”, frisou Ermias Kebreab sobre a investigação publi- em que eram jovens até a uma fase posterior das suas vidas nos estábulos cada na revista online. de alimentação a ração.
Durante cinco meses, os dois investigadores adiciona- Quatro vezes por dia as vacas comiam um ‘snack’ num dispositivo ao ar ram pequenas quantidades de algas marinhas da espécie livre que media o metano na sua respiração e os resultados foram claros, ‘Asparagopsis taxiformis’ à dieta de 21 bovinos e constata- segundo os investigadores, a demonstrar que o gado que consumiu as ram que os animais que consumiram doses de cerca de 80 algas marinhas emitiu muito menos metano sem que se registasse uma gramas de algas ganharam tanto peso como os restantes ele- quebra na eficácia da alga ao longo do tempo. Isto porque as algas marimentos da manada, mas expeliram para a atmosfera menos nhas inibem uma enzima do sistema digestivo da vaca que contribui para 82% de gás metano, produzido como subproduto da digestão a produção daquele gás. de matéria vegetal. Os resultados de um painel de teste de sabor não revelaram diferen-
A agricultura é responsável por uma parte significativa das ças no sabor da carne de novilhos alimentados com algas em compaemissões de gases com efeito de estufa e cerca de metade ração com um grupo de controlo, tal como já havia acontecido com o dessas emissões são geradas por vacas e outros ruminantes sabor do leite no estudo anterior, direcionado para as vacas leiteiras. que expelem metano e outros gases, o que tem levado algumas no entanto, a alga marinha em questão (asparagopsis taxiformis) organizações ambientalistas a sugerir uma redução do consu- não existe em quantidade suficiente na natureza para ser amplamente mo de carne para ajudar a atenuar essas emissões associadas utilizada na agropecuária a nível mundial e é preciso, também, enconàs alterações climáticas. trar uma forma de adicionar este alimento à dieta dos animais que se
As conclusões do estudo publicado, acrescentou Breanna Ro- alimentam em pastagens abertas. que, “pode ajudar os agricultores a produzir de forma sustentável há mais trabalho pela frente, mas estes resultados são encorajaa carne bovina e os laticínios” necessários para a alimentação a dores. agora temos uma resposta clara para a questão de saber se nível mundial. O gado desempenha “um papel vital na alimenta- os suplementos de algas marinhas podem reduzir de forma sustenção dos 10 mil milhões de pessoas que, em breve, habitarão o pla- tável as emissões de metano dos animais e a sua eficácia a longo prazo”, frisou Breanna Roque.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/d9f86e28139d568b5cf2d5be0d31a541.jpg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/6b40f5fe5b086c15dc1395116325ca94.jpg?width=720&quality=85%2C50)
Município de Proença-a-Nova recebe prémio Autarquia do Ano com o projeto BioAromas Liis
O município de Proença-a-Nova foi distinguido com o prémio Autarquia do Ano, do Lisbon Awards Group, na categoria de Ação Social - Combate à Exclusão Social, com o projeto BioAromas - Laboratório de Integração e Inovação Social que está em curso no Centro Ciência Viva da Floresta desde Outubro de 2020 e que se apresenta como uma alternativa à tradicional institucionalização de jovens e adultos com diferentes níveis de deficiência.
Mostrando-se orgulhoso e feliz com a distinção, João Lobo refere que o mais importante são os sete jovens adultos que estão a ser acompanhados há já meio ano no ccV da Floresta, “promovendo-se a sua inclusão social através da ciência, que aqui se apresenta como o veículo principal dessa integração”.
O presidente da câmara de Proença-a-nova agradece a “quem começou este projeto no agrupamento de Escolas de Proença-a-nova e às suas direções, e aos diversos parceiros que têm estado envolvidos neste projeto diferenciador”.
O projeto-escola BioAromas – destinado apenas a alunos – conta com o apoio da autarquia através da cedência de espaço no viveiro municipal para a produção de plantas aromáticas e medicinais. No entanto, após a saída da escola, estes jovens deixavam de ter uma resposta social adequada aos seus níveis de deficiência.
“Desde 2016 que estamos a tentar promover uma resposta para além da idade escolar”, adianta João Lobo, o que só se tornou possível com a candidatura aprovada ao Portugal Inovação Social, cofinanciado pelo Portugal 2020 e União Europeia através do Fundo Social Europeu. “Estamos a poucas semanas de lançar a concurso a obra de ampliação do ccV da Floresta, para criação de salas de formação, de convívio e uma zona laboral para a produção de ervas aromáticas e medicinais e que nos permitirá duplicar a atual capacidade de acolhimento do projeto, para um total de 15 beneficiários”. Paralelamente à produção das plantas, os jovens e adultos do BioAromas desenvolvem outras atividades de desenvolvimento pessoal e social como a musicoterapia, desporto adaptado, psicologia, português, matemática, informática, ciências ou expressão plástica. De acordo com Magda Ferreira, técnica que acompanha o grupo, o “projeto Bioaromas-liis tem tido um impacto muito positivo na vida destes jovens. De uma forma geral o balanço destes últimos seis meses é bastante positivo”, refere. Os progressos podem ser observados, por exemplo, ao nível da linguagem e da psicomotricidade, maior concentração e mais confiança. “A entreajuda entre pares tem crescido, têm-se ajudado muito uns aos outros, contribuindo assim para um aumento da sua autoestima e autonomia. O grupo é diversificado nas suas características, se por um lado temos elementos mais criativos e espontâneos, por outro lado temos elementos mais rígidos e mais perfeccionistas. De certa forma, o grupo consegue-se complementar e têm aprendido novas formas de trabalhar e de estar”, acrescenta Magda
Ferreira.
Em breve, será possível adquirir os produtos realizados no âmbito deste projeto na loja do ccV da Floresta. Pode acompanhar o projeto BioAromas-liis no Facebook e Instagram.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/3cc3d747fb50b23ca809bb6d8661fbac.jpg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/14349f9d82380030b250bad9c32e0d8d.jpg?width=720&quality=85%2C50)
Lançado novo projeto para valorização e defesa da floresta portuguesa
O projeto rePLANT, que pretende dar a conhecer novas tecnologias e criar serviços nas áreas da gestão integrada da floresta e do fogo, junta 20 entidades, envolve mais de 70 investigadores e técnicos especializados, sendo desenvolvido até Junho de 2023, e tem um investimento de 5,6 milhões de euros.
carlos Fonseca, diretor científico e tecnológico do ForestWISE — Laboratório Colaborativo para Gestão Integrada da Floresta e do Carlos Fonseca, funcionar como ponto de partida para a transformação “em prol de uma floresta mais sustentável, Fogo, que fará a gestão do rePLant com a the navigator company, contou que o projeto de âmbito nacional vai “fazer toda a diferença no setor florestal”.
O rePLant, apoiado pelo compete Portugal 2020, através dos programas POci e Lisboa 2020, está dividido em três grandes áreas de ação e integra iniciativas como a monitorização da floresta através de câmaras óticas, o desenvolvimento de novos modelos de gestão florestal sustentável para as principais espécies florestais portuguesas ou o uso da robótica nas operações florestais.
“Este projeto surge no âmbito dos programas mobilizadores e constitui uma oportunidade única para criar as bases para a transformação que é necessária no setor florestal”, disse o diretor científico e tecnológico.
Segundo carlos Fonseca, um dos pontos fortes é a junção de entidades, a união das empresas com maior relevância no setor florestal com empresas das áreas energéticas e tecnológicas que se associaram à academia e ao conhecimento para definir as melhores estratégias para esta transformação.
“Estamos a falar da valorização do mundo rural, um dos temas centrais do nosso país, e estamos também a falar da valorização das pessoas, da paisagem, que é muito relevante para outras atividades como o turismo”, salientou. O rePLant pode, segundo mais ao encontro daquilo que vão ser as gerações futuras”. O consórcio multidisciplinar reunido pelo ForestWISE vai implantar oito estratégias, estruturadas em atividades de investigação industrial de três grandes setores: gestão da floresta e do fogo (liderado pela Sonae Arauco e Instituto Superior de agronomia), gestão do risco (REn e Universidade de coimbra), e economia circular e cadeias de valor (the navigator company e ForestWiSE). “A primeira, gestão da floresta e do fogo, tem em vista a investigação de novos modelos, a investigação de uma das espécies mais comuns no nosso país, mas que precisa de uma visão mais específica, que é o pinheiro”, disse. Esta linha de ação, acrescentou, vai contar com o envolvimento muito direto dos proprietários florestais e das suas organizações, nomeadamente na obtenção de informação que permita conhecer melhor a floresta que estão a gerir. “Uma segunda linha, a gestão do risco, pretende criar sistemas de monitorização, de vigilância das florestas através da instalação de câmara óticas nos próprios postes de alta tensão da REN e que nos vai permitir obter informação real, meteorológica e da própria vegetação, do crescimento da vegetação, mas também pode dar informação sobre o comportamento do fogo e,
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/3e001127d1bcd05fefb57abd4e091255.jpg?width=720&quality=85%2C50)
com esta informação, até numa ótica de supressão de combate, termos um grande apoio à decisão”, contou o representante.
Por fim, a vertente da economia circular e cadeias de valor está vocacionada para a aplicação no terreno de tecnologias que permitam trazer valor acrescentado ao nível da biomassa.
“Naturalmente é aproveitada para diferentes fins, mas tem custos de operação e de retirada da floresta relativamente elevados, e há aqui todo um processo que envolve tecnologia e automação no sentido de reduzir custos das operações”, realçou. carlos Fonseca contou também que o projeto vai ter incidência em todo o país, mas grande parte das áreas-piloto está nas regiões do país com maior mancha florestal: Norte e Centro. Ainda assim, os impactos estimados são a nível nacional e prevê-se que as tecnologias aplicadas e os modelos de gestão possam ser depois exportados para outros países, inclusive na bacia do Mediterrâneo, com características mais semelhantes a Portugal. no que diz respeito aos resultados, carlos Fonseca apontou para o médio/longo prazo. “Estou em crer que a floresta terá resultados no médio, longo prazo. É a pensar nas gerações futuras, não é para ter resultados no imediato. Estamos a criar as bases para a transformação da floresta, para uma melhor floresta, mais sustentável e que traga riqueza, de facto, aos territórios e aos proprietários florestais”, concluiu.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/f1ab0d45a2bdc00eb779604c66e72e3a.jpg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/d6e0175bc3f528b657d86f92362219a9.jpg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/60f413067debeb3d7bc5656c6bdda2de.jpg?width=720&quality=85%2C50)
Em torno do ciclo de produção das frutas
RUDE promove um inovador produto turístico na Cova da Beira
presários, as empresas de animação turística, as unidades de turismo em espaço rural, a restauração e as unidades hoteleiras da região. O objetivo do projeto é unir esforços para converter-se numa referência no país nos segmentos de turismo rural, agrário, de natureza e sustentável.
A iniciativa inserida na Estratégia de Desenvolvimento
A RUDE – Associação de Desenvolvimento Rural idealizou um projeto
Local Cova da Beira 2020, será cofinanciado por fundos
pioneiro e inovador que pretende promover as frutas produzidas na
europeus durante os próximos dois anos e desenvolver-
Cova da Beira, em particular, as frutas qualificadas (IGP e DOP) produ-
-se-á em torno de quatro eixos de trabalho, sequenciados
zidas no território, através da criação de um portefólio de experiências
e interligados entre si, desde o conhecimento do territó-
turísticas associadas à fileira frutícola.
rio e da fileira frutícola, o levantamento do seu potencial turístico, ao desenho e estruturação das experiências tutrata-se de um projeto pioneiro em Portugal, sob o conceito de
rísticas, passando pela capacitação e a animação territorial Frutiturismo ou turismo da fruta, que pretende transformar a
e a comunicação e promoção do destino e das experiências riqueza frutícola da região numa marca de identidade e de atração tu-
turísticas produzidas.rística.
O projeto responde à nova tendência do comportamento Para esse efeito, o projeto ‘Pomar da Cova da Beira’ cocriará um
do consumidor turístico, especialmente no pós-pandemia, conjunto experiências turísticas distintivas e memoráveis associadas
nomeadamente, a preferência por destinos de baixa denà fruticultura da Cova da Beira, em toda a extensão da cadeia de
sidade, que proporcionem uma experiência em comunhão valor, agregando e valorizando o património, a paisagem e a cultura
com a natureza, num ritmo mais lento, vivenciando o estilo local e a promoção eficaz dessas propostas de experiências aos seg-
de vida e a cultura local, permitindo um maior envolvimento mentos de mercado que mais as valorizam.
com a comunidade e a desconexão da rotina. O ciclo da produção frutícola apresenta características distintas
Construído em torno de um recurso endógeno e identitário e paletas diferentes ao longo das suas fases, promovendo cenários
do território, o projeto promoverá uma oferta turística singudiferentes e únicos, que criam oportunidades distintas e fontes de
lar e inimitável, que permitirá a diferenciação e a melhoria da inspiração diferenciadas à criação de experiências turísticas.
competitividade do território, combatendo a sazonalidade turísO projeto que conta com o apoio e cooperação dos Municípios
tica e fortalecendo a capacidade de atração de visitantes para o de Belmonte, Covilhã e Fundão e da Comunidade Intermunici-
território. pal das Beiras e Serra da Estrela, mobiliza a comunidade local, os produtores frutícolas, as associações de produtores, os em-
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210402105358-e277c3c897bd2718e7827ccb06274a04/v1/08893c3ed49991d1bfbdff474bef34db.jpg?width=720&quality=85%2C50)