Apesar da quebra significativa na hotelaria e restauração
Adega de Penalva aumentou as vendas nas grandes superfícies
O vinho, tal como os outros setores da economia, foi um dos que sofreu com a pandemia, nomeadamente com a quebra nas vendas na hotelaria e restauração. Ainda assim, há quem consiga ter as contas equilibradas, como é o caso da Adega de Penalva.
“E
stamos bem, tendo em conta o momento que atravessamos” adiantou o presidente da Cooperativa à Gazeta Rural, confirmando “uma quebra na faturação”, nomeadamente na restauração e hotelaria. José Frias Clemente destacou o “aumento das vendas nas grandes superfícies”, que, contudo, não compensam as perdas “na hoteleira e a restauração, onde tínhamos uma posição significativa, que infelizmente estão fechadas”, mas “esperamos que as coisas mudem em breve e possamos voltar aos números que tínhamos antes da pandemia e, ainda, aumentar as nossas vendas”, destacou o dirigente. O lançamento nos últimos anos de novas referências, com vinhos monovarietais ‘fora da caixa’, como um Bical e Maceração Pelicular, nos brancos, e os Tinta Pinheira, Clarete e Baga, nos tintos, entre outros, deram um novo elam às vendas, com alguns destes vinhos a verem reconhecida a sua qualidade, com a obtenção de medalhas de ouro em alguns concursos nacionais e internacionais. José Clemente referiu que “os vinhos baratos vendem-se bem nesta altura”. Quanto às novas referências “estão a vender-se bem, mas não tanto quanto desejávamos, pois são vinhos mais caros, essencialmente vendidos na hotelaria e restauração”. Apesar da situação menos positiva, o presidente da Adega de Penalva mostra-se confiante que 2021 possa vir a ser melhor que o ano anterior. “Esperamos que tudo melhore em breve, se a pandemia o permitir, agora que as vacinas chegaram, acredito que podemos ter um ano melhor, com a abertura gradual da hotelaria
e da restauração”, refere José Clemente, salientando a “falta que o turismo faz ao nosso país e nós sentimos isso em Penalva do Castelo”. Basta olhar, acrescenta, “a importância do setor para o Algarve e para as grandes cidades, que estão praticamente desertas”. Contudo, “com o desconfinamento gradual, acredito que poderemos ter um bom ano”, salientou o dirigente.
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