w w w. g a z e t a r u r a l . c o m Director: José Luís Araújo | N.º 224 | 15 de Maio de 2014 | Preço 2,00 Euros
Montado sustentável?
Tema em debate da Feira Internacional da Cortiça
Há 20 Anos a contribuir para o gosto de pertencer ao Mundo Rural ADD – Associação de Desenvolvimento do Dão, ao longo dos seus 20 anos de existência, sempre se assumiu como agente activo na promoção e no desenvolvimento rural integrado e auto-sustentado da sua zona de intervenção: concelhos de Aguiar da Beira, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo e Sátão. Pela sua natureza de associação de direito privado sem fins lucrativos e pelo reconhecimento do trabalho realizado em prol do desenvolvimento local, foi-lhe concedido, desde 2001, o estatuto de Entidade de Utilidade Pública. A ADD sempre teve como missão a melhoria da qualidade de vida das suas populações e a criação de condições para fixação das pessoas no território através do apoio aos serviços básicos à população, do fomento ao emprego pelo incentivo à modernização e criação de microempresas e pela recuperação do património rural, no sentido da construção de uma imagem actual, positiva e atractiva de pertença ao mundo rural. Para cumprir o seu objectivo global desenvolveu um conjunto diversificado de competências para as populações locais, tais como: ● definição de estratégias de acção em diversas áreas: comunitarismo e potencial humano; empreendedorismo micro empresarial; agricultura social e eco-sustentável; e turismo e património. ● sensibilização, dinamização e animação do território para o desenvolvimento integrado. ● fomento do empreendedorismo feminino, ● divulgação e informação sobre o acesso a fontes de financiamento ao investimento. Entre 1994 e 2014 apoiou cerca de 400 projectos com a criação/manutenção de aproximadamente 1000 postos de trabalho, directos e indirectos, num investimento global superior a 30.000.000 de euros. Todo o investimento realizado, só foi possível pelo reconhecimento da ADD como entidade gestora local de diversos Fundos Comunitários: FEOGA, FEADER, FEDER, FSE e Estado Português. Este modelo de desenvolvimento local, Metodologia LEADER, construído com os actores locais, fazendo uso de uma abordagem territorial ascendente e participativa conduziu ao reconhecimento, pelos parceiros e instituições locais, regionais e nacionais, do valor da ADD enquanto agente catalisador da mudança das condições de vida das populações e como criador de uma nova imagem do mundo rural. Num período de profunda crise económica o LEADER/PRODER apresenta-se como uma ferramenta fundamental na sustentabilidade das economias rurais derivado, em grande parte, pela adequação da metodologia à realidade do território, bem como da proximidade aos potenciais promotores (agricultores, cooperativas, IPSS´S, autarquias locais, microempresas, associações, etc.), permitindo um acompanhamento desde a concepção da ideia à concretização do projecto. Estes 20 anos de desenvolvimento local contribuíram para reforçar a coesão, o trabalho em rede e a criação de condições para a modernização do território. Como as necessidades do mundo rural não se colmatam em 20 anos a ADD está, com todos os parceiros sectoriais e a população em geral, a delinear a continuação da estratégia de desenvolvimento local para o período de programação 2014-2020 a integrar no DLBC – Desenvolvimento Local de Base Comunitária.
Sumário 04 Lezíria prepara “Feira das Grandes Culturas” 06 Sustentabilidade do montado em destaque na FICOR 08 Albergaria-a-Velha é capital do Pão de Portugal
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Produção de cereja em Alfândega da Fé com quebras de 50 por cento
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Oro”
Alfândega da Fé premiada em Espanha com “Almendra de
09 Mealhada em festa durante o mês de Junho
24 Mogadouro oferece sementes de soja a agricultores locais
10 Cereja é a rainha da Festa em Resende
25 Área de milho quase triplicou na zona do Alqueva em ape-
11 Produção nacional em destaque na Feira Nacional da Agri-
nas três anos
cultura
27 ANEFA questiona medida do governo para limpeza da floresta
12 Vinícola de Nelas comemora ‘bodas de diamante’
28 Alentejo produziu 71 por cento do azeite português
14 Tecnologia detecta odores em rolhas de cortiça
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15 ‘Festival do Vinho do Douro Superior’ em Vila Nova de Foz Côa 16 Na Muxagata “a inovação não vem sem tradição”
Seminário debate “As boas práticas de cooperação e de desenvolvimento rural”
32 AGIM cria bolsa de emprego para a colheita
17 Gala premiou os melhores vinhos verdes
33 Novo Programa de Desenvolvimento Rural em vigor até final deste ano
18 Quinta dos Carvalhais Reserva Branco é a nova pérola do Dão
35 Oleiros recebe I Congresso Nacional de Turismo Rural
19 Restaurante ‘Mesa de Lemos’ já abriu ao público
36 Mangualde promove Feira dos Produtos da Terra
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37 Festival da Truta em Vila Nova de Paiva
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38 Feira Nacional do Mirtilo junta componente lúdica e profissional
“Do azeite vem riqueza e do vinho a nobreza”: lema na Quinta do Lubazim
Artesanato e cabrito assado para atrair visitantes ao Caramulo
Pedro Torres, da Valinveste, promotora da Agroglobal, à Gazeta Rural
“Na agricultura as coisas nunca foram tão más e também não são tão boas como se pensa” Na Lezíria do Tejo, numa área de cerca de 170 hectares, trabalha-se afanosamente para que em Setembro tudo esteja a posto para receber a Agroglobal – a Ferira das Grandes Culturas. O certame, que é já um acontecimento marcante no panorama nacional, pretende ser uma montra profissional do que de melhor de faz em Portugal no domínio da agricultura, mas também na área da inovação, em condições reais, num conceito único no país e que veio para ficar. Pedro Torres, administrador da Valinveste, empresa promotora do evento, refere o “salto em dimensão” do certame, por via do crescente interesse que o sector agrícola tem vindo a gerar. Numa altura em que a agricultura está na moda, Pedro Torres coloca alguma água na fervura, dizendo que “as coisas nunca foram tão más e também não são tão boas como se pensa”.
desde logo em termos de expositores, com o reforço da posição dos principais agentes do negócio agrícola em Portugal, mas também com a aproximação de muitas outras empresas que começam a olhar para o sector agrícola como estratégico e importante, como a EDP e a Galp, que têm estado presentes mas de forma simbólica, assim como os bancos e companhias de seguros que vêm na agricultura um negócio a crescer. Perante esta adesão das organizações, a feira, do ponto de vista estrutural, tem que dar uma resposta, desde logo com mais um dia, sendo esta a evolução mais simples, mas também com maiores áreas de trabalho, para ter mais dinâmica e interactividade, mais culturas e novidades, quer ao nível do campo, quer ao nível do recinto da Feira. As entidades ligadas ao sector têm gostado do modelo, que, penso, veio para ficar, mas que um dia poderá não se chaGazeta Rural (GR): Que certame mar Agroglobal. É uma feira realizada no campo, 100% profissional, que decorre haverá em Setembro? Pedro Torres (PT): Este ano a feira durante a semana, de uma forma interacvai dar um salto importante em dimensão, tiva, que permite, por exemplo, ao nível 4
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das máquinas que as pessoas as possam experimentar. Este modelo, que existe em muitas partes do mundo e de que fomos pioneiros, não poderá voltar para trás. GR: Entre outras, uma das novidades é a cultura da beterraba? PT: Sim. A DAI – Sociedade de Desenvolvimento Agro-Industrial vê que existe a possibilidade de, a partir de 2016, se voltar a produzir beterraba em Portugal e quis dar um sinal nesse sentido. Para o efeito, instalámos quatro pivôs para dar resposta a este tipo de culturas. GR: O espaço da feira vai ser aumentado? PT: Sim. Vamos ter maior área para as diferentes culturas, mas também para as máquinas. Havia já muita máquina a trabalhar, a zona de trabalho não era muito grande, e era quase uma corrida de tractores. Então, fizemos um novo layout em que, na zona onde os tractores trabalhavam, estão as culturas da beterraba, tomate, batata, vinha, olival e a zona de pulverização. Este conjunto de cultura ocupa
a área onde anteriormente trabalhavam as máquinas. Do outro lado, temos a cultura do milho, onde irão estar os equipamentos destinados a esta cultura, numa área de 45 ha. Neste pivot, de cerca de 60 ha, retirámos 15 para que cada uma das empresas de máquinas tenha a sua pista própria para trabalhar, ao contrário do que acontecia, em que havia uma pista comum para todas as máquinas. Vão estar presentes as principais marcas, como CNH, John Deere, Landini, Same, Deutz, Fendt, Lamborghini, entre outras. GR: A feira terá a agricultura no seu todo, mostrando a produção, mas também a inovação para o sector. No fundo, a feira quer ser uma montra do que de melhor se faz em Portugal? PF: Sim. Mostrar as culturas mais bem adaptadas a esta região ao melhor nível tecnológico, mas elas não deixam de ser o mote para outro tipo de agriculturas mais específicas. Teremos cá as empresas de fitofármacos e adubos, que abordarão temas relacionadas com as culturas que aqui estão instaladas, mas onde não deixarão de estar em discussão todo o tipo de culturas. Teremos aqui o mote para uma discussão agrícola global, como se pretende. GR: Uma dos destaques da Agroglobal são os seminários. Que teremos nesta área? PT: Estão ainda em fase de definição, mas vamos manter as linhas gerais que dominaram essa questão nas últimas edições. Ou seja, pretendemos discutir os temas que nos interessam, mais importantes da agricultura portuguesa naquele momento, mas vamos faze-lo, como sempre, falando uns com os outros. Um defeito que durante muitos anos ocorreu foi haver discussão apenas entre os agentes do sector agrícola. Fazemos um esforço para ter a presença de pessoas, como economistas,
de outras áreas da actividade económica que venham connosco discutir e reflectir sobre o sector e que tem duas vantagens muito importantes, pois desde logo ajudam-nos a refrescar ideias e trazem-nos aspectos de reflexão diferentes e que não são aqueles com que estamos habituados a trabalhar. Depois, e mais importante, muitas vezes são confrontados com uma realidade que não conheciam, porque, para muitos, a agricultura ainda era um sector com deficiências tecnológicas muito grandes, que não utilizava todo o tipo de argumentos que hoje a tecnologia coloca à nossa disposição. Chegam aqui e são confrontados com uma realidade que os surpreende de uma forma geral. Ao surpreende-los com essa realidade, são depois os veículos de transmissão para o exterior daquilo que é o esforço do trabalho dos agricultores e dos agentes a eles ligados, de permanente modernização do sector, daquilo que de positivo se faz. Isto, na minha opinião, tem sido decisivo para melhorar a ideia que, de uma forma geral, a sociedade tem da agricultura. Se reportarmos a 2009, no primeiro ano da Feira, e se nos lembrarmos do ambiente que havia nessa altura à volta do sector, em que todos os males do mundo vinham da falta de profissionalismo e da subsidiodependência dos agricultores, que não trabalhavam a terra porque os nossos governantes tinham vendido a agricultura aquando das negociações dentro da Comunidade. Esse era o ambiente do momento. Hoje, caiu-se, quase, no extremo oposto e existe um grande entusiasmo em torno da agricultura. Penso que o ‘comunicado’ que saiu daqui, de que foram veículos de transporte pessoas que aqui estiveram connosco a discutir o sector, tem ajudado muito a alterar esse ambiente. GR: Aproveitando a deixa. Como olha para este novo momento da agricultura em Portugal? PT: O novo olhar para a agricultura
resulta do que acabei de referir. Hoje tem-se mais consciência da realidade agrícola portuguesa e das suas virtualidades, do que se tinha há uns tempos atrás. Não que ela tenha mudado assim tanto, porque a opinião não era favorável e já se faziam coisas muito boas na agricultura em Portugal. É bom referir que somos um país que não é muito privilegiado em termos de condições naturais para se fazer agricultura. Acontece que agora há mais consciência daquilo que se faz e também aconteceu, em termos da nossa dimensão agrícola e que tem um grande significado, que foi o aparecimento do perímetro de rega do Alqueva que trouxe para uma área superior a 100 mil ha soluções económicas para essa área que até aqui não existiam. É um grande investimento nacional, a que os agricultores, a nível empresarial, estão a dar uma resposta muito rápida e, portanto, também ajuda a que este ambiente geral tenha melhorado. Se somarmos a isso a consciência daquilo que se fazia de bom, temos os condimentos para o entusiasmo que há à volta da agricultura. Em todo o caso, na minha opinião, e ando aqui a ‘bater’ há uns anos, é que as coisas nunca foram tão más e também não são tão boas como se pensa, porque temos um handicap muito grande em termos de condições para a produção agrícola, quando comparados com os países com os quais temos que competir. Essa é uma realidade que é fundamental que esteja sempre presente quando reflectimos sobre a nossa agricultura, porque se entendermos que os problemas do sector resultam dos governos, dos agricultores, dos serviços, ou daquilo que for, estamos sempre a escamotear o problema. Nós temos a nossa realidade agrícola e é a essa que nos temos que adaptar e aceitar. Temos que fazer o que é possível e não aquilo que gostaríamos, porque, de outro modo, podemos querer tentar fazer coisas impossíveis, cujos resultados, à partida, não terão possibilidade de êxito.
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Em Coruche, de 29 de Maio a 1 de Junho
Sustentabilidade do montado em destaque na Feira Internacional da Cortiça
Vai decorrer, em Coruche, de 29 de Maio a 1 de Junho a VI FICOR – Feira Internacional da Cortiça, evento que mostra a dinâmica que Coruche tem imprimido à fileira da cortiça, através de diversas actividades que se congregam numa estratégia de desenvolvimento local, sectorial e ambiental, à qual foi atribuído o slogan “Coruche, Capital Mundial da Cortiça”, tem o seu expoente máximo anual na organização deste certame. O tema principal da edição de 2014 é a sustentabilidade dos montados, considerando que estes têm uma importância inquestionável no desenvolvimento rural, enquanto sistema de usos múltiplos, que carecem de um reforço da sua resiliência, como garante da sua própria viabilidade económica, permitindo paralelamente ganhos ambientais e sociais fundamentais para o território. As novidades para 2014 começam com a implantação da FICOR no edifício da antiga Estação de Camionagem de Coruche que, para além de possuir uma excelente área, goza de uma importante localização estratégica. Do ponto de vista profissional 6
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e científico, Coruche receberá o Congresso do Sobreiro e da Cortiça, uma iniciativa da FILCORK – Associação Interprofissional da Fileira da Cortiça, que irá debater os temas mais atuais e as principais ameaças e oportunidades do sector, assim como outras conferências e debates importantes que terão lugar no Observatório do Sobreiro e da Cortiça. Será também lançada a Plataforma de Transacção da Cortiça, pela APFC – Associação de Produtores Florestais de Coruche, com o objectivo de melhorar a comercialização da matéria-prima de cada produtor. Música, provas de vinho, actividades de lazer na natureza e degustação de sabores do montado, são algumas das actividades propostas pela FICOR. Berg, o vencedor do programa FACTOR X da SIC, é o cabeça de cartaz, com um concerto no dia 31 de Maio, assim como uma grande Corrida de Toiros que está a ser preparada para a tarde do mesmo dia, que irá certamente agradar ao público aficionado. Para o dia 1 de Junho, Dia Nacional do Sobreiro e da Cortiça, estão previstas diversas actividades desportivas associa-
das ao evento, assim como a emissão do programa “Portugal em Festa” da SIC, que estará em directo de Coruche, das 14 às 20:00 horas Francisco Oliveira – Presidente da Câmara de Coruche: “É preciso incentivar os produtores florestais a terem preocupação com sustentabilidade do montado” Gazeta Rural (GR): A novidade da Ficor deste ano é a mudança de local. O que vai trazer de novo a feira? Francisco Silvestre de Oliveira (FSO): Estamos a falar de um espaço completamente diferente. Realizávamos a FICOR no Parque do Sorraia, que é essencialmente uma área de estacionamento, com a possibilidade da realização de eventos e onde também fazemos as Festas do Castelo. Portanto, a deslocalização da FICOR para a antiga central de camionagem tem a ver com a recente aquisição daquele edifício, por parte da Câmara, que não estando ainda completamente reabilitado,
reúne condições para realizarmos lá esta feira. É um espaço com uma área superior ao que tínhamos no Parque do Sorraia, com 2.000 m2, que é muito interessante, numa área coberta considerável e com uma boa localização, junto à Praça de Touros, e com uma área de estacionamento com uma grande disponibilidade. Esperamos que este novo espaço da Ficor consiga ter a atractividade que desejamos. Apesar de não estar completamente reabilitado, já que apenas lhe lavámos a cara, irão ser criadas as condições necessárias para que a FICOR seja um sucesso, em temos da promoção do nosso território, de Coruche como Capital Mundial da Cortiça, e que consiga a capitalização do negócio ligado ao setor e à fileira da cortiça. Vamos ter uma feira com toda a dignidade, com exposições no espaço da feira, mas também a realização de painéis científicos, promovidos por entidades ligadas ao sector, mas também pelas universidades e escolas, que vão fazer um trabalho logístico e técnico para que este certame decorra da melhor forma.
montados para as gerações vindouras. Se pensarmos que um montado para produção demora cerca de 40 anos para se poder extrair a cortiça, isso significa que é preciso renovar o montado, até porque sabemos que são muitas as doenças que lhe são associadas, que poem em causa a capacidade dos solos e a regeneração das árvores. A FICOR é direccionada para área da produção e é preciso incentivar os produtores florestais a terem preocupação com sustentabilidade do montado, não só em termos económicos mas também em termos do ambiente e do ecossistema do montado, que tem uma diversidade muito grande relativamente a outras espécies florestais. Portanto, esta sustentabilidade é económica mas é também virada para o ambiente, porque o montado é, de facto, um ecossistema quase prefeito, que alberga muitas espécies e serve também de sustento e de rentabilidade aos produtores florestais, associado à criação de gado e à pastorícia, e que tem relações comerciais muito diretas com a actividade agrícola.
GR: O mote do certame é a sustentabilidade do montado? Essa é preocupação crescente? FSO: Efectivamente há essa preocupação. O montado, no nosso país, tem já alguns anos e durante muito tempo foi passando de geração em geração, quase como uma questão de tradição e nunca com a perspectiva de plantar novos
GR: Todas essas questões vão ser discutidas no Congresso do Sobreiro e da Cortiça. Podem sair daí um conjunto de propostas no sentido dessa renovação, já que se voltou a falar de olhar a terra de outra maneira? FSO: Temos acompanhado muito de perto o trabalho dos investigadores e das universidades nestas matérias, re-
conhecendo, efectivamente, que há aqui um lapso temporal muito grande, se nos percebemos que as equipas que iniciam a investigação sobre os problemas do montado não são as mesmas que a concluem, face ao espaço temporal entre o crescimento e a resolução dos problemas do montado. O que é um facto, é que cada vez mais as pessoas estão mais preocupadas e voltadas para a agricultura, existindo uma preocupação mais acentuada na resolução desses problemas. Aquilo que temos acompanhado, e a preocupação que existe por parte dos académicos, mas também por parte da indústria, é na resolução efectiva destes problemas. Ou seja, identificar e caracterizar quais são o problema do montado, se tem a ver com o tipo de solos, com as pragas que o atacam e que levam a que haja uma grande mortandade nalgumas áreas de sobreiros, se são as práticas de manutenção dos solos que põe em causa a sustentabilidade do montado. Portanto, esses relatórios e essas avaliações existem, agora é uma questão de se definir um plano de acção que defina as regras para a práticas agrícolas no montado. Neste congresso não sairá, estou em querer, um plano de acção definitivo, mas sairão muitas indicações e propostas, daquilo que será um código de boas práticas para o trabalho do montado, virado para os produtores, para cuidados a ter com os montados, para a sua preservação e manutenção em termos futuros. www.gazetarural.com
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Presentes mais de 50 pães de todo o País
Albergaria-a-Velha é capital do Pão de Portugal
De 16 a 18 de Maio Albergaria-a-Velha recebe o Festival do Pão de Portugal onde estarão reunidos mais de 50 pães de todo o País. Durante três dias a Quinta do Torreão receberá dezenas de produtores de Trás-os-Montes ao Algarve, passando por Portalegre e Viseu, e os visitantes poderão provar diferentes qualidades, formas e sabores de pães típicos de cada zona do País. Sendo este um evento onde se pretende agregar todos os pães, não se esquece obviamente os mais doces, como o Pão-de-ló, a Regueifa Doce, entre outras especialidades. Mas não só de pão se faz este festival, uma vez que haverá ainda os mais variados complementos que os acompanham, como compotas, queijos, enchidos, vinhos, entre outros. O Festival nasce este ano em Albergaria-a-Velha, cidade de muitas tradições ligadas ao fabrico deste alimento e berço da Rota dos Moinhos de Portugal. Este é o primeiro festival nacional dedicado à celebração deste alimento tão presente na cultura gastronómica portuguesa. Muito mais que um evento gastronómico, o evento destaca-se pela sua vertente cultural, lúdica e pedagógica. Como tal, será possível assistir à exposição que retracta o Ciclo do Pão com a curadoria do Museu do Pão, às apresentações de show-cooking conduzidas pelo chef Hélio Loureiro, às Conversas com o Pão à Mesa com ilustres convidados, aos espectáculos musicais, ao Ciclo de Cinema sobre a temática para os mais novos,
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recriações históricas, música entre muitas outras animações para miúdos e graúdos. Os mais novos terão ainda oportunidade de visitar o Camião Lúdico-Pedagógico do Museu do Pão, participar em várias actividades e pôr mesmo as “mãos na massa”. O certame contará ainda com um espaço dedicado ao fabrico de pão ao vivo, com vários fornos e mesas de trabalho, onde todos os presentes poderão conhecer todos os passos para a confecção deste alimento.
História e Tradição Albergaria-a-Velha tem uma grande tradição no fabrico do pão, sendo um dos concelhos que mais moinhos, moleiros e padeiros teve e tem. A Rota dos Moinhos permite conhecer melhor a história desta herança e a intemporal Regueifa continua a fazer as delícias de quem por ali passa. Foi com base neste historial e saber que nasceu a vontade de dinamizar as raízes de Albergaria-a-Velha através da celebração do pão com os melhores e mais variados pães nacionais. De norte a sul do País existem diversíssimas variedades e qualidades de pão, o que demonstra que, ao longo dos tempos, este alimento se foi reinventando e adequando aos vários gostos e paladares. Reunindo os melhores padeiros, cozinheiros e chefs portugueses, este festival foi pensado para as famílias e para os amantes de pão e seus acompanhamentos.
Em festa durante o mês de Junho
Feira de Artesanato e Gastronomia para animar a Mealhada
O concelho da Mealhada vai estar em festa durante o mês de Junho, com a iniciativa “Leitão à Mesa” e a XVI Feira de Artesanato e Gastronomia. De 7 a 22 de Junho, o Leitão da Bairrada vai estar em destaque nos restaurantes do concelho aderentes ao projecto 4 Maravilhas, que vão ter menus especiais para os seus clientes e vão oferecer as mais diversas entradas feitas com leitão, da cabidela às iscas, dos rissóis à bôla. Inserida na iniciativa “Leitão à Mesa”, vai ainda decorrer mais uma edição da Feira de Artesanato e Gastronomia da Mealhada, certame que junta expositores agrícolas e empresariais, o melhor do artesanato e da gastronomia local no mesmo recinto, a Zona Desportiva, e que este ano promete animar a cidade de 7 a 15 de Junho, com um programa marcado pela música tradicional portuguesa, que tem BERG e José Cid como cabeças de cartaz. “Leitão à Mesa” para todos De 7 a 22 de Junho vai haver “Leitão à Mesa” nos restaurantes aderentes ao projecto 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada. Durante duas semanas, os visitantes, para além de saborearem o melhor leitão, vão poder ainda apreciar as mais diversas iguarias feitas com este produto, que vão ser oferecidas pelos restaurantes. Da cabidela às iscas, dos rissóis às empadas, passando pela bôla de leitão, muitas são as entradas a oferecer aos clientes, variando de restaurante para restaurante. Cada um terá ainda menus especiais e outras ofertas, que poderão ir dos vinhos aos mais diversos descontos. A iniciativa é organizada pela Câmara da Mealhada e pela Associação Maravilhas da Mealhada e tem como objectivo promover o principal prato gastronómico do concelho, o leitão, e reforçar a marca gastronómica municipal, dando um novo alento à actividade económica concelhia. Quem passar pela Mealhada irá encontrar o melhor leitão, com a tradição e qualidade que a marca 4 Maravilhas exige, a água do Luso, o pão cozinhado em forno a lenha e os vinhos dos produtores do concelho, a mesma hospitalidade e arte de bem servir, e poderá ainda usufruir das ofertas especiais que cada um dos restaurantes se encontra a preparar. E porque a festa exige animação, os dias vão ser preenchidos com espectáculos a decorrerem nos dois palcos do certame. A música tradicional portuguesa é a grande aposta, com grupos como Sons do Minho, Ruizinho de Penacova e a Banda Red a fazerem parte do cartaz. Mas serão as noites de 7 e 14 que anunciam uma maior afluência ao espaço. Na noite de abertura, a 7 de Junho, o palco vai ser inaugurado por José Cid, que promete duas horas de muita animação, ao som dos seus mais conhecidos temas. Na véspera do encerramento, a 14 de Junho, a música é outra. Será BERG, o vencedor do programa de televisão Fator X, a tomar conta do palco e a encantar os presentes com a interpretação de temas bem conhecidos das várias gerações.
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Festival da Cereja realiza-se nos dias 31 de Maio e 1 de Junho
Cereja é a rainha da Festa em Resende A XIII edição do Festival da Cereja de Resende realiza-se nos dias 31 de Maio e 1 de Junho, estando prevista a presença de mais de uma centena de produtores locais e várias toneladas de cerejas. Realizado pela primeira vez em 2002, o festival da terra das cerejas, como é conhecido o concelho de Resende, um dos principais produtores do país, tem como grande atracção a venda de cereja a preços especiais, bem como a actuação de diversos grupos folclóricos e etnográficos e muita animação de rua. O certame inicia-se no sábado, dia 31 de Maio, às 10 horas com a abertura dos stands de venda de cereja e de produtos de artesanato relacionados com este delicioso fruto. Ao longo do dia haverá animação de rua e, no Parque Urbano, haverá animação musical com ranchos e grupos do concelho. Pelas 22 horas a Orquestra Ligeira “A Nova” de S. Cipriano dará um concerto em frente à Câmara Municipal. No domingo, 1 de Junho, a feira abre às 10 horas, com animação ao longo do dia. O ponto alto das festividades decorrerá pelas 15 horas com o cortejo temático dedicado ao tema: “Dos direitos da Criança aos direitos da Cereja”, onde desfilam cerca de 900 crianças que frequentam as escolas do concelho. A cereja de Resende, famosa em território nacional e no estrangeiro, é por si só atracção para uma visita ao concelho. Aliar ao seu sabor suculento, a simpatia das gentes, a animação, a gastronomia, entre as quais as não menos famosas cavacas, e as paisagens deslumbrantes do Douro, faz do XIII Festival da Cereja a festa que não vai querer perder.
De 16 a 18 de Maio
Fornos de Algodres recebe IX Jornadas de Etnobotânica/VI Fim-de-Semana da Urtiga Numa iniciativa da Casa do Pessoal da Câmara de Fornos de Algodres e da União de Freguesias Juncais, Vila Ruiva e Vila Soeiro do Chão vai decorrer no fim-de-semana de 16 a 18 de Maio a IX Jornadas de Etnobotânica, que inclui o VI Fim-de-Semana da Urtiga. A iniciativa visa despertar no público em geral e nos mais novos, em particular, o interesse pela etnobotânica. Para o efeito, a organização promove um conjunto de actividades lúdicas, culturais e educativas associadas ao fascínio pelas plantas. O programa começa pela manhã de sexta-feira, com a abertura do “Mercadinho”, organizado pelos Jardins-de-Infância do Agrupamento de Escolas de Fornos de Algodres (AEFA), e uma exposição e venda de Doçaria Urticante, organizada por alunos do Curso de Cozinha e Pastelaria do AEFA, assim como uma exposição de trabalhos escolares com enfoque temático na “Arte de Brincar com a Natureza”, que decorrerão no Centro Cultural Municipal, entre outras actividades ao longo do dia. No sábado destaque para um Concurso de Fotografia, sob a temática do Fascínio das Plantas, e a abertura da exposição “Plantas Comestíveis e Plantas Tóxicas”. A meia da manhã haverá uma saída de campo para recolha e observação de plantas, enquanto ao início da tarde haverá um painel/debate sobre temas 10
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como “Plantas e Frutos Silvestres Comestíveis”, por José Ribeiro, docente da UTAD, e “O Cardo como Estrela”, por Paulo Barrocosa, docente da Escola Superior Agrária de Viseu. Para domingo está agendado o VI Capitulo da Confraria da Urtiga, com a cerimónia de entronização de novos confrades, nos Paços de Município de Fornos de Algodres, a que seguirá um desfile das Confrarias presentes pelas ruas da Vila, o workshop “Cozinhar com Urtigas”, por Manuel Paraíso, no Centro Cultural Municipal, a que seguirá um almoço de confraternização das Confrarias, com surpresa urticante.
De 7 a 15 de Junho em Santarém
Vinícola de Nelas SA.
Produção nacional em destaque na Feira Nacional da Agricultura A Feira Nacional da Agricultura, que se realiza em Santarém de 07 a 15 de Junho, vai decorrer este ano sob o lema da Produção Nacional, apostando no convite aos consumidores para “comprarem o que é português”. Assumindo-se como o maior certame a nível nacional dedicado ao sector, a Feira Nacional da Agricultura, que se realiza em Santarém desde 1963, volta este ano a crescer em número de expositores, suplantando os 550 do ano passado, e espera voltar a bater o recorde de visitantes. Luís Mira, secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e administrador do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), que organiza o certame, disse que, além do cariz fortemente profissional, esta é uma feira “que se preocupa com os consumidores”. “Este ano determinámos a promoção da produção nacional como uma das principais preocupações”, por ser “importante para o sector sensibilizar os consumidores a comprarem o que é português”, disse Luís Mira, frisando que ajudar os produtores portugueses é ajudar “uma cadeia toda ligada à produção”. “Criam-se postos de trabalho e reduzem-se as importações. É disso que a economia portuguesa necessita”, afirmou, realçando ainda a presença, pela terceira vez, das grandes superfícies e o reforço da banca, “o que demonstra o bom momento que a agricultura está a atravessar”. Luís Mira afirmou que o certame volta, também, a ser palco para a divulgação da inovação no sector, com a realização de demonstrações ao vivo, com trabalhos na terra num espaço dotado de um pequeno auditório ao ar livre para os visitantes assistirem. Lembrando que o certame se associou à Feira do Ribatejo, que este ano completa 61 anos, o administrador do CNEMA frisou que esta vertente mais popular continua a estar presente. A aposta é, por isso, num “cartaz forte”, que levará a Santarém Pedro Abrunhosa & Comité Caviar (07 de Junho), David Antunes & Midnight Band (09), GNR (13) e Anselmo Ralph (14), além das tradicionais largadas de toiros, desfiles e provas de campinos, actividades equestres, demonstrações de escolas de toureio, treino de forcados, provas de velocidade, perícia e condução de cabrestos, exibições de folclore e música tradicional e popular. O certame, que comemora 20 anos no espaço do CNEMA, integra o “Salão Prazer de Provar – que agrega o Salão Nacional do Azeite, o Salão Nacional da Alimentação e o Festival Nacional do Vinho – a Fersant - Feira Empresarial da Região de Santarém, organizada pela Associação Empresarial da Região de Santarém, a “Lusoflora de Verão”, promovida pela Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais e as “Conversas de Agricultura”. Seminários, colóquios, apresentações de produtos e demonstrações, um espaço de exposição dedicado à iniciativa “Portugal Sou Eu”, que valoriza a produção nacional, a prova e venda dos produtos tradicionais premiados nos concursos que decorrem entre Dezembro e Maio no CNEMA são outras iniciativas, num certame que se tornou ponto obrigatório “na agenda política e económica durante nove dias, contribuindo para efectuar um balanço dos programas e das políticas para o sector agrícola”.
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Empresa foi criada em 1939
Vinícola de Nelas comemora ‘bodas de diamante’ das, tínhamos lá seis milhões de garrafas cheias e vendíamos cerca de um milhão e meio de litros por mês. GR: Recuperar esse mercado é complicado? RLH: Angola, para grandes volumes, está dominada por algumas empresas, e isso hoje não está ao nosso alcance. GR: Hoje a Vinícola de Nelas está na ribalta, com prémios internacionais? RLH: É verdade. O Quinta das Estrémuas Touriga Nacional 2008 recebeu recentemente duas medalhas de prata, uma no Brasil e outra em Itália, prova de que tem uma qualidade muito acima da média dos vinhos DOC do Dão.
A Vinícola de Nelas, um dos mais prestigiados agentes da Região Demarcada do Dão, está a comemorar as ‘bodas de diamante’, num período em que o sector do vinho atravessa algumas dificuldades. Fundada em 1939, desde o início que se dedicou ao comércio de vinhos. Foi, nos anos 70, uma das maiores empresas portuguesas exportadoras de vinhos, nomeadamente para os mercados africanos. A partir de 1990, após a construção de uma nova adega para vinificação, começou a produzir, a partir de uvas próprias adquiridas a agricultores da região, os seus próprios vinhos com denominação de origem Dão. A Vinícola resistiu no tempo, atravessou momentos difíceis, como em meados da década de 70 do século XX, e continua viva, a produzir vinhos que continuam a ser reconhecidos não só pelo mercado, mas também nas várias medalhas conseguidas em diferentes concursos nacionais e internacionais. Para o administrador da Vinícola de Nelas foram 75 anos com “períodos melhores e piores”. Rui Luís Henriques mostra-se confiante no futuro, numa altura em que o mercado vive períodos difíceis. Ainda assim, 2013 foi um ano bom para a Vinícola de Nelas. 12
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Gazeta Rural (GR): Que balanço de 75 anos Rui Luís Henriques (RLH): 2014 é um ano importante para a empresa, que comemora ‘bodas de diamante’. Criada em 1939, a Vinícola de Nelas aproveitou, inicialmente, a os tempos da guerra para exportar vinhos para as tropas. A empresa começou ao lado da estação de caminho-de-ferro de Nelas, onde tinha um cais para carregar os vinhos. Nesse tempo o vinho tirava-se de casa dos agricultores por esta altura e era transportado em carros de bois, para aproveitar os caminhos mais secos. Os tempos eram outros. A evolução foi muito grande. Hoje produzimos o vinho quer das nossas vinhas quer pela aquisição de uvas, quando naquela época íamos buscar o vinho que já estava feito a casa dos agricultores. Durante estes 75 anos houve períodos melhores e piores. Vivemos uma época difícil após 25 de Abril, quando, com a descolonização, ficámos privados das nossas instalações em Angola de um dia para o outro, situadas no porto de Luanda. Era uma forma de escoamento significativa dos nossos vinhos, o que nos trouxe alguns problemas, nomeadamente de ordem financeira. Para terem uma ideia, quando as instalações começaram a ser bombardea-
GR: Como está, neste momento, o sector do vinho? RLH: Esta a atravessar um período complicado e com alguns problemas. É preciso definir muito bem o target’ e o tipo de vinho. No segmento dos vinhos mais baratos está muito complicado, com um decréscimo muito grande na venda em garrafa, com as pessoas a optarem pelo bag-in-box. Não é fácil, pois é um mercado de preço, embora se venda aquilo que as pessoas procuram. Isto acontece não só em Portugal, como no resto da Europa. Nos vinhos intermédios a guerra na estante é muito grande, para além de uma quebra significativa no consumo. Por sua vez, nos vinhos de alta qualidade a quebra é substancialmente menor. GR: E o mercado da exportação? RLH: Não é muito diferente daquilo que se passa em Portugal. A maioria do consumo de vinho é na Europa. Depois há um ou outro mercado que tem vindo a aumentar o consumo. Nós exportamos para os Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Brasil, Suíça e Angola, os países que levam mais vinho português. Nos Estados Unidos e Canadá há até algum crescimento. Angola está estável, tal como no Brasil. A China está a importar menos vinho português, pois quem tem muito dinheiro compra vinho francês. GR: E o mercado nacional? RLH: Houve uma pequena quebra no início do ano, mas não nos podemos queixar de 2013. Foi um ano bom, em que aumentamos as vendas.
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Quinta Holminhos é parceira portuguesa no projecto
Tecnologia de detecção de odores em rolhas de cortiça
Investigadores europeus reuniram-se em Barcelona para desenvolver um sistema que permitirá às empresas produtoras de vinho um melhor controlo sobre o gosto a rolha nos vinhos. Este problema provoca enormes prejuízos no sector vinho e este factor tem impacto negativo nos produtores de cortiça. Como a cortiça continuará a ser a escolha preferida, quer de produtores de vinho quer de consumidores, o sucesso é altamente aguardado por todos os mercados envolvidos. O sistema conhecido como Encork, será baseado na tecnologia de detecção de odor aplicada com sucesso em narizes electrónicos que permitem a detecção de concentrações muito
baixas de Compostos Orgânicos Voláteis (VOC). Usar um nariz electrónico para detectar a presença de contaminantes nas rolhas de cortiça permitirá a separação das contaminadas antes de entrarem no sistema de engarrafamento. A base tecnológica para o Encork já existe, mas é necessário melhorar o custo de instalação e a velocidade da operação, adaptando-os à aplicação. Esta tecnologia poderá ser aplicada em linhas de engarrafamento, testando cada rolha individualmente antes da sua inserção e descartando aquelas que têm níveis inaceitáveis de contaminantes. Na produção de rolhas de cortiça, poderá ser usado para verificação individual das rolhas. Isto permitirá a criação de uma nova categoria de produtos de valor acrescentado. Investigadores das entidades Soluções Ateknea, Instituto Catalão da Cortiça e a Universidade de ‘Roma Tor Vergata’ estão a iniciar dois anos de investigação científica, validação e demonstração do Encork. Estes investigadores referem-se ao Encork como o primeiro e mais preciso nariz electrónico para detectar haloanisois. Esta pesquisa contará com o apoio financeiro da União Europeia e o apoio técnico da Innosensor, da Società Agricola Paltrinieri e da Provincia di Modena, na Itália, Szervin, na Hungria, e Quinta Holminhos, em Portugal. Juntas, as empresas participantes beneficiarão de fundos públicos no valor de 900.000 € ao longo de 24 meses.
Holminhos: Um vinho do Douro Superior Situada em Vila Flor, a Quinta Holminhos é uma empresa familiar que nasceu nos anos 90, partindo de uma longa tradição de exploração de produtos agrícolas. Os vinhos da marca Holminhos, registada em 2003, chegaram ao mercado no ano seguinte, com um Holminhos Tinto. Actualmente tem no mercado Colheitas, rosé, branco e tinto, como entrada de gama, e Reservas, branco e tinto, produzindo, em todas as gamas, 30 a 40 mil garrafas de vinho por ano. A propriedade tem cerca de 40 hectares, 12 dos quais de vinha, onde predominam as castas Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca, mas também olival. Localizada na freguesia de Seixo de Manhoses, Vila Flor, em pleno Douro Superior, é favorecida pela singularidade e microclima próprio, cujas virtudes naturais conferem aos seus vinhos uma personalidade única e inconfundível. Vítor Teixeira é o proprietário da quinta e, à Gazeta Rural, diz que a última vindima “foi boa, em qualidade, não tanto em quantidade, já que houve uma quebra na produção de uvas”. Mas, sublinha, “o produto final está bom e é isso que interessa”. O produtor vai estar presente no Festival do Vinho do Douro Superior’, evento que diz ser “uma mais-valia para os vinhos da região” que “estava um pouco esquecida”, mas que, nos últimos anos, “tem vindo a produzir vinhos de excelência”. O festival, acrescenta o produtor, “ajuda a que os produtores e os seus vinhos sejam mais conhecidos no mercado”. A Quinta Holminhos é a única empresa portuguesa envolvida num projecto comunitário de investigação, que está a desenvolver um sistema que permitirá às empresas produtoras de vinho um melhor controlo sobre o gosto a rolha nos vinhos (ver texto anexo). Segundo Vítor Teixeira, a ideia é “desenvolver um equipamento para colocar nas linhas de engarrafamento, que vai detectar o odor (vulgo TCA) na rolha infectada e rejeita-a”. Os vinhos deste produtor já receberam vários prémios, com destaque para a medalha de ouro ao Reserva tinto de 2011, feito com as castas Touriga Franca e Touriga Nacional. Já o mesmo vinho da colheita de 2009 tinha recebido o mesmo galardão num concurso internacional em França. Em 2014, valeu-lhe a medalha de Ouro, em Lyon. 14
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Numa das maiores edições de sempre
Gala premiou os melhores vinhos verdes Os cinco melhores vinhos verdes da colheita 2013 são das castas alvarinho, Dom Ponciano e Via Latina, avesso, Quinta das Almas e Quinta de Linhares, e loureiro, Casal de Ventozela, segundo foi anunciado, no Porto. A eleição dos melhores vinhos verdes é uma iniciativa anual da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) e os vencedores deste ano foram conhecidos durante um jantar-gala que reuniu cerca de 400 convidados no Palácio da Bolsa, no Porto. Os cinco melhores ficaram com os prémios Best Of, a categoria mais alta deste concurso, e foram escolhidos por um “júri internacional composto por especialistas provenientes dos principais mercados de exportação”, de acordo com a CVRVV. O concurso premiou com ouro 12 colheitas seleccionadas pelos jurados nacionais de entidades como a Associação de Escanções de Portugal, Comissões Vitivinícolas de várias regiões e a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte. Nessa categoria, destaque para a Quinta da Lixa, da sub-região do Sousa, com quatro distinções douradas (branco, vinhão, loureiro e alvarinho). A Casa de Vilacetinho recebeu dois prémios ouro pelos seus Colheita Seleccionada alvarinho e azal. Os restantes prémios foram para os vinhos Praça de S. Tiago - Colheita Seleccionada Espadeiro”, Quinta de Linhares-avesso, Quinta da Levada-azal, Alvaianas, Adega Velha e Conde Villar. Foram ainda premiados com prata onze vinhos de castas como o vinhão, alvarinho, arinto, avesso”, loureiro e trajadura. Numa das maiores edições de sempre - com 237 marcas inscritas a concurso -, “os “Melhores Verdes 2014” premeiam
com prestígio e promoção nacional e externa as colheitas mais representativas da maior região vinícola de Portugal e uma das maiores da Europa”, referiu a CVRV. A edição deste ano registou uma grande participação de vinhos monovarietais, embora os lotes predominem como acontece, tradicionalmente, na Região. A Comissão realça que “os vinhos seleccionados no “Best Of” serão os embaixadores do Vinho Verde nas principais acções internacionais, nomeadamente, nas degustações realizadas em mercados estratégicos como o Brasil, EUA, Canadá, Suíça, Suécia, Reino Unido e Alemanha”. As categorias “Ouro” e “Prata” atestam o reconhecimento de um painel de provadores nacionais, após análise sensorial numa sala de prova tecnicamente preparada para o efeito. Há mais de 25 anos que a Região distingue as melhores colheitas em prova cega. “Estamos a colher os frutos das centenas de hectares de novas vinhas em que a Região vem investindo, numa média de 800 hectares por ano. As novas vinhas estão a produzir vinhos fabulosos que reforçam muito a capacidade exportadora do Vinho Verde “, refere o presidente da CVRVV. Mas para Manuel Pinheiro é preciso ir mais longe e apostar-se numa “viticultura moderna e competitiva” e no “aumento da produção”, porque a procura deste vinho mantém-se em alta, sobretudo fora do país, e “os stocks da região estão praticamente a zero”. “Em 2000, as exportações representavam 15% do total de vinho verde produzido. Em 2013, representaram quase 40%”, assinalou, depois de observar que o mercado interno estagnou. A CVRVV pretende conquistar “um novo mercado”, que “pode ser no Oriente”, em países como o Japão ou Singapura, ou na América Latina, sendo a Colômbia uma possibilidade.
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Com a organização da Fundação Coa Parque, de 30 de Maio a 01 de Junho
‘Festival do Vinho do Douro Superior’ em Vila Nova de Foz Côa
Está aí mais uma edição do ‘Festival do Vinho do Douro Superior’, que vai decorrer de 30 de Maio a 1 de Junho em Vila Nova de Foz Côa, a “capital do Douro Superior”, que desta forma reforça a sua aposta na valorização e promoção da sub-região vínica e nos seus demais sabores e produtos autóctones. Com a organização da Fundação Coa Parque, em colaboração com a Câmara de Vila Nova de Foz Côa, este é um evento multifacetado – pelo carácter profissional em torno do vinho, mas também pela sua vertente de festa popular, que se desenrola em paralelo – e que assim se destina a um público muito vasto. No que toca ao elemento protagonista do Festival, para além da Feira de Vinhos e Sabores no ExpoCôa – prova de vinhos gratuita e possibilidade de aquisição dos mesmos a preços especiais –, voltam a ter lugar as Provas Comentadas por Especialistas (três de vinhos e uma de azeites), o Concurso de Vinhos do Douro Superior e o Colóquio, cujo tema deste ano é “O Douro Sustentável: Vinho e Turismo”, uma realidade por muitos identificada, mas por poucos trabalhada. A novidade deste ano passa
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por um Jantar Vínico que se vai realizar na sexta-feira, dia 30, às 21,30 horas, no restaurante do Museu do Côa, com a presença de vários produtores e grandes vinhos do Douro Superior. O acesso a todas as actividades anteriormente mencionadas implica inscrição prévia, uma vez que os lugares são limitados. O jantar é a única actividade que terá um valor associado. A cidade de Vila Nova de Foz Côa vai ser palco de muita diversão e várias demonstrações artísticas ao longo dos três dias: números de magia, malabarismo, intervenções de teatro de rua, percussão tradicional portuguesa e um concerto de música ao vivo no Sábado à noite. Esta edição do ‘Festival do Vinho do Douro Superior’ mantém o objectivo de afirmar a sub-região do Douro Superior como produtora de vinhos de qualidade e com identidade e carácter próprios, capitalizando para o aumento da notoriedade de ambos: território e vinhos. Integram este certame produtores de Vila Nova de Foz Côa, mas também dos concelhos vizinhos: Carrazeda de Ansiães, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Mêda, São João da Pesqueira e Torre de Moncorvo.
Mateus Nicolau de Almeida é o “Produtor Revelação do Ano”
Na Muxagata “a inovação não vem sem tradição”
Os vinhos Muxagat resultam de um projecto iniciado em 2003, na aldeia de Muxagata, próximo de Vila Nova de Foz Côa, e que nesta altura produz cerca de 45 mil garrafas por ano, num portefólio de seis vinhos diferentes, com rosé, tintos e brancos, que, para além do mercado nacional, são exportados para os EUA, Canadá, Brasil, Inglaterra, Angola, Espanha, Itália e Dinamarca. A qualidade dos vinhos da Muxagat é reconhecida, tendo o actual proprietário, Mateus Nicolau de Almeida, em Janeiro deste ano, recebido a distinção de “Produtor Revelação do Ano”, o que comprova o trabalho que tem vindo a desenvolver, fruto dos ‘genes’ de família que transporta, pois o avô e o pai foram, durante muitos anos, produtores de vinho do Douro e do Porto. O produtor considera, por isso, que na produção de vinhos “a inovação não vem sem tradição”. A ideia essencial da Muxagat baseava-se na experiência acumulada e no respeito pela tradição na produção de vinhos no Douro Superior, procurando conferir-lhes “algo de novo”, refere o produtor, que aproveitou a experiência de cinco anos a trabalhar no estrangeiro, nomeadamente em França, e aplicar alguns dos conhecimentos adquiridos. Assim, a ideia assenta desde logo numa aposta de explorar a produção em modo biológico, quer na vinha, quer na adega, valorizando o produto original. Mateus Nicolau de Almeida não tem a preocupação de produzir Reservas, mas sim vinhos diferentes, mais frescos, sem controlo de maturação, dando-lhes tempo e deixando-os respirar. Estes vinhos são prensados na tradicional prensa vertical, ficam dois anos a estagiar em toneis de dois mil litros e em cubas de cimento de forma oval, o que faz com que a madeira não esteja muito presente, conferindo-lhe elegância. Os diferentes tipos de vinho da Muxagat são o resultado das várias quintas onde é produzido, com vinhas a 200 metros de altitude, outras a 300 (Muxagata) e outra ainda a 600 metros (Poço Gato, perto de Mêda).
Segundo Mateus Nicolau de Almeida, “há um novo tipo de consumidor que quer e gosta de experimentar vinhos diferentes”, para além de que, adianta, o mercado de exportação “não é pêra doce”, pois “lá fora há muitos e bons vinhos e não é brincadeira concorrer com eles”. É que, sublinha o produtor, “não basta dizer que os vinhos portugueses são os melhores”, porque a Austrália, o Chile, a França ou Itália “tem muitos e bons vinhos”, a questão é que falta marketing, pois, “às vezes, saberem onde é o Douro já é uma sorte”. Neste momento o produtor prepara-se para lançar o novo Cisne, um vinho feito com as castas Rabigato e Tinta Cão, vinificadas ao mesmo tempo e com três anos de estágio em cacos velhos, o que lhe irá conferir e proporcionar elegância na boca. Numa região onde predominam grandes, mas também pequenos produtores, Mateus Nicolau de Almeida considera isso “muito importante”, referindo que “os pequenos são fundamentais para demonstarem que é possível criar alguma diversidade nos vinhos e com características próprias”. Trata-se “de um trabalho longo e caro, mas que tem ser feito”, sustenta o produtor.
Uma experiência eno-gastronómica para saborear o melhor do concelho de Sintra
III Almoço de Colares no Tivoli Palácio de Seteais decorre a 20 de Maio O Tivoli Palácio de Seteais e a Câmara de Sintra, com o apoio da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa, promovem uma vez mais o reconhecido Almoço de Colares, um evento bienal que celebra a sua terceira edição. Com data marcada para o dia 20 de Maio, esta experiência enogastronómica combina a riquíssima colecção de vinhos da Adega Regional de Colares com o melhor da cozinha portuguesa, no histórico cenário do Tivoli Palácio de Seteais. A ementa do almoço é da responsabilidade do chef Luís Baena em conjunto com o enólogo Aníbal Coutinho, que apresentarão cada prato e cada vinho respectivamente, fazendo a paridade entre ambos. Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, também marcará presença neste almoço, dando continuidade ao trabalho do executivo para a promoção de Sintra enquanto destino turístico de eleição. O III Almoço de Colares define-se como uma experiência única e intensa que demonstra o que de melhor existe no concelho de Sintra. Aqui tudo se conjuga para um almoço onde a gastronomia, o vinho e a tradição se unem para um momento inesquecível. www.gazetarural.com
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Um importante passo no portefólio da Sogrape Vinhos
Quinta dos Carvalhais Reserva Branco é a nova pérola da região do Dão A Quinta dos Carvalhais, verdadeiro “laboratório” da Sogrape Vinhos na região do Dão, acaba de dar um importante passo no seu portefólio com o lançamento de Quinta dos Carvalhais Reserva Branco 2010, colocando os seus vinhos brancos num patamar de excelência até aqui inalcançado. “Trata-se de aprofundar e aprimorar as experiências que têm vindo a ser feitas na Quinta dos Carvalhais, de recuperar os velhos hábitos do Dão no que se refere ao estágio de vinhos brancos em velhos tonéis de carvalho”, explica Beatriz Cabral de Almeida, a nova enóloga da Quinta dos Carvalhais, sublinhando assim que este primeiro Reserva se pode considerar uma sequência lógica, embora mais experiente e exigente, do Colheita Seleccionada de 2004 (lançado em 2007) – também ele um branco marcado por um longo estágio em barrica que lhe conferiu uma complexidade aromática notável e se revelou uma agradável surpresa. A gama de vinhos brancos de Carvalhais fica agora mais completa, arrancando com o clássico Duque de Viseu, prosseguindo com o aplaudido Encruzado e culminando para já neste Reserva, uma verdadeira nova pérola que a região do Dão e a Quinta dos Carvalhais exigiam. Para este Reserva Branco foram escolhidas as melhores uvas de Encruzado e Verdelho da Quinta, vindimadas para pequenas caixas de 20 quilos. A vinificação e maturação foram processos extremamente cuidados, culminando com um estágio de cerca de 36 meses em barricas de 225 litros de carvalho francês e russo, com diferentes graus de utilização. Depois, coube a Beatriz Cabral de Almeida seleccionar, com todo o rigor, os vinhos que melhor se adaptaram para integrar o lote final. 6.800 garrafas excepcionais O resultado chega agora aos consumidores mais conhecedores e exigentes na forma de um vinho excepcional, com uma cor amarelo palha, clara e brilhante. Com uma boa intensidade aromática, revela notas de biscoito de manteiga, frutos secos e mel, bem como toques minerais e algum vegetal, conferindo frescura e complexidade ao lote. O volume de boca, o aroma da barrica de carvalho onde estagiou e novamente as notas de frutos secos e mel, estão perfeitamente equilibrados com a acidez muito viva. É um vinho austero e elegante, que termina num final longo e delicado. O Quinta dos Carvalhais Reserva Branco 2010, do qual foram produzidas 6.800 garrafas, é um vinho altamente gastronómico, com lugar apetecível nas listas dos melhores restaurantes, combinando com uma cozinha criativa que pode incluir desde trufas brancas, numa versão mais contemporânea, ou um cabrito assado, numa apoteose mais regional. Quanto a mais novidades da Quinta dos Carvalhais, Beatriz Cabral de Almeida deixa apenas uma ideia feita desejo no ar: “Vontade de colocar o Dão na moda não nos falta!”. 18
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Sob o comando do Chef Diogo Rocha
Restaurante ‘Mesa de Lemos’ já abriu ‘Mesa de Lemos’, o restaurante da Quinta de Lemos, em Viseu, já abriu ao público sob o comando do Chef Diogo Rocha. Em perfeita harmonia com a natureza, as vinhas da Quinta e a tranquilidade das paisagens do Dão, o restaurante ‘Mesa de Lemos’ oferece aos seus clientes uma gastronomia com produtos regionais trabalhados com imaginação e em plena comunhão com as técnicas da cozinha moderna num espaço de excelência, sofisticado, moderno e acolhedor. Inserido no Edifício de Lemos, espaço nomeado este ano para os prémios internacionais do ArchDaily (o mais popular site de arquitectura do mundo), entre os cinco melhores do mundo, o restaurante funcionava até há pouco tempo apenas para convidados da Quinta de Lemos. Este mês abriu as portas ao público, mediante reserva, apenas para jantares às sextas-feiras e sábados, onde os vinhos da Quinta de Lemos são harmonizados com a carta proposta. O Chef Diogo Rocha, natural da região, assume o comando da cozinha do restaurante ‘Mesa de Lemos’ para levar a cabo um projecto de gastronomia sustentável baseado em sabores nacionais e da época, onde a principal preocupação são os ingredientes: mantê-los no seu estado mais puro e natural e levá-los à mesa com os sabores mais genuínos. Para o restaurante ‘Mesa de Lemos’ o Chef preparou uma ementa que apela não só ao sabores e aos produtos da região, mas também de todo o país: “Da Quinta de Lemos…as ervilhas”, “Do Algarve…o Lavagante”, “De Vouzela…a vitela de Lafões”, “Da Serra da Estrela…o queijo”, “Das águas do mar de Peniche…a Dourada”, “Das Berlengas… os percebes”, “Do Rio Mondego…o arroz”, “Do Caramulo…o cabrito” são exemplos de pratos que trazem até à ‘Mesa de Lemos’ o mar, a terra, o rio e a serra”. A carta de vinhos do restaurante é composta pelos vinhos da Quinta de Lemos, estando previsto o alargamento da carta a selecções do enólogo residente da Quinta de Lemos, Hugo Chaves, oriundos de outras regiões.
Pierre de Lemos, responsável da Quinta de Lemos, assume que “a abertura do restaurante ao público é mais uma forma de apresentarmos, agora pela via da gastronomia, a filosofia da Quinta que assenta essencialmente na natureza. Em tudo o que fazemos, a natureza e preservação do estado natural das coisas são as premissas que nos garantem que temos um produto de qualidade e coerente com aquilo em que acreditamos. O restaurante ‘Mesa de Lemos’ utiliza muitos ingredientes que são produzidos na propriedade e todo o conceito apela à selecção de produtos de elevada qualidade”. O Chef Diogo Rocha trabalha na área da cozinha profissional, desde cedo, estudou no Curso de cozinha e Pastelaria de Coimbra, é licenciado em produção alimentar e restauração, e está, neste momento a finalizar a tese sobre produtos da Serra da Estrela do Mestrado de Sustentabilidade de Turismo no ESTH. Profissionalmente passou por projectos tão diversos como o Encontrus (catering), restaurante Terreiro do Paço, Villa Joya e Valle Flor - como estagiário; em 2008 entrou para o grupo Dão Sul e um ano depois assume a chefia executiva de todo o grupo com três espaços de restauração: Quinta de Cabriz, Quinta do Encontro; Paço dos Cunhas de Santar. Desde 2009 faz parte do corpo docente da Escola Superior de Turismo de Seia, dando a cadeira de Gastronomia e Enologia. A Quinta de Lemos nasceu em meados dos anos 90 pela mão de Celso de Lemos, com o sonho de criar vinhos exclusivos. Um vinho dedicado aos seus amigos mais próximos e à família, que sirva para unir as pessoas em torno de boas conversas e que reforce a ligação entre as pessoas. A quinta encontra-se no vale do Dão, escondida numa altitude de 340m, onde se encontram 25 hectares de vinha e 3000 oliveiras, num total de 25ha de terreno. A Quinta de Lemos possui vinhos típicos do Dão desde 2005, tendo já vinhos premiados internacionalmente. www.gazetarural.com
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‘Agarrado’ por Catarina Castro para o regresso à terra
“Do azeite vem riqueza e do vinho a nobreza” é lema na Quinta do Lubazim O casal Catarina e José Manuel Pizarro Castro, após vários anos a viver e trabalhar em Lisboa em empregos estáveis e apetecíveis, decidiram um dia largar a cidade e deitar mãos aos hectares de vinha, na família há três gerações, situados em Vila Flor. Para Catarina, pessoa “bastante idílica e bucólica”, como se descreve, foi-lhe fácil e achou interessante a ideia de regressar à terra, na “arte de empobrecer alegremente”, partindo do velho ditado que diz: “Do azeite vem riqueza e do vinho a nobreza”. Este morgadio, já existente na altura da Batalha da Aljubarrota, pertencente aos ‘Castros’, manteve-se até hoje nas mãos da família, mas há mais de 40 anos que ninguém habitava a casa de família. Até pouco depois do 25 de abril, a quinta produzia, e dava lucro, com a exploração do azeite, uma vez que era tratada e explorada pela GNR. Os 80 hectares de vinha velha foram dividida pelos quatro irmãos e Catarina, beirã de gema e orgulhosamente assumida, ficou com os seus 20 hectares, adquirindo outros tantos, metade dos quais já plantados com vinha nova, instalada com as mais modernas técnicas, um pouco à moda da Taylor’s, que , segundo Catarina Castro “parece a supra-sumo em vinhos”, e, por tal razão, mantém uma boa relação com os ingleses que continuam a fazer vinhos do Porto. Neste momento, a Quinta de Lubasim, produz cerca de 25 mil garrafas e a produção é adequada à expansão e procura do mercado. Lubazim era um vale no tempo dos romanos, que vai até Freixo de Numão, com uma urografia muito interessante, pois não é uma quinta a pique. Catarina Castro refere ter “assumido o registo das duas marcas, (Lupucinus e Quinta do Lubazim); Lupucinus, vem do Latim... lupus, significa lobo e cinus… pequeno”. O nome, diz, “com uma tradição latina e itálica torna-se muito interessante para os mercados mais exigentes”. O Lupucinus começou a fazer história quando fez um ‘brilharete’ na China. Tem uma qualidade inquestionável e um preço atractivo, o que o torna apetecível junto do consumidor. Nesta altura Quinta do Lubasim aposta nos mercados nórdicos (Suécia, Noruega e Finlândia) e desde há algum tempo que mantêm uma parceria com a Holanda. Os mercados alvo são a China e o Canadá. Além disso, fizeram recentemente uma
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parceria com Robert Singerman, que vive em Nova Iorque e pretende aliar o vinho à música. Para Catarina Castro, “o Douro Superior acordou tarde. São vinhos completamente diferentes da Régua e da Pesqueira, pois, pelo próprio clima e pelo trabalho extra que exigem, tornam-se menos apetecíveis ao marketing”. Quanto ao evento em Foz Côa, diz que “todos os festivais são importantes, pela visibilidade que dão aos vinhos e, por isso, neste caso faz sentido para a região, tornando-se um mais-valia e a região revê-se no festival”. Aliás a produtora diz ser “uma fã incondicional do Douro Superior”, pois “fazem-se coisas muito boas e de grande qualidade como o azeite, a amêndoa, os vinhos, além de outros produtos. Quanto ao futuro, a produtora de Vila Flor sustenta a necessidade “de se perceber a apetência dos mercados e estar atenta aos seus nichos”. Para isso, considera que “trabalho, qualidade e coerência são fundamentais”.
De 7 a 10 de Junho
Artesanato e cabrito assado para atrair visitantes ao Caramulo Numa iniciativa da Confraria Gastronómica do Cabrito e da Serra do Caramulo e da Freguesia do Guardão, com o apoio da Câmara de Tondela, vai decorrer no Caramulo, de 7 a 10 de Junho, a VIII Semana Gastronómica do Cabrito e da Serra do Caramulo, em simultâneo com a XV Feira de Artesanato e Produtos Locais. Estes eventos visam atrair visitantes à serra do Caramulo, que poderão não só apreciar as belezas naturais que a mesma oferece, com paisagens luxuriantes, mas também apreciar os sabores gastronómicos da serra, com destaque para o cabrito, nos restaurantes que estarão no Pavilhão do Caramulo, mas também os aderentes à iniciativa espalhados pela serra. Uma das novidades da edição deste ano são as sessões de show-cooking ao vivo, que não contarão com nomes sonantes, mas com chefs ou cozinheiros dos restaurantes da região, permitindo-lhes mostrar os seus dotes culinários, os produtos regionais, mas especialmente as iguarias que oferecem a quem visita a serra do Caramulo e a região. António Dias, da Confraria Gastronómica do Cabrito e da Serra do Caramulo, destaca a importância desta iniciativa. “Está na moda chamar nomes sonantes, mas nós preferimos promover e divulgar quem trabalha nos nossos restaurantes, ao mesmo tempo que divulgamos os produtos da terra e a mais genuína
gastronomia desta região”, diz António Dias. A Semana Gastronómica destaca os sabores da Serra, com o cabrito assado à cabeça. Para além deste prático típico, António Dias destaca “a Padela Serrana, uma chanfana que é um prato transversal a toda a região centro, mas que na serra do Caramulo tem a particularidade da batata e da carne serem assadas juntas, o que não acontece noutros lugares.
Numa região onde predominam as pequenas explorações familiares, com cerca de uma a duas dezenas de animais, e apesar do ‘duro golpe’ que foram os incêndios do ano passado que afectaram as populações da Serra, onde a criação de animais, nomeadamente de caprinos, é um dos meios de subsistências de quem por lá resiste, não faltará cabrito nos restaurantes aderentes à iniciativa.
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Não faltará na festa a realizar de 6 a 8 de Junho
Produção de cereja em Alfândega da Fé com quebras de 50 por cento
A produção de cereja no concelho de Alfândega da Fé vai sofrer, este ano, uma quebra de 50 por cento na sua produção devido as condições climatéricas adversas verificadas no período de florações durante o mês de Abril. “A nossa expectativa é que haja uma quebra que ronde os 50 por cento da produção de cereja”, adiantou o presidente da Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé (CAAF), Eduardo Tavares. Segundo o dirigente, as condições climatéricas estão e melhorar, havendo a previsão de que a cereja “que vingou” será de boa qualidade e suficiente para abastecer os visitantes que desloquem à feira anual da cereja agendada para seis a oito de Junho em Alfândega da Fé. “No entanto, na altura da floração choveu muito e fez frio durante duas manhãs, factores que influenciaram a produção deste ano principalmente nas variedades mais temporãs”, frisou. A produção de cereja nos pomares da CAAF deverá chegar às 40 toneladas, o que num ano normal poderia atingir as 80 a 100 toneladas com facilidade, o que seria uma produção normal para os cerca de 40 hectares de cerejeiras propriedade da cooperativa.
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“Há dois anos chegámos a colher cerca de 60 toneladas de cereja e, no ano passado, pouco passou das 20 toneladas”, apontou Eduardo Tavares. Esta quebra vai-se reflectir na economia do concelho, principalmente junto de uma entidade como CAAF, que produz cerca de 90 por cento da cereja do concelho. A cooperativa local é a maior produtora de cereja do concelho, tendo a maior mancha de pomares, embora este não seja o produto agrícola com maior peso no seu negócio, lugar ocupado pelo azeite, que é o principal motor económico. Para Alfândega da Fé, a cereja que tornou-se na imagem de marca do concelho, servindo inclusive de símbolo no logótipo municipal. Nas décadas de 80 e 90 do século passado, a cereja chegou a rivalizar com o azeite e a amêndoa, em peso económico, e parte da produção era exportada, chegando a servir de recheio aos conhecidos bombons de chocolate “Mon Chéri”. Após esta década de ouro, os sucessivos maus anos agrícolas têm provocado prejuízos junto dos produtores do concelho nordestino, que é na região o maior produtor deste fruto.
Empenho na valorização da amêndoa dá frutos
Alfândega da Fé premiada em Espanha com “Almendra de Oro” O Município de Alfândega da Fé foi distinguido, em Espanha, com o Prémio “Almendra de Oro” 2014, um reconhecimento internacional do trabalho e empenho da autarquia no apoio e incentivo dado ao sector do amendoal, mas também na implementação de medidas que permitam desenvolver e valorizar o cultivo e produção de amêndoa no concelho. A presidente da Câmara de Alfândega da Fé, Berta Nunes, recebeu o Galardão das mãos da Conselheira da Agricultura e Pescas da Junta de Andaluzia, Clara Aguilera, numa cerimónia que decorreu no Museu da Amêndoa durante o “IV Encuentro sectorial de la Almendra y del Fruto Seco”, em Zamoranos de Córdoba, uma iniciativa organizada pela empresa Francisco Morales, um dos maiores grupos espanhóis ligado ao sector agroindustrial dos frutos secos. A empresa, que também tem uma unidade no concelho de Alfândega da Fé, promove, há já quatro anos, este evento destinado a premiar os melhores entre os melhores do sector. Na altura, foi também distinguido o IFAPA, uma organização espanhola, da Andaluzia, de grande importância no sector agrário, que tem desenvolvido estudos e contribuído para a defesa e investigação na área do amendoal. A atribuição do prémio a Alfândega da Fé vai ao encontro da estratégia delineada pela autarquia, que vê na promoção e apoio à actividade agrícola local uma das formas de promover um desenvolvimento económico sustentável. Este prémio assume-se como um incentivo para que o município continue a desenvolver e a promover o sector e traduz a vontade de conti-
nuar a apostar em projectos e medidas que potenciem uma cultura com peso significativo na economia local. O esforço desenvolvido na implantação e recuperação do sistema de regadio no concelho, o apoio e a abertura manifestados pela autarquia que permitiram a instalação de um dos maiores grupos espanhóis a laborar na área dos frutos secos no concelho, mas também a dinamização de parcerias e projectos que permitam melhorar e ampliar a produção nesta área foram alguns dos factores que pesaram na atribuição da “Almendra de Oro” ao município. A autarquia trabalha, agora, no sentido de permitir a criação de uma Organização de Produtores (OP) no sector dos frutos secos, uma forma de promover o trabalho entre as organizações locais e os produtores do concelho, criando as parcerias necessárias para a promoção e dinamização do sector. Nesta linha insere-se também a parceria estabelecida entre a Cooperativa Agrícola, instituições de ensino superior da região (IPB e UTAD) e AmêndoaCoop - Cooperativa de Produtores de Amêndoa de Torre de Moncorvo, que vai permitir a instalação de campos de ensaio de amendoal. Trata-se de um investimento de cerca de 450 mil euros resultante de uma candidatura a fundos comunitários (PRODER), que vai impulsionar a investigação nesta área. Esta foi a forma encontrada para responder à necessidade de modernização e reconversão da cultura e práticas agrícolas, indo ao encontro das necessidades dos agricultores ao mesmo tempo que se contribui para optimizar e melhorar a produção.
Uma iniciativa da autarquia local
Mogadouro oferece sete toneladas de sementes de soja a agricultores locais A Câmara de Mogadouro começou a oferecer aos agricultores do concelho cerca de sete toneladas de sementes de soja, de forma “a impulsionar” a economia agrícola da região através do plantio daquela leguminosa. O autarca de Mogadouro, Francisco Guimarães disse que a aposta na distribuição gratuita de soja passa por “ajudar e motivar os agricultores a arranjar mais recursos para a subsistência das explorações agrícolas do concelho”. “Fazemo-lo numa altura em que a produção de leite e de cereais está a atravessar uma má fase sendo os principais motores da lavoura da região”, acrescentou o autarca. Após alguns testes já efectuados, constatou-se que no concelho de Mogadouro uma plantação de soja poderá render em média três toneladas por hectare, ou até um pouco mais. “Com a plantação de soja, vamos assim ocupar terras que por norma estavam em pousio, o que permitirá que seja feita uma colheita desta leguminosa praticamente sem haver interrupção”, constatou. Fernando Pimentel, representante da Bioplanalto, um agrupamento de agricultores da região do Planalto Mirandês, concorda que a plantação de soja nos terrenos agrícolas da região “poderá ser uma boa aposta”. “Fizemos um ensaio de plantação de soja já no ano passado e depressa nos interrogámos por que razão não se plantava soja na nossa região, sendo um produto agrícola rentável e com escoamento garantido já que os resultados do teste foram razoáveis”, explicou. Há cerca de um ano que o projecto está em fase implementação e, até ao momento já aderiram cerca de 30 produtores do concelho de Mogadouro, considerado um dos maiores na produção agrícola na região nordestina. “Achamos que é possível que a região possa vir a produzir soja. Pedimos o apoio da Câmara, que foi importante, já que se trata de sementes seleccionadas e caras e, sem essa ajuda, o projecto poderia ser posto em causa”, observou Fernando Pimentel. No concelho nordestino já foram plantados cerca de 50 hectares de terrenos com soja, esperando o agrupamento de produtores ocupar até ao final de Maio cerca de 150 hectares. “Se a ideia da plantação de soja não vingar, o concelho de Mogadouro e a região do Planalto Mirandês ficarão parados em termos agrícolas”, enfatizou o também agricultor e produtor pecuário. A Bioplanalto já encetou conversações com empresas especializadas, assegurando os seus responsáveis “que o escoamento do produto está garantido”, sendo destinado à produção de biodiesel e rações para o gado. Nesta primeira fase os agricultores receberam acompanhamento técnico especializado.
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Custo da água e oscilações no mercado são factores de instabilidade
Área de milho quase triplicou no Alqueva A mancha verde alimentada pelas águas de Alqueva cresce à medida que novos blocos de rega vão ficando concluídos. Depois de um arranque cheio de indecisões e cepticismo, a plantação massiva de olival intensivo e superintensivo alterou, profundamente e em meia dúzia de anos, extensas áreas antes ocupadas por culturas de sequeiro. Pela primeira vez desde os anos 60 do século passado, concretizou-se o objectivo de Portugal voltar a ser auto-suficiente em azeite, mas a mancha de olival em Alqueva determinante neste objectivo que se estende por cerca de 20 mil hectares estabilizou, ao mesmo tempo que a cultura de milho se multiplica. A área semeada deste cereal passou dos 2.700 hectares em 2011 para 6.882 hectares em 2013. O presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA), José Pedro da Costa Salema, invoca as potencialidades que estão a concentrar no regadio de Alqueva o interesse crescente dos produtores de milho: abundância de terra, de água e radiação solar, elementos fundamentais para este tipo de cultura que se expressam através de “boas searas três anos seguidos” e, nalguns casos, com produtividades acima das 20 toneladas por hectare, o que “nos fez entrar no campeonato mundial” das elevadas produções deste cereal, segundo Costa Salema. Contudo, o custo da água, associado às oscilações constantes que ocorrem no mercado mundial de cereais, são factores de instabilidade que colocam dificuldades num futuro próximo à sustentabilidade da cultura. Luís Vasconcellos e Souza, presidente da Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo (Anpromis), realça o peso da cultura que já se posiciona como a “segunda maior na região do Alqueva”, onde ocupa uma área regada de 18 por cento, “superior a outras culturas arvenses” e susceptível de crescimento continuado nos próximos anos.
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Por Albergaria-a-Velha Os produtos típicos do Cantinho da Conceição
Padaria Nova Alameda com ‘gostinho’ sul-americano A Padaria Nova Alameda, já com uns anos de existência, tem uma história peculiar: há uns anos atrás, Fernando Camilo, um cidadão brasileiro, licenciado em engenharia civil, deslocou-se para a Venezuela, onde se dedicou à panificação com o seu pai. Aí, conheceu a esposa, venezuelana de gema, e decidiram atravessar o Atlântico e fixarem-se em Albergaria, onde adquiriram a Padaria Nova Alameda. Produzem pão, os famosos croissants e os apetitosos salgados. O gosto em aperfeiçoar e inovar, levou Fernando Camilo a frequentar todas as formações disponíveis no sector de panificação. Sobre o Festival Nacional do Pão, diz que “todos os eventos organizados pela Câmara para divulgar os produtos da terra são bem-vindos, pois trazem pessoas de fora e promovem o que há de bom cá na terra”.
Do gosto peculiar pelos produtos regionais de várias regiões de Portugal nutrido pela Dona Conceição, surgiu um espaço onde, quem por ali passa, até o famoso pão alentejano pode adquirir. O Cantinho da Conceição, aberto no primeiro de Dezembro do ano passado, uma vez que esta loja se encontra na rua 1 de Dezembro, em Albergaria-a-Velha, é um espaço de venda de produtos típicos de várias regiões de Portugal. Desde a louça de barro preto de Molelos, as compotas de Trancoso, a cerveja artesanal, os enchidos transmontanos, além do pão alentejano e vinhos de regiões demarcadas, um pouco de tudo se encontra neste espaço, bem decorado pela Dona Conceição. A proprietária diz que sempre teve “um fascínio por produtos típicos portugueses”. Como conhecia alguns produtores, deitou mãos à obra e abriu o Cantinho da Conceição. Quem gosta de apreciar do que é português, fica o convite para uma visita.
A famosa broa de milho da Padaria Central A Padaria Central, do José Manuel (como toda a gente o trata), é uma das mais conhecidas e antigas de Albergaria-a-Velha, sendo mesmo considerada uma referência no fabrico do pão. No entanto, além da grande experiência em panificação e no fabrico de folares doces, a ‘jóia’ da padaria é a broa de milho, que exibe com orgulho. É que são boras de milho com cerca de cinco quilogramas. José Manuel diz que o seu sonho “era exportar estas broas”. Trata-se de um projecto ambicioso, mas que o proprietário da Padaria Central vai tentar levar a cabo.
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Pensão Parentes: O espaço 3 em 1 Quem passa em Albergaria - a- Velha encontra um espaço com mais de um século de existência, agora renovada, que possibilita almoçar, jantar, usufruir de um bar com salão de jogos e pernoitar. Em dia de chuva, nem precisa de sair do estabelecimento para poder usufruir de todo este conforto. Luís Parente, gerente do espaço, tem para oferecer a quem ali pretende fazer a sua refeição, o apetitoso arroz de feijão com os assados, além da famosa francesinha, bem confeccionada neste restaurante. Além destes pratos, o que mais Luís Parente gosta de salientar são as suas famosas sopas de peixe. “Quem prova, volta cá para as saborear e já obtiveram por duas vezes o primeiro prémio em festivais das sopas”, conta.
OPINIÃO
Novos horizontes para a agricultura em Mangualde A “urbanização” da agricultura é um fenómeno a nível nacional. Assistimos a um cada vez maior interesse dos jovens pela agricultura, traduzido num número, com crescimento exponencial, de projectos no âmbito da agricultura. Este fenómeno acelera o regresso de muitas famílias às suas origens, combatendo a desertificação das regiões interiores. A execução destes projectos gera um crescimento na economia local e nacional, bem como a criação de novos postos de trabalho. Um dos sectores com maior crescimento está relacionado com as plantações dos frutos vermelhos. A Cooperativa Agro-pecuária dos Agricultores de Mangualde (COAPE) é já um líder na fileira dos frutos vermelhos. Identificado o objectivo, dinamizou a COAPE uma parceria com uma empresa líder mundial nestes produtos. Esta parceria veio garantir aos seus associados, interessados nestes investimentos, um suporte técnico/comercial, absolutamente necessário para o sucesso das suas plantações.
A fruta destas plantações é, prioritariamente, destinada à venda em fresco, mas também se destinam a sectores industriais como a cosmética, farmácia e industrias transformadoras (iogurtes, geleias, compotas, chá, licores, entre outros). As elevadas características antioxidantes, bom sabor, bela aparência, fazem destes pequenos frutos, um fenómeno gastronómico, com uma procura de elevado padrão. É em eventos como estes, que podemos informar quem somos, mostrar o que produzimos e dar a conhecer a excelência dos nossos frutos. João Almeida (COAPE)
ANEFA questiona medida do governo para limpeza da floresta Após o anúncio do Governo, dando conta do protocolo assinado para a limpeza de florestas recorrendo a desempregados e a beneficiários do subsídio de reinserção social, a ANEFA não poderia de deixar de manifestar a sua preocupação por mais esta “acção mediática” que em muito pouco beneficiará a floresta. Sendo a ANEFA a única associação que representa os que fazem floresta, na verdadeira acepção da palavra, desde o projecto, ao viveirista, ao preparador de terreno, plantador e à exploração florestal, é com alguma apreensão que voltamos a olhar para esta questão, anteriormente tão debatida. A ANEFA não considera impróprio o trabalho comunitário, que envolva a sociedade nos problemas da nossa floresta, pois sendo esta um bem comum, é por todos desejável que esta seja valorizada e preservada. No entanto, as acções de limpeza florestal requerem meios e equipamentos específicos, e formação adequada e exigida por lei, que está deste modo a ser subvalorizada. Resta saber se estas equipas vão ser acompanhadas e por quem, e quanto dinheiro se gastará a equipá-las com o EPI´s necessários… Não é a primeira vez que este Governo
tenta “fazer parecer” que qualquer pessoa pode trabalhar no sector florestal, o que demonstra alguma falta de consideração por quem nele labora. Se a floresta é um dos maiores sectores exportadores do nosso país, é porque há empresas com pessoas especializadas e com formação académica para o fazer, e que utilizam as tecnologias mais recentes que existem por todo o mundo. Ainda sobre o anúncio agora avançado, que refere que “três ministros assinaram um protocolo que dá emprego de curta duração a mais de duas mil pessoas”, o chamado “Trabalho Social pelas florestas que permite acelerar o regresso dos desempregados ao mercado de trabalho”, a direcção da ANEFA considera que este revela um desconhecimento profundo do sector florestal, pretendendo saber que estruturas vão depois “absorver” estes dois mil novos trabalhadores e em que condições. A ANEFA questiona ainda onde e com que “regras” será efectuado este trabalho, uma vez que este não deve entrar em concorrência com as empresas especializadas neste sector. Não podemos esquecer que as PME`s do sector florestal são responsáveis pela
criação de postos de trabalho no mundo rural, colmatando o êxodo das populações, pela consolidação de investimento duradouro e pela geração e perduração de riqueza privada, sendo esse um factor preponderante para a economia portuguesa. Parece-nos ainda estranho que as empresas há muito que não tenham este tipo de trabalho, por falta de capacidade de investimento, se vejam agora ultrapassadas por um protocolo assinado, envolvendo pessoal não especializado. Será que vamos depois enviar o pessoal especializado para o desemprego? Seria legítimo questionarmos como se sentiria a classe política se agora, enquanto contribuintes, substituíssemos os governantes pelos desempregados, na óptica de “acelerar o seu regresso ao mercado de trabalho”. Já o nosso primeiro-ministro dizia que o desemprego pode ser visto como uma nova oportunidade para mudar de vida… Todos os esforços em prol do sector florestal são válidos, mas de facto “a nossa floresta precisa de gente qualificada e não de acções mediáticas”. A Direcção da ANEFA www.gazetarural.com
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Na campanha de 2013/2014
Alentejo produziu 71 por cento do azeite português O Alentejo tem um peso “determinante” na produção de azeite em Portugal e foi a região responsável pela maior parte das 90 mil toneladas produzidas no país na campanha olivícola de 2013/2014. Na última campanha, “o Alentejo produziu 64 mil toneladas de azeite, o que representa 71 por cento do volume de 90 mil toneladas produzido em Portugal”, adiantou Henrique Herculano, do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL). Tendo em conta que uma tonelada de azeite virgem extra indiferenciado pode valer cerca de dois mil euros, as 64 mil toneladas produzidas no Alentejo poderão ter rendido “um volume de negócios estimado em 128 milhões de euros, considerando apenas a venda de azeite a granel e excluindo o valor acrescentado pelo embalamento e pela marca e toda a economia adjacente ligada a factores de produção e serviços”, admitiu. Actualmente, “o Alentejo tem um peso determinante na produção de azeite em Portugal”, sendo “a região mais importante em termos de volume”, porque “é a que mais azeite produz, a que tem a maior área de olival plantado e a que tem o olival mais moderno e a maior proporção de olival intensivo e superintensivo, o que leva a maiores produções”, disse.
Por outro lado, “o Alentejo, em termos de qualidade, assume uma importância capital no sector a nível nacional”, frisou, lembrando que o Governo já reconheceu o ‘Azeite do Alentejo’ como Indicação Geográfica (IG), a qual certifica “a origem e a qualidade” e é “determinante para a valorização e o reconhecimento no mercado da superior qualidade” dos azeites oriundos da região. Henrique Herculano falava a propósito do primeiro Congresso Nacional do Azeite - Azeite do Alentejo, que decorreu em Moura, integrado no programa da XIII OlivoMoura - Feira Nacional de Olivicultura. O congresso, organizado pelo Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL) e pela Câmara de Moura, reuniu agentes e profissionais ligados ao azeite e visou promover o estudo e o debate em torno do sector oleícola e pretendeu ser “o ponto de encontro da olivicultura em Portugal”, explicou. No âmbito da OlivoMoura, o CEPAAL lançou a “Carta de Azeites do Alentejo”, constituída por seis azeites, que pretende criar o bom hábito dos restaurantes, tal como acontece com os vinhos, darem a escolher aos consumidores diferentes azeites do Alentejo para temperarem a comida que vão consumir.
TIPOGRAFIA LITOGRAFIA ENCADERNAÇÃO RESTAURO CARTONAGEM CARIMBOS
Novas Instalações 28
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Parque Industrial de Coimbrões Lote 44 - 3500-618 VISEU Telef. 232 422 364 e-mail: sapinto@sapinto.pt * www.sapinto.pt
Mercado voltou a superar as expectativas
O décimo nono mercado d´Os Quintais nas Praças do Pinhal, que teve lugar no Jardim Municipal de Oleiros, levou até esta vila as mais frescas novidades das hortas e pomares da região. Dos 43 produtores que marcaram presença no evento, 29 eram hortofruticultores e transformadores, onze dos quais oriundos do concelho de Oleiros. Em plena celebração do Ano Internacional da Agricultura Familiar, o mercado de Oleiros voltou a superar as expectativas, sendo o mais animado de sempre, satisfazendo um público diverso, num acontecimento que começa a atrair pessoas oriundas dos centros urbanos. Paralelamente à realização do mercado, houve ainda lugar para uma variada animação, exibição de artesanato regional, uma apelativa exposição de espantalhos “Trajes do Mundo Rural” e a novidade desta edição: a mostra gastronómica que exibiu o melhor d’Os Quintais nos Pratos de sete restaurantes aderentes (Callum, Caniçal, Carteiro, Casa Peixoto, Ideal, Maria Pinha e Regional).
Quintais do Pinhal voltaram ao Jardim de Oleiros
Em Castelo Branco, a 22 de Maio
Seminário debate “As boas práticas de cooperação e de desenvolvimento rural”
A Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC) vai promover a 22 de Maio um seminário subordinado ao tema “As boas práticas de cooperação e de desenvolvimento rural no âmbito do PRODER e da RRN no período 2007-2013”, a decorrer no Auditório Virgílio Pinto de Andrade, na Escola Superior Agrária de Castelo Branco. Em Portugal constata-se o progressivo envelhecimento da população no sector agrícola e pecuário, assim como o abandono das explorações e desertificação do mundo rural. As causas são múltiplas e variadas não sendo alheio o facto das políticas adoptadas para contrariar esta tendência não terem tido, ao longo dos anos, os efeitos pretendidos. O rejuvenescimento do tecido humano na agricultura e no mundo rural é uma necessidade por todos reconhecida e que, ao longo dos vários quadros comunitários de apoio implementados em Portugal, foi apoiado financeira e materialmente por todos os intervenientes (Administração, Organização de Agricultores, Grupos de Acção Local, Sociedade, etc.). Pretende-se então, através da realização do seminário “As boas práticas de cooperação e de desenvolvimento rural no âmbito do PRODER e da RRN no período 2007-2013” na Região
Centro, divulgar um conjunto de boas práticas desenvolvidas no mundo rural que possa servir como exemplo para quem deseja instalar-se ou investir nas zonas rurais. Este evento é constituído por duas fases distintas. A primeira decorrerá em sala onde serão apresentados diversos projectos desenvolvidos no meio rural da Região Centro e que representam todo o espectro de aplicação da PAC, do investimento e competitividade a projectos de cariz ambiental, do desenvolvimento rural propriamente dito à cooperação. No primeiro dia os participantes terão a oportunidade de conhecer experiência desenvolvidas e que sejam próximas/semelhantes ao projectos que tencionam desenvolver e assim terão a oportunidade para falar, discutir e esclarecer dúvidas. Numa segunda fase, este evento consiste na visita aos diversos projectos apresentados na primeira fase ou outros que se pretendam integrar. O objectivo desta fase é que os beneficiários tenham contacto directo com os projectos ao mesmo tempo que “in loco” podem questionar os detentores desses projectos e com ele ou através deles esclarecer todas as dúvidas e questões que possam ter. www.gazetarural.com
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Na rotunda junto da Escola Secundária Viriato, em Viseu
Criado jardim temático alusivo ao Cardo e ao Queijo Serra da Estrela
Alunos da Escola Superior Agrária de Viseu, formandos da APPACDM (Viseu) e os alunos da Escola Secundária Viriato envolvidos no projecto SIMBIOSE, em colaboração com o Município de Viseu e os parceiros do projecto CARDOP, como a Universidade Católica – Departamento de Ciências da Saúde, Ancose, Casa da Ínsua e a Confraria do Queijo Serra da Estrela, instalaram um jardim temático alusivo ao Cardo e ao Queijo Serra da Estrela, na rotunda localizada na proximidade da Escola Secundária Viriato, perto do Continente, espaço que revela uma matriz rural e que se julga constituir um cenário ideal para a instalação desta espécie de uma forma perfeitamente integrada e naturalizada. Pretendeu-se com esta acção associar uma lógica de sustentabilidade, solidariedade, inclusão e valorização da biodiversidade e dos recursos endógenos das nossas paisagens, das nossas gentes e dos nossos costumes, num papel de promoção e valorização de um legado com vista à inovação e aos novos desafios de futuro. O projecto CARDOP/SIMBIOSE visa contribuir para a caracterização e valorização da cultura do cardo (Cynara cardunculus L.), cuja flor contém um coagulante vegetal fundamental para a produção do Queijo DOP Serra da Estrela. O cardo revela uma extensa diversidade ao nível da morfo-
logia da planta, que pode ser valorizada do ponto de vista ornamental, pela beleza da forma e cores azul-violáceas das suas flores/capítulos, pelas tonalidades de verdes e acinzentados e opulência das suas folhas. A todos estes elementos estéticos acresce a sua extrema resistência ao stresse hídrico, que com o advento das alterações climáticas, passou a constituir-se como uma prioridade na selecção e escolha de plantas a incluir na criação de jardins em espaços públicos. Espalhados pelo mundo, existem inúmeros exemplos de aplicação paisagística do cardo/alcachofra, em lugares de referência como jardins de hotéis de luxo, parques botânicos e jardins em espaço público e privado. Esta espécie, pela sua estreita relação com a produção do Queijo DOP Serra da Estrela, surge como proposta para a criação de jardins temáticos alusivos ao Cardo e Queijo Serra da Estrela, associados aos concelhos que pertencem à área geográfica correspondente à Denominação de Origem Protegida de produção do Queijo Serra da Estrela, que inclui os concelhos de Penalva do Castelo, Mangualde, Nelas, Carregal do Sal, Tondela, Viseu, Aguiar da Beira, Oliveira do Hospital, Tábua, Arganil, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Seia, Manteigas, Trancoso, Guarda e Covilhã.
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Em Albergaria-a-Velha
Voluntários vão esclarecer população sobre incêndios florestais
Tendo em conta que a área florestal cobre cerca de 71% do concelho de Albergaria-a-Velha e que os incêndios são uma ameaça constante nos meses mais quentes do ano, a Câmara local, em parceria com a Associação Florestal do Baixo Vouga e os Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha, está a desenvolver o projecto Viva a Floresta! No âmbito desta iniciativa, cerca de 100 participantes, entre escuteiros e voluntários inscritos no Banco Local de Voluntariado (BLV), vão percorrer as ruas das várias freguesias do concelho, esclarecendo a população sobre a necessidade de todos cumprirem o seu papel na defesa de um dos bens mais preciosos do concelho. Durante este mês de Maio, o Gabinete Técnico Florestal da autarquia vai dinamizar várias acções de formação nos Agrupamentos de Escuteiros de Albergaria-a-Velha, Angeja, Branca e Valmaior, bem como uma sessão específica para os voluntários do BLV, de forma a preparar a abordagem à população. Em Junho, antes do início do denominado período crítico de incêndios (01 de Julho a 30 de Setembro), os escuteiros e voluntários irão para o terreno esclarecer os munícipes sobre diversos temas fundamentais, como medidas preventivas e obrigatórias para a prevenção de fogos florestais, formas de proteger a habitação e acções a tomar em caso de incêndio. A Câmara de Albergaria-a-Velha, presidida por António Loureiro, acredita que é necessária a participação de toda a comunidade na batalha contra os incêndios, pelo que as acções de sensibilização são cruciais. Na área da prevenção, a autarquia tem também previsto executar um plano de construção e reabilitação de pontos de águas no concelho, bem como a recuperação dos caminhos florestais.
“BioRamos” vai criar 16 postos de trabalho directos
Fábrica de pelletes e briquetes vai instalar-se em Nelas
O dinamismo industrial que se instalou no concelho de Ne- de mais uma nova unidade fabril, que terá uma linha de produção las continua. Assim, a “BioRamos”, que que se dedica à área da contínua e empregará cerca de 16 pessoas directamente no proprodução de briquetes e pelletes, com base na reciclagem de cesso produtivo, além de muitos outros indirectos. resíduos agroflorestais, vai investir cerca de um milhão de euros numa nova unidade produtiva, cuja edificação se prevê para breve, num terreno de 9.800 m2 situado na Zona Industrial I de Nelas. Trata-se do culminar de um processo que já vinha de anos anteriores e que foi agora agilizado e acelerado de forma a permitir a instalação da empresa. A autarquia de Nelas ao longo dos dois últimos meses contribuiu com a preparação do lote de terreno, cedido na Zona Industrial, através da surriba e terraplanagem do terreno entre a“Faurecia” e a “Coldkit”. A autarquia de Nelas no seguimento de uma politica de revitalização industrial do concelho, de criação postos de trabalho e de fomento do crescimento económico, prepara-se para dispor www.gazetarural.com
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Nos dias 28, 29, 30 e 31 de Maio
Técnica chilena vem dar formação sobre colheita de pequenos frutos
No âmbito do projecto Cluster dos Pequenos Frutos, vão decorrer nos dias 28, 29, 30 e 31 de Maio duas formações relacionadas com a colheita de pequenos frutos, em especial do mirtilo, cuja formadora será a chilena Júlia Pinto, técnica do Comité de Arándanos do Chile. Uma das formações será sobre técnicas de gestão e preparação da colheita e terá lugar dia 28 de Junho em Vila Verde, repetindo-se dia 30 em Sever do Vouga. Trata-se de uma formação destinada a produtores já instalados e irá abordar as técnicas de preparação e gestão da colheita nomeadamente as normas de qualidade (requisitos gerais, requisitos específicos,
tabelas de tolerância e mercados de exportação); recomendações básicas para iniciar uma colheita; modelos de gestão da colheita; controlo de qualidade durante a colheita; controlo de qualidade até ao entreposto; e controlo de pragas e doenças. A segunda formação vai decorrer dia 29 de Maio em Vila Verde e dia 31 em Sever do Vouga e será sobre técnicas de controlo de qualidade e conservação pós-colheita, destinada a técnicos e funcionários de entrepostos, e irá abordar os seguintes temas: normas de qualidade (requisitos gerais, requisitos específicos, tabelas de tolerância e mercados de exportação); controlo do transporte até ao entreposto; superfícies de embalamento; amostragem para controlo de qualidade (como fazer amostragem, que parâmetros controlar, documentos de suporte); acondicionamento do fruto; e gestão do sistema de frio e conservação. Júlia Pinto é a técnica responsável pelo controlo de qualidade e assistência técnica do Comité de Arándanos do Chile. O Chile é líder mundial no controlo de qualidade e conservação do mirtilo, uma vez que o seu fruto leva entre 30 a 56 dias a chegar ao consumidor final. Esta é uma oportunidade excelente para produtores e técnicos aprenderem com a especialista e responsável chilena por promover o aumento de qualidade e o poder de conservação do mirtilo do Chile. Cada formação irá decorrer entre as 9 e as 18 horas e as inscrições são limitadas a 15 formados por turma. O valor de inscrição é de 60 euros por dia, sendo que os associados da Agim e do COTHN têm 15% de desconto. A ficha de inscrição está disponível no site da Agim (www.agim.pt) ou pode ser solicitada pelo e-mail sandra.santos@agim.pt ou telemóvel 918054792.
Apanha do mirtilo e outros pequenos frutos
AGIM cria bolsa de emprego para a colheita A Agim criou uma bolsa de emprego para a colheita de pequenos frutos, com particular incidência para a colheita do mirtilo, considerando que se trata do pequeno fruto com maior área plantada em Portugal. Esta bolsa consiste numa plataforma on-line, alojada na página da Agim (www.agim.pt), onde os interessados em trabalhar na colheita ou em recrutar trabalhadores podem fazer a sua inscrição. Esta medida vem no seguimento das preocupações demonstradas por vários produtores e comercializadores, no âmbito das reuniões que a Agim tem levado a cabo ao longo dos anos de 2013 e 2014 que têm como objetivo acompanhar o crescimento desta fileira, perceber as preocupações dos seus agentes (produtores, comercializadores e técnicos) e permitir que a Agim actue como uma entidade facilitadora na resolução de problemas e/ou constrangimentos, como no caso da escassez de mão-de-obra para a colheita. Este é um problema que tenderá a agravar-se no futuro devido ao crescente número de plantações que se está a verificar um pouco por todo o país devendo, segundo várias previsões, atingir os dois mil hectares de área plantada de mirtilo até 2020. A par da cultura do mirtilo, também a cultura da framboesa, da groselha, da amora e do morango se encontram em expansão, embora com menor expressão que a do mirtilo. Deste modo, esta bolsa de emprego pretende ser um espaço 32
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que articula a oferta e a procura de trabalhadores para a colheita e assim satisfaça as necessidades de ambos, trabalhadores e empregadores. Para tal, basta entrar em www.agim.pt e preencher o formulário que se encontra no campo “Bolsa de emprego para colheita”. Os dados dos trabalhadores serão disponibilizados aos produtores/empregadores que os solicitem.
Disse o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural
Novo Programa de Desenvolvimento Rural em vigor até final deste ano
O Governo revelou que a transição do actual para o novo Programa de Desenvolvimento Rural, o qual deverá entrar em vigor até final deste ano, vai decorrer sem sobressaltos, nem paragens na apreciação de candidaturas. “A fase de mudança vai decorrer sem grandes sobressaltos. Vamos transitar de um programa para outro sem que haja nenhuma paralisação no processo de apreciação de candidaturas e respectiva materialização dos contratos, o que é uma belíssima notícia”, disse o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva. O governante falava em Beja, no colóquio “O Futuro da PAC [Política Agrícola Comum] - Desenvolvimento Rural”, no âmbito da maior feira agropecuária do sul do país, a Ovibeja, a decorrer até domingo. Segundo o governante, a submissão do novo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2014-2020) a Bruxelas deverá terminar no princípio da próxima semana e o processo de análise e aprovação do programa deverá demorar “poucos meses” e ficar concluída “até ao final do Verão”. A administração pública portuguesa vai, entretanto, trabalhar na produção da legislação nacional, do conjunto de portarias necessárias, para pôr o PDR 2014-2020 em prática, o que, “correndo tudo bem”, deverá acontecer “antes do final deste ano”, disse. A entrada em vigor do PDR 2014-2020 “não se notará muito, porque, até lá, não pararemos de aprovar candidaturas ao abrigo das medidas” do actual Programa de Desenvolvimento Rural (ProDeR) “mesmo que o dinheiro se esgote”, explicou. “Isto é, podemos usar dinheiro do próximo PDR no conjunto de medidas que estão em vigor. Não haverá paragem. No momento em que haja novas medidas, estas cessam, mas nada para do ponto de vista daquilo que é a implementação no terreno”, frisou. Por outro lado, disse, Portugal beneficiará este ano “de uma dotação de 500 milhões de euros, que não necessita de cofinanciamento do Orçamento do Estado, permitindo que não haja nenhuma paragem na transição entre o ProDeR e o PDR 2014-2020”. Segundo Francisco Gomes da Silva, o Governo está “convicto” de que o PDR 2014-2020 é “bom” e, “dentro dos condicionalismos, permite responder a um conjunto de necessidades que o mundo rural em Portugal tem”. “O PDR 2014-2020 é um excelente instrumento de aplicação de política de desenvolvimento rural para as necessidades de Portugal neste momento e nos anos próximos, mas esta convicção não inibe e não deve impedir a administração pública de estar atenta aos sinais dos utilizadores desta política e destes estarem atentos às dificuldades e virtudes da aplicação do programa”, disse. Francisco Gomes da Silva lembrou que o actual ProDeR atravessou “momentos menos bons e dificuldades iniciais”, mas, “felizmente, graças ao esforço e engenho de muita gente”, actualmente, “a cerca de um ano do final”, está com uma taxa de execução que “ronda os 85%, o que é, de facto, notável”.
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A 31 de Maio, no Campo Pequeno
Agrobio promove seminário sobre a “Agricultura Familiar”
Em Ano Internacional de Agricultura Familiar, a Agrobio dedica a Feira Nacional de Agricultura Biológica Terra Sã ao tema escolhido pela Organização das Nações Unidas para estar em destaque em 2014. Neste âmbito, promove o seminário da Terra Sã sob o tema “Agricultura Familiar – O Rosto da Agricultura em Portugal”, que vai ocorrer a 31 de Maio, das 14 às 18 horas no Campo Pequeno, e terá como propósito fazer uma reflexão sobre a importância da agricultura familiar na alimentação do mundo, no desenvolvimento local e enquadrar esta agricultura no âmbito da nova Política Agrícola Comum que, em Portugal, ainda não tem os contornos bem definidos.
“Não podia ser de outra maneira, até porque a agricultura familiar alimenta o mundo e perante a necessidade de tornar a sociedade mais amiga do ambiente essa agricultura familiar terá de ser, cada vez mais, biológica”, refere a organização em comunicado. A agricultura familiar consiste na organização e gestão agrícola familiar, dependente de mão-de-obra familiar e inclui todas as actividades agrícolas (agrícola, florestal, pecuária, aquícola, pastorícia) e de desenvolvimento rural. Tem um importante papel socioeconómico, ambiental e cultural. Esse papel é-lhe reconhecido mas é necessário promover e apoiar, para que continue a manter a sua relevância na segurança alimentar mundial. Em Portugal, a agricultura familiar representa a maioria dos agricultores e das explorações agrícolas e tem um importante papel na coesão social, económica e ambiental do território. Também a Agricultura Biológica em Portugal tem um forte carácter familiar, desde a organização, ao emprego de mão-de-obra, à distribuição dos produtos, através de circuitos curtos, como mercados locais e regionais, lojas especializadas ou mesmo através de entregas de cabazes diários ou semanais ao domicílio ou mesmo venda directa na exploração. Esta agricultura utiliza variedades tradicionais, produz produtos biológicos de alta qualidade com elevado potencial de exportação. Os agricultores em modo de produção biológico são inovadores, empreendedores e arriscam através de novos produtos e mercados. A Nova Politica Agrícola Comum (2014-20), através do Programa de Desenvolvimento Rural, dá destaque e apoia a Agricultura Biológica e a Agricultura Familiar. Em preparação está uma nova regulamentação e um novo plano de acção para a Agricultura Biológica Europeia. A AGROBIO, durante o ano, levará a efeito diversos eventos, onde procurará através de acções de sensibilização e divulgação, através da Terra Sã de Lisboa e Porto, ou da Feira do Algarve de Produtos Biológicos, em Lagos, dar a conhecer a nova política agrícola e respectivos apoios.
XIX Mostra de Vinhos de Marateca e Poceirão
Fernando Santana Pereira e Assis Lobo repetem top do Concurso de Vinhos
Pelo segundo ano consecutivo, Fernando Santana Pereira venceu o Concurso de Vinhos da Mostra de Vinhos de Marateca e Poceirão. Os 29 tintos das duas freguesias foram analisados em prova cega pela Câmara de Provadores da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal e os resultados foram conhecidos, no âmbito da 19ª Mostra, que decorreu em Fernando Pó. Também pela segunda vez consecutiva, a Casa Agrícola Assis Lobo conquistou o segundo lugar – este ano, partilhado com a Casa Ermelinda Freitas – e o terceiro coube à Agrosilvestre. Durante três dias, o público teve oportunidade de comprovar a qualidade dos vinhos produzidos nesta região, num ambiente genuinamente rural, envolvido pelas vinhas e com a presença dos produtores. Gastronomia e produtos locais, colóquios, música e animação complementaram o programa do certame, por onde passaram milhares de visitantes. Depois de um impulso forte à modernização das adegas, à criação de marcas próprias e à promoção nacional e internacional, os 34
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produtores de Marateca e Poceirão estão, agora, empenhados no crescimento enoturístico, com forte investimento em estruturas que permitam aumentar a oferta e a atractividade, transformando estas freguesias numa verdadeira sala de visitas para a região vinícola.
Os 10 Melhores Vinhos do Ano 1º Fernando Santana Pereira 2º Casa Agrícola Assis Lobo 2º Casa Ermelinda Freitas 3º Agrosilvestre 4º Maria Alice Carreira Palhoça 5º Vinhos Terras d’Agualva 6º Pedro Fernandes Monteiro 7º Filipe Jorge Palhoça 8º José Bento da Silva Freitas 9º Freitas & Palhoça, lda. 10º Marcolino Freitas & Filho, lda.
Nos dias 20 e 21 de Junho, no Hotel Santa Margarida
Oleiros recebe I Congresso Nacional de Turismo Rural
Foi apresentado no auditório da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), em Coimbra, o I Congresso Nacional de Turismo Rural, a ter lugar nos dias 20 e 21 de Junho no Hotel Santa Margarida, em Oleiros. Subordinado ao tema “Turismo, Território e Património”, o evento é organizado pela Federação Portuguesa de Turismo Rural e a Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, em colaboração com o Município de Oleiros e a Naturtejo. Neste congresso serão debatidos os constrangimentos e os desafios do sector, mas também, e sobretudo, apontar as políticas e estratégias de afirmação de um sector que, segundo a OMT apresenta sinais de crescimento a um ritmo de 6% ao ano. Segundo os promotores da iniciativa, “Portugal atravessa um momento particularmente importante e decisivo na definição das suas linhas orientadoras do Turismo em geral e do Turismo Rural em particular”, acrescentando que “os resultados globalmente conseguidos em 2013, com particular preponderância para os territórios Porto, Lisboa e Algarve, deverão agora assumir um objectivo e desígnio nacional, no sentido da sua extensão aos territórios de baixa densidade, afirmando-se pelas suas valias diferenciadoras e contribuindo para uma melhor coesão e sustentabilidade tanto dos territórios como do sector”. Entendem ainda os promotores, que a sustentabilidade do segmento “Sol e Mar”, que tem estado na base da nossa promoção externa, precisa do desenvolvimento complementar de outros segmentos, como forma de garantir a sua sustentabilidade.
Por outro lado, o Turismo Rural pode ser o motor para o desenvolvimento dos territórios de baixa densidade populacional, contribuindo para combater a desertificação e o abandono, ajudando pelos seus efeitos multiplicadores, as pequenas economias a desenvolver-se. Portugal desenvolveu nas duas últimas décadas, um significativo investimento em estruturas turísticas em ambiente rural, que agora é preciso complementar através de políticas de investimento em promoção externa, que garantam um significativo aumento da procura como forma de contrariar a forte sazonalidade do sector pela actual dependência que tem face ao mercado interno. Este é o grande desafio que se coloca na actualidade ao sector, que tem sabido encontrar nos últimos tempos as formas de organização que podem contribuir de forma construtiva, inclusiva e abrangente para desbravar os caminhos que possam contribuir para que Portugal, esteja no pelotão da frente no que respeita ao desenvolvimento esperado deste sector no contexto do Turismo Nacional. O Congresso será composto por dois painéis: Turismo Sustentável - Desafios para Portugal e Contributos do Turismo em Ambiente Rural para o Turismo Sustentável e nele estarão presentes as maiores individualidades na matéria. O acontecimento contará ainda com a participarão representantes de todas as Entidades Regionais de Turismo (ERT´s) do Continente, Açores e Madeira, assim como das Agências Regionais de Promoção Turística (ARPT´s).
A 17 e 18 de maio, no Parque Ambiental de Santa Margarida
Município de Constância dinamiza VIII Feira da Primavera
O Município de Constância, através do Parque Ambiental de Santa Margarida, vai dinamizar a oitava edição da Feira da Primavera, nos dias 17 e 18 de Maio, uma iniciativa de carácter ambiental e cultural, que tem como objectivos contribuir para a salvaguarda do património natural e cultural da região, promover produtos de origem doméstica, artesanal e biológica e sensibilizar para uma relação positiva entre o Homem e a Natureza. No sábado, 17 de maio, durante a tarde estará patente ao público uma exposição e venda de produtos de origem doméstica, artesanal e biológica. Em simultâneo, a partir das 15,30 horas, decorrerá o workshop sobre decoração de bolachas, e às 16,45 horas, terá início o segundo workshop, desta vez sobre a temática, propagação e envasamento de plantas aromáticas e medicinais,
actividades gratuitas, mas que carecem de inscrição. No, domingo, dia 18 de Maio, a primeira iniciativa está agendada para as 9,30 horas, com o início do percurso pedestre Conhecer plantas aromáticas e medicinais. De tarde reabrirá as «portas» a exposição e venda de produtos de origem doméstica, artesanal e biológica, uma mostra que contará com muita animação pelo grupo MOVIRITMOS da Escola Básica e Secundária Luís de Camões. Paralelamente, durante os dois dias da feira, decorrerão as comemorações do Dia Internacional dos Museus, com a projecção de um filme intitulado Património Imaterial: sabedoria popular na utilização das plantas e uma mostra de plantas utilizadas pelas comunidades locais. www.gazetarural.com
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Em Mangualde, nos dias 24 e 25 de Maio
Produtos da Terra e Cabrito em destaque num Fim-de-Semana Gastronómico No fim-de-semana de 24 e 25 de Maio, Mangualde acolhe mais uma edição da Feira dos Produtos da Terra e do Fim-de-Semana Gastronómico do Cabrito. A III Feira dos Produtos da Terra, que decorre no Largo Dr. Couto no sábado das 14 às 20 horas e no domingo das 10 às 20 horas, procura dinamizar os produtores da terra e promover os produtos que a região nos oferece. Estes são os objectivos pelo qual a Câmara de Mangualde, em parceria com a Cooperativa Agropecuária dos Agricultores de Mangualde (COAPE), voltam a apresentar esta feira que conta com o apoio da Cidade d’Excelência Associação. Diversos produtos, entre os quais, o vinho, o mel, o queijo, a fruta (maçã, cereja, mirtilo), licores, a doçaria, as batatas, as cebolas, as ervilhas, as favas, as couves, o feijão, as azeitonas, os ovos, os frutos secos, o azeite, os enchidos, a cestaria, entre outros, fazem parte integrante deste fim-de-semana gastronómico que será de novo um marco no município de Mangualde.
A III Feira dos Produtos da Terra contará com muita animação a cargo de vários grupos e com uma vasta lista de restaurantes que se associaram a esta iniciativa. No sábado, poderá assistir-se a partir das 15h às “Tricanas de Tibaldinho”, seguidas da Juventuna que promete muita alegria. O domingo estará a cargo do Grupo Cavaquinhos Cravos e Rosas e do Rancho Folclórico “Os Azuraras” de Quintela.
Fim-de-Semana Gastronómico do Cabrito Nesses dias decorre em paralelo o Fim-de-Semana Gastronómico do Cabrito nos restaurantes aderentes. Assim, será possível deliciar-se nos restaurantes A Tasquinha, o Cantinho dos Petiscos, Casa do Ermitão, Cascata de Pedra, Os Galitos, Gestur, Hotel Cruz da Mata, Hotel Srª do Castelo, Hotel Rural Mira Serra, O Valério e Rio Dão, todos com especialidade em cabrito.
Ano X - N.º 224 Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), jla.viseu@gmail.com | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda. Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, João Silva, Fernando Ferreira, José Martins e Helena Morais Opinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 363 Fracção AT - Lj 11 - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320 E-mail: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS - Inscrição nº 124546 Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís Araújo Sede Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Delegação Edifício Vouga Park, Sala 42 - Sever de Vouga Capital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica Sá Pinto Encadernadores | Telf. 232 422 364 | E-mail: ajsapinto@mail.telepac.pt | Zona Industrial de Coimbrões, Lote 44 - 3500-618 Viseu Tiragem média Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2500 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores
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BREVES De 15 a 18 de Maio
Nos dias 25 e 26 de Maio
Póvoa de Lanhoso promove Feira Quinhentista
Oliveira de Frades prepara mais uma Feira de Maio
De 15 a 18 de Maio, a Vila da Póvoa de Lanhoso recebe a Feira Quinhentista, na Praça Engº. Armando Rodrigues. Esta iniciativa realiza-se no âmbito das comemorações dos 500 anos da atribuição dos Forais Novos e compreende um desfile histórico, teatro, jogos tradicionais e dança. “O período que vai de 15 a 18 será o topo da pirâmide das comemorações”, considera o vereador para a Cultura da Câmara da Póvoa de Lanhoso, Armando Fernandes. “O objectivo é não só mostrar um pouco daquilo que era uma Feira à época, mas fundamentalmente mostrar o que somos hoje enquanto município, que tem dinâmicas e que vale a pena visitar, que tem gastronomia, que tem atractivos para que as pessoas, sobretudo dos municípios vizinhos, possam passar aqui momentos agradáveis”, refere.
Oliveira de Frades recebe nos dias 25 e 26 de Maio mais uma edição da Feira de Maio, certame criado por provisão real de 11 de Junho de 1728 (Chancelaria de D. João V), que tem lugar uma vez por ano no quarto domingo de maio e na segunda-feira seguinte. A edição deste ano contará com o mercado tradicional, assim mo diversos momentos culturais e desportivos, tais como a corrida de cavalos e a actuação de grupos folclóricos e etnográficos locais. Esta feira, desde tempos imemoriais, atrai, pelas suas diversas vertentes, milhares de visitantes, traduzindo-se num marco de índole cultural e social na região.
No dia 08 de Junho
Sátão recebe I Maratona BTT Rota do Vouga O município de Sátão e o grupo Galos do BTT vão organizar a I Maratona BTT - Rota do Vouga, no próximo dia 8 de Junho. A concentração dos participantes será junto ao Estádio da Premoreira, em Sátão, a partir das 7 horas e as inscrições são limitadas e estão abertas até ao dia 25 de maio. Os participantes têm ao seu dispor três opções de distância de percurso: 25 km, 45 km e 70 km. O programa inicia-se às 7 horas, com a abertura do secretariado, às 8,45 horas é realizado o briefing da Prova, sendo a partida dada 15 minutos depois. O almoço está marcado para as 13 horas. Para mais informações os interessados devem consultar a página na Internet em http://galosdobtt.com, através do correio electrónico geral@galosdobtt.com ou através dos números de telemóvel: 939309138, 918364741 e 964672423.
SEAT tem novas instalações em Viseu A marca SEAT, representada em Viseu pela Novaibérica desde 2007, mudou de instalações, aglutinando agora no mesmo edifício o stand de vendas, o sector oficinal e de peças. A Novaibérica e a Auto Sertório (concessionário Citroën) passarão a partilhar o mesmo espaço, visando a obtenção de sinergias que possam traduzir-se em benefícios para os seus clientes. Desde 9 de Maio que os clientes podem visitar as novas instalações e continuar a usufruir dos serviços SEAT, agora na Estrada Nacional 2, em Repeses, Viseu. Tendo em atenção a relação tida com clientes, fornecedores, intermediários a empresa irá manter todos os contactos de telefone e e-mail. www.gazetarural.com
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Em Sever do Vouga de 26 a 29 de Junho
Feira Nacional do Mirtilo junta componente lúdica e profissional
A VII Feira Nacional do Mirtilo vai decorrer em Sever do Vouga de 26 a 29 de Junho no Parque Urbano da Vila e espaços adjacentes. À semelhança do ano anterior, a edição de 2014 vai aliar uma componente lúdica com outra direccionada para os profissionais do sector. Deste modo, a Feira Nacional do Mirtilo volta a apostar numa forte componente técnica, onde estarão representados expositores directamente ligados à fileira do mirtilo em particular e à dos pequenos frutos em geral. Pretende-se que este seja um espaço dedicado aos agentes que operam na área dos pequenos frutos, com particular incidência no mirtilo, onde possam trocar ideias e experiências e onde possam ficar a par das mais recentes inovações relacionadas com esta fileira e estabelecer negócios e contactos. Uma mais-valia este ano será a interacção que poderá ser feita com o Campo Experimental de Pequenos Frutos da Agim, que poderá ser visitado localizado junto ao recinto da Feira do Mirtilo. A completar, estão previstas palestras técnicas relacionadas com a fileira do mirtilo. Este ano vão manter-se duas actividades que têm tido bastante aceitação por parte do público. Uma a apanha do mirtilo, em que o visitante pode pegar numa cesta e experimentar a tarefa de apanhar mirtilos, a outra é a visita técnica a pomares de mirtilos, também durante os dias da Feira, que conta com o acompanhamento e as explicações de técnicos da Agim.
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