Gazeta Rural nº 252 - 11 Anos

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XI Aniversário

Director: José Luís Araújo

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N.º 252

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1 de Agosto de 2015

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Preço 2,00 Euros

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Os incêndios florestais não se combatem.

Previnem-se!


Sumário 4 a 18 Pensar o futuro… em 2050 melhorar produção de castanha 19 Feira do Vinho do Dão 2015 terá o maior número 30 Raça Asinina de Miranda está em risco de

de produtores de sempre 20 Feira de S. Mateus abre a 7 de Agosto 22 Anadia quer acolher centro nacional de investigação de espumantes 23 José Cid é cabeça de cartaz da ExpOH – Feira Regional de Oliveira do Hospital 24 Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra arranca em Sernancelhe 25 Vila Soeiro do Chão recebe Festival a Cerveja de Urtiga 26 Sardinha é rainha em Portimão 27 RuralBeja quer afirmar as potencialidades e os recursos naturais 28 Batalha do Bussaco vai ser reproduzida por centenas de recriadores 29 Câmara de Trancoso coopera com a UTAD para

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extinção 31 Investigadores avaliam qualidade da carne do cordeiro mirandês 32 Projecto “Amendoeira” quer promover aumento da produtividade e qualidade da produção 33 Confraria Saberes e Sabores da Beira promoveu III entronização no Brasil 34 Chão de S. Francisco apresentou novo Chão do Vale Rosé Colheita 2014 35 Produção de pequenos agricultores poderá garantir segurança alimentar 36 Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo organiza Tejo Gourmet 2015 38 David Carreira e José Malhoa nas Festas de São Bernardo


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editorial

Pensar o futuro… mas depressa Com esta edição iniciamos o décimo segundo ano de publicações regulares da Gazeta Rural. Onze anos é muito tempo, mas, para nós, foi ontem. Olhando para trás, penso que temos cumprido o papel de promotores e divulgadores do que de melhor se faz na terra ou em torno dela. Mas nesta edição decidimos não olhar para o passado, mas sim pensar o futuro. Urge começar a olhar para um espaço temporal para lá de amanhã. É necessário começar a pensar naquilo que os nossos filhos, netos ou bisnetos terão na mesa a meio deste século. E o panorama é sombrio, se os governos não começarem a olhar para as questões do clima como prioritárias, uma vez que esse será o maior dos problemas a ultrapassar e que se reflectirá na produção agrícola. Se pensarmos que hoje 795 milhões de pessoas têm fome crónica no mundo e que as previsões apontam para que em 2050 entre 15% a 40% das nove mil milhões de pessoas no mundo estarão sujeitas a uma maior insegurança alimentar devido a problemas climáticos, diria que está na hora de pensar o futuro… mas depressa. Para o efeito, colocámos cinco questões a várias personalidades, de diferentes áreas. Assim, contribuímos para olhar para… amanhã. Agradecemos o contributo de todos. José Luís Araújo

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opinião

Uma mera interpretação de futuro dos nossos territórios rurais A Gazeta Rural, que há mais de uma década anda a semear e a ver crescer o setor agrícola de vital importância nas suas mais diversificadas áreas, lançou um desafio de discutirmos o seu futuro, coisa rara nos tempos de hoje. Tenho a clara sensação que andamos, instituições e entidades, mais a reagir do que a agir numa área cujo planeamento é de vital importância para virmos a colher os frutos. É óbvio para existem lobbys que privilegiam uns em detrimento de outros em vez de procurarem sinergias. Ninguém se preocupa em pensar a estratégia de uma região, embora eu não tenha a veleidade de o fazer, mas teria imenso prazer em poder contribuir. Esta é uma proposta que me agrada e que permite discutirmos um futuro sem rede, sem promessas, mas com premissas e objetivos, sabendo que hoje temos mais conhecimento que nunca e uma geração bem preparada que não digo sem igual para com o respeito dos nossos antepassados e do nosso legado cultural. A necessidade de aumentar a produção de alimento, considero que não é uma das prioridades desta região onde nos encontramos Dão-Lafões e Alto Paiva. Temos que produzir com uma qualidade inexcedível e não necessariamente aumentar produções por área, mas procurar aumentar e diversificar a área de produção para zonas hoje pouco produtivas e tornarnos o mais sustentáveis e autossuficientes possíveis. O distrito de Viseu é uma região ímpar a nível mundial, com áreas vitivinícolas de excelência e diversificadas como o Dão, Lafões, Douro e Távora Varosa. Temos um dos ícones nacionais, o Queijo Serra da Estrela DOP e todos os derivados lácteos, o cabrito da Gralheira, o borreguinho Serra da Estrela, a vitela de Lafões, a raça Paivota ou a truta do Paiva. Somos referência nacional na produção biológica de hortícolas e na produção de infusões, de cogumelos silvestres e de produção e muito mais. Para além de tudo isto centramo-nos no Centro de uma região e de um País. Que mais precisamos? Acreditar na nossa produção agrícola diversificada e fazer acreditar os responsáveis políticos de que é possível assentar uma estratégia também no setor primário, o pilar base estruturante de qualquer economia. É

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absolutamente necessário manter a dispersão dos nossos produtores pelo território e pelas paisagens beirãs, descritas de forma indelével por autores consagrados como Aquilino Ribeiro. Temos os registos milenares dos nossos antepassados, uma riqueza mineralógica e geológica de excelência que são a matriz dos solos que com “o tempero dos currais” nos podem guindar ao sucesso. Conheço esta região quase como as palmas das minhas mãos. Só que para além de tudo isto temos as nossas “Gentes” que tenho encontrado e aprendido a respeitar nas mais diversificadas áreas e que se incluem nos tais ditos recursos endógenos destes territórios eufemisticamente apelidados de baixa densidade. Infelizmente estas ainda não foram devidamente valorizadas e são autênticos esteios destes territórios, que nos permitem fazer a diferença, ontem, hoje como amanhã. Um último aspecto prende-se com a necessidade de fazer voltar o ensino superior e profissional para esta área vital da economia, a agricultura, mas também para o setor agroalimentar e da nutrição que são quem, na verdade, podem potenciar e valorizar toda uma produção agrícola nas suas mais variadas vertentes. Não tenhamos vergonha de abraçar este desafio. Mais que uma obrigação, é um desígnio de futuro para esta região. Este é um pequeno contributo de alguém que pensa um território e que, apesar das várias desilusões, continua a acreditar no futuro. Mas atenção, enquanto andamos distraídos a corrigir rotas, outros seguem os seus trilhos num passo incessante e ganham claramente a dianteira. Façamos um esforço colectivo em prol de um território, dos recursos endógenos e das suas gentes. Um enorme Bem-Haja à Gazeta Rural pelo papel insubstituível que tem feito em prol da agricultura não apenas na região como no País. Desejo mais uma década de sucesso… pelo menos! Paulo Barracosa Docente da ESAV-IPV


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Como assegurar a segurança alimentar à escala mundial Garantir a segurança alimentar à escala mundial, ou seja, o direito à alimentação de uma população que se prevê poder vir a aumentar, até 2050, de 7.000 para 9.000 milhões, num futuro contexto de profundas mudanças de natureza política, social, económica e ambiental, vai implicar um aumento ambientalmente sustentável e territorialmente equilibrada da produção global do sistema alimentar mundial; uma redução significativa dos desperdícios ao longo da cadeia alimentar (perdas da ordem dos 30 a 50% da produção de alimentos) e uma melhor repartição dos rendimentos em geral e um combate à pobreza e à fome em particular; uma governança mais alargada e eficaz dos sistemas alimentares nacionais e mundial. Estudos recentes apontam para a possibilidade de se virem a atingir nas próximas décadas e à escala mundial aumentos da produção alimentar susceptíveis de garantir um normal abastecimento dos respectivos mercados com base numa expansão das áreas cultivadas (8% dos aumentos de produção potenciais); numa intensificação dos sistemas de agricultura actualmente praticados (16% de aumentos de produção potenciais); em ganhos de produtividade física (75% dos aumentos de produção potenciais). Estes e outros estudos põem, no entanto, em causa a compatibilidade futura destas melhorias na produção alimentar com uma maior sustentabilidade ambiental e uma maior estabilidade climática; com a generalização dos modelos de consumo actualmente praticados nos países mais desenvolvidos; sem uma muito maior concentração de recursos no desenvolvimento da agricultura dos Países menos desenvolvidos (investigação e desenvolvimento, infraestruturas, investimentos produtivos, ...).

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É, hoje em dia, consensual que um crescimento da produção de alimentos de forma economicamente eficiente, ambientalmente sustentável e territorialmente equilibrada irá necessariamente implicar um novo modelo tecnológico de intensificação agrícola; um papel mais equilibrado do comércio internacional no combate à insegurança alimentar e uma intervenção mais coerente e eficaz dos Países Desenvolvidos na promoção do direito à alimentação da população mundial. Portugal, como os restantes países desenvolvidos, podem e devem ter um papel determinante na melhoria da situação alimentar mundial, contribuindo activamente para o aumento da produção de bens alimentares com base em ganhos de produtividade economicamente eficiente e ambientalmente sustentáveis e não através de políticas proteccionistas; a criação de uma reserva estratégica baseada não na disponibilidade de bens alimentares adicionais (reserva alimentar), mas sim na disponibilidade de recursos (terra, água, conhecimentos científicos e capacidade técnica) que poderão ser activados quando necessário (reserva de recursos); uma cooperação para o desenvolvimento da agricultura nos países menos desenvolvidos (investigação e transferência de conhecimentos, apoios ao investimento público e privado, abertura de fronteiras às importações, ...) e uma procura de novas formas de governança agrícola mundial (capaz de assegurar uma maior estabilidade futura dos preços agrícolas mundiais e uma resposta rápida e eficaz a situações de crise alimentar). Francisco Avillez Prof. Emérito, ISA, UL Coordenação científico da AGRO.GES


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A Europa tem de ter a preocupação de manter vivo o mundo rural P: Atendendo ao crescimento da população mundial nas próximas décadas, há dados que sustentam a necessidade de, em 2050, aumentar a produção de alimentos em cerca de 60%. Como olha para esta situação e, na sua óptica, quais as soluções possíveis? R: Esse é um dado que permite conferir o valor da agricultura e a sua importância na sociedade moderna, pelo que este é um setor que tem de ser constantemente encarado como prioritário pelos diferentes governantes. Embora exista ainda alguma área por ocupar nalguns Continentes, terá de existir fundamentalmente uma melhoria de produtividade em todas as vertentes do setor agrícola, para que se verifique um aumento da disponibilidade dos produtos agrícolas a toda a população. P: Para atingir aquele patamar, estará Portugal no caminho certo? Estaremos a definir bem a nossa política agrícola? R: O aumento da produção agrícola é essencial para que possamos acompanhar as necessidades alimentares da população portuguesa, devendo-se, assim, apostar cada vez mais num setor que é essencial para a economia portuguesa. No entanto, sabemos que o país não terá capacidade de produzir todos os alimentos necessários, mas cada região deverá aproveitar as suas potencialidades devidamente, adaptando o tipo de culturas às condições edafoclimáticas existentes e assim contribuir para o aumento da produção. P: Na sua opinião, quais os sectores que mais se irão desenvolver nas próximas décadas? R: Creio que existem vários setores importantes na agricultura nacional, como o vinho, as frutas, os hortícolas, os cereais, a carne, mas depende muito da região e no caso dos Açores,

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salientava a importância da fileira do leite que tem evoluído significativamente nas últimas décadas e mesmo assim, com as dificuldades existentes, deverá continuar a ser a principal atividade da agricultura regional. P: A Europa definiu uma “agricultura verde” para os próximos anos. Será esse o melhor caminho? R: A Agricultura e o Ambiente são complementares e necessitam uma da outra para que o mundo rural seja sustentável, mas as políticas ambientais a adoptar devem ser adaptadas às características das regiões e dos países. A Europa tem de ter a preocupação de manter vivo o mundo rural existente, que é rico e variado, devendo, por isso, criar politicas que o protejam e preservem, mas que necessariamente devam ter em consideração quem retira dali os seus rendimentos e das suas famílias, como são os agricultores, que são os principais defensores do meio que os rodeia. A ‘agricultura verde’ tem de incluir os agricultores, porque sem eles não há mundo rural. P: Que “Mundo Rural” teremos em 2050? R: Tem de ser um mundo rural que tenha agricultores que sejam capazes de produzir de acordo com as necessidades de alimentação da população, respeitando o meio que os rodeia, indo de encontro às pretensões dos consumidores que serão cada vez mais exigentes e onde a investigação terá também de contribuir para a evolução do sector agrícola. Um país ou uma região deve ter um desenvolvimento harmonioso entre o rural e o urbano, por que só desta forma, é que poderemos ter uma sociedade saudável que seja capaz de enfrentar os constantes desafios que ocorrem. Jorge Rita Presidente da Associação Agrícola de S. Miguel


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Não tenho nada a certeza que estejamos no rumo certo P: Atendendo ao crescimento da população mundial, há dados que sustentam a necessidade de, até 2050, aumentar a produção de alimentos em cerca de 60%. Como olha para esta situação? R: Como um desafio global e local. Há cada vez menos terra disponível. Os recursos marinhos estão exaustos. Questionam-se modelos tecnológicos e os seus impactos ambientais. Muda-se a geografia de consumo. Temos necessidade de manter uma atenção especial no acesso à alimentação, através do combate à pobreza e apoio ao desenvolvimento a áreas rurais mais degradadas. Promovem-se novos hábitos alimentares nos países desenvolvidos, com mais equilíbrio e menos desperdícios. Finalmente, reclama-se um comércio mundial mais justo, olhando para as pequenas agriculturas de proximidade com um sentido inovador. P: Na sua óptica, quais as soluções possíveis? R: Do ponto de vista do uso do solo e da água estamos muito próximo do limite. Mas é possível melhorar a eficiência. Isto é, produzir mais com menos. Com inovação tecnológica, particularmente em países periféricos aos grandes mercados exportadores, onde com pequenos investimentos e tecnologias adaptadas se obtêm resultados surpreendentes. Claro que este movimento não é exclusivo, todos devem participar nele. Mas não é a mesma coisa pensar uma agricultura onde a incorporação de fatores de produção está próxima do limite e agriculturas menos produtivas. Em ambos os casos devemos agir. O segredo é sabermos distinguir claramente o conhecimento como bem público e a tecnologia como bem de mercado. P: Para atingir aquele patamar, estará Portugal no caminho certo? Estaremos a definir bem a nossa política agrícola?

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R: As mudanças são contínuas, não há intervalos. Importa o ritmo como as encaramos. Não tenho nada a certeza que estejamos no rumo certo. O ritmo de investimento decresce. Temos uma visão curtoprazista em matéria de ciência e investigação. As estruturas de intermediação associativas mantêm uma postura corporativa. O modelo global de assistência técnica é muito deficitário e sem coordenação público/ privada. Avançamos por estímulos. P: Na sua opinião, quais as tendências para as próximas décadas? R: O futuro joga-se na necessidade de um uso eficiente dos regadios, onde a certificação hídrica será essencial. A produção animal vai sofrer uma reorientação no sentido de alimentos funcionais. Surgirão algumas novas culturas com potencial para serem cultivos de massa, nomeadamente de uso múltiplo. A manipulação genética acelera, nomeadamente contra riscos bióticos e aumenta a pressão dos movimentos ambientalistas. P: A Europa definiu uma “agricultura verde” para os próximos anos. Será este o caminho? R: Não há caminhos únicos. Mas os caminhos da economia e do ambiente serão cada vez mais justapostos. P: Que “Mundo Rural” teremos em 2050? R: Um mundo rural mais integrado nos mercados, com áreas agroflorestais muito produtivas vizinhas de terrenos devolutos, aproveitados para funções ambientais. Creio que haverá uma tendência para uma especialização inteligente e multifuncional dos territórios rurais. O solo rural ganhará valor. Miguel Freitas Deputado PS


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Temos de continuar a apostar na inovação As apostas do Governo, em matéria de sector primário, são e devem continuar a ser na agricultura como fonte preferencial de matéria-prima da indústria alimentar, qualificando a oferta e criando novas oportunidades de investimento e modernização; apoiar as empresas portuguesas no processo de internacionalização, encorajando a sua vocação exportadora, abrindo novos mercados. O sector agroalimentar português correspondeu a estes desafios e foi capaz de uma significativa reestruturação da produção, da concentração da oferta e do estabelecimento de boas ligações com a indústria, tendo vindo a demonstrar um aumento consistente da produção, conservação e logística e exportando hoje uma vasta gama de produtos, com maior valor económico, contribuindo assim para o equilíbrio da balança comercial portuguesa. Com efeito, o agroalimentar tem mostrado um crescimento muito interessante e sustentado, acima do resto da economia: As exportações do sector agroalimentar e bebidas atingiram em 2014 os 6000 M€, o que corresponde a um aumento de 7,8%, enquanto a economia no seu conjunto cresceu apenas 1,9%. E as importações reduziram 2,9%, enquanto no conjunto da economia aumentaram 3,2%. E por cada empresa que fecha nascem 2, no conjunto da economia, e no agroalimentar por cada empresa que fecha, nascem 6,8. Esta é a tendência que se verificou nos últimos 3 anos, tendo o défice da balança comercial reduzido em mais de 1,3 mil milhões de euros neste período. Estes resultados levam-me a acreditar que estamos no bom caminho e são um reflexo da crescente competitividade do nosso sector no quadro internacional. Os sectores, agrícola e agroalimentares estão e continuarão a ser os que melhor respondem aos desafios. E temos desafios que são globais, dos quais destaco 2 - o facto de, em 2050, sermos 9 mil milhões de pessoas para alimentar e as alterações climáticas. Temos, depois, outros desafios que são nacionais, nos quais o Governo apostou, definindo-os como objectivos como prioritários, nomeadamente alcançar a autossuficiência alimentar, em valor, do sector agroalimentar em 2020 com o contributo do território nacional como um todo e “aumentar o rendimento dos agricultores, condição essencial para a atracção de jovens para a agricultura e factor crucial para obter transformações rápidas e duráveis neste sector”.

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Com efeito, a nível global, são exigidos aumentos de produção de alimentos para fazer face às necessidades de uma população que, em 2050, ascenderá a mais de 9 mil milhões de pessoas. Estima-se que o aumento da produtividade agrícola, para fazer face às necessidades crescentes, terá de ser da ordem dos 60% e sabese que terá de ser feito sempre em total respeito pelo ambiente, por via de uma agricultura necessariamente verde, de forma a garantir a sustentabilidade do sistema e onde a utilização da água ganhará papel central. Acredito que tal só será possível com recurso à inovação, criando conhecimento e, fundamentalmente, garantindo a transferência efectiva, para os utilizadores finais, da tecnologia que já hoje existe e daquela que possa vir a ser criada. Em Portugal, a agricultura e o sector agroalimentar são peças chave de desenvolvimento. Por isso, é necessário centrar a acção na melhor relação entre a investigação e as práticas agrícolas. Esta opção permite, por um lado, a concretização de soluções inovadoras propostas pela comunidade científica e, por outro, aproximar a comunidade científica das reais necessidades de investigação por parte dos agentes económicos. Neste quadro, temos de continuar a apostar na inovação, nomeadamente ao nível empresarial. Só com a iniciativa dos empresários e com o seu empreendedorismo, será possível concretizar o desafio do crescimento inteligente. Para isso, considero fundamental a aposta na internacionalização e na diferenciação dos nossos produtos, bem como na formação dos nossos activos. Com efeito, sendo Portugal um país pequeno, sabemos que não podemos ser autossuficientes em todos os produtos, por isso deve ser objectivo do Governo alcançar a autossuficiência em valor. Por fim, resta-me referir que, se os Executivos vindouros se centrarem no tipo de política seguida pelo actual Governo, o Mundo Rural em 2050 será mais desenvolvido, terá uma bateria de oportunidades profissionais e de investimento para jovens empreendedores nos sectores primário e secundário, permitindo que a decisão de se viver em família no interior do país possa competir directamente com a de se viver no litoral ou junto das grandes cidades. Helder Amaral Deputado CDS/PP


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O respeito e reconhecimento do papel do agricultor devem ser garantidos P: Atendendo ao crescimento da população mundial nas próximas décadas, há dados que sustentam a necessidade de, em 2050, aumentar a produção de alimentos em cerca de 60%. Como olha para esta situação e, na sua óptica, quais as soluções possíveis? R: Há muito que os principais especialistas e organizações do sector alertam para as questões relacionadas com a produção de alimentos. A aposta num sector agrícola sustentável, amigo do ambiente e financeiramente justo para o produtor é primordial para o equilíbrio mundial. É imperativo garantir as necessidades dos países, inclusive dos países mais desenvolvidos. Não foi por acaso que 2014 foi o ano internacional da pequena agricultura, a FAO tentou uma vez mais alertar para a necessidade de aumentar a produção de alimentos via pequena agricultura, sendo esta também uma forma de integrar no mundo de trabalho pessoas desempregadas, contribuindo para erradicar a fome e a pobreza. Não poderia estar mais de acordo, a pequena agricultura foi sempre ao longo dos séculos o garante da riqueza e bem-estar dos países, foi ela que, nomeadamente em Portugal, permitiu a sucessivas gerações educar as seguintes até ao grau de desenvolvimento em que nos encontramos. O Ministério da Agricultura português tem vindo a apostar decididamente no sector, contudo, deve acautelar a adequada aplicação das verbas destinadas à pequena agricultura e à diversificação das actividades em meio rural. A apoiar e a contribuir há mais de 20 anos para o desenvolvimento local, temos as ADL - associações de desenvolvimento local, que através da abordagem LEADER e do actual Programa DLBC – Desenvolvimento Local de Base Comunitária, podem continuar a ser uma ferramenta imprescindível para os territórios de baixa densidade. Alerto contudo para o facto de o DLBC estar subdotado financeiramente, e com as parcerias a perderem de forma dramática a capacidade de decisão local. Mais grave foi constatar que as regiões Centro e Norte limitaram este papel de desenvolvimento no concurso terminado dia 27 de Julho de 2015. P: Para atingir aquele patamar, estará Portugal no caminho certo? Estaremos a definir bem a nossa política agrícola? R: Portugal, por intermédio do actual PDR2020, tem à disposição de todos os empreendedores milhões de euros, que exigem uma aplicação eficiente em prol do desenvolvimento e autossustentabilidade do país em termos alimentares. Garantir a autossuficiência alimentar é garantir paz social, emprego, riqueza e desenvolvimento económico de todos os sectores. Refiro uma vez mais, que as parcerias locais via o DLBC podem apoiar este desígnio de sustentabilidade nacional ao reforçarem as competências locais através do adequado e próximo 12

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conhecimento das necessidades das populações. P: Na sua opinião, quais os sectores que mais se irão desenvolver nas próximas décadas? R: Portugal tem claramente vantagens competitivas, o clima, a mão-de-obra qualificada, os recursos financeiros e a determinação dos portugueses em vencer. Os sectores da investigação, novas tecnologias, energia verde, calçado, têxtil e vestuário a par do sector agrícola serão claramente ganhadores em termos mundiais. Quero contudo destacar o agrícola (agroflorestal, pecuária, pescas…), na medida em que tem uma elevada margem de crescimento, como detém uma reconhecida qualidade final. O sector terá de enfrentar uma maior modernização e uma aposta clara no associativismo, nas redes de investigação e comercialização, como forma de defrontar as produções massivas de alguns países. O respeito e reconhecimento do papel do agricultor devem ser garantidos, não são aceitáveis, situações de especulação. Esta especulação reflecte-se nas elevadas margens de quem vende ao consumidor final, sem qualquer benefício para o agricultor. Esta prática é abominável e tem de ser corrigida por lei e principalmente, com uma maior organização por parte dos produtores. P: A Europa definiu uma “agricultura verde” para os próximos anos. Será esse o melhor caminho? R: É claramente o caminho certo, e vamos atrasados. As sucessivas reformas da PAC apenas conseguiram desestruturar a agricultura (logo a tradicional paisagem rural e seus benefícios), a favor dos grandes interesses instalados que claramente nada têm a ver com os interesses dos produtores nacionais. Valorizar a produção nacional, reduzindo a circulação dos bens beneficia o ambiente e as economias locais. Cada país deve priorizar a sua capacidade produtiva em função das reais aptidões e necessidades, importando apenas o restante. P: Que “Mundo Rural” teremos em 2050? R: Devemos exigir e contribuir para um país equilibrado, que garanta a sua subsistência alimentar e energética aliada à promoção da educação, da saúde e da justiça num exercício rápido e próximo dos seus destinatários. A Europa necessita urgentemente de um clima de paz e igualdade, caso contrário teremos certamente uma Europa social e economicamente desestabilizada. Uma Europa com pés de barro não é capaz de contribuir para o equilíbrio mundial. Cabe a cada cidadão exigir e contribuir para uma sociedade verdadeiramente democrática. Emanuel Ribeiro Associação de Desenvolvimento do Dão


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Passámos da visão miserável da agricultura sem futuro para um entusiasmo perigoso P: Atendendo ao crescimento da população mundial nas próximas décadas, há dados que sustentam a necessidade de, em 2050, aumentar a produção de alimentos em cerca de 60%. Como olha para esta situação? R: Temos de ser prudentes com essas previsões demasiado optimistas. As mentes brilhantes que fizeram essas previsões também apontaram um futuro risonho para o preço do leite e não foram capazes de prever o embargo da Rússia ou a redução de compras da China. Passámos de oito para oitenta, da visão miserável da agricultura sem futuro para este entusiasmo perigoso. A minha previsão é que a agricultura continuará a ser vital para a humanidade, mas o rendimento dos agricultores continuará a ficar retido pelos elementos da cadeia que o separam do consumidor.

P: Na sua opinião, quais os sectores que mais se irão desenvolver nas próximas décadas? R: O sector da pecuária tem estado sobre forte pressão da opinião pública, por efeito da acção dos activistas vegetarianos, amigos dos animais e ecologistas. O mundo ocidental é muito sensível aos seus argumentos que se espalham como fogo nas redes sociais. Por outro lado, os países emergentes, onde aumenta o nível de vida, tem optado por padrões alimentares ocidentais, com mais consumo de produtos animais. Qual das correntes trinfará? Iremos trocar um bife suculento e um queijo saboroso por uma salada de rebentos de soja? A partir desta dúvida, teoricamente, poderá ser mais promissor o futuro das produções vegetais, nomeadamente frutas, legumes, azeite ou floresta. Na prática, quem tiver unhas tocará guitarra e valerá sempre a pena defender os sabores que nos acompanham há milhares de anos.

P: Na sua óptica, quais as soluções possíveis? R: Do ponto de vista económico, ecológico e até de saúde pública, creio que devemos apostar mais na proximidade produtor-consumidor, no mercado local. As exportações fazem sentido nos produtos gourmet, com valor acrescentado ou fora de época, mas acho absurda a quantidade de energia que se gasta a transportar água de um lado para o outro do planeta, por exemplo, quando as grandes superfícies importam produtos que sobram nos outros países porque os hipermercados desses países se abastecem no mercado oposto. Por outro lado, além de produzir bem, bom e barato (eficiente), temos de gerir melhor as organizações agrícolas, associações e cooperativas, para valorizar a produção face à indústria e distribuição.

P: A Europa definiu uma “agricultura verde” para os próximos anos. Será este o caminho? R: Estou de acordo, se entendermos esse verde como sustentável, do ponto de vista económico e ecológico. Ecológico que não seja apenas biológico, mas com uso responsável e cauteloso das inovações tecnológicas que resultam da investigação agronómica, tanto ao nível de sementes como de agroquímicos, com utilização racional da energia, etc. O pensamento actual da sociedade ocidental, formatado pelas televisões e redes sociais, é contraditório e inconsequente: valorizamos a investigação, as tecnologias e o conhecimento, mas depois dizem-nos que “antigamente é que era bom” e rejeitamos os produtos que resultam da investigação científica. E para valorizar o “biológico”, que tem sempre boa imprensa, puxamos para baixo o “convencional”, que por acaso continua a representar mais de 90% da agricultura, que produz os alimentos com mais baixo custo e que permitiu à nossa sociedade reduzir a percentagem de alimento que gasta na alimentação podendo assim ter acesso a outros bens e outro conforto.

P: Para atingir aquele patamar, estará Portugal no caminho certo? Estaremos a definir bem a nossa política agrícola? R: Estou de acordo com o objectivo de equilibrar a balança comercial e que os agricultores possam escolher o que produzir livremente, onde tem experiência e vêem resultados, em vez da economia planificada dos sectores estratégicos. Estou também de acordo com o impulso para a adesão às Organizações de produtores. Por outro lado, preocupa-me a concentração e o poder económico da moderna distribuição, a falta de uma escola de liderança para as organizações agrícolas e a falta de investigação aplicada à agricultura. Não vejo as Universidades a substituir o trabalho das antigas Estações Agrárias. A investigação não existe ou não chega aos agricultores. Quem dá apoio técnico são as empresas privadas.

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P: Que “Mundo Rural” teremos em 2050? R: Partindo do princípio que continuaremos a evoluir como até agora, teremos um mundo rural mais próximo do urbano e uma agricultura com menos gente, mais tecnológica, mais eficiente e mais diversificada, coexistindo o convencional com o biológico, o tradicional com a inovação, o básico com o sofisticado. Mais do que “um caminho”, aposto na diversidade. Carlos Neves www.aprolep.pt www.produtoresdeleite.pt


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Mundo Rural em 2050? Tenho a ‘bola de cristal’ em reparação P: Atendendo ao crescimento da população mundial nas próximas décadas, há dados que sustentam a necessidade de, em 2050, aumentar a produção de alimentos em cerca de 60%. Como olha para esta situação e, na sua óptica, quais as soluções possíveis? R: Julgo que a situação pode ser encarada em diferentes ângulos: demográfico, de desenvolvimento produtivo, de eficiência produtiva ou da redução de desperdício… Do ponto de vista demográfico, as mais recentes projecções apontam para uma ligeira desaceleração do crescimento populacional que se previa há poucos anos. Em algumas zonas do globo é notório o decréscimo da taxa de natalidade, sendo que para além dos países ocidentais, também nas economias emergentes a evolução menos galopante daquela taxa acompanha a evolução económica e a melhoria das condições de vida de largas faixas da população. Por outro lado, o envelhecimento das populações ou, se quisermos, o aumento da esperança de vida cria necessidades alimentares algo diferentes das que são sentidas nos países com a pirâmide demográfica muito marcada. Ao nível do desenvolvimento produtivo, devem considerarse a conquista de amplas áreas para a agricultura, produção pecuária e aquacultura até aqui improdutivas. A estas podem somar-se zonas que não podiam ser utilizadas produtivamente por força de conflitos bélicos prolongados e que com a obtenção de acordos de paz mais sustentados podem ser reaproveitadas. Mas a produção não beneficia apenas de maiores áreas, beneficia também da eficiência crescente da própria produção, seja a nível agrícola, agro-pecuário, agroflorestal ou piscícola, mas também a nível do correspondente processamento, e isto surge por uma maior adaptação da produção primária às necessidades da transformação industrial, mas também pelo maior aproveitamento de subprodutos e de outros materiais que até há pouco tempo eram descartados como resíduos. Finalmente, parece começar a vingar uma cultura de combate ao desperdício em todos os elos da cadeia alimentar, dos sectores a montante da produção primária até ao próprio consumidor. A preocupação ambiental, a responsabilidade social e até as próprias dificuldades económicas sentidas por largas franjas da população mundial tendem a potenciar esta mudança comportamental. Por tudo isto e pela crescente capacidade de produção e transformação agilizarem a sua reacção às flutuações da oferta, adequando a oferta em quantidade, diversidade, regularidade e sazonalidade, dão-nos algumas garantias 14

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que não suprindo (tal como não suprem hoje) as necessidades de todos, em todos os locais e a todo o tempo, darão uma resposta adequada à evolução da procura alimentar a nível mundial. P: Para atingir aquele patamar, estará Portugal no caminho certo? Estaremos a definir bem a nossa política agrícola? R: Portugal será sempre um país ‘marginal’ no combate às necessidades alimentares à escala global, mas isso não impede que o somatório dos sectores alimentares marginais por todo o mundo dê um contributo muito importante para suprir essas necessidades. Já fui um defensor mais afoito de uma política agrícola nacional. Hoje considero que a diversidade produtiva e a capacidade da(s) política(s) lhe darem resposta positiva, mas não intrusiva, permite o desenvolvimento de um verdadeiro empresariado agrícola, ponto fundamental na transformação e desenvolvimento da agricultura nacional. Num país que, apesar de relativamente pequeno, apresenta áreas com tão diferentes capacidades produtivas, com tão diferentes organizações da propriedade e com um crescendo de inovação a chegar ao mundo rural, mais do que orientar, cabe às políticas e aos políticos sinalizar oportunidades, criar condições de exportação, minimizar custos de contexto e não obstruir opções que se mostrem como viáveis do ponto de vista empresarial. P: Na sua opinião, quais os sectores que mais se irão desenvolver nas próximas décadas? R: Há dois sectores fora do perímetro tradicional da agricultura – floresta e piscicultura – que têm tudo para dar um enorme salto nos próximos anos. Hortofrutícolas, vinho e azeite, até por força do trabalho levado a cabo por organizações sectoriais cada vez mais profissionais e eficazes, têm um espaço privilegiado de crescimento. O sector pecuário, depois de um período relativamente longo de evolução positiva, encontra-se numa encruzilhada com alguns subsectores a carecerem de uma clara reinvenção, seja ao nível de opções produtivas, seja ao nível de estruturas, seja ao nível dos protagonistas. Aqui deve adicionar-se também todo o tema da alimentação animal e da necessidade de aumentar substancialmente os níveis de autossuficiência, sob pena de uma exposição excessiva e penalizadora à volatilidade dos mercados internacionais. Os produtos tradicionais, enquanto nichos, podem ser um foco de dinamização económica de pequenas comunidades, mas deverão, mais cedo ou mais tarde, optar entre uma


lógica de comércio de proximidade e de foco de atracção de um gastroturismo, enoturismo e turismo de natureza, convidando o consumidor a provar in loco esses produtos, ou – noutro sentido – atacarem mais decididamente os mercados, devendo, nessa via, adoptar medidas que promovam o crescimento das produções, respeitando requisitos de qualidade, mas combatendo arcaísmos, corporativismos e purismos excessivos. P: A Europa definiu uma “agricultura verde” para os próximos anos. Será esse o melhor caminho? R: Entre o léxico ‘bruxelês’ e a realidade há, em muitos casos, uma ampla distância. Muitos dos requisitos e exigências que configuram a ‘agricultura verde’ surgem mais como acréscimos de burocracia e controlo do que como formas de concretizar uma maior racionalidade e sustentabilidade da actividade agrícola. Por outro lado, regras que são definidas para um quadro geográfico alargado, mas depois esquecem as especificidades não da agricultura europeia, mas das muitas agriculturas europeias tendem a não produzir os resultados esperados. Finalmente, a agricultura deve promover objectivos ao nível do desenvolvimento regional, ao nível da ocupação do território ou ao nível da sustentabilidade ambiental, mas não deve ser secundarizado o papel da agricultura como actividade económica e, nesse sentido, devem ser definidos objectivos que promovam a sua competitividade, seja

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face aos seus principais clientes, seja face às agriculturas concorrentes de outras partes do globo, nem esquecido o facto de a globalização promover a cada vez mais livre circulação de produtos, sem que os mesmos, no entanto, sejam produzidos sob as mesmas regras, acedam a factores de produção em condições de igualdade ou sejam obrigados ao mesmo conjunto de requisitos. P: Que “Mundo Rural” teremos em 2050? R: Tenho a ‘bola de cristal’ em reparação, mas, ainda assim, julgo que será um “mundo” mais próximo do “mundo urbano”, em que a produção muito beneficiará da contribuição positiva que lhe será aportada pela tecnologia, em que os agricultores disporão de condições de trabalho mais dignas, menos duras e mais adequadas a darem corpo ao normal desejo de os pais agricultores gostarem ver os filhos seguirem a sua actividade. Será um mundo em que a integração vertical será fundamental para a criação de valor e a adequação do produto às necessidades do consumidor, verdadeiro ‘ditador’ do mercado, mas em que, em simultâneo, deverá ser desenvolvida a cooperação horizontal, também ao nível da produção primária, rentabilizando investimentos, complementando produções e dinamizando a qualidade de vida de quem se dedica a esta actividade. Pedro Pimentel


opinião

Temos que encontrar um bom equilíbrio entre a produção bruta e os consumos intermédios P: Atendendo ao crescimento da população mundial nas próximas décadas, há dados que sustentam a necessidade de, em 2050, aumentar a produção de alimentos em cerca de 60%. Como olha para esta situação? R: Merece-me dois comentários. O primeiro é que tais estimativas significam que a agricultura tem futuro, pois a perspectiva é de um alargamento dos mercados agroalimentares. O segundo é que representa um desafio à inovação tecnológica, pois os solos ainda disponíveis já são relativamente escassos P: Na sua óptica, quais as soluções possíveis? R: A primeira passa pela necessidade de os Estados e as Empresas investirem mais em inovação e experimentação. Algo que no nosso país não tem acontecido. E, naturalmente, pela capacitação profissional dos agricultores. Para além desse desafio, em Portugal, torna-se também estratégico encontrar formas de mobilizar para a produção os cerca de 30% de terras incultas e abandonadas, sob pena de voltarmos a regredir em matéria de auto-aprovisionamento agroalimentar. P: Para atingir aquele patamar, estará Portugal no caminho certo? Estaremos a definir bem a nossa política agrícola? R: Na minha opinião, temos que encontrar um bom equilíbrio entre a produção bruta e os consumos intermédios para conseguir essa produção. O que acontece actualmente é que navegamos entre dois extremos. Por um lado temos sectores de elevada intensificação tecnológica, mas à custa de factores de produção e consumos intermédios muito elevados e importados. Ora, de pouco serve aumentar a produção, mas reduzir o valor acrescentado e, especialmente,

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o valor acrescentado nacional. Por outro lado, temos um outro extremo que é o de o actual sistema de pagamentos directos da PAC ser demasiado generoso para os sistemas agrários muito extensivos, geradores de muito pouco valor acrescentado e de muito pouco emprego rural. P: Na sua opinião, quais os sectores que mais se irão desenvolver nas próximas décadas? R: As estimativas apontam para as grandes commodities: cereais, oleaginosas e carne. Mas também frutas e legumes. No nosso caso penso que temos que encorajar este último tipo de produções, por serem daquelas em que temos mais vantagens comparativas, a par do vinho, e por gerarem muito valor acrescentado nacional. P: A Europa definiu uma “agricultura verde” para os próximos anos. Será este o caminho? R: O que devemos defender é que os sistemas produtivos, sejam eles quais forem, sejam sustentáveis do ponto de vista ambiental, económico e social. Falar em agricultura verde ou greening, como aconteceu nesta reforma da PAC, parece-me algo mais próprio de um certo tipo de folclore político para agradar a sectores que nunca nada fizeram pela agricultura nem pelo mundo rural. P: Que “Mundo Rural” teremos em 2050? R: Espero que mais sustentável neste triplo sentido e gerador de maior rendimento para os agricultores e suas famílias. E que a agricultura seja um pilar ainda mais forte da nossa economia e do nosso mundo rural. Arlindo Cunha Presidente da CVR Dão


opinião

O desafio é grande e antecipa uma enorme disputa pelos solos de cultivo P: Atendendo ao crescimento da população mundial nas próximas décadas, há dados que sustentam a necessidade de, em 2050, aumentar a produção de alimentos em cerca de 60%. Como olha para esta situação? R: Atendendo a que a população a nível mundial está a crescer, fruto da evolução das civilizações, e obviamente devido à aldeia global, que hoje o mundo encerra, acresce o facto de que determinadas economias consideradas mais frágeis apresentam uma evolução assinalável. Nesse sentido, surgem novas necessidades e novos hábitos de consumo e eis que o panorama para o lado de quem produz aparentemente se torna mais desafiante. Importa, no entanto, não esquecer que os recursos do planeta em solos e água são escassos, associando-se o fenómeno das alterações climáticas, o que restringirá ainda mais áreas de cultivo no futuro. O desafio é efectivamente grande, antecipando uma enorme disputa pelos solos de cultivo, vindo a colocar as grandes agroindústrias e multinacionais numa igual contenda. Com isso a agricultura familiar e de menos recursos tende a desaparecer mais rapidamente. Os políticos e os grandes empresários devem perceber que esse tipo de agriculturas alimenta milhões de pessoas, que consomem uma boa parte do que produzem. P: Na sua óptica, quais as soluções possíveis? R: O poder das multinacionais deveria ser mais condicionado e ter em linha de conta as grandes estratégias políticas mundiais e por grupos dos distintos países. Os cenários no futuro assumem, na nossa perspectiva, contornos que são necessários gerir com pinças, para que a produção de alimentos e as tecnologias que estão à disposição sejam suficientes para podermos alimentar as pessoas, sem que com isso haja uma destruição do ambiente, dos recursos e dos ecossistemas. Há necessidade de manter pessoas em vastas regiões do mundo, as quais devem continuar a produzir e a gerir com eficácia os recursos naturais disponibilizados, mas em moldes mais competitivos. P: Para atingir aquele patamar, estará Portugal no caminho certo? Estaremos a definir bem a nossa política agrícola? R: Em parte pensamos que sim. Quando hoje se afirma que a agricultura portuguesa no geral está mais moderna, produtiva, competitiva e exportadora, apenas estamos a falar de uma parte do sector e de uma fracção do nosso país. Falamos de grande parte do Ribatejo e Oeste, parte do Alentejo e pequenas manchas de vinha, hortícolas em determinadas zonas do país, na bacia 17

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leiteira de Entre Douro e Minho e nos Açores (sector com graves problemas no presente, mas que julgamos ser possível ultrapassar). Desta forma, é imperativo o desenvolvimento da restante área Nacional, analisando em pormenor quais os constrangimentos, tendo em conta as potencialidades de cada zona, e qual a forma mais eficaz de se atingirem melhores resultados. Apostar na produção de produtos de qualidade, toldados para determinados nichos de mercado, é algo que pode assegurar o futuro dessas regiões (na maioria pouco atractivas). P: Na sua opinião, quais os sectores que mais se irão desenvolver nas próximas décadas? R: A nossa agricultura, dita competitiva, vai seguramente assentar nos sectores vinícola, hortícola, frutícola, olivícola e florestal. A nossa agricultura de qualidade pode apostar em tudo o resto, desde que se alie tradição, tecnologia e inovação ao espírito empreendedor e ao conhecimento. É preciso impulsionar este crescimento, de forma a contrariar o abandono de parte significativa do nosso território. P: A Europa definiu uma “agricultura verde” para os próximos anos. Será este o caminho? R: São curiosas as grandes definições da Europa. Na sua essência até podemos concordar com elas, porque de facto o caminho é por aqui, produção em harmonia com a natureza e com as especificidades das diferentes regiões. No entanto, têm de assegurar que as grandes definições estratégicas são efectivamente aplicadas em todos os países. Deve existir um determinado grau de liberdade nos estados para tomarem as suas decisões, mas a aplicação das linhas mestras devem ser mais exigentes, de forma a evitar que cada um siga as suas missivas isoladamente em função dos resultados políticos e não de uma estratégia aclamada por todos. P: Que “Mundo Rural” teremos em 2050? R: Em função das respostas às anteriores questões, ambicionase um mundo rural vivo e dinâmico, com qualidade de vida, com serviços de proximidade às populações, prático e eficiente, com jovens a apostar na agricultura e em actividades que lhe estão associadas, e com outros jovens que paulatinamente se podem ir deslocando e iniciando os seus negócios nestas regiões. A qualidade do ar que se respira, os ruídos urbanos que se evitam, aliados às novas tecnologias, e a determinadas vantagens que devem desde já ser colocadas à disposição de jovens e investidores vão seguramente fazer a diferença no futuro. Firmino Cordeiro Director Geral da AJAP


Entre a terra e a tecnologia As questões da produção agroalimentar são cada vez mais prementes, já que se estima que a população do planeta atinja 9 mil milhões de habitantes em 2050. Como alimentar tanta gente com recursos planetários escassos e finitos? Não é fácil de antever, mas perspectivam-se mudanças nos processos agrícolas de modo a compatibilizar mais produção alimentar com menor pressão sobre os recursos. Quiçá assistiremos a duas tendências aparentemente opostas, mas realmente complementares: por um lado, o crescimento da pequena agricultura de proximidade dos produtos tradicionais e/ou biológicos e, por outro, uma agricultura de cariz cada vez mais tecnológico que possa satisfazer uma gama mais alargada de consumidores. No que respeita à agricultura biológica tem-se assistido a uma procura crescente por parte dos consumidores, sobretudo nos países ocidentais. O modo bio virou moda e hoje, apesar de mais caros, os produtos biológicos já constituem uma importante fileira impondo-se no mercado por uma simples razão: são melhores. Melhores em sabor, duração, rendimento e melhores para a saúde, tanto alimentar como ambiental. Portugal, mercê de razões históricas nem sempre felizes, oferece condições naturais notáveis à criação desta ‘fileira’ que não só mostrou grande resistência aos embates da crise, como até se tem expandido. Há cada vez mais produtores de sucesso nesta área e cada vez mais gente a querer dedicarse a ela, registando-se igualmente uma crescente procura por parte dos consumidores: nos últimos anos abriram várias lojas e pequenos mercados bio, além de lojas on line. Dir-se-ia que muitos consumidores, atingidos nas suas possibilidades de adquirir pela lógica da quantidade, dão cada vez mais importância à lógica da qualidade. Ainda é um nicho, mas veio para ficar e crescer. Os produtos tradicionais de qualidade seguem esta mesma linha: por um lado, estão já enraizados na produção e gastronomia de cada região e, por outro, criam uma relação de proximidade e confiança entre consumidores e produtores. Sem esquecer igualmente que esta proximidade pode contribuir para a diminuição da ‘pegada carbónica’, fundamental num tempo de adaptação às alterações climáticas. Acresce que, se no passado uma grande maioria dos produtos qualificados com denominação de origem protegida eram vinhos, queijos e enchidos, hoje acentua-se a qualificação dos produtos mais rotineiros e banais do dia-a-dia como frutas, legumes e cereais. Veja-se em Portugal os casos da pera Rocha do Oeste, da batata doce de Aljezur ou do arroz carolino do Mondego e das Lezírias Ribatejanas. Ao mesmo tempo, assistiremos também a uma nova ordem alimentar onde se desenham novas relações entre a saúde e alimentação. Estas abrem caminhos inovadores no campo da genética molecular como a nutrigenética e a nutrigenómica. Como debateram vários especialistas na conferência “Futuros Alimentares: perspectivas passadas e presentes”, realizada em Junho no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, este é um campo que tenta dar resposta a um dos paradoxos alimentares que mais se acentuará no futuro: os

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problemas simultâneos da obesidade e da escassez alimentar. Outro aspecto abordado na referida Conferência foi o futuro tecnológico da carne. Têm sido desenvolvidos ensaios para a substituir e minimizar o impacto da produção agropecuária no ambiente, já que este é um dos sectores que mais contribui para os gases com efeito estufa e para o desmatamento. Inventar uma forma de produzir carne sem ter de matar animais é também uma das justificações para investir na tecnologia da carne in vitro - uma carne que é artificialmente produzida em laboratório através de algumas células de animais. Tudo isto levanta problemas bioéticos importantes como a manipulação do gosto, a manipulação de animais, o que se entende por natural e artificial e também como novos produtos podem mudar radicalmente as relações que os humanos tem com as outras espécies. O sistema alimentar actual é sem dúvida marcado por fortes contradições, tensões, paradoxos, problemas e dilemas éticos, políticos e económicos. Os cenários alimentares que se estão a desenhar hoje irão configurar as políticas e práticas de produção e consumo futuras. E serão diversificados - entre a mais elementar e localizada horta de origem tradicional ou bio, esteja esta no campo ou na cidade, e a mais sofisticada e deslocalizada ementa de origem high-tech. Luísa Schmidt, Monica Truninger e José Gomes Ferreira Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa


De 4 a 6 de Setembro

Feira do Vinho do Dão 2015 terá o maior número de produtores de sempre A Câmara de Nelas prepara a edição 2015 da Feira do Vinho do Dão, que este ano conta, para já, com 51 produtores de toda a Região Demarcada, naquela que será a maior de sempre. “Este é o primeiro motivo de sucesso”, referiu Sofia Figueiredo, vereadora da Câmara de nelas à Gazeta Rural, sublinhando que a importância que a mesma tem para o sector, pois é a única Região Demarcada que tem uma grande feira do vinho. “Acreditamos que esta feira, pela adesão dos produtores, explica que é um evento de negócio, onde os produtores se sentem bem, porque fazem um investimento que a Câmara apoia”, refere Sofia Figueiredo, explicando que “nunca o custo da presença na Feira é reflectido directamente na inscrição do produtor”, pois “temos uma estrutura disponível para guardarem o vinho para venderem durante a feira”. A aposta da autarquia de Nelas no certame tem-se vindo a reflectir no número de visitantes, especialmente de profissionais, que todos os anos visitam o coração do Dão. “Esta é uma feira de venda de vinho, de negócio, e estamos muito satisfeitos com isso”, refere a aquela responsável, que salienta que “pela primeira vez, no centro dos produtores, estarão os dois grandes promotores da Feira do Vinho do Dão que é o município de Nelas e Comissão Vitivinícola Regional

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do Dão, que estará, este ano, num espaço partilhado com o município, que visa, “mostrar a todos o envolvimento dos dois promotores no certame e no apoio aos produtores. A Feira será também o centro de uma grande acção de promoção da Rota do Vinho do Dão, recentemente lançada. “Vamos ter a mesma a dinâmica que no ano passado resultou muito bem entre a gastronomia e a animação musical”, referiu Sofia Figueiredo, que destacou a responsabilidade do Chef Diogo Rocha na dinamização do espaço de gastronomia, que não terá sessões de showcooking, mas conversas descontraídas em torno dos tachos e dos pratos, entre os produtos e os produtores, com enchidos, o queijo Serra da Estrela, o pão, o azeite, o mel, as compotas e a doçaria. No plano gastronómico haverá a Praça da Alimentação, “este ano reforçada com condições para quem visitar a feira possa almoçar e jantar, com a qualidade que se exige”, sublinha a vereadora. Sofia Figueiredo destaca, no plano de animação, para as três noites da feira o grande espectáculo etnográfico, que na edição 2014 fez um enorme sucesso, encenado pelo director artístico António Leal - “As músicas que o vinho Dão” -, este ano melhorado e com uma abertura que deixará os presentes de boca aberta.


Com investimento de 1,2 ME e nova configuração

Feira de S. Mateus abre a 7 de Agosto Abre a 7 de Agosto a 623.ª edição da Feira de S. Mateus, a mais antiga feira franca viva da Península Ibérica, que decorre em Viseu até 13 de Setembro. O certame, que conta com um orçamento que ronda os 1,2 milhões de euros, tem em Daniela Mercury, António Zambujo, Pedro Abrunhosa, Anselmo Ralph, Tony Carreira, Xutos e Pontapés e José Cid os nomes mais sonantes que compõem o cartaz da Feira de S. Mateus, que este ano terá uma nova configuração. “A edição de 2015 consolida o projecto de revitalização deste grande certame histórico e popular de Viseu. Um novo ‘layout’ da Feira, um novo palco, uma nova marca, uma programação mais atractiva para todos os públicos e uma maior reconciliação com a história e a memória prometem surpreender”, adiantou o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques. Em 2015, a Feira de São Mateus “revoluciona o seu ‘layout’ apresentando-se mais bonita, mais atractiva, mais amiga dos encontros, do passeio com o imaginário do velho picadeiro da antiga Feira”. De acordo com o autarca de Viseu, a mobilidade e a segurança saem também reforçadas, assim como a organização dos expositores e feirantes. No que toca a espectáculos, “aposta num cartaz musical para todos”, em que a programação para os jovens é a principal novidade, preenchendo uma lacuna identificada em edições anteriores. “Será sem dúvida o melhor cartaz dos últimos anos”, considera a organização. Ao todo, estão confirmados 50 concertos, cerca de 300 expositores e 30 tascas e restaurantes, num espaço que ronda os 50 mil metros quadrados, sendo nove mil dedicados às diversões. Certame lança APP para smartphones e tablets Este ano, a Feira de São Mateus tem a sua estreia no universo das APP para smartphones e tablets. Pela primeira vez, os amigos da Feira podem fazer o download da APP deste grande certame viseense. Estão disponíveis versões para Android e iOS. A programação de eventos, as notícias e as informações úteis do certame ficam agora mais disponíveis nos dispositivos móveis. “Esta é uma aposta na modernização da Feira e na

conquista de novos públicos”, sublinha Almeida Henriques, presidente da Câmara de Viseu. Com este novo passo, a Feira abrange novos canais e reforça a sua proximidade a públicos mais receptivos às novas tecnologias. A esta novidade soma-se a estreia da Feira de São Mateus na venda de bilhetes online, através da Blueticket, bem como nos balcões da rede nacional de lojas como a FNAC, Worten ou El Corte Inglés. Para descarregar a APP basta pesquisar pelo nome do evento na APP Store (no caso dos iOS) ou no Google Play (para Android). A actualização da informação na APP será efetuada de cada vez que o dispositivo se encontrar ligado à internet.

Estrada Nacional, 2 3515-331 - Campo - Viseu Tel. 232 459 325 - 232 450 612 Fax. 232452 330 20

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E-mail.: santaluzia.geral@gmail.com


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Proposta já foi feita à ministra da Agricultura

Anadia quer acolher centro nacional de investigação de espumantes A criação de um centro de investigação nacional de espumantes na centenária Estação Vitivinícola da Bairrada (EVB) foi proposta à ministra da Agricultura e do Mar, revelou fonte autárquica. Em carta dirigida a Assunção Cristas, os presidentes da Câmara de Anadia, da Comissão Vitivinícola da Bairrada e da Associação Rota da Bairrada sugerem a dinamização da Estação Vitivinícola através da criação de um centro de investigação de espumantes. Remetendo para o plano de acção estratégica “Bairrada 2030”, em desenvolvimento pelos oito municípios da região, com a colaboração das universidades de Aveiro e de Coimbra, os signatários mencionam o papel central que o mesmo atribui à EVB em matéria de dinamização da região e do país vitivinícolas. O trabalho pioneiro desta instituição, criada em 1887, e o seu papel fulcral no domínio que o espumante da Bairrada actualmente detém no mercado nacional, são algumas das razões apontadas para que a EVB seja equacionada como futuro Centro de Investigação Nacional de Espumantes, propondo-se que o seu trabalho decorra em articulação com as Universidades de Coimbra, Aveiro e Trás-os-Montes e Alto Douro, bem como com o Biocant, sediado em Cantanhede. No documento são apontadas três áreas a que o centro de investigação poderá dedicar a sua actividade: Viticultura, Enologia e Observatório. Para cada uma das áreas são 22

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formuladas propostas de temas e de acções passíveis de desenvolvimento.

Comissão Vitivinícola apresentou projecto “Baga Bairrada” A Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB) apresentou em Lisboa o projecto “Baga Bairrada”, evento que contou com a presença do presidente da CVB e também dos produtores que já se associaram a este projecto e que deram a conhecer e a provar os espumantes produzidos com a chancela “Baga Bairrada”. O projecto visa a criação de uma nova categoria de produto, valorizando os espumantes de Baga Bairrada (branco, rosé e tinto), cuja produção passa a ser uniformizada, cumprindo determinados parâmetros que vão ser regulados pela utilização da logomarca “Baga Bairrada”. A importância da casta Baga na valorização e diferenciação dos espumantes Bairrada é hoje uma realidade indesmentível. Durante muitos anos foram vários os produtores que encontraram nesta casta o complemento perfeito para os seus lotes de vinho base espumante. No entanto, nos últimos 8 a 10 anos os espumantes varietais de Baga têm ganho adeptos na produção, mas também junto da crítica especializada e do consumidor, que lhe atribuem uma conotação bastante positiva.


Certame vai contar com cerca de 180 expositores

José Cid é cabeça de cartaz da ExpOH – Feira Regional de Oliveira do Hospital O popular cantor José Cid é o nome sonante do cartaz de espectáculos da ExpOH – Feira Regional de Oliveira do Hospital que tem lugar de 4 e 9 de Agosto, este ano mais centrada, já que foi reduzida de dez para apenas seis dias. O certame vai contar com cerca de 180 expositores e, segundo o director executivo da Feira, “o menor número de dias não diminuiu a capacidade de atracção da feira”, referiu na apresentação do certame Francisco Rodrigues, destacando que “o número de expositores se mantém”, tendo-se verificado “uma grande adesão por parte das entidades, o que deixa a organização bastante satisfeita”. Para o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, a ExpOH “vai ser, sobretudo, um local de encontro e de convívio, aproveitada para viver algumas noites sem stress”, afirmou José Carlos Alexandrino, lembrando que o lema da feira é “viva a vida, que amanhã já pode ser tarde”. O autarca defendeu que apesar da feira “estar mais concentrada em número de dias”, ainda assim, espera “o mesmo número de visitantes de 2014”. “Os primeiros três dias do programa são para acontecimentos de Oliveira do Hospital, por isso a EXPOH será uma festa de oliveirenses para oliveirenses”, afirmou José Carlos Alexandrino, referindo que, apesar da redução do número de dias e com um orçamento mais reduzido, o evento “continua a ser a maior festa/feira do interior da região Centro”. Ainda assim, acrescentou o edil, “para atingirmos outro patamar e para jogarmos noutra divisão, teríamos que investir muito mais, porque as grandes feiras da região Centro investem mais de um milhão de euros e, por isso, ganham outra dimensão”.

“A ExpOH vai continuar a sua caminhada” Com menos dias, este será um certame mais económico que o de anos anteriores. “Fizemos uma ExpOH desenhada de acordo com a nossa capacidade financeira, porque queremos um evento sustentável e com rigor financeiro”, referiu o vice-presidente da Câmara e vereador da acção social, que manteve a tónica do discurso de José Carlos Alexandrino.

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José Francisco Rolo afirmou que “a ExpOH vai continuar a sua caminhada, agora na sexta edição, iniciada em 2010”, pois, sustentou, “queremos um grande evento para projectar Oliveira do Hospital, um evento popular e atractivo para todos os segmentos de público”. Segundo o vice-presidente da Câmara, “a comissão organizadora preparou a feira para ser apelativa a vários segmentos do público, não só pelo cartaz, mas também pelos próprios expositores. Temos uma feira direccionada para as famílias, com um espaço de convívio e de lazer, espaços de gastronomia, mas também da oferta associativa. Para além disso, queremos a feira muito dirigida para os expositores, num espaço de mostra do comércio, da indústria e dos serviços, mas também de criação de oportunidades de negócio”. Porém, salientou José Francisco Rolo, a ExpOH “sempre teve uma marca muito forte de solidariedade social” e que tem na Mostra Social e na Gala Social uma “imagem de marca”. Relembrando que “a economia social de Oliveira do Hospital é constituída pelas instituições particulares de solidariedade social, que representam uma grande gama de prestação de serviços para as famílias, para as crianças, para os idosos, mas também pelos seus níveis de empregabilidade”, o vicepresidente da Câmara frisou que o sector “já ocupa cerca de 800 pessoas”.

José Cid prometeu um bom concerto José Cid é o nome sonante do cartaz da ExpOH. Na apresentação do certame, o popular cantor prometeu “um bom espectáculo” no dia 7 de Agosto. José Cid mostrou-se agradado por “regressar a uma terra belíssima, como é Oliveira do Hospital, e cantar aqui é sempre muito bonito”. O cantor tem uma ligação ao concelho, pois foi casado com a artista Maria Armanda, já falecida, e que era natural de Oliveira do Hospital. O cantor vai voltar ao concelho a 7 de Outubro para um concerto “solidário” a favor dos bombeiros locais.


Décima primeira edição decorre até 9 de Agosto

Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra arranca em Sernancelhe Pedro Abrunhosa, Quinta do Bill, Augusto Canário, Maria Lisboa e Minhotos Marotos são os nomes sonantes do cartaz do Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra, que decorre em Sernancelhe de 1 a 9 de Agosto. A par do festival, o certame mantém a componente comercial com a exposição de stands, tasquinhas, automóveis, artesanato, diversões e insufláveis, sendo esperada a visita de milhares de pessoas durante os dias de Festival. Naquele período, a zona da Feira e Central de Camionagem de Sernancelhe transformar-se-á num mega recinto de espectáculos e animação, confirmando o Festival da Amizade como um evento de projecção nacional, ponto de encontro dos emigrantes que por esta altura do ano se encontram de férias no Concelho e na Região. Em simultâneo, decorrerá a Feira Sementes da Terra, iniciativa reconhecida pela sua importância económica, para a qual está já assegurada a presença de mais de meia centena

de empresas dos mais diversos sectores de actividade, sendo grande parte empresas locais. A organização, da responsabilidade da Associação Sementes da Terra, Associação Comercial e Industrial de Sernancelhe (ACIS), Associação dos Funcionários do Município de Sernancelhe (Âmbula) e Escola Profissional de Sernancelhe (ESPROSER), conta com o apoio do Município de Sernancelhe e Aquisern, mantendo a fórmula de sucesso que caracteriza o evento. A longevidade desta iniciativa constata-se também pelo envolvimento que conseguiu gerar ao longo de dez edições, repetindo-se este ano o dia da responsabilidade dos Bombeiros Voluntários e da Casa do Benfica de Sernancelhe, revertendo as receitas das bilheteiras para cada uma das organizações, tendo em vista a prossecução das suas actividades humanitárias e desportivas em favor da população.

De 12 a 16 de agosto, na Zona Ribeirinha

A sardinha é rainha em Portimão De 12 a 16 de agosto, Portimão celebra o seu principal ícone gastronómico e por toda a cidade o clima é de festa, aliada ao aroma da tradicional sardinhada que promete abrir o apetite a toda a gente. A animação será uma constante no eixo da zona ribeirinha que liga o Museu de Portimão à zona “Entre Pontes”, com artesanato, doçaria, magia e sonoridades várias, que vão do folclore à música portuguesa, passando pela magia, tendo sempre presente a boa sardinha assada. Acabada de pescar e colocada nas brasas previamente preparadas pelos especialistas dos mais tradicionais restaurantes de Portimão, a sardinha assada será sempre a rainha da festa, acompanhada pelo melhor pão caseiro e pela típica salada à algarvia. Este ano, o prato “festival” volta a marcar presença. Composto por uma fatia de pão, quatro sardinhas, batata 24

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cozida e salada à algarvia, ao longo dos cinco dias do evento a um preço especial nos restaurantes aderentes. Para quem desejar experimentar uma sardinha no pão, vai ter ao dispor pontos de venda junto à Antiga Lota, que voltarão a encher a zona ribeirinha de Portimão do mais tradicional e característico aroma da sardinha assada. Dois pontos de venda assegurados por duas colectividades locais, a GEJUPCE e Boa Esperança. Para além de muita animação musical, numa área exposicional de artes e sabores regionais ao ar livre, entre o Jardim Bívar e a Antiga Lota, é possível adquirir artesanato, bijuteria, aguardente de medronho, doçaria, petiscos e muitos outros produtos. O Festival da Sardinha é uma organização da Câmara de Portimão, com o patrocínio de várias empresas e parceiros.


De 4 a 9 de Agosto no Bombarral

Esperados setenta mil visitantes no Festival do Vinho e da Pera Rocha Setenta mil visitantes são esperados este ano no XXXII Festival do Vinho Português e XXII Feira Nacional da Pera Rocha, que decorre de 4 a 9 de Agosto no Bombarral, estima o presidente da Câmara Municipal. José Manuel Vieira espera “um aumento de visitantes” de 60 mil, o número da edição do ano passado, para os 70 mil na edição deste ano. O autarca explicou que o certame “tem um grande impacto na projecção económica e divulgação dos produtos agrícolas produzidos no concelho”. Cerca de 70% da produção agrícola é pera rocha e os restantes 30% são repartidos entre a vinha e a produção de hortícolas e de bacelos para a plantação de vinhas. No programa de animação, Luís Represas dá um concerto no dia 5 de Agosto, seguindo-se José Cid no dia seguinte e Tiago Bettencourt no dia 7, de acordo com uma nota da organização. A edição deste ano tem como novidades a demonstração do processo de calibragem e embalamento de pera como a acontece nas centrais fruteiras do concelho e um espaço, da

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responsabilidade da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, onde todos os dias vários chefes de cozinha vão confeccionar ao vivo pratos e sobremesas, utilizando o vinho e a pera rocha do Oeste. Além de promover a agricultura do concelho, a organização pretende contribuir com o festival para criar hábitos saudáveis do consumo de fruta e de vinho, de forma moderada, face aos benefícios que têm para a saúde. A ter lugar na Mata Municipal da vila, o evento termina a 09 de agosto e pretende promover estas duas fileiras da agricultura, o vinho e a pera rocha, sendo o mais antigo certame vitivinícola do país. Ao longo dos seis dias, os visitantes vão poder contactar com várias empresas e entidades ligadas ao sector agrícola, assim como provar a gastronomia e doçaria regionais nas tasquinhas existentes e participar em provas de vinhos e de doçaria de pera rocha. O festival acolhe um encontro de diversos ranchos folclóricos no dia de abertura do certame e um corso de máquinas e tractores agrícolas.


Cante alentejano, cavalo lusitano, regadio e vinhos em destaque

RuralBeja quer afirmar as potencialidades e os recursos naturais O cante alentejano, o cavalo lusitano, o touro, o regadio, os vinhos e a gastronomia vão estar em destaque no certame RuralBeja deste ano, entre os dias 9 e 11 de Outubro. A Câmara de Beja, que promove a iniciativa, divulgou que a RuralBeja vai decorrer no Parque de Feiras de Exposições da cidade para afirmar as potencialidades e os recursos naturais e promover o desenvolvimento sustentável e integrado do concelho. O certame, que “alia tradição e inovação, produção e transformação e criatividade e competitividade”, é uma “montra dos melhores produtos da região, os tradicionais e os mais inovadores, que, juntos, reforçam as potencialidades que fazem de Beja um território de excelência”, sublinha o município. A RuralBeja é também um “espaço privilegiado para negócios, troca de experiências e bons momentos de convívio” e “rico em manifestações culturais e etnográficas”, frisa a autarquia. A RuralBeja vai incluir o Salão do Cavalo, a feira Vinipax, a Festa Brava, os espaços “Natureza à Mesa” e “Do sequeiro ao regadio”, mostras de artesanato, de aves (Avibeja) e de cães (Canibeja). Segundo o município, o cante alentejano,

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classificado Património Imaterial da Humanidade, vai ter “o merecido destaque” e “ecoará” na RuralBeja. Após o “grande sucesso da primeira edição”, no ano passado, o Salão do Cavalo “regressa” à RuralBeja e terá um espaço dedicado ao cavalo lusitano, “representante da nacionalidade, da cultura, da arte, do desporto e produto de excelência do mundo rural”. Na Vinipax vão estar expostos e à venda e poderão ser provados “os melhores vinhos das mais emblemáticas regiões vitivinícolas portuguesas” e a Festa Brava vai incluir várias actividades de demonstração de toureio a cavalo e pegas. Segundo a autarquia, o espaço “Natureza à Mesa” vai incluir demonstrações de cozinha e degustações dos “melhores pratos da gastronomia mediterrânica”. Já o espaço “Do sequeiro ao regadio” será uma mostra de ciência, tecnologia e inovação associadas à agricultura de regadio e de sequeiro. Oficinas temáticas, “workshops”, exposições e “muitas actividades para todos os gostos e idades” são outras ofertas da RuralBeja deste ano.


A 16 de Agosto, em Fornos de Algodres

Vila Soeiro do Chão recebe Festival da Cerveja de Urtiga estamos convictos de que as coisas irão resultar e o festival vai ser um sucesso. GR: E a urtiga como está? MP: Está de vento em poupa. Este ano já fizemos papel de urtiga e sabão de urtigas. Neste âmbito, a Escola de Fornos vai abraçar um projeto bastante vasto em torno da urtiga. Vão dar-nos alguma colaboração e nós vamos trabalhar em parceria com a Escola.

Numa iniciativa da União de Freguesias de Juncais, Vila Ruiva e Vila Soeiro do Chão e do Município de Fornos de Algodres, vai decorrer no próximo dia 16 de Agosto, em Vila Soeiro do Chão, o Festival da Cerveja Artesanal de Urtiga. Manuel Paraíso afirmou, à Gazeta Rural, acreditar no êxito da iniciativa, que vai ter cerveja e outros produtos de urtiga, mas também muita animação. Gazeta Rural (GR): Com o surgiu a ideia? Manuel Paraíso (MP): A ideia surgiu há uns anos, no âmbito das Jornadas Etnobotânica, com um amigo que tinha sido professor em Fornos de Algodres, que era cervejeiro e que aceitou o desafio para fazer cerveja de urtiga. Como a primeira experiência resultou muito bem, vamos agora fazer este evento. Este ano queríamos fazer um festival em torno da cerveja artesanal, mas demos conta que já há muita coisa nesta área. Então, pegamos na nossa originalidade e resolvemos fazer um festival com a nossa Cerveja Artesanal de Urtiga, que vai decorrer em Vila Soeiro do Chão. GR: Que espectativa tem para o festival? MP: Tenho, realmente, grandes espectativas. Vai ser o primeiro ano e é óbvio que vamos correr alguns riscos, mas

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GR: Têm tido abertura das entidades públicas e privadas para apoiar a ideia ou sentem que andam a remar contra a maré? MP: Efectivamente, sentimos que andamos um bocado a remar contra a maré, mesmo a nível da autarquia, porque entendemos que fazia sentido termos mais apoio. Porém, percebemos as dificuldades económicas e que nem sempre é possível ajudar como pretenderiam. GR: Até que ponto a urtiga pode ser o produto ‘bandeira’ da gastronomia do concelho? MP: É na persistência que muitas das vezes se consegue a mudança e nós este ano já conseguimos alguns feitos. A nível gastronómico as pessoas continuam muito resistentes, pois ainda não perceberam que é um produto que vende. Quando perceberem que isso diferencia a localidade, pode ser que acreditem mais. GR: Há uns anos lançou a ideia de promover um festival do peixinho do rio de âmbito mais alargado. A ideia não pegou? MP: Não. A intenção era juntar peixe do rio e experiências de fritura de três locais e de três rios destintos de Portugal, com o Mondego, Juncais, o Tejo, Vila Velha de Ródão, e a zona da Foz do Sabor, no Douro. Porém, as pessoas estão demasiado acomodadas e já não visitam ou se deslocam a estes locais com a frequência de antigamente.


Comemorações do 27 de Setembro começam em finais de Agosto

Batalha do Bussaco vai ser reproduzida por centenas de recriadores O programa de comemorações dos 205 anos da Batalha do Bussaco já foi apresentado, começando em finais de Agosto, estendendo-se até 27 de Setembro. O evento é organizado pelos municípios da Mealhada, de Mortágua e Penacova e pela Fundação Mata do Buçaco, no âmbito do projecto Caminhos da Batalha do Bussaco, que tem início no final de agosto e inclui passeios nocturnos encenados, exposições, concertos, conferências, recriações históricas, cerimónias militares e outras iniciativas. O ponto alto das comemorações decorre no fim-de-semana de 26 e 27 de Setembro, com o combate nocturno e a recriação histórica da batalha. O evento será o primeiro passo de uma estratégia conjunta de valorização do produto Batalha do Bussaco, para a promoção do turismo histórico e cultural destes três municípios. “Um dia, estávamos todos sentados à mesma mesa e foi colocado o desafio de realizarmos este evento. O desafio foi aceite, encarregámos os técnicos municipais e aqui estamos hoje a apresentá-lo”, começou por dizer o presidente da Câmara da Mealhada, Rui Marqueiro. “A Batalha do Buçaco é transversal a estes três municípios”, acrescentou o autarca da Mealhada, defendendo que esse “é um produto único, que temos que explorar”. “Nós vamos ter aqui uma série de iniciativas, uma recriação histórica, e espero que seja um êxito”, concluiu. “Este é um importante marco histórico para os três municípios. As Invasões Francesas, e particularmente a Batalha do Buçaco, influenciaram a nossa cultura, as nossas tradições, a nossa gastronomia. Este é um produto ambicioso, de enorme potencial turístico, e espero que os Caminhos da Batalha do Bussaco sejam um projecto de futuro”, afirmou, por sua vez, o vice-presidente da Câmara de Mortágua, Paulo Oliveira. “Este é um projecto diferenciador e temos que torná-lo um produto turístico de referência para o território”, sublinhou, de seguida, a vereadora do Turismo de Penacova, Fernanda Veiga. O potencial turístico do produto histórico-cultural Batalha do Buçaco foi consensual entre os representantes das três Câmaras Municipais, que tencionam apresentar candidaturas conjuntas a fundos nacionais e comunitários de valorização de iniciativas de natureza turística com o projecto Caminhos da Batalha do Bussaco, que surgiu da junção dos três municípios e da Fundação Mata do Buçaco e que tem a seu cargo, pela 28

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primeira vez, a organização de um programa de comemorações da Batalha do Buçaco. O programa arranca no dia 29 de agosto e o ponto alto do evento vai acontecer no fim-de-semana de 26 e 27 de Setembro. Aliás, na sexta-feira, dia 25 de Setembro, às 21 horas, está marcado o passeio nocturno encenado, que passa no território dos três concelhos. Arranca da Mealhada (mais precisamente na Cruz Alta), passa por Penacova e termina em Mortágua. Já no sábado, dia 26, será o desfile de tropas e o combate nocturno, agendado para 20 horas, no Luso, o evento de destaque. O programa termina no domingo, tendo como destaque a recriação histórica da Batalha do Buçaco, que deverá contar com a participação de centenas de recriadores. Uma reprodução a preceito, com uniformes e armamento da época, que procura dar a conhecer, da forma mais fiel possível, como foi a batalha de 27 de Setembro, o que foram as Invasões Francesas. “Participei há cinco anos na recriação da Batalha do Bussaco, nas comemorações dos 200 anos, e foi um sucesso. Estavam milhares de pessoas a assistir”, sublinhou o presidente da Associação Napoleónica Portuguesa, José Faria e Silva. “Mais uma vez, temos todo o gosto em colaborar”, frisou também o Coronel Albuquerque, director do Museu Militar de Lisboa e do Bussaco. “A recriação histórica é hoje uma imagem de marca de Almeida e tem uma relevância interessante a nível social: muitas pessoas querem participar na recriação ou apenas vivenciar aquele bocado da nossa História”, afirmou, por sua vez, Pedro Casimiro, do Grupo de Reconstituição Histórica do Município de Almeida, concordando com a importância dos três municípios se unirem na promoção deste produto turístico. “Existem outros municípios que estão a apostar nas recriações históricas e têm sido muito bem-sucedidos. As recriações são efectivamente factores de desenvolvimento turístico e cultural dos municípios”, concluiu. O programa comemorativo dos 205 anos da Batalha do Bussaco é organizado pelas câmaras municipais da Mealhada, Mortágua e Penacova, bem como pela Fundação Mata do Buçaco, e conta com o apoio do Exército Português, da Associação Napoleónica Portuguesa, da Fundação Luso, da Extramotion, da Associação de Aposentados da Bairrada e do Grupo de Recriação Histórica de Almeida.


Protocolo tem a duração de três anos

Câmara de Trancoso coopera com a UTAD para melhorar produção de castanha A Câmara de Trancoso assinou um protocolo de colaboração com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), com vista a “melhorar e aumentar” a produção de castanha no concelho. O presidente da autarquia de Trancoso, Amílcar Salvador, afirmou que o protocolo de colaboração pretende “desenvolver, melhorar e aumentar a produção de castanha” e “fomentar a implementação de práticas de cultivo conducentes à melhoria da produtividade” do castanheiro. “Este protocolo com a UTAD tem a duração de três anos e o objectivo é apostar na intervenção, na transferência de conhecimento directamente para os produtores, para que as práticas de cultivo e a produtividade da castanha melhorem”, justificou o autarca. Amílcar Salvador referiu que o município de Trancoso tem “mais de 900 produtores de castanha” e que o sector é “extremamente importante” para a economia local. “O concelho é responsável por cerca de 5% da produção nacional de castanha, gerando um rendimento para os produtores de cerca de 3 milhões de euros anuais”, justificou. No âmbito do protocolo serão realizados “dias abertos”, haverá visitas técnicas a soutos, análises de solos e será proporcionado “um contacto muito directo da universidade com os produtores”, segundo o autarca. A colaboração entre a Câmara de Trancoso e a UTAD também contempla a instalação de uma unidade de demonstração num souto adulto (pertença de um produtor) e a realização de uma tese de mestrado tendo como objecto de estudo a produção de castanha naquele concelho. A concepção e edição de um livro sobre as melhores práticas de cultivo e a realização de umas jornadas técnicas anuais sobre a problemática da fileira da castanha, são outros dos propósitos. Amílcar Salvador adiantou que a assinatura do protocolo com a UTAD, que tem um custo global de 43 mil euros, surge pelo facto de a autarquia reconhecer que a actividade agrícola é um eixo estratégico de desenvolvimento local. O município de Trancoso, com o objectivo de promover a importância da fileira da castanha, já realizou duas feiras anuais, estando a terceira edição agendada para os dias 06, 07 e 08 de Novembro, lembrou. Trancoso insere-se na zona de produção da denominação de origem protegida de castanha dos Soutos da Lapa, onde predominam as variedades de martaínha e longal.

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Alerta um estudo da UTAD

Raça Asinina de Miranda está em risco de extinção A raça Asinina de Miranda ou a raça Burro Mirandês pode extinguir-se nos próximos 50 anos. Esta é uma das conclusões do trabalho de investigação de Miguel Quaresma, Médico Veterinário na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) que, na sua tese de doutoramento, se debruçou sobre a análise da demografia e reprodução da população da raça Asinina de Miranda. “Quisemos prever a progressão da raça sob as atuais condições de maneio e identificar as variáveis vitais à sua sobrevivência. Concluímos que a raça está actualmente em risco de extinção”, afirma Miguel Quaresma O estudo aponta como factores críticos de extinção a baixa percentagem anual de fêmeas em reprodução, “devida principalmente ao abandono progressivo da criação destes animais”. “Estima-se em 600 indivíduos a população reprodutiva, que está envelhecida, onde menos de metade das fêmeas de raça pura registadas pariram e algumas pariram uma única vez” esclarece o investigador. Mas outros factores poem em causa a preservação da espécie. A taxa de mortalidade em burrancos (crias) no primeiro mês de vida é um deles, tendo-se verificado que é “que é mais alta nos machos e mais baixa nas fêmeas”. Igualmente, em idade avançada, as fêmeas tem um menor sucesso reprodutivo (a partir dos 15 anos de idade), o que contribui para os riscos de extinção. “A proporção de partos/animais vivos é baixa, não sendo suficiente para a manutenção da raça”, alerta o especialista. Mas, acrescenta, caso aumente o número de crias, “uma pequena percentagem de fêmeas a reproduzir será suficiente para manter a população”. Outro dos factores de risco para a conservação da raça do Burro Mirandês é o aumento da consanguinidade. Esta deve-se, segundo o estudo, a factores como à baixa taxa de reprodução, ao reduzido número de machos, à desigual contribuição para 30

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a genética populacional e ainda à contribuição desigual dos diferentes criadores para a genética da população. A solução passa mais uma vez pelo aumento do número de animais utilizados na reprodução. “Um número maior de machos deve ser introduzido na reprodução em busca de uma contribuição igual de sua genética para a raça, especialmente dos menos representados. O mesmo se aplica para as burras em idade reprodutiva”, sustenta Miguel Quaresma. Neste estudo foi também a analisada a fisiologia reprodutiva das fêmeas da raça mirandesa. As principais conclusões indicam que a “perda de condição corporal no Inverno pode afectar a capacidade de reprodução e a elevada taxa de gestações gemelares”, mas também que a altura do ano em que as crias nascem pode ser “importante para a sua sobrevivência”. Conhecido o “papel fundamental” no equilíbrio ecológico das zonas rurais, urge a procura de programas de melhoramento da raça. Mas, factores como a idade dos agricultores, a localização na região de origem, e o tamanho da fazenda “podem contribuir negativamente” para estes programas, alerta o médico veterinário. “Havendo interesse na conservação e caracterização da raça, devem ser criados incentivos adicionais para a procriação”. Por isso o responsável acredita que políticas de estímulo para criadores e proprietários mais jovens e o apoio a proprietários mais velhos podem fazer parte da solução. “Novas estratégias para o uso sustentável do Burro Mirandês devem ser fomentadas para combater a variação negativa em práticas agrícolas que deixaram os rebanhos tradicionais com nenhum incentivo para se reproduzir”, salienta. Pelo que, o Turismo, a Asinoterapia, a produção de leite de forma sustentável, respeitando o bem-estar animal, ou ainda a utilização do Burro Mirandês como animal de estimação, apresentam-se como “possíveis soluções para sustentabilidade da raça”, conclui o investigador.


Estudos realizados pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Investigadores avaliam qualidade da carne do cordeiro mirandês Investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) estão a realizar estudos para sustentarem a qualidade da carne do cordeiro mirandês, com o propósito de valorizar esta raça autóctone. Este cordeiro também conhecido por “canhono” mirandês foi reconhecido pela União Europeia, obtendo da cancela de Dominação de Origem Protegida (DOP) em Novembro de 2012, sendo originário da raça autóctones de ovinos é conhecida como Churra Galega Mirandesa. Virgínia Santos, docente da UTAD disse que se trata de uma raça autóctone da região nordestina, que representa um valioso património genético e detector de uma carne de qualidade superior. “Depois da certificação da carne do cordeiro mirandês, foi preciso realizar estudos que comprovassem a qualidade superior da carne desta espécie de ovino e que merece ser valorizada e dai mostrar aos consumidores as características deste produto agroalimentar de excelência “, explicou a investigadora. O solar dos animais de raça Churra Mirandesa está confinado aos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso, no distrito de Bragança. O estudo da UTAD teve em conta em conta o peso da carcaça e o sexo do animal e foram utilizados 30 animais machos e fêmeas criados de acordo com o sistema tradicional da região. “As carcaças foram distribuídas por duas categorias de peso, de acordo com o caderno de especificações deste produto certificado, o que permitiu estudar a influência do peso e do sexo do animal nas características da carne, em especial nas proporções de gordura e músculo, na retenção de água, na tenrura e na cor da carne”, especificou. Os investigadores avançam que “os resultados obtidos

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mostram que é possível escolher o peso de abate de acordo com as preferências do consumidor ou interesses do produtor”. Por seu lado, a secretária técnica da Associação de Criadores de Ovinos de Raça Churra Mirandesa, Pamela Raposo, e autora da tese que suportou o estudo, frisou que com o aumento de consumo da carne de cordeiro no período pós DOP seria “ importante fazer um estudo aprofundado para ser perceber o valor das categorias da carne de cordeiro”. O “cordeiro (canhono) mirandês”, de raça Churra Galega Mirandesa divide-se em três categorias, consoante a idade e o peso, pesando as carcaças entre quatro e sete quilos na categoria A (30 dias de idade), entre 7,1 e 10 na B (60 dias) e de 10,1 a 12 na C (120 dias). “A valorização e divulgação deste produto contribuem para a defesa desta raça autóctone, que à semelhança de outras da região, constitui um património genético, social e cultural único com um papel importante no aproveitamento dos recursos naturais e estimulador da economia local, contribuindo para um desenvolvimento sustentável e para a fixação da população rural, “sustentou a técnica. Os criadores de cordeiros de Raça Churra Mirandesa pretendem, agora, alargar o campo de acção aos concelhos nordestinos para “potenciar” o valor económico desta raça autóctone e ao mesmo tempo motivar sectores como a restauração. Agora, será preciso dar passos em frente e comercializar o cordeiro em grande escala, para que os jovens agricultores se possam fixar à terra e ter condições para continuar a manutenção de uma raça autóctone que tem um efectivo que ronda as 6.702 fêmeas reprodutoras, repartidas por 67 criadores.


Vão ser instalados três campos experimentais

Projecto “Amendoeira” quer promover aumento da produtividade e qualidade da produção Valorizar e incrementar a cultura da amêndoa na região de Trás-os-Montes é o objectivo do projecto “Amendoeira”, uma iniciativa que une organizações do sector e instituições do ensino superior da região de Trás-os-Montes e Alto Douro num mesmo desígnio: cooperar na inovação e implementar estratégias que contribuam para o aumento da produtividade da amendoeira na região. A cooperação visa produzir conhecimento, estudar a cultura na região, apoiar produtores, incentivar o investimento na produção rentabilizando as potencialidades das terras transmontanas para esta cultura. Um projecto PRODER, liderado pela Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé e que tem como parceiros a AmêndoCoop, Instituto Politécnico de Bragança e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Recorde-se que o amendoal é uma das principais culturas de frutos secos cultivadas em Portugal e que em Trás-osMontes representa cerca 67% da área total nacional. Contudo, a produtividade é muito baixa, fruto da instalação deficiente de muitos amendoais tradicionais de sequeiro, em áreas pouco aptas, técnicas culturais pouco adequadas, ocorrência de geadas tardias que se traduzem numa grande irregularidade nas produções, com consequências nefastas para a rentabilidade das explorações agrícolas e também ao nível das cooperativas do sector e de toda a actividade económica 32

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conexa, local e regional. É para fazer face a estes condicionalismos que surge o projecto “Amendoeira”. Para tal vão ser instalados três campos experimentais (dois em Alfândega da Fé e um em Torre de Moncorvo), onde serão estudadas questões relacionadas com a rega, gestão dos solos e fertilização, variedades tradicionais e características organolépticas. Com este trabalho espera-se contribuir para apoiar e esclarecer agricultores e técnicos do sector, promovendo o aumento da produtividade e a qualidade da produção. Foram estas e outras questões que estiveram em debate no Dia Aberto, com o tema “Amendoeira – Instalação da Cultura”, promovido em Alfândega da Fé. A iniciativa juntou quase duas centenas de pessoas entre investigadores, agricultores e representantes do sector. Este foi o primeiro evento, de um conjunto de três, promovidos no âmbito do projecto. Para além do seminário, onde foi apresentado o projecto e vários temas ligados à instalação da cultura, o dia aberto da amendoeira contou também com uma componente prática com a visita a um amendoal recentemente instalado no concelho de Alfândega da Fé. Neste local os participantes puderam observar no terreno algumas das questões abordadas durante o seminário, nomeadamente aspectos relacionados com a poda de formação.


Na Casa de Viseu no Rio de Janeiro

Confraria Saberes e Sabores da Beira

promoveu terceira entronização

A Casa de Viseu no Rio de Janeiro foi o palco da terceira entronização da Confraria Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’ em terras de Vera Cruz. Treze novos confrades e dois comendadores juraram defender os saberes e sabores da região de Viseu, numa cerimónia que contou com a presença do Almoxarife da Confraria, José Ernesto Silva; do secretário de estado das Comunidades, José Cesário; de António Almeida Henriques e João Paulo Gouveia, respectivamente presidente e vice-presidente da Câmara de Viseu; do Cônsul de Portugal no Rio de Janeiro, que presidiu à cerimónia, bem como de toda a directoria da Casa de Viseu. De referir a enorme adesão da comunidade portuguesa ao evento, com mais de três centenas de pessoas que se juntaram no almoço que se seguiu, com a gastronomia e vinhos portugueses, numa festa abrilhantada por artistas portugueses, nomeadamente a fadista Maria Alcina, oriunda de Castro Daire, radicada no Brasil há cerca de 60 anos e muito querida na comunidade portuguesa. Foram entronizados treze novos confrades, oriundos da comunidade portuguesa no Brasil, bem como pessoas que se destacaram na defesa dos valores da cultura e gastronomia portuguesa no Brasil e dois comendadores, Nuno de Mello Bello, cônsul geral no Rio de Janeiro e o deputado estadual

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do Brasil, Hugo Leal. Na ocasião, o Almoxarife José Ernesto Silva salientou a importância do acto não só para a confraria, mas também na promoção dos valores, cultura, gastronomia e tradições beirãs no mundo, estreitando, ainda mais, as relações com a comunidade portuguesa no Brasil. Por sua vez, José Cesário e António Almeida Henriques destacaram a adesão à cerimónia, numa cada vez mais estreita relação com a comunidade beirã que, ao longo dos anos, se integrou na sociedade carioca, mas também ganhou destaque nos diversos domínios, nomeadamente no empreendedorismo que assumiu no plano empresarial. Já Flávio Martins, presidente da Casa de Viseu mostrou o orgulho de receber mais esta entronização, o que mostra a importância que a comunidade dá aos valores da cultura portuguesa. Da festa que se seguiu, destaque para António Cardão. O antigo presidente da Casa de Viseu foi a “voz” que abrilhantou a festa, recordando grandes êxitos da música popular portuguesa, “obrigando” muitos dos presentes a uns passinhos de dança. Seguiram-se as actuações da fadista Maria Alcina e o cantor Mário Simões, oriundo da Figueira da Foz.


Durante o VII Festival da Doçaria, em Vouzela

Produtor Chão de S. Francisco apresentou novo Chão do Vale Rosé Colheita 2014 O produtor de vinhos do Dão e Lafões Chão de S. Francisco lançou para o mercado, durante o VII Festival da Doçaria, que decorreu em Vouzela, o Chão do Vale Rosé, vinho que vem engrossar o portfólio que a empresa possui. A aposta no Rosé junta-se ao branco que a Chão de S. Francisco produz da região de Lafões sob a mesma marca. Os vinhos Chão do Vale apresentam um aroma complexo e muito equilibrado. A produção inclui neste momento dois lotes, o Chão do Vale Branco Lafões DOP e o Chão do Vale Rosé. A empresa tem ainda no seu portfólio a marca Chão da Quinta, vinhos do Dão que se caracterizam pelo corpo bem estruturado e longa persistência. A produção inclui neste momento três lotes, o Classic Chão da Quinta, o Chão da Quinta Private Selection (elaborado a partir de uma rigorosa selecção da casta Touriga Nacional, revelando, desde logo, uma cor vermelha muito intensa e um aroma complexo e delicado) e o Chão da Quinta Signature, um

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lote especial de cerca de 1200 garrafas de Touriga Nacional produzido apenas em anos muito bons. Este novo projecto do Dão teve o primeiro empurrão pela mão de Horácio Marques, que sempre nutriu gosto pela vitivinicultura, paixão que fez questão de a passar aos filhos Sérgio Marques e Sónia Marques, actuais gerentes da empresa e de dois concessionários automóveis em Viseu (Citroën e SEAT), o que fez com que ambos abraçassem o projecto e o elevassem para outro patamar. Um bom néctar tem que ser acompanhado por uma vasta equipa de profissionais e para isso o produtor conta com a preciosa ajuda dos enólogos da empresa Vines & Wines. Para Sérgio Marques, gerente da empresa, “considerando que temos recebido junto dos consumidores aplausos unânimes, estamos convictos que estamos no bom caminho”, pois “a aposta na qualidade dos nossos vinhos começa a reflectir-se e é valorizada não só cá em Portugal como lá fora”.


Segundo a relatora especial das Nações Unidas para o Direito à Alimentação

Produção de pequenos agricultores poderá garantir segurança alimentar A agricultura realizada pelos pequenos agricultores, nomeadamente a ecológica (biológica), é uma forma mais sustentável de produzir alimentos e também de garantir de forma mais eficaz a segurança alimentar no mundo, de acordo com uma responsável da ONU. “A agricultura ecológica (biológica) está mais voltada para as pequenas propriedades, com uma nova abordagem, como está a acontecer em vários locais em França. Temos de utilizar de forma mais racional o sistema ecológico para a produção agrícola”, declarou Hilal Elver, relatora especial das Nações Unidas para o Direito à Alimentação. A responsável da ONU fez estas declarações durante a conferência “Direito humano a uma alimentação adequada: desafios e oportunidades a partir de diferentes geografias”, no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), em Lisboa. Segundo a relatora especial, “é necessário realizar uma adaptação e uma mitigação neste campo”, mas isso “não é interessante para as grandes corporações do sector da alimentação”. De acordo com Hilal Elver, as mudanças deveriam ser feitas a nível local, sobretudo se houver políticas específicas para os pequenos produtores, que poderão alimentar a sua família e a sua comunidade e todo o sistema ao seu redor. A funcionária da ONU disse que os pequenos produtores que vivem ao redor de Nova Iorque (mais ou menos 60 quilómetros) poderiam alimentar a cidade e também todo o Estado de Nova Iorque. Segundo Hilal Elver, os governos, através de políticas específicas para o sector, deveriam ajudar os pequenos produtores a serem mais eficazes na produção dos alimentos. “Apenas cerca de 30% das terras produtivas no mundo estão nas mãos de pequenos produtores e dois terços dos pobres no mundo não tem acesso à protecção social dos governos. Setenta e cinco por cento dos produtores rurais são pobres”, sublinhou. Segundo a responsável da ONU, o papel das mulheres, que são responsáveis por 50 por cento da agricultura mundial, “deve ser valorizado”. A relatora lembrou ainda as previsões que entre 15% a 40% das nove mil milhões de pessoas no mundo em 2050 estarão sujeitas a uma maior insegurança alimentar devido a problemas climáticos, defendendo que “é preciso utilizar os recursos naturais de forma mais sustentável, nomeadamente a água

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potável, utilizar a terra de forma mais eficiente, mudar hábitos alimentares e diminuir os desperdícios”. Para a relatora, “os governos têm de criar estruturas para que as pessoas possam ter acesso à alimentação, seja produzindo os seus alimentos ou seja através de empregos, que fornecem os recursos para a aquisição dos alimentos”, reforçando a necessidade de marcos jurídicos neste sector. Segundo Hilal Elver, os dois principais problemas no século XXI neste sector, entre outros, são a globalização e as alterações climáticas. Segundo o último relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 795 milhões têm fome crónica no mundo. Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) estabeleceram a meta de, até 2015, reduzir para metade o número de pessoas que passam fome. “Este objectivo não foi conseguido. Tivemos alguns casos de sucesso, como na América Latina, nomeadamente no Brasil, e países como a China e Índia mas, infelizmente, em outras regiões, como na África subsaariana, o quadro não progrediu e até houve um aumento da fome”, disse.


Concurso conta com o apoio da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo

Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo organiza Tejo Gourmet 2015

O Tejo Gourmet – VI Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo regressa em Outubro de 2015, agora pela mão da Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo, que conta com o apoio da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo). Criado em 2010 pela CVR Tejo e organizado desde sempre pela mesma, o Tejo Gourmet cresceu e saltou as fronteiras do Ribatejo, posicionando-se actualmente como um concurso

nacional que promove a harmonização da gastronomia dos restaurantes participantes com os Vinhos do Tejo presentes nas suas Cartas, aumentando assim a oferta e divulgação dos vinhos desta Região. O objectivo do Tejo Gourmet consiste na preparação e divulgação das melhores harmonizações entre os pratos confeccionados pelos restaurantes inscritos e os Vinhos do Tejo nas suas Cartas, vinhos considerados bastante gastronómicos. Este ano, na sua sexta edição, a organização fica a cargo da Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo, entidade parceira da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo na promoção dos Vinhos do Tejo. Criada em 2000, a Confraria tem o objectivo de estudar, promover e valorizar os vinhos e produtos vínicos do Tejo tendo como patrono Nossa Senhora do Cacho. As inscrições estão abertas até 31 de Agosto para qualquer restaurante do país que esteja interessado em participar. O concurso decorre de 3 a 25 de Outubro. Na edição 2014 foram premiados restaurantes de todo o país, nomeadamente os restaurantes “Bem-me-quer”, de Braga; “Segredos de Vale Manso”, de Abrantes; “Adega do Albertino”, das Caldas da Rainha; “Taberna Ó Balcão”, de Santarém, e Taberna Rua das Flores, de Lisboa. O restaurante “A Lúria” de S. Pedro, Tomar, foi galardoado com a Melhor Carta de Vinhos, enquanto o restaurante “Almourol”, de Tancos, recebeu o prémio de Melhor Promoção.

AKI abriu segunda loja em Viseu Foi inaugurada a segunda loja AKI em Viseu. Com uma área total de 2080 metros quadrados, a nova loja está instalada no Palácio do Gelo Shopping, num investimento de 2,1 milhões de euros. A nova loja de Viseu é já a 31ª da marca no país e “segue um conceito de proximidade e o objectivo de proporcionar aos clientes uma boa experiência de compra, através da facilidade e localização dos produtos e do apoio dedicado dos colaboradores”. Ano X - N.º 252 Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), jla.viseu@gmail.com | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda. Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo e Fernando Ferreira Opinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 362, Loja 11, Fracção AH - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320 E-mail: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS - Inscrição nº 124546 Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís Araújo Sede Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica NovelGráfica | Telf. 232 411 299 | E-mail: novelgrafica1@gmail.com | Rua Cap. Salomão 121-123, 3510-106 Viseu Tiragem média Mensal Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

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Breves Encontro Gastronómico Amador de Abrunhosa-a-Velha A Junta de freguesia de Abrunhosa-a-Velha, com o apoio da Câmara de Mangualde organiza no próximo dia 8 de Agosto, das 18 às 21 horas, o II Encontro Gastronómico Amador, evento que visa promover a região e a gastronomia local. Lombinhos de bacalhau com arroz de tomate e feijão-frade (Chef Gonçalves), massa à lavrador (Chef Constantino), sardinha em molho de escabeche com feijão-frade (Chef Moreira), rojões com arroz de frutos secos (Chef Rui Pedro), sopa de barbo (Chef João Tomé), sopa de cação (Chef Francisco Santos) e pão milho, centeio e bolas de chouriço no forno a lenha (Chef Américo), farão as delícias de todos os presentes. A entrada tem o custo simbólico de cinco euros e permitirá aos visitantes provar os vários “pratos” apresentados, bem como desfrutar de muita animação. Vouzela em festa durante 10 dias António Zambujo e Azeitonas são os cabeças de cartaz das Festas do Castelo, que se realizam de 1 a 10 e 15 de Agosto, em Vouzela. Para comemorar e celebrar o centenário das Festas do Castelo, o programa deste ano vai ser alargado a 10 dias, de modo a recuperar e revitalizar algumas tradições que fizeram parte da história dos 100 anos das Festas do Castelo. De realçar ainda que, de 7 a 9 de agosto, decorrerá na Avenida João de Melo, a XVI Feira de Artesanato, uma das maiores mostras de artesanato da região e que contará com a participação de vários artesãos de todo o país. XIV Feira do Mel e do Artesanato em Pedras Salgadas de 14 a 16 de Agosto Dezenas de expositores associados ao mel, artesanato, produtos regionais, tasquinhas e associativismo local vão marcar presença no parque termal de Pedras Salgadas, no âmbito da XIV edição da Feira do Mel e do Artesanato, que se realiza de 14 a 16 de Agosto. Concursos temáticos, nomeadamente sobre a qualidade do mel, a doçaria e rótulos à volta do produto ou as melhores peças de artesanato, estão em evidência por entre as fontes termais e as dezenas de milhares de pessoas que se deslocam por esta altura à vila termal. Para o autarca Domingos Dias, “com a realização desta feira em Pedras Salgadas, procuramos dar a conhecer o que de melhor se produz na região, no local mais turístico do concelho”. Penha Garcia recebe II Mostra de Cavalos Puro Sangue Lusitano Penha Garcia, no concelho de Idanha a Nova, recebe nos dias 7, 8 e 9 de Agosto a II Mostra de Cavalos Puro Sangue Lusitano, numa organização das coudelarias Manuel Teixeira, Rui Manteigas e Júlio Justino. Estão confirmadas a presença de 16 coudelarias que, ao longo de três dias, terão os cavalos em exposição. Entre os momentos mais aguardados estão o Espectáculo Equestre e a Mostra de Puro Sangue Lusitano, ambos na noite de sábado, a partir das 20 horas. O programa inclui ainda outras actividades, como Workshop sobre o Cavalo (para crianças dos 6 aos 12 anos), Workshop sobre Éguas Reprodutoras e tertúlias com criadores para partilha de experiências e histórias. Penha Garcia recua à época dos Templários A aldeia de Penha Garcia, no concelho de Idanha-a-Nova, vai recuar até ao período medieval de 4 a 6 de Agosto, com a realização das Jornadas Etnográficas “Penha Garcia Templária”. De terça a quinta-feira, as ruas do “burgo” vestem-se a rigor para a recriação histórica de personagens, rábulas e estórias de outrora, animação itinerante, artes performativas e espectáculos de música e dança. Arraial templário, mercado medieval, cortejos, torneios de armas, espectáculos de malabares de fogo, treinos de espada, espectáculos de cetraria, bailias, músicas e danças populares e mouriscas são as atracções de um programa que levará os visitantes à época dos Templários. Refira-se ainda participação dos Templários da Idanha na animação cultural, a realização de percursos pedestres nocturnos e a apresentação de lendas e tradições locais.

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Governo antecipa em dois meses o pagamento das ajudas ao sector leiteiro As ajudas ao sector do leite vão ser pagas dois meses mais cedo do que o previsto, em Outubro, informou o ministério da Agricultura e Mar (MAM). Segundo o comunicado do MAM, “este adiantamento representará 50% do envelope financeiro anual previsto para este prémio, que é cerca de 12,5 milhões de euros”. O apoio abrangerá este ano cerca de 4.000 beneficiários, para um pagamento unitário indicativo de 82 euros/animal. O regime de ajudas ligadas, de aplicação voluntária pelos Estados Membros, visa apoiar sectores específicos de agricultura, que se defrontem com dificuldades e que sejam especialmente importantes por motivos de natureza económica, social ou ambiental. Os pagamentos podem ser antecipados após a execução dos controlos para 2015. Câmara de Nelas passa gestão e manutenção de espaços verdes para as juntas de freguesia A Câmara de Nelas e as Juntas de Freguesia do Concelho assinaram, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, os Acordos de Execução de delegação legal de competências entre o Município e as Juntas de Freguesia de Canas de Senhorim, Lapa do Lobo, Nelas, Senhorim, Vilar Seco e União de Freguesias de Santar e Moreira e de Carvalhal e Agueira, visando dotá-las de meios financeiros com vista à gestão e manutenção de espaços verdes e à limpeza das vias e espaços públicos, sargetas e sumidouros nos anos de 2015, 2016 e 2017. A Câmara de Nelas, para este período, entrega às Juntas de Freguesia o valor de 180.000,00€, sendo 60.000,00€ por ano, com uma distribuição resultante de um critério de densidade populacional, número de habitantes e área de intervenção, critérios esses que também já estão previstos para as receitas que as Juntas de Freguesia recebem do Orçamento de Estado. Este reforço dos meios das Juntas de Freguesia foi aprovado por unanimidade em todas as Assembleias de Freguesia. Com esta delegação de competências as Juntas de Freguesia reforçam as suas receitas em mais 20% do seu orçamento, ficando em condições de melhorar a sua intervenção nas áreas referidas e a cooperação com a Câmara Municipal, cumprindo esta mais um compromisso assumido para o presente mandato pelo presidente da Câmara, acrescentando o mesmo que tudo fará no âmbito da gestão financeira do Município para criar condições de aumento dos meios no actual mandato e em mandatos posteriores. Idanha-a-Nova comercializou 30 toneladas de produtos agrícolas em festival O XI Festival da Melancia comercializou em dois dias mais de 30 toneladas de produtos agrícolas, sobretudo melancia, meloa e melão verde, disse à agência Lusa fonte da associação de empresas locais. “Em dois dias movimentou-se mais de três dezenas de toneladas de produtos agrícolas da região, destacando-se a melancia”, referiu o representante das associações de empresas locais. Segundo este responsável, a comercialização dos produtos agrícolas locais durante o festival representou um “grande balão de oxigénio para os produtores e para a economia do concelho”. O XI Festival da Melancia, que decorreu em Ladoeiro, no distrito de Castelo Branco, recebeu milhares de visitantes. Um dos momentos altos do evento foi o concurso para a eleição da melancia mais pesada, prémio que foi ganho por um exemplar de 21,38 quilos, do produtor local Miguel Gregório. Projecto de melhoramento dos lagares tradicionais de Proença-a-Nova galardoado O Gabinete de Apoio ao Agricultor e Empresário da Câmara de Proença-a-Nova foi distinguido com uma Menção Honrosa na edição 2015 dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial, uma associação à iniciativa da Comissão Europeia European Enterprise Promotion Awards – EEPA) com o projecto “Melhoramento dos Lagares Tradicionais de Azeite do Concelho de Proença-a-Nova. Entregues em Portugal pelo IAPMEI, estes prémios têm como objectivo distinguir boas práticas de promoção do empreendedorismo na Europa. O projecto da autarquia, que concorreu na categoria “Promoção do Espírito de Empreendedorismo”, reflecte todo o trabalho de apoio a estas tradicionais agroindústrias. No total, o concelho tem em laboração 26 lagares.


De 15 a 20 de Agosto, em Sátão

David Carreira e José Malhoa nas Festas de São Bernardo A vila de Sátão vai estar em festas com as Festas de S. Bernardo, que este ano decorrem de 15 a 20 de Agosto e oferecem a todos os satenses e visitantes um programa bastante atractivo que pretende ir ao encontro dos mais variados gostos. Do programa de animação destaque para José Malhoa e David Carreira. O primeiro actua na terça-feira, 18 de Agosto, dia consagrada ao emigrante, com a festa a decorrer, durante o dia, no recinto de Nosso Senhor dos Caminhos, em Rãs. Já David Carreira encerra as Festas a 20 de Agosto, dia de S. Bernardo e feriado municipal. O programa abre no sábado, 15 de Agosto, com um Espectáculo de Rua com o Grupo de Animação Tribal, destacando-se no dia seguinte a já habitual perícia automóvel, às 15 horas, o Festival da Sopa, no recinto das Festas de S. Bernardo, com o dia a terminar com um Festival de Folclore e Música Popular. Referência especial para a Feira anual e concurso de gado, que decorrem na manhã do último dia das festas. As actividades e artistas apresentados para assinalar as Festas de São Bernardo prometem atrair milhares de visitantes ao certame, dinamizando todo o concelho de Sátão. A entrada no recinto do Largo de S. Bernardo é gratuita.

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