Director: José Luís Araújo
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N.º 257
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15 de Outubro de 2015
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Preço 2,00 Euros
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Medronho
e castanha… da época "Plantar e cuidar para colher" www.fnapf.pt | www.facebook.com/FNAPF
Sumário
04 Oleiros realiza IX Mostra da Castanha e do
Medronho 06 Silvapa não tem medronho para as necessidades 07 Rural Castanea 2015 apresenta várias novidades 08 Castanheiro sobe 200 metros de altitude e testemunha aquecimento global 09 Vinhais espera um ano razoável de castanha apesar da seca 10 Aguiar da Beira promove III Certame Gastronómico do Míscaro 11 Feira da Maçã mostra o melhor do concelho de Armamar 12 Mangualde prepara edição 2015 da Feira dos Santos 14 Adega do Fundão recebeu menos 35% de uvas na vindima deste ano 15 Pinhel recebe festival de vinhos e sabores da Beira Interior 16 Tejo Gourmet 2015 mostra as melhores receitas harmonizadas com vinhos do Tejo
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17 Festa da Vinha e do Vinho em Borba junta
produtores do Alentejo 19 ‘Vinho e Sabores 2015’ marcam ‘Encontro’ em Lisboa 21 Rally promove o vinho e a região do Dão 22 Enólogas escolheram vinhos em tributo mulheres que marcaram a história da música 25 Mel certificado da Serra da Lousã regista quebra grande de produção 31 Centro Interpretativo da Capeia Arraiana nasce na Aldeia da Ponte 32 Exploradores de resina criticam nova legislação para a actividade 35 Mostra Gastronómica destaca cogumelos, a castanha e o cabrito 36 Empresas agroalimentares podem ter consultoria de gestão gratuita 38 Confraria de Celorico da Beira promove IX Festival do Borrego
23 a 25 de Outubro 2015 PROGRAMA
SÁBADO 24 - 14h00
DOMINGO 25 - 15h00
XIII Jornadas Técnicas do Castanheiro
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PARCERIAS
Associacão dos Apicultores do www.gazetarural.com Parque Natural de Montesinho
Associação Agro-florestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana
www.cm-vinhais.pt
Magustão da “Familia do Tio João”
Jornadas de Apicultura
TODOS OS DIAS CASTANHA ASSADA NO MAIOR ASSADOR DE CASTANHA DO MUNDO
Rua das Freiras, 13 5320-326 Vinhais
273 770 300
geral@cm-vinhais.pt
Diz o presidente da Câmara de Oleiros
“A nossa castanha é muito mais doce e saborosa” Oleiros recebe nos dias 31 de Outubro e 1 de Novembro a IX Mostra da Castanha e do Medronho, evento que pretende promover dois produtos que têm importância significativa na economia deste concelho do Pinhal Interior. O presidente da Câmara de Oleiros, à Gazeta Rural, refere que a castanha produzida em Oleiros “é pequena, mas é muito boa”, realçando que do medronho de Oleiros já saiu um licor que foi considerado “o melhor entre os melhores” a nível nacional. Fernando Marques Jorge tem boas perspectivas para a Mostra da Castanha e do Medronho, esperando “uma enchente em Oleiros”. Gazeta Rural (GR): Gazeta Rural – Que expectativas tem para a Mostra da Castanha e do Medronho? Fernando Marques Jorge (FJM): As expectativas são de mais uma enchente em Oleiros durante o certame. Estamos apostados em ter mais visitantes que em edições anteriores, tendo em conta a adesão que temos tido. Vai valer a pena vir a Oleiros. Reconhecidamente a nossa castanha é um pouco mais pequena que a produzida noutras regiões, mas é seguramente muito mais doce e muito mais sa-
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borosa. Diz o nosso povo que “grande é o diabo, mas ninguém o quer em casa”. A nossa castanha é pequena mas é muito boa. É como a sardinha: quanto mais pequena melhor. GR: A castanha e o medronho são dois produtos de referência em Oleiros? FMJ: São dois produtos importantes para a economia local. Em algumas freguesias parte do rendimento das famílias vem da castanha. No caso do medronho, esta é uma das zonas do país que tem este fruto cujas qualidades são reconhecidas, nomeadamente na área da saúde, por ser um produto anticancerígeno. É um forte antioxidante, o melhor entre os frutos vermelhos, segundo a Universidade de Aveiro. Do medronho, para além de poder ser comido em fresco, fazem-se inúmeros derivados, desde a geleia, à aguardente, até aos licores. Há pouco tempo um licor produzido em Oleiros ganhou um prémio nacional, tendo sido considerado, entre os licores conventuais e os licores tradicionais portugueses, o melhor dos melhores. Daí que, a castanha e o medronho são dois produtos que temos todo o interesse em promover, porque são importantes para a economia da região. GR: Estes produtos, e os seus derivados, acabam por trazer ou fixar gente à terra. Tem-se aproveitado as potencialidades desses produtos e seus derivados?
FMJ: Não tanto como gostaríamos. É que, desde há algum tempo, sentimos que as pessoas não estão muito vocacionadas para voltar ao sector primário e daí que houve o abandono da terra. Contudo, hoje podemos garantir que há fortes incentivos, por exemplo, para a produção de medronheiro. Os quadros comunitários estão abertos e, inclusive, penso fazer em breve uma reunião com agricultores da nossa região, motivando-os a investir ou a dinamizar os seus terrenos com a florestação de medronheiros, porque existem fundos estruturais para os apoiar. Desta forma, também podemos lutar contra a desertificação do Interior. GR: E a castanha? FMJ: O concelho de Oleiros foi, em tempos, um dos principais produtores de castanha. Toda esta região era um souto, cujos castanheiros ainda existem nalgumas aldeias, cujo nome (Souto) lhe estão associados. Em tempos idos, o castanheiro era a árvore predominante, bem como a azinheira. Porém, há 60 ou 70 anos a região foi reflorestada com pinheiro bravo, mas ainda ficaram zonas com alguma densidade de castanheiro, nomeadamente na freguesia de Isna, onde continua a ser uma fonte de rendimento de algumas famílias. GR: Uma das razões para a reflorestação foram os problemas fitossanitários que afectaram os soutos? FMJ: Sim, algumas doenças que chegaram de outras zonas do globo. A globalização trás muitas vantagens mas também alguns problemas. GR: Em relação ao vinho Callum. Como está o processo? FMJ: Houve a criação de uma empresa, por jovens do concelho, que já fizeram a colheita das uvas para produzirem vinho Callum, com a colaboração de um enólogo experiente. Pensamos ser possível em 2015 ter uma pequena produção e apresentar ainda este ano uma candidatura para poder ser financiado o lagar e toda a envolvência que necessita este tipo de investimento. GR: E a plantação de novas vinhas? FMJ: Vamos procurar estimular os produtores para que isso aconteça. GR: A economia de Oleiros assenta essencialmente na floresta. Todavia, para além da castanha, do medronho e do vinho, que mais se produz por Oleiros? FMJ: “Oleiros é uma floresta de oportunidades” é o nosso slogan. A floresta é, sem dúvida, a nossa maior riqueza, porque é uma zona muito arborizada e a madeira, nas suas diversas vertentes, é um dos principais produtos que trazem riqueza ao concelho. Mas temos outras oportunidades. O sector do turismo é outra área em que temos apostado bastante e aumentámos significativamente o número de dormidas. No concelho temos trilhos muito procurados, como o Grande Trilho do Zêzere e o Trilho Internacional dos Apalaches que tiveram um grande im5
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pacto nas redes sociais e que atraem muita gente, o que faz com que o concelho esteja vibrante. Mas, temos também outras coisas que são únicas no país, como o cabrito estonado, que atrai todas as semanas gente a Oleiros para degustar esta iguaria, e que ‘arrasta’ a criação de gado caprino. Temos ainda a produção de mel, que está a ser utilizado na confecção de outros produtos, farmacológicos e de higiene, bem como muitos outros produtos de qualidade, com menor expressão, oriundos da agricultura de subsistência que se pratica no concelho.
Empresa de Oleiros com dificuldade em obter material prima
Silvapa não tem medronho para as necessidades nando o pouco medronho que recebe para a produção de compotas e licores. Gazeta Rural (GR): Este ano não há medronho? Paulo Silva (PS): É um problema complicado porque não temos produção. Já recebemos chamadas de Portalegre, Ancião e até de Viseu e parece-me que este ano a produção falhou em todo o lado. GR: Há alguma razão especial para essa quebra? PS: É como em todas as culturas, tem a safra e a contra safra, para além de que o medronho leva um ano a amadurecer e as alterações climatéricas também têm alguma influência. Todavia, há sempre produção, com mais ou menos quantidade, mas este ano a quebra é bem maior. GR: Como vai suprir essa falha? PS: Vai ser difícil. Estou na contingência de não produzir aguardente de medronho este ano. Estamos a aproveitar algum fruto que recebemos para a compota e mesmo assim não vamos conseguir fazer tanta quantidade como o ano passado. É um produto que está sempre vendido. Este ano, possivelmente, só vamos comercializar compotas e licor de medronho. GR: Como nasceu a Silvapa? PS: A Silvapa nasceu para gerir o património da família. Estamos zona de minifúndio e procuramos valorizar os produtos que vamos colhendo. Além do medronho, aproveitamos também as frutas que temos nos pomares e noutros terrenos. Temos diversas frutas, como maçã, pêssego, fisális e até curgete, que tem alguma saída.
O ano está a ser fraco na produção de medronho, um fruto silvestre muito usado para a confecção de compotas, licores e aguardente. A Silvapa, uma empresa sedeada em Maceirã, no concelho de Oleiros, galardoada recentemente com o prémio para “O melhor dos melhores” dos licores nacionais, tem falta de medronho para suprir as necessidades. Para o gerente da Silvapa, a quebra de produção verifica-se em todo o país, mas Paulo Silva diz que, apesar do medronheiro ter safra e contra safra, a produção este ano é muito menor. A falta de fruto vai reflectir-se na produção aguardente, direccio6
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GR: Como sobrevive uma empresa situada no interior profundo? PS: É complicado e parece-me que vai ser cada vez mais, porque estamos numa zona desertificada. Nós decidimos começar a fazer a transformação destes produtos a partir do momento em que eu me reformei e mais tarde a minha mulher. Os filhos têm os seus empregos e vão ajudando. GR: Disse que o escoamento do produto está feito. Quer dizer que trabalhou muito até chegar aqui? PS: Começámos aos poucos. Diria brincando e avançando. Registámos a marca e ela foi-se implantando no mercado. Isso deve-se ao nosso trabalho, mas especialmente à qualidade dos nossos produtos. Ligam-nos de todo o país e até já exportamos. O ano passado, por exemplo, exportámos aguardente de medronho para a Austrália e tenho um pedido de licor para Angola. Vamos avançando calmamente, sem grande stress.
De 23 a 25 de Outubro, em Vinhais
Rural Castanea 2015 apresenta várias novidades A Rural Castanea 2015 – Festa da Castanha, que vai decorrer em Vinhais, de 23 a 25 de Outubro, apresenta este ano várias novidades, que implicaram a quase duplicação do espaço de exposição. O certame terá uma centena de expositores, pavilhões temáticos sobre o castanheiro e raças autóctones da região de Trás dos Montes, um centro hípico, para além do espaço de exposição e venda de castanha e outros produtos da época. Do programa destaque ainda para as Jornadas Técnicas do Castanheiro e as Jornadas de Apicultura. A organização do certame é da Câmara de Vinhais. Carla Alves, responsável pelo certame, acredita numa grande edição com muitos visitantes, pois os atractivos são muitos. Gazeta Rural (GR): Num bom ano de castanha, há boas perspectivas para a feira? Carla Alves (CA): Sim. Antes do início da campanha houve alguns receios, uma vez que foi um ano um pouco seco, mas as coisas estão a correr bastante bem. Estamos no início da colheita e o que sabemos é que a região transmontana não sofreu tanto como outras zonas do país mais quentes. A chuva que caiu nos últimos tempos veio ajudar o calibre e a previsão é de um bom ano de produção. GR: A Rural Castanea apresenta várias novidades? CA: Sim. A grande novidade deste ano, e era um espaço que faltava, é a questão do apoio cada vez maior que queremos dar aos produtores de castanha, que se traduz na criação de um pavilhão temático sobre o castanheiro, que terá tudo aquilo que os produtores necessitam de saber e conhecer para optimizar a produção nos soutos. Desde aos viveiristas, aos adubos, aos fertilizantes, à rega, passando pelo apoio técnico, o combate às doenças da tinta, do can7
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cro e da vespa, tudo estará ‘espelhado’ neste pavilhão, onde haverá também a vertente ligada à maquinaria, que hoje é necessária para a apanha mecânica da castanha e onde há vários modelos. Neste pavilhão temático vão decorrer também as jornadas técnicas, o que quer dizer que os produtores, sem grande formalismo, podem assistir às jornadas que debaterão temas muito importantes. GR: A Rural Castanea não é uma feira apenas dedicada à castanha? CA: É uma feira onde vertente agro-alimentar está bem representada. Para além da castanha e dos produtos que lhe estão associados, haverá as colheitas de Outono. Vamos continuar a ter as famosas tasquinhas e a jeropiga e a castanha assada, bem como muita animação. GR: Mas há mais novidades? CA: Na parte rural, de apoio à nossa agricultura, vamos ter também, pela primeira vez, um pavilhão temático sobre raças autóctones da região de Trás dos Montes. É fundamental incentivar e sensibilizar os nossos agricultores para a importância das raças autóctones, para o valioso património genético que representam e para as carnes de qualidade que lhes estão associadas. Sabemos que nestas zonas rurais não vale a pena pensar em grandes produtividades, com raças exóticas, pelo que temos que nos cingir aquilo que de bom temos e sabemos preservar. Como última novidade, teremos um centro hípico, instalado no recinto da feira, com sete cavalos. As pessoas poderão experimentar passeios a cavalo ou de charrete, bem como outras experiências. No último dia da Feira haverá demonstrações equestres com os nossos alunos.
Presidente da Arbórea mostra-se preocupado
Castanheiro “sobe” 200 metros de altitude e testemunha aquecimento global A zona da Terra Fria Transmontana está a assistir a um fenómeno impensável há 40 anos, com plantações de castanheiros a 900 metros de altitude, mais 200 do que o limite que impunham os manuais. O cenário foi traçado por Abel Pereira, presidente da associação de produtores florestais ARBOREA, que não tem dúvidas de que a agricultura transmontana está a sofrer transformações devido ao aquecimento global e às alterações climáticas das últimas décadas, de que o castanheiro é um testemunho natural. “As alterações climáticas estão a afectar a produção e estão a fazer com que nós tenhamos castanheiros já a 900 metros de altitude, o que provavelmente há 40 anos era impossível: ficava-se pelos 700, 800 metros, que era o que se dizia nos manuais escolares. Acima dos 800 metros não havia castanheiro, hoje há castanheiros a 900 metros”, afirmou. Para o dirigente da associação que se dedica sobretudo a esta cultura, “o castanheiro é um grande indicador de que as coisas estão a mudar”, com as temperaturas a subir e a precipitação média anual a descer. Os dados estatísticos, segundo apontou, indicam que há 20 anos o distrito de Bragança tinha 900 milímetros de precipitação anual, enquanto hoje tem 700. Estes factores originam, na opinião do dirigente, aquilo que “toda a gente, se calhar teme”. “Onde temos castanheiro, provavelmente daqui a 40 anos temos oliveiras”, exemplificou comparando uma cultura associada à Terra Fria Transmontana (o castanheiro) com a oliveira típica da chamada Terra Quente, mais a sul do distrito de Bragança. A menor precipitação leva também a “uma descida muito grande a nível de humidade dos solos”, o que implica a necessidade de regar culturas como o castanheiro, tipicamente de sequeiro. As alterações preocupam os responsáveis por esta cultura, já chamada de “o ouro” de Trás-os-Montes, tendo em conta que a castanha é actualmente o produto agrícola mais rentável. O concelho de Vinhais é o maior produtor nacional de castanha, com uma produção média anual de 15 mil toneladas que movimentam 25 milhões de euros. O castanheiro é também a referência paisagística da região com extensos soutos e cada vez mais atractivo para novos investidores com a área a duplicar em apenas uma década, no concelho de Vinhais. Além do clima, a produção está confrontada com outras ameaças como as doenças da tinta, cancro e, mais recentemente, a vespa das galhas do castanheiro. A Câmara de Vinhais e a ARBOREA realizaram há alguns meses vistorias às novas plantações de soutos, as mais susceptíveis de estarem contaminadas com a praga do insecto, e destruíram todas as árvores infectadas. As possíveis consequências desta praga só serão conhecidas na primavera, época em que o insecto fica activo. O presidente da ARBOREA defende que são necessários mais estudos sobre o sector e troca de conhecimento entre investigadores e produtores, o que pretende com as jornadas que decorrerão no fim-de-semana de 23 a 25 de Outubro, integradas na Feira Rural Castanea, em Vinhais. Abel Pereira alertou que “não há alternativa agronómica ao castanheiro” nesta zona de Trás-os-Montes. “Se deixarmos de ter castanheiro passaremos a ter áreas desertas”, afirmou. 8
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Produção deverá rondar as 15 mil toneladas
Vinhais espera um ano razoável de castanha apesar da seca O maior produtor português de castanha, o concelho de Vinhais, no distrito de Bragança, perspectiva “um ano razoável” na produção com uma campanha na ordem das 15 mil toneladas, apesar das ameaças da seca. A chuva dos últimos dias “ já foi suficiente” para alterar as expectativas, a que se juntam as temperaturas amenas na ordem dos 18,20 graus, segundo indicou Abel Pereira, o presidente da ARBOREA, a associação de produtores florestais de Vinhais dedicada a esta produção. “Espera-se um ano razoável”, afirmou, o que representará uma colheita próxima das 15 mil toneladas que o concelho produz em média por ano, com um movimento de 25 milhões de euros. Depois de um longo período de seca ainda persiste alguma incerteza relativamente às variedades mais tardias e mais importantes. Resta saber se “as últimas chuvas de outono vão conseguir fazer aquele trabalho que não foi feito no stress hídrico”, como explicou. “A castanha ainda 9
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está dentro do ouriço, podem eventualmente ser castanhas abortadas, não viáveis. Só quando começarem os ouriços a abrir, mais lá para a frente, se saberá”, apontou. Os efeitos da seca sentem-se nas chamadas variedades de cedo, aquelas que caíram já dos ouriços e estão a ser apanhadas com menor calibre. Porém o dirigente ressalvou que “estas variedades não são muito relevantes para o mercado”. “Temos ainda condições para o crescimento”, afiançou, sublinhando que “a árvore (os castanheiros) está ligeiramente equilibrada e, não havendo outros problemas como os fungos que atacaram no ano anterior, o ano pode ser equilibrado”. A castanha é considerada “o ouro” da Terra Fria Transmontana, nomeadamente os concelhos de Vinhais, Bragança e Valpaços, responsáveis por 90 por cento da produção nacional, que ronda as 40 mil toneladas. Quase toda a produção é encaminhada para exportação.
No fim-de-semana de 30 de Outubro a 1 de Novembro
Aguiar da Beira promove III Certame Gastronómico do Míscaro O Município de Aguiar da Beira realiza no fim-de-semana de 30 de Outubro a 1 de Novembro o III Certame Gastronómico do Míscaro, que pretende promover e divulgar este produto nas suas mais diversas vertentes. Durante os três dias, o pavilhão gimnodesportivo vai ser palco de diferentes exposições, workshop “Produção de cogumelos em borras de café”, espaços de gastronomia, mercadinho de produtos locais e artesanato, animação de rua e música popular, bem como outras actividades. O certame privilegiará o contacto com a natureza com a realização do segundo Trail do Míscaro e um passeio micológico na manhã de sábado, dia 31 de Outubro. Este evento, onde os sentidos irão ser despertados por sabores, cheiros, texturas e sons, junta a música tradicional ligada à degustação de diferentes sabores, que são parceiros perfeitos para um espaço que se pretende cheio de acção.
Eventos associados No Espaço Gastronómico estarão representados os vários restaurantes aderentes do concelho e o Agrupamento de Escolas de Aguiar da Beira, onde os visitantes poderão degustar diferentes iguarias confeccionadas com cogumelos silvestres e produtos da época. No âmbito do curso profissional de Restauração, o Festival das Sopas surgiu em 2012, e vai já na quarta edição. Trata-se de uma actividade de grande sucesso, que culmina a partilha de saberes e sabores de quase todos os restaurantes do concelho, e onde a sopa é
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rainha. Por sua vez o Mercadinho Agrícola é um espaço destinado à promoção e venda de produtos sazonais de qualidade e artesanato, onde estarão representados diferentes expositores do concelho, organizados por freguesia e das Instituições de Solidariedade Social, repletos de produtos locais tais como os cogumelos, maçãs, ovos, castanhas, azeite, mel, compotas, licores, entre outros.
Exposição do Agrupamento de Escolas de Aguiar da Beira Os docentes da área de expressão plástica (EV, ET e EVT) vão participar no Certame. Para o efeito, desafiaram os alunos do 1.º e 2.º ciclos para usar a sua criatividade inspirando-se no universo da micologia. Esta exposição é composta por trabalhos de modelação, desenho e colagem. Destaca-se ainda que, pela primeira vez no Agrupamento, está a ser dinamizado o Clube de Micologia.
Projecto “Sabor a Cogumelo” Trata-se de um projecto da autoria de dois alunos do agrupamento de Escolas de Aguiar da Beira, que resultou num segundo prémio de um projecto de empreendedorismo. A proposta de colaboração do Município com os autores do projecto irá permitir concretizar a “produção” de um cogumelo andante.
Entre os dias 23 e 25 de Outubro
Feira da Maçã mostra o melhor do concelho de Armamar Armamar vai mostrar de 23 e 25 de Outubro o que tem de melhor na Feira da Maçã. O certame conta com três dias de programação pensada para todos os públicos. A grande aposta centra-se na divulgação dos produtos endógenos, nomeadamente a maçã de montanha, vinhos do Douro e Porto, queijos, fumeiros e enchidos. A Feira, que vai na oitava edição, tem como objectivo promover a actividade económica, social e cultural de Armamar, ao mesmo tempo que mostra a harmonia das paisagens duriense e beirã e a riqueza cultural do concelho. Para o presidente da Câmara de Armamar, a Feira da Maçã “é o maior certame ligado ao sector agrícola e pretende promover a maçã, um produto de excelência que se produz no nosso concelho”. João Paulo Fonseca diz que o certame “pretende promover o sector primário, onde a maçã é rainha e por isso Armamar é conhecida como ‘Capital da Maçã de Montanha’”. Para além maçã, diz o autarca, “há outros produtos de qualidade, produzidos no concelho, como o vinho e o azeite que começam a ganhar expressão, tal como a cereja”, lembrando que Armamar “é o concelho que mais maçã produz em altitude, de grande qualidade e diferenciadora no mercado”. Para o edil, “com a feira pretendemos fazer perceber aos consumidores a excelência e a qualidade da nossa maçã e queremos que as pessoas a tenham como referência no mercado”, sublinha João Paulo Fonseca.
Projecto Heróis da Fruta
Feira da Maçã 2015 23 • 24 • 25 outubro
Dia 23 17:00h
18:00h 19:00h
19:30h 20:30h 21:30h 22:00h 23:00h 00:00h
» Arruada pela Fanfarra da Associação “Armamar Sempre Jovem” e entrega do Guião à nova associação pelo Presidente da Câmara Municipal » Marcha de abertura pela Banda de Música de Armamar » “As Rogas”, recreação com desfile das crianças dos Jardins de Infância de Armamar e da Fundação Gaspar e Manuel Cardoso » Abertura oficial do certame pelo Presidente da Câmara Municipal e convidados » Concerto pela Banda de Música de Armamar » Jantar degustação das iguarias gastronómicas de Armamar » Arruada pela Real Tertúlia Académica Tun`unkacerta » Arruada pelo Grupo de Cantares Vida que desponta de São Romão » Momento musical com Lúcia Lopes, acompanhada por João Pedro Monteiro e Ricardo Silva » Atuação da Fadista Cláudia Madeira » Momento musical com Ricardo Silva a solo » Animação com o rapper X-Master
Dia 24 Dia
A Câmara de Armamar aderiu ao projecto nacional Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável. A iniciativa, da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI), vai na sua quinta edição e tem como objectivo principal motivar as crianças a adoptar hábitos saudáveis na sua rotina diária e promover uma alimentação equilibrada. A Câmara de Armamar junta-se assim às 55 autarquias que no ano lectivo passado, enquanto “Autarquias Parceiras”, contribuíram para a aprendizagem das suas crianças de hábitos de vida saudável.
10:00h 10:30h 11:30h 12:00h 14:00h 15:00h 17:00h 18:00h 19:00h
20:00h 20:30h 21:00h 21:30h 22:00h 23:00h 00:00h 01:00h
» Reabertura da Feira » Arruada pelo Grupo de Bombos de Fontelo » Apple Dance pelo Grupo ArtDance » Stretching exercices, pelos professores de Actividade Física e Desportiva da Câmara Municipal » Desfile motorizado dos Bombeiros Voluntários de Armamar (comemorações do 84.º aniversário da Corporação) » Pinturas faciais, moldagem de balões e insufláveis para as crianças » Animação itinerante “Homens Pipa” » Animação itinerante “Trabalhadores em Andas” » Grupo de Concertinas do Professor Roxo » Arruada pelo Rancho Folclórico da Associação Cultural e Recreativa de Lumiares » Jantar degustação das iguarias gastronómicas de Armamar » Espetáculo de fogo-de-artifício » Arruada pelo Grupo de Bombos de Queimada » “O Sonho do Conde”, pelo Grupo Teatro de Armamar “Filhos do Vento” » Arruada pelo Rancho Folclórico do Centro Cultural e Recreativo de Travanca » Atuação do artista de música popular CLEMENTE » Atuação do Grupo musical “Aldeões” » Atuação da Banda “Tales and melodies” » Animação musical com o DJ Rafael Gomes
Dia 25 10:00h
11:00h 11:30h 14-20h
15:00h 16:00h 18:00h 20:00h
Especialidade: Cabrito Assado Mercado Municipal de Armamar - 5110-121 Armamar Telf.: 254 851 469 - Telm.: 965 660 845 Email.: maria_carrulo@hotmail.com 11
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» Reabertura da Feira » Arruada pela Fanfarra de Aldeias » Encontro Nacional de Geocachers - desafio “Rota da Maçã” » Arruada pelo Grupo de Gaiteiros Trouxa Mouxa » Arruada pelo Rancho Folclórico da Associação Cultural e Recreativa Jograis de Gojim » Transmissão do Programa da SIC Portugal em Festa em direto de Armamar » Arruada pela Fanfarra do Grupo Pioneiros de Queimadela » Animação itinerante pelas “Marias Malucas” » Pinturas faciais, moldagem de balões e insufláveis para as crianças » Recreações etnográficas pelas Associações Culturais do Município » Concerto pela Tuna da Fundação Gaspar e Manuel Cardoso » Concerto pela Escola de Música do Vacalar » Encerramento da Feira da Maçã
A 7 e 8 de Novembro, no centro da cidade
Mangualde prepara edição 2015 da Feira dos Santos Nos dias 7 e 8 de Novembro, Mangualde acolhe mais uma edição da tradicional Feira dos Santos, certame promovido pela Câmara de Mangualde que decorre no centro da cidade sob o lema «Da Tradição à Modernidade». Desde há três séculos que Mangualde se notabiliza pela realização da Feira dos Santos, que se tornou um marco a nível nacional, pelas várias ofertas que proporciona aos seus milhares de visitantes desde a gastronomia, através das tradicionais febras, os enchidos, os frutos secos, o artesanato, o vinho, os produtos agrícolas, entre outras. Durante o fim-de-semana, as várias artérias da cidade serão animadas proporcionando a todos os residentes e visitantes momentos de diversão. A Feira é ainda uma referência por dinamizar os vários sectores de actividade com vários momentos dedicados a cada um deles: Feira das Febras, Mostra das Freguesias de Mangualde, Expovinhos de Mangualde e Degustações, Mangualde Indus-
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tria, Manguald`Arte (Mostra de Artesanato Nacional), Mangualde Regional, AgroMangualde, Mangualde Motor, Artes & Ofícios e AniMangualde (animação de Rua).
Pratos regionais e vinho Dão vão estar na ementa Paralelamente, Mangualde acolhe mais edição da iniciativa ‘Feira dos Santos à Mesa’. Os restaurantes aderentes, assinalados pelo selo ‘Feira dos Santos à Mesa’ apresentarão uma ementa especial com entrada à base de enchidos, rojões à moda de Mangualde acompanhados de vinhos do Dão, com maçã assada e requeijão/queijo da serra com doce de abóbora de sobremesa. O pão regional acompanhará toda a refeição. A iniciativa, promovida pela Câmara de Mangualde, insere-se na programação da Feira dos Santos 2015.
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Abandono das vinhas é uma das razões apontadas
Adega do Fundão recebeu menos 35% de uvas na vindima deste ano A Adega Cooperativa do Fundão recebeu na vindima deste ano menos 35% do que numa campanha normal. A razão apontada pelo presidente da Adega, Albertino Nunes, prende-se com a “venda clandestina” e a “compra de uvas por parte de agentes de outras regiões”. Todavia, este facto não terá grande impacto no normal funcionamento da Adega, pois está preparada com stock de vinhos de outras colheitas. O dirigente cooperativo defende uma “melhor fiscalização” para equiparar as Adegas Cooperativas aos particulares. Gazeta Rural (GR): Como que foi a vindima deste ano? Albertino Nunes (AN): Ficou aquém do previsto. Recebemos cerca de dois milhões de quilos, bem menos do que esperávamos. Tivemos uma quebra, em relação a um ano normal, de cerca de 35%. GR: Qual a razão? AN. Em parte devido ao abandono das vinhas que se está a verificar nesta zona e também ao desvio de uvas. Isto deve-se à obrigatoriedade do sistema de facturação no minifúndio, mas também à venda clandestina que se faz por aí. Há quem compre uvas para fazer vinho que depois comercializa pelos cafés e restaurantes, em recipientes abertos, nomeadamente para o vinho a copo. Não há ninguém neste momento a controlar isso, o que é muito grave, e as adegas não podem continuar nesta situação. Para além disso, temos conhecimento da compra de uvas por parte de agentes da região para o Douro, mas também de outras regiões. Tem que haver uma entidade responsável, o IVV ou outra, que controle esta situação. É que as adegas, no mês de Novembro, têm que fazer a declaração das quantidades que cada produtor entregou. O IVV devia exigir aos particulares que têm vinhas registadas, de acordo com a lei, a mesma declaração de produção. Só assim conseguiremos estar em igualdade de direitos. GR: Como fica a sustentabilidade da Adega em face dessa quebra? AN: Claro que teremos algumas dificuldades, que são minimizadas porque temos a quase totalidade do vinho do ano passado. GR: Manter os vinhos em stock durante mais tempo do que é normal numa cooperativa deve-se à aposta que têm feito na qualidade dos vinhos que colocam no mercado? AN: A Adega do Fundão tem feito essa aposta e o resulta-
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do é que todos os nossos vinhos DOC estão premiados, desde medalhas de bronze a medalhas de ouro. Não temos um vinho que não esteja premiado. Nos vinhos de baixa gama que temos à venda é para esgotar o produto, porque ao preço a que é vendido temos grandes dificuldades em ter lucro. Como toda a gente sabe, são precisos três quilos de uvas para fazer dois litros de vinho. Ora, quando no mercado encontramos o bag-in-box a cerca de quatro euros e se a este valor descontarmos o valor do saco, da caixa e da mão-de-obra e a conservação pouco resta. Andamos todos a morrer de fome. GR: A exportação? AN: Aumentámos significativamente a exportação, que hoje corresponde a cerca de 30% da nossa produção para diversos mercados da Europa e também na China.
Nos dias 14 e 15 de Novembro
Pinhel recebe festival de vinhos e sabores da Beira Interior O pavilhão Multiusos de Pinhel vai receber nos dias 14 e 15 de Novembro um festival de Vinhos e Sabores, numa iniciativa da Comissão Vitivinícola Regional da Beira interior (CVRBI), em parceria com a Câmara local. “Foi um desafio lançado pelo presidente da câmara de Pinhel, no sentido de ali fazermos um evento”, afirmou Rodolfo Queirós, da CVRBI, referindo que inicialmente era para ser levado a cabo por altura das vindimas. A data escolhida, “por alturas do S. Martinho já ‘cheira’ a Natal e entendemos que era a melhor altura para a sua realização”, referiu. Para já estão inscritos 25 produtores de vinho, sendo “a primeira vez que temos tantos produtores da Beira Interior no mesmo evento”, referiu o técnico da CVRBI, a que se vão juntar outros produtos e sabores “que dignificam a região e aqui são produzidos”. Para além dos vinhos da Beira Interior, os visitantes encontrarão queijos “Serra da Estrela” e da Beira Baixa, enchidos, azeites, mel, bem como produtos derivados, como bolos de azeite, bolachas de amêndoa, entre outros produtos que serão, com certeza, “uma mais-valia para o evento”. Porém, “o foco são os vinhos, mas teremos outros sabores, com a preocupação, neste primeiro ano, de chegarmos ao máximo possível de concelhos”, refere Rodolfo Queirós. Recorde-se que a Região Demarcada da Beira Interior, em termos de produção de vinhos DOC e Regionais, engloba 20 concelhos,
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delimitada a norte por Foz Côa (Douro) e Meda, com este município dividido entre o Douro e a Beira Interior, e a sul pelo concelho de Castelo Branco. Para dar dinâmica ao evento haverá sessões se show-cooking e provas comentadas de vinhos e mel da região. Para o efeito, foram convidados enólogos, como Anselmo Mendes, Rui Madeira e outros, e especialistas noutras áreas, como os chefs de cozinha Rita Neto, Ana Mendes e Mário Ramos, bem como Francisco Pavão, produtor e especialista em azeites e também presidente da CVR Trás-os-Montes. Durante o evento, será abordada a questão do sector cooperativo na região, as doenças que afectam as vinhas, como a flavescência dourada, bem como um debate sobre os vinhos orgânicos, bastante apreciados pelos mercados nórdicos. O evento vai ainda ser aproveitado para discutir o futuro da região e os passos a dar para que tenha cada vez mais notoriedade no mundo dos vinhos nacionais e internacionais. Segundo Rodolfo Queirós, pretende-se que este evento “seja um marco na região”, apontando a Feira do Vinho do Dão, em Nelas, como exemplo, e que, em princípio, deverá continuar a realizar-se em Pinhel, tendo em conta a importância deste concelho na produção de vinho da região, bem como a disponibilidade demonstrada pela Câmara de Pinhel, na pessoa do seu presidente, Rui Ventura, na realização de um evento desta importância.
São 42 restaurantes de todo o país a concurso
Tejo Gourmet 2015 mostra as melhores receitas harmonizadas com vinhos do Tejo A Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo e a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) continuam a desafiar a restauração de todo o país com o concurso Tejo Gourmet. Nesta sexta edição do Tejo Gourmet, um Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo, os 42 restaurantes participantes vão apresentar, até 25 de Outubro, as melhores receitas harmonizadas com Vinhos do Tejo. Esta é uma excelente oportunidade, para todos os amantes de gastronomia e vinhos, de percorrerem a rota do Tejo Gourmet, fazendo uma visita aos restaurantes participantes e apreciando o que estes prepararam para o concurso: uma entrada, um prato e uma sobremesa sempre acompanhados por Vinhos do Tejo. Criado em 2010 pela CVR Tejo, o Tejo Gourmet cresceu e saltou as fronteiras do Ribatejo, posicionando-se actualmente como um concurso nacional, que promove a harmonização da gastronomia dos restaurantes participantes com os Vinhos do Tejo presentes nas suas Cartas, aumentando assim a oferta e
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divulgação dos vinhos desta Região. Este ano, oferece vários tipos de restaurantes, desde o tradicional, ao internacional passando pela fusão e pela cozinha de autor. Todos os restaurantes são avaliados por um júri composto por Mário Louro, director do Tejo Gourmet, pelo Chef Igor Martinho e por Fernando Melo, especialista em gastronomia e vinhos, assim como por um representante da organização. Os resultados serão divulgados na Gala Vinhos do Tejo a realizar em Março de 2016. De Norte a Sul do país e Ilha da Madeira, podem encontrar-se os 42 restaurantes aderentes, desde Aveiro, Pombal, Leiria, Caldas da Rainha, Peniche, Nazaré, Lisboa, Alcácer do Sal, Évora, Algarve até à Madeira. Na Região do Vinhos do Tejo poderá visitar-se restaurantes localizados no Sardoal, Abrantes, Tancos, Tomar, Golegã, Alpiarça, Almeirim, Santarém, Cartaxo, Rio Maior e na Azambuja. A lista de restaurantes e outras informações pode ser encontrada em www.confrariadotejo.pt.
Em Borba, de 7 a 15 de Novembro
Festa da Vinha e do Vinho junta produtores do Alentejo A Festa da Vinha e do Vinho, em Borba, vai decorrer de 7 a 15 de Novembro e conta com a participação de dezenas de expositores, com destaque para os produtores do Alentejo. A XXIV edição do certame dedicado ao vinho e à vinha, que recebe todos os anos milhares de visitantes, decorre no pavilhão de eventos de Borba, no distrito de Évora, e vai promover, sobretudo, os vinhos do Alentejo, com a participação de vários produtores que apresentam as suas marcas para degustação e venda. A festa inclui um conjunto de eventos temáticos dedicados aos vinhos e enoturismo, gastronomia, produtos e doçaria regionais, artesanato e equipamentos e serviços vitivinícolas. O certame, que serve de apresentação do vinho novo dos produtores locais pelo São Martinho, pretende ainda promover
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os produtos regionais, dando especial realce à produção vinícola regional e aos queijos, enchidos, pão, azeite, mel, frutos secos e doçaria regional. O artesanato conta com expositores oriundos de várias localidades do país, nas mais diversas expressões, como o barro, tapeçaria, madeira e cortiça. Com palco numa das mais importantes regiões vitivinícolas do Alentejo, o certame está a cargo do município, Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (ATEVA), Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo. O programa inclui um circuito das tascas no dia inaugural e, ao longo dos nove dias, engloba provas de vinhos, animação musical, conferências e actividades culturais e desportivas.
Ferramenta online vai ser desenvolvida pelo CITAB
ModelVitiDouro vai prever parâmetros de produção de vinho no Douro Uma equipa multidisciplinar do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, vai desenvolver o ModelVitiDouro, uma plataforma na internet que permitirá a previsão atempada dos parâmetros de produção vitícola na Região Demarcada do Douro (RDD), juntamente com as adegas cooperativas de Mesão Frio (Baixo Corgo), Favaios (Cima Corgo) e Freixo de Espada à Cinta (Douro Superior). “Pretendemos desenvolver um modelo que permita prever com alguma antecedência os vários estados de desenvolvimento fenológico da videira, como a data de floração, do pintor, de maturação ou até, eventualmente, do abrolhamento, e também indicadores de produção”, explica o coordenador do projecto e investigador do CITAB, João Santos. O ModelVitiDouro servirá para a inserção de dados de campo e de algumas informações meteorológicas, recolhidas nas estações instaladas nas três adegas envolvidas, cuja localização representa as três principais zonas climáticas da RDD. “Irá auxiliar as adegas na planificação das actividades ao longo do ano e completar a informação da evolução da vinha que os responsáveis vão tendo em tempo real, com um impacto positivo a nível económico. Isto porque os ganhos de eficiência repercutir-se-ão em poupanças efectivas e num aumento da competitividade”, frisa João Santos. O responsável da equipa multidisciplinar do CITAB refere que quando “se faz a observação da videira ou das uvas” nas adegas, muitas vezes, surge a necessidade de “complementar essa informação com dados científicos”, servindo esta “plataforma de base científica” para confirmar a informação empírica que os viticultores, os engenheiros agrícolas e os enólogos vão tendo no terreno. “O ModelVitiDouro vai permitir corroborar se aquilo que está a ser observado era expectável, tendo em conta as condições climáticas anteriores, e projectar também o que poderá acontecer no futuro próximo”, sintetiza o investigador. O modelo estatístico-dinâmico vai integrar dados meteorológicos, imagens de satélite e registos de pólen da rede do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto. A plataforma online vai ser desenvolvida por uma equipa multidisciplinar do CITAB até 2017, com especialistas em clima, solos, fisiologia vegetal, enologia e agronomia, o que garante que todos os aspectos do desenvolvimento da videira serão devidamente acautelados. O ModelVitiDouro é promovido pela Adega Cooperativa de Favaios e financiado pelo ProDer, num total de 140 mil euros. É o primeiro projecto do género em Portugal, que aposta numa aplicação prática da ciência, em termos de gestão das adegas, e privilegia a ligação de parceria entre o CITAB e o sector privado.
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De 30 de Outubro a 2 de Novembro no Centro de Congressos
‘Vinho e Sabores 2015’ marcam ‘Encontro’ em Lisboa O Centro de Congressos, em Lisboa, recebe de 30 de Outubro a 2 de Novembro o ‘Encontro com o Vinho e Sabores’, evento que vai já na sua décima sexta edição e que este ano acontece mais cedo. Da autoria da Revista de Vinhos, este é o maior e mais antigo evento vínico e gastronómico. Como nas edições anteriores os três primeiros dias são para o público em geral, estando a segunda-feira reservada para profissionais ou iniciativas paralelas promovidas por entidades do sector. Um evento que surpreende a cada ano e que prima pela introdução de novidades. Este ano, os visitantes do ‘Encontro com o Vinho e Sabores’ vão poder comprar os seus vinhos de eleição junto dos stands dos mais de 400 produtores (e não na loja do evento como nas edições anteriores). Poderão fazê-lo directamente ou subscrevendo um serviço de entrega ao domicílio, assegurado pela Vinha (www.vinha.pt) e gratuito para compras superiores a 25 euros. Os enófilos vão assim ganhar outra disponibilidade – física e mental – para o convívio directo com os produtores e a degustação dos néctares apresentados, que são mais de 2000. À semelhança da edição anterior, que foi alvo de um upgrade, o ‘Encontro com o Vinho e Sabores 2015’ volta a ocupar três pavilhões, o que permite aos presentes uma visita mais “desafogada” e cómoda. A porta de entrada dá acesso ao Pavilhão do Rio onde o vinho é “rei e senhor”, tendo contudo a companhia de uma mostra de gins e outros destilados nas galerias superiores. Num segundo espaço vão conviver os sabores, como queijos, fumados, enchidos, azeites, doces, delicatessens e muito mais, com os acessórios de vinho e uma zona lounge, onde os amantes dos verdadeiros prazeres da vida vão poder desfrutar de snacks, de um bom copo de vinho ou, simplesmente, recarregar baterias. O terceiro espaço vai ser o palco de actividades paralelas, como provas especiais, seminários e iniciativas promovidas por entidades do sector. De destacar o anúncio e a entrega de prémios de três Concursos: o ‘Concurso de Vinhos A Escolha da Imprensa’ (sexta-feira, às 20 horas) e o ‘Concurso de Cartas de Vinhos’ (dia 02, às 15 horas), ambos organizados pela Revista de Vinhos, e o ‘Concurso Queijos de Portugal’ (segunda-feira, às 15,30 horas), pela Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL). Um dos pontos altos deste evento são as concorridas provas especiais – pequenos seminários com provas de vinhos raros ou preciosos, orientadas por especialistas que ajudam a descobrir os segredos de grandes néctares. São oito no total dos três dias, com um custo de 35 euros cada, que dão acesso ao evento, evitando a compra do bilhete de 10 euros. Quem se inscrever em mais do que uma prova beneficiará de 20% de desconto. O ‘Encontro com o Vinho e Sabores 2015’ está aberto ao grande público na sexta-feira (das 18 às 22 horas), sábado e domingo (das 14 às 20 horas); e permite uma degustação livre dos néctares e iguarias em exposição. A prova é assegurada mediante a compra de um copo de vinho. 19
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Concurso Nacional de Vinhos - Cidade de Córdoba
Vinhos Quinta do Monteirinhos
premiados em Espanha O produtor Quinta do Monteirinhos viu premiados dois dos seus vinhos na vigésima primeira edição do Concurso Nacional de Vinhos - Cidade de Córdoba - Espanha - Prémios Mezquita 2015. O Quinta dos Monteirinhos Tinto DOC 2012 obteve a Medalha de Ouro, enquanto o Quinta dos Monteirinhos Tinto DOC 2013 foi galardoado coma Medalha de Prata. O concurso que há 21 anos se realiza em Córdoba, para muitos a capital gastronómica da Andaluzia, é um dos mais prestigiados e reconhecidos de Espanha, dada a elevada qualificação do Júri que lhe valeu o reconhecimento oficial pelo Ministério da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente de Espanha e pela Conselharia de Agricultura e Pescas da Junta da Andaluzia. O “Prémios Mezquita” é o único concurso ibérico, organizado pela Aula del Vino de Corboba - uma entidade sem fins lucrativos, em que o único objectivo é divulgar e promover os vinhos ibéricos. Pela segunda vez foram admitidos a concurso vinhos portugueses, e, segundo a organização, a experiência revelou-se um enorme sucesso pela elegância e elevada qualidade dos vinhos portugueses apresentados a concurso. A Quinta dos Monteirinhos já conta com quatro vinhos premiados neste prestigiante concurso. O Quinta dos Monteirinhos Tinto Doc 2011 - Medalha de Prata (Prémios Mezquita 2014); o Monteirinhos Encruzado Doc 2012 - Medalha de Bronze (Prémios Mezquita 2014); o Quinta dos Monteirinhos Tinto Doc 2012 - Medalha de Ouro (Prémios Mezquita 2015) e o Quinta dos Monteirinhos Tinto Doc 2013 - Medalha de Prata (Prémios Mezquita 2015). “Entendemos que estes prémios constituem mais um incentivo para quem, como nós, acredita que a Região Demarcada do Dão é um extraordinário destino vitivinícola, que com muito trabalho e dedicação se tem vindo a afirmar, e onde se produzem vinhos de excelência capazes de competir nos mercados mais exigentes”, refere o produtor em comunicado, que agradece ao Enólogo Hugo Chaves de Sousa, “o saber fazer dos nossos vinhos” que têm conseguido um “crescente número de apreciadores”.
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Decorre em Nelas nos dias 24 e 25 de Outubro
Rally promove o vinho e a região do Dão O Solar do Vinho do Dão recebeu a apresentação oficial do Rally Vinho do Dão, prova que se realiza nos dias 24 e 25 de Outubro no concelho de Nelas e que promete dar espectáculo aos amantes do automobilismo e, ao mesmo tempo, promover o vinho do Dão. José Borges da Silva, presidente da Câmara de Nelas, Arlindo Cunha, presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVRD), e Vítor Silva, presidente do Clube Automóvel do Centro, deram a conhecer os objectivos, troços, horários e características da prova. Organizado pelo Clube Automóvel do Centro (CAC) e com o apoio do Município de Nelas e da Comissão Vitivinícola do Dão (CVRD), o Rally Vinho do Dão é uma prova disputada em piso de terra que é pontuável para a Taça da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) de Ralis Terra, para o Campeonato FPAK de Ralis e para o Critério de Ralis Centro. Durante a apresentação, o presidente de Nelas destacou o impacto que esta prova terá no concelho e fora dele, realçando a importância da promoção do território e dos produtos regionais, pretendendo transformar esta prova, num futuro próximo, numa das mais consagradas do país. Por sua vez Arlindo Cunha, presidente da CVR do Dão, valorizou as parcerias que a instituição que dirige tem estabelecido com os municípios da região, aproveitando a oportunidade para elogiar o trabalho estratégico que a autarquia de Nelas tem feito na promoção do vinho do Dão. Já Vítor Silva, presidente do Clube Automóvel do Centro e com vasta experiência na organização deste género de eventos, enalteceu todo o trabalho da Câmara de Nelas para a concretização da prova, apresentou de seguida as principais características do Rally Vinho do Dão. O início da prova está marcado para a Praça do Município às 19 horas de sábado, dia 24 de Outubro, seguindo-se de uma Prova Super Especial pelas 19,20 horas na Zona Urbana de Nelas, nomeadamente junto às Piscinas e Biblioteca Municipais. No domingo, os participantes disputarão sete Provas Especiais de Classificação, com início pelas 9,23 horas no troço de Vilar Seco- Quinta Cerca (com duas passagens). Seguir-se-á, pelas 10 horas, o troço de Santar- Vinhas do Dão (com três passagens) e por último o troço da Felgueira, pelas 13,46 horas (com duas passagens). O pódio e a entrega de prémios decorrerão pelas 16,30 horas na Praça do Município. O prémio para o vencedor será uma Grande Garrafeira, com cerca de 60 garrafas do melhor Vinho do Dão, numa oferta dos produtores, em colaboração com a CVR Dão. Os troféus da prova e de todas as classificativas serão da responsabilidade da Dão Sul. A Câmara de Nelas conta como parceiros oficiais da prova a CVR Dão, a Global Winnes/Dão Sul, as Casas do Lupo e a JC Automóveis.
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Uma iniciativa da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa
Enólogas escolheram vinhos em tributo
mulheres que marcaram a história da música Sete enólogas da Câmara de Provadores da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa) sugerem sete vinhos em homenagem a sete mulheres que marcaram a história da música. A iniciativa, que se realizou no dia Mundial da Música, foi coordenada pelo presidente da CVR Lisboa, Vasco d’Avillez, que considera que a harmonização de vinhos já não é exclusivo de refeições, podendo passar também pelos momentos sociais e culturais. “Tal como o vinho, a cultura também não é toda homogénea, pois vive de estilos, aromas, cheiros e personalidades distintas, pelo que o exercício da harmonização de vinhos com a música, o cinema ou a literatura é hoje um imperativo”, argumenta Vasco d’Avillez. O presidente dos Vinhos de Lisboa, que já em Feverei-
ro deste ano tinha desafiado a Câmara de Provadores a seleccionar oito vinhos para acompanhar os oito filmes nomeados para os Óscares, teve também, como grande objectivo prestar uma homenagem às mulheres, nomeadamente àquelas que trabalham no sector vitivinícola. “Metade da Câmara de Provadores da CVR Lisboa é composta por mulheres e, por isso, quisemos aproveitar esta data para homenagear também, todas as que se afirmam hoje no mundo dos vinhos, um sector que, por tradição, sempre foi marcadamente masculinizado”, sublinha a mesma fonte. Recorde-se que no final de 2014 Vasco d’Avillez publicou o livro “Celebrar”, onde dá a conhecer o melhor vinho para cada data em particular.
A selecção das 7 enólogas da Câmara de Provadores da CVR Lisboa Elis Regina Ilda Caldeira deixou os vinhos de lado e sugeriu uma aguardente para a irreverente Elis Regina - a aguardente XO DOC Lourinhã da ACL. Partilham a beleza, a complexidade e a persistência que só a qualidade pode dar, assim como a relutância resultante de uma agressividade inicial no primeiro contacto, mas que se esbate perante a riqueza de que se desfruta a seguir. Recorde-se que Elis afirmou, em 1969, que o Brasil era governado por ‘gorilas’, participando em vários movimentos de renovação política brasileira, sendo que foi a popularidade junto do povo que a manteve fora da prisão. Ilda Caldeira, Enóloga
Taylor Swift
Taylor Swift é a única artista na história da música detentora de três álbuns consecutivos com mais de um milhão de vendas na primeira semana. Em 2015 confrontou a Apple relativamente à não remuneração dos artistas durante os três meses de streaming gratuito para os clientes do iTunes. A gigante norte americana cedeu à pressão de um dos mais falados nomes da música moderna e passou a garantir o pagamento de todos os direitos de autor. Assim, para Taylor Swift, Ana Almeirante escolheu o Troviscal Reserva 2012, um vinho que vai muito além da sua bela e delicada imagem, tal como a cantora. Com o aroma de frutos vermelhos bastante presente e frescura atlântica característica da região, este vinho é a harmonia perfeita entre a intensidade da casta Touriga Nacional e a elegância da casta Pinot Noir, transmissoras, tal como a música, de boas energia. Ana Almeirante, Enóloga 22
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Aretha Franklin
Considerada pela Rolling Stone a maior cantora de todos os tempos, Aretha Franklin foi a primeira mulher a fazer parte do Rock N’ Roll Hall of Fame. Para factos impressionantes, um vinho impressionante – o Fonte das Moças, Tinto, 2012 - em sintonia com a voz singular, poderosa e superiormente explorada por Aretha Franklin. Composto por três castas, com destaque para a Touriga Nacional, o sabor é intenso e em excelente equilíbrio, com carácter e muito soul…um alimento para a alma. Respect! Sofia Catarino, Enóloga
Conchita Wurst
Conchita Wurst é transexual e foi a representante da Áustria no festival da Eurovisão, em 2014, sagrando-se vencedora ao somar o maior número de pontos entre os países votantes. A actuação e popularidade de Conchita viriam a causar controvérsia, ao ser condenada por conservadores, que viram a sua performance como um ato de promoção da comunidade lésbica, gay, bissexual e transgénero (LGBT). É pela perseverança por entre a crítica que se atribuiu a Conchita Wrust o Monte Judeu, 2015. Um vinho com cheiro a fruta vermelha fresca, leve compota doce, com traços vegetais e taninos firmes a compensar, final macio e afável. Lisete Lucas, Enóloga
Nina Simone
Cantora americana, compositora, pianista e activista dos Direitos Humanos, Nina Simone sempre tentou que as suas músicas transmitissem uma mensagem, tal como os seus concertos ao vivo, tendo mesmo discursado na famosa marcha de Selma, pelos Direitos da Comunidade Negra. A associação das canções de Nina Simone com o vinho transmite uma mensagem de elegância, tal como o vinho tinto da colheita de 2012 da marca Peripécia - para saborear e acompanhar a evolução da prova do vinho no copo, tal como as melodias que nos embalam o espírito e nos transmitem algo. Alexandra Mendes, Enóloga
Joan Baez
Nilza Eiriz escolheu o Sôttal, Vinho Regional de Lisboa, branco «leve» de 2014, da Companhia Agrícola do Sanguinhal. É um vinho elegante e subtil, com uma agradável intensidade aromática, destacando-se a casta moscatel. Na boca, a sensação de frescura e acidez com jovialidade e irreverência, tal como as músicas de Joan Baez. Na tentativa de transmitir sempre uma mensagem, este vinho marca pela qualidade e pelo perfil “leve”, adequado a qualquer circunstância. Joan Baez, cantora de folk americana, é conhecida pelas suas músicas de protesto e justiça social. Durante anos, lutou por causas como os Direitos Civis e Humanos, manifestando-se contra a pena de morte e as guerras no Vietname e no Iraque. Em 2009, Baez cria uma nova versão da música ‘We shall overcome’ em apoio aos protestos pacíficos no Irão. Nilza Eiriz, Enóloga
Patti Smith
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Patti Smith é uma cantora e compositora norte americana, rosto do movimento Punk Rock em Nova Iorque, em 1975, com o seu álbum ‘Horses’. Activista em várias frentes, Patti tem actuado em vários festivais por causas como a luta contra a SIDA ou pela Paz no Mundo. Em 2006 escreveu a música ‘Qana’, sobre o ataque israelita à vila libanesa com o mesmo nome. Maria Lucinta Abrantes reservou-lhe o Marco Velho 2012, um vinho de cor granada carregada e aroma vinoso intenso, lembrando frutos vermelhos maduros, com corpo e estrutura. www.gazetarural.com Maria Lucinda Abrantes, Enóloga
Prémios foram entregues em Leiria
Dispositivo para proteger apicultor e abelhas vence concurso Poliempreende Um dispositivo electrónico para proteger o apicultor e as suas abelhas durante o maneio das colmeias venceu o concurso nacional Poliempreende, cujos prémios foram entregues em Leiria. Trata-se de um instrumento inovador, concebido por uma equipa do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), coordenada pela professora Cristina Faustino Agreira, em colaboração com a Cooperativa Lousamel, que reúne produtores de mel com denominação de origem protegida (DOP) da Serra da Lousã. “Não existe ainda nada nesta área”, disse Cristina Agreira, que teve a ideia de avançar com o projecto “BeeAway”, em que participaram o aluno do ISEC Rafael Filipe Mendes, finalista da licenciatura em Engenharia Electromecânica, e a directora executiva da Lousamel, Ana Paula Sançana. A equipa do Departamento de Engenharia Electrotécnica do ISEC, em representação do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), recebeu o primeiro prémio daquele concurso nacional, durante o segundo Congresso do Poliempreende, que decorreu na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria. Sem revelar para já detalhes do projecto, por estar ainda em curso o processo de registo da patente, Cristina Agreira disse que se trata de “uma caixinha quadrada que associa a tecno-
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logia à apicultura” e que mede sete centímetros de largura por cinco de altura, concebida para uso dos produtores durante o maneio de enxames e colmeias. Por sua vez, Ana Paula Sançana, diplomada pela Escola Superior Agrária de Coimbra, que integra também o IPC, disse que o dispositivo, já testado em apiários, serve para “aclamar as abelhas e garantir alguma segurança no maneio”. Permite assim “evitar a morte das abelhas”, com vantagens ambientais, substituindo o uso do fumigador, utensílio a que os apicultores recorrem para lançar fumo e repelir estes insectos durante a cresta, como é designada a extracção de mel das colmeias. Para prevenir os incêndios florestais, o uso do fumigador é proibido durante os meses de verão, “precisamente quando ele é mais necessário”, observou Ana Paula Sançana. Os inventores pretendem que o “BeeAway” venha a ser comercializado em Portugal e noutros países com potencialidades no sector apícola, afirmou Cristina Agreira. O Poliempreende é um concurso de projectos de vocação empresarial que envolve as instituições politécnicas do país, escolas superiores não integradas e escolas politécnicas das universidades, num total de 21 parceiros, mais de 100 mil estudantes e 7.000 docentes.
Afirmam responsáveis da Cooperativa Lousamel
Mel certificado da Serra da Lousã regista “quebra grande” de produção A produção de mel certificado da Serra da Lousã registou este ano “uma quebra muito grande”, que em alguns apiários pode ultrapassar os 50 por cento em relação ao ano passado, afirmam responsáveis da Cooperativa Lousamel. Em média, o decréscimo da produção de mel “será para metade”, mas alguns apicultores da região, incluindo “muitos associados” desta cooperativa, com sede na Lousã, tiveram “perdas de dois terços” face à cresta, colheita do mel das colmeias, de 2014, disse a directora executiva da empresa, Ana Paula Sançana. “As quebras de produção são muito grandes”, corroborou o presidente da Lousamel, António Carvalho. Em 2013, a produção do mel de urze com denominação de origem protegida (DOP) da Serra da Lousã ascendeu a 27 toneladas, acabando por ser ligeiramente reforçada no ano seguinte. Perante a escassez de mel recolhido este ano nos 10 municípios que integram a região do mel DOP Serra da Lousã, uma realidade comum nesta safra a outras regiões de Portugal, a Lousamel decidiu aumentar de três para quatro euros o preço que paga por cada quilo de mel ao produtor. “Esta é uma forma
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de escoar o mel DOP através da Cooperativa, dando prioridade aos nossos associados”, disse Ana Paula Sançana, no momento em que a certificação do produto junto dos apicultores regista um atraso de “algumas semanas”, depois de a Lousamel ter optado por confiar o processo a uma nova entidade. A baixa produção de mel da Serra da Lousã, tal como no resto do país, foi determinada pelas condições associadas ao clima. “A chuva não veio este ano no momento certo”, lamentou a mesma responsável. Por outro lado, “há muitos apicultores que têm investido mais na produção de enxames” para comercialização, o que origina quebras na produção de mel. Ana Paula Sançana realçou que o preço de um enxame novo, mais Imposto sobre Valor Acrescentando (IVA), ronda os 65 euros, o que, de momento, torna atractiva a reprodução e venda das colónias. Quantas mais enxameações ocorrerem, menor será a quantidade de mel em cada ano, sublinhou. Arganil, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Vila Nova de Poiares, nos distritos de Coimbra e Leiria, são os municípios que integram a região do mel DOP Serra da Lousã.
Concelho de Alcácer do Sal lidera iniciativa
Sete entidades vão combater praga que afecta produção de pinhão Sete entidades vão avaliar, a nível nacional, os danos provocados por uma praga que afecta a produção de pinhão e propor medidas que mitiguem e combatam esses efeitos, foi hoje anunciado. O projecto envolve a constituição de um grupo de trabalho, cuja criação está contemplada num protocolo de colaboração assinado entre o município alentejano de Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, e seis entidades. Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, a União da Floresta Mediterrânica e a empresa Cecílio, SA são os outros subscritores do acordo. A Câmara de Alcácer do Sal, concelho do país líder na produção de pinhão, revelou que a parceria serve para procurar minimizar os efeitos do insecto ‘Leptogossus occidentalis’, que tem infestado pinheiro manso em todo o mundo e que, desde há uns anos, se encontra também em Portugal. O pinheiro manso ocupa, em Portugal, uma área total de cerca de 176 mil hectares e corresponde à espécie florestal com “maior incremento na área arborizada (54%) relativamente ao inventário florestal nacional de 2005”, explicou a autarquia. A produção de pinhão, continuou, “ocupa um lugar importante na economia das regiões onde se desenvolve, não só pelo rendimento que traz aos proprietários flo-
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restais e à indústria de descasque do pinhão, mas também por permitir continuidade de emprego aos trabalhadores rurais”. Uma das preocupações da fileira, realçou a câmara, é “a necessidade de investigação na fitossanidade e nos agentes bióticos associados à perda de produtividade e rendimento da pinha/pinhão”. Esta perda de rendimento no pinhão, “observada nos últimos anos pelos produtores e industriais”, lembrou o município, pode dever-se, entre outros factores, “à presença de agentes bióticos nocivos e aos prejuízos provocados pelo insecto sugador das pinhas”. O grupo de trabalho vai proceder à avaliação, em termos nacionais, da perda de produção e de rendimento do pinhão e à identificação dos principais agentes causadores. A apresentação de uma proposta com “medidas de supressão da realidade actual” é outro dos objectivos desta equipa. O acordo defende, igualmente, a necessidade de “implementar no terreno uma estratégia para a monitorização e o controlo urgente das populações” do insecto causador da praga, “que mitigue os efeitos negativos da sua presença”. O Alentejo produz 67% das pinhas nacionais e 15% das pinhas mundiais, segundo dados de 2013 da União da Floresta Mediterrânica (UNAC). A capacidade produtiva da pinha é estimada num valor económico que se situa entre os 50 e 70 milhões de euros por ano.
Caderno de Especificações foi aprovado e publicado
União Europeia aprovou ultracongelação dos Ovos Moles de Aveiro A Associação dos Produtores de Ovos Moles de Aveiro (APOMA) anunciou ter sido publicado o Regulamento Europeu que permite a ultracongelação daquele doce tradicional, considerado crucial para promover a exportação. A alteração ao Caderno de Especificações, agora aprovada e publicada no jornal oficial da União Europeia, contemplou a alteração da validade do produto, quando submetido a ultracongelação, “o que permitirá aceder a mercados longínquos”. “No mercado europeu pretende-se iniciar a comercialização do produto ultracongelado de uma forma efectiva na diáspora portuguesa”, adianta a APOMA. Segundo os dirigentes da associação, “a internacionalização do produto acarreta desafios a toda a fileira e às entidades envolvidas, representando assim um potencial crescimento socioeconómico para toda a fileira e para a Região de Aveiro, levando o produto Ovos Moles de Aveiro além fronteiras”. A APOMA havia identificado as limitações da validade do produto como principais dificuldades para a sua internacionalização, o que levou a pedir a colaboração do Departamento de Química da Universidade de Aveiro, que concluiu ser possível ultracongelar o produto sem este sofrer alterações das suas principais características. Face aos resultados dos estudos e feita a verificação de que a ultracongelação não comprometia as características da identificação geográfica protegida dos Ovos Moles, a APOMA solicitou em 2012 a alteração do Caderno de Especificações. “Está é mais uma etapa aliciante, exigente, de levar o produto a novos mercados, que em conjunto traçámos para que os Ovos Moles de Aveiro permaneçam como referência da gastronomia conventual portuguesa, sem descurar o essencial, o saber fazer, a tradição e o respeito por quem os produz e os aprecia”, salienta a APOMA. A Associação foi constituída no ano 2000 e conta actualmente com 38 produtores de Ovos Moles de Aveiro no processo de certificação da identidade geográfica protegida (IGP).
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Jovens prometem triplicar produção de cereja em Alfândega da Fé A Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé distribuiu 25 hectares de terrenos por jovens agricultores que prometem triplicar a produção de cereja dentro de seis anos no concelho transmontano. Quatro projectos, três individuais e uma sociedade, foram seleccionados no concurso lançado para atrair jovens para aquela que é uma das produções mais emblemáticas deste concelho do distrito de Bragança. O presidente da cooperativa, Eduardo Tavares, explicou à Lusa que estes novos investidores «estão empenhados em práticas inovadoras, num modo mais intensivo de produção» que, «daqui por seis anos poderá triplicar» as actuais «60 a 80 toneladas» produzidas neste concelho do distrito de Bragança. Os jovens vão pagar uma renda anual de 250 euros por hectare durante 20 anos, segundo os contratos celebrados com a cooperativa que vão aumentar «em 25 por cento» a área de cerejal. Adriano Andrade é um dos seleccionados e aos 27 anos, com formação em Agronomia, prepara-se para investir meio milhão de euros em projectos de cerejais nesta zona de Trás-os-Montes. Segundo contou à Lusa, já tem em curso, em sociedade, um projecto no Vale da Vilariça que só entrará em exploração «daqui a três anos» e vai avançar com outro pomar, nas proximidades, em Alfândega da Fé, no âmbito deste desafio da cooperativa agrícola, que consolidou a decisão de ter trocado a zona 28
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do Porto, pela terra natal. Já Gil Freixo nunca saiu desta zona, sempre se dedicou à agricultura e aos 37 anos tem 50 hectares de nectarinas e pêssego no Vale da Vilariça. Como disse à Lusa, já planeava expandir o negócio para a cereja e o concurso da cooperativa de Alfândega da Fé ajudou a concretizar o projecto com 11 hectares de terra. Começou a trabalhar novo na agricultura e com uma «experiência de 20 anos» garante que «vale a pena» e quer diversificar o seu produto. A cooperativa agrícola pretende acompanhar os novos investidores com um projecto para a plantação de «mais 10 a 15 hectares» de pomares de cereja, que ainda vai candidatar a fundos comunitários. Esta entidade é a responsável pela maior mancha de cerejais do concelho e pela maior parte da produção anual. Alfândega da Fé não é dos maiores produtores de cereja do país, mas este fruto tornou-se na imagem de marca graças àquele que é apelidado de “pai” da agricultura transmontana, o engenheiro Camilo Mendonça, que entendeu que este concelho era o ideal na região transmontana para apostar neste fruto. Uma nova dinâmica é o que espera a presidente da Câmara, Berta Nunes, com os novos projectos de jovens agricultores. «Alguns jovens vêm fixar-se, o que é importante do ponto de vista do despovoamento», defendeu, concretizando que entre os seleccionados com terras está uma jovem licenciada em arquitectura que, desta forma, regressa ao concelho de origem para apostar na cereja.
Desfaio aceite por Francisco Carvalho
Feira da Maçã Bravo de Esmolfe 2016 aberta a produtores de outros concelhos O Centro de Exposições de Esmolfe, em Penalva do Castelo, foi o palco da XX Feira da Maçã Bravo de Esmolfe, que em 2016 pode receber produtores de outros concelhos onde se produz da rainha da maçã portuguesa. O desafio foi lançado por Rogério Martinho, vice-presidente da FELBA, entidade gestora da Denominação de Origem Protegida “Maçã Bravo de Esmolfe”, a que o presidente da Câmara de Penalva do Castelo respondeu positivamente. Deste modo, este certame de 2016 pode ter uma abrangência mais alargada com a possibilidade de receber produtores de Maçã Bravo de Esmolfe oriundos dos 32 municípios que integram a região demarcada. Francisco Carvalho afirmou que o município a que preside “quer fazer mais para promover este produto”. No desfile de discursos, a directora regional de Agricultura destacou a importância da Maçã Bravo de Esmolfe para a eco-
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nomia da região, destacando a presença no certame de outros produtos endógenos, referindo ser “importante” considerar o “território como um polo de oportunidades”, capaz de atrair mais gente para o sector primário. Por sua vez o vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Veiga Simão, lançou alguns desafios à Câmara de Penalva e aos produtores “para dar um passo em frente” na Maçã Bravo de Esmolfe, referindo que a CCDRC estará disponível para os ajudar. O evento foi o pretexto para a presença de muitas figuras públicas, nomeadamente a quase totalidades dos deputados eleitos por Viseu nas últimas eleições legislativas. O número de visitantes terá ficado aquém do esperado, bem como a quantidade de maçã vendida, devido ao mau tempo que se fez sentir, em especial durante a tarde.
Projecto “sachar.pt” está disponível há várias semanas
Agricultor de Lousada criou aplicação gratuita para ajudar produtores a vender Um antigo bancário de Lousada, que agora se dedica à agricultura, desenvolveu uma aplicação informática, sem custos para o utilizador, destinada à promoção e venda de produtos biológicos. O projecto chama-se “sachar.pt” e está disponível há várias semanas, exibindo produtos de cerca de 40 pequenos agricultores da região que se têm registado na aplicação. O conceito é simples: quem quiser regista-se na plataforma, gratuitamente, e pode colocar, para além dos seus contactos, fotografias e características dos produtos que pretende divulgar e vender. A aplicação tem um motor de busca que permite indicar os produtores mais próximos da região onde se encontra o potencial interessado.
A partir daí, os clientes contactam directamente o produtor e realizam o negócio, que pode ser uma aquisição ou permuta, sem quaisquer intermediários. Pedro Mariano, o autor do projecto, sublinha que a plataforma, para além de não ter custos para os utilizadores, é muito fácil de utilizar e tem permitido aproximar os produtores dos clientes e vice-versa. “Pretendemos mudar a forma de comercializar no sector agrícola, potenciando e apoiando os verdadeiros motores desta economia, que são os agricultores e os produtores”, explicou. O projecto começou em 2010 quando, por motivos de saúde, Pedro Mariano, agora com 39 anos, foi aconselhado a deixar o sector bancário. Como era proprietário de uma parcela de terreno, com cerca de 1.200 metros quadrados, em Boim, Lousada, dedicou-se à agricultura biológica, sobretudo cultivo de frutos. Em parceira com duas pessoas que conhece e que têm conhecimentos informáticos, avançou para o desenvolvimento da aplicação, como forma de promover os seus produtos. Mais tarde, decidiu melhorá-la e abri-la à participação de todos, sem custos. “Estamos perante uma plataforma que pode ser usada em qualquer parte do mundo através de um computador ou um telefone”, reforçou. A plataforma, salientou ainda, propõe-se ajudar os agricultores a definir as melhores práticas agrícolas no modo biológico, para além da componente dos negócios. “Com este projecto, pretendemos um mundo mais justo e solidário para todos, construído por todos. Aqui todos têm a mesma oportunidade”, disse, aludindo às vantagens retiradas por agricultores e consumidores.
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Deve abrir no próximo verão, no concelho do Sabugal
Centro Interpretativo da Capeia Arraiana nasce na Aldeia da Ponte O presidente da Câmara do Sabugal, António Robalo, considera que o registo da capeia arraiana no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, em 2011, deu “um novo fôlego” àquela tradição tauromáquica. “Essencialmente deu um novo fôlego à tradição. Nota-se pela afluência das pessoas de fora e, por outro lado, pela forma mais esmerada como as mordomias, as comissões e os organizadores tratam a manifestação”, disse o autarca. A capeia arraiana é uma tradição do concelho do Sabugal, que tem maior projecção nos meses de verão, com a presença de milhares de emigrantes e de naturais da região. É uma manifestação tauromáquica que se distingue das restantes por incluir a lide do touro bravo com recurso ao forcão, um engenho em madeira de forma triangular que é manuseado por cerca de 30 homens. O forcão tem por objectivo “cansar” o touro para que, posteriormente, os homens mais corajosos o possam agarrar. A tradição é praticada nas localidades de Alfaiates, Aldeia Velha, Aldeia da Ponte, Aldeia do Bispo, Fóios, Forcalhos, Lageosa, Nave, Rebolosa, Soito e Ozendo (freguesia de Quadrazais). O registo de uma manifestação no Inventário Nacional constitui condição indispensável para a sua eventual candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade, mas o autarca do Sabugal assinala que o reconhecimento já obtido pela capeia permitiu aos organizadores locais tratarem-na “com mais responsabilidade, sentindo o peso da preservação e do bem31
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-fazer”. No âmbito do processo de preservação desta tradição tauromáquica, a Câmara do Sabugal e a Junta de Freguesia de Aldeia da Ponte iniciaram o projecto de criação, nesta aldeia, de um Centro Interpretativo da Capeia. “O edifício está concluído, faltando a segunda fase, relacionada com a colocação de conteúdos que estão a ser trabalhados pela Junta de Freguesia de Aldeia da Ponte em colaboração com a Câmara Municipal”, disse António Robalo. O autarca do Sabugal indicou que o projecto de recuperação e adaptação do edifício às novas funções custou cerca de 100 mil euros e foi comparticipado por fundos comunitários. O futuro centro interpretativo deverá ser recheado com “memórias, exemplificação de momentos da capeia e também com todo o material, desde a montagem do forcão à nomeação dos mordomos, ou seja, com todos os preparativos que anualmente se renovam”, indicou. “É como se fôssemos colocar ali, em material expositivo, tudo aquilo que teve que se juntar, em 2009 e 2010, para promover a capeia como Património Cultural Imaterial”, acrescentou. António Robalo prevê que o Centro Interpretativo da Capeia Arraiana esteja “em condições de ser aberto ao público” no próximo verão.
Associação Resipinus pediu a correcção do diploma
Exploradores de resina criticam nova legislação para a actividade A Associação de Destiladores e Exploradores de Resina (Resipinus) criticou e pediu a correcção do diploma que estabelece o regime jurídico da resinagem e da circulação de resina em Portugal continental, considerando que contempla “procedimentos completamente desajustados”. “O diploma apresenta procedimentos completamente desajustados da realidade da actividade e que virão certamente desincentivar o desenvolvimento da resinagem em Portugal”, refere uma nota de imprensa da Resipinus. Segundo o documento, o decreto-lei em causa, publicado a 28 de Agosto, “se por um lado, em termos técnicos e de restrições”, contempla um ajustamento face à realidade actual dos pinhais, da sua gestão e exploração, por outro determina “procedimentos administrativos de complexidade burocrática” desajustada com “a formação, a capacidade dos operadores e as características da actividade”. “Em resumo, o diploma apresenta a contradição de facilitar a execução técnica e prática, descompensada pela complexidade burocrática” quando o país “precisa desesperadamente de trabalho na floresta e de matéria-prima (resina) para as suas indústrias”, sustenta a associação. A Resipinus aponta ainda como outro aspecto “profundamente negativo” da legislação, que se “limita a prolongar a anterior”, as coimas, com valores “completamente desajustados da actividade” e dos “seus rendimentos”. “Não é compreensível nem aceitável que para uma actividade considerada por todos os agentes da sociedade da maior importância para a protecção e valorização dos nossos pinhais, para o desenvolvimento rural e o abastecimento da nossa indústria, que não tem nem nunca teve qualquer apoio (após quatro quadros comunitários em 30 anos de apoio ao desenvolvimento), tem ainda, para piorar o cenário, o valor das coimas”, insiste a Resipinus, advertindo que não é desta forma que se promove o desenvolvimento rural e o empreendedorismo local. A associação alerta ainda para “o desaparecimento de muitos resineiros” das florestas, o que vai aumentar o abandono destas áreas, assim como a perda de “muitos vigilantes” na defesa da floresta contra incêndios. “Não será com este grau de complexidade administrativa e de coimas que se promoverá a actividade”, acrescenta a Resipinus, pedindo aos legisladores que “o mais rapidamente possível se informem sobre o que efectivamente é a resinagem e procedam às imprescindíveis correcções nesta legislação”. A Associação de Destiladores e Exploradores de Resina foi apresentada em Janeiro de 2014 em Leiria, onde tem sede. Conta actualmente com 25 associados, a maior parte resineiros, havendo ainda empresas de transformação de resina.
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Eurodeputados querem que a UE adopte legislação neste sentido
Parlamento Europeu quer indicações geográficas
para produtos não agrícolas e tradicionais
Os produtos não agrícolas, como artesanato, bordados e cerâmica, devem beneficiar de um sistema europeu de protecção das indicações geográficas (IG), como já acontece para os produtos agrícolas, diz um relatório aprovado pelo Parlamento Europeu. Os eurodeputados querem que a UE adopte legislação neste sentido. Numa lista de produtos que poderiam eventualmente beneficiar das IG encontram-se os tapetes de Arraiolos e os lenços de namorados do Minho, entre outros. Para o Parlamento Europeu, “seria altamente recomendável que a UE adoptasse legislação em matéria de IG não agrícolas, tendo em vista explorar plenamente os efeitos económicos positivos da protecção das características distintivas e da qualidade destes produtos, prestar aos consumidores informação fidedigna sobre o local e o método de produção e preservar os conhecimentos e os empregos com aqueles relacionados”. As novas regras poderiam promover a inovação nos processos de produção tradicionais e a criação de novas empresas no sector dos produtos tradicionais, contribuindo também para a sustentabilidade dos postos de trabalho criados em zonas pouco desenvolvidas e para o turismo, diz o relatório, aprovado por 608 votos a favor, 43 contra e 43 abstenções. As pequenas e microempresas são responsáveis por cerca de 80 % dos produtos locais típicos que podem ser protegidos pelo sistema da indicação geográfica. Uma legislação europeia harmonizada nesta matéria poderá também ser benéfica para combater a contrafacção e em negociações comerciais na cena internacional, salientam os eurodeputados. Actualmente, as legislações nacionais existentes em matéria de protecção dos produtos não agrícolas redundam em diferentes graus de protecção nos países da UE, situação não conforme com os objectivos do mercado interno e que está a dificultar a sua protecção eficaz na Europa e nos Estados-Membros onde não estão abrangidos pela legislação nacional. 33
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Registo de uma indicação geográfica Os produtores, as suas associações e as câmaras de comércio devem ser os principais intervenientes autorizados a solicitar o registo de uma IG de produtos não agrícolas, diz o Parlamento Europeu. A Comissão deve propor um mecanismo “eficiente, simples, útil e acessível” para o registo dos produtos e proceder a uma avaliação exaustiva para minimizar os encargos financeiros e as formalidades administrativas, acrescenta o PE. Produtos que poderiam eventualmente beneficiar do sistema Um estudo encomendado pela Comissão Europeia inclui uma lista de produtos, por Estado-Membro, que poderiam eventualmente beneficiar do sistema de protecção IG. Os produtos portugueses identificados nesse estudo são: • Artesanato dos Açores • Barro Preto de Olho Marinho • Bordado de Guimarães • Bordados da Madeira • Bordados de Castelo Branco • Bordados de Viana do Castelo • Cerâmica criativa de Coimbra • Faiança Artística de Coimbra ou Louça de Coimbra • Ferro forjado de Coimbra • Lenços de Namorados do Minho • Mantas de Lã de Mértola • Máscara de Vinhais • Palitos Floridos e pequenos artefactos de madeira de Vila Nova de Poiares • Renda de Bilros de Peniche • Tapetes de Arraiolos • Tecelagem de Almalaguês
editorial
Em modo de esquecimento Já passaram as eleições e o quadro político alterou-se. Nada de novo, não fosse o caso de termos tido uma campanha eleitoral onde se abordaram temas importantes para o futuro de todos nós, mas onde foram esquecidos sectores essenciais para construir o futuro melhor que queremos para o nosso país. Estranho, por isso, que os temas da agricultura e do mar tenham sido relegados para o esquecimento. Confesso que não vi todos os debates, que não acompanhei a campanha eleitoral ao pormenor, mas estive atento. Tirando a passagem, mais ou menos esperada, das caravanas partidárias por alguns projectos agrícolas, do que era essencial discutir nada se ouviu. Vivemos um tempo em que o sector primário tem dado passos importantes, com projectos profissionais, sustentados e sustentáveis em vários sectores. Contudo, parece-me que, numa altura em que o novo quadro comunitário está no início da sua execução, seria de todo importante perceber o que é que as forças políticas pensam sobre esta matéria e que futuro querem para a nossa agricultura, o único sector que permite a fixação de pessoas num interior cada vez mais abandonado e desertificado. Dir-me-ão que é elementar, mas pergunto: O que queremos para a nossa agricultura nos próximos 20 anos? E há muita coisa a mudar. Não basta abrir candidaturas, aprová-las e aguardar que os promotores as implementem no terreno, sem perceber previamente se estes têm todas as condições para as levar a bom porto. Basta olhar para dois exemplos recentes. O sector dos pequenos furtos foi, provavelmente, aquele em que mais se apostou nos últimos anos. Todavia, se há projectos bem pensados e implementados, em que a colocação do produto final é a prioridade, outros há em que para os promotores só o subsídio interessou. Basta percorrer algumas zonas do interior para ver pomares mal tratados ou mesmo abandonados, nalguns casos porque a vocação para a agricultura não era nenhuma, noutros porque se percebeu que afinal não era a árvore das patacas. O mesmo está a acontecer no sector dos cogumelos. A proliferação de novos produtores é, passe o exagero, quase igual ao aparecimento de míscaros nas zonas florestais do Sátão
ou nas florestas arenosas da região de Mira. O resultado é que há produtores que não sabem como escoar a sua produção, e aquilo que seria uma “profissão de futuro” tornou-se numa enorme dor de cabeça. Vamos assumir que a primeira prioridade é mudar mentalidades. O novo PDR 2020 majora as organizações de produtores e organizações fortes ajudarão, com certeza, a termos melhores produtores. Organizações fortes poderão bater o pé à grande distribuição, que há muito dita as regras. Enquanto não percebermos que vale mais juntos do que empobrecer só alegremente, não sairemos da cepa torta. José Luís Araújo
Lusovini entregou donativo aos Bombeiros de Nelas e Canas de Senhorim A Distribuidora Lusovini, representada pelo seu presidente, Casimiro Gomes, fez entrega de donativos aos Bombeiros de Nelas e Canas de Senhorim, provenientes da venda das primeiras 50 caixas do vinho Flor de Nelas - Terras de Senhorim “Emiliano Campos”, produzido no concelho. A cerimónia decorreu no Salão Nobre do Município de Nelas, na presença do presidente José Borges da Silva e dos representantes das duas corporações de bombeiros. 34
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Nos dias 7 e 8 de Novembro, em Vila Pouca de Aguiar
XIV Mostra Gastronómica destaca cogumelos, a castanha e o cabrito Vila Pouca de Aguiar acolhe nos dias 7 e 8 de Novembro, a XIV Mostra Gastronómica que destaca os cogumelos, a castanha e o cabrito. Até lá os restaurantes irão receber formação sobre como identificar e utilizar os fungos, já que nesse fim-de-semana quer-se que estejam em destaque pratos feitos à base destes produtos. No espaço do certame, que decorrerá no mercado municipal, serão feitas acções de formação para os consumidores e serão ainda organizadas caminhadas para apanha. Em Vila Pouca de Aguiar os cogumelos são um sector em expansão. A apanha movimenta centenas de pessoas neste concelho, algumas das quais apenas para consumo próprio, mas uma percentagem significativa também recolhe para comercialização, o que representa um rendimento complementar ao orçamento familiar. Os últimos anos têm sido bons para o aparecimento de cogumelos e, Duarte Marques, vereador da Câmara de Vila Pouca de Aguiar e dirigente da Associação Florestal e Ambiental (Aguiarfloresta), acredita que as perspectivas para este ano são também boas. Com as primeiras chuvas começam a aparecer os primeiros fungos. “Cada vez mais os cogumelos são um produto apreciado, tem-se feito algum trabalho no sentido de aumentar o interesse económico e a rentabilidade dos cogumelos, não só a parte dos silvestres nas também do cultivo”, afirmou o autarca. Duarte Marques salientou que o turismo associado aos cogumelos e à gastronomia está a aumentar e referiu que muitos visitantes querem “vir essencialmente aprender”. O concelho está também a ser palco para a concretização de projectos industriais ligados ao sector. Duarte Marques referiu que já estão três unidades de produção de cogumelos em funcionamento, as quais estão a vender essencialmente para fora da região e permitem o fornecimento contínuo destes fungos 35
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para a restauração. Nos últimos tempos têm surgido também, segundo o responsável, novas formas de consumo como chocolate com cogumelos, cogumelos em conservas (em azeite ou vinagrete) e, em Vila Pouca de Aguiar, até foi criado um pastel que é feito à base deste produto.
Encontrou Micológico em Vila Real Para os dias 7 e 8 de Novembro está também agendado um Encontrou Micológico em Vila Real, organização pela cooperativa Rupestris, que inclui palestras, ‘workshops’ e saídas de campo. Os cogumelos silvestres, que começam a surgir por esta altura em Trás-os-Montes, movimentam muitas pessoas na apanha para consumo e para venda, mas são também atracção turística que traz cada vez mais visitantes à região. Caminhadas com apanha e identificação de cogumelos, encontros micológicos ou mostras gastronómicas, são uma aposta de organizações privadas ou municípios para atrair visitantes. A Associação ambiental e cultural Celtiberus, em Boticas, está a preparar uma caminhada para identificação de cogumelos silvestres, uma actividade que tem como objectivo alertar as pessoas para as boas práticas na apanha e promover este produto que existe em abundância nesta região. Nuno Teixeira, representante da Celtiberus, disse que, de ano para ano, há mais pessoas interessadas em conhecer os cogumelos e na sua apanha. São já alguns os que chegam de fora para conhecer esta actividade e as potencialidades deste fungo na gastronomia, mas são também muitas as famílias locais que aproveitam os cogumelos para vender e assim aumentar o rendimento familiar. “Todos os anos há pessoas que até tiram férias para se dedicarem à apanha nesta altura do ano” salientou.
Durante o último trimestre de 2015
Empresas agroalimentares podem ter consultoria de gestão gratuita As empresas do sector agroalimentar já podem usufruir de consultoria de gestão que irá ser disponibilizada gratuitamente, no último trimestre de 2015, pela Agrogestão, empresa de consultoria de software para o sector agroalimentar. O serviço oferecido garante um diagnóstico que visa identificar melhorias ao nível da gestão da produção, com o objectivo de incrementar a sua inovação, rentabilidade e preparar o novo ano de 2016. As empresas portuguesas do sector agroalimentar, sejam produtores agrícolas ou indústrias de transformação de produtos agroalimentares, estão hoje longe dos tempos em que toda a sua actividade se baseava em métodos rudimentares e artesanais. Em Portugal, é crescente o número de empresas deste sector que se posicionam na linha da frente em termos de tecnologia e práticas de gestão ao nível do melhor que se faz no mundo e são vários os exemplos de clientes Agrogestão que dão sinais claros desta liderança. Recentemente a revista Wine Spectator divulgou o ranking dos 100 melhores vinhos do Mundo em 2015, colocando em quarto lugar a Quinta do Vale Meão. João Coimbra, produtor agrícola da Golegã, é outro exemplo pela quantidade produzida, média impressionante de quase 20 toneladas/ha de produção de milho, tirando partido das novas tecnologias, nomeadamente os modernos drones. Ciente desta realidade, Frederico Avillez, CEO da Agrogestão, empresa portuguesa que há 17 anos desenvolve tecnologia e faz consultoria para produtores e indústrias agroalimentares, afirma que “cabe-nos a todos nós do sector, dar o contributo
para que as nossas empresas sejam cada vez mais competitivas, não só no mercado nacional, mas também no exigente mercado internacional. A Agrogestão é sensível às necessidades das empresas nacionais e pretende ajudar, identificando aspectos que podem ser melhorados com o nosso apoio”. A equipa de especialistas da Agrogestão são, na sua maioria, licenciados em Agronomia, Zootecnia, Viticultura, entre outras áreas. A sua formação, aliada à vasta experiência profissional adquirida junto das melhores e mais bem-sucedidas empresas agroalimentares, permitirão efectuar um trabalho de diagnóstico prático de grande valor, sugerindo medidas concretas a implementar. Este serviço é gratuito até ao final do ano de 2015 e consiste num dia de visita à empresa que poderá passar pela análise de processos internos, entrevistas a colaboradores entre outras diligências que permitirão identificar possíveis melhorias no controlo de custos de produção, de custos operacionais e nas tecnologias de informação de suporte ao controlo. Esta iniciativa torna-se ainda mais importante na medida em que através dos financiamentos Portugal 2020 estão disponíveis fortes incentivos que poderão potenciar o desenvolvimento de novas áreas específicas na empresa e permitir implementação das melhorias identificadas no diagnóstico. Uma vez que o número de vagas é limitado, os gestores interessados devem candidatar-se com a brevidade possível no website da Agrogestão ou através de correio electrónico para o endereço diagnosticogratuito@agrogestao.com indicando os seus detalhes de contacto.
Ano XI - N.º 257 Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), jla.viseu@gmail.com | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda. Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo e Fernando Ferreira Opinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 362, Loja 11, Fracção AH - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320 E-mail: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS - Inscrição nº 124546 Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís Araújo Sede Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica NovelGráfica | Telf. 232 411 299 | E-mail: novelgrafica1@gmail.com | Rua Cap. Salomão 121-123, 3510-106 Viseu Tiragem média Mensal Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
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Breves
“V Mercadinho dos Santos” de Vila de Rei
Laboratório de Azeitona e Azeite da ACOS acreditado por norma internacional
O espaço anexo ao Mercado Municipal de Vila de Rei vai receber, a 25 de Outubro, entre as 8 e as 13 horas, a quinta edição do “Mercadinho dos Santos”, uma iniciativa de mostra e venda de produtos gastronómicos do concelho relacionados com o “Dia de Todos os Santos”. O evento, organizado pela Biblioteca Municipal José Cardoso Pires em parceria com a Biblioteca Escolar da E.B.I. do Centro de Portugal, contará com a presença e dinamização da comunidade escolar e das IPSSs do Concelho de Vila de Rei e permitirá aos visitantes a aquisição dos mais variados produtos de doçaria regional.
O Laboratório de Química da ACOS - Associação de Agricultores do Sul já está acreditado para análises de azeitona e azeite pela norma NP EN ISO/IEC 17025, a qual define uma metodologia com validade a nível internacional. Este laboratório torna-se, assim, no primeiro – e até agora único - do País a estar acreditado para ensaios de azeitona. Os ensaios que se encontram acreditados são os métodos de referência da azeitona e os da qualidade do azeite. A acreditação pela NP EN ISO/IEC 17025 é o reconhecimento pelo Instituto Português da Acreditação (IPAC), um organismo oficial, da competência técnica do laboratório. Para obter este reconhecimento, o Laboratório da ACOS teve que evidenciar o cumprimento adequado de todos os requisitos da norma, designadamente os que são relativos a pessoal, equipamentos, instalações, controlo de qualidade dos métodos e de desempenho em ensaios de comparação interlaboratorial. O Laboratório de Azeite e Azeitona da ACOS resulta de um esforço de investimento da ACOS num sector onde havia reconhecidamente uma lacuna ao nível do apoio laboratorial. O Laboratório passa agora a ter uma qualidade reconhecida a nível internacional.
Acushla com lagar certificado O Lagar Acushla obteve a certificação FSSC 22000 no âmbito da produção e embalamento de azeite. Um objectivo almejado pela empresa e que reflecte a qualidade do sistema de gestão de segurança alimentar implementado. O Lagar Acushla foi inaugurado em finais de 2013 fruto da evolução do projecto e com o objectivo de passar a controlar a 100% todo o processo produtivo. Equipado com a mais avançada tecnologia, o lagar conta ainda com a especialização de uma equipa motivada e empenhada em produzir um dos melhores azeites do mundo. Desde o acompanhamento do olival até à recepção da azeitona, passando pela transformação e embalamento, todas as operações de controlo de qualidade são rigorosamente cumpridas. Desde 2013, o lagar Acushla, situado na Quinta do Prado em Vila Flor, presta serviços a vários produtores da região de Trás-os-Montes pautando-se hoje e sempre pelo rigor, qualidade e segurança.
Cozinha dos Ganhões em Estremoz A “Cozinha dos Ganhões”, o maior certame gastronómico do Alentejo, decorre de 26 a 29 de Novembro, em Estremoz, no distrito de Évora, com várias tasquinhas a apresentarem a gastronomia tradicional da região, divulgou hoje o município. A denominação de “ganhão” era atribuída antigamente aos trabalhadores da lavoura nas herdades do Alentejo. Participam no certame, que atrai, anualmente, milhares de visitantes em procura da gastronomia da região, vários tasqueiros e doceiros. A iniciativa gastronómica vai decorrer no parque de feiras e exposições da cidade, com áreas nas tasquinhas destinadas a quem pretender petiscar. O evento conta ainda com a participação de expositores de produtos regionais, vários bares e artesãos do concelho. 37
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Espaço Visual promove workshops sobre pequenos frutos na Madeira A consultora agrícola Espaço Visual vai realizar nos próximos dias 22 e 23 de Outubro, na cidade do Funchal, workshops sobre as culturas do kiwi, framboesa e mirtilo. Estas iniciativas visam contribuir para estimular e fomentar o potencial que estas culturas têm na Ilha da Madeira. “A análise no terreno que fizemos na Ilha da Madeira permitiu-nos verificar que é um território com enorme potencial para o incremento da produção de pequenos frutos, como o kiwi, a framboesa e o mirtilo”, afirmou o CEO da consultora Espaço Visual, José Martino. Estes workshops destinam-se a técnicos agrícolas, a estudantes, a jovens agricultores e potenciais empresários agrícolas que pretendam iniciar actividade profissional e a agricultores que pensam mudar ou investir em pequenos frutos Para além da forte rentabilidade que o negócio dos pequenos frutos permite, José Martino explica que apesar do potencial de exportação, a procura interna ainda tem um grande campo de exploração.
III Workshop de Produção de Cogumelos em Tronco Nos dias 7 e 8 de Novembro, a Formtivity promove, em Marco de Canaveses, a terceira edição do Workshop de Produção de Cogumelo em Tronco, da responsabilidade do formador Ricardo Mendes. Está incluída uma visita à exploração “Campo da Porta”, onde decorrerá a sessão prática no dia 8. O workshop destina-se a todos os interessados em recolher informação quer teórica, quer prática, sobre a produção e comercialização deste produto.
“O Românico no Caminho de Santiago” debatido em Rates Depois do I Colóquio Internacional “Caminhos de Santiago por Rates”, a Junta de Freguesia de S. Pedro de Rates e o Centro de Estudos Jacobeos, com a colaboração da Câmara da Póvoa de Varzim e da S.A. de Xestion do Plan Xacobeo – Santiago de Compostela, Turismo de Portugal e Turismo Porto e Norte de Portugal, vai realizar nos dias 20 e 21 de Novembro o “Colóquio Internacional “O Românico no Caminho de Santiago”. O património arquitectónico, de inquestionável valor, de S. Pedro de Rates, nomeadamente o Centro Histórico e a Igreja Românica do século XII, bem como o importante património cultural e etnográfico, onde se destacam o Ecomuseu de Rates, os Caminhos de Santiago – com a construção do primeiro albergue português de peregrinos, o artesanato do linho e do xisto, o folclore e as suas festividades religiosas justificam, por si só, a realização deste Colóquio Internacional.
No fim-de-semana de 24 e 25 de Outubro
Confraria de Celorico da Beira promove IX Festival do Borrego A Confraria do Borrego Mémé realiza no fim-de-semana de 24 e 25 de Outubro, na freguesia da Carrapichana, o IX Festival do Borrego. Na prossecução do seu principal objectivo, que é a promoção, divulgação e incentivo à produção do Borrego Serra da Estrela, a Confraria do Borrego promove também, na semana de 17 a 24 de Outubro, o Roteiro Gastronómico. As duas dezenas de restaurantes aderentes do concelho de Celorico da Beira prometem brindar os visitantes com o melhor da cozinha portuguesa, confeccionado com o ingrediente de eleição, o borrego DOP Serra da Estrela. A confecção do melhor prato de borrego, eleito por um júri certificado, vencerá o primeiro Galardão Borrego D’Ouro e a foto do prato mais votado no facebook, passatempo que decorre durante o Roteiro Gastronómico será premiada com produtos Marca Confraria. Integram o programa do Festival a Feira de Artesanato, as Tasquinhas, o II Todo Terreno Lusco-Fusco, o Live Cooking, o Leilão de Borrego Serra da Estrela, a caminhada “Trilhos do Borrego”, a Mostra de Gado e muita animação. No panorama musical, para além da música tradicional, destaque para a actuação de Quim Barreiros. Referência especial para o seminário Produtor/Agricultor e para o primeiro Concurso do rebanho mais bem enfeitado.
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Feira da Maçã 2015 23 • 24 • 25 outubro
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O RALLY REGRESSA A NELAS 24-25 OUT 2015
Grande vencedor receberá a Grande Garrafeira do Dão! 3 Campeonatos:
Taça FPAK de Ralis Terra Campeonato FPAK de Ralis Critério de Ralis Centro 40
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3 PEC:
Vilar Seco / Quinta da Cerca Santar / Vinhas do Dão Termas da Caldas da Felgueira
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