Director: J osé Luís A raúj o
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N.º 272
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15 de J u nho de 2016
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Preço 2,00 Euros
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Feira de S. Mateus recupera tradições
Tondela Tond To ndel nd elaa pr el prom promove omov om ovee ov vinhos brancos
Seia celebra a Transumância
Manto Azul!
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Sumário 04 Sever do Vouga prepara IX Feira Nacional do Mirtilo 07 A Bagas de Portugal “está dentro daquilo que tínhamos previsto” 08 Presidente da Mirtilusa expectante com a campanha do mirtilo 10 COAPE Este ano o preço do mirtilo não será muito alto 11 José Martino: Mirtilo, actualidade e futuro 12 Castelo Branco vai acolher a Bienal do Azeite 2016 13 Seia celebra a Festa da Transumância e dos Pastores 14 Anadia torna-se na “Capital do Espumante” 16 Festival do vinho verde volta em Julho com actividades para as famílias 17 Tondela promove vinhos brancos do concelho 18 Município de Nelas prepara XXV Feira do Vinho do Dão
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20 Arrancou a XII edição dos Prémios Vinduero-Vindouro 22 Ponte de Lima promove a Feira do Cavalo e eventos de laser 24 Feira Aquiliniana regressou à Lapa e recordou Aquilino Ribeiro 27 Gala Porco d’Ouro destaca suinicultores que cumprem boas práticas ambientais
28 Verallia Portugal divulgou os
vencedores do III Concurso de Design e Criatividade
30 Ministro da Agricultura reconhece potencial para aumentar produção de cereais
31 Município da Mealhada prepara já outros eventos para o Verão 32 Sapadores florestais reivindicam na Mealhada mais apoios financeiros 33 Miguel Galante: O mundo precisa de uma floresta mais verde 34 Crédito Agrícola do Vale do Dão aposta no crescimento com solidez
35 36 Clube de Monteiros do Norte promove jantar de entrega de prémios 37 Feira de S. Mateus apostada em recuperar tradições 38 Penedono promove desfile
Beira Interior promove IX Concurso de Vinhos
etnográfico de S. Pedro e Feira Medieval
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No Parque Urbano de Sever do Vouga de 23 a 26 de Junho
IX Feira Nacional do Mirtilo espera dezenas de milhar de visitantes O Parque Urbano de Sever do Vouga, um espaço verde no centro da Vila, prepara-se para receber, de 23 a 26 de Junho, a IX Feira Nacional do Mirtilo, certame que melhora as condições de expositores e visitantes, com o alargamento do espaço do evento. Ao longo dos quatro dias do evento são esperados na “Capital do Mirtilo” várias dezenas de milhar de visitantes, que poderão apreciar o mirtilo e os produtos a ele associados nos cerca de uma centena de expositores presentes e ainda participar nas inúmeras actividades propostas pela organização. A Feira Nacional do Mirtilo, organizada pela Câmara de Sever do Vouga, continua a ter entrada gratuita e volta a aliar um programa direccionado a profissionais da fileira do mirtilo a um programa de animação com propostas para toda a família. Na componente profissional, desta4
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que para as cerca de duas dezenas de empresas presentes, todas ligadas à fileira do mirtilo e dos pequenos frutos, e ao programa de palestras técnicas que se estende pelos dias de sexta e sábado (24 e 25 de Junho). Para tal, a organização preparou este ano uma tenda específica para estas palestras, situada junto ao sector dos expositores técnicos. Será também nesta Tenda Técnica que se irá realizar a cerimónia de inauguração da Feira Nacional do Mirtilo, no dia 23, pelas 11,30 horas, e que contará com a presença do Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira. Visitas técnicas a pomares de mirtilos e ao Campo Experimental de Pequenos Frutos da Agim também fazem parte da componente profissional da Feira Nacional do Mirtilo. Relativamente à animação da Feira, as propostas são muitas e variadas, desde a animação musical diária com bandas e
DJ’s, com destaque para Quim Barreiros e a DJ Mendinha (Rita Mendes), ambos no dia 26 à tarde, showcookings diários para crianças e adultos, com destaque para a presença da chef Ann-Kristin no dia 26, animação itinerante pelo recinto, animação infantil, comboio turístico, apanha do mirtilo, desfile das crianças dos jardins-de-infância do concelho, vários eventos desportivos e gastronomia. Destaque ainda para uma Feira do Livro, a decorrer no recinto, e às visitas gratuitas ao Museu Municipal de Sever do Vouga, situado nas proximidades e que estará aberto nos dias da feira. Relativamente à área de exposição, a Feira Nacional do Mirtilo dividiu os cerca de 100 expositores presentes em vários sectores, como produtores e comercializadores de fruto e viveiristas, expositores técnicos, artesanato, gastronomia e bares. Na apresentação do certame, o pre-
sidente da Câmara de Sever do Vouga mostrou-se confiante, numa “grande feira e com muita gente”. António Coutinho afirmou que “a grande atracção da Feira é o mirtilo”, pois apesar do certame já ir na nona edição “ainda há pessoas que dizem não o conhecer”. O edil diz que o certame “serve para promover um fruto que é o ex-libris e uma mais-valia económica para o concelho e que nos últimos anos tem crescido em termos de produção”. O autarca de Sever do Vouga admitiu que com a instalação dos novos pomares de mirtilo e quando estiverem em plena produção, esta terá um aumento de 100% no concelho. O autarca diz que o atraso na maturação do fruto, devido à instabilidade do clima, “não afectou a produção” e a expectativa que tem é que 2016 seja “um ano muito bom”. António Coutinho diz que, nos contactos feitos com os comercializadores, “está garantida a saída de fruto para os países habituais”, com “preços razoáveis”, bem como a qualidade do fruto que é “muito boa e com bons calibres”.
Parques de estacionamento e transporte gratuito A organização da Feira Nacional do Mirtilo coloca ao dispor dos visitantes dois parques de estacionamento: um na en-
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trada Sul da vila e outro na entrada Norte, na Zona Industrial dos Padrões. A organização vai colocar ao dispor dos visitantes o “Mirtilo Bus”, um transporte gratuito que irá fazer a ligação entre estes dois parques de estacionamento e o recinto da Feira Nacional do Mirtilo e que irá funcionar continuamente. O local de paragem do “Mirtilo Bus” estará devidamente assinalado junto aos parques de estacionamento e numa das entradas da Feira. Pretende-se melhorar substancialmente as acessibilidades ao evento, facilitar o acesso à Feira e reduzir o congestionamento de trânsito que afecta Sever do Vouga nos dias da Feira Nacional do Mirtilo.
350 crianças em desfile pelas ruas da vila Como habitualmente, a Feira Nacional do Mirtilo abre com o Desfile dos Mirtilitos, no dia 23 de junho, às 10.30 horas. Este ano, serão cerca de 350 crianças de todos os jardins-de-infância, creches e ATL do concelho de Sever do Vouga que, com as fantasias feitas por eles, vão dar um colorido especial às ruas do centro da vila. Como não poderia deixar de ser, o tema do desfile é o mirtilo e está lançado o mote para que a edição de 2016 da Feira Nacional do Mirtilo seja inaugurada da melhor forma.
Ignite Portugal na Feira Nacional do Mirtilo Sever do Vouga vai acolher a 91ª edição do Ignite Portugal. O evento está inserido na programação da Feira Nacional do Mirtilo e vai decorrer no dia 25 de Junho, a partir das 19,30 horas, na Tenda Técnica da Feira Nacional do Mirtilo. Ignite Portugal é um conjunto de eventos abertos à participação de todos e giram em torno de apresentações sobre temas como inovação, criatividade, empreendedorismo ou tecnologia, em que os apresentadores têm apenas cinco minutos para falar, com 20 slides que rodam automaticamente a cada 15 segundos. Quem quiser partilhar uma ideia, uma história, uma curiosidade, uma teoria, uma experiência, uma paixão, etç, pode fazer a sua inscrição em http://igniteportugal.blogspot.pt/p/become-speaker.html. Pretendem-se candidatos com apresentações interessantes e originais, que não vendam nenhum tipo de negócio e que queiram fazer intervenções únicas e divertidas para inspirar as pessoas. A verba adquirida com a venda dos bilhetes reverte para uma instituição de carácter social do concelho de Sever do Vouga. A organização está a cargo da Agim, Casa de Severi e Forinova/Segmaz.
Sandra Santos, da AGIM, à Gazeta Rural
Fileira dos pequenos frutos “está no bom caminho e tem vindo a organizar-se” A AGIM - Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial assumiu um papel relevante na fileira do mirtilo, sendo também responsável pelo apoio à organização da Feira Nacional do Mirtilo, promovida pela Câmara de Sever do Vouga. À Gazeta Rural, a coordenadora da AGIM, espera uma “grande feira”, com uma aposta forte nos jovens e na componente técnica. Sandra Santos mostra-se confiante numa fileira que, diz, “está no bom caminho, tem vindo a crescer e a organizar-se”.
Gazeta Rural (GR): O que vai ser a Feira do Mirtilo deste ano? Sandra Santos (SS): Fazemos uma grande aposta na parte técnica, numa feira que é temática, sobre o mirtilo, um pequeno fruto que já está espalhado pelo país, mas que começou em Sever do Vouga, a sua capital. Para além da parte técnica, temos muita animação para toda a família. A aposta nos mais jovens é sempre muito forte, pois é neles que devemos fomentar o consumo no mirtilo. A edição 2016 está cheia de ânimo e acredito que vai ser uma grande feira. GR: A AGIM assumiu um papel de liderança na fileira. Como tem visto a sua evolução? SS: O sector está no bom caminho. Tem aumentado o número de produtores, espalhados pelo país, alguns que a AGIM tem acompanhado e há um aspecto importante a salientar, que é a procura de ajuda técnica, uma área em que temos apostado e fomentado, pois só assim se consegue uma boa produção e bons resultados. Têm aparecido também cada vez mais jovens agricultores a procurar essa for-
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mação que é importante e necessária nesta cultura. GR: A falta de conhecimento fez com que alguns produtores tenham abandonado a actividades? SS: Acredito que sim. Muita gente pensou que a cultura do mirtilo fosse mais fácil e depois aperceberam-se que tem exigências particulares que outros frutos não têm. Alguns procuraram ajuda, enquanto outros desistiram, como acontece em todas as áreas. Aqueles que estão agora a iniciar a sua actividade procuram esse conhecimento, o que é muito importante. Hoje aparece gente mais bem preparada e mesmo que não tenha conhecimento, procuram-no antes de iniciar a actividade. GR: Sever é a Capital do Mirtilo, mas a sua produção espalhou-se pelo país. O sector está bem organizado? SS: Diria que está a organizar-se. Com o aumento de produtores, estes estão mais sensíveis aos aspectos organizativos. Isso está a acontecer aos poucos e penso que neste ano de 2016 isso já se
nota, em resultado dessa organização e dessa necessidade. É verdade que a cultura do mirtilo está disseminada pelo país, mas também é verdade que Sever do Vouga aparece sempre em primeiro plano, até porque os produtores do concelho dizem sempre que a fruta aqui é especial e isso é importante transmitir ao consumidor. Porém, é bom referir, que os produtores de outras regiões têm procurado o exemplo dos de Sever do Vouga e vêm cá ‘beber’ muita informação. GR: O consumo de mirtilo tem aumentado de forma substancial? SS: Sim, porque as pessoas estão muito mais sensíveis para o seu consumo, que antes era desconhecido. Os chefs têm usado bastante o mirtilo não só na cozinha, mas também na sua transformação e o fruto é falado como benéfico para a saúde. Basta referir que qualquer iogurte, gelatina ou outro produto transformado que encontramos nos supermercados tem mirtilo, o que tem disseminado essa informação. Também a AGIM, com esta feira e em todas as acções que tem realizado pelo país, procura fomentar o consumo deste fruto.
Seis meses após a sua criação a Bagas de Portugal já está a comercializar fruta, nomeadamente framboesa, morango e groselha e com “boas perspectivas para o mirtilo”. Todavia, o atraso na produção deste fruto deixa Paulo Lúcio, presidente da cooperativa, algo preocupado, uma vez que isso pode provocar alguma quebra no preço. Com uma centena de associados, a cooperativa, segundo Paulo Lúcio, espera comercializar este ano entre 45 a 55 toneladas de mirtilo.
Gazeta Rural (GR): Como estamos este ano de mirtilo? É preocupante o atraso na produção? Paulo Lúcio (PL): É sempre preocupante. Este atraso teve a ver com a falta de frio no Inverno e também o tempo instável e muita humidade nas últimas semanas, mas também com variações bruscas de temperaturas. No mesmo dia podemos passar de 30’ para 20’. Com isto a fruta vai ser menos dura, com fungos associados e, com isso, menos tempo de conservação. Isto é uma preocupação. Aliás, nós temos informações de atrasos superiores a duas semanas nalgumas zonas. Uma parte da boa notícia é que os países, nomeadamente os europeus, que trabalhavam com a nossa janela de oportunidade, também têm atrasos da mesma ordem, mas tudo isto são dados para depois apurar no terreno, mas a fruta pode sair toda ao mesmo tempo, o que pode baixar o seu valor. GR: A subida de temperatura verificada nos últimos dias pode trazer essa melhoria? PL: Se forem continuas e normais para a época, seria muito bom. A única situação que isto pode trazer é a fruta chegar 7
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Diz Paulo Lúcio, o presidente da cooperativa
A Bagas de Portugal “está dentro daquilo que tínhamos previsto” toda ao mesmo tempo, nomeadamente as variedades mais precoces chegarem ao mesmo tempo que as outras que vêm a seguir. Isto pode significar uma ligeira diminuição no preço. Porém, tudo isto são expectativas, porque o caminho faz-se caminhando. Só depois se verá.
lor certo, mas devemos representar na ordem das 45 a 55 toneladas de fruto. Temos produtores com cinco mil metros quadrados, mas também temos vários produtores com 10 hectares ou mais. Temos, por isso, uma boa perspectiva de produção.
GR: Como vai a Bagas de Portugal, seis meses após a sua constituição? PL: Está bem e dentro daquilo que tínhamos previsto. Temos cerca de uma centena de associados e já estamos a comercializar, nomeadamente framboesa, morango e groselha. Entretanto, temos boas perspectivas para o mirtilo. Temos tido várias reuniões, tanto a nível nacional como internacional, como os nossos parceiros, estamos confiantes e a nossa referência de preços está dentro do previsto. Somos uma cooperativa jovem, quase sem nome no mercado, mas estamos a trabalhar para dar a volta à situação e podermos ter mais-valias com a nossa fruta.
GR: Como foi recebida a Bagas de Portugal no mercado? PL: O nosso projecto tem validade. Vamos trabalhar o maior volume com fruta fresca sem descurar a transformação. Trabalharemos muito com fruta biológica, pois há interesse por parte do mercado. Isto tem-nos dado alguma valia e temos tido muito boa aceitação nos mercados internacionais, uma vez que num único interlocutor têm quantidade e qualidade de fruta. É bom para eles e nós temos a garantia de trabalhar com quem está a comprar fruta de forma organizada.
GR: Uma centena de sócios já é significativo? PL: É. No mirtilo, não tendo um va-
“Há um atraso na campanha do mirtilo próximo dos 20 dias”, diz o presidente da Mirtilusa. José Sousa está expectante quanto ao que poderá acontecer, com o tempo instável que se tem verificado, e só pede “sol e calor” para que a fruta atinja o grau Brix ideal. Na área da Mirtilusa a quantidade de mirtilo deverá aumentar nesta campanha, superando as 106 toneladas de fruta comercializada em 2015. Quanto ao preço, José Sousa diz à Gazeta Rural que só lá para meados de Julho se poderá fazer uma estimativa do que será esta campanha. “Nesta altura tudo é possível”, admite.
Com um atraso próximo dos 20 dias
Presidente da Mirtilusa expectante com a campanha do mirtilo Gazeta Rural (GR): Como está a campanha do mirtilo em Sever do Vouga? José Sousa (JCS): Estamos com um atraso próximo dos 20 dias. Nesta altura tudo é possível, pois pode decorrer normalmente ou ser péssima. Só lá para a segunda semana de Julho poderemos fazer uma avaliação e saber se este atraso em Portugal teve algum impacto no valor do fruto. Nos anos anteriores só em meados de Julho conseguimos fazer uma estimativa e ter dados mais objectivos de como iria decorrer a campanha. GR: Como está o fruto? JS: O fruto, nas plantas, está excelente, com bons calibres, mas com pouco açúcar, pois tem falta de calor. Esperamos que este tempo incerto pare e que venham uns dias de sol e calor para ver se melhora a qualidade do fruto, porque sem sol o grau Brix não atinge o valor ideal para a comercialização do fruto e para a sua conservação, pois sem açúcar desagrada-se com alguma facilidade. GR: Qual a estimativa de fruta que espera receber na Mirtilusa? JS: É difícil avançar com números. Em 8
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2014 comercializámos mais de 70 toneladas e em 2015 andámos pelas 106, com um acréscimo de 30 toneladas. Este ano, com as novas plantações e com alguns pomares já a produzir em pleno, poderemos ter um aumento da produção e devemos chegar às 130 toneladas de fruto. GR: O presidente da Câmara de Sever afirmou que, com as novas plantações previstas para o concelho, a produção pode duplicar. Também tem essa perspectiva? JS: Sim, mas isso só depois dos pomares estarem a produzir. Contudo, numa volta que dei pelo concelho, passei em terrenos que foram preparados para a plantação de mirtilo há cerca de um ano e, neste momento, não há plantas e os taludes já estão desfeitos. Não sei se estes terrenos chegarão a ter plantas. Portanto, há essa perspectiva, mas temos que esperar para ver. GR: Têm aparecido novos players no mercado na área da comercialização. É bom para o sector? JS: Não tenho nada contra as novas associações ou empresas que aparecem para comercializar os pequenos frutos,
bem pelo contrário, pois ajudam-nos a descobrir mercados. As que têm aparecido no nosso concelho não têm tido grande sucesso e não fico feliz por isso. Algumas empresas apresentam-se no mercado com ideias muito distantes da realidade. Por exemplo, há associações em concelhos limítrofes que trabalham nos mesmos moldes da Mirtilusa e estão a conseguir atingir os seus objectivos. Uma associação, quando aparece para comercializar, não pode contactar o produtor e fixar-lhe um preço para o fruto. Se o fizer está a dar um tiro no pé, pois de uma semana para a outra o preço pode variar e, já acontecer, cair para metade. Na Mirtilusa, e penso que este é o sistema ideal, no final da campanha calcula-se o preço médio por quilo do produtor e pagamos em função dos valores a que conseguimos vender o fruto. Procuramos vender sempre fruta de qualidade, porque os clientes assim o exigem, e ao melhor preço do mercado. Algumas novas associações fazem promessas que depois não conseguem cumprir e todos os anos oiço produtores a queixarem-se, uns porque não receberam e outros porque não lhe pagaram o fruto ao preço combinado.
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A produção de mirtilo na área de actuação da Cooperativa Agro-pecuária dos Agricultores de Mangualde (COAPE), sedeada em Mangualde, deverá atingir as mil toneladas quando os cerca de 70 hectares instalados entrarem em plena produção, dentro de dois a três anos. A campanha de 2016 “vai ficar aquém das expectativas, pois o clima instável que se tem verificado não tem sido propício ao desenvolvimento do fruto, com perdas e atraso na produção, reconhece o presidente da COAPE. Em conversa com a Gazeta Rural, Rui Costa, confirma a quebra na produção, admitindo que “o preço não será muito alto”.
Gazeta Rural (GR): Como está a produção de mirtilo na área da COAPE? Rui Costa (RC): É um ano com alguns problemas de produção, já que foi atípico em termos climáticos, com um período muito longo de chuvas, o que trouxe algumas complicações, nomeadamente a botrytis que se instalou nos pomares e que tem como resultado uma perda significativa de fruta nesta campanha. A juntar a isto, há o atraso na maturação na fruta, pois já devíamos estar na terceira semana de comercialização e ainda nem sequer a iniciamos, o que nos faz perder uma janela e uma oportunidade de preço, em termos de mercado europeu, que já não vamos conseguir compensar, porque entretanto os países da Europa Central vão começar a produzir, nomeadamente a Polónia, o que seguramente nos vai trazer alguns problemas de preço. Vamos ver como isto acaba. Queríamos começar a exportar, mas ainda não temos fruta madura, o que só deverá acontecer a partir da próxima semana. A
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Admite Rui Costa, presidente da COAPE
Este ano o preço do mirtilo “não será muito alto” expectativa é que o preço não será muito alto, mas talvez possa vir a compensar nas variedades tardias, em finais de Agosto, início de Setembro.
apenas na segunda campanha dos primeiros campos instalados. Isso irá acontecer dentro de dois a três anos, com uma produção a rondar as mil toneladas.
GR: Ainda assim, poderemos aproveitar o facto de alguns países do Centro da Europa estarem como atrasos significativos e superiores aos nossos? RC: É verdade. Alguns países tiveram inundações dos pomares, com chuvas muito fortes, e isso pode ter originado problemas nas suas produções. Contudo, vamos ver o que o mercado dita, nomeadamente a procura. Nós estaremos preparados para responder, não com a quantidade de fruta que tínhamos expectativa de comercializar, mas com um volume considerável.
GR: Como vê o aparecimento de novas organizações no sector, apostadas em juntar produtores e comercializar fruta em volume? RC: Vemos isso com bons olhos e o mercado deve funcionar assim. Todos os anos aparecem novos players e a COAPE é muito procurada nesse sentido, sabendo que temos uma boa organização em termos de produção e isso desperta interesse nos comercializadores. No entanto, há um aspecto importante. É que a maioria dessas novas organizações não tem experiência, nem histórico, na comercialização, funcionando com contactos que têm no exterior. Porém, quando falamos de uma produção de mil toneladas temos que estar junto das organizações que têm capacidade para a escoar. Aliás, nós temos o escoamento garantido da nossa produção durante 15 anos.
GR: Na área da COAPE como está o mirtilo? RC: A área de plantação está a atingir o limite, a rondar os 70 hectares. Em termos de produção ainda não atingimos a ‘velocidade de cruzeiro’, pois vamos
OPINIÃO
YƵĂĚƌŽ ϭ
Mirtilo, actualidade e futuro A superfície plantada com a cultura do mirtilo evoluiu segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) de 40 hectares em 2005, para 75 ha em 2011 e deste patamar até 823 ha em 2014, tendo certamente ultrapassado os 1000 ha em 2015. YƵĂĚƌŽ ϭ Anos Superfície (ha) Incremento anual (%)
2005 40
2010 43 7,5
2011 75 74,4
2012 211 181,3
2013 534 153,1
2014 823 54,1 Fonte: INE
Superfície (ha)
Em síntese, estes mirticultores estão devidamente apetrechados e capacitados para serem competitivos caso tenham capacidade de gestão para manterem controlados os custos A produção para o período temporal em análise não tem acompanhado da mesma forma a superfície plantada, porque o mirtilo começa a produzir do ponto der vista económico ao terceiro ano e atinge a plena produção ao quinto ano, ou seja haverá um forte incremento da quantidade a colocar no merYƵĂĚƌŽ Ϯ cado entre 2018 e 2020 (acima das 12 000 t).
900 800
Anos Produção (t) Incremento anual (%)
700 600
2005 300
2010 530 76,7
2011 700 32,1
2012 1 437 105,3
2013 1 429 -0,6
2014 1 824 27,6 Fonte:INE
500 400
Produção (t)
300 200
2000
100
1800 1600
0 2005
2010
2011
2012
2013
2014
1400 1200
YƵĂĚƌŽ Ϯ Este forte incremento das plantações entre 2011 e 2015 é o resultado da instalação de elevado número de jovens agricul2012 2013 2014falta 2005 da crise 2010 económica/financeira, 2011 tores como influência da 700 1 437 1 429 1 824 de emprego e das 300 ajudas 530 públicas veiculadas pelo PRODER Incremento anual (%) 76,7 32,1 105,3 0,6 27,6 2007-2013, as quais apoiavam com 100% os jovens empresários agrícolas com investimento no valor de 75 000 euros, correspondente à implantação de um hectare de mirtilo, com infraestruturas da rega e outros investimentos fundiários, havendo como pressuposto uma interessante rentabilidade da operação. Todos os investidores que colocaram as plantações nos sítios certos, solos bem drenados, não pedregosos, com água para rega, frio adequado para a variedade em causa, etc, que realizaram as operações adequadas de preparação do solo, mobilizações e fertilização de fundo, que automatizaram os sistemas de rega e fertirrega, que escolheram plantas das variedades em linha com a procura e valorização das produções pelo mercado, plantas estas de qualidade sem problemas sanitários no sistema radicular, que após a sua colocação no terreno as plantas foram devidamente tratadas, seja pelo controlo das infestantes, nutrição, rega, podas, etc.
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1000 800 600 400 200 0 2005
2010
2011
2012
2013
2014
Na minha opinião a janela de oportunidade que interessa aos produtores das regiões norte e centro de Portugal, são os meses de Maio e Junho, deve-se apostar em variedades com maturação para colheita nesta altura. Para as regiões que permitam a cultura com sucesso das variedades do sul, creio que o mercado será mais favorável no inverno. O mirtilo é uma cultura de futuro porque é rentável e está em linha com a procura dos mercados, frutos ricos em antioxidantes, vitaminas, etc, que pode ser consumido sem contraindicações a qualquer hora do dia, do pequeno-almoço ao snack antes de deitar, com apetência por todos desde as crianças aos idosos. José Martino CEO da Espaço Visual
De 1 a 3 de Julho, sob o mote “O Azeite na Dieta Mediterrânica”
Castelo Branco vai acolher a Bienal do Azeite 2016 fiando-a a que, por esses dias, reforce a criatividade na utilização do azeite nas suas ementas, enriquecendo aquela que será uma das temáticas centrais de Bienal do Azeite 2016, o Azeite na Dieta Mediterrânica, sendo também esse o tema da tertúlia prevista. A Bienal do Azeite 2016 assumirá, por fim, um papel de aglutinador na aproximação dos distribuidores nacionais ao tecido empresarial da região, convidando-os a visitar o evento, a conhecer os produtores e as suas marcas. Este é um evento de carácter nacional, que envolve todas a regiões produtoras de azeite de Portugal e demais intervenientes da fileira, pretendendo distinguir-se enquanto plataforma de observação e discussão sobre a fileira do azeite, produto que revela tamanha importância no panorama histórico e social da região e de Portugal. A organização deste evento, que nas edições anteriores acolheu mais de 100 expositores e de 60 mil visitantes, está a cargo da Câmara de Castelo Branco, em parceria com a Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior, a Confraria do Azeite e a Casa do Azeite.
A Dieta Mediterrânica como Património Cultural Imaterial da Humanidade
Castelo Branco vai transformar-se na “capital do azeite” durante três dias, ao acolher a Bienal do Azeite 2016, de 1 a 3 de Julho, num ano em que a produção nacional de azeite bate o seu record, “atingiu as 106,6 mil toneladas de azeite no ano de 2015, o terceiro maior registo dos últimos 100 anos”, segundo os dados do INE; em que a AIFO – Associação Interprofissional da Fileira Oleícola dá os primeiros passos, após o seu reconhecimento formal no final de 2015. 12
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Nesta V edição da Bienal do Azeite, sob o mote “O Azeite na Dieta Mediterrânica”, para além do encontro em pleno centro cívico da cidade de Castelo Branco, na Devesa, numa troca de experiências em torno do “mundo do azeite”, será introduzido um “espaço aberto” para dinamização por parte dos próprios agentes do sector, estimulando a partilha de visões e conhecimento. Outra novidade prende-se com o convite lançado à restauração local desa-
Na Dieta Mediterrânica o azeite ocupa um posto de primeira importância pois é a principal fonte de lipídeos e energia (9Kcal/g) utilizada pelo nosso corpo para a realização de funções vitais. A 4 de Dezembro de 2013, a Dieta Mediterrânica foi classificada como Património Mundial e Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Portugal tem Tavira - através da Câmara Municipal - como a sua comunidade representativa, pois assegurou o processo técnico de preparação da candidatura, ao longo de dois anos e meio, apesar de ser uma candidatura transnacional e subscrita por sete Estados com culturas mediterrânicas, como Portugal, Chipre, Croácia, Grécia, Espanha, Itália e Marrocos.
Festa dos Pastores antecipa subida do rebanho à Serra
Seia celebra a Festa da Transumância e dos Pastores A transumância volta a cumprir-se em Seia, com a tradicional subida dos rebanhos e dos pastores à serra da Estrela em busca de melhores pastos. Esta prática, ainda tão enraizada na comunidade pastoril do concelho, é assinalada pelo quarto ano consecutivo e será uma vez mais aberta à participação do público. A iniciativa é organizada pela Associação de Desenvolvimento Integrado da Rede das Aldeias de Montanha (ADIRAM), em parceria com o Município de Seia e em articulação com os pastores, e vai ter lugar no dia 2 de Julho. Acompanhar os pastores na via-
gem à serra e descobrir uma das mais simbólicas actividades do pastoreio, a transumância, é a proposta para este dia. O gado (aproximadamente 800 a 1000 cabeças), proveniente das terras chãs (Santa Comba, Folgosa, Maceira), concentrar-se-á no largo da câmara, às 07,30 horas, e atravessará a cidade em direcção à Montanha, prosseguindo a sua viagem pelos seculares caminhos da transumância, em direcção àquela que é a aldeia dos pastores, o Sabugueiro. Pelo caminho estão preparadas degustações gastronómicas, como a típica merenda do Alforge e um almoço com os
pastores. A anteceder a subida à serra, uma semana antes, a 26 de Junho, celebra-se na aldeia da Folgosa da Madalena a Festa dos Pastores, com a romaria das ovelhas à Festa de S. João. Aqui, a partir das 18 horas, os pastores acompanhados dos rebanhos, vindos das várias aldeias, cumprem a tradição, desfilando, à vez, em volta da capela de São João Batista, pedindo ao padroeiro um bom ano de pasto e protecção para o gado. Para o efeito, as ovelhas ostentam os maiores e melhores chocalhos e são enfeitadas com “peras e cabeçadas”.
NOVO
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Entre 18 e 26 de Junho, na zona do Vale Santo
Anadia torna-se na “Capital do Espumante” “Anadia, Capital do Espumante”, a nova designação da Feira da Vinha e do Vinho, promovida pela Câmara Local. Esta é a principal novidade da edição deste ano de um certame dedicado ao vinho, com a autarquia de Anadia a apostar numa nova imagem. “Com a mudança do nome procuramos reforçar a imagem de marca do concelho: os vinhos espumantes”, afirmou o vice-presidente da autarquia, Jorge Sampaio. O evento Anadia, Capital do Espumante decorre entre 18 e 26 de Junho e para além da promoção do vinho terá uma componente forte de animação, destacando-se a presença de grupos musicais como GNR, Resistência, Agir ou Martinho da Vila.
Dois secretários de Estado inauguram o certame A abertura do certame está marcada para as 15,30 horas do próximo dia 18 de Junho, com a particularidade de ter dois membros do Governo presentes. Pedro Nuno Santos, secretário de 14
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Estado dos Assuntos Parlamentares, e Luís Medeiros Vieira, secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, juntamente com a autarca de Anadia, Teresa Cardoso, vão presidir à inauguração do certame, na zona do Vale Santo, em Anadia. Vinhos, gastronomia, tasquinhas, artesanato, stands das Juntas de Freguesia, Espaço Anadia Capital do Espumante – Wine Bar e produtores, num total de 150 expositores, mostram as actividades económicas do concelho, num evento que conta com um espaço infantil e sessões de show cooking diárias, que prometem fazer as delícias dos visitantes ao longo dos nove dias de feira. Com um orçamento de cerca de 300 mil euros, o certame terá o mesmo formato da edição de 2015. Os ingressos custam dois euros, sendo que no último dia de certame, com as Marchas Populares, as entradas são gratuitas. A excepção será para o concerto de Martinho da Vila, no dia 25 de Junho, com a entrada a custar três euros.
Bairrada aumentou produção A produção de vinho espumante na Bairrada registou um 2015 um aumento de mais de 25 por cento em relação ao ano anterior, reforçando a liderança desta região demarcada na produção de espumantes nacionais. A estimativa do aumento de produção foi feita pelo presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada (CRVB), Pedro Soares, e tem como base o crescimento “entre 25 e 30 por cento” da venda na região demarcada dos selos de garantia do Instituto da Vinha e do Vinho. O Selo de Garantia certifica em cada garrafa a autenticidade e genuinidade do vinho das regiões demarcadas, garantindo a sua origem e o controlo rigoroso efetuado a todas as fases do processo de produção. Em 2015, ano em que se assinalaram 125 anos de produção de espumantes na Bairrada, a venda de selos na região deverá ter rondado os dois milhões de unidades, contra pouco mais de um milhão e meio em 2014.
Empresa sedeada na Bairrada
Vinícola Castelar comemora 70 anos! Esta empresa de cariz familiar nasceu a 21 de Fevereiro de 1946 e já vai na terceira geração. Vanda Paiva, a sua actual responsável, assume que esse facto aumenta a responsabilidade de quem a dirige. A Vinícola Castelar produz e comercializa vinhos de várias regiões, espumantes, licores e aguardentes, tendo feito uma aposta no mercado externo, que Vanda Paiva quer reforçar.
Gazeta Rural (GR): O que significa fazer 70 anos? Vanda Paiva (VC): É reconfortante, porque são muitos anos, muitas histórias, muitas amizades, muitos produtos, muitas alegrias e também algumas tristezas, com períodos mais difíceis, mas também momentos excepcionais. De momento, e devido ao estado em que o país e o mundo se encontram, passamos uma fase de reforço de energias para ultrapassar este período de forma mais leve. Apesar disso, para nós é um orgulho muito grande fazer 70 anos, pois somos uma empresa familiar que já vai na terceira geração. GR:. Vão fazer algum lançamento especial para esta comemoração? VC: Brevemente faremos o lançamento de uma aguardente especial para comemorarmos esta data. Aliás, de cinco em cinco anos lançamos uma aguardente velhíssima em embalagem especial. Sempre foi assim nesta empresa. Nas comemorações dos 65 anos lançámos uma aguardente com meio século numa garrafa de vidro da marinha grande, todas feitas a sopro e numeradas com gravação na própria garrafa. GR: O facto de serem uma empresa familiar dá algum conforto ou, pelo contrário, aumenta a responsabilidade? 15
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VC: Acresce sempre responsabilidade. Como em todas as empresas familiares, e sendo duradouras como é a nossa, existem altos e baixos. Mas é a união, e a vontade de continuar o que foi projetado com tanto carinho pelos nossos passados, que nos faz continuar. Todavia, é muito bom sentir a passagem dos anos e de testemunho. GR: Dedicação, tradição e inovação são valores que marcam a história desta empresa. Também são importantes no momento actual? VC: Claramente. Sem esses valores não estaríamos aqui hoje. Chegar mais longe só se consegue com muita dedicação e inovação. A nossa história e a nossa tradição são o amparo dos longos anos. GR: O que mudou, na sua perspectiva, no mundo dos vinhos ao longo destes 70 anos? VC: Mudou quase tudo. Houve um aumento enorme de produtores, há mais marcas, a qualidade do vinho subiu imenso e está a ser tratado de maneira diferente. Há produtos de muito boa qualidade em todas as regiões. O vinho passou a ser considerado um produto de excelência. A noção de vinho mudou completamente nestes 70 anos. Antigamente o garrafão dominava, sem se cuidar da embalagem ou da imagem. Depois, veio a garrafa
e hoje dá-se toda a importância à embalagem e à imagem. Os consumidores, muitas vezes, compram mais pela imagem da garrafa do que pelo produto que a mesma contem. Para além disso mudou também o conhecimento do público em relação ao vinho. Os consumidores já sabem o que querem, o que estão a comprar e gostam de saber pormenores que antigamente nem sequer se falavam neles. As pessoas, tanto cá como lá fora, já querem saber quais as castas com que os vinhos são feitos e, mais importante, querem provar e conhecer as diferenças. GR: A aposta nas grandes marcas, como os clubes de futebol, mudou a visão do mercado? VC: Sim. Começámos a trabalhar com os clubes em 2005. Primeiro com o Benfica, depois com o Sporting e o FC Porto. Abriu-nos muitas portas no mercado externo, nomeadamente na Europa e em Angola, especialmente no mercado da saudade. GR: A aposta na exportação vai continuar? VC: Vamos reforçar essa aposta, tentando ir o mais longe possível, procurando clientes pelo mundo fora, criando parcerias e encontrando motivação para continuar a trabalhar com qualidade e dedicação.
De 21 e 24 de Julho, na Alfândega do Porto
Festival do vinho verde volta com actividades para as famílias O terceiro festival Vinho Verde Wine Fest, a realizar entre 21 e 24 de Julho, na Alfândega do Porto, tem como grande novidade “um programa que aposta em actividades para as famílias”, segundo foi hoje anunciado. Organizado pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), o festival terá “mais de 150 vinhos em prova de 33 produtores” e do seu programa consta um dia dirigido às famílias, no dia 23. Estão previstas actividades para as crianças, que, segundo a CVRVV, “permitem primeiras experiências com a gastronomia e descoberta de sabores”. O programa mantém o encontro de automóveis antigos, marcado para o último dia. A Comissão afirma que os quatro dias do Vinho Verde Wine Fest custam 160 mil euros. Haverá provas comentadas por 16
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enólogos e produtores, cozinha feita ao vivo, uma loja de vinhos, restaurantes e uma actividade denominada “Chefes improváveis” em que as estrelas serão “figuras públicas de outros sectores que irão mostrar os seus dotes culinários”. “A criação de um espaço destinado a workshops” e a ampliação da área de demonstrações culinárias estão também previstos, “uma vez que as edições anteriores registaram uma forte procura deste tipo de experiência”, realçou o presidente da CVRVV, referindo que a edição anterior teve 25 mil visitantes. Manuel Pinheiro realçou ainda que a Comissão quer que o Vinho Verde Wine Festa seja “um programa de fim de semana para as famílias, no qual é possível conhecer as novidades” que os produtores da região têm para mostrar. O festival terá lugar no parque nas-
cente da Alfândega, com o rio Douro como vizinho próximo, e este ano ocupara uma área maior do que a do ano passado, com sacrifício do espaço que era reservado ao estacionamento automóvel. “Esperamos ter mais gente do que no ano passado e, sobretudo, que seja um evento melhor”, disse ainda Manuel Pinheiro. A entrada no festival custará dez euros, com direito a um copo, oito senhas de provas e a uma prova comentada. As vendas de vinho verde branco até Abril subiram 0,3% face a igual período do ano passado, as de tinto continuam a perder terreno e as de rosado mantêm a sua trajectória ascendente Manuel Pinheiro vaticina que as vendas de vinho verde rosado ultrapassarão as de tinto dentro de um ou dois anos.
A 25 de Junho, no Mercado Velho
Tondela promove vinhos brancos do concelho O Município de Tondela promove no próximo dia 25 de Junho, no Mercado Velho, o evento “Tondela Brancos” dedicado à promoção e divulgação dos vinhos brancos do concelho, um produto de excelência da região do Dão. Os brancos produzidos em Tondela sempre foram famosos, fruto de características endógenas diferenciadas que o concelho oferece para a sua produção. Para o presidente da Câmara de Tondela “este é mais do que um evento isolado”, pois “congrega vários produtores, sempre numa óptica de valorizar os produtos endógenos locais”, afirmou José António Jesus à Gazeta Rural.
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Gazeta Rural (GR): Como surgiu a ideia de promover este evento? José António Jesus (JAJ): A ideia tem a ver, acima de tudo, com a valorização de um produto local de relevante qualidade. Durante muitos anos os melhores vinhos brancos da região do Dão eram produzidos em Tondela. Continua a haver excelente produção, que importa ser potenciada com um evento específico, pois os vinhos brancos estão a ganhar um crescente valor, nomeadamente enquanto produto local. Desejamos, por isso, que este seja o primeiro marco da promoção do vinho branco e, em particular, na região de Tondela que tão bons indicadores tem a esse nível. GR: É também uma forma de revitalizar o sector? JAJ: Naturalmente. Depois da crise em torno do sector cooperativo, os produtores passaram nos últimos anos por algumas dificuldades. Essa situação tem vindo a ser ultrapassada com o aparecimento de projectos, nomeadamente quintas, de grande qualidade e com marcas de referência, que importa dar escala e, acima
de tudo, uma dimensão de estratégia de promoção virada para estes produtos. É por isso, que este é mais do que um evento isolado, pois congrega vários produtores, sempre numa óptica de valorizar os produtos endógenos locais. GR: O desaparecimento da Adega de Tondela, num concelho onde predomina o minifúndio, trouxe problemas ao sector? JAJ: Como todas as épocas a seguir a uma crise ou a um conflito emergem soluções e todos estamos preparados para reagir à adversidade. Depois da crise do sector cooperativo surgiram projectos inovadores, onde a qualidade sai reforçada e, agora, com uma dimensão de mercado. Isso posicionou muitas das produções do concelho num novo estádio e num novo desafio, que é relevante num tempo de competitividade, mas acima de tudo de qualidade. É neste equilíbrio entre a competitividade e a qualidade que se encontra a sobrevivência destes projectos e felizmente que eles superaram essa fase mais angustiante e hoje estão com um olhar promissor e próspero em relação ao futuro.
Com data marcada para o primeiro fim-de-semana de Setembro, a Feira do Vinho do Dão tem como principal novidade as comemorações dos 25 anos do certame. Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Nelas diz que essa é “a responsabilidade maior”, num certame que Borges da Silva quer que seja de “excelência”. Entre várias novidades que a seu tempo serão conhecidas, o autarca de Nelas diz que o musical “As Músicas que o Vinho Dão”, de António Leal, um espectáculo que vai ter uma qualidade reforçada. Borges da Silva quer que a edição 2016 “possa vir a ficar na memória, pelo carácter diferenciador e de excelência”.
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José Borges da Silva diz que “a responsabilidade é maior”
Município de Nelas prepara XXV Feira do Vinho do Dão com novidades Gazeta Rural (GR): Como estão os preparativos para a XXV Feira do Vinho do Dão? José Borges da Silva (JBS): A novidade principal, e a responsabilidade maior, são os 25 anos da Feira. Partimos para esta edição com essa responsabilidade e a humildade de reconhecer que é uma feira da região do Vinho do Dão. Não é do vinho de Nelas, mas da região. Nas duas últimas edições estiveram mais de 60 empresas ligadas ao vinho, para além de outras tantas de subsectores de actividade ligadas ao vinho. As últimas edições foram dois capítulos importantes que vão ter o seu epílogo, quer este ano quem no que vem, de excelência. Vamos incrementar a animação
relacionada com o aspecto vitivinícola, com “As Músicas que o Vinho Dão”, do António Leal, um espectáculo que já ganhou raízes na Feira e que este ano vai ter uma qualidade reforçada. Vamos tentar também, e vamos fazer esse esforço num programa que está a ser desenhado, externalizar a Feira quer em termos regionais, nacionais e até internacionais. Está a ser montada uma Feira que possa vir a ficar na memória, pelo carácter diferenciador e de excelência. Em Nelas, em todos os sectores, só a excelência nos basta e a Feira vai contar seguramente com as novidades que os 25 anos justificam. GR: O facto de a região estar
cada vez mais agregada, junta, com parcerias entre as diversas autarquias, é cada vez mais importante? JBS: O que está a dizer é verdadeiro, mas é preciso um esforço de quem está nos lugares de responsabilidade para não corresponder ao sentido contrário que, por vezes, as populações nos exigem, que é olhar mais para nós e ver os outros concelhos como adversários e até inimigos. O que temos em Nelas, na indústria, agricultura, turismo e termalismo não cabe no nosso território, pelo que, obrigatoriamente, os gestores da Câmara de Nelas têm que estar virados para a região e para o país. É por isso que não ficamos nada assustados quando a Câmara de Viseu diz que é a “Cidade Vinhateira” e promove o Dão, porque quem vai a Viseu também vem a Nelas e vai à Serra da Estrela. Mas também quem fica nos hotéis de Nelas também vai a Viseu. Nós já somos pequenos, do ponto de vista da expressão vitivinícola nacional. Representamos pouco mais de 5% do volume de negócios do vinho. Portanto, tudo tem caminhado nos últimos anos para uma perspectiva intermunicipal de relacionamento e de ganhos de escala a vários níveis, que beneficiam todos os municípios e as populações envolvidas. Na Câmara de Nelas cultivamos este relacionamento com todos os municípios de proximidade e ficamos sensibilizados quando participamos num evento promovido pela Câmara de Viseu, como foi o Street Art, e fizemos um ponte vitivinícola através da pintura de um balão alusivo ao vinho. Para Nelas, e para mim pessoalmente, todos os municípios vizinhos não são uma ameaça, mas uma oportunidade para, em conjunto, transformarmos esta região, a Dão-Lafões e a Beira Serra, onde estamos em projectos comuns, e reatarmos algo que vimos em termos turísticos, nomeadamente por alturas das festas do Natal e da Páscoa, que é atrair gente do litoral, mas também atrair aqueles que de cá saíram. É isto que temos que conquistar. Lamúrias de fuga de populações e interioridade estão nas nossas cabeças. Na vontade e na determinação não temos interioridade nenhuma. Não devemos fechar os municípios dentro do seu território, mas criar parcerias pois as avias de comunicação são comuns e os interesses ligados ao vinho também. Estamos muito satisfeitos com estas parcerias, que vamos incrementar ainda mais.
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GR: Que acções a Câmara vai promover até à realização da Feira? JBS: Este ano já tivemos o Rally do Vinho do Dão e o Grande Premio de Ciclismo do Dão. Vamos lançar uma grande campanha promocional em parceria com entidades privadas, tal como fizemos o ano passado. Temos ligado à Feira do Vinho do Dão as maiores empresas do sector vitivinícola nacional que estão instaladas na região. Das 41 quintas inicialmente aderentes à Rota do Vinho do Dão, 11 são município de Nelas e 6 de Santar, que queremos transformar, através desta estratégia de promoção, na Vila Vinhateira da Região do Dão, que falta na região e no país. Existem várias Aldeias Vinhateiras no Douro, mas falta um roteiro das Aldeias e Vilas Vinhateiras de Portugal. Isto tem
que ser feito, porque corresponde àquilo que hoje é procurado pelos turistas, que é vinho e história e só depois é que vem o sol e o mar. Ainda recentemente fizemos a apresentação, em Sintra, de ‘Santar Vila Vinhateira do Dão’ e acho que há condições para a afirmar como tal, com a CVR Dão, a CIM Dão Lafões, bem como outros interlocutores relacionadas com o vinho. Temos expectativas em relação ao quadro comunitário nesta matéria e está a desenhar-se um financiamento próprio, relativamente ao vinho do Dão, no âmbito do PROVERE, e acho que temos todas as condições, com um elemento diferenciador relativamente à região do Dão. Não é pela quantidade, mas pela excelência, comprovada pelos prémios que o vinho do Dão ganha.
Prazo de inscrição termina a 23 de Julho
Arrancou a XII edição dos Prémios Vinduero-Vindouro A Associação Vinduero-Vindouro abriu o prazo de inscrição para que as adegas possam participar na décima segunda edição dos Prémios Vinduero-Vindouro. Este evento internacional analisa e avalia os melhores vinhos das distintas denominações de origem de Espanha e Portugal. A Associação Vinduero-Vindouro disponibiliza um sistema de inscrição online, através da sua página web www. premiosvinduero.com, para que as adegas possam formalizar o registo dos seus vinhos de forma mais ágil, rápida e amiga do meio ambiente, minimizando assim o impacto ambiental do concurso. O prazo de inscrição termina a 23 de Julho, com a
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“prova às cegas” a ter lugar na localidade de Trabanca (Salamanca) nos dias 1, 2, 3 e 4 de agosto. O Comité de Prova do Concurso será composto, tal como em edições anteriores, por reconhecidos profissionais de renome internacional, que representarão diversas denominações de origem de espanholas e portuguesas. Desde há doze anos que a Associação Vinduero-Vindouro, organizadora do Concurso Internacional de Vinhos Vinduero-Vindouro, anteriormente conhecido por Prémios Arribe, conseguiu torná-lo num ponto de encontro de referência para as melhores adegas espanholas e portuguesas, valorizando a
qualidade de trabalho e o empenho que os profissionais da vitivinicultura investem para oferecer ao consumidor vinhos da mais alta qualidade. O Concurso Internacional de Vinhos Prémios Vinduero-Vindouro 2016 posicionou-se como o mais proeminente da comunidade de Castilla y León, aumentando progressivamente o número de vinhos participantes no concurso e o prestígio internacianal dos jurados presentes no comité de prova. Os Prémios Vinduero-Vindouro 2016 são de âmbito internacional e encontram-se oficialmente reconhecidos pelo Ministério da Agricultura, Alimentación y Medio Ambiente (BOE 23//12/2015).
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Terminada a Festa do Vinho Verde Terminada mais uma edição da Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regionais, Ponte de Lima prepara-se já, de 23 a 26 de Junho, a X Feira do Cavalo, certame que vai receber alguns dos melhores cavaleiros mundiais. Porém, a animação no Vale do Lima não se fica por aí, pois em Julho chega a Feira da Caça, Pesca e Laser, evento que visa mostrar as potencialidades, e são muitas, do concelho nestas áreas. À Gazeta Rural, Paulo Sousa, vereador com o pelouro do Turismo, fez um balanço positivo da Festa do Vinho Verde, mas também o lançamento e as novidades dos eventos que seguem no calendário do Município de Ponte de Lima.
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Ponte de Lima promove a Feira do Cavalo e eventos de laser Gazeta Rural (GR): Este evento mostra o que de melhor tem Ponte de Lima no sector do vinho? Paulo Sousa (PS): Esta Feira é uma excelente apresentação dos produtos vínicos, dos melhores produtores do concelho e da Região dos Vinhos Verdes, com 45 expositores e também outros produtos gastronómicos, dos enchidos, à doçaria, e é, com certeza, uma excelente oferta para quem visite Ponte de Lima. GR: Como está o sector do vinho no concelho? PS: Está a melhorar. Houve uma fase recente, devido à crise, em que o consumo de vinho caiu, mas neste momento está a recuperar. Além disso, há também bons projectos, quer por parte da Adega de Ponte de Lima, que está a ter uma excelente implantação no mercado nacional, mas também no contexto internacional, mas também um conjunto de
12 produtores, mais pequenos, que têm apostado numa identidade forte, com grande qualidade e isso tem-se reflectido no seu crescimento e na sua sustentabilidade no mercado. GR: Um vinho que no mercado externo tem cada vez mais procura? PS: Efectivamente. Temos conhecimento que alguns produtores estão a apostar no mercado asiático, nomeadamente na China e no Japão. No Vale do Lima temos uma casta emblemática e de grande potencial de crescimento, a Loureiro, que tem crescido, ganhado valor e ajudado à sustentabilidade de toda a cadeia. Estou certo que, para os viticultores, esta é uma excelente oportunidade de aproveitarem uma casta que esteve na génese desta região, que tem potencial para crescer e de se valorizar, mas, acima de tudo, para que os seus projectos agrícolas tenham cada vez mais sustentabilidade.
GR: Nesta feira houve dois concursos, do vinho e do leite-creme? PS: No leite-creme foi o oitavo concurso, em que há duas secções, uma da restauração e outra para pessoas individuais. Esta é a sobremesa mais emblemática do concelho e, com este concurso, tentamos consolidar e melhorar a sua qualidade. É um doce típico, que acompanha bem os pratos gastronómicos que temos, como o arroz de sarrabulho, bacalhau de cebolada ou o naco da minhota. Tivemos também o XIV Concurso dos Vinhos Verdes, com 42 amostras a concurso. Procurámos avaliar os melhores vinhos da região, em três secções, e, desta forma, tentámos valorizar e agregar valor, dando visibilidades aos vinhos vencedores. GR: Nesta Feira, juntaram o vinho ao hipismo? PS: Ponte de Lima tem uma grande tradição como destino equestre internacional e associada à Feira do Vinho, tivemos uma prova do Campeonato Regional de Ensino, que contou com a participação de cerca de 60 atletas. Desta forma, estamos a agregar valor para a prova de ensino equestre, mas também à Feira, pois o vinho, os produtos regionais e o desporto equestre complementam-se.
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GR: Terminada a Festa do Vinho, segue-se a Feira do Cavalo? PS: Sim, terá lugar de 23 a 26 de Junho, durante qual concentramos alguns dos melhores atletas nacionais e internacionais de hipismo, que aqui têm oportunidade de participar em provas de nível mundial. Estão presentes cavaleiros que competem pelas suas selecções em campeonato do Mundo ou nos Jogos Olímpicos. Ponte de Lima afirma-se cada vez mais como um destino equestre nacional e internacional, de referência e excelência, ao congregarmos algumas das grandes provas equestres, afirmando desta forma o nosso concelho como um destino a visitar. Aliás, é bom referir que a criação de cavalos no concelho tem vindo a aumentar. O Centro Equestre do Vale do Lima tem sido o motor deste crescimento, com um curso de Gestão Equina, feito com a Escola Profissional e Agrícola de Ponte de Lima, para além de fazer a manutenção de cavalos de proprietários privados. Temos actualmente, mais alguns criadores de cavalos Lusitanos que se instalaram no concelho. GR: Em Julho há a Feira da Caça, Pesca e Laser? PS: Sim, vai ter lugar em meados de Julho, num certame muito virado para
o sector da caça e da pesca, que tem uma grande tradição no concelho, pois temos atletas que participam no Campeonato do Mundo de Pesca Desportiva, e também na área do laser, onde Ponte de Lima, nomeadamente nas áreas da gastronomia, no alojamento e também nas actividades de turismo de natureza, tem vindo a crescer de uma forma sólida e consistente e que através deste evento damos a conhecer. No sector da pesca, sempre que há provas, e no âmbito da Feira promovemos um concurso de pesca desportiva, fazemos repovoamento para que haja peixe para todos os concorrentes. Aliás, ao longo do ano o município apoia uma outra prova, o Campeonato Nacional de Pesca à Truta com Isco Artificial, em que fazemos repovoamentos e manutenção das margens, para dar todas as condições aos participantes. GR: E a caça? PS: Há pouca. Temos várias associações de caça no concelho, mas há algumas situações complicadas, como a doença no coelho bravo e a fragmentação das Zonas de Caça Associativas, para além de, fruto da crise, ter havido uma quebra significativa no número de caçadores. Acreditamos, todavia, que é um sector que vai recuperar rapidamente.
Numa iniciativa da autarquia de Sernancelhe
Feira Aquiliniana regressou à Lapa e recordou Aquilino Ribeiro A Feira Aquiliniana, evento promovido pelo município de Sernancelhe, regressou à Lapa, procurando associar o seu escritor Aquilino Ribeiro àquele lugar mítico. Naquela Aldeia de Portugal, onde o património de mais de cinco séculos envolve a lenda e o culto de um dos santuários mais conceituados da Península Ibérica, renasceu, pelo engenho e arte da Escola Profissional de Sernancelhe, dos seus professores, e pela disponibilidade dos alunos a Lapa de finais do século XIX e início de XX. Foi uma montra de cultura, de autenticidade, que a todos fez recuar ao tempo das romarias alegres, da Lapa como ponto de encontro de fé e de festa, um verdadeiro centro de inspiração e de peregrinação capaz de retemperar a alma e o corpo. Cor, alegria, convívio, gastronomia, animação com sons de outros tempos foram momentos que quem passou pela Lapa testemunhou e poderá guardar… até para o ano. O lançamento da terceira edição da Revista Aquilino foi o momento alto deste evento.
Restaurantes não tiveram mãos a medir
Festival Gastronómico do Cabrito do Caramulo “superou as expectativas” A edição 2016 da Semana Gastronómica do Cabrito do Caramulo “foi um sucesso e superou as expectativas”, com os restaurantes instalados no pavilhão multiusos do Caramulo a terem mesas cheias nos vários dias do evento. António Dias, da Confraria Gastronómica do Cabrito e da Serra do Caramulo, entidade que com a Junta de Freguesia do Guardão promoveu o evento, referiu que o êxito se deve à “divulgação e na evolução do projecto”. “Foi uma aposta ganha”, pois “tivemos uma adesão em massa, com os restaurantes cheios, no sábado e no domingo ao almoço”, afirmou. Para o efeito, “criámos uma maior dinâmica ao evento, com a restauração, os produtos locais e o artesanato no interior do pavilhão, e no exterior ficaram as tasquinhas e a animação. Tudo isto deu maior dinamismo ao festival e abriu-o à comunidade local”, afirmou António Dias, referindo que “esta solução atraiu mais gente e só o tempo não ajudou, pois houve umas nortadas na sexta e no sábado à noite”. 24
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Certame atraiu dezenas de milhares de visitantes
Expomortágua 2016 contou com recorde de expositores A edição 2016 da Expomortágua encerrou com uma enorme multidão. Apesar das condições atmosféricas adversas, o certame voltou a atrair dezenas de milhares de visitantes ao longo dos três dias de duração. Apesar do tempo não ter ajudado, o presidente da Câmara de Mortágua fez um balanço positivo do certame. “Tivemos a presença de dezenas de milhares de pessoas, oriundas do concelho, da região e até doutros pontos mais distantes do País, e não fosse a chuva, teríamos a cereja em cima do bolo, como se costuma dizer”, afirmou Júlio Norte, lembrando que “há três anos começámos do zero e hoje a Expomortágua assume-se já como a maior feira do País a nível da floresta e uma grande mostra da diversidade, riqueza e dinamismo das empresas
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ligadas à floresta, energia, turismo, agricultura, indústria, comércio e serviços”. Por isso, acrescentou o autarca, “valeu a pena a nossa ousadia, o nosso acreditar, a nossa determinação, é garantidamente uma aposta que ganhámos”. Para o edil o evento é a confirmação de que “com trabalho, dedicação e empenhamento das nossas gentes, somos capazes de fazer, e bem, grandes coisas”. Terminada a edição de 2016, o Município pensa já na edição do próximo ano e “não deixará de fazer as alterações e melhorias que achar convenientes no sentido de proporcionar as melhores condições quer aos expositores quer aos visitantes. Queremos que a Expomortágua seja cada vez melhor”, referiu Júlio Norte.
A 22 de Junho, no Mercado Sant’Ana, em Leiria,
Gala Porco d’Ouro destaca suinicultores que cumprem boas práticas ambientais A primeira Gala Porco d’Ouro portuguesa, que se realiza a 22 de Junho no Mercado Sant’Ana, em Leiria, vai homenagear as explorações que se distinguem no cumprimento das boas práticas ambientais, anunciou o presidente da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS), Vítor Menino. Em conferência de imprensa na Câmara de Leiria, um dos parceiros da gala, Vítor Menino salientou que, na fileira da suinicultura, estão 30 nomeados para o Porco d’Ouro, por se distinguirem pelo seu esforço na implementação de novas exigências de produção, legislação ambiental, mudanças nos hábitos alimentares e melhores técnicas de produção, com relevo para áreas como a biossegurança, bem-estar animal e ambiental. “É a primeira vez que esta gala se realiza em Portugal. Insere-se no âmbito dos 35 anos da FPAS, em parceria com o Instituto de Alimentação e Agricultura, Investigação e Tecnologia, o institu26
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to espanhol que criou este evento em Espanha, onde se realiza há 23 anos”, adiantou Vítor Menino. O presidente da FPAS explicou que a iniciativa terá a periodicidade anual e decorrerá em diferentes cidades. “A escolha por Leiria não foi um acaso, uma vez que o distrito contribui muito para a nossa competitividade e os suinicultores têm um peso na economia distrital de 40%. Para distinguir os melhores nesta edição teremos a presença de mais de 400 personalidades ligadas à fileira da carne de porco”, acrescentou. Segundo Vítor Menino, a Gala Porco d’Ouro é mais uma iniciativa para “motivar o sector” e “incentivar às práticas de qualidade e eficiência”. Os prémios irão distinguir a produtividade numérica, a taxa de partos e os leitões desmamados por porca reformada. A gala atribuirá ainda o prémio “Diamante” para as “boas práticas de gestão”. Vítor Menino admitiu ainda que as
manifestações que os suinicultores têm promovido na rua têm “contribuído para desmistificar alguns conceitos ligados à carne de porco”, nomeadamente “em termos nutricionais”. Esta é uma carne “de excelência, que já é comparada às carnes brancas”, referiu. O presidente da FPAS mostrou-se satisfeito com o facto de já ser obrigatória a identificação da carne, com o local de origem e de abate, considerando que a linha de crédito de 20 milhões de euros que será concedida a este sector e ao do leite será “uma ajuda”. No entanto, o “caminho principal para recuperar o sector terá de ser a abertura do mercado à exportação, sobretudo para a Rússia”. A Câmara de Leiria aprovou um apoio de 3.505 euros para apoio logístico na realização desta gala. O vice-presidente, Gonçalo Lopes, adiantou que o sector da suinicultura garante “milhares de postos de trabalho directos e indirectos, entre explorações e empresas de rações.
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Gala decorreu no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz
Verallia Portugal divulgou os vencedores do III Concurso de Design e Criatividade A Verallia Portugal anunciou os vencedores do III Concurso de Design & Criatividade, numa Gala que decorreu no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz. A apresentação desta cerimónia foi feita pelo ilusionista Mário Daniel. Sob o lema “Mobilidade”, a terceiro edição do Concurso recebeu perto de uma centena de projectos. Os alunos de Design e Artes matriculados no Ensino Superior no ano lectivo 2015-2016, tiveram que propor projectos de acordo com o tema “Mobilidade” cujo objectivo foi de responder às necessidades e características de uma vida quotidiana “agitada” para diversos elementos de uma família, não esquecendo a capacidade produtiva da indústria vidreira. Actualmente, devido à situação económica e política do
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país, as pessoas são mais nómadas, mais dificilmente se prendem muitos anos a um trabalho, a uma cidade, a uma casa, entre outros. As exigências do dia-a-dia são maiores, o ritmo mais acelerado e, por vezes, as refeições rápidas e práticas fora e dentro de casa são frequentes. Assim, para apresentar um projecto inovador, os candidatos familiarizaram-se com a essência e potencialidades do material e do processo vidreiro. Os candidatos tiveram, igualmente que orientar os projectos em função do público-alvo e tiveram em consideração as questões económicas relacionadas com o lançamento de uma garrafa ou de um boião em vidro. As categorias foram as seguintes: vinhos, cervejas, espumantes, aguardentes e licores, azeites, águas,
sumos e refrigerantes, boiões e frascos. O vencedor foi o “Pápapa”, na categoria de Boiões e Frascos, dos alunos da Escola de Artes da Universidade de Évora Mafalda Narciso, João Justino e Vanda Pereira. Em segundo lugar ficou o projecto Babygo, na mesma categoria, apresentado por Inês Mourão, da Universidade Lusófona de Lisboa; em terceiro o projecto ANNIE, na categoria de Águas, de Sérgio Lamancha, da Escola Superior de Educação do IP Coimbra; no quarto posto ficou o projecto À’Tona, na categoria de Azeites, de Bárbara Cunha, da Escola Superior de Educação do IP Coimbra, e no quinto lugar o projecto Agit’AÇÃO, na categoria de Sumos e Refrigerantes, de Rita Sousa, da Escola Superior de Educação do IP Coimbra. Foram também atribuídas cinco menções honrosas.
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Ministro da Agricultura nas jornadas da Cersul, em Elvas
Portugal tem potencial para aumentar produção de cereais de qualidade O Clube Português dos Cereais de Qualidade organizou na sede da Cersul, em Elvas, uma jornada onde apresentou o seu trabalho pioneiro para a obtenção de matérias-primas de qualidade usadas na produção de malte para cerveja, baby food e farinhas especiais para panificação. A jornada contou com a presença de cerca de 60 convidados, entre os quais o Ministro da Agricultura, que participou na visita aos campos de demonstração de trigo duro, trigo mole e cevada dística, realizados por agricultores associados da Cersul. “Pude constatar que a organização da Fileira dos cereais é fundamental e que esta estratégia de aposta na qualidade é o caminho a seguir, porque existe um enorme potencial de aumento da produção por via da qualidade”, disse Capoulas Santos, sublinhando que este Clube é bom exemplo de que o interprofissionalismo informal funciona. O Clube Português dos Cereais de Qualidade existe há 17 anos, com o objectivo de juntar toda a cadeia de valor de cereais de elevado valor acrescentado, nomeadamente trigo mole panificável, trigos de força, trigos para baby food, trigo duro e cevada dística, com vista à obtenção de matéria-prima que corresponda às exigências de qualidade do mercado. Além da produção e indústria, tem ainda assento nesta estrutura a investigação agrícola pública, através do INIAV, ex-Estação Nacional de Melhoramento de Plantas de Elvas. “Este Clube é o primórdio de uma associação interprofissional que visa fornecer produtos de qualidade para que 30
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o consumidor prefira o que é português. Ao fim de 17 anos de existência, estes encontros têm permitido uma aproximação cada vez maior entre produtores e indústria e a adopção de soluções win-win”, explicou Bulhão Martins, presidente da direcção da Cersul, uma das quatro organizações de produtores que compõem o Clube e anfitriã do evento. Embora seja um nicho de mercado onde a procura é estável, a produção nacional satisfaz apenas uma pequena parte das necessidades da indústria em cereais de qualidade, estimando-se que exista uma margem de crescimento para o triplo da actual produção. “Há poucos países a produzir para este nicho de mercado e Portugal tem boas condições de produção de trigos com elevado valor acrescentado. É uma oportunidade para trabalharmos em fileira e substituir importações”, reconhece João Amorim Faria, responsável da Cerealis, uma das indústrias que integra o Clube. “Em Portugal há condições de solos, clima e variedades que podem ser muito bem explorados, mas é necessária uma concertação de esforços para remarmos todos na mesma direcção. Precisamos de lotes maiores e muito homogéneos, que só se conseguem com produção em escala e organização da produção”, explica Paulo Cardoso, responsável da Ceres, outra indústria com assento no Clube que processa 130 mil toneladas trigo/ano, das quais apenas 20% é comprado em Portugal. Os trigos melhoradores são usados para corrigir lotes de trigo com valor de força ou de proteína mais baixos e para
produção de farinhas especiais. O seu valor de mercado é superior ao de outros trigos. Por exemplo, em 2015 o preço pago à produção por uma tonelada de quanto o trigo forrageiro não ultrapas gal produza cerca de 100 mil toneladas destes cereais, representando um valor de mercado de 4 milhões de euros. As expectativas para a actual campanha de cereais de pragana são positivas, com produtividades acima da média no Alentejo. “Os cereais foram mal tratados na última reforma da PAC, esperamos que no próximo QCA o cenário se altere, porque Portugal não pode continuar a importar 95% dos cereais que consome”, disse Carpinteiro Albino, presidente do Clube Português dos Cereais de Qualidade, em tom de recomendação ao ministro da Agricultura. A Cersul é pioneira na produção de cereais de qualidade usados na elaboração de baby-food, com um itinerário cultural praticamente isento de pesticidas e uso reduzido de fertilizantes; lotes de trigo mole de qualidade superior e homogénea, usados como corretores ou melhoradores pela indústria de panificação e de gritz de milho usado na produção de cerveja. Os 170 associados da Cersul produzem 60.000 hectares de cereais, 30% dos quais de qualidade superior. A elevada capacidade de armazenamento do agrupamento e um laboratório para análises dos cereais permite-lhe formar lotes homogéneos que respondem aos requisitos da indústria.
Terminada a edição 2016, com “um sucesso sem precedentes”, a autarquia da Mealhada começou já a preparar a FESTAME - Feira do Município da Mealhada de 2017. A segunda edição do evento não defraudou as expectativas pela diversidade da programação, mas também pelas condições criadas a mais de uma centena de expositores. O presidente da Câmara da Mealhada percorreu os stands, no último dia da feira, para ouvir a opinião dos expositores, e ficou satisfeito com os comentários “extremamente positivos”, “palavras de agradecimento” e “a promessa muito determinada de regressar em 2017” da generalidade dos expositores. Em conversa com a Gazeta Rural, Rui Marqueiro diz que a edição 2017 já começou e vai manter-se nos moldes actuais, num evento virado para o concelho.
Gazeta Rural (GR): Que balanço faz desta edição da FESTAME? Rui Marqueiro (RM): É muito positivo. Tivemos um conjunto apreciável de expositores, com bons espectáculos e muito participados. O Festame é um evento para o município da Mealhada e não pretendemos nem internacionalizar a festa, nem torná-la regional. Para isso teríamos que ter um cartaz mais dispendioso e mais espaço, que não temos. O FESTAME mantem-se dentro da linha definida, procurando algumas nuances, como foi o caso deste ano em que puxámos mais pela economia e menos pelo artesanato. A edição do próximo ano começa a ser preparada após o fim desta edição. Em 2017, e vamos ver se o conseguiremos concretizar, queremos ter as grandes empresas existentes no concelho, para as mostrar, conhecer a sua importância, qual o volume de exportações e criar alguma confiança económica para que as pessoas do nosso concelho percebam que vivem num município que 31
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Terminada a FESTAME - Feira do Município
Município da Mealhada prepara já outros eventos para o Verão
hoje já não é de ruralidade, pois tem uma indústria apreciável. Vamos tentar trazer também algumas empresas na área das novas tecnologias que estão no mercado e tentar pôr os nossos empresários e técnicos a conversar e aproximá-los, para termos um desempenho económico cada vez melhor e voltado para o mercado externo, que é, no fundo, a nossa única saída. Temos que criar um sector exportador cada vez mais competitivo. GR: As empresas da Mealhada estão a atingir esse patamar? RM: Há empresas no concelho que exportam milhões de euros, só que são pouco conhecidas. Algumas estão integradas em grupos económicos que não têm cá a sede, mas é cá que fazem o fabrico e os rendimentos que libertam são da Mealhada, porque a maioria do seu pessoal vive ou faz a sua vida no concelho. GR: Foi o artesanato que iniciou esta festa?
RM: Sim e continuaremos a mantê-lo, quiçá com alguma melhoria nos critérios de análise das propostas. Este ano tivemos 180 inscrições, para 100 lugares. Podemos criar mais uma ou duas dezenas, mas não há espaço para mais. Naturalmente há pessoas que ficam insatisfeitas, mas os critérios são claros e ninguém nos pode levar a mal por darmos prioridade às empresas e artesão do concelho, porque o Festame é destinado ao município da Mealhada. GR: Terminada a Festame, o concelho vai continuar com animação durante o verão? RM: Primeiro vamos fazer a apreciação e o balanço deste evento, mas com certeza que vamos ter um programa de animação termal, cujas bases financeiras vamos determinar, que será produzido por uma associação local, com o apoio financeiro e logístico da Câmara Municipal. Vamos tentar conjugar as Festas das Freguesias com algum programa de animação termal.
Entidades Gestoras reuniram no Luso
Sapadores florestais reivindicam mais apoios financeiros
As Entidades Gestoras de Equipas de Sapadores Florestais reuniram no Luso, no concelho da Mealhada e tomaram uma posição conjunta em relação ao que consideram ser as progressivas restrições financeiras impostas à sua actividade e reivindicam mais apoios financeiros por parte do Estado. “O objectivo do encontro foi tomar de uma posição única e abrangente para remeter à tutela e, se necessário, desencadear formas de protesto, defesa e afirmação dos Sapadores Florestais que, de ano para ano, têm visto diminuir o apoio por parte do Estado, comprometendo a situação de muitas das suas entidades gestoras”, afirmou Lara Luzindre, membro da Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF), entidade que organiza a reunião, em que deverão participar cerca de cem pessoas. O encontro realizou-se numa altura 32
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em que está a ser discutida uma nova alteração do regime jurídico aplicável aos Sapadores Florestais, trabalhadores especializados que desenvolvem, com carácter permanente e de forma sistemática, acções de silvicultura preventiva e acções de vigilância e de apoio ao combate de incêndios florestais. As Entidades Gestoras de Equipas de Sapadores Florestais, que incluem, entre outros, cooperativas de agricultores, produtores florestais e entidades gestoras de baldios, queixam-se das progressivas restrições financeiras impostas pelo Instituto da Natureza e das Florestas (ICNF), cuja acção é preponderante no Programa de Sapadores Florestais. No entender da FNAPF, “o ICNF não tem realizado os ajustamentos necessários para que as Equipas de Sapadores Florestais (ESF) sejam autossuficientes, não procedendo, nomeadamente, à actualização do valor do apoio ao funcio-
namento a atribuir anualmente às entidades gestoras das ESF no âmbito do serviço público, que, actualmente, é um garrote que asfixia as ESF”. Em nota divulgada, a FNAPF entende ainda que, ao longo dos últimos anos, não tem havido sensibilidade para alguns aspectos preponderantes como o respeito pelas condições e prazos de pagamento do apoio ao funcionamento das ESF, bem como a definição da obrigação e da tipologia do apoio do Estado à reparação/ substituição do equipamento colectivo de trabalho, nomeadamente da viatura”. Verifica-se assim, garante a FNAPF, “um aumento de todos os custos directos (mão-de-obra, combustíveis, equipamento de protecção pessoal, máquinas, correntes, lâminas, pneus, óleos, etc), de todos os custos indirectos (seguros, reparação de equipamentos e viaturas, apoio técnico, etc.) e uma regressão no apoio ao funcionamento das ESF”.
OPINIÃO
O mundo precisa de uma floresta mais verde No dia 5 de Junho celebrou-se o Dia Mundial do Ambiente. Neste ano, a Europa pretendeu assinalar esta data com uma chamada de atenção para as consequências da perda de biodiversidade. A Agência Europeia do Ambiente foi o agente dinamizador dessa sensibilização, tendo colocado uma forte ênfase na acção que a Rede Natura 2000 tem desempenhado na protecção e reabilitação dos ecossistemas naturais mais ameaçados no espaço da União Europeia. Nesta acção de sensibilização, a Agência Europeia do Ambiente recuperou uma outra mensagem que ganha força crescente na agenda política europeia - Uma gestão sustentável é a chave para florestas saudáveis na Europa! (já retomaremos este tema). Em Portugal, o Dia Mundial do Ambiente foi assinalado com a realização de um Conselho de Ministros Extraordinário dedicado ao Ambiente no coração da Serra da Arrábida, num claro sinal político de regresso da temática ambiental ao topo da acção governativa. Neste Conselho de Ministros, entre outras medidas, gostaria de destacar a aprovação da criação de um único fundo ambiental resultante da fusão dos fundos actualmente existentes - Fundo Português de Carbono, Fundo de Intervenção Ambiental, Fundo de Protecção dos Recursos Hídricos e Fundo para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade. Esta é uma decisão política que pode trazer impactos positivos para a floresta portuguesa. Esta medida visa garantir uma maior eficácia no financiamento das políticas ambientais e os ecossistemas florestais, certamente, também poderão vir a beneficiar desses apoios públicos. A flores33
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ta gera um conjunto muito significativo de serviços ambientais importantes. A protecção dos solos, a regulação dos recursos hídricos, o sequestro do CO2 ou a preservação da biodiversidade, de que os montados de sobro e azinho constituem expoentes máximos no contexto da Europa mediterrânica, constituem funções “não-produtivas” das florestas que a sociedade tem vindo a valorizar cada vez mais. No quadro da luta contra as alterações climáticas, sem dúvida, o maior desafio ambiental que a Humanidade já enfrentou, as florestas desempenham um papel insubstituível como sumidouros de carbono. Esta foi uma das linhas de acção que emanou da Cimeira Mundial do Clima - o Acordo de Paris não só reconheceu a importância vital das florestas para o bem-estar global, como apela aos países para agirem na protecção dos recursos florestais, para travar a desflorestação e promover a gestão sustentável da floresta e o sequestro do carbono. O problema da destruição das florestas pelos incêndios, que todos os anos são responsáveis por uma grande parte das emissões de dióxido de carbono e pela devastação dos sumidouros de carbono, é uma questão ambiental que deve ser acompanhada de perto pelo Governo e também pelos agentes do sector e pela Sociedade Civil. Desse ponto de vista, a promoção da vitalidade dos ecossistemas florestais e a sua gestão profissional, assente em critérios de sustentabilidade, assumem um desafio cada vez mais necessário diria mesmo, fundamental - para o futuro das florestas. Em Portugal, os desafios da Economia
Verde colocam a floresta num papel cimeiro e, num País onde mais de 95% das florestas são privadas, as políticas públicas assumem uma importância de ainda maior relevo. Neste domínio, os pagamentos silvo-ambientais e a fiscalidade verde constituem instrumentos de política que ganham actualidade crescente. O Compromisso para o Crescimento Verde, lançando pelo anterior Governo, constituiu um primeiro passo, um marco nesse caminho, mas que importa agora dar seguimento e consequência, pois porque as políticas ambientais necessitam de um prazo longo de aplicação, tal como sucede na política florestal. E, neste ponto, aqui retomo a mensagem da Agência Europeia do Ambiente relativa à importância da gestão sustentável dos espaços florestais para cumprir o papel decisivo que as florestas desempenham no desenvolvimento global e no combate às alterações climáticas. Urge que as instâncias governamentais e a Sociedade Civil reconheçam e valorizem as florestas e os produtos florestais como importantes sumidouros de carbono. Nesta matéria, sublinho o Programa do Governo que inscreveu a valorização dos serviços silvo-ambientais prestados pelos espaços florestais (por ex., biodiversidade, conservação do solo e da água, sequestro de carbono) como uma linha de actuação num espectro mais amplo da intervenção para a mitigação das principais ameaças ambientais da actualidade - as alterações climáticas e a perda de biodiversidade. É por tudo isso que o mundo (e Portugal) precisa de uma floresta mais verde, mais saudável e mais sustentável! Miguel Galante Eng.º Florestal
Vítor Gomes é o novo presidente do Conselho de Administração
Crédito Agrícola do Vale do Dão aposta no crescimento com solidez Toaram posse os novos órgão sociais da Caixa de Crédito Agrícola do Vale do Dão (CCAVD), sedeada em Mangualde e com agencias em Satão e Penalva do Castelo. Vítor Gomes é o novo presidente do Conselho de Administração, - ocupava o segundo lugar na hierarquia, - garantiu que a referência da instituição nos próximos anos passa por “crescer com solidez financeira, desenvolver o negócio e ganhar cota de mercado”. Para o novo presidente da CCAVD, o futuro “é um desafio”, mas para isso será necessário “muito trabalho, dedicação, competência, rigor, investimento tecnológico e resiliência”. Vítor Gomes lembrou os sacríficos feitos para que hoje a CCAVD seja uma “instituição credível e capaz de ir ao encontro dos clientes e associados com qualidade e eficiência”. O novo presidente garantiu ainda que a CCAVD “vai manter fiel ao seu passado, mas olhando o futuro, empenhada na fixação das populações, bem como no desenvolvimento dos concelhos da região em que se insere”. Vítor Gomes é acompanhado no Conselho de Administração por João Coelho, Alfredo Poças, José Luis dos Santos e José Marques. José Moniz presidente à Assembleia Geral e Acácio Pinto, anterior presidente deste órgão transita para o Conselho Fiscal.
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Resultados conhecidos a 2 de Julho
Beira Interior promove IX Concurso de Vinhos A Comissão Vitivinícola da Região da Beira Interior (CVRBI), o NERGA – Associação Empresarial da Região da Guarda e a Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB) vão promover na Guarda, a 17 e 18 de Junho, o IX Concurso de Vinhos da Beira Interior, iniciativa que visa promover a qualidade dos vinhos desta região. Ao Concurso, que ano após ano tem granjeado um apreciável prestígio, irão concorrer 78 vinhos, entre vinhos tranquilos ou espumantes, tintos, brancos ou rosados, classificados como DOC Beira Interior ou como Vinho Regional Terras da Beira, de 26 produtores. Os vinhos admitidos no referido concurso serão avaliados em prova cega por um júri, composto por enólogos, escanções, membros da hotelaria e restau-
ração, críticos de vinhos, membros das câmaras de provadores outras comissões vitivinícolas; contando ainda este ano com dois provadores vindos de Espanha. O júri do Concurso será presidido pelo crítico de vinhos Aníbal Coutinho, a quem caberá coordenar a prova. Este evento tem vindo ano após ano a dar maior visibilidade aos vinhos da Beira Interior, tendo as vendas e exportações da região vindo a aumentar gradualmente ano após ano. No final, aos vinhos premiados serão atribuídas as medalhas de Ouro, Prata e ainda a Grande Medalha de Ouro, para o melhor Vinho da Beira Interior. Os resultados do serão conhecidos no dia 02 de Julho, durante um jantar de Gala a decorrer no Castelo do Sabugal.
Breves III Festival de Carnes Portuguesas Certificadas DOP
Numa iniciativa da Feira Internacional de Artesanato de Lisboa (FIA), vai decorrer na FIL, em Lisboa, de 25 de Junho a 3 de Julho, a Semana da Gastronomia Tradicional, evento que abrange todos os aspectos culturais a ela associados. No mesmo espaço haverá uma oferta de produtos genuínos distinguidos de cada região, produtos de mercearia tradicional, vinhos e outras bebidas, produtos gourmet elaborados artesanalmente segundo a cultura de cada região e doçaria de produção própria. Pelo terceiro ano consecutivo, irão estar em destaque as melhores carnes das Raças Portuguesas certificadas (DOP) confeccionadas por restaurantes de cozinha tradicional portuguesa em representação de todas as regiões do país. Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa
Realiza-se no próximo dia 24 de Junho, no Mercado de Gado de Malhadas, na al-
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deia de Malhadas, Miranda do Douro, a partir das 10 horas, o Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa. Este é um evento que pretende divulgar esta raça de prestígio do concelho mirandês e estimular a orientação dos criadores na produção de animais de Raça Bovina Mirandesa por contribuírem para a valorização e aproveitamento de recursos forrageiros de regiões desfavorecidas, bem como para obtenção de carne excelente. Para além do concurso, este ano estão programadas, paras as 16 horas, lutas de touros de Raça Mirandesa. VIII Festival Hípico de Idanha-a-Nova
O VIII Festival Hípico de Idanha-a-Nova, concurso de saltos de obstáculos que já é uma referência na modalidade, vai disputar-se no próximo dia 19 de Junho, domingo, na Zebreira, a partir das 14 horas. Está prevista a participação de dezenas de cavaleiros oriundos de todo o país. Em disputa vão estar cinco provas de obstáculos, que vão desde a Prova de Escolas (altura máxima de 0,30 metros) à Prova
Grande (altura máxima de 1,10 metros). A competição atribui 1500 euros em prémios pecuniários (500 euros na Prova Média e 1000 na Prova Grande), numa organização da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e da União de Freguesias de Zebreira e Segura. Penha Garcia recebe II Congresso das Medicinas Tradicionais
Penha Garcia, no concelho de Idanha-a-Nova, vai ser palco do II Congresso das Medicinas Tradicionais, nos dias 18 e 19 de Junho, com um cartaz que reúne as temáticas das forças da natureza, das energias e dos medos ancestrais. Os visitantes serão ainda surpreendidos com muita animação e a recriação de rituais ancestrais, com destaque para a noite de sábado. São dois dias que vão colocar Penha Garcia no centro das medicinas tradicionais, num evento que alia saúde, ciência e tradição, organizado pelo Município de Idanha-a-Nova, Junta de Freguesia de Penha Garcia e Rancho Folclórico de Penha Garcia, entre outras entidades.
No dia 25 de Junho, em Alfândega da Fé
Clube de Monteiros do Norte promove jantar de entrega de prémios O Clube de Monteiros do Norte (CMN) vai entregar, no próximo dia 25 de Junho, os Prémios CMN 2016 no Hotel & Spa em Alfândega da Fé, pelas 19 horas. Ciente da importância do sector cinegético para o país, e em especial para a região de Trás-os-Montes e Alto Douro, o CMN pretende com a atribuição destes prémios distinguir anualmente um Monteiro pelo seu comportamento ético, postura e actividade na defesa e promoção da caça maior e conservação da vida selvagem. Serão atribuídos prémios como uma Zona de Caça, pela qualidade da sua gestão cinegética da caça maior reflectida na relação de número de postos de caça/ quantidade/qualidade dos seus efectivos populacionais e troféus cobrados.
Uma Matilha de Caça Maior pela bravura, empenho e dedicação no montear, assim como pela apresentação e trato do matilheiro e zelo no tratamento dos seus cães. Para além dos prémios Monteiro do Ano, Mancha do Ano e Matilha do Ano eleitos por votação dos sócios, o CMN instituiu recentemente um novo prémio, designado “Mérito CMN” da responsabilidade da direcção, que será atribuído pela primeira vez este ano, destinado a distinguir uma personalidade ou entidade pelo seu relevante contributo para a promoção e desenvolvimento da caça, da caça maior em particular e da conservação da vida selvagem. Além da cerimónia de entrega dos prémios, o jantar anual do CMN tem vindo a afirmar-se como um dos momentos
altos da actividade social do Clube envolvendo cada vez mais os associados e respectivas famílias. Pela primeira vez, o CMN no âmbito deste jantar abraça uma causa humanitária, apoiando a HELPO, uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento, sem fins lucrativos, que leva a cabo programas de apoio continuados, projectos de assistência, ajuda humanitária, desenvolvimento comunitário, educação para o desenvolvimento e desenvolvimento humano em múltiplos países, nomeadamente Moçambique. No âmbito desta iniciativa solidária o Clube organizou uma campanha de recolha de donativos para serem entregues à HELPO no decorrer do jantar.
Ano XII | N.º 272 | Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) | jla.viseu@gmail.com | 968044320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda | Redacção: Luís Pacheco | Opinião: Miguel Galante Departamento Comercial: Coordenação Filipe Figueiredo Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada | Administração José Luís Araújo | Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | Tel. 232 411 299 | E-mail: novelgrafica2@gmail.com | Rua Cap. Salomão 121, 3510-106 Viseu Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares | Versão Impressa: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
FICHA TÉCNICA
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Em Viseu, de 5 de Agosto e 11 de Setembro
Feira de S. Mateus apostada em recuperar tradições
Recordar tradições de outros tempos é o mote para a 624.ª edição da Feira de S. Mateus, que vai decorrer em Viseu de 5 de Agosto a 11 de Setembro. A organização do evento está apostada em manter o cariz popular da mais antiga Feira Franca activa da Península Ibérica, que espera atrair mais de um milhão de visitantes. Serão trinta e oito dias de feira, com mais de uma centena de eventos, 32 concertos e 40 iniciativas de animação. Estarão presentes 260 expositores, “20% dos quais novos, especialmente de Viseu”, adiantou a Viseu Marca, entidade que assegura a organização do evento. Recuperar “tradições há muito perdidas”, como o concurso dos vestidos de chita, a lendária caixinha de furos dos chocolates Regina e um dia dedicado às enguias da Murtosa são algumas das novidades desta edição, bem como a nova praça de Viriato dedicada aos vinhos do Dão, gastronomia e doçaria de Viseu, 37
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com destaque para os Viriatos. Novidade será também a estreia do espectáculo de teatro de rua “Viver Viriato”, que ocorrerá no dia de abertura, numa grande produção cénica do Trigo Limpo teatro ACERT. Visitas a Viseu para mostrar “o lado B de uma cidade com história, mitos e lendas” e um balão de ar quente para experiências de voo, são outras novidades da edição deste ano. Com uma “nova oferta de animação e apresentando o melhor cartaz de sempre”, o certame espera, segundo o presidente da Câmara de Viseu, “mais de um milhão de visitantes”. “Piscamos o olho a todos os públicos, a famílias e a jovens, a visitantes e a turistas”, afirmou Almeida Henriques, na apresentação da Feira de S. Mateus. O autarca referiu que foram “alcançadas as camadas mais profundas da requalificação da Feira de São Mateus”, realçando o facto de se ter conseguido “reactivar o baú da memória autêntica da feira,
ao mesmo tempo que inovamos na sua oferta, programação e imagem, introduzindo modernidade e surpresa”. João Cotta, presidente da Viseu Marca, assegurou que este ano a Feira “deverá ser a mais sustentável de sempre”, facto reafirmado por Almeida Henriques, garantindo que “a Feira de São Mateus é hoje auto-sustentável, sem prejuízos ou défices”. Para o autarca “é também um investimento atractivo e compensador para grandes marcas nacionais e regionais. Temos e somos a maior feira popular histórica do país”. Quanto a espectáculos há música para todos os gostos. Entre outros, passarão pelo palco da feira Mariza, The Gift, Rui Veloso, Carlão, GNR, David Carreira, Dengaz, AGIR, DAMA, C4 Pedro, Ana Malhoa, Diogo Piçarra, Amor Electro, Jorge Palma & Sérgio Godinho e Camané. O viseense Moullinex inaugurará o placo da Feira, que todas as quintas-feiras irá receber bandas locais.
A 29 de Junho e de 1 a 3 de Julho
Penedono promove desfile etnográfico de S. Pedro e Feira Medieval O Município de Penedono vai promover dois eventos que atraem àquele concelho milhares de visitantes. Assim, a 29 de Junho, feriado municipal, promove o Desfile Etnográfico de S. Pedro que pretende mostrar que Penedono é uma terra com história alicerçada em tradições que se vão perpetuando ao longo dos séculos e detentor de um património etnográfico único. Este evento que conta com a participação e envolvência de todas as associações, colectividades e juntas de freguesia do concelho. Por sua vez, de 1 a 3 de Julho, tem lugar a Feira Medieval de Penedono que acontece no maravilhoso centro históri-
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co desta vila. Por estes dias, e graças a uma recriação histórica fidedigna, Penedono embarca numa aventura medieval, pelas ruas ouvem-se os pregões dos almocreves, a música dos bobos, os gritos dos guerreiros e os clamores da justiça medieval. Nos três dias, Penedono recua no tempo e exibe, para todos aqueles que nos visitam e apreciam a história, o orgulho que aqui prevalece desde os tenros tempos da nacionalidade. O encantador cenário histórico que a vila proporciona, a activa participação das gentes locais, a animação sempre diversificada e constante são motivos que vêm contribuindo para o sucesso alcançado.
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