Director: José Luís Araújo
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N.º 273
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1 de Julho de 2016
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Preço 2,00 Euros
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VIII Feira da Caça, Pesca e Lazer em Ponte de Lima
Ao gosto do
Verão
23 dias de festa em Águeda
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Samarrinho e Donzelinho
Sumário
24 Festas do São João são “o aguçar dos sentidos para a Vindouro”
26 Vinhais vistoria souto para atacar vespa que ameaça produção de castanha
04 Idanha-a-Nova prepara XII Festival da Melancia 05 Ponte de Lima recebe VIII Feira da Caça, Pesca e Lazer 06 AgitÁgueda oferece 23 dias de intensa programação 07 Parque Verde é o palco do “Penacova Natura”z 09 Feira Medieval de Penedono “é um desafio muito
27 Feira Nacional do Mirtilo recebeu milhares de visitantes 28 Confraria recuperou tradição dos Encontros Avícolas na Casa Africana
30 Território de Malcata e Alto Côa qu er ser primeiro destino ciclável do país
interessante”
31 Produtores de leite portugueses vão exportar para a
Maranho na Sertã
32 Ministro do Ambiente apadrinhou apresentação da
10 Anselmo Ralph é cabeça de cartaz no Festival do 12 Sever do Vouga prepara FicaVouga 2016 14 Confraria dos Vinhos Transmontanos promoveu “motivações vínicas”
Colômbia
estratégia ambiental em Nelas
33 Portugal em risco de ter deserto em 20 anos sem combate à desertificação
Mêda Capital Ibérica das Matilhas de Caça Maior 15 Quinta do Gago vai lançar novos vinhos brancos e tintos 34 35 Coordenador da ADD apela aos agricultores para se 16 Tondela Brancos pretende afirmar os néctares do candidatarem às Medidas do PDR 2020 concelho 37 Campia recebe I Mostra Gastronómica do Peixe do Rio 18 UDACA lançou quatro vinhos para este Verão Ginja de Óbidos e Alcobaça integra lista de produtos 20 Academia promove X Concurso “Melhor Vinha da Região 38 protegidos por Bruxelas dos Vinhos Verdes”
22 Vinilourenço vai lançar novos vinhos das castas
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Nas Festas do Concelho 2016
Jorge Palma é cabeça de cartaz de “Oliveira de Frades
Capital do Frango do Campo”
Nos dias 23 e 24 de Julho, no Ladoeiro
Idanha-a-Nova prepara XII Festival da Melancia
Oliveira de Frades vai ser a “Capital do Frango do Campo Festas do Concelho 2016”, que vão decorrer de 13 a 17 de Junho, num evento promovido pelo Município local. Na apresentação do evento, o vereador Paulo Antunes enalteceu a importância da parceria com a empresa Campoaves que permite engrandecer, ainda, mais este evento. Do programa, dos cinco dias de Festa, destaque para a realização do Festival do Frango do Campo – Campoaves, para a presença do Programa da RTP “Aqui Portugal” e para Jorge Palma, cabeça de cartaz do evento. Referência também para a presença de Vasco Palmeirim & Nuno Markl e o DJ Fernando Alvim. A par disso, decorrerão, também, diversas actividades culturais, recreativas e desportivas, sendo que pela primeira vez irá realizar-se a primeira Mostra de Aves Exóticas e a primeira Corrida e Caminhada denominada “Festival do Frango do Campo”.
O XII Festival da Melancia do Ladoeiro, no concelho de Idanha-a-Nova está de volta nos dias 23 e 24 de Julho. O fim-de-semana mais refrescante deste verão apresenta muita animação, música popular, concursos temáticos e iguarias de fazer crescer água na boca. O papel de “rainha” do Festival está entregue à irresistível Melancia do Ladoeiro, a mais doce, fresca e saborosa. O cartaz musical também é de luxo, com os cantores populares José Alberto Reis e Luizinho de Portugal e uma grande noite de fados com Ruca e Mara Pedro. Será um festival a não perder, organizado pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e a Junta de Freguesia do Ladoeiro. O evento insere-se na estratégia do Provere Beira Baixa e é co-financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Centro 2020, e pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
De 30 de Julho a 7 de Agosto
Vila de Rei promove a XXVII Feira de Enchidos, Queijo e Mel O Parque de Feiras de Vila de Rei vai receber, de 30 de Julho a 7 de Agosto, uma nova edição da Feira de Enchidos, Queijo e Mel (FEQM). Organizado pelo Município de Vila de Rei, o certame celebra este ano a sua vigésima sétima edição, divulgando as actividades económicas do concelho e apresentando os mais variados produtos artesanais. O programa da XXVII edição do evento vai voltar a contar com a já tradicional Feira do Livro, exposições, tasquinhas, animação de rua, jogos tradicionais, programa desportivo e a realização da 27ª Colheita de Sangue de Vila de Rei. A animação musical vai ser uma constante durante a Feira, com os 4
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palcos do Parque de Feiras de Vila de Rei a receber novamente diversos artistas de diferentes estilos musicais. O palco principal ficará assim destinado a Mia Rose, OLE – Orquestra Ligeira do Exército, Leo & Leandro, ÁTOA, Tiago Bettencourt e Mikkel Solnado. Para o placo 2 encontram-se já confirmadas diversas presenças, com especial destaque as actuações de grupos do concelho nomeadamente o Grupo de Concertinas da Casa do Benfica de Vila de Rei e a Villa d’el Rei Tuna. A XXVII FEQM vai contar novamente com a inclusão do palco 3, destinado às actuações de DJs após os concertos no palco principal.
De 15 a 17 de Julho
Ponte de Lima recebe VIII Feira da Caça, Pesca e Lazer A VIII Feira de Caça, Pesca e Lazer, inserida no projecto Ponte de Lima ConVida, decorrerá na Expolima entre os dias 15 e 17 de Julho. Este evento resulta de uma parceria entre a Câmara de Ponte de Lima e a Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima, a qual visa divulgar e potenciar todas as actividades ligadas ao sector da Caça, Pesca e Lazer. O Troféu de Santo Humberto de Ponte de Lima é uma das actividades incluídas na programação da Feira de Caça, Pesca e Lazer, que conta já com sete edições bem-sucedidas. Inseridos no programa da Feira, e dignos de tal, estão inseridos diversos concursos, nomeadamente o Concurso de Mel de Ponte de Lima e do Alto Minho, o Concurso Canino de Beleza
e o Concurso de Beldades Caninas. No decorrer deste evento poder-se-ão apreciar outras actividades como o desfile de Carros Clássicos; um passeio de BTT; demonstrações de Aves, de Pesca, de Cães de Parar, de Disc Dogs e de demonstrações de Obediência; e demonstrações de Ordem Pública, Busca e Salvamento, realizada pela Polícia de Segurança Pública (PSP). Paralelamente decorrerá no recinto da Feira, desportos de aventura, nomeadamente, tiro ao alvo, air bungee, paredes de escalada. Ponte de Lima dispõe de uma vasto conjunto de recursos para caça e pesca, que aliados ao lazer constituem um forte alvo de investimento e de procura. Assim, há inúmeras empresas e associações que se dedicam a estas activida-
des e temáticas e que assim promovem o desenvolvimento do concelho. Deste modo, pela dinâmica envolvida na Feira da Caça, Pesca e Lazer, as empresas e associações dos vários sectores dão mote ao evento, designadamente, Caça, Pesca, Apicultura, Desporto e Lazer, visando a divulgação e promoção dos produtos e serviços disponíveis e dos recursos naturais de excelência que o concelho dispõe. David Fonseca, com o mais recente álbum “Futuro Eu”, é o cabeça de cartaz do concerto agendado para o sábado, 15 de Julho, às 22 horas. Com entrada livre e parque de estacionamento gratuito, a VIII edição da Feira de Caça, Pesca e Lazer de Ponte de Lima promete superar as expectativas.
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De 2 a 24 de Julho, em Águeda
AgitÁgueda oferece 23 dias de intensa programação Águeda está em festa de 2 a 24 de Julho com mais uma edição do AgitÁgueda, evento que oferece 23 dias de intensa programação e que é já considerado uma marca no cartaz cultural do Município e da Região. Além dos nomes consagrados e da presença de vários DJ´s, a missão do festival assenta também na promoção de novos projectos musicais através da realização do “Talentos AgitÁgueda”, concurso que pretende promover a participação de novos projectos artísticos nacionais. Instalada no Largo 1º de Maio, a tenda gigante decorada com os famosos chapéus-de-chuva coloridos é um dos factores de interesse a quem visita o AgitÁgueda. Contudo o evento conta igualmente com um conjunto de iniciativas sociais, culturais, artísticas e desportivas de excelência a pensar em todas as idades. O recinto irá receber as tradicionais tasquinhas, dinamizadas por instituições concelhias, e que mostrarão o melhor da gastronomia do concelho. A novidade nos Espectáculos de Rua passa pela concepção de uma ópera partindo de uma residência com artistas convidados, para trabalhar com os habitantes da cidade de Águeda. Durante 10 dias, artistas de vários países vão permanecer em Águeda e este momento de residência/workshop resultará em várias performances ambulatórias onde serão criadas formas artísticas pelo corpo, voz e poesia. Esta experiência culminará com o espectáculo “Grande Ópera Pública”. Os visitantes podem ainda desfrutar dos encontros de Homem-Estátua e Fanfarras, a fonte Manneken’s Piss, Concertos Íntimos, o Circo por Miúdos, os espetáculos “Lullaby” e “O Homem que perdeu os Botões”, o Carnaval Fora d’ Horas e o Co-
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lour Day, entre tantas outras iniciativas. A instalação artística “The Umbrella Sky“, que atrai muitos curiosos e turistas à cidade, regressará para dar cor às ruas de Águeda com os milhares de chapéus-de-chuva coloridos. Este conjunto volta a ficar completo com outro projecto de arte urbana em que bancos de jardim, as escadarias, entre outros espaços, ganham apontamentos com desenhos e variações cromáticas apelativas. O AgitÁgueda mantém a aposta na Área AgitaKids, onde disponibilizará um conjunto de actividades, atracções, jogos e brincadeiras para os mais novos. Pelo palco principal do evento vão passar António Zambujo (dia 2); Sérgio Godinho & Orquestra Filarmónica 12 de Abril (dia 3); Dealema (dia 6); Gene Loves Jezebel (dia 8); Cock Robin (dia 9); André Sardet & Banda Nova de Fermentelos (dia 10); Ana Moura (dia 15); We Trust e Capitão Fausto (dia 16); Átoa (dia 20); Inner Circle (dia 22); The Black Mamba e HMB (dia 23) e Emir Kusturica (dia 24).
AgitÁgueda: Acessível e Inclusivo A autarquia de Águeda tem vindo a implementar progressivamente melhorias ao acesso dos cidadãos com mobilidade reduzida, entre elas a implementação de rampas, uma área próxima do palco para os concertos, WC adaptados, estacionamento reservado a carros com dístico de mobilidade reduzida, entre outros espaços que serão preparados para este público. Nesta edição o objectivo passa por diminuir as barreiras comunicacionais, para tal o vídeo de apresentação do programa encontra-se com tradução em Língua Gestual Portuguesa.
De 14 a 17 de Julho
Parque Verde é o palco do “Penacova Natura” Ao longo de todo o mês de Julho Penacova está em festa, a Comemoração dos 150 Anos do Nascimento de António José de Almeida. O dia 17 de Julho – Feriado Municipal – dá o mote, para inúmeros eventos de carácter cultural e desportivo, com particular destaque para o “Penacova Natura – Festas do Município 2016”, evento que terá por palco o Parque Verde de Penacova, entre 14 e 17 de Julho. Ruizinho de Penacova, David Carreira, Deolinda e Ana Malhoa são os cabeças de cartaz.
Praia Fluvial do Reconquinho com Bandeira Azul A Praia Fluvial do Reconquinho é uma das exclusivas 22 praias fluviais portuguesas, galardoadas em 2016, com a Bandeira Azul, atribuição justificada não apenas pela excelente qualidade da água para a prática balnear, mas também pela belíssima envolvência natural e pela qualidade das infraestruturas que oferece aos banhistas. Situada na margem esquerda do Mondego, em frente da Vila de Penacova na área em que o rio serpenteia o vale, a Praia está envolta numa paisagem natural verdejante e proporciona uma excelente vista sobre a Vila, de onde se pode deslocar a pé, descendo a colina. Antes de descer até à Praia, os visitantes podem apreciar a deslumbrante paisagem que pode apreciar a partir da Pérgola Raúl Lino, no centro de Penacova ou do Mirante Emydgio da Silva. Nestas autênticas varandas para o Vale do Mondego, e para o areal da praia, podendo admirar uma vista magnífica que tão depressa não esquecerá. A Praia Fluvial do Reconquinho, galardoada pela primeira vez em 2013 com a Bandeira Azul, dispõe de bar, apoios de praia, fluvioteca e animação garantida ao longo de toda a época balnear, nomeadamente atividades desportivas e de educação ambiental dirigidas a todos os públicos. Na sua proximidade, o rio oferece uma pista de pesca de grande qualidade, onde é possível encontrar, entre outras espécies, trutas, bogas, barbos ou enguias. Nas encostas quartzíticas que formam as margens pode observar-se a flora e fauna autóctones, onde pontuam o loureiro e o azevinho, as gralhas pretas, os gaios, os melros e os piscos de peito ruivo. Para quem procura atividades mais radicais, estas são o local ideal para a prática de Escalada, Rappel ou Slide. É também na Praia Fluvial do Reconquinho que se localiza o Centro de Trail e BTT de Penacova, aposta do município, no ano de lançamento da marca “Penacova Natura”, visto que o potencial do concelho no que respeita à prática do desporto de aventura em comunhão com a natureza é enorme e, assim
sendo, as condições para a prática de diversas modalidades, divulgando um dos “principais recursos endógenos” de Penacova - a Natureza. Os fãs daquelas modalidades podem, no território do concelho, disfrutar de cerca de 80 quilómetros de trilhos de natureza, disponíveis igualmente para caminhadas, que permitem dar a conhecer um património natural e cultural de rara beleza, onde se destacam a imponência do Mosteiro de Lorvão, os moinhos de vento e azenhas, os fornos de cal e o Museu do Moinho Vitorino Nemésio, que aliados à riqueza e diversidade gastronómica e à excelência da doçaria conventual, fazem de Penacova e da Praia Fluvial do Reconquinho, uma experiência inesquecível.
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Diz o presidente da Câmara de Penedono
A Feira Medieval “é um desafio muito interessante” Penedono recebe no primeiro fim-de-semana de Julho mais uma edição da Feira Medieval, evento que já granjeou fama pela qualidade que apresenta. Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara local, sublinha a importância da Feira para um concelho que aposta num evento que atrai milhares de pessoas. Carlos Esteves refere a aposta no mercado espanhol como potenciadora de atractividade de visitantes, salientando que “é um desafio muito interessante” olhar “o centro histórico da Vila naquele fim-de-semana e comparar com o seguinte aquilo que esta terra mostra a quem nos visita”. Gazeta Rural (GR): Como é fazer regressar Penedono de 2016 à idade média? Carlos Esteves (CE): É sempre uma acção muito desafiante trabalhar nesse sentido. Temos características muito próprias que nos fazem viajar no tempo até ao passado, pelo que é tudo uma questão de planeamento de modo a enriquecer as características já existentes e especificidades que possuímos, dando-lhes mais incremento e aumentando a sua qualidade. Não deixa, contudo, de ser um desafio muito interessante, no dia da Feira, olhar o centro histórico da
Vila e comparar com o fim-de-semana seguinte aquilo que esta terra mostra a quem nos visita. Esta transformação torna-se todos os anos num enorme desafio. Temos, contudo, que ter alguma cautela com esta realização pelo patamar que a mesma já atingiu. Subir custa muito, pois dá trabalho, ponderação e reflexão, mas cair é muito fácil. Um dos grandes propósitos que temos é não deixar cair o patamar de qualidade que este evento já conseguiu atingir. GR: Há alguns anos falou da aposta neste evento, pretendendo com ele levar Penedono mais longe e atrair gente. A Feira já atingiu esse propósito? CE: Não há um modo de aferirmos o número de pessoas que nos visitam, até pelas características da Vila, que tem várias entradas, além de que a Feira é aberta, sem cobrança de entradas. O que sabemos, e vemos, é que milhares de pessoas vêm a Penedono na altura da Feira e que, de ano para ano, têm aumentado. Há pormenores que nos levam a constar isso, porque, por exemplo, somos previamente contactados por grupos organizados que planeiam uma visita nesta altura e que nos procuram no sentido de darmos algumas explicações ou mesmo no acompanhamento de uma vista pela feira ou pela Vila. Apercebemo-nos também no número de autocarros que estacionam durante o fim-de-semana em Penedono, o que nos dá uma ideia da evolução, o que não acontecia no passado. As pessoas organizam-se para vir a esta iniciativa. Começamos a sentir o mercado espanhol, nomeadamente da Galiza, que já é evidente na Feira. Neste sentido,
este ano fizemos uma aposta naquele mercado, nomeadamente na região de Castela e Leão, com a nossa participação na Feira Ibérica de Turismo, na Guarda. Estamos a cerca de uma centena de quilómetros de Vilar Formoso, que pode ser uma porta de entrada para o nosso território e para esta realização. É um evento que seduz muito este mercado, como acontece já com grupos de Cidade Rodrigo, e acreditamos que este ano vamos ter mais gente vinda do outro lado da fronteira. GR: Olhando para o que acontece na gastronomia, com a recuperação do ‘gosto’ de outros tempos, esta Feira é também um modo de recuperar aqueles sabores? CE: Na gastronomia local não temos um prato típico, específico, que caracterize este território. Temos a castanha, que era a base da alimentação de outros tempos, mas estamos fora da época. Temos alguma doçaria tradicional, como o biscoito da castanha, que é comercializado na Feira, e a marrã, que é um prato típico da região. A gastronomia presente na Feira, para além dos sabores do passado que nos trazem ao presente, não tem um prato que nos marque, como acontece noutras regiões. Temos uma alimentação beirã, com as suas características muito próprias. GR: Mas não deixa de ser um atractivo? CE: Claro que sim. Quem expõe na Feira mostra o que de melhor tem o concelho, com os produtos regionais, como o fumeiro, o queijo e a doçaria. É uma forma das pessoas mostraram aquilo que confeccionam e também os produtos que a terra lhes dá. www.gazetarural.com
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Realiza-se de 23 a 31 de Julho
Sever do Vouga prepara FicaVouga 2016 Sever do Vouga prepara mais uma edição da FicaVouga 2016, que se realiza de 23 a 31 de Julho. O Município local, que promove o evento, vai assim proporcionar mais um evento cultural de impacto regional, onde continua a agregar com igual distinção, as áreas económicas do concelho e da região, o artesanato e a gastronomia local. Sever do Vouga vai, deste modo, poder acolher um naipe de artistas nacionais de renome da música pop, rock, blues e folk, à música tradicional portuguesa, que farão os gostos de todas as faixas etárias. Cabeças de cartaz como Ana Moura, Agir, Minhotos Marotos, Frankie Chaves, The Black Mamba, Deolinda, We Trust, David Fonseca e Diabo na Cruz são os artistas de primeira linha de música de maior popularidade. Os D`Alva, Salto, Celina da Piedade, Nuno Prata, Throes + The Shine e Moullinex, entre outros, encontram-se numa segunda linha, considerada música mais emergente mas igualmente de grande 12
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qualidade artística, no seu conjunto, traduzem a ampla oferta musical e cultural que este ano o cartaz do FicaVouga traz a Sever do Vouga para todos os que visitem o concelho. Vocacionado para fomentar a cultura musical, mas também a partilha de experiências e boas práticas entre os vários serviços e sectores da actividade económica lá representados, o evento conta igualmente com uma nova actividade de âmbito cultural e de formação comportamental “ Deixa a Tua Marca”, dinamizada pela AMH, empresa start up, sedeada no VougaPark. Mas o cartaz também comporta os talentos locais, contando com a presença das Bandas de garagem local, com os Ranchos Folclóricos e Bandas Filarmónicas, as associações e colectividades locais, convertendo-se num evento de referência do cartaz cultural de âmbito regional, que cada vez mais se distingue pela qualidade e diversidade das ofertas. É também um evento que promove e
agrega as actividades desportivas mais representativas do concelho, como é o tradicional Trilho dos Mouros, XVI Circuito Nacional de Montanha, a Gincana de Bicicletas, no seu 2º ano de realização e várias actividades de natureza e aventura, asseguradas pelas empresas de animação, desporto e aventura, destinados a todos quantos queiram desfrutar das maravilhas da natureza deste concelho. As actividades infanto-juvenis no Espaço Criança são igualmente garantidas ao longo da semana para todas as famílias com filhos, que queiram desfrutar em pleno e sem restrições deste espaço multicultural do FicaVouga. E porque se trata de um evento transversal, a boa gastronomia marca presença através do XII Festival Gastronómico “ Comeres de Se Ver“ o qual conta com a presença de alguns restaurantes do concelho, bem como os bares locais que, no seu conjunto, irão proporcionar um ambiente de festa e de convívio entre os severenses e os seus visitantes.
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Desta vez em Vidago
Confraria dos Vinhos Transmontanos promoveu “motivações vínicas” O advogado Ricardo Sá Fernandes e o Chef Rui Paula, responsável pelo repasto, foram duas das muitas figuras ilustres que marcaram presença no jantar temático promovido pela Confraria dos Vinhos Transmontanos sob o mote “motivações vínicas” de Trás-os-Montes. Na ocasião, o Grão-Mestre da Confraria agradeceu a adesão dos participantes no evento realizado no Hotel Vidago Palace, num fim-de-semana
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com inúmeras actividades na região. Telmo Moreira pegou no mote do encontro para referir que “hoje movem-nos motivações vínicas transmontanas, elas existem e estão a surgir cada vez com mais intensidade, diria mesmo com fervor”, numa alusão aos vinhos da região, que têm vindo a ganhar cada vez mais notoriedade no mercado nacional e internacional. Porém, o Grão-Mestre da Confraria lembrou que “ainda há um
grande caminho a percorrer e este é um passo nessa direcção, um caminho que a Confraria tem feito”, desde há sete anos, pois “é para isso que existimos e é para isso que trabalhamos”. De referir que o próximo evento da Confraria dos Vinhos Transmontanos está marcado para o início de Outubro, numa iniciativa a ter lugar em Londres, onde estarão também presentes outros produtos da região.
Fernando Faria, produtor em Sonim, no concelho de Valpaços, iniciou-se no mundo do vinho em 2006 com dois hectares de vinha velha. Hoje tem 16 seus, mais nove em parceria com o Daniel Perez, um amigo do lado de lá da fronteira e irmão do renomado enólogo espanhol Raul Perez. Entretanto, criou a empresa Quinta do Gago, Sociedade Vitivinícola, Lda, e hoje os seus vinhos mostram o grande potencial que a região de Valpaços tem para a produção de néctares de elevada qualidade. Casal Faria é hoje uma marca prestigiada, com os monocastas Touriga Nacional a ganharem prémios em concursos nacionais e internacionais. À Gazeta Rural, o produtor de Sonim adiantou que vai lançar quatro novos vinhos, dois bancos e dois tintos, estes um pouco mais tarde. Fernando Faria destaca o branco e o rosé que chegarão ao mercado entre Julho e Agosto, nos quais deposita grandes esperanças. Gazeta Rural (GR): Para quem há 10 anos tinha dois hectares de vinha e hoje já vai em 16 foi um longo caminho e muito trabalho? Fernando Faria (FF): Sim, comecei em 2006 com dois hectares de vinha velha e, daí para cá, foi um longo caminho. Hoje tenho 16 hectares de vinha, mais nove em parceria com o Daniel Perez, um amigo espanhol, que plantou na região uma vinha em 2008. Em 2011 comprámos um terreno, onde plantámos vinha, a que se seguiram outros, que hoje totalizam nove hectares. O objectivo deste projecto é chegar aos 40 hectares de vinha dentro de três a quatro anos. GR: Isso significa alteração de toda a estrutura que tem agora? FF: Sim, mas vamos ter que mudar. A estrutura que temos hoje é a mesma com que, praticamente, começámos, mas vamos ter que reestruturar e pensar na construção de uma adega nova. Nesta altura tenho capacidade para cerca de 50 mil litros, mas dentro de poucos anos será insuficiente para a dimensão que pensamos alcançar. GR: Mantem a aposta em lagares de pedra e a pisa a pé. Essa é uma marca diferenciadora?
Fernando Faria é produtor em Sonim, no concelho de Valpaços
Quinta do Gago vai lançar novos vinhos brancos e tintos FF: Acredito que sim. É evidente que dá muito mais trabalho e, provavelmente, as pessoas não lhe dão o devido valor, mas os vinhos são diferentes. O método tradicional é, na minha perspectiva, fundamental e vou mantê-lo, bem como as vinhas antigas que tenho. GR: Dedica-se a tempo inteiro à vinha e trabalha 15 a 16 horas por dia. Sente o reconhecimento do seu trabalho? FF: Até ao momento não. Para além das dificuldades encontrar mão-de-obra, também não temos possibilidade de pagar muitas eiras, pelo que temos que fazer nós o trabalho. Neste momento este trabalho ainda não é reconhecido, mas acredito que isso vai acontecer. O mercado do vinho está muito competitivo e não é fácil. É necessário muito trabalho fora da adega. Sei trabalhar no campo, mas as vendas são o mais importante numa empresa e é onde tenho mais dificuldades. Ou hei-de andar a trabalhar na vinha ou a vender, mas prefiro o trabalho no campo. GR: Uma medalha “Grande Ouro” é uma parte dessa recompensa? FF: Naturalmente que é. Obtivemos uma medalha “Grande Ouro”, a única a nível nacional, com um Touriga Nacional 2012. Recentemente recebemos mais
duas medalhas de ouro, uma no Concurso Internacional “Tempranillos al Mundo” e outra no Wine Challenge, em Bordéus. Estas três medalhas são muito importantes para nós e são parte da recompensa. É muito gratificante, pois dá-nos vontade e incentivo para continuar a trabalhar, no sentido de melhorarmos ainda mais os nossos vinhos. Porém, isto não chega, mas tudo o resto virá com o tempo. GR: Vai lançar novos vinhos em breve? FF: Vamos lançar dois vinhos, que deverão estar no mercado entre Julho e Agosto. Um branco de 2012, com barrica pouco marcada, das castas Códega de Larinho (805) e Verdelho (20%). É um vinho complexo para apreciadores. O Rosé, da casta Bastardo Russo, com 10 dias de lagar e pisa a pé, será lançado na mesma altura. É um vinho sem açúcares, diferente do que se encontra no mercado, e que, acredito, vai ser bem recebido pelos consumidores. Temos também para sair, em breve, dois vinhos tintos. GR: E os Tourigas que tem nas barricas? FF: Vamos ver como evoluem e são para engarrafar daqui a dois ou três anos. Neste momento ainda temos algumas centenas de garrafas do Touriga Nacional de 2012. www.gazetarural.com
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Iniciativa teve o ano 0
“Tondela Brancos” pretende afirmar os néctares do concelho O Mercado Velho de Tondela e espaço envolvente foi o palco da edição 0 do “Tondela Brancos”, evento que pretende promover e divulgar os vinhos brancos produtos no concelho que outrora eram uma referência na região. O evento, que teve o apoio técnico do enólogo Carlos Silva, contou com a presença de 11 produtores locais que mostraram o que de melhor se produz em Tondela em matéria de vinhos brancos. Na ocasião, o presidente da Câmara de Tondela justificou a aposta porque “os vinhos brancos são um produto de
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grande qualidade na região”, pois aqueles “eram sempre uma referência quando se falava de Tondela”. José António Jesus lembrou que há algumas décadas, devido à crise que assolou o sector, levou a que “perdessem alguma importância”. Porém, “nos últimos anos, a aposta no sector permitiu que tenhamos novamente no mais elevado patamar estes vinhos de eleição”, salientou o autarca. José António Jesus referiu que “se temos este produto de eleição e de elevada qualidade, falta-nos dar dimensão comercial e empresarial e,
acima de tudo, a projecção para que assumam no contexto nacional a importância que devemos alargar a esta região”. Para o edil, “num momento em que os produtos endógenos, aquilo que é a identidade da nossa região, devem estar valorizados, é por esta razão que designámos esta experiência pelo ano 0, em que todos somos chamados a estruturar um produto e uma organização que desejamos, com o tempo, possa ser a abertura de uma época e de um processo de afirmação destes produtos”.
No âmbito do Certame Tondela Brancos
Caves Martinho Alves presente no “Tondela Brancos” A Caves Martinho Alves, herdeira da antiga Adega de Tondela, foi um dos produtores presentes no evento “Tondela Brancos”, mostrando alguns dos seus néctares. O evento serviu de mote a um almoço “familiar”, que juntou membros da administração, liderada
por Martinho Alves, mas também de colaboradores e amigos. O repasto serviu para estreitar os laços de amizade que unem os convivas, mas foi também aproveitado para Manuel Loureiro, amigo de longa data de Martinho Alves, homenagear
a administradora das Caves, Amarilis Costa. As Caves Martinho Alves estão numa fase de aposta no mercado nacional, mas também internacional. A presença no “Tondela Brancos” mostrou a qualidade dos seus vinhos brancos.
“Tondela Brancos”
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Adro da Sé é a marca do primeiro Encruzado
UDACA lançou quatro vinhos para este Verão A União das Adegas Cooperativas do Dão (UDACA) lançou quatro vinhos de Verão, entre os quais o primeiro Encruzado da União, com o rótulo Adro da Sé. Foram também dados a conhecer os novos Irreverente Branco e Rosé, de 2015, bem como o Dom Divino Branco de 2015. Adro da Sé é uma referência do portefólio da UDACA com grande prestígio nos vinhos tintos, tendo agora um ‘concorrente’ branco, numa aposta na casta nobre do Dão. O director comercial da UDACA justificou este lançamento com o facto de “o mercado pedir vinhos de gama média alta”. Neste âmbito, “já tínhamos o Adro da Sé Tinto e sentimos que era importante ter um branco nessa gama e daí o lançamento do Adro da Sé Branco, feito com a casta Encruzado”, referiu Bruno Cardoso, lembrando que o Adro da Sé Tinto “é um Reserva que tem sido uma excelente aceitação nos consumidores, devida à relação qualidade/ preço para um vinho desta gama”.
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Já o enólogo da UDACA adiantou que o novo Adro da Sé Branco foi “um desafio” para mostrar o melhor da casta, ainda por cima associado a uma marca de vinhos mais destacados em termos de notoriedade. Carlos Silva referiu que “o desafio foi fazer um lote de vários vinhos e encontrar aquele que melhor expressa a casta, o que nos obrigou a perceber melhor o que é o Encruzado”. Para o enólogo, o que “nos disse o desafio, e o mercado, é que o melhor Encruzado é aquele que tem notas a tília, a cidreira e a lima. Estes são os aspectos mais específicos da casta e que, muitas vezes, as pessoas não conseguem definir. Foi isso que conseguimos encontrar neste vinho”. Carlos Silva acrescentou que o mesmo teve “um estágio curto em madeira, para lhe dar mais complexidade”. Sobre os restantes nectares, o enólogo da UDACA explicou que o branco Dom Divino “é um blend, feito com as
castas nobres do Dão e que mostra mais a fruta. Assim, tem mais impacto junto da juventude, com aromas muito florais, com destaque para os citrinos. É um vinho convidativo de Verão, muito fácil de beber e de harmonizar”. Já o Irreverente Branco, “pela imagem que foi criada, tem uma acidez mais redonda e teve um estágio curto em madeira tornando-se um vinho mais fácil de beber, com boa capacidade de harmonização com vários pratos. Este vinho apresenta o lado mais redondo do Dão”, salientou. Sobre o Irreverente Rosé “é uma mistura de castas, nomeadamente Touriga Nacional e Tinta Roriz. É um Rosé muito frutado, com as notas jovens da Touriga e da Tinta Roriz e muito agradável”. Em resumo, “apresentámos quatro ofertas de vinhos de Verão, muito fáceis de beber, quer para acompanhar pratos diversos, quer para convívio”, referiu Carlos Silva.
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Entre Junho e Setembro
Academia promove X Concurso “Melhor Vinha da Região dos Vinhos Verdes” A Academia do Vinho Verde promove, entre Junho e Setembro, o X Concurso “Melhor Vinha da Região dos Vinhos Verdes”, iniciativa que tem como objectivo premiar as explorações vitícolas que apresentem uma gestão técnica adequada ao longo do ciclo vegetativo da videira, para além de promover as boas práticas de viticultura na Região da Denominação de Origem (DO) Vinho Verde e Indicação Geográfica Minho (IG). Com 22 explorações admitidas a concurso, a Academia do Vinho Verde reuniu um júri composto por especialistas em viticultura em representação da Estação Vitivinícola Amândio Galhano (EVAG), da Academia do Vinho Verde, da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), da Syngenta Crop Protection e da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima (ESA - IPVC).
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As primeiras visitas do júri às explorações decorrem durante os meses de Junho e Julho e as segundas visitas às explorações apuradas para a fase final serão agendadas nos meses de Agosto e Setembro. As melhores vinhas serão premiadas com medalha de Ouro ou Prata ou de Bronze, consoante a pontuação obtida, podendo também ser atribuídos prémios especiais ao “Melhor Viticultor” e “A Vinha e o Ambiente”. Para a Academia do Vinho Verde “esta iniciativa procura criar um espírito inovador, jovem, empresarial e dinâmico, que fomente também a competitividade entre os agentes económicos da Região, de forma a que as nossas vinhas sejam uma referência, colocando os produtores de Vinhos Verdes entre os melhores exemplos de boas práticas no sector”, refere José Luís Reis.
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Vinilourenรงo vai lanรงar novos vinhos das castas Samarrinho e Donzelinho 22
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Gazeta Rural (GR): Tem sido um ano excelente para os vossos vinhos, que este ano já conquistaram nove medalhas de ouro? Jorge Lourenço JL): Sim, já recebemos, para além de várias medalhadas de prata e de bronze, 12 de ouro, com destaque para os Concursos Mundiais de Lion e Bruxelas, da Viniportugal, ou no “Premios Mezquita”, em Córdoba, onde obtivemos quatro medalhas de ouro. GR: Para chegar a este patamar há muito trabalho. O que mais destacaria? JL: Para além do trabalho, há consistência naquilo que fazemos. Tentamos sempre aperfeiçoar ao máximo os nossos vinhos, perceber as nossas lacunas e corrigi-las e, por fim, aproveitar a boa matéria-prima que temos e não a estragar.
A Vinilourenço tem tido um ano de 2015 em cheio, com os seus vinhos a serem premiados em diversos concursos. Destaque para as medalhas de ouro conquistadas nos Concursos Mundiais de Lion e Bruxelas, no concurso na Viniportugal e no Concurso “Premios Mezquita”, em Córdoba, onde conquistou quatro medalhas de ouro. Estes galardões são o reflexo do trabalho que a empresa sedeada na Meda tem feito ao longo dos últimos 10 anos, não só em vinhos de qualidade, mas especialmente na aposta nas castas autóctones. Neste sentido, segundo adiantou Jorge Lourenço à Gazeta Rural, serão lançados este ano dois novos vinhos brancos, das castas Samarrinho e Donzelinho, fruto das experiências que a empresa tem feito, mas numa aposta firma na diferenciação, como referiu o produtor da Meda.
GR: Tem apostado muito em vinhas antigas. Esse é o segredo? JL: Esse é, também, um dos nossos objectivos, mas não são só esses vinhos que se destacam. Dentro da nossa vasta gama, temos alguns vinhos feitos a partir de uvas de vinhas velhas. Essas vinhas têm potencial, mas normalmente têm pouca produção, mas dão uvas em óptimo estado e produzidas de uma forma fantástica. Isso é muito bom, mas a produção é fraca e essas vinhas dão pouca rentabilidade. Por isso, o que fazemos é aproveitar esse facto e fazer vinhos de alta gama, vendendo-os bem. A questão é que as vinhas velhas na região são cada vez menos, pois tem havido muita reestruturação das vinhas. Relativamente às castas mais antigas do Douro, também fazemos algum trabalho para a sua recuperação. Fizemos algumas descobertas com castas que já quase não se usam. Começámos a fazer isso há 10 anos, com o Viosinho. Quando lançámos o primeiro, em 2005, praticamente era uma casta que pouco havia no Douro, sendo hoje uma das mais plantas, a par do Rabigato. GR: Ao longo dos anos têm apostado bastante nos monovarietais? JL: Sim. Aliás, este ano vamos lançar dois novos vinhos brancos, em vinhas que plantámos em 2012, com as castas Samarrinho e Donzelinho, que despertaram o nosso interesse. Do primeiro tenho conhecimento de que há outro produtor que já lançou um vinho, en-
quanto do segundo penso que não há nenhum. GR: Que expectativa tem para esses dois vinhos? JL: Sim, temos boas perspectivas. São castas que me despertam essencialmente diferença, especialmente o Samarrinho, que é um vinho diferente daquilo a que estamos habituados. Não é um vinho muito consensual, mas tem uma boca fantástica e com uma excelente capacidade de evolução. O Donzelinho é um vinho mais fácil. Tem excelentes aromas, com boa intensidade aromática, aliada a uma acidez equilibrada e com a presença de fruta na boca. É um vinho que entra dentro do perfil normal do consumidor, diria mais comercial que o Samarrinho. “Quando conseguimos atingir os clientes que apreciam este tipo de produtos temos o prémio dessa diferenciação” GR: A diferenciação é um factor essencial num mercado cada vez mais global e competitivo? JL: Claro que a diferenciação é importante. É o que nos faz tornar mais visíveis, diria, de uma forma mais consistente. Isto é, se eu quiser vender muito vou pelo caminho mais fácil e faço os vinhos da moda. Este é um caminho fácil, mas não será de futuro. Este passará pela diferenciação, fazendo coisas que poucos fazem. Quando conseguimos atingir os clientes que apreciam este tipo de produtos temos o prémio dessa diferenciação. GR: Lembro-me de termos falado há cerca de uma década, quando estava a iniciar-se neste mundo do vinho. O que mais destacaria neste percurso? JL: Acima de tudo a nossa persistência no trabalho, na aposta nas nossas castas autóctones e trabalharmos muito naquilo que é nosso. Não fomos nas modas, nem pelo caminho mais fácil, e, aliado a tudo isto, penso que aproveitámos o potencial que a enologia nos trás, com os vários tipos de vinificação, bem como experiências diversos, como estágios, barricas, entre outras. É um caminho que temos percorrido, que nos faz perceber qual devemos seguir. www.gazetarural.com
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Referiu o autarca de São João da Pesqueira
As festas do São João são “o aguçar dos sentidos para a Vindouro” 24
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acham que são os melhores, mas é o júri quem decide, composto por um elemento de cada marcha, pois pensamos que está a forma mais correcta. Deste modo, a autarquia distancia-se do processo, pois consideramos que é maneira mais justa.
São João da Pesqueira, no Coração do Douro Vinhateiro, viveu no final do mês de Junho as Festas de São João, com 20 marchas a participarem num desfile protagonizado pelas associações e juntas de Freguesia do concelho. E se o prémio para a melhor marcha era tentador, as festividades foram o lançamento para um evento maior, a Vindouro, que chega no primeiro fim-de-semana de Setembro. Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara de São João da Pesqueira considerou os festejos como “o aguçar dos sentidos para a Vindouro”, referindo o certame terá algumas alterações em relação à edição de 2015, nomeadamente com a concentração dos produtores no piso 0 do Museu do Vinho, bem como uma surpresa para os produtores que participarem na lagarada, uma actividade que o ano passado teve um a grande adesão. Gazeta Rural (GR): Que balanço faz das Festas de S. João? José Fontão Tulha (JFT): Esta actividade do São João é o aguçar dos sentidos para a Vindouro. É uma festa mais virada para os nossos munícipes, porque a Câmara vai lançando o desafio às associações e juntas de Freguesia para participarem nas marchas de São João. Temos conseguido e este ano tivemos 20 Marchas, o que trás as pessoas ocupadas e alegres à espera da noite de São João para ver quem ganha o prémio da Melhor Marcha. Felizmente que todos
GR: Disse que as Festas são “o aguçar dos sentidos para a Vindouro”, certame que chega daqui a dois meses? JFT: Sim, está marcada para o primeiro fim-de-semana de Setembro. O ano passado alterámos os moldes da Vindouro, uma vez que agora já temos um espaço digno para os produtores terem todas as condições para expor os seus vinhos, que é o Museu do Vinho. O ano passado dividimos os produtores pelos vários pisos, e as pessoas gostaram, mas este ano vamos apostar noutra fórmula, que é concentrar os produtores no piso 0, sem terem as pessoas que percorrer todos os pisos do edifício. Vamos manter a lagarada, que o ano passado foi um sucesso, pois as pessoas participaram. Vamos fazer esse desafio aos produtores que terão este ano uma surpresa. Para além disso, teremos a Festa Pombalina em torno do evento, com actividades de rua, que é mais para promover o turismo e a gastronomia local, para além de toda a vivência que o Marquês de Pombal deixou na região do Douro. GR: A Vindouro assume-se hoje como o grande evento da região do Douro, quer em termos turísticos e nacionais, em torno do vinho? JFT: Sim, claramente. A Vindouro, quer a parte mais ligada ao vinho ou a época mais ligada ao Marquês de Pombal, é uma marca de referência que já trás muita gente, que aproveita esse fim-de-semana para visitar o concelho e a região, sabendo que aqui encontra vinhos excepcionais, para além da nossa gastronomia. Para além disso, e sinto-me lisonjeado com isso, há o saber receber das nossas gentes, que é também uma mais-valia para que o turismo se desenvolva cada vez mais. GR: Para além do vinho, o azeite tem aparecido na Vindouro como um outro produto marcante da região? JFT: Vivemos numa região de excepção para a produção de vinhos. Contudo,
não nos podemos esquecer que o azeite é de excelente qualidade. É que hoje, a grande maioria dos produtores/engarrafadores já tem uma boa quantidade de olival e aproveitam este evento e o bom vinho que apresentam aos visitantes para mostrarem e promoverem o azeite que produzem. Não há uma grande produção na região, mas é de excelente qualidade. Para além disso, no nosso concelho temos as principais culturas da região. O vinho predomina, mas temos também o azeite, a amêndoa, a cereja, a maçã são culturas em franco desenvolvimento. GR: A amêndoa foi um sector que num determinado momento esteve em queda, mas que tem ressurgido na região? JFT: Quando se começou com a reconversão das vinhas, na década de 80 do século passado, as pessoas apostaram forte na produção de vinho, ou não estivéssemos no Coração do Douro Vinhateiro, um território de excelência. Nessa altura arrancaram-se muitos olivais e amendoais, porque eram culturas dispersas sem mecanização e que, por isso, não eram rentáveis. A seguir vieram as importações de amêndoa, nomeadamente da Califórnia, que esmagaram os preços em Portugal. Hoje vemos novas plantações de olival e amendoal, pois o mercado também descobriu a qualidade da amêndoa produzia nesta região e começou a ser mais bem paga. GR: Como está a produção de vinho este ano? JFT: É um ano atípico, com muitas doenças, com os produtores a terem grandes dificuldades para manterem as suas produções. A nascença foi bastante boa, mas o tempo incerto que tivemos obrigou os produtores a trabalhos redobrados. Naturalmente que ainda é cedo para sabermos que produção teremos, mas penso que não vai ser um ano de grande qualidade. Contudo, mas a região tem já excelentes enólogos e técnicos que conseguem equilibrar os vinhos, de forma a aumentar a sua qualidade. Neste campo há que salientar o papel da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, que tem feito um trabalho excepcional na formação desses técnicos, que estão a mudar a região e a qualidade dos seus vinhos. www.gazetarural.com
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Plano executado numa parceria entre a Câmara, Arborea e juntas de freguesia.
Vinhais vistoria soutos para atacar vespa que ameaça produção de castanha Os soutos do concelho de Vinhais, um dos maiores produtores de castanha, vão ser passados a “pente fino” para combater a vespa das galhas do castanheiro, a praga que mais preocupa actualmente os produtores. Segundo o presidente da Câmara de Vinhais, o plano será executado pelo segundo ano consecutivo numa parceria entre a Câmara, a Associação Florestal Arborea e as juntas de freguesia. “Durante mais de dois meses tudo é passado a ‘pente fino’ de forma a garantir que nenhum insecto venha a colocar os ovos noutras árvores”, segundo Américo Pereira, que realça que “neste momento é a praga que mais preocupa os produtores de castanha de Vinhais”. O plano incide, sobretudo nas árvores mais novas e novas plantações, por se ter constatado que a praga “ataca principalmente os soutos mais novos provenientes de árvores importadas e cuja validade sanitária é duvidosa”. À semelhança do que aconteceu no ano passado, o programa estratégico de combate a esta praga “consiste numa vistoria ao terreno, árvore a árvore, em que a Câmara Municipal colabora com meios financeiros, a Arborea com os meios humanos/técnicos e as juntas de freguesia coordenam e acompanham todos os trabalhos no terreno”. “O plano de combate a vespa da galha do castanheiro delineado e executado pela Câmara, Arborea e Juntas de Freguesia está a dar excelentes resultados e a situação, para já, não é preocupante, pois encontra-se controlada”, garantiu o autarca. A Câmara de Vinhais “lamenta que não exista um controlo mais apertado das árvores provenientes do estrangeiro e que se destinam a ser plantadas em Portugal” e apela à Direcção Regional de Agricultura e às demais entidades envolvidas, que no próximo ano levem esta realidade mais a sério e que trabalhem na prevenção. A Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes, que tem no seu território os maiores produtores portugueses de castanha, os concelhos de Bragança e Vinhais, já tinha feito pe26
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dido idêntico, inclusive que seja o Ministério da Agricultura a suportar os custos do controlo e prevenção. Na operação de combate a esta praga realizada no ano passado foram detectadas 600 galhas infectadas em oito freguesias do concelho de Vinhais, a maioria das quais tinham sido importadas. As galhas dos castanheiros infestadas são cortadas e queimadas, antes do insecto sair dos ovos, para evitar a propagação.
A imagem de marca de Vinhais é o fumeiro, mas “a castanha assume, em termos económicos, uma dimensão muito maior, movimentando 25 milhões de euros por ano”, segundo as entidades locais. A chamada Terra Fria Transmontana, no norte de Portugal, concentra 90 por cento das cerca de 40 mil toneladas da produção nacional de castanha, sendo Vinhais o maior produtor com cerca de 15 mil toneladas.
AGIM já prepara a edição de 2017
Feira Nacional do Mirtilo recebeu milhares de visitantes Terminou a edição 2016 e a AGIM já prepara a Feira Nacional do Mirtilo de 2017. O sucesso alcançado traduziu-se na passagem de milhares de visitantes durante os quatro dias do certame que decorreu em Sever do Vouga e reuniu uma centena de expositores. Na inauguração da Feira esteve o Secretário de Estado da Agricultura, Luis Vieira, que ouviu o presidente da Câmara de Sever do Vouga apelar ao Governo “para olhar mais para as zonas de minifúndio” existentes na região Centro e Norte do País. Em resposta ao autarca, Luis Vieira referiu que o Governo “vai implementar medidas de discriminação positiva para os pequenos agricultores”. O Secretário de Estado da Agricultura adiantou ainda que o Governo vai manter aposta na fileira dos pequenos frutos. Luís Vieira exortou os produtores de mir-
tilo a apostar na modernização das suas explorações, referindo que “o Governo está a trabalhar no sentido de continuar a apostar nesta agricultura e na fileira dos pequenos frutos”.
Mercado nacional já absorve 15 a 20% da produção de mirtilos de Sever do Vouga O mercado nacional já absorve entre 15 e 20% dos mirtilos produzidos em Sever do Vouga, fruto que era há poucos anos praticamente desconhecido dos portugueses, revelou hoje fonte do sector. “Se há uns anos atrás a totalidade de mirtilo produzido em Sever do Vouga era para exportação, a tendência dos últimos anos indica que o mercado nacional tem vindo a absorver, ainda que
lentamente, alguma produção do mirtilo de Sever do Vouga. Estima-se que actualmente o mercado interno já adquira entre 15 a 20% do fruto produzido no concelho”, refere a AGIM. A perspectiva é de crescimento nos próximos anos, já que 18 jovens agricultores a quem foram atribuídos 30 hectares de terrenos pela Bolsa de Terras de Sever do Vouga “estão em fase de instalação e alguns já instalados no terreno”. A visita aos terrenos desses novos produtores, acompanhada por um técnico agrícola foi uma das novidades da edição deste ano da Feira Nacional do Mirtilo. Além da deslocação aos novos pomares de mirtilos, a visita técnica incluiu ainda a observação dos primeiros pomares de mirtilos instalados em Portugal, com cerca de 25 anos, permitindo a avaliar a evolução do cultivo do pequeno fruto.
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Era à quarta-feira ao almoço que empresários, técnicos e vendedores de produtos para a avicultura se reuniam na Casa Africana (hoje Hotel Urveira), em Oliveira de Frades. O convívio, as questões em torno do sector e o negócio eram os temas centrais de um encontro, que, com as mudança verificadas na avicultura da região, que se foi perdendo no tempo. Recuperar as memórias desse tempo foi o que levou a Confraria Gastronómica do Frango do Campo, sedeada em Oliveira de Frades, a promover o Grande Encontro Avícola de Lafões que voltou a juntar gente do sector, alguns dos primórdios da avicultura na região. João Moitas, Grão-Mestre da Confraria, afirmou à Gazeta Rural, os propósitos da iniciativa, que pretendeu “reunir a família avícola e fazer e relatar um pouco da história”. Gazeta Rural (GR): Esta era uma tradição que pretenderam recuperar com este evento? João Moitas (JM): Exactamente. Este não é o primeiro Encontro Avícola em Oliveira de Frades, mas já há alguns não se faz. A Confraria do Frango do Campo, além de outras actividades de cariz gastronómico, tem também esta vertente cultural e neste caso pretendemos reunir a família avícola e relatar um pouco da história. Actualmente ainda há muita gente que iniciou a Avicultura Intensiva nesta região, e já lá vão cerca de 50 anos, e era bom recolhermos relatos de pessoas que viveram os primórdios deste sector na região de Lafões. Este foi o propósito deste evento. GR: A Casa Africana era o ponto de encontro semanal? JM: Sim. Era um lugar muito especial para a avicultura, pois era aí que as pessoas se reuniam todas as quartas-feiras, desde os comerciais, os empresários e os técnicos. Para além do convívio, faziam-se negócios, como a venda de produtos. Era muito interessante, pois a referência avícola em Oliveira de Frades 28
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Na Casa Africana, em Oliveira de Frades
Confraria Gastronómica do Frango do Campo recuperou tradição do Encontro Avícola
e na região era a Casa Africana. GR: Esta iniciativa pretendeu reviver esse tempo? JM: Sim. Tivemos no Museu de Oliveira de Frades uma tertúlia sobre o que foi a avicultura, num encontro que culminou na Casa Africana com um almoço que teve como ingredientes principais o Frango do Campo e o nosso ex-libris gastronómico, que é a Vitela de Lafões. GR: Como olha hoje para o sector nos últimos 50 anos? JM: Houve grandes mudanças, algumas radicais. A avicultura acompanhou aquilo que se passa por todo o sector económico nacional. As empresas foram-se aglutinando e hoje o sector está
na mão de dois grandes grupos avícolas nacionais. GR: A pequena avicultura não tem viabilidade? JM: Não. Unidades com menos de 50 a 60 mil aves já não são rentáveis, tampouco viáveis economicamente. GR: O que representa o sector para o concelho de Oliveira de Frades? JM: Continua a representar muito economicamente. As pequenas empresas ou colapsaram ou agruparam-se, mas a quantidade de aves que se produzem no concelho e na região aumentou, o que tem um peso económico bastante grande.
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Projecto abrange os municípios de Almeida, Sabugal e Penamacor
Território de Malcata e Alto Côa quer ser primeiro destino ciclável do país O território Malcata e Alto Côa, que abrange os municípios de Almeida, Sabugal e Penamacor, nos distritos de Guarda e Castelo Branco, pretende ser o “primeiro destino ciclável do país”. Os municípios promotores referem que pretendem, “a curto prazo, implementar uma rede estruturada de infraestruturas de apoio à promoção da mobilidade suave, enquanto ferramenta preferencial para a visitação e contemplação dos patrimónios naturais”. O projecto surge “tirando partido da ampla rede de estradas secundárias” existente no território, sendo que algumas, pelas suas características, “são, per si, um potencial motivo de atractividade”. Os denominados Circuitos de Mobilidade Suave e Inclusiva “complementa30
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rão e aproveitarão a oferta de turismo de natureza já existente (percursos pedestres, centros de BTT e Grandes Rotas Pedestres), dando resposta a uma procura crescente na utilização das duas rodas, quer itinerante quer de lazer centrado num ponto de alojamento”, lê-se na nota. As autarquias de Almeida, Sabugal e Penamacor referem ainda que o projecto, que assenta no conceito “Bicicleta para Todos”, é “mais um passo importante rumo à especialização do território e à ambição de o transformar num importante destino turístico a nível nacional e internacional”. O plano tem enquadramento em acções previstas na candidatura daquele território à Carta Europeia de Turismo Sustentável no âmbito do aviso de con-
curso “Património Natural” lançado pelo Programa Operacional Regional do Centro, no domínio Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, é indicado. O processo de candidatura à Carta Europeia de Turismo Sustentável está em curso e envolve as Câmaras do Sabugal, Penamacor e Almeida e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, entre outras entidades locais e regionais. A candidatura, liderada pela autarquia do Sabugal, presidida por António Robalo, integra o território constituído pelos três municípios, que abrange a Reserva Natural da Serra da Malcata, o Sítio de Interesse Comunitário da Malcata e a Zona de Protecção Especial Serra da Malcata (Rede Natura 2000).
Até ao dia 11 de Julho, com penalização de 1,0% por cada dia útil
Governo prolonga prazo para pedidos de ajuda à agricultura O Governo voltou a prolongar o prazo para os pedidos de ajuda à actividade agrícola, podendo ser apresentadas candidaturas até ao dia 11 de Julho, mediante o pagamento de uma penalização de 1,0% por cada dia útil. Até domingo foram apresentadas, no Continente, 168.599 candidaturas no âmbito do Pedido Único e 120.678 candidaturas à medida Manutenção da Actividade Agrícola, segundo dados fornecidos pelo ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural. Na Região da Madeira foram recebidas
11.170 candidaturas, mais 10.964 à medida Manutenção da Actividade Agrícola. A apresentação tardia do pedido de ajuda, no âmbito do Regime de Pagamento Único, é acrescida de 3% por cada dia útil no caso do pedido de atribuição de direitos à reserva para pagamento RPB (Regime de Pagamento Base). Os pedidos de pagamento dos Prémios à Manutenção e dos Prémios por Perda de Rendimento no âmbito da Medida da Florestação das Terras Agrícolas - RURIS, bem como os Projectos de Arborização, também podem ser
submetidos até ao dia 11 de Julho, sem penalizações. O Regime de Pagamento Único (RPU) é um regime de apoio aos agricultores, que tem por princípio básico o desligamento total ou parcial da produção e que substitui total ou parcialmente os apoios directos anteriormente concedidos ao abrigo de vários regimes, nomeadamente ajuda às culturas arvenses, arroz, leguminosas para grão, forragens secas, lúpulo, extensificação, bovinos machos, abate de bovinos adultos, ovinos e caprinos, etc.
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Num investimento de 4,3 milhões de euros
Ministro do Ambiente apadrinhou apresentação da estratégia ambiental do concelho de Nelas Foi lançada a primeira pedra da construção da nova ETAR de Nelas, o maior investimento municipal já alguma vez realizado no concelho, num projecto co-financiado por Fundos do Portugal 2020 e Fundo de Coesão, financiamento garantido no novo quadro comunitário de apoio (PO SEUR - Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos) que orça 4,3 milhões de euros. A cerimónia contou com a presença do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e do presidente da Câmara de Nelas, José Borges da Silva. Durante a cerimónia, o autarca de Nelas apresentou também a Estratégia Ambiental do Concelho para os próximos 10 anos, relativamente à cobertura integral e manutenção de uma rede de ETAR’S em todas as freguesias, novo sistema de abastecimento de água (com a construção de um depósito de 4000 m² e implementação de programa de gestão informática) e aproveitamento dos rios Dão e Mondego. Numa referência ao historial industrial da região, Borges da Silva frisou ainda o papel que o concelho de Nelas 32
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tem desempenhado na implementação de uma vasta e forte cultura industrial, resultando na criação de empregos e infra-estruturas que têm criado melhores condições de habitabilidade para todos os munícipes. Com esta obra, a Câmara de Nelas responde positivamente ao Compromisso Ambiental assumido no início do mandato do actual executivo, resolvendo questões ambientais prementes e proporcionando uma situação ambientalmente sustentável. Aliada esta obra, o Concelho de Nelas dá, assim, mais um passo em frente para crescer enquanto núcleo de investimento de novas empresas e, potenciando o turismo e economia local. O Ministro do Ambiente frisou a importância deste projecto, uma vez que o trabalho desenvolvido para o tratamento de águas e de saneamento tem sido notório nos benefícios para o bem-estar das populações e do ambiente. João Pedro Matos Fernandes reiterou ainda que é indispensável gerir com rigor a rede de águas pluviais e na necessidade de unir esforços para levar a bom porto a construção de
infra-estruturas que valorizem o meio ambiente. Numa alusão às preocupações ambientais que assolam hoje o planeta, o Ministro referiu ainda a necessidade de mudar comportamentos, valorizar as regiões e tomar medidas de políticas de proximidade territoriais, do qual a Câmara Municipal de Nelas é um excelente exemplo. De destacar que a nova ETAR de Nelas terá capacidade para tratar, nos próximos 20 anos, todos os esgotos domésticos da vila e freguesia (constituída por Nelas, Algerás e Folhadal) e os oriundos das empresas instaladas na Zona Industrial de Nelas, a norte, e na Zona Industrial do Chão do Pisco, a poente, com pré tratamento. Será construída na envolvente da actual ETAR II de Nelas, tratando assim uma população equivalente a 14.600 pessoas, sendo que os efluentes provenientes das zonas industriais são um equivalente a 8.000 domésticos. A construção, quer da ETAR, quer das estações elevatórias que a vão servir, vai acontecer durante os próximos 10 meses, prevendo-se a entrada de funcionamento em Abril de 2017.
Alertou Miguel Freitas, professor da Universidade do Algarve
Portugal em risco de ter deserto em 20 anos sem combate à desertificação O professor da Universidade do Algarve (UALG) Miguel Freitas alertou que, “sem um combate cerrado” à desertificação, Portugal poderá ter espaços totalmente desertificados já nos próximos 20 anos. “Este fenómeno está a acelerar e é para esta geração, que vai perceber o que é ter um deserto em Portugal”, referiu Miguel Freitas no encerramento das comemorações do Dia Mundial de Combate à Desertificação, que se comemorou em Olhão. Na intervenção que fez sobre o Plano de Desenvolvimento Rural 2020 e as suas aplicações no combate à desertificação no Algarve, Miguel Freitas referiu que, actualmente, existem nesta área 392 candidaturas na ordem dos 50 milhões de euros, mas teme que não venham a ser todas aprovadas. “Existem 50 milhões de euros de candidaturas e no passado só foram financiados 10 milhões. Portanto, não vejo como vai passar de 10 para 50”, observou o docente, lamentando que, apesar
do aumento da sensibilização para esta matéria a desertificação ainda não é um tema de intervenção prioritária nacional. Durante a sua intervenção, aquele professor da Universidade do Algarve propôs a criação de um fundo solidário regional para o combate à desertificação onde a sociedade civil possa participar a par do sector turístico, dos municípios, organizações não governamentais, empresas multinacionais e do sector agroalimentar, entre outras. Plantar árvores, recuperar hectares de sobreiro ou projectos inovadores de combate à desertificação são algumas das iniciativas que este fundo poderia apoiar. Entre as vantagens deste fundo estaria o envolvimento de toda a população, rural e urbana, nesta causa, defendeu Miguel Freitas. O nordeste algarvio é um dos pontos de Portugal que vive uma fase acelerada de desertificação, local que Miguel Freitas entende dever funcionar como “laboratório” de trabalho de recuperação de solos, combate à desertificação e ao
despovoamento. O perímetro de rega do sotavento algarvio também mereceu a atenção de Miguel Freitas, que considerou vital garantir que os solos hoje utilizados para a agricultura intensiva não se degradem, sob pena de se juntarem aos terrenos em risco de desertificação do concelho de Alcoutim. As comemorações do Dia Mundial de Combate à Desertificação terminaram na sede do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Algarve, em Olhão, com o anúncio da atribuição dos galardões “Campeões das Zonas Áridas em Portugal 2016”. A Agência de Desenvolvimento da Gardunha 21, as autarquias de Coruche e Mação, a Associação In Loco, o Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária, a Universidade de Aveiro e a associação Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento Africano (VIDA) foram os galardoados deste ano, com base em projectos que têm desenvolvido para o combate da desertificação.
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Cerimónia decorreu em Alfândega da Fé
Casa cheia na entrega dos prémios do Clube de Monteiros do Norte
O Clube de Monteiros do Norte (CMN) entregou os prémios CMN 2016, numa cerimónia que decorreu em Alfândega da Fé. A adesão foi grande, com a presença de mais de 200 pessoas, entre associados, familiares, e ainda mais de 20 entidades do sector, na cerimónia mais importante do CMN. O clube pretende com a atribuição destes prémios distinguir anualmente um Monteiro pelo seu comportamento ético, pos-
tura e actividade na defesa e promoção da caça maior e conservação da vida selvagem. Uma Zona de Caça, pela qualidade da sua gestão cinegética da caça maior reflectida na relação de número de postos de caça/quantidade/qualidade dos seus efectivos populacionais e troféus cobrados. Uma Matilha de Caça Maior pela bravura, empenho e dedicação no montear, assim como pela apresentação e trato do matilheiro e zelo no tratamento dos seus cães. Para além dos prémios Monteiro do Ano, Mancha do Ano e Matilha do Ano eleitos por votação dos sócios, o CMN instituiu recentemente um novo prémio, designado “Mérito CMN” da responsabilidade da direcção, que foi atribuído pela primeira vez este ano, destinado a distinguir uma personalidade ou entidade pelo seu relevante contributo para a promoção e desenvolvimento da caça, da caça maior em particular e da conservação da vida selvagem. O prémio Mérito CMN foi entregue a Rogério Rodrigues, ex-director do departamento de Conservação da Natureza e Floresta do Norte (ICNF) e actual adjunto do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, que se mostrou surpreendido com a distinção. O Monteiro do Ano eleito foi Ivo Lemos, que considerou esta distinção um motivo de vaidade. A Mancha do Ano é a de Fornos e Lagoaça em Freixo de Espada à Cinta, enquanto o prémio Matilha do Ano foi entregue à Matilha Flor do Monte, de João Rodrigues, que ficou muito satisfeito com a distinção.
Slogan apresentado pelo Município local
Mêda é “Capital Ibérica das Matilhas de Caça Maior” O município de Mêda em parceria com a Associação Portuguesa de Matilhas de Caça Maior (APMCM) apresentou o slogan “Mêda Capital Ibérica das Matilhas de Caça Maior”. O documento protocolar da cerimónia foi ainda assinado por mais 10 entidades portuguesas e espanholas do sector. Entre elas o Clube de Monteiros do Norte (CMN). Para o presidente do CMN, Nelson Cadavez, esta iniciativa “é fundamental para reforçar a cooperação luso espanhola em torno da caça maior em particular, desde logo na promoção da Montaria, processo de caça único no mundo e exclusivo da península ibérica, onde as matilhas assumem um papel muito importante. Este acto é o corolário de um processo de trabalho conjunto envolvendo várias organizações do sector da caça de Portugal e de Espanha, onde o CMN está envolvido e empenhado na sua afirmação e sucesso”. Presente na cerimónia esteve o Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, que deixou o compromisso de modernizar o sector cinegético e avançou que no dia 13 de Julho no II Conselho Nacional de Caça vão ser ouvidas todas as entidades ligadas à activi34
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dade para que se consiga encontrar consensos para avançar com os trabalhos e proceder à legislação. “Desde que se iniciou o processo de ordenamento da caça em Portugal, as organizações foram fazendo o seu trabalho. A sociedade mudou, no ano de 2000 havia 240 mil caçadores e hoje há quase metade, o que também é preocupante, e mudou também as necessidades dos processos de ordenamento do sector e é nisso que vamos trabalhar”, refere o governante, acrescentado que o estudo económico da caça e outros assuntos também estarão em cima da mesa para serem consolidados. De recordar que o Clube de Monteiros do Norte e a Associação de Florestal de Trás-os-Montes entregaram à tutela um documento de propostas de melhoramento do sector cinegético que assenta numa visão estratégica moderna de gestão e exploração sustentável deste recurso natural renovável em harmonia com a conservação da vida selvagem e da salvaguarda da biodiversidade. Propostas a que o governante Amândio Torres se mostrou sensível e com vontade de trabalhar.
Apesar das verbas serem poucas
Coordenador da ADD apela aos agricultores para se candidatarem às Medidas do PDR 2020
A Associação de Desenvolvimento do Dão (ADD) tem vindo a promover diversas sessões de esclarecimento no sentido de sensibilizar e esclarecer os agricultores sobre as candidaturas ao PDR2020. O Coordenador da ADD, à Gazeta Rural, diz as verbas são poucas para a região, pelo que apela à participação dos agricultores. Emanuel Ribeiro diz que “há um erro na distribuição das verbas a Norte e a Sul”, lamentando o Norte, e no caso a área de actuação da ADD, seja descriminado. Gazeta Rural (GR): Que balanço faz destas acções? Emanuel Ribeiro (ER): No arranque das duas primeiras medidas, pequenos investimentos na agricultura e transformação e comercialização, iniciámos com um ciclo de sessões de esclarecimento nos concelhos da área de intervenção da ADD. Apesar de não terem sido muito concorridas, participaram algumas entidades, nomeadamente empresas consultoras, que irão elaborar os projectos, o que é importante porque as alertarmos para alguns pormenores, nomeadamente algumas condicionantes e regras, de forma a evitar que apareçam candidaturas mal enquadradas, e que não possam ser aprovadas, evitando que os agricultores despendam verbas, que já são poucas, em investimentos que depois acabam indeferidos. Globalmente, neste aspecto, correu bem, mas gostaríamos de ver mais agricultores nestas sessões, que não acabam aqui, pois nos próximos meses vamos desenvolver outras, principalmente ao nível das freguesias, de modo a chegar ao alvo destas acções, que é o agricultor. GR: Disse que há menos verbas? ER: Há muito menos verbas. No âmbito de FEADER temos pouco mais de dois milhões de euros para todo o período de programação para a Medida 10 do PDR. Estamos a falar de 400 mil euros para os pequenos investimentos na exploração agrícola, o que é pouco dinheiro, tendo em conta que este território é o que tem mais pequenos agricultores. Do Tejo para cima são territórios com pequenas propriedades, pelo que partimos
do princípio que era o que mais verbas teriam para poder financiar os pequenos investimentos. Temos esperança que os agricultores, sabendo que há poucas verbas, não desistam e submetam as suas candidaturas, para funcionar como forma de demonstrar dinâmica do território, tal como aconteceu no passado. Apesar das dificuldades e de alguns dos entraves de acesso à medida, é importante mostrar que o território é dinâmico e justifica que seja reforçado com mais verbas e é para isso que iremos trabalhar. GR: Que perspectiva é que tem? ER: A perspectiva que temos, daquilo que nos é transmitido, - principalmente por parte das entidades cooperativas, na sua maioria nossas parceiras, - é que vão aparecer muitas candidaturas. Porém, no contacto diário com as pessoas apercebemo-nos de algumas limitações, como ter actividade agrícola há, pelo menos, um ano quando submete a candidatura. Isto pode limitar algumas pessoas, principalmente quem ficou desempregado no último ano e que estava a ver no PDR um oportunidade de se candidatar à criação do seu posto de trabalho. Isto vai deixar muita gente de fora. GR: O que podem acrescentar essas candidaturas ao território? ER: Apesar de termos um orçamento muito curto, temos esperança que neste território, não só o agricultor como os elementos do agregado familiar, se possa diversificar a actividade das explorações. Por um lado aumentar e intensificar aquilo que já faz e que é rentável, no sentido de se modernizarem e ampliarem a sua produção ou transformação. Nos casos em que isso não acontece, queremos que no território, principalmente quem está desempregado, veja aqui uma oportunidade de criar uma actividade económica, podendo-se instalar, com consciência do que está a fazer, com formação, ou se comprometa a tirá-la, porque nós estaremos disponíveis para fixar as pessoas ao território. O objectivo do DLBC Rural é permitir fixar gente ao território e isso só acontecerá se as pessoas nos procurarem e se pretenderem, com as medidas disponível e dentro das suas competências, instalar-se e absorver essas verbas e com isso exigirmos mais ao ministério da Agricultura. É que, na minha perspectiva, há um erro na distribuição das verbas a Norte e a Sul. Há associações no Alentejo a abrir com 900 mil euros para os pequenos investimentos agrícolas e nós, por exemplo, com centenas de agricultores no território, abrimos com 280 mil euros o aviso do concurso, o que é uma diferença brutal. Esperamos que o agricultor não desmobilize ao ver um orçamento tão pequeno, concorra e faça ver a quem tem que decidir mais tarde que este território necessita de mais verbas. www.gazetarural.com
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No âmbito da estratégia de desenvolvimento de base comunitária
ADDLAP abriu candidaturas aos incentivos a projectos de investimento Abriu no passado dia 28 de Junho a primeira fase das candidaturas aos incentivos a projectos de investimento no âmbito da estratégia de desenvolvimento de base comunitária, sob a responsabilidade da Associação de Desenvolvimento Dão, Lafões e Alto Paiva (ADDLAP), para os municípios de Oliveira de Frades, S. Pedro do Sul, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela. Nesta primeira fase das candidaturas, a ADDLAP disponibiliza um total de 543 110.73 euros de apoios não reembolsáveis correspondentes a um investimento total que deve atingir o 1 086 221.46 euros. Neste âmbito, a ADDLAP realizou em Calde uma sessão de divulgação das operações LEADER do PDR2020 de apoio aos pequenos investimentos nas Explorações Agrícolas e para a Transformação e Comercialização de Produtos Agrícolas. Relativamente aos pequenos investimentos nas explorações agrícolas (valor do investimento elegível por projecto até 40 000 euros), a ADDLAP irá mobilizar, para esta primeira fase de candidaturas, um total de 325.866.30 euros de despesa públi-
ca. Quanto aos pequenos investimentos para a transformação e comercialização (valor do investimento elegível por projecto até 200.000 euros) o montante dos apoios não reembolsáveis disponibilizados nesta primeira fase será de 217 244.43 euros. Refira-se que a ADDLAP é também responsável por mais quatro tipos de acções de apoio ao investimento, no âmbito da Medida 10-Leader, do PDR2020, cujas candidaturas abrirão dentro em breve: diversificação de actividades na exploração agrícola, cadeias curtas e mercados locais, promoção de produtos de qualidade locais e renovação de aldeias. Por outro lado, para dar seguimento à estratégia de Desenvolvimento Local de Base Comunitária, a ADDLAP estabeleceu uma parceria com a CCDRC no sentido de apoiar investimentos para o desenvolvimento e a criação de empresas e do emprego. Espera-se, igualmente, que em breve estes apoios estejam disponíveis para o tecido económico, em particular, de micro e pequenas iniciativas empresariais, dos cinco municípios envolvidos.
Ano XII | N.º 273 | Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) | jla.viseu@gmail.com | 968044320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda | Redacção: Luís Pacheco | Opinião: Miguel Galante Departamento Comercial: Coordenação Filipe Figueiredo Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada | Administração José Luís Araújo | Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | Tel. 232 411 299 | E-mail: novelgrafica2@gmail.com | Rua Cap. Salomão 121, 3510-106 Viseu Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares | Versão Impressa: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
FICHA TÉCNICA
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ÚLTIMA HOR A aromáticas para evitar o abuso do sal. Salientam a importância de uma gastronomia saudável, recorrendo a técnicas culinárias sadias tradicionais, como sopas, ensopados e caldeiradas, e à inserção da confecção dos alimentos no quotidiano através da partilha com família e amigos, bem como o combate ao sedentarismo. Na criação deste novo modelo colaboraram a Direcção-Geral do Consumidor e peritos de diferentes instituições e áreas, como por exemplo do design, que auxiliaram “no sentido de concretização de uma representação gráfica atrativa e clara da mensagem a transmitir”. A construção da Roda da Alimentação Mediterrânea foi iniciada em Setembro de 2015.
Investigadores da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto
Iniciativa realiza-se nos dias 9 e 10 de Julho
Campia recebe
Portugueses criam I Mostra Gastronómica Roda da Alimentação do Peixe do Rio Mediterrânea Investigadores da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP) desenvolveram uma Roda dos Alimentos Mediterrânica para promover e valorizar os hábitos alimentares mediterrânicos junto dos portugueses. Nesta adaptação, são valorizados aspectos como a cultura, a tradição e o equilíbrio, o ponto diferencial deste novo modelo em relação à Roda da Alimentação tradicional. Diferentemente do formato habitual (pirâmide), este modelo apresenta-se em forma de roda - “que reflecte o prato e o convívio mediterrâneo à volta da mesa” - e evidencia os alimentos mediterrâneos mais relacionados com o padrão português, em diferentes grupos. Pode-se identificar a azeitona e o azeite (fruto de origem e respectivo produto), no grupo dos óleos e gorduras, e a cebola, o alho, a couve-galega, os grelos, o tomate, os pimentos e as beldroegas, por exemplo, no grupo das hortícolas. No que diz respeito ao grupo da fruta, destacam-se o melão, o figo, a laranja, a tangerina, a nêspera, e a romã, enquanto nos cereais, nos tubérculos e nos frutos amiláceos, podem ser encontrados a batata-doce, a castanha, a massa e o arroz integral. A carne, o pescado e ovos, outro dos grupos, dá destaque ao peixe - em especial à sardinha, ao carapau, à cavala e ao atum -, nos lacticínios são referidos o queijo e o iogurte, e no grupo das leguminosas é indicado que sejam todas ingeridas. Este novo guia alimentar apresenta ainda duas mensagens relativas ao consumo de frutos gordos - havendo um apelo à sua ingestão - e de vinho - aconselha-se que seja moderado, às refeições, e proibido a crianças, adolescentes, grávidas e aleitantes. As investigadoras da FCNAUP envolvidas no projecto, Sara Rodrigues e Bela Franchini, apelam ainda à preferência pela proveniência local dos alimentos e à incorporação de ervas
O Município de Vouzela e a Junta de Freguesia de Campia vão promover, nos dias 9 e 10 de Julho, a primeira mostra gastronómica do Peixe do Rio que se realizará na área de lazer do Porto Várzea, em Campia. Trata-se da primeira edição desta mostra que tem como objectivo divulgar a tradição gastronómica e de pesca do peixe do rio existente no concelho, bem como promover turisticamente a freguesia de Campia e o concelho de Vouzela. Com o evento pretende-se também apoiar as associações locais, já que serão as próprias colectividades a confeccionar os pratos servidos durante a mostra. Irão marcar presença o Agrupamento 649 – Escuteiros de campia, o Clube de Caça e Pesca de Campia, o Grupo Desportivo de Campia, o Rancho Folclórico “Recordações de Campia” e o Grupo Carnavaleco de Campia. Para além dos petiscos, almoços e jantares haverá um programa vasto que incluirá música tradicional, insufláveis, animação infantil, caiaques e comboio turístico. A actividade conta com o apoio da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vouzela.
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Reconhecida pela União Europeia
Ginja de Óbidos e Alcobaça integra lista de produtos protegidos por Bruxelas A Comissão Europeia adicionou a ginja de Óbidos e Alcobaça à lista de produtos com Indicação Geográfica Protegida (IGP). A ginja de Óbidos e de Alcobaça é um fruto da família das cerejas, produzido na região que se estende do parque natural da Serra de Candeeiros até ao Oceano Atlântico, caracterizado pela sua intensidade aromática e sabor agridoce equilibrado. A área geográfica de produção da ginja de Óbidos e Alcobaça corresponde aos concelhos de Óbidos, Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Bombarral e ainda algumas freguesias do concelho de Porto de Mós. A partir da ginja produzem-se licores (a ginjinha), compotas e tisanas. A IGP é uma classificação ou certificação oficial regulamentada pela União Europeia atribuída a produtos gastronómicos ou agrícolas tradicionalmente produzidos numa região. Essa classificação garante que os produtos foram produzidos na região que os tornou conhecidos e que as características, a qualidade e os modos de confecção estão de acordo com as tradições que os fizeram famosos.
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