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ILHAVIRTUALPONTOCOM JUNHO 2011
NÚMERO 3 ANO 1
EDITORIAL Conforme prometemos no último número, esta edição está com oito páginas, com mais espaço para artigos, crônicas, poesia e outros textos de natureza literária. Neste número, temos José Neres comentando o quase desconhecido livro de Antônio Torres Fróes. Os alunos de Letras Jardson Santos Diniz e Marcos Adílio Moraes mostram que a sala de aula é também lugar de produção de conhecimento. O primeiro fala sobre o livro Candelabro de Deus, de Wílson Martins e o segundo traça um perfil literário do acadêmico Waldemiro Viana. A nova edição do livro Formação Econômica do Maranhão: uma proposta de desenvolvimento, de Bandeira Tribuzi é recomendada para quem gosta de ler.
ição da professora Iole Cutrim, com sua crônica acerca de um acontecimento que a cada dia se torna mais comum nas movimentadas ruas de nossa capital.. Também são comentados alguns locais em que o leitor poderá encontrar obras de autores maranhenses. Finalmente, alguns poemas da professora Lindalva Barros ilustram a sessão sobre poesia. Esperamos que este número sirva para divulgar nossos autores e as obras de autoria maranhense. No próximo número voltaremos com mais notícias sobre nossa produção literária.
Neste número há também a contribu-
INFORME: NO CAFÉ LITERÁRIO No dia 21 de junho os amantes da arte se deliciaram com mais uma edição do Café Literário, uma feliz iniciativa da professora, escritora e acadêmica Ceres Costa Fernandes. Desta vez, o Café contou com a presença dos poetas Paulo Melo Souza, Laura Amélia Damous e Celso Borges,que discorreram sobre a produção poé-
tica contemporânea. As cerca de cem pessoas presentes ainda tiveram a oportunidade de presenciar um musical/recital com Geraldo Iensen, Júlio César e Cláudia Matos. Na plateia, muitas pessoas ligadas ao mundo da letras, estudantes e admiradores da poesia. Não perca o próximo Café Literário.
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FONTES ESQUECIDAS Por José Neres
Estamos numa época em que as tentativas de inovações no âmbito da prosa e da poesia parecem suplantar o trabalho de quem se contenta em usar as formas mais tradicionais de pôr a inspiração no papel. Desse modo, os escritores que optam por uma literatura aparentemente menos ousada acabam, em muitos casos, condenados às trevas do ostracismo e ao limbo do silêncio. Seus livros, frutos de hercúleos esforços que vão da concepção dos textos à editoração gráfica, mesmo publicados, permanecem inéditos aos olhos do público. Não raras vezes, lançamento serve de rima para lamento, sofrimento, arrependimento e, principalmente, esquecimento. Publicado sem muito barulho em 1998, o livro “Fontes de Inspiração”, do maranhense Antônio Torres Fróes, é uma obra que traz em cada página, em cada poema, em cada verso, o esforço do poeta de tirar da alma e da memória os lugares e os momentos que marcaram sua vida e que ficaram eternizados em sua memória, como é o caso dos versos a seguir, os quais o leitor pode sentir a pulsação de um homem criado no campo: Pisando a terra descalço, Vendo o gado nos currais... Saudades de minha infância, Anos que não voltam mais. Tomando leite mugido, Carne assada com chibé, O cheirinho da fumaça Quando fazia o café. (Saudade de minha infância, 29)
Em uma primeira leitura, o livro pode parecer um álbum de reminiscências, um exercício de resgate das inúmeras impressões que passeiam pelas retinas do autor e que encontram no papel uma forma de eternizarse. Porém, em um olhar mais atento, pode-se ver também que, no conjunto, o livro é uma grande declaração de amor à vida, à natureza, à terra natal e aos lugares que nunca serão esquecidos.
Em versos simples e bem ritmados, privilegiando quadras e sonetos, Antônio Torres Fróes passeia pela própria memória e dela tira a fonte primária para sua inspiração de homem encantado com a vida, mas insatisfeito com algumas situações sociais que poderiam ser corrigidas. Em verdade, as forças motrizes que do livro são as seguintes: um passado que só pode ser recuperado pela memória, um olhar para os lugares visitados e os diversos painéis de um cotidiano que mistura lirismo e saudade. Por se tratar de uma obra que privilegia o passado, o poeta não poderia deixar de lado a própria família. O pai, a mãe e outras pessoas próximas aparecem nos versos de forma singela, sem muita pretensão estética, mas sim com o desejo explícito de fazer uma homenagem. Em boa parte do livro, o coração é o guia que leva o autor a tecer suas emoções em forma de versos. Meu pai, meu melhor amigo, Meu guia, meu conselheiro, Orgulho de minha vida, Minha luz, meu companheiro. (Meu Pai, pág. 54) Ternura de mãe amada Espelho que ilumina, Rosa bela e perfumada Estrela de luz divina, Zangada, és boa fada Amiga que nos ensina. (Minha Mãe, pág. 53)
A. T. Fróes, como está grafado na capa do livro, deseja pura e simplesmente dar vazão a seus próprios sentimentos, despertando no leitor a empatia para com as situações apresentadas. Em alguns poemas é possível notar o descontentamento do eu-lírico com o quadro social do país e do mundo. Em outros momentos, há o sobressair de emoções que não podem ser contidas pelo uso da razão e que encontram na poesia o escoadouro necessário. Em suma, Fontes de Inspiração pode até não ser um livro de caráter inovador na forma, no estilo nem na temática, mas, sem dúvida é uma obra que pode levar o leitor alguns pontos do elo perdido da própria existência.
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A REALIDADE QUE SURPREENDE Jardson Santos Diniz No livro “Candelabro de Deus” percebemos nitidamente o realismo com que Wilson Martins conta suas histórias, a opção por narrativa do cotidiano, predominantemente as mazelas sóciais , enquadra – o no neo-realismo e neonaturalismo; os contos bem elaborados fazem com que o leitor se familiarize facilmente, tornando - o assim um co-enunciador da história. O escritor busca evidenciar algumas características da ilha de São Luis através de personagens com personalidades peculiares, um exemplo disso é quando ele conta a história da personagem Cotinha, ou seja, denuncia o estilo de vida desregrado vivido pelas pessoas na década de 60 a 80, sempre criando uma linha sequencial cujo fim há sempre a regeneração, volta por cima. Wilson Martins sempre dá ênfase às mazelas sociais, como foi dito anteriormente, evidenciando a situação vivida pela classe dos menos favorecido, ou seja, a realidade socioeconômica vivida pelo povo maranhense. No conto Simulacro do Combate depreendemos com muita facilidade a situação política vivida pelo povo. Através da personagem do prefeito Wilson Martins consegui evidencia a situação ético-moral dos administradores, sempre desprezando as classes mais baixas, indiferente aos problemas da população, preocupado só com os interesses pessoais, etc. Assim ele consegui mostrar as dificuldades vivida pelo povo maranhense. Percebemos também que Martins é um pouco detalhistas, pois, gosta de evidencias tanto as características físicas quanto psicológicas dos personagens. No conto Estrela Incandescente, o autor mostra um pouco da ilusão vivida por muito em relação à mudança de vida, através da personagem Jocelino, não deixando de fazer uma crítica ao atual sistema cuja principal característica é concentração de renda, onde 80% consomem 20% e vice-versa, impedindo assim que os menores nunca cresçam, sempre fique subordinado a um maioral. Assim as narrativas de Wilson Martins vão sendo construídas. A
opção pela história curta, ou seja, o conto tem a ver com outra atividade artística do escritor, paralela à narrativa, o teatro e a tragédia, com os quais a linha romanesca dos contos se relaciona pela convergência de alguns pontos essenciais, entre eles, a dramaticidade das situações, cujos pretextos são elaborados a partir da seleção de ambiente e personagens que propiciam o clima adequado para o desencadeamento de um circuito trágico. A opção pelo drama do cotidiano, a elaboração de um discurso, cujo fio condutor é o determinismo do meio, as contingências do destino, a fatalidade, sendo a pobreza e as injustiças sociais os geradores do desfecho, nem sempre com perspectivas redondas de salvação. No primeiro conto do livro, As Quatro Estações, Wilson Martins prioriza um tema polêmico, quase sempre tratado com preconceito, o da meretriz como protagonista. Nesse ponto, o autor tem a coragem e o desassombro de narrar sem hipocrisia. Assim, ele consegue resgatar uma parte da história social e cultural da vida boêmia e literária maranhense, privilegiando o eixo central de São Luís, especificamente no âmbito do projeto Reviver Praia Grande. Vale à pena ler Candelabro de Deus, sem dúvida uma obra que resgata uma parte da história sócio-cultural, econômica e humana maranhense, pois Wilson Martins consegue encontrar um lugar ao sol, pelo menos no texto, para pessoas que nasceram, viveram e morreram obscuras e anônimas. No entanto, através do escritor, os humildes e excluídos sobrevivem no discurso literário, ainda que hajam sido marcados, discriminados e usados como massa de manobra, por ignorância ou por ingenuidade popular.
Jardson Santos Diniz é aluno do curso de Letras da Faculdade Atenas Maranhense
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Rua João Gualberto, 52, Centro Histórico.
3232 4068
Especializada na venda de livros novos e usados, a Livraria Poeme-se é uma das mais conhecidas em São Luís. Organizada por áreas do conhecimento, nas estantes da livraria, o leitor poderá encontrar tanto alguns dos mais recentes lançamentos quanto obras raras. Além disso, como se trata de um ponto de encontro de intelectuais, possivelmente, o visitante se deparará com alguns escritores no interior da loja.
Uma das reclamações mais constantes quando se fala em literatura maranhense é a dificuldade de encontrar-se à venda obra de nossos autores. Para ajudar os apaixonados pelas letras maranhenses, temos aqui cinco locais onde o leitor pode encontrar os livros que tanto procura. Faça uma visitinha aos locais e divirta-se!
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Rua de São João, 374, Centro
3232 5625
Também conhecida com livraria do Arteiro, na Athenas há uma estante reservada para autores maranhense. Alguns dos livros recentemente lançados em nossa cidade e até mesmo no interior do Estado podem ser encontrados nessa livraria bem situada e bem acolhedora.
Onde encontrar livros maranhenses? Editora Ética Rua Godogrefo Viana, 635 - Imperatriz
Rua do Sol, 599, Centro
3221-0715
Possivelmente o maior espaço destinado aos autores maranhenses esteja nessa livraria. Seu proprietário, Milton Lira, destinou todo um salão aos livros de nosso estado. É possível encontrar ali livros de diversos autores. É bom entrar sem pressa, pois o número de obras e autores exigirá bastante tempo disponível.
Empreendimento vitorioso do escritor e editor Adalberto Franklin, a Ética Editora comercializa seus livros por sua loja virtual, na qual é possível acessar todo o catálogo e fazer os pedidos. Vale a pena conferir os títulos disponíveis Site: http://www.eticaeditora.com.br
Livraria da Academia Maranhense de Letras 3231-3242
Na lateral da AML funciona uma pequena livraria onde é possível encontrar algumas obras da maioria dos acadêmicos. Além de comprar livros, ainda é possível encontrar alguns dos acadêmicos de passagem pela instituição ou se preparando para as reuniões regimentais.
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PERFIL LITERÁRIO: WALDEMIRO VIANA Por Marcos Adílio Moraes
Membro da Academia Maranhense de Letras, Waldemiro Antonio Bacelar Viana, é maranhense de São Luís. Ficcionista, cronista e poeta, Waldemiro Viana é um dos mais talentosos e ilustres escritores maranhenses do final do século XX e do início deste novo milênio. Entre suas obras escritas podemos destacar O Mau Samaritano, Graúna em Roça de Arroz, Passarela do Centenário e outros Perfis, A questionável Amoralidade de Apolônio Proeza e A tara e A toga, sua obra mais recente. Seus romances abordam características de cunho regionalismo e também do domínio a técnica narrativa que ele utiliza para trabalhar seus personagens. Uma das caracterísitcas que
mais chamam atenção do leitor é que seus personagens são pessoas pobres, humildes. Em Graúna em Roça de Arroz, é narrada a história de dois jovens Marcolino e Celeste, um casal, separado pelas armadilhas do destino e que se reencontra depois de saber os percalços de suas vidas sofridas, mergulhando, então, em um abismo tramado pelo próprio destino e de onde não podem sair sem as diversas sequelas que marcarão para sempre seus corpos e suas almas .Então capítulo a capítulo, o autor demonstra do domínio em relação a técnica narrativa e consegue prender seu público em um imenso labirinto de surpresas capazes de despertar as mais diversas e grandes emoções. Marcos Adílio Moraes é aluno do curso de Letras da Faculdade Atenas maranhense (FAMA)
Não sou um cidadão dos mais agitados, essa é uma grande verdade. Pendo mais para a vida contemplativa. De preferência com uma cervejinha bem gelada ao alcance da mão, um tira-gosto (o que me traz para mais um desses pequenos mistérios da vida: se é para tirá-lo, por que insistir no gosto?) para melhor degustá-la, uma rede armada naquele cantinho ventilado, um bom livro... para que pedir mais a Deus? (Fragmento da crônica Curtindo a Vida Adoidado). A crônica na íntegra está disponível em www.waldemiroviana.net.br.
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LIVRO EM DESTAQUE Bandeira Tribuzi, apesar de ser mais conhecido hoje como o grande poeta que foi, também se destacou no campo da economia. Depois de mais de três décadas longe das prateleiras de novas publicações, essa importante obra sobre a economia maranhense reaparece em uma primorosa e bem acabada edição organizada pelo acadêmico e também economista Lino Moreira. Essa segunda edição tem a capacidade de agradar tanto a quem tenha interessa apenas nos aspectos técnicos e históricos da obra, quanto àqueles que apreciam a estética de um trabalho de boa qualidade gráfica, com ilustrações bem pertinentes à estrutura geral do livro. Lino Moreira e toda a equipe que produziu o volume foram muito além da mera reedição e conseguiram demonstrar que números e letras casam muito bem quando são temperados com esforço e bom gosto. O livro é uma edição comemorativa do 35º aniversário do Conselho Regional de Economia do Maranhão (Corecon-MA) e pode ser encontrado em livrarias a um preço médio de R$ 40,00.
“Portugal implantou no século XVI um Império Colonial cuja dimensão ultrapassava seu efetivo poder de expansão e domínio. Estendia-se o Império Português pelas costas ocidental e oriental da África até o Oceano Índico e pela costa oriental da América do Sul. A metrópole portuguesa não ultrapassaria de muito, em população, um milhão de habitantes; a estrutura social ainda era, em grande média, semifeudal; as estruturas econômica e política tinham características mercantis-salvacionistas.” BANDEIRA TRIBUZI. Formação Econômica do Maranhão: uma proposta de desenvolvimento. 2ed. São Luís: Corecon, 2011. p. 31.
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CRÔNICA A Morte de Henrique Iole Cutrim
É incrível o número de casos que se presencia, quando se anda de ônibus. Como isso é algo comum em minha vida cotidiana, sempre presencio acontecimentos inéditos, engraçados e tristes. Sábado, 12 de Abril, poderia ter sido mais um dia nublado na ilha de São Luís... Entrei em um coletivo rumo ao centro comercial. Perdida em meus pensamentos como sempre, quando me deparei com uma situação inusitada: três pessoas de uma mesma família, mãe, filha e um filho choravam copiosamente. Minha curiosidade de literata ficou logo aguçada. Por isso, fiquei observando os acontecimentos que envolveriam o trio. Ligaram do celular para um familiar, para dar a macabra notícia. A filha, aos prantos, falou para a pessoa do outro lado da linha: “Henrique morreu”... Os três choravam muito. Fui contagiada por uma dor aguda pela morte desse ser anônimo, que jazia no necrotério do Socorrão I. A dor sentida por eles invadiu-me de tal maneira, que chorei os meus mortos, como se tivessem morrido no mesmo dia de Henrique. Quem seria ele? Será que viveu um grande amor? Deixou filhos... São perguntas que jamais serão respondidas, pois Henrique morreu. Ultrapassou a linha imaginária que separa a vida da morte. Ressuscitaram os velhos clichês: “Foi melhor assim, ele estava sofrendo”; “Foi desta para melhor”; “Agora ele está melhor do que nós ”. São tantos. Apesar do sofrimento daqueles três, os passageiros mantinham-se indiferentes, cada um pensando em seus problemas. O individualismo que assola o mundo está cada vez mais evidente - é um caminho sem volta. E me solidarizei visu-
almente com os três. Na realidade, gostaria de abraçá-los. Excito, pois não os conheço. Tenho receio de ser mal-interpretada. As ligações dando notícias da morte de Henrique continuam: uma para o pai, outro para a avó, uma última para um amigo etc. O ônibus seguia seu caminho indiferente e eu observava o sofrimento, as lágrimas e até a dor aguda da ausência eterna. Meu ponto se aproxima. Eles choram. Olho para seus rostos muitas vezes. Meu ponto se aproxima. A filha soluça dolorido, o filho esquece que é homem e se rende às lágrimas. Meu ponto se aproxima. Me levanto. Olho pela última vez aquelas três pessoas, que dificilmente verei outra vez. Desço ainda abalada com a morte de Henrique, que poderia ser apenas mais um morto. No entanto, para os seus, era um filho, um marido, um neto, um pai, um irmão... Para mim, um nome carregado de sentimentos de tristeza, saudades e até mesmo amor....
Iole Cutrim é pós-graduada em língua Portuguesa e Literatura. É professora da rede pública Estadual
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CANTO DA POESIA Mesmo sem ainda haver publicado livro de poesia, a professora Lindalva Barros vem divulgando seus poemas em blogs. Dona de um estilo que prima pelo sintetismo e pela carga imagética, a poetisa busca no cotidiano as temáticas que serão trabalhadas em seus poemas. Um belo exemplo disso é o texto feito em homenagem ao professor, teatrólogo e ator Moscoso Maia, falecido há alguns anos. A seguir, temos alguns exemplos da obra de Lindalva Barros.
UM DIA, UM ADEUS
Na pressa da vida
UM SÓ DIA
NASCE O DIA
Um só dia Um só amanhecer Um só dia Um só entardecer Um só dia Um só escrever Um só dia Um só desaparecer
Nasce o dia E com ele A razão, o esplendor A saudade vazia
Vaga o dia. Na lentidão das nuvens, Correm as esperanças. No clarão do céu, Somem as angústias. Na escuridão do quarto, JAZ uma luz.
Nasce o sol E com ele O manto desvelado A sensação de estar só Vai-se o dia Vai-se o sol Mas não apaga Angústia vazia
O Jornal Ilhavirtualpontocom é uma realização do grupo de estudos intitulado O Sistema Literário Maranhense, coordenado pelo professor José Neres e composto pelos seguintes pesquisadores: Jheysse Lima Coelho, Viviane Ferreira, Gercivaldo Peixoto, Eliane Ferreira e Antônio José Marciel. Com apoio da Faculdade Atenas Maranhense—FAMA