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Guia do Estudante na Era Digital
VersĂŁo Compacta
2019
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Bianca Eneas Nunes Denise de Mesquita Corrêa
Jennifer Patricio Candido 20X X-X X
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Jefferson Rocha Moreira da Silva
Marcelo D’Aquino Rosa Mereanice Correia Rafael Martins Alves Rafael Araújo Saldanha Tais Leite Ramos Vitor Hugo Malschitzky
Equipe de Materiais Didáticos do Cerfead
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1. Era Digital: de onde viemos, onde estamos e para onde vamos 2. Autonomia na EaD: o estudante na era digital 3. Como estudar o que eu não gosto? 4. Você consegue trabalhar colaborativamente?
Tópico
5. Desafios da leitura na era digital 6. Processos de inclusão: acessibilidade na EaD 7. Inclusão: os Surdos na Era Digital 8. Interface e ferramentas de interação 9. Dicas para abrir arquivos sem ter um programa específico 10. Dicas de pesquisa no google
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Introdução 20X X-X X
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Olá, Estudante! Você consegue imaginar sua vida sem dispositivos digitais? Já ponderou como fazer uma pesquisa sem o auxílio de um computador ou smartphone? Obviamente, você pode visitar uma biblioteca física, por exemplo, mas terá um empenho bem maior de deslocamento para poder encontrar uma informação que, na maioria das vezes, pode surgir na tela de um dispositivo com um simples clique. É consenso que a evolução digital está em crescimento exponencial e invade todos os espaços pessoais, inclusive sua vida enquanto estudante. Então, surge uma questão: quão adaptado você se sente em relação ao mundo digital e à sua vida de estudante? Você percebe que há necessidade de se familiarizar um pouco mais com o mundo digital e sua relação com os estudos? Este “Guia do estudante na era digital” foi escrito para auxiliar você a se tornar protagonista no seu processo de aprendizagem e aperfeiçoar seu desempenho enquanto estudante com 10 dicas disseminadas nos tópicos que englobam o material. Boa leitura! Equipe de Materiais Didáticos do Cerfead
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Você gostaria de saber cinco dicas de como estudar na Era Digital? Tudo bem, cinco dicas é muito pouco, mas você sabia que essa frase foi pensada para prender sua atenção?
como chegamos neste tempo atual e dar dicas, resolvemos fazer um guia de como você deve fazer para tirar o melhor proveito do seu tempo na era digital. Venha conosco!
No mundo tecnológico em que estamos inseridos, o excesso de informações nos tornou um monte de gente perdida procurando um conteúdo útil. É nesse aglomerado de informações que estamos tentando prender a sua atenção. Então, pensando em contextualizar você de
Vamos começar com alguns miniflashbacks, afinal a gente não precisa voltar para o Egito Antigo e saber toda a linhagem real de Tutancâmon para falar de cibervirtualidade e era digital, mas, neste primeiro momento, precisamos fazer uma breve viagem ao passado. Vamos lá?
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De onde viemos?
Linha do tempo 1605: Francis Bacon usou as letras “a” e “b” para camuflar mensagens. Substituídas por 0 e 1, cerca de meio século depois pelo filósofo alemão Gottfried Leibniz, criou o sistema binário atual. Mas o que isso tem a ver com o computador e a internet? Sem este sistema binário não seria possível sequer realizar a leitura deste texto. É a partir de códigos construídos por esse sistema que os computadores processam dados. 1833: Duas figuras importantes em uma noite fria do inverno inglês: Ada Lovelace, filha do popular poeta inglês Lord Byron, juntamente à Charles Babbage, iniciaram
os trabalhos da criação de uma Máquina Diferencial, a qual foi rapidamente substituída pela Máquina Analítica, considerada o primeiro computador mecânico. Pode-se dizer que este foi efetivamente um trabalho colaborativo, conforme Walter Isaackson destaca em “Os inovadores: uma biografia da revolução digital” (2014), pois tais invenções não foram feitas em um canto escuro por gente solitária. Ao invés disso, a maior parte das inovações da era digital foi criada de maneira colaborativa. 1844: O pintor e inventor Samuel Morse, ao conhecer experiências de Ampére com
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Para responder a esta questão, vamos começar do “começo”. Verifique, na linha temporal que segue, um breve resumo dos primeiros passos evolutivos em direção à era digital.
o eletromagnetismo, ficou fascinado com a ideia da corrente elétrica fluindo através de uma bobina magnética. Construiu um aparelho para a transmissão de sinais batizados de Código Morse em 1932 e enviou a primeira mensagem à distância, em 1844. 1936: O britânico Alan Turing, considerado o “pai da computação”, formulou um modelo teórico que seria responsável pela criação de conceitos como o algoritmo e o desenvolvimento dos computadores modernos. Conhecido como Máquina de Turing, o dispositivo escrevia e interpretava símbolos limitados em 0, 1 e conjunto vazio, basicamente
a estruturação das linhas de códigos atuais. 1946: É construído o ENIAC (Electrical Numerical Integrator and Computer), considerado o primeiro computador digital eletrônico de grande escala no mundo, era uma imensa máquina de realizar cálculos, criada em fevereiro de 1946 pelos cientistas norte-americanos John Eckert e John Mauchly. 1969: Com base nessa estrutura, em outubro de 1969, com uma comunicação entre a Universidade da Califórnia e um centro de pesquisa em Stanford, entrou em operação a ARPANet (Advanced Research Projects
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Agency Network), a princípio ligando quatro computadores. No início dos anos 1980, o desenvolvimento e a utilização do TCP/ IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) como protocolo para a troca de informações na ARPANet permitiu a conexão entre redes diferentes, aumentando consideravelmente a abrangência da rede. 1971: O programador americano Ray Tomlinson usou a ARPANet, a rede de computadores que deu origem à Internet, para fazer envio e leitura de mensagens simples. Neste momento, foi inventado o e-mail, cujo símbolo “@” é escolhido como chave para significar “at” (em).
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1981: A IBM - International Business Machines Corporation - lança o primeiro computador pessoal, um modelo mais barato lançado pela empresa cujo foco era tanto os escritórios como para uso doméstico. 1988: WhatsApp? Podemos dizer que o seu tataravô nasceu em 1988, o IRC (Internet Relay Chat). Desenvolvido pelo finlandês Jarkko Oikarinen para transmitir notícias durante a Guerra do Golfo, o IRC originou os famosos mensageiros instantâneos. 1989: Tim Berners-Lee propõe a WWW (World Wide Web), um sistema de documentos em hipermídia que são interligados e executados na Internet. 1990: Berners-Lee, com a ajuda de Robert Cailliau e um jovem estudante, implementou a primeira comunicação bem-sucedida entre um cliente HTTP e o servidor através da internet. Este ano marca a estreia da web como um serviço publicado na Internet. 1991: Registro da primeira conexão do Brasil com a internet através da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
#QuerSaberMais Procure pelo livro do Isaackson, “Os inovadores: uma biografia da revolução digital”, de Walter Isaackson, 2014, no qual ele conta tudo tintim por tintim.
Esta é uma linha do tempo na qual você consegue identificar alguns dos fatos mais marcantes até a chegada da “Era digital” de forma a se localizar no tempo e no espaço. Mas, e agora? Temos a Web 3.0, evolução das Webs 1.0 e 2.0 que foram se transformando, conforme processos de interação e interesse dos usuários. O que são: Web 1.0, 2.0 e 3.0? Resumidamente, a Web 1.0 é a web dos motores de busca simplistas e dos e-mails. Dentro da web, surgiram os websites, ou sites os quais demarcam o território virtual, sendo considerado o lugar aonde vamos para acessar determinada informação disposta na rede.
Em outras palavras, um site é o lugar onde está armazenada a informação. Essa forma ficou conhecida como Web 1.0. Já a Web 2.0, segundo Parreiras (2012), foi criada nos anos 2000 por uma empresa norte-americana chamada O’Reilly Media e veio para nomear uma segunda geração de comunidades e programas da Internet. De maneira geral, o termo web 1.0 designa as chamadas “.com”, sendo que há um grupo de pessoas que produzem sites, programas, aplicativos e uma grande massa de consumidores. A diferença contida no conceito de Web 2.0 é a possibilidade de ampliar a ideia de produção, sendo que cada usuário passa a ser um potencial produtor e consumidor e surgem as wikis, que evidenciam o conceito de colaboração; confusão de fronteiras entre produção e consumo; possibilidade de ampliar os conceitos de comunidades e interação on-line para englobar variadas ferramentas geradoras de redes sociais e também as chamadas mídias sociais; revisão da questão dos direitos autorais, com o surgimento de alternativas como as licenças Creative Commons; utilização de plataformas abertas (API).
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A Web 3.0, por sua vez, é a mais próxima do momento que vivemos (pelo menos até o fechamento deste material) e pode ser associada à Internet das coisas e à Web Semântica. Enquanto a internet das coisas está conectada aos avanços tecnológicos que permitem aos objetos do cotidiano receberem conexão com a internet para automatizar algumas de suas funções; a Web semântica está mais intimamente ligada à suposta inteligência a ser criada pela internet. O modo como a ferramenta de busca “pensa” para escolher quais os conteúdos mais relevantes de acordo com a pesquisa de cada pessoa é um exemplo de web semântica. Quanto ao futuro, este provavelmente já está sendo reconfigurado no momento em que produzimos este material. Fique de olho!! …
Presumivelmente, outras Webs vão surgir a cada segundo até finalizarmos este guia.
#QuerSaberMais Em se tratando de rede, convém diferenciar internet de web (ou World Wide Web, “teia de alcance mundial”, em inglês), já que os termos não são sinônimos. Na verdade, a WWW é um espaço que permite a troca de informações multimídia (gráficos, som, texto e vídeo: HTTP) através da estrutura da internet. É uma das formas de utilização da Rede, assim como o e-mail (correio eletrônico, SMTP), o FTP (File Transfer Protocol) ou outros menos conhecidos. Internet é o nome que se dá à rede que conecta os computadores ao redor no mundo.
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Onde estamos?
Os estudantes de hoje são “falantes nativos” da linguagem digital dos computadores, videogames e internet. Entretanto, aquelas pessoas que não nasceram no mundo digital, mas, em alguma época de suas vidas ficaram fascinadas com os aspectos da nova tecnologia, são chamadas de Imigrantes Digitais. (PRENSKY, 2001). 20X X-X X
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Imigrante e Nativo digital
E a EaD? Bem, EaD é a sigla de ‘Educação a Distância’ ou, como alguns designam ‘Ensino a Distância’, por isso você pode encontrar os artigos masculino ou feminino antes da sigla. Segundo Moran (2002), a Educação a Distância é um processo de ensino-aprendizagem mediado por tecnologias em que professores e alunos estão separados espacial e temporalmente. Nas décadas de 1960 e 1970, surgiram várias iniciativas de EaD em projetos para aumentar o acesso à educação, promover a alfabetização e a inclusão social de adultos. Com o passar do tempo, os cursos agregaram outros níveis de ensino. No fim da década de 1970, começou em Brasília a primeira experiência de EaD nos cursos superiores. Nesse tempo, muitos brasileiros já acompanhavam os telecursos, transmitidos pela TV (se você é jovem, talvez nunca tenha
ouvido falar no Telecurso 2º Grau que passava na televisão antes do programa da Xuxa). Esse modelo de EaD convivia com os formatos antigos, como o material impresso e o rádio, uma característica que se mantém até a década de 1990. Lá pelo meio da década, as instituições passam a utilizar a internet para publicar conteúdos e promover interações. Foi nesse período que várias universidades formalizaram suas iniciativas EaD, até a criação, em 1996, da Secretaria de Educação a Distância (SEED), do Ministério da Educação (MEC). Naquele mesmo ano, a EaD no Brasil passou a contar com uma legislação abrangente que hoje garante, por exemplo, a validade de diplomas emitidos pelos cursos nessa modalidade. Como está a EaD no Brasil hoje? Atualmente, a EaD é uma modalidade educacional consolidada no Brasil, com mais de 1.800 cursos, desde o ensino fundamental até a pós-graduação, que atendem quase quatro milhões de pessoas.
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Para onde vamos? O caminho até aqui foi bastante árduo, certo? Mas a tecnologia, com sua dimensão temporal e espacial infinita, certamente vai continuar transformando o mundo digital e proporcionando novas leituras para a educação. Se você gosta de tecnologia, provavelmente já ouviu falar de Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumentada (RA). A RV, bastante presente em games e entretenimento, tem por objetivo retirar do usuário a percepção do mundo real e colocá-lo dentro de um mundo virtual, a Realidade Aumentada (RA), por sua vez, tem o objetivo de misturar o real e o virtual (TORI, HOUNSELLl e KIRNER, 2018). Ambas são apresentadas como forte tendência na educação. Outras tendências são a Internet das Coisas (IoT) e a Inteligência Artificial (IA). A primeira consiste em dispositivos (ou seja, “coisas”) que calculam, são interconectados em rede e interagem com o ambiente. Todos os dias o fabricante do dispositivo apresenta novas ideias sobre o que conectar, da geladeira à cafeteira. As escolas e universidades também estão usando tecnologias inteligentes para reduzir os custos de energia e elevar as medidas de segurança. Quanto às tecnologias baseadas na in-
ternet, por exemplo, estas permitem a implantação de diferentes modelos de Educação a Distância, como: cursos totalmente a distância; - cursos predominantemente a distância, com encontros presenciais obrigatórios; - cursos semipresenciais, que promovem encontros semanais; - disciplinas a distância de cursos de graduação presenciais. A previsão é que a experiência de aprendizagem seja cada vez mais híbrida, ou seja, uma pessoa pode fazer um curso presencial e ter uma carga horária de atividades a distância. Neste contexto, a educação pode proporcionar mais contato com a máquina e menos presencialmente com as pessoas, o que nos impulsiona ao nosso próximo desafio digital.
#Fica a dica Organize-se! Nenhum estudante sobreviverá às distrações que a tecnologia oferece se não conseguir focar seus momentos de estudos naquilo que realmente interessa, sobretudo considerando que na era digital, você tem acesso a praticamente tudo com um simples clique.
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Autonomia na EAD Conforme vimos no tópico anterior, estamos em plena era digital, também chamada de era da informação ou era tecnológica, fator que impacta em todas as atividades do seu dia a dia, inclusive em sua rotina de estudos. O desafio atual de qualquer estudante é de se preparar para usufruir de todas as vantagens e possibilidades que a era digital oferece.
O estudante na era digital
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O uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação – TDIC – implica nova forma de se comunicar e gerar conhecimento e demanda um perfil de estudante mais autônomo e ativo, responsável e comprometido com seu desenvolvimento ao longo de um curso. Mas, você conseguiria identificar as características do estudante da era digital? Veja, na sequência.
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Características do estudante na era digital
Entre as características e as habilidades para que um estudante da era digital obtenha sucesso, podemos citar: - a motivação e a autoconfiança; - a dedicação e o interesse; - o autodirecionamento e a autodeterminação; - o comprometimento e a organização com os estudos; - a participação ativa na realização da sua própria aprendizagem com abstração do conhecimento aplicando-o em situações novas; - a autonomia, que implica na questão da criatividade, já que os próprios estudantes podem montar grupos de estudo para evitar o isolamento na hora de estudar. (Adaptado de: BELLONI, 1999; PRETI, 2000).
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Atualmente, estamos inseridos em um momento de integração cada vez maior entre as TDIC e os processos pedagógicos. A integração de ferramentas disponíveis nos Ambientes Virtuais de Ensino e Aprendizagem – AVEA –, como o Moodle; a utilização de aplicativos que disponibilizam vídeos, como o YouTube, jogos e simuladores eletrônicos, entre outros recursos utilizados pela EaD permitem a você estudar e aprender em tempos e espaços diferentes de uma sala de aula tradicional. Para que você, estudante, possa se adaptar mais facilmente a esse novo contexto e usufruir melhor as vantagens dessa modalidade de ensino-aprendizagem, é necessário que você entenda o que é ser um estudante autônomo e ativo. Vamos descobrir?
Estudante autônomo e ativo Conforme Pretti (2000), entende-se que a autonomia está relacionada ao próprio indivíduo, à sua capacidade de buscar por si mesmo, sem uma dependência explícita de outrem. Neste sentido, o termo se coaduna com o processo de ensino e de aprendizagem no qual o estudante é um ser independente cujo maior desafio é ser capaz de pesquisar e estudar sozinho com o auxílio de um professor e/ou tutor mediando todo o processo de aprendizagem.
# Quer saber mais? Etimologicamente falando, o termo “autonomia” vem do grego autós (próprio, a si mesmo) e nomos (lei, norma, regra). Para os gregos esse termo significava a capacidade de cada cidade em se autogovernar, de elaborar seus preceitos, suas leis e dos cidadãos decidirem o que fazer (PRETI, 2000)
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Seja proativo! Considere que na era digital a maioria dos estudos se concentra no uso da metodologia da sala de aula invertida (Flipped classroom) na qual o estudante deve preparar-se antecipadamente a distância, seja por meio de textos, vídeos, jogos educativos, etc. e realizar a prática nas quais haja momentos de interação com os colegas e o professor ou o tutor, presencialmente. Nesse sentido, espera-se que o estudante seja mais autônomo no seu processo de aprendizagem.
No contexto atual, você deve rearticular a questão do “escutar, memorizar e reproduzir”, pois ser crítico deve ser uma das fortes características do estudante da era digital. Sob uma perspectiva mais autônoma, o estudante precisa: -querer muito aprender; -planejar os passos minuciosamente; -aprender a compartilhar e trabalhar colaborativamente; - ser autodidata e curioso; -ter disciplina e foco.
Em suma, a aprendizagem autônoma está embasada no tripé: tecnologia - orientação - liberdade, pois faz-se necessário buscar o conhecimento em diversas fontes; orientar-se no compartilhamento do conhecimento; ter liberdade para identificar o melhor caminho. (PRETI, 2000). Surge, então, um questionamento: você possui as características elencadas anteriormente? Se positivo, você pode se considerar um estudante autônomo.
Como estudar o que eu não gosto?
15 Enquanto estudante, você já deve ter passado pelos seguintes questionamentos: “Por que devo estudar isso ou aquilo se nunca vou usar na minha vida?”; ou “Que motivação eu tenho para estudar uma coisa que não gosto?”. Primeiramente, precisamos entender os motivos pelos quais os estudantes do ensino médio (regular ou integrado) e ensino superior (graduação e pós-graduação) não se motivam a estudar ou a gostar de determinadas disciplinas. Algumas razões são evidentes, pois grande parte dos estudantes precisam trabalhar para complementar a renda familiar, fator que muitas vezes os impede de ter um bom rendimento escolar e isso leva à desmotivação total. Outras razões englobam problemas cognitivos, emocionais, ou problema de ordem física, os quais comprometem o avanço nos conteúdos das disciplinas. E, não menos importante, existe o fato da escola não estar totalmente integrada a uma comunidade que já inseriu dispositivos digitais em quase todos as suas esferas. Enfim, existe uma diversidade de fatores que necessitam ser estudados e analisados para justificar a questão, pois cada caso é um caso. Contudo, no sistema de Ensino a Distância - EaD, observa-se que o estudante perpetua uma ação muito comum de encarar os ambientes virtuais como depósitos de conteúdos, o que o desestimula a interagir e participar ativamente do compartilhamento de informações, gerando, então, uma banalização deste tipo de ensino, ainda que essa modalidade não seja tão recente e tenha demonstrado bons resultados ao longo do seu desenvolvimento. Estudar a partir de um sistema de EaD exige muita disciplina e organização por parte do estudante, conforme você pode observar ao ler o tópico 2 deste material. Entretanto, tal estudante tende a contribuir para um estudo não efetivo em função de: ● procrastinar; ● subestimar os cursos EaD; ● desorganizar-se (em termos de tempo
Company Name ou planejamento); ● pular etapas em um sistema EaD; ● ignorar aspectos tecnológicos necessários para acompanhar um curso de EAD ● estudar com redes sociais e outras distrações por perto. Adaptado de: Edools, 2019. Para responder à pergunta “Como estudar o que eu não gosto?”, faz-se necessário quebrar os paradigmas estabelecidos referente ao que comumente classificamos como “chato” ou “entediante”, sobretudo considerando o público-alvo, e depois buscar formas para superar o que leva o estudante a não gostar da disciplina. Algumas dicas para superar esta fase são: ● saber o que se quer, ou seja, ter um foco bem definido; ● organizar-se, mas respeitar o seu tempo para a diversão também; ● ser realista quanto ao tempo que você levará para cada tarefa; ● livrar-se das distrações; ● encarar seus estudos como uma profissão; ● aprender a gostar de estudar conectando pontos em comum entre aquilo que você gosta de fazer e os tópicos a serem estudados. Adaptado de: Guia do estudante, 2019. Percebeu como você deve dar uma “mãozinha” para que o processo de estudar seja gratificante e recompensador? Tudo depende da maneira como você encara esse desafio na sua rotina. Mas, vamos voltar ao nosso questionamento inicial: “Como estudar o que eu não gosto?”. Que tal verificar um passo a passo de como superar este momento com cinco dicas? Verifique na sequência: Passo 1: reserve um bom momento do dia para estudar tal assunto, considere a melhor hora do dia para se dedicar aquilo que mais acha chato. Traga boas vibrações para este momento; Passo 2: identifique qual o seu maior obstáculo no estudo de tal assunto e encare-o de frente. Não fuja da raia!
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16 Passo 3: descubra algo que esteja relacionado ao assunto e que você goste. Faça uma conexão entre esses dois assuntos e comece a associar coisas positivas ao que você precisa estudar; Passo 4: divida os assuntos a serem estudados em diversos momentos, pois estudos comprovam que a mente humana tem um período de absorção e armazenamento limitado. Não exceda seu tempo limite! Passo 5: esqueça tudo aquilo que distrai você, tal como celular, jogos, televisão etc., e faça intervalos regulares para se recuperar do desgaste físico e emocional do estudo. Utilize a técnica POMODORO!
#QuerSaberMais amento de tempo desenvolvido por
Francesco
Cirillo no final dos anos 1980. O conceito está relacionado ao fato de que a pessoa que vai estudar ou executar uma tarefa demore, exatamente, 25 minutos.
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A Técnica Pomodoro é um método de gerenci-
Concluindo ou não a tarefa, você
deve parar e descansar cinco minutos buscando, neste tempo, algo recompensador para seu cérebro, tal como um chocolate, um café, etc. Com o tempo, você pode aumentar discretamente os intervalos de trabalho e descanso.
Pronto! Agora você já tem algumas perspectivas mais efetivas para mudar a concepção de que estudar sempre é “chato”. Neste sentido, tente evoluir constantemente em suas atitudes e ter uma visão mais positiva sobre os estudos e a vida.
# Fica a dica 3 Seja perseverante! Antes de avaliar qualquer tipo de assunto e considerá-lo chato e descartável, tente ponderar sobre a utilidade daquilo que está sendo ensinado para um futuro próximo. Na era digital, tudo pode ser alterado de um minuto para o outro e você pode precisar dessas informações que, no momento, considera inúteis.
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Você consegue trabalhar colaborativamente? Se você fosse questionado se consegue trabalhar colaborativamente, você responderia sim ou não? Com o advento da era digital, esta é uma das diretrizes mais básicas, saber compartilhar e socializar informações, sobretudo considerando as premissas embutidas no uso da tecnologia. Por meio dos processos de socialização e compartilhamento, que iniciam com esforços individuais e evoluem para o trabalho em equipe, geramos uma harmoniosa sinergia entre os integrantes com vistas a um objetivo comum. E como isso se configura no contexto escolar? Por meio da aprendizagem colaborativa, certamente.
Mas você sabe o que significa “Aprendizagem Colaborativa”? Bem, a expressão refere-se a um método de aprendizagem no qual os estudantes trabalham juntos, presencialmente ou não, em grandes ou pequenos grupos, em torno de um objetivo comum. Em função de todos serem responsáveis pelo aprendizado em comum, pode-se salientar que a aprendizagem colaborativa está baseada nos trabalhos construtivistas de Piaget e das teorias socioculturais de Vygotsky. Mas o aprendizado colaborativo só se configura a partir das trocas e discussões que acontecem entre os integrantes da equipe, os quais devem ser constantemente motivados e encorajados.
#Quer saber mais Seja perseverante! Antes de avaliar qualquer tipo de assunto e considerá-lo chato e descartável, tente ponderar sobre a utilidade daquilo que está sendo ensinado para um futuro próximo. Na era digital, tudo pode ser alterado de um minuto para o outro e você pode precisar dessas informações que, no momento, considera inúteis.
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18 Algumas das características mais comuns do trabalho colaborativo são elencadas na sequência: 1) estimula um ambiente de trabalho de confiança mútua; 2) incentiva o trabalho solidário; 3) explora as habilidades e os conhecimentos de cada integrante da equipe; 4) desperta o espírito de liderança para estimular o trabalho da equipe; 5) encoraja a participação de todos.
aprendizagem colaborativa visto que você dialoga e interage com outras pessoas viabilizando à troca e o compartilhamento de conhecimento. Para encerrar, retornamos ao questionamento inicial para verificar se você já consegue responder à questão: “Você consegue trabalhar colaborativamente?”
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E por que essas características são importantes no ambiente virtual? As interações que acontecem no ambiente virtual propiciam o desenvolvimento de trabalhos colaborativos na medida em que temos que discutir problemas e pesquisar soluções conjuntamente visto que os embates da sala de aula presencial não acontecem mais no âmbito virtual. Para tal, o estímulo aos trabalhos interativos e o destaque nos processos de colaboração são importantes. Agora, analise sua situação como estudante e reflita sobre o desenvolvimento do trabalho colaborativo para que você possa estar inserido no processo de aprendizagem. Observe: 1) quantas pessoas estão incluídas neste trabalho colaborativo; 2) considere o espaço físico e/ou virtual; 3) pondere sobre todas as pessoas que trabalham colaborativamente para que o conhecimento chegue até você; 4) observe como os processos de interação podem acontecer. Você notou quantos processos de socialização foram inseridos aqui? Lembre-se de que você não aprende nada sozinho, mesmo quando você está lendo um texto no cantinho do seu quarto, pois se você está lendo, é porque alguém escreveu algo, certo? Então, neste cenário, já temos um escritor e um leitor. Por isso, podemos afirmar que a socialização é uma tarefa chave no processo de
# Fica a dica 4 Compartilhe! Ao compartilhar conhecimento, você faz com que o conhecimento se dissemine e se aprimore. O resultado é o retorno desse conhecimento a você, direta ou indiretamente, justamente em função da colaboração e do compartilhamento de muitas pessoas.
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Desafios da leitura na era digital Você já se deu conta de que vivemos em um mundo tecnológico no qual os processos de leitura estão sendo cada vez mais requisitados? Percebeu que continuamente somos bombardeados com mensagens originárias de diversos dispositivos virtuais, seja via WhatsApp, e-mail, ou mesmo notificações e atualizações que frequentemente nos incitam ao processo de decodificação textual? O mundo virtual, que invade progressivamente a nossa rotina, nos impele a atualizarmos nossos processos de leitura, pois o universo digital se configura como perfeito labirinto de hiperlinks, os quais extrapolam a ordem linear que tradicionalmente guiava o leitor sobre o texto. Essa leitura está em consonância com o conceito de “Cultura de convergência”, term cunhado pelo norte-americano Henry Jenkins, no qual mídias novas e antigas colidem em um único dispositivo tecnológico, como um smartphone, e podem
desempenhar várias funções. (JENKINS, 2006). Sob o escopo da convergência, conforme palavras de Jenkins “os consumidores são encorajados a procurar novas informações e a fazer conexões entre conteúdos mediáticos dispersos”. (2006, p. 3). Essa conversão também se revela nos processos de leitura nos quais informações oriundas de diversas fontes tendem a se complementar ou colidir. Por isso, saber ler uma informação e verificar sua veracidade se torna um desafio na era digital em que vivemos. Aqui, duas questões emergem: 1) saber utilizar adequadamente as estratégias de leitura para poder utilizá-las a seu favor; 2) identificar informações verdadeiras de falsas notícias, ou fake news, sobretudo na era digital.
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O que são estratégias de leitura?
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Estratégias de leitura são técnicas ou métodos utilizados por leitores para adquirir a informação, ou, ainda, procedimentos ou atividades escolhidas para facilitar o processo de compreensão em leitura. (DUFFY et al. , 1987). O objetivo de utilizarmos diferentes estratégias de leitura é facilitar o procedimento de decodificação textual com vistas à compreensão dos dados informativos.
No processo de compreensão textual, pode-se identificar três etapas distintas: o “antes”, o “durante” e o “depois” da leitura, cada qual com propósitos diversos. Vamos conhecer cada etapa? O “antes”: aqui o objetivo é fazer uma análise global do texto identificando o assunto principal explorado considerando aspectos não textuais, ou seja, recursos visuais que podem auxiliar na compreensão do texto. Adiciona-se, aqui, a exploração dos conhecimentos prévios do leitor. Entre as estratégias mais comumente utilizadas, pode-se mencionar: Non-verbal signs; Brainstorming; Prediction. O “durante”: no momento em que você, leitor, mergulhar efetivamente no texto através da leitura mais detalhada, faz-se necessária a compreensão da mensagem a partir da seleção das informações relevantes, uma relação entre as informações apresentadas no texto e uma análise das predições feitas antes da leitura, para validá-las ou refutá-las. Insere-se neste contexto as seguintes estratégias de leitura: Skimming ( ou top-down processing); Scanning (ou bottom-up processing); Word mapping ou mapa conceitual. O “depois”: engloba uma análise textual para refletir sobre o conteúdo explorado no texto, incluindo, neste sentido, o significado da mensagem e a verificação de diferentes perspectivas apresentadas para o tópico selecionado. Para desenvolver tais tarefas, lança-se mão das seguintes estratégias: Selectivity e Critical appreciation. Esse último termo é o que mais devemos nos ater na era digital na qual fake news surgem de todas as direções, em diversos formatos, muitas vezes sem fonte e sem qualquer tipo de validação.
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Fake news Em função do volume e do consumo de informações lançadas nos ambientes virtuais, há uma tendência a compartilharmos dados rapidamente sem nos atermos à verificação da sua autenticidade. A partir daí, surgem notícias que muitas vezes são falsas – ou fake – e se multiplicam incessantemente até o ponto em que dificilmente conseguimos identificar sua origem, seu ponto de partida.
o título e o subtítulo podem enganar o leitor; 6) nunca compartilhe algo sem estar ciente de sua fonte e veracidade. Então, cuidado com notícias falsas! Alie-se às estratégias de leitura, pois elas podem facilitar seu processo de compreensão textual e validar a informação no seu dia a dia. No final, você notará que o seu processo de leitura será bem mais rápido, proficiente e confiável.
# Quer saber mais? Segundo o dicionário Merriam-Webster, a expressão Fake news é usada desde o final do século XIX e se refere às informações falsas que são publicadas, principalmente, em redes sociais. Apesar de existir há anos, o termo se popula rizou na eleição dos Estados Unidos, em 2016, momento em que o então candidato Donald Trump se tornou presidente. Portanto, conside rando nosso momento atual, quando notícias são produzidas especialmente com objetivo de legitimar determinados pontos de vista ou pre judicar uma pessoa ou grupo, fique alerta e confira se não são fake news !
O que podemos fazer para evitar cair nas fake news ? Verifique na sequência.
Dicas para evitar fake news 1) avalie, com bastante cuidado, a fonte de onde surgiu a informação, pois existem vários sites que possuem identificação semelhante; 2) verifique a estrutura textual e observe se há inconsistências, tais como problemas de formatação ( non-verbal signs ), erros de português, imprecisão na pontuação; 3) procure pela data de publicação para identificar se a informação é atualizada; 4) confira em outras fontes, se estiver em dúvida. Uma notícia verdadeira deve se multiplicar em sites confiáveis e ser repassada por nomes de referência no assunto; 5) leia a matéria completa, pois somente
# Fica a dica 5 Verifique a fonte! Utilize métodos de validação para ratificar se as informações são realmente verdadeiras ou fictícias. Não multiplique dados que foram repassados a você sem fonte para evitar a disseminação de Fake News!
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Processos de inclusão Você já deve ter percebido que um dos grandes desafios no nosso contexto educacional é a questão da inclusão, seja nas modalidades de ensino presencial ou a distância, pois, para trabalhar com as diferenças, é preciso quebrar paradigmas. Nesse sentido, a educação a distância passou a exercer um caráter mais democrático, ao considerar as características geográficas, econômicas e sociais de nosso país, disseminando o conhecimento, apesar da distância, dando oportunidades às pessoas das diferentes regiões brasileiras ao acesso de forma quase igualitária. A inclusão da pessoa com deficiência no ensino da educação
Acessibilidade na EaD
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a distância está relacionada principalmente à necessidade do acesso ao conhecimento, já que durante um longo processo histórico foram impedidas de ter acesso a uma educação de qualidade. Como acontece o processo de inclusão na EaD? Verifique na sequência:
# Quer saber mais? O termo “acessibilidade”, no contexto das TICs, se refere ao usuário que consegue acessar, dentro de suas limitações (físicas, auditivas, visuais e tecnológicas), a informação desejada.
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23 - pela assimilação do conteúdo em um ritmo particular para os estudantes, considerando as suas habilidades e competências; - pelo uso de ferramentas digitais que possibilitam um ensino voltado à superação de limites espaciais e temporais; - pela adaptação das condições físicas e pessoais moldadas pelo próprio estudante para atender suas demandas; - pelo atendimento à diversidade de estudantes e suas características individuais, sobretudo aqueles que possuem alguma dificuldade física, sensorial ou cognitiva. Para que a inclusão possa acontecer efetivamente, dois aspectos são fundamentais: 1) atendimento à legislação vigente, pois estas existem, mas, via de regra, não são implementadas; 2) ações concretas na inserção dos estudantes no processo de ensino e aprendizagem. Às instituições de ensino, cabe uma boa preparação para receber e atender à diversidade de estudantes, com vistas a garantir a sua autonomia e reduzir as barreiras de acessibilidade. Uma das possibilidades de auxílio na redução dessas barreiras é o uso da tecnologia. Com ela, as pessoas com deficiência passaram a estudar com maior facilidade, mas, principalmente, com maior independência proporcionada por meio do computador, com teclados viáveis e alguns softwares auxiliares, sistemas audiovisuais, entre outros instrumentos que contribuem para desenvolver o processo de ensino-aprendizagem para o deficiente.
# Fica a dica 6 Quebre barreiras! Estabeleça um canal de comunicação para que a inclusão se efetive e os processos de acessibilidade e igualdade se legitimem.
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Inclusão: os Surdos na Era Digital
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dantes com deficiência, entre eles, os surdos, acesso à educação de qualidade usando meios adaptados como computadores, tablets e notebooks. Os povos surdos, cientes de seus direitos, desejam uma educação de qualidade e que atenda às suas necessidades. As tecnologias, por sua vez, são um excelente recurso para a educação de surdos visto que sua língua é visuespacial, então, webconferências, videoaulas, e o próprio AVEA têm se mostrado ferramentas eficazes para atingir essa comunidade. Conforme Lopes (2017, p. 1-2), sobre o uso dessas ferramentas na educação dos surdos:
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Visto que as novas tecnologias possibilitam uma maior acessibilidade visual, a comunidade surda a recebe como uma potencialidade na comunicação o que estabelece novas possibilidades para o seu processo educacional. Etimologicamente o termo tecnologia tem sua origem na palavra grega “Téchné” que significa “saber fazer”. O professor com o auxílio das novas tecnologias pode proporcionar ao estudante surdo aulas mais visuais, através de momentos lúdicos, estimulantes, diferenciados, respeitando as características da língua de seu estudante. Esse mediador através do uso das tecnologias cria facilidades na percepção dos conteúdos, aumentando a autoestima, permitindo ao estudante surdo o acesso a uma pedagogia visual.
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Já que estamos falando em inclusão, vamos explorar um pouco mais este tema sob a perspectiva da era digital? A educação tomou diferentes rumos ao longo dos anos com vistas a atingir o maior número de pessoas. Diante de tal cenário, várias teorias e formas de se fazer educação surgiram, algumas exitosas, outras nem tanto. Nesse ínterim, uma parcela da sociedade começou a ser notada e recebeu atenção de muitos estudiosos em educação, os surdos-mudos (como eram chamados), os cegos, os cadeirantes entre outros. No processo de evolução educacional, métodos e teorias foram aperfeiçoadas de acordo com as especificidades dos estudantes culminando no momento educacional em que vivemos, no qual a educação faz uso dos meios tecnológicos disponíveis para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem. Muitos avanços positivos no ensino EaD propiciaram aos estu-
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25 Os avanços tecnológicos nos possibilitam interagir com o mundo que nos cerca de maneira mais efetiva em função de suas funcionalidades. Veja alguns exemplos utilizados pelos surdos: - podem entrar em contato com surdos de outros lugares através das redes sociais, interagir e avançar na sua forma de comunicação; - podem marcar reuniões a distância por meio de aplicativos de conexão em rede com a presença de intérprete a distância também; - usam o Google para tirar dúvidas se sua escrita em português está correta; - ensinam língua de sinais por intermédio de suas plataformas uma vez que muitos surdos são blogueiros; - usam o WhatsApp para se comunicar com diferentes pessoas, como quando vão a consultas médicas, se não dispõem de Intérprete de Libras; - fazem uso dos aplicativos de redes sociais, na maioria das vezes, como forma de comunicação entre surdos através das chamadas de vídeo, online, pela qual batem papo como se fosse um chat de comunicação em uma língua escrita.
# Quer saber mais Libras é a abreviatura de Língua Brasileira de Sinais. Atente que Libras é uma Língua! Não é uma Linguagem. E Libras é o meio de comunicação dos povos surdos brasileiros e demais usuários da Língua de Sinais. Libras é Universal? Não! Cada país, ilha ou território tem a sua maneira de se comunicar, assim como as línguas orais.
Para se comunicar com um(a) surdo(a), caso você ainda não saiba a Libras, você pode: Articular (abrir) bem a boca. Alguns surdos entendem a “leitura labial”; gesti cular; escrever de forma legível. Procure escrever as palavras principais, seja objetivo; acessar a internet e mostrar o que deseja comunicar, seja um endereço, uma imagem, etc.
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Interface e ferramentas de interação
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Etapas de leitura 20X X-X X
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Estratégias de leitura são técnicas ou métodos utilizados por leitores para adquirir a informação, ou, ainda, procedimentos ou atividades escolhidas para facilitar o processo de compreensão em leitura. (DUFFY et al. , 1987). O objetivo de utilizarmos diferentes estratégias de leitura é facilitar o procedimento de decodificação textual com vistas à compreensão dos dados informativos.
No processo de compreensão textual, pode-se identificar três etapas distintas: o “antes”, o “durante” e o “depois” da leitura, cada qual com propósitos diversos. Vamos conhecer cada etapa? O “antes”: aqui o objetivo é fazer uma análise global do texto identificando o assunto principal explorado considerando aspectos não textuais, ou seja, recursos visuais que podem auxiliar na compreensão do texto. Adiciona-se, aqui, a exploração dos conhecimentos prévios do leitor. Entre as estratégias mais comumente utilizadas, pode-se mencionar: Non-verbal signs; Brainstorming; Prediction. O “durante”: no momento em que você, leitor, mergulhar efetivamente no texto através da leitura mais detalhada, faz-se necessária a compreensão da mensagem a partir da seleção das informações relevantes, uma relação entre as informações apresentadas no texto e uma análise das predições feitas antes da leitura, para validá-las ou refutá-las. Insere-se neste contexto as seguintes estratégias de leitura: Skimming ( ou top-down processing); Scanning (ou bottom-up processing); Word mapping ou mapa conceitual. O “depois”: engloba uma análise textual para refletir sobre o conteúdo explorado no texto, incluindo, neste sentido, o significado da mensagem e a verificação de diferentes perspectivas apresentadas para o tópico selecionado. Para desenvolver tais tarefas, lança-se mão das seguintes estratégias: Selectivity e Critical appreciation. Esse último termo é o que mais devemos nos ater na era digital na qual fake news surgem de todas as direções, em diversos formatos, muitas vezes sem fonte e sem qualquer tipo de validação.
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