EDIÇÃO 05 Mai 12
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Das Jornadas de Educação da JSD Oeiras Actividades de Maio: - Eleição dos Conselheiros Regionais da JSD Lisboa AM; - Realização do Plenário Concelhio da JSD Oeiras em conjunto com a reunião alargada da Comissão Política Concelhia do PSD Oeiras, que contou com a presença do Dr. Francisco Moita Flores que convidámos para ser o nosso candidato à Câmara Municipal de Oeiras nas eleições autárquicas de 2013;
Não foi sem enorme satisfação que assisti a esta iniciativa da JSD Oeiras que espero ser a primeira de uma linha de continuidade operativa e lógica e de onde, se possam extrair ideias e conceitos aplicáveis no universo real. A iniciativa é de louvar, preservar e conservar dinamicamente, criando frentes de reflexão sobre o tema que é nuclear no pensamento Social-Democrata – a Educação. A Escola, como conceito e realidade, é a plataforma primeira de mobilidade social, de inversão de posições na injusta pirâmide que a mole humana de um Estado forma. Nesse sentido, pensá-la, organizá-la, regulá-la, é uma função primeira e essencial na prossecução dos valores pelos quais o nosso partido político se rege e se pretende ver reflectido na sociedade. A iniciativa Sub-18, que pretende mostrar aos mais jovens o que é a política e de que forma se pode ser interventivo nela, parece-me, a par de uma reestruturação da disciplina de Formação Cívica, uma ponte indispensável com as camadas mais jovens. Não se pode ter a veleidade de supor que um indivíduo se possa formar civicamente sem uma consciência politizada e actuante nesse domínio.
- Celebrámos o dia da Europa com a realização de um debate informal com o mote: “Desafios do Futuro: Europa” que contou como oradora convidada a Prof. Dra. Ana Isabel Xavier;
A partilha de manuais escolares é uma batalha que o partido vai ter de travar ferozmente contra muitos interesses instalados. Nos Estados Unidos da América a partilha de manuais de qualidade em formato papel, e digital para diversos equipamentos informáticos, já é uma realidade, bem como nalgumas escolas de ensino profissional em Portugal. A JSD deve bater-se duramente por esta realidade, enfrentando os corporativismos próprios deste sector, que são muitos, e lograr obter por fim o ideal do manual escolar único e partilhado.
- Marcámos presença na Comissão Municipal de Juventude;
Falou-se nas Jornadas, também, no nível de escolaridade em Portugal e a forma quase milagrosa como esse nível se inverteu em quase 40 anos de Democracia. Todos estamos, naturalmente, satisfeitos com esses números importantes e auspiciosos, mas o que importa aferir neste momento é que qualidade de literacia temos. Pois é dessa qualidade, e não dessa quantidade, que vamos produzir um país mais preparado para
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um séc. XXI que já começa por nos pôr à prova. Somos nós, partidos políticos, que temos a obrigação moral, cívica e, portanto, política, de reverter esta situação. - Marcámos presença nas Assembleias Municipais; - Encontro de militantes com o Dr. Francisco Moita Flores nos Bombeiros Voluntários do Dafundo; - Encontro de militantes com o Dr. Francisco Moita Flores na Associação Pombal XXI; - No âmbito do projeto da concelhia do PSD Oeiras, Oeiras Presente, visitámos o Centro Social Paroquial de Oeiras, Barcarena e Porto Salvo; - Participámos na Sessão Solene de Aniversário da Junta de Freguesia de Oeiras e São Julião da Barra, no Forte de S. Julião da Barra; - Visita ao Centro Equestre João Cardiga e à Associação Condessa de Cuba; - “Oeiras lança Orçamento Participativo”, implementação de mais uma das propostas da JSD Oeiras à Assembleia Municipal;
Também se disse que é hoje mais fácil passar que chumbar nas escolas portuguesas. O exame é um instrumento fundamental. O exame é por excelência o treino da reflexão, da utilização da memória e da informação acumulada, numa situação em que essa informação tem de ser ordenada, integrada e utilizada racionalmente. Excluí-lo da escola com a exigência que é necessária, é o mesmo que atirar uma criança ao mar sem a ensinar a nadar e esperar que sobreviva, por milagre. Neste contexto ainda, gostaria de falar-vos sobre a questão do ensino público/privado, que também foi abordado nas Jornadas. No meu entender o ensino privado tem uma lição a dar ao ensino público. A lição fácil. Colégio caro, meninos de contextos familiares e socio-culturais privilegiados, alunos fáceis. Nas escolas públicas, estão meninos de todas as proveniências. Ricos, remediados e pobres. Esta é a grande lição do ensino público ao privado – a integração com sucesso escolar. O desafio é pegar num aluno com problemas socio-afectivos, e económicos, e transformá-lo num bom aluno. Falou-se também da Contratação de Professores. Caros companheiros, o modelo de concurso de professores é baseado num algoritmo que tem como variáveis a antiguidade, a assiduidade e a necessidade de determinados profissionais numa determina zona, expressa em vagas. Este, se aperfeiçoado com outras variáveis, como o índice de avaliação, como espero, venha a ser, é um modelo, em tese, justo. Ter as escolas a escolherem o pessoal docente é causar um autêntico mercado de concorrência, com o inevitável resultado final – o prejuízo do aluno que ficou numa escola que por uma razão ou por outra não pôde contratar o corpo docente que esse aluno poderia ter tido se tivesse havido um concurso universal baseado em critérios algorítmicos transparentes. Falou-se no Ensino Profissional como alternativa ao Ensino Superior. Eu não podia estar mais de acordo. Existe em Portugal um preconceito anacrónico em termos europeus em relação ao ensino profissionalizante, ou seja,“inferior”. É patética esta visão, para além de pouco operativa e pouco produtiva.
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- Realização das JORNADAS AUTÁRQUICAS SOBRE EDUCAÇÃO;
Há uma aposta que deveria ser muito mais orientada, como, de resto, existe nalgumas zonas do país, através de convénios com empresas, fundações, instituições públicas, etc. É necessária uma política esclarecida de identificação de necessidades específicas de criação de profissionais úteis ao desenvolvimento de Portugal e ao seu crescimento sustentado. De que nos servem milhares de juristas nas filas dos centros de emprego e não haver técnicos de soldadura em indústria pesada ou técnicos de laboratório intermédios na produção de fármacos com interesse como bens transaccionáveis? É necessário rever toda uma política para este sector e nesse sentido as universidades e politécnicos podem ter muito a dizer e fazer, pois podem ser elas próprias a promover o ensino profissionalizante, dado que têm meios técnicos que as escolas secundárias de uma forma geral não têm, e neste contexto económico, dificilmente terão na sua totalidade. Em relação à inclusão dos Pais no processo pedagógico escolar devemos ter em conta que a escola é o espaço de integração comunitária por excelência. Nos EUA existe a célebre PTA (Parents' and Teachers' Association) que tem na escola um papel fulcral, verdadeiramente determinante nas medidas a tomar na gestão escolar, nas actividades a desenvolver, na discussão de problemas internos, etc. Este deveria ser, talvez, um modelo a adaptar à nossa realidade e a desenvolver em Portugal. A escola é o fórum da cidadania futura – estimemo-la!
- Sede JSD Oeiras (JORNADASAUTÁRQUICASSOBREEDUCAÇÃO)
Termino com uma reflexão que já iniciei várias vezes neste texto, que é a da Escola e o seu papel na Social-Democracia. Pensemo-la, organizemola, projectemo-la, concretizemo-la para o Presente e para o Futuro. Não nos deixemos iludir pelo paliativo da terapêutica momentânea. Pensemos no depois. Tenhamos a audácia de sonhar ser um país e um povo melhor. Agradeço à JSD Oeiras a possibilidade de participar nestas Jornadas da Educação e louvo a sua iniciativa no seio do Partido Social Democrata.
Texto João Monteiro Rodrigues