3 Conversas, sobre cidades, projeto e a construção da paisagem (II)

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2ª CON_ VERSA A construção da paisagem

Juanca Cristaldo

FAAC - Bauru

Universidad Nacional de Asunción


A REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO:

Aproximadamente 80 quilômetros no sentido Leste – Oeste e 35 no sentido Norte Sul Aproximadamente 8.000.000 Km2. População estimada 19.539.450 habitantes.

em


O que q É paisagem?


Os estudos de paisagem, inicialmente muito O focados na descrição das formas físicas da superfície terrestre, foram progressivamente incorporando os dados da transformação humana do ambiente no tempo, com a individualização das paisagens culturais face às paisagens naturais, naturais sem nunca perder de vista as interligações mutuas. Pelo contrário, a ação humana é considerada fator decisivo ou principal de transformação e vários autores reconhecem que as paisagens verdadeiramente naturais não existem (exceto talvez as calotes glaciárias, como admite Harsthorne) (...). Paisagem e geografia Teresa Salgueiro

Uma U V ã Visão Geográfica da paisagem


Um Conceito: Toda a RegiĂŁo Metropolitana ĂŠ Paisagem. (A partir do entendimento que praticamente toda paisagem ĂŠ cultural)


Lérida, Catalunya, España Canais agrícolas, implantados entre os anos 700 a 1100 aproximadamente, sob domínio Árabe

Agora bem, pode a paisagem cultural ter VALOR AMBIENTAL? Pode a paisagem construída pelo homem ser importante para outras formas de vida, para os ecossistemas?


Machu Pichu, Peru O complexo do Primeiro Imperador Inca e os edifícios religiosos datam do Século XV, mais cultivou-se nos terraços desde o Século X, segundo evidencias arqueológicas


Lago Titicaca, fronteira do Peru e a Bolívia. Presume-se que na região, no século XIII, surgiram as primeiras populações Incas. Os habitantes moram nas ilhas flutuantes denominadas Urus, construídas com totoras, forma de vegetação típica do lago.


Q Qual Éa paisagem na qual se trabalhou ?


A favela enquanto paisagem urbana. Um modo especĂ­fico de construir cidade, de antropizar a natureza.


Localização do Jardim Irene:

Sub Bacia Tamanduateí

Jardim Irene

Sub Bacia Billings

Sistema Billings Tamanduatei.


Localização do Jardim Irene: Especificamente, na Bacia do Tamanduateí Superior.

Jardim Irene


Localização do Jardim Irene: E na sub bacia do córrego Guarara.

Rio Tamanduateí

M á Mauá

Arroyo Guarará

Ribeirão Pires

Favela Jd. Irene

Rio Grande da Serra Referencias Límite de la cuenca Del Arroyo Guarará y sub cuencas Límite del Área de Protección y recuperación de manantiales.


O relevo da região: Em tons claros, os vales,, em tons escuros, as encostas.

Referencias: Pendientes: > 100% > 60% < 100% > 30% < 60% > 15% < 30% > 0% < 15%

Límite de la cuenca Del Arroyo Guarará y sub cuencas Límite de la favela Jd. Irene


Jardim Irene como uma interfase urbanĂ­stica.


Vista Aérea:

São Bernardo do Campo

Jd. Irene IV

Os diversos “Irenes” (etapas diferentes de ocupação da área).

Jd. Irene V Jd. Irene II

Córrego Medeiros Córrego Magini Jd. Irene I

Santo André

Jd. Irene III

Os córregos Magini e Medeiros, poluídos, enfrentando assoreamento e a ocupação das várzeas.


A estrutura urbana Caminho dos Vianas, a principal rua do complexo

Referencias: a)Â Predios Alvenaria Madeira b)Â VĂ­as: Pavimentadas Sem pavimentar


Imagem de satĂŠlite da ĂĄrea


La ladera cubierta de vegetación absorbe el agua de lluvia, y limita la velocidad superficial del agua, disminuyendo la erosión.

Para implantar construcciones, se remueve la cubierta vegetal y se corta la ladera. Se conforman rellenos mal compactados y precariamente contenidos. Más construcciones se implantan, y las cloacas vertidas en la ladera, y las basuras arrojadas colina abajo, comprometen aún más la estabilidad del conjunto.

La ladera “petrificada” impide la infiltración de la lluvia, rebajando la napa freática y aumentando la velocidad de deslizamiento superficial, produciendo inundaciones aguas abajo.

Eventualmente, la erosión superficial, los cortes y la remoción de la cubierta vegetal protectora, se conjugan con las lluvias de verano, produciendo deslizamientos. La propia dinámica del patrón es auto destructiva.

A construção de uma paisagem


A construção de uma paisagem


Declividades e ocupação. ocupação


à reas de Proteção permanente. O mito da natureza intocada e da destrutividade inata do homem.


Se fossem respeitadas a risca todas as restrições da legislação ç ambiental, seria necessário remover 80% da população da favela. (umas 1200 famílias)


A Cidade-das-normas daria a nos, qualidade de vida urbana e sustentabilidade ambiental? Existe uma terceira via entre a favela (ocupar o território destrutivamente) e o congelamento jurídico í das á áreas a preservar.? Por que falamos em áreas de proteção se na verdade é necessário instituir áreas de recuperação de passivo ambiental? (Resiliência!) É possível ocupar sem destruir? Hoje enfrentamos um dilema paralisante, que pode ser resumido na dicotomia “ocupar-não ocupar” ou “cidade – natureza”. Nós acreditamos que a pergunta não é mais se ocuparemos ou não o território, mais como

iremos ocupá-lo.

As questões.


A proposta de recuperação de uma microbacia. (salve o mundo mundo, um quintal por vez)


2º. Cenário. Recuperação ambiental – 15 metros a cada lado dos córregos, recuperar as áreas de risco de deslizamento.

Remoção de 600 casas.


APP

Áreas de risco de d li deslizamento

APP

A proposta é recuperar uma faixa de 15 metros a cada lado dos córregos. Os setores destacados em laranja seriam consolidados como tecido urbano, ainda sendo app. Como compensação propõe-se o plantio de árvores em áreas de risco de deslizamento e nas margens dos corpos d’água.

No momento de iniciar o projeto, tínhamos casas nas faixas de APP de corpos d’água, nascentes e topos de morro.

Além disso, casas implantadas em encostas com alta declividade e risco de deslizamento

A resolução CONAMA 369/ 2006 Dispõe sobre casos excepcionais, de utilidade pública pública, interesse social ou baixo impacto ambiental que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em APP


3º. Cenário.

Ajuste, desconsiderando córregos com canalização fechada. Número remoções: casas.

de 353


Área de Recuperação ambiental do córrego Medeiros.

Área de Recuperação ambiental do córrego Magini

A proposta urbanística e ambiental. ambiental


E uma lógica Partes, que fazem sentido no todo. Rio Tamanduateí

M á Mauá

Recuperar uma micro-bacia, por vez. Iniciar águas acima e completar a bacia inteira.

Arroyo Guarará

Ribeirão Pires

Favela Jd. Irene

Rio Grande da Serra Referencias Límite de la cuenca Del Arroyo Guarará y sub cuencas Límite del Área de Protección y recuperación de manantiales.


Os Córregos Magini e Medeiros, confluem no guarará. O córrego Guarará alimenta o Rio Tamanduateí. Tamanduateí O Tamanduateí, é um tributário do Tietê. O Tietê, que nasce perto do mar, descreve um arco de três ê mil quilômetros em direção noroeste, até encontrar o Paraná, e passar por Paraguay, Argentina e Uruguay no seu caminho ao mar. Quando a gente compreende (na totalidade do seu ser, não só na mente) que tudo se conecta, o mundo inteiro começa a ter sentido pessoal. Nada mais parece pequeno ou irrelevante. Nenhum lugar pode ser dado por perdido.


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