Bioarquitetura em Complexo de Uso Misto - Trabalho Final de Graduação 2/3

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3.1 BOSCO VERTICALE

Como parte de um projeto de reforma urbana de Hines Italis, a primeira floresta vertical foi inaugurada em outubro de 2014 na área de Porta Nuova em Milão. O projeto tem duas torres, uma de 80 metros e outra de 112 metros de altura. Eles abrigam 480 árvores de porte médio e grande, 300 árvores de pequeno porte e 11.000 plantas perenes e rasteiras, bem como 5.000 arbustos. Cerca de 20.000 metros quadrados de vegetação rasteira e floresta equivalem a uma superfície urbana de 1.500 metros quadrados. (BOERI STUDIO, 2015)

(Figura 16)

Figura 16

Fota da fachada com foco nas jardineiras

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/778367/ edificio-bosco-verticale-boeri-studio>

A Floresta Vertical é uma ideia arquitetônica que usa policromia de folhas nas paredes para substituir materiais tradicionais nas superfícies urbanas. O conceito se baseia em uma camada de vegetação, que é necessária para criar um microclima adequado e filtragem da luz solar. Ele também rejeita uma abordagem tecnológica e mecânica superficial para a sustentabilidade ambiental.

(Figura 17)

Figura 17

Estudos de conforto ambiental

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/778367/ edificio-bosco-verticale-boeri-studio>

Figura 18

Fota aérea do projeto

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/778367/edificio-bosco-verticale-boeri-studio>

A Floresta Vertical aumenta a biodiversidade e ajuda a formar ecossistemas urbanos onde vários tipos de plantas criam ambientes verticais distintos dentro da rede existente, abrigando pássaros e insetos. Há aproximadamente 1.600 espécies de pássaros e borboletas vivendo nesses ambientes. Assim, contribui para a população natural da flora e fauna.

Os edifícios criam um microclima e filtram partículas contaminadas da cidade. A diversidade de plantas contribui para o desenvolvimento do microclima, produzindo umidade, absorvendo CO2 e outras partículas, produzindo oxigênio e protegendo o ambiente da poluição sonora e da radiação solar. Este é um método antiexpansão que ajuda a gerenciar e limitar a expansão urbana; Em termos de densidade urbana, cada torre equivale a aproximadamente 50,000 metros quadrados de área periférica de edifícios e casas unifamiliares.(Figura 17)

O estudo de três anos com botânicos e etologistas resultou na seleção das espécies e sua distribuição de acordo com a orientação e altura das fachadas. As plantas que são usadas nos edifícios são previamente cultivadas em uma estufa para que possam se adaptar às condições das varandas.

Os edifícios agora servem como um ponto de referência para

a cidade, com suas cores mudando de acordo com a estação e as diferentes espécies de plantas usadas. Isso dá aos moradores de Milão uma perspectiva da cidade em constante transformação. (Figura 19)

O condomínio tem a responsabilidade de administrar as plataformas onde as plantas crescem. Isso inclui manter e substituir toda a vegetação, bem

Figura 19

Fachadas Mutáveis

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/778367/edificio-bosco-verticale-boeri-studio>

Figura 20

Corte Ampliado Humanizado da fachada Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/778367/ edificio-bosco-verticale-boeri-studio>

Figura 21

Corte Ampliado com os tipos de manutenção Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/778367/edificio-bosco-verticale-boeri-studio>

como a quantidade de plantas estabelecidas em cada plataforma. (Figura 21)

De acordo com estudos micro-metereológicos, o cálculo das necessidades de irrigação foi feito observando as características

climáticas. A quantidade de vegetação distribuída em cada pavimento e a exposição de cada fachada determinaram a diversidade do cálculo.

Pensando nisso, a estratégia de Jardim vertical foi o que trouxe,

literalmente, vida ao projeto. Com jardineiras que rondam o edifício foi criado desenhos diferentes para cada pavimento, trazendo consigo um sistema de irrigação automática para as jardineiras. Ponto que foi utilizado no projeto desse trabalho.

Figura 22

Perspectivas Isométricas com sistema de manutenção e volumetria

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/778367/edificio-bosco-verticale-boeri-studio>

Figura 23

Detalhes estruturais da fachada e das jardineiras

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/778367/edificio-bosco-verticale-boeri-studio>

BIOTIC

O projeto Biotic é obra do Architects Office. O terreno, localizado em Brasília com 70.000 m², foi construído 180.000m². Sendo um terreno quadrado e com um pouco de relevo, o escritório trouxe a ideia de uma junção única e harmônica por meio da cobertura. Sendo assim feito o World Trade Center, a junção de convivência de diversos usosResidencial, Hospitality, Comercial e Corporativo - criando um ecossistema integrado e único. A fim de criar uma identidade forte, distinta e funcional para o complexo de uso misto, o elemento arquitetônico projetado

especificamente para este projeto inclui piso, parede e cobertura em componentes adaptados. O térreo e um percurso elevado ao longo das edificações são conectados pelo piso. Como uma parede, marca os limites laterais de cada edifício e define seu término. Com sua função de cobertura, ele representa um futuro potencialmente inovador, sensível e atemporal para o bairro Biotic.

A partir dos alinhamentos do terreno com o entorno e criação de um “Grid” temos a centralização dos eixos dos arruamentos e o início da setorização do projeto. (Figura 28)

Figura 24

Imagem do projeto

Fonte: <https://www.architectsoffice.co/projeto/biotic?pgid=kgr0d12j-80dbdf_ a583cab807c240f4beb32947ac89f9dfmv2.jpg>

Figura 25

Imagem do projeto

Fonte: <https://www.architectsoffice.co/projeto/biotic?pgid=kgr0d12j-80dbdf_a583cab807c240f4beb32947ac89f9dfmv2.jpg>

Figura 26

Imagem do projeto

Fonte: <https://www.architectsoffice.co/projeto/biotic?pgid=kgr0d12j-80dbdf_ a583cab807c240f4beb32947ac89f9dfmv2.jpg>

Logo, é definido as secções de torres longas e extrusões como pilotis. Pensado juntamente com a cobertura ôrganica com degraus/ arquibancadas cria-se um fluxo mais interessante no projeto, além de trazer sustentabilidade com a utilização de teto verde.

A forma de trazer um elemento arquitetônico como união das parte foi o ponto chave para a escolha da referência, dando não somente a união como traz uma forma diferente de praça e sustentabilidade para o local.

Figura 27

Corte em Perspectiva da Estrutura

Fonte: <https://vincent.callebaut.org/zoom/ projects/110130_taipei/taipei_pl067>

28

Processo Volumétrico

Fonte: <https://vincent.callebaut.org/zoom/projects/110130_taipei/taipei_pl068>

Figura

O prédio de escritórios

CH2 foi concebido em parceria com a Prefeitura de Melbourbe, visando ser um sistema integrado que envolve seus usuários como participantes. O projeto adota um modelo que incentiva uma interação mais intensa entre a cidade e a natureza, em que cada elemento depende do outro. A meta da cidade de Melbourne é alcançar zero emissões até 2020. Uma contribuição significativa para esta estratégia

Figura 29

Corte

Fonte: < https://www.archdaily.com.br/br/01-132298/escritoriosdo-conselho-de-melbourne-2-ch2-slash-designinc/51cc725 2b3fc4b214200007e-ch2-melbourne-city-council-house-2designinc-section-c-designinc?next_project=no >

é a diminuição do consumo de energia em prédios comerciais em 50%. CH2 foi experimentado com o objetivo de oferecer um modelo de trabalho para a evolução do mercado local. A proposta solicitou um edifício que dependesse o mínimo possível de sistemas de energia passiva, ao mesmo tempo que proporcionasse um edifício de alta qualidade.

CH2 utiliza termos literalistas e metafóricos com objetivos ambientais em sua estrutura arquitetônica. A natureza serve de inspiração para fachadas que regulam o clima, sistemas de ventilação que se alinham a táticas de iluminação natural e uma estrutura de piso de concreto que desempenha um papel crucial no aquecimento e resfriamento do prédio. (Figura 34)

Foi o primeiro prédio recém-construído de escritórios na Austrália a atingir e superar a classificação de seis estrelas gerenciada pelo Green Building Council of Australia. Também crucial

Figura 30

Imagem da fachada com os brises

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-132298/escritorios-do-conselho-de-melbourne-2-ch2-slash-designinc/51cc71b2b3fc4be56b00007a-ch2-melbourne-city-council-house-2-designinc-photo>

para suas propriedades ambientais é que oferece 100% de ar fresco para todos os ocupantes, com uma renovação completa do ar a cada meia hora.

As vantagens da alta qualidade do ar em espaços internos, aliadas aos cálculos de economia de energia, permitirão que o prédio pague suas despesas com inovações dentro de cinco a dez anos.

Logo, o projeto traz eficiência energética e soluções arquitetônicas como: brises, jardineiras, sistemas de vetilação natural e utilização de materiais para trazer conforto ao usuário. Pontos que foram utilizados nesse trabalho

Figura 31

Imagem da fachada com os brises

Fonte: < https://www.archdaily.com.br/br/01-132298/escritoriosdo-conselho-de-melbourne-2-ch2-slash-designinc/51cc714 3b3fc4be56b000075-ch2-melbourne-city-council-house-2designinc-photo >

Figura 32

Imagem da fachada com os brises e sacadas

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-132298/escritoriosdo-conselho-de-melbourne-2-ch2-slash-designinc/51cc715 fb3fc4b2142000074-ch2-melbourne-city-council-house-2designinc-photo?next_project=no >

Figura 34

Figura 33

Imagem da fachada com as sacadas

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-132298/escritoriosdo-conselho-de-melbourne-2-ch2-slash-designinc/51cc719 eb3fc4b2142000077-ch2-melbourne-city-council-house-2designinc-photo?next_project=no >

Corte Esquemático das estratégias bioclimáticas durante o dia e noite.

Fonte: < https://www.archdaily.com.br/br/01-132298/escritorios-do-conselho-de-melbourne-2-ch2-slash-designinc/51cc7244b3fc4be56 b00007f-ch2-melbourne-city-council-house-2-designinc-bioclimatic-section-day-c-designinc?next_project=no >

LOCALIZAÇÃO

4.1

A área da intervenção está localizada no bairro Liberdade na cidade de São Paulo capital. Com vias importantes e bem movimentadas ao redor desse terreno, podemos ver que há pontos de grande incentivo ao redor. Hospitais e escolas são um ponto forte dessa região, sendo, também, bens tombados por questões arquitetônicas e históricas. (Figura 38)

O terreno está localizado na Rua Vergueiro, 470 (Figura 37). Contém, aproximadamente, 14.314,50 m² de área e há um declive para o lado da Avenida vinte e três de maio. Com a escolha do terreno vemos que há vários obstáculos:

1. Bens tombados ao redor.

2. Declive no terreno.

3. Programa de necessidades

4. Trânsito

O terreno, tendo um declive de 12 metros começa a partir do viaduto. (Figura 35) Conforme imagens e demais levantamentos, a Avenida 23 de maio, umas das avenidas mais movimentadas dessa

região está ligada com o terreno, porém com um muro não dando acesso por essa avenida. Sendo complicado para as pessoas acessarem a Rua Vergueiro de uma forma mais rápida, sendo que as pessoas passam pela grama para conseguir acessar a rua sem saída. (Figura 36).

Figura 35

Mapa Satélite de São Paulo e imagem do Viaduto do Paraíso.

Fonte: Google Earth

Figura 36

Mapa Satélite de São Paulo e imagem com caminho feito pelos pedestres locais para acessar a rua Vergueiro.

Fonte: Google Earth

Figura 37
Mapa Satélite do Brasil e de São Paulo
Fonte: Mapa feito pela autora com os dados do SIRGAS - GEOSAMPA

Hotel Vergueiro

CEI Diret Icami Tiba (Educação Infantil) RUA VERGUEIRO RUA VERGUEIRO AVENIDA 23 DE MAIO AVENIDA 23 DE MAIO

Hospital do Serviço Público Municipal

UPA Vergueiro

Paróquia e Colégio Santo Agostinho

BP - A Beneficiência Portuguesa de São Paulo

Centro Cultural São Paulo

Capela de São Joaquim

RUA DO PARAÍSO

LEGENDA

Pontos de Ônibus

Estação de MetrôVergueiro

Edifícios

Edifícios Tombados

Área d e Intervenção

Ciclo Faixa Via Arterial Via Coletora Via Local

Figura 38

Mapa em perspectiva isométrica esquemático com dados das vias e instrumentos importantes no entorno.

Fonte: Esquema feito pela autora

Além disso, na Rua Vergueiro é coberto por muro e contém pontos de ônibus nessa rua e uma ciclofaixa (Figura 38).

A quadras são mais ocupadas com residências verticais, tendo alguns pontos de usos especiais onde temos os bens tombados e escolas. O terreno escolhido, é considerado vago. (Figura 39)

Essa região é bem arborizada nas vias e em algumas quadras. Mas o terreno escolhido, por estar vago, está somente com grama e vegetação que dá para a Avenida. (Figura 39)

VERGUEIRO

23 DE MAIO

23 DE MAIO VIADUTO PARAÍSO

DO PARAÍSO

LEGENDA

Estação de Metrô - Vergueiro

Comércio e Serviço Horizontal

Usos Especiais

Escolas

Residencial Vertical Médio Padrão

Área d e Intervenção

PARAÍSO

LEGENDA

Estação de MetrôVergueiro

Licença Ambiental

Industrial Árvore

Vegetação Significativa

Área d e Intervenção

Hidrodrenagem

Figura 39

Mapa em perspectiva isométrica esquemático com dados do Uso do Solo e Vegetação

Fonte: Esquema feito pela autora

4.2 PÚBLICO ALVO

O bairro Liberdade é um dos bairros mais nobres economicamente dizendo, tendo uma renda média de R$ 4.089,66 reais em emprego formal (NEGÓCIOS SP, 2020).

Entre 2011 a 2021 o distrito variou -14,2%, passando de 0,8% a

Gráfico 7

Evolução dos Empregos Formais. Fonte: RAIS, 2021, editado pela autora.

0,7% do total da Cidade de São Paulo. (NEGÓCIOS SP, 2021)

E a atividade mais frequente em 2021 é Serviços para edifícios e atividades paisagísticas, que representa 17,4% do total dos estabelecimentos do distrito. (NEGÓCIOS SP, 2021)

Tendo 72.923 de habitantes, representando 0,61% da cidade de

São Paulo (NEGÓCIOS SP, 2021).

Gráfico 8

Evolução dos Empregos Formais.

Fonte: RAIS, 2021, editado pela autora.

Gráfico 9

Evolução dos Empregos Formais.

Fonte: RAIS, 2021, editado pela autora.

Mapa 01
Mapa de Densidade Demográfica - 2010
Fonte: Mapa feito pela autora com os dados do SIRGAS - GEOSAMPA

Entre 2010 a 2022 a população do distrito variou de 5,8%, como mostra no gráfico abaixo.

Gráfico 10

Projeção Populacional do bairro Liberdade. Fonte: FUNDAÇÃO SEADE, 2022, editado pela autora.

A distribuição etária da população está bem equilibrada, tendo 53,46% de mulheres e 46,54% de homens. Estando numa idade ativa (15 a 64 anos) representa 68,8% da população do distrito.

Gráfico 11

Emprego Formal por gênero. Fonte: RAIS, 2021, editado pela autora.

Gráfico 12

Pirâmide Etária do bairro Liberdade. Fonte: FUNDAÇÃO SEADE, 2022, editado pela autora.

Logo, temos uma idade média de 41 anos dos habitantes do distrito e 15,9% de idosos e 15,3% possuem até 14 anos em 2022. (Gráfico 10). Pensando nisso, os perfis dos empregados no distrito, em 2021, 52,7% eram mulheres e a faixa etária de mais empregados são os de 30 a 39 anos, como mostra nos

Gráficos 11 e 12. Portanto, o bairro Liberdade é um bom lugar para criação de um empreendimento como está sendo proposto nesse trabalho. Há emprego, escolaridade, saúde e diversidade de idades. Possibilitando um empreendimento com lazer, empregos e moradias.

Gráfico 13

Emprego Formal faixa etária.

Fonte: RAIS, 2021, editado pela autora.

O bairro da Liberdade, em São Paulo, é um dos mais icônicos da cidade e é conhecido por sua história diversificada e diversidade cultural. O bairro tem sua origem no início do século XIX, a população majoritária da região era negra antes mesmo de receber o nome Liberdade, quando ainda era chamada de “Bairro da Pólvora”. (OLIVEIRA, GIOVANNA)

A Igreja da Santa Cruz, também conhecida como Igreja dos Enforcados, fica nesse bairro onde hoje está a praça da Liberdade, era chamado de “Campo da Forca”, era o local onde os escravizados fugitivos eram executados na praça pública após serem condenados à morte. A igreja era onde as pessoas acenderão velas para suas almas.

Figura 40

Imagem da Placa de Boas vindas ao bairro da Liberdade em 1984

Fonte: U.Dettmar/Folhapress < https://www.gazetasp.com.br/cotidiano/memoria-de-negros-a-orientais-a-historiado-bairro-da-liberdade/1101443/>

Por volta de 1770, um dos primeiros cemitérios de São Paulo foi construído nas imediações. Nele foram enterrados enforcados, escravos e desvalidos. Na rua Tabatinguera, próximo ao “Largo da Forca”, foi construída a primeira forca de São Paulo. (IDENTIDADE SÃO PAULO)

Em 7 de abril de 1831, foi a data da abolição do imperador dom Pedro I. Em 4 de maio do mesmo ano, o vereador Candido Gonçalves Gomide propôs usar o nome “Liberdade” para selar a data, mas a proposta foi rejeitada e o chafariz no largo São Francisco recebeu o nome. O resultado foi que o nome do chamariz se tornou popular e se espalhou por todas as ruas, largos e bairros. (IDENTIDADE SÃO PAULO)

Em 1813, a Casa da Pólvora foi construída na área, cerca de um quilometro da praça João Mendes, onde era guardada toda a pólvora da pequena Vila de São Paulo. Por causa disso, a área já era conhecida como Largo da Pólvora. (IDENTIDADE SÃO PAULO)

Figura 41

Imagem de uma das ruas do Bairro Liberdade Fonte: Subprefeitura Sé, 2013. < https://www.gazetasp.com.br/cotidiano/memoria-de-negros-a-orientais-ahistoria-do-bairro-da-liberdade/1101443/>

Em 1864, o filho do senador Vergueiro, José Vergueiro, construiu uma nova estrada para o litoral. Foi chamada de “estrada nova para santos” e ia do Largo da Liberdade até a bifurcação, indo para Santo Amaro. (IDENTIDADE SÃO PAULO)

O Japão sentiu a necessidade de emigração no início do 4.3.1 Comunidade Japonesa

século XX. O país estava superpovoado e se sustentava principalmente com técnicas agrícolas antigas, que limitavam a produção ao alimento que a população consumia. Isso impedia a formação de estoques para guerras ou períodos de seca. (OLIVEIRA, GIOVANNA) Logo, com a chegada do navio Kasatu Maru no porto de

Santos em 1908, os japoneses começaram a imigrar para o Brasil. Os imigrantes japoneses iniciaram sua imigração residindo na rua Conde de Sarzedas em 1912, dando origem ao bairro da Liberdade. Uma das razões pela qual as pessoas procuram por essa rua é que quase todos os imóveis tinham porões e os quartos no subsolo eram muito baratos.

Neste período, houve um forte processo de resistência negra, marcado pela presença das escolas de samba Paulistano da Glória, na Rua da Glória, entre os anos 1940 e 1980, e Lavapés Pirata Negro, a mais antiga escola de samba paulistana em atividade, fundada nos anos 1930. (OLIVEIRA, GIOVANNA)

A partir dessa época, começaram a surgir atividades comerciais, como hospedarias, empórios, casas que produziam tofu (queijo de soja), outras casas que produziam manju (doce japonês) e empresas que oferecem empregos, formando a “Rua dos Japoneses”.

O bairro é famoso como o maior reduto da comunidade japonesa da cidade. É também a maior colônia japonesa do mundo fora do Japão, tornando-se um ponto turístico de São Paulo.

Devido ao forte comércio de alimentos, roupas e utensílios, entre outros, o bairro ainda preserva muito da tradição japonesa e oriental por meio de festas tradicionais que ocorrem ao longo do ano, atraindo japoneses e nipo-brasileiros de várias regiões do país.

4.3.2 Rua Vergueiro

Na década de 1860, foi construída uma variante da Rodovia Caminho do Mar chamada Estrada do Vergueiro, que coincide com a Rua Vergueiro no trecho paulistano. Ele recebeu seu nome em homenagem a José Vergueiro. Ele tem mais de 9 km de comprimento e tem duas pistas no primeiro segmento de 2,8 km, além de um canteiro central em algumas partes. Esta é uma estrada muito

longa que começa no centro do distrito da Liberdade, corta o distrito de Vila Mariana e termina alguns quilômetros mais adiante no distrito de Sacomã, localizado na zona sul.

Sendo hoje uma das principais vias do bairro, tem uma história diversificada e rica. A rua começou como um caminho antigo que ligava o centro de São Paulo ao sul, facilitando a urbanização e o crescimento da área. A construção de linhas de bonde ao longo da Rua Vergueiro no início do século XX aumentou seu papel como centro de transporte e desenvolvimento urbano. (WIKIPÉDIA)

Figura 42

Imagem da Rua Vergueiro Fonte: < https://rodovias.org/rua-vergueiro/>

4.3.2.1 Marcos Históricos e Culturais

Diversos marcos culturais e históricos significativos estão localizados na Rua Vergueiro. O Hospital AC Camargo, uma referência em tratamento de câncer na América Latina, está entre os mais notáveis.

Além disso, muitas instituições acadêmicas notáveis estão localizadas nesta rua. Uma delas é a Escola de Comunicações e Artes da Universi-

dade de São Paulo (ECA-USP). (Figura 43)

O bairro é conhecido por suas livrarias, sebos e centros culturais, que contribuem para a vida intelectual vibrante da rua. A variedade de estilos de arquitetura encontrada na Rua Vergueiro mostra a transformação urbana da área e as várias influências culturais que a moldaram ao longo dos anos.

Figura 43

Fachada da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo ECA-USP Fonte: < https://www.eca.usp.br/graduacao >

4.3.3 Atualmente

A Rua Vergueiro ainda é um importante meio de transporte e uma estrada que conecta a Liberdade a outras áreas da cidade. A área ao redor da rua é diversa e densamente povoada, com uma mistura de residências, restaurantes e locais culturais que mantêm o bairro vivo e dinâmico. Com sua história diversificada e diversidade cultural, o bairro da Liberdade é um pequeno pedaço da cidade de São Paulo. A diversidade e a transformação urbana e cultural da região são exemplificadas pela Rua Vergueiro. A história da Liberdade e da Rua Vergueiro retrata a imigração, o crescimento da cidade e a preservação cultural, mostrando a complexidade e a beleza do patrimônio histórico de São Paulo.

4.4.1

Lei de Zoneamento

A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS), também conhecida como Lei de Zoneamento, foi aprovada em 23 de março de 2016 e faz avanços significativos para garantir que o desenvolvimento urbano seja executado de acordo com as diretrizes do Plano Diretor Estratégico (PDE) - Lei no 16.050/14. A nova lei define a cidade como um território dividido em três grupos distintos: territórios de transformação, territórios de qualificação e territórios de preservação.

Territórios de transformação: objetiva a promoção do adensamento construtivo e populacional das atividades econômicas e dos serviços públicos, a diversificação de atividades e a qualificação paisagística dos espaços públicos de forma a adequar o uso do solo à oferta de transporte público coletivo. (Formado pelas zonas: ZEU | ZEUP | ZEM | ZEMP).

O objetivo da medida é me-

lhorar o uso do solo nestas áreas, reduzir o tempo e a distância dos deslocamentos, permitir que mais pessoas residam e trabalhem nesses locais e fortalecer as conexões com a cidade.

ZEU é a zona que são destinadas a promover usos residenciais e não residenciais em áreas de alta densidade demográfica e construtiva, bem como a melhoria dos espaços públicos e da paisagem em conjunto com o sistema de transporte público coletivo.

Como visto no tópico 4.1 Localização, o terreno escolhido esta vago, podendo ser aplicado os seguintes parâmetros: (Ver Tabela 2 e Tabela 3 na próxima folha)

Mapa 02
Mapa de Zoneamento
Fonte: Mapa feito pela autora com os dados do SIRGAS - GEOSAMPA

Tabela 2

Áreas verdes

Parâmetro

50% do terreno

Valores

ser delimitado em um só perímetro e em parcelas de terreno ter frente mínima para a via oficial de circulação

Área Pública

Taxa de Ocupação

Coeficiente de Aproveitamento

Gabarito de Altura

Recuos Mínimos (m)

Total do percentual mínimo de destinação de área pública

Percentual mínimo de área verde TO Máximo para lotes até 500m²

TO Máximo para lotes igual ou superiores a 500m²

CA mínimo

CA básico

CA máximo

Máxima

Frente

Fundos e Laterais com a altura da edificação menor ou igual a 10 metros

Fundos e Laterias com altura da edificação superior a 10 metros -

Não se Aplica

Não se Aplica

Não se Aplica

Os recuos laterais e de fundo para altura da edificação superior a 10 m serão dispensados conforme disposições estabelecidas nos incisos II e III do artigo 66 da lei.

20

Cota parte Máxima de Terreno por unidade (m²) ¹ ² ¹ ² Não sendo aplicada a parte dos subsolos São dispensados quando a altura da edificação for menor ou igual a 10m medida em relação ao perfil natural do terreno.

Parâmetros de Zoneamento para Construção do zero.

Fonte: Feito pela autora pelos dados da Lei 16.402/16, pág. 52, 54, 56, 64, 66, 68, 148 e153.

Áreas que não são consideradas computáveis (ZEU)

• Áreas cobertas em qualquer pavimento, ocupadas por circulação, manobra e estacionamento de veículos que não ultrapassem as vagas de estacionamento estabelecidas a seguir.

• Áreas construídas no nível da rua com fachada ativa mínima de 25% em cada testada e de no mínimo 3m de extensão destinadas a usos não residenciais.

Vagas de estacionamento

• Uso residencial: 1 vaga por unidade habitacional

• Uso não Residencial: 1 vaga para cada 70m² de área construída computável.

Quadras que contenham vilas ou vias sem saída com largura inferior a 10 m

• Na faixa envoltória da via sem saída deverá ter gabarito de altura máxima de 28m na zona, que terá vigor no caso de rua sem saída de 20m.

Alargamento do Passeio Público

• Quando às edificações novas que envolveram a ampliação de mais de 50% da área construída terá o alargamento de no mínimo 5 m.

Fachada Ativa

• Precisa estar recuada para dentro do terreno na faixa de 5m a partir do alinhamento do lote em projeção ortogonal.

• Ter aberturas para o público com no mínimo um acesso direto ao logradouro a cada 20m de testada.

• Pode ser feita vagas de estacionamento de automóveis desde que limitado a no máximo 20% da testada.

QUOTA AMBIENTAL

• Metragem do lote é superior a 500m², sendo obrigatório a reservação de controle de escoamento superficial.

• Taxa de Permeabilidade = 25%

• Pontuação QA Mínimo = 0,60

• Cobertura Vegetal (alfa) = 0,5

• Drenagem (Beta) = 0,5

Tabela 3

Parâmetros de Zoneamento para Construção do zero.

Fonte: Feito pela autora pelos dados da Lei 16.402/16, pág. 52, 54, 56, 64, 66, 68, 148 e153.

O tombamento é o instrumento de reconhecimento e proteção do patrimônio cultural mais conhecido, e pode ser feito pela administração federal, estadual e municipal.

Na região escolhida (Mapa 14), há vários edifícios tombados por meio da CONPRESP (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio histórico, cultural e ambiental da cidade de São Paulo). Sendo a maioria no uso de suas atribuições legais e nos termos da Lei nº 10.032, de 27 de dezembro de 1985.

4.4.2. Tombamento nização de São Paulo como “caminho do carro para Santo Amaro” que se inicia no centro a partir da Praça João Mendes e segue pela Av. Liberdade e depois Rua Vergueiro. Também são caminhos como lugares a serem requalificados por concentrar importantes elementos físicos e culturais da identidade paulistana.

do mobiliário urbano, pavimentação, vegetação e sinalização, deverá ser submetida à prévia análise e manifestação do DPH/CONPRESP para avaliação da interação com os bens tombados e apreciação de projeto urbano compatível com a área do IGEPAC – Liberdade.” (RESOLUÇÃO Nº 36/CONPRESP/2018, Art. 3º, pág. 4, 2018)

Foram tombados por incluírem uma dimensão sociocultural, da história, do cotidiano e da paisagem local, para além dos aspectos da arquitetura em si. Além disso, é um caminho histórico da cidade de São Paulo, seu traçado e geografia são testemunhos do processo de urbanização da cidade e da sua paisagem cultural. Já que seu eixo tradicional usado, durante a urba-

Esse caminho foi nomeado pelo IGEPAC – Liberdade como “Eixo Liberdade Vergueiro”, passou por grandes transformações, ocasionadas pela expansão e desenvolvimento urbano. Sendo representados pela instalação de trilhos de bondes e depois pelas linhas de metrô, e por isso houve um processo de verticalização ainda em andamento, estruturado a partir dessa via.

“Artigo 3º - Qualquer intervenção nos logradouros, canteiros e calçadas, da Av. da Liberdade (CADLOG 11.818-4), Rua Vergueiro (CADLOG 19.583-9) e Praça da Liberdade-Japão (CADLOG 11.820-6), tais como a instalação ou alteração

O local da intervenção está na divisa do bairro Liberdade com a Bela Vista. Tendo outra Resolução de Tombamento, o bairro mostra com mais detalhes na resolução os critérios e parâmetros para uma nova construção no entorno. A Resolução nº 22/2002 segue o uso das atribuições legais e nos termos da Lei nº 10.032/85.

O bairro é considerado importante para a história e o meio urbano na estruturação da cidade de características originais do seu traçado e parcelamento do solo. Também, há existência de elementos estruturadores do ambiente urbano com interesse de preservação pelo seu valor cultural, ambiental e/ou

turístico. Além de grande número de edificações de inegável valor histórico e arquitetônico, a conformação geomorfológica original nas áreas da Grota, do Morro dos Ingleses e da Vila Itororó.

Um dos edifícios tombados no entorno do terreno é da Área da Vila Itororó, que é delimitada pelo polígono obtido a partir da intersecção das vias.

“Artigo 3º - As intervenções que impliquem em reforma com modificação de área construída, demolição ou nova construção, que venham a ser feitas nos imóveis públicos e particulares localizados nos espaços envoltórios dos bens tombados, descritos no artigo 2º, deverão ter coerência com o imóvel vizinho classificado como NP1, ou NP2 ou NP3,...”(RESOLUÇÃO Nº 22/CONPRESP/2002, Art. 3º, pág 2, 2002)

Foi utilizado um termo da língua japonesa para a o conceito do projeto, já que o terreno está localizado numa região que contêm uma história cultural japonesa. O termo em questão é Komorebi. O termo foi criado, talvez, por conta das longas jornadas de trabalho, os japoneses parecem apreciar o contato com a natureza.

É composto por dois kanjis (ideogramas) japoneses: Árvore e que significa vazar ou escapar. Juntos, esses kanjis formam a palavra que descreve a luz solar filtrando-se através das folhas das árvores.

É um fenômeno natural que é apreciado por sua beleza e sua capacidade de criar uma atmos-

féra calma e pacífica.

Geralmente, esse termo é frequentemente retratado em obras de artes, pois é valorizada por sua capacidade de evocar sentimentos de serenidade e conexão com a natureza.

A combinação de sombra e luz criada pelo Komorebi é considerada uma das formas mais bonitas de luz na cultura japonesa, e é frequentemente associada à tranquilidade e à natureza.

Além da cultura, o projeto foi pensado para trazer essa sensação de tranquilidade e beleza para essa região nobre de São Paulo.

Fazendo uma combinação harmônica de um edifício com vários tipos de usos e a natureza.

Figura 44

Representação do fenômeno natural do termo Komorebi Fonte: Esquema feito pela autora

KOMOREBI

ÁRVORE VAZAR OU ESCAPAR

CONCEITO E PARTIDO

O conjunto Komorebi surge de uma junção entre arquitetura bioclimática e inovação. Onde o edifício surge a partir do terreno e faça parte da natueza, por meio de formas diferentes de elementos já existentes.

Sendo que o nome do projeto foi pensado conjuntamente com o conceito do projeto. As vegetações abundantes são primordiais para a construção do projeto.

Como o terreno é comprido e tem um declive acentuado, foi pensado em uma cobertura acessível para pedestres passando pelo terreno inteiro. Sendo possível utilizar o terreno completo com várias formas de interação.

Essa cobertura, nasce debaixo do Viaduto do Paraíso, faz um desenho diferenciado e tecnológico. A partir desse ponto foi implantado duas torres com oito pavimentos, sendo uma corporativa e outra residencial. Fazendo com que a cobertura abrace as torres parecendo ser uma coisa só.

Tendo as caixas delimitadas,

foram feitos rasgos estratégicos na cobertura para uma ventilação e iluminação natural, já que os ambientes ficaram compridos tendo pouco conforto interno. Como a cobertura será acessível para pedestres, foram feitos guarda-corpos de vidro nesses rasgos com uma cobertura de vidro protegendo o interior de chuvas, mas mantendo a iluminação natural

O mesmo acontece com limite do conjunto, foi trazendo cheios e vazios para dar ritmo e leveza para a fachada da Avenida 23 de Maio.

Colocando vegetações em pontos estratégicos há uma liberdade maior para fachadas de vidros, logo as duas fachadas ficam com fechamento de vidro.

VOLUME cobertura

O início veio a partir de uma cobertura orgânica que passasse por todo terreno, trazendo a ideia de um edifício “aterrado”

CURVAS cobertura

Com o volume definido, foi criado curvas com a inclinação de 8% para acesso a pedestres. E a partir desse ponto foi feito recortes estratégicos para cumprir sua função bioclimática.

CAMINHOS cobertura

Com a cobertura feita, foi desenhado os caminhos para criação de áreas de convivência e Cobertura de vidro para o recorte do comércio junto com guarda-corpo de vidro.

VOLUME torres

Com a ideia da cobertura finalizada, é efinida a caixa para as torres, pensando em deixar as torres mais longe dos ruídos externos.

Figura 45

Esquema de Evolução da forma

Fonte: Esquema feito pela autora

FORMATO torres

Para mostrar que estão unificados sem juntar as duas torres, foi feito duas torres onde as extremidades com maior aproximação entre elas tem um ângulo menor. Dando um funilamento para a entrada das torres.

RECORTES torres

Com o formato definido, foi criado recortes no meio da torre. Assim terá iluminação e ventilação natural para dentro do edifício.

O complexo Komorebi traz inovação, tecnologia e sustentabilidade na região. O edifício tem acesso pelos 4 cantos do terreno: Avenida 23 de Maio, viaduto, Rua Vergueiro e a Rua sem saída.

Ele foi divido em dois: Público e Privado. Ao lado do edifício consta o Centro Cultural de São Paulo e estação de metrô, onde temos o setor público da edificação. Nele consta restaurantes e lojas em 3 andares abaixo do nível da rua.

Com escadas rolantes, elevadores, passarelas e rampas os usuários podem usufruir do complexo inteiro - inclusive a cobertura. Só há um acesso a cobertura, pelo lado do viaduto, onde também há o acesso do comércio.

Nas Figuras 47 e 48, a fachada ativa está na fachada leste do complexo e dentre as lojas há acessos para a entrada do “mini shopping”. Também, nos restaurantes, há mirantes para a vista da Avenida com vegetação abundante para dar conforto e trazer o Komorebi para quem utilizar aquele ambiente.

Passando pelo comércio é criado uma abertura onde terá área permeável e a entrada do estacionamento residencial. Mesmo seguindo com a cobertura uniforme, foi feito um rasgo nela. Além de trazer iluminação natural e obter mais área permeável, foi uma forma de manter a unificação por meio da cobertura, porém sinalizando o acesso por meio da arquitetura. Depois, temos o segundo lado do edifício - o lado Privativo - nele é contido os apartamentos e suas áreas comuns e - a torre corporativa com seus estacionamentos.

Na Figura 51, fica bem nítido essa divisão. Onde o comércio, corporativo e as residencias fazem a maior parte do complexo, sendo responsáveis por estimular renda, moradia e qualidade de vida para esse bairro.

Com o declive, foi dividido os andares por níveis e nomeados por números ao invés de pavimentos como “Térreo e Superior.”

Figura 46
Imagem do projeto
Fonte: Figura feita pela autora

Passagem da Avenida 23 de Maio para a Rua Vergueiro

Brises com placas fotovoltáicas para armazenamento de energia solar

Piscina aquecida residencial com uma parte aberta para o lado externo

Entrada para o Cobertura Área de Convivência na cobertura

Entrada para o Comércio

Isométrica do projeto da fachada da avenida Fonte: Figura feita pela autora

Mirantes dos restaurantes

Figura 47

Entrada para o Cobertura

Rasgo na Cobertura Verde com Cobertura e Guarda-Corpo de vidro, sem fechamento nas laterais

Fachada Ativa com Comércio

Entrada da Garagem Residencial

Jardim Submerso tendo insolação e ventilção nos estacionamentos Residenciais

Entrada da Garagem Corporativa

Passagem da Avenida 23 de Maio para a Rua Vergueiro

Figura 48

Isométrica do projeto da fachada ativa Fonte: Figura feita pela autora

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO

TAXA DE OCUPAÇÃO

Figura 49

Isométrica ilustrativa do CA e TO Fonte: Figura feita pela autora

Construção contábil

52.501,38 m²

Área do Terreno

19.891,53 m²

2,64

Projeção da Construção

9.880,36 m²

Área do Terreno

19.891,53 m²

0,49

TAXA DE PERMEABILIDADE

“VERSUS” ÁREA VERDE

Figura 50

Isométrica ilustrativa TP e Área Verde Fonte: Figura feita pela autora

Área Verde 18.470,33 m²

Área Permeável 7.209,57 m²

Área do Terreno 19.891,53 m²

Área Verde

Pavimento +0

Pavimento -3

Pavimento -1

Pavimento -4

Pavimento -2

Quantidade de apartamentos por Andar Quantidade de andares residenciais 7

Nº de vagas por apartamento 1

Quantidade de apartamentos Nº de vagas no projeto Vagas Residenciais 12

Nº de vagas por m²

Pavimento -3

São 6 Andares corporativos com uma sala corporativa por andar

Área da Laje Livre Corporativa Nº de vagas no projeto Vagas Corporativas

Espaço

PROGRAMA DE NECESSIDADES

Comércio

Salas comerciais Andares Qtd. m² -3, -2, -1 e +0 23 1.412,77

Restaurantes -3, -2, -1 e +0 4 1.465,58

Apartamentos Tipo

Cafeterias +0 2 144,11

Hall de Entrada

Espaço Recepção Corp. Andares Qtd. m² -2 1 186,55

Recepção Resid. -2 1 186,55

Corporativo

Espaço

Salas Corporativas (Laje livre) Andares Qtd. m² 1° ao 6° 6 1.535 84

Estacionamento (Corporativo)

Espaço

Estacionamento Andares Qtd. de vagas m² -3 ao +0 132 2.348,98

Figura 51

Corte isométrico com a setorização

Fonte: Figura feita pela autora

1 79

Estacionamento (Residencial)

ESTRUTURA

Isométrica da Estrutura

Fonte: Figura feita pela autora

Cobertura com utlização de uma malha estrutural por meio de vigas segmentadas em direção horizontal e vertical criando um “grid” é despejado concreto. Com a cobertura em concreto armado pode ser feito rasgos na mesma, sendo feito um suporte com pilares e vigar nas extremidades dos cortes.

Sendo assim, é feito todas as camadas para um telhado verde onde terá vegetação abundante.

Figura 52

O complexo, como foi dito, foi disposto por meio de níveis existentes do próprio terreno. Sendo assim, dividido em Pavimentos com níveis “+” e “-”. Onde o positivo são pavimentos acima do nível zero e os negativos são abaixo do nível zero.

Na Figura 53, mostra o funcionamento por meio de níveis. Onde o nível zero começa a partir da calçada perto do viaduto. E como temos cores diferentes, são pavimentos com disposições diferentes e plantas diferentes. Já com as mesmas cores, já terá o famoso “pavimento tipo”

Figura 53

Corte Esquemático dos pavimentos

Fonte: Figura feita pela autora

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