Gabriela Stain Gatti

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Gabriela Stain Gatti CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC ARQUITETURA E URBANISMO APRESENTAÇÃO E FINALIZAÇÃO


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esta revista, será apresentada uma matéria sobre arquiteto japonês Tadao Ando, seu estilo e arquitetura, e uma breve análise do Museu de Arte Moderna de Fort Worth, uma de suas obras construídas no Texas, Estados Unidos. Também será apresentado o logo individual, além da marca do meu grupo – Tremani (Gabriela Gatti, Mariana Ferraz e Stefani Mesquita). Em seguida, a prancha do projeto do anexo para o Iphan, com plantas, elevações, cortes, detalhamento e um memorial descritivo. Por fim, um semestrário com fotos da maquete construída para um trabalho de Paisagismo, concluído no segundo semestre de 2015. A imagem de capa é uma ilustração baseada em algumas das obras mais notáveis e significativas de Tadao Ando, como o Museu de Arte Moderna de Fort Worth, a Azuma House, em Osaka, no Japão, a casa 4x4 em Kobe, o Museu Suntory, no Japão, a Fundação Langen, na Alemanha, entre outros.


Minimalismo e sensibilidade em Tadao Ando


Fonte: architecturehouseideas.com

Tadao Ando incorpora elementos da paisagem no projeto

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adao Ando nasceu em 1941, em Osaka, no Japão. Autodidata, desenvolveu seus estudos viajando pela Europa, Estados Unidos e África. É arquiteto e professor na Universidade de Tóquio, e ganhou o prêmio Pritzker em 1995 com o projeto Azuma House. Ando propõe uma arquitetura essencialmente sensorial e introspectiva, onde existe um diálogo entre a natureza e a arquitetura. É sempre possível identificar o que é feito pelo homem e o que é dado pela natureza, representada por espelhos d’água, recortes de luz, paisagem, correntes de ar, etc. Todos esses elementos participam dos espaços

e os alteram com o passar do tempo, permitindo-nos observar a transformação da natureza, e não apenas contemplá-la. O ser humano é um elemento fundamental dos seus projetos. Ando definiu a arquitetura como uma “caixa provocativa”, e acredita que ela deve ser “silenciosa”, permitindo que a natureza fale diretamente ao espírito humano. Ele considera sua arquitetura singela e poderosa, capaz de deixar gravada no coração das pessoas a experiência do espaço. Seus projetos estabelecem relações entre três principais elementos: a ordem, as pessoas e a força emotiva


Fonte: gogopixlibrary.com

O arquiteto utiliza o concreto armado como estrutura, e não o esconde. Ele projeta peças volumosas com espaços geométricos, puros e modernos. Muitas de suas obras são minimalistas, característica da estética tradicional japonesa. Os furos uniformemente espaçados no concreto se tornaram sua marca registrada. Os espelhos d´água são um recurso ilusório de multiplicação da paisagem, elementos de contraste com os pesados objetos construídos.

O museu possui quase 5.000 m² de área construída, onde estão expostas mais de 2.600 obras e esculturas ao ar livre.

Fonte: themodern.org

O Museu de Arte Moderna de Forth Worth está localizado no Texas, Estados Unidos. Sua geometria é simples e elegante e os elementos são puros e sem adornos, como uma obra de arte moderna. É composto por cinco longos pavilhões de telhado plano, situados em uma lagoa, e possui dois níveis. Para apoiar as lajes de concreto, há cinco colunas em formato de Y que ajudam na captura da luz natural. O desejo de usar luz natural difusa refletida nos espaços das galerias influenciou na forma do projeto.

Fonte: Arcspace.com

A luz é um dos elementos chave do projeto, que ele trata como algo vivo.

Croquis do aquiteto.


Fonte: Liao Yusheng , figure-ground.com

Exterior do museu. Os grandes volumes geométricos se destacam sobre a lagoa.

Há uma relação harmoniosa entre o concreto, o metal, o vidro e a água. O espelho d’água transmite a sensação de que o museu está flutuando e reflete toda a sua lateral. À noite, com as paredes de concreto banhadas pela luz, as galerias de vidro e aço transparentes

aparecem como grandes lanternas flutuantes refletidas na lagoa. Tadao Ando diz que gostaria de criar algo que somente um japonês poderia fazer, utilizando o tradicional minimalismo e a sensibilidade que existem na arquitetura japonesa.

Fonte: figure-ground.com

“Nós devemos criar espaços arquitetônicos nos quais o homem possa experimentar – assim como ele o faz por meio da música ou da poesia – surpresa, descoberta, estímulo intelectual, paz e o prazer da vida.” Tadao Ando

Interior do Museu de Arte Moderna de Fort Worth,localizado no Texas, EUA.




EXPO IPHAN 2015


O casarão tombado da sede do Iphan necessitava de um anexo mais moderno para guardar o numeroso acervo; a criação de uma biblioteca em anexo reduz essa necessidade e compõe perfeitamente o que faltava na região. O primeiro pavimento do casarão possui um hall de entrada com acesso a um espaço para exposições, a biblioteca, com parte do acervo disponível aos visitantes, depósito, banheiros e cozinha. Algumas paredes foram demolidas para criar a sensação de espacialidade ampliada e conectar as salas. No segundo pavimento, há quatro salas, banheiros e terraço. O terceiro pavimento é destinado à administração do Iphan, com três salas de trabalho, terraço, copa e banheiros, conectados ao último pavimento do anexo por uma passarela metálica coberta. Um elevador foi instalado para garantir acessibilidade no casarão e, ao mesmo tempo, dar acesso direto à passarela. Ela contorna o jardim, permitindo a contemplação das árvores tombadas, e integra o antigo edifício com o novo anexo. Existem taludes na parte da frente e de trás do anexo, pois o primeiro subsolo é enterrado 1,5m, e achamos uma solução adequada para que possamos colocar janelas e garantir boa iluminação natural, além de uma favorável ventilação, melhorando a sensação de conforto do ambiente. Dentre os materiais usados podemos citar laje de concreto, vigas metálicas para melhor sustentação e vidro temperado na fachada do anexo, permitindo um contato com o exterior. Para a sustentação desse vidro, usamos spider glass e uma estrutura metálica. Temos como marco do projeto um grande vão que rasga todos os andares e abre-se para a fachada. O acesso ao anexo é no nível 0 desse vão, ou seja, quando o usuário entra na biblioteca, se depara com um pé-direito de 7,5m de altura.

Centro Universitário Senac Arquitetura e Urbanismo Prancha de Apresentação Grupo: Gabriela Gatti Mariana Ferraz


Semestrário No segundo exercício de Paisagismo do 6º semestre, o objetivo era projetar um parque regional com apenas alguns elementos: vegetação, água e caminhos. Iniciamos os estudos com a maquete, criando possibilidades de passeio, encontros, pontos que estimulassem a contemplação da paisagem, descanso ou atividades físicas, sem destinar os locais a especificamente um uso. Apenas criamos um espaço para exposições ao ar livre, próximo à uma das sete entradas do parque. A vegetação varia de espécies, tamanhos e texturas, e acompanha os caminhos. Há um lago no centro com uma ponte para facilitar o acesso e uma grande praça de entrada. Produzimos um desenho e uma maquete.


Desenho com planta e corte do Parque

Vista do lago central e deques dispostos perto das margens, em ponto mais elevado



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