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APRESENTAÇÃO STEFANI MESQUITA DA SILVA CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC ARQUITETURA E URBANISMO APRESENTAÇÃO E FINALIZAÇÃO ORIENTADOR: NELSON URSSI
A arquitetura é definitivamente uma area que abrange diversas possibilidades e formas de estuda-la, pratica-la e concebe-la. Esta arte é composta pelo conjunto dos princípios, normas, técnicas e materiais utilizados pelo arquiteto, para criar um espaço arquitetônico. A publicação a seguir mostra exatamente essas alternativas tão divergentes e tão próximas da arquitetura compactadas em um produto só, como por exemplo o patrimônio tombado no Projeto do Iphan e o parque contemporrâneo criado atráves de um estudo paisagistico criam uma junção temporal, ainda mais interessante se adicionarmos a modernidade da Casa Cascata; A obra orgânica de Frank Llyod Wright, (destaque nesse estudo) é uma das mais belas obras do arquiteto, que tem como proposta a integração entre a obra e o entorno. Olhando a casa aninhada no meio da floresta pensamos nela como um mirante construído para contemplar a beleza da natureza local. Frank Loyd Right não inventou a arquitetura orgânica, ela existe desde sempre em muitas construções, famosas ou não, espalhadas pelo mundo. O que Lloyd conseguiu foi criar um ícone dessa filosofia arquitetônica ao mesmo tempo em que fundava o modernismo arquitetônico.
Uma visita a Casa Cascata ĂŠ algo que qualquer apaixonado por arquitetura deve realizar pelo menos uma vez na vida.
OS PRINCÍPIOS DE FRANK LLOYD WRIGHT Os princípios de Wright começam pela integridade, onde a arquitetura acontece a partir da integração entre as partes originando um todo, uma unidade indivisível. É à relação entre os elementos próprios do edifício quanto à relação entre a edificação e o entorno. Após isso, existe a continuidade: espacial e física. A primeira é definida pela integração dos espaços internos e externos. Deste modo suas obras eliminam a ideia de cômodos pensados como caixas ao lado de caixas, onde as paredes delimitam a função doméstica de cada ambiente. A segunda diz respeito à continuidade formal da edificação, na qual os elementos estéticos e estruturais se fundem de modo a formar uma unidade.
A Casa da Cascata é hoje a única casa de Wright aberta ao público, com todos os seus elementos originais preservados, incluindo 169 peças de mobiliário que Wright projetou para este incrível projeto.
A plasticidade denomina a fusão visual entre os elementos, tornando o contínua, onde as partes estão integradas como um todo. O arquiteto presava pelo uso dos materiais naturais (pedra, madeira e tijolo), mas também reconhecia as possibilidades dos industrializados (como o aço e o vidro). A gramatica é a relação entre todos os elementos do edifício, esses devem “falar” a mesma língua, constituindo um discurso. Vamos a simplicidade que significa a abolição de qualquer elemento decorativo aplicado posteriormente, ou que não faça parte da edificação.
Wright resolveu o desenho da casa ao redor da chaminé, que foi considerado o lugar de reunião da família. A base da casa são as rochas do lugar. Algumas superam o nível inferior e aparecem junto à chaminé, trazendo, em certa medida, a cascata para dentro da residência, criando um núcleo vertical, reforçado pela torre da chaminé, o ponto mais alto da casa. É formada por duas partes: a casa principal dos clientes, construída entre 1936 e 1938, e o quarto de hóspedes, finalizado em 1939. A casa original contém ambientes simples, proporcionados pela arquiteto; uma sala de estar ampla com um cozinha compacta no nível térreo; e uma enorme suíte principal no segundo andar. O terceiro nível era o lugar de estudo e dormitório do filho do cliente.
Tornando-se a figura chave da arquitetura orgânica, exemplificada pela Casa da Cascata, em português, foi concebida a partir da sua integração ao curso d’água que passa pela propriedade. Frank Lloyd Wright a imaginou para que os futuros moradores sempre sentissem a força com que cai e passa o riacho, não visualmente, mas através do som que se produz, percorrendo toda a casa. Construída acima de uma pequena cascata do riacho Bear Run na Pensilvânia, a casa exemplifica a preocupação de Wright com a criação de uma relação perfeita entre a arquitetura e o seu ambiente.
O que realmente preocupa o arquiteto é o espaço interior. Espaço interior deve ser amplo e livre. A sala tem uma parede de vidro para apreciar a vista da cachoeira e seu projeto é um exemplo claro da arquitetura naturalista, uma vez que todas as decisões tomadas para a sua construção se destinam a integrar o edifício com a paisagem e fazer com que o trabalho se torne uma parte mais natural.
Todos os recintos da casa se relacionam com o entorno natural. A sala de estar, inclusive, apresenta uma escada que conduz diretamente ao riacho. As circulações dentro da casa são escuras, os corredores são estreitos, para que os habitantes tenham a sensação de fechamento, em comparação com a abertura proporcionada à medida que se aproximam aos ambientes principais.
Projetadas em ângulos retos as varandas em balanço são elementos esculturais da casa, além de sua função. Para a sua estrutura, Wright trabalhou com dois engenheiros. A solução estava nos materiais. A casa tomou uma forma de alvenaria definitiva, para se relacionar com o sítio.. O exterior da casa impõe certa horizontalidade, que se destaca pela presença das pedras e tijolos, e principalmente das varandas. É uma obra que vai muito além de sua forma, onde a presença física e espiritual do homem se faz mais transparente, em sincronia com a relação harmônica entre arquitetura e natureza . O que caracteriza essa casa como orgânica? Ela aproveita o declive do terreno e se assenta sobre as pedras que estão lá desde sempre. Diante da lareira é possível ver, aflorando do piso uma das pedras originais do terreno. Lloyd preferiu não remove-la e assim ela passou a ser um elemento da casa. A casa está situada no meio da floresta. A remoção de vegetação foi mínima e o curso da cascata não foi alterado. Foi a construção que se debruçou sobre a água corrente. A integração com o entorno é vista nos detalhes. Uma das vigas do projeto teve seu traçado mudado para contornar um pinheiro que cresce rente à parede da casa. As pedras das paredes vem da região lembrando casas de pedra tradicionais. As áreas sociais de convívio são amplas, envidraçadas e com acesso direto aos balcões. Se os moradores quiserem podem chegar ao córrego pela escada em balanço que termina sobre a lâmina d’água. O modernismo da Casa da cascata se observa no uso do concreto e
com os vãos ousados que se debruçam sobre a cascata. As áreas envidraçadas com esquadrias de ferro são amplas. Nas linhas da casa predominam os paralelepípedos horizontais e delgados que contrastam com as paredes verticais usando materiais como pedras. A grande sala tem uma parede de vidro para apreciar a vista da cachoeira, juntamente com o uso de grandes janelas refletindo a luz natural e uma luz indireta dentro do projeto. Há algumas janelas que se estendem verticalmente, demonstrando, assim, os andares. O telhado tem um projeto que envolve as lâmpadas incluídas nele, projetado especificamente para esta casa. A Iluminação natural: Há incidência de luz direta pelas aberturas dos terraços, do térreo e no segundo pavimento e iluminação indireta pela janela do estar do pavimento térreo. Os caminhos desenvolvem os temas da luz e dos espaços, partindo da parte de trás da casa e da encosta. Aberturas: Longos vitrais encerram os espaços internos anulando o conceito tradicional de janelas e liberando o visual para a natureza circundante. A essência de um bom projeto de iluminação natural consiste na colocação de aberturas de tal modo que a luz penetre onde ela é desejada, isto é, sobre o trabalho, e de tal maneira que proporcione uma boa distribuição de luminância em todos os planos do interior. Lloyd foi um precursor da arquitetura sustentável. Seus conceitos de arquitetura orgânica bem expressos na Casa da cascata vão de encontro às propostas atuais de uma arquitetura que preserva o meio ambiente, se integra harmoniosamente a ele e que busca uma qualidade de vida baseada no respeito à nossa natureza.
“É uma obra que vai muito além de sua forma”
LOGOTIPOS
INDIVIDUAL
LOGOTIPOS
GRUPO
PROJETOIPHAN
O casarão tombado da sede do Iphan necessitava de algo mais moderno para complementar o seu terreno abrangente; A criação de uma biblioteca em anexo reduz essa necessidade e compõe perfeitamente o que faltava na região. O partido começa com uma grande circulação central em ambos os andares; O bloco de sanitários (femininos, masculinos e acessíveis) e de escada se mantem na vertical. O primeiro pavimento possui um hall de entrada com acesso a um espaço para exposições, a biblioteca, com parte do acervo disponível aos visitantes, depósito, banheiros e cozinha. Algumas paredes foram demolidas para criar a sensação de espacialidade ampliada e conectar as salas. No segundo pavimento, há quatro salas, banheiros e terraço. O terceiro pavimento é destinado à administração do Iphan, com três salas de trabalho, terraço, copa e banheiros, conectados ao último pavimento do anexo por uma passarela metálica coberta. Em um dos seus lados, um elevador foi instalado para garantir acessibilidade no casarão e, ao mesmo tempo, dar acesso direto à passarela. Ela contorna o jardim, permitindo a contemplação das árvores tombadas, e integra o antigo edifício com o novo anexo. A malha estrutural: composta por pilares de concreto, no subsolo eles são um pouco mais largos para melhor apoio. Taludes: podemos encontrar os taludes na parte da frente e de trás do anexo, já que o primeiro subsolo é enterrado 1,5 achamos uma solução adequada para que possamos colocar janelas e assim ter uma boa iluminação natural além de uma favorável ventilação, melhorando o conforto do local. Dentre os materiais usados podemos citar laje de concreto pois não temos espaços tão longos, mas para uma melhor sustentação optamos por vigas metálicas. Vidro temperado: nosso projeto tem um grande vão de vidro e o temperado é mais grosso e assim sustenta melhor. Grande vão: temos como marco do nosso projeto um grande vão que rasga todos os andares bem na faixada, podendo assim ter um contato melhor com o exterior. Sem contar que a entrega é no nível 0 desse vão, ou seja, quando o usuário entra se depara com um pé-direito de 7,5m de altura. Spider Glass: para a sustentação desse grande vidro usamos Spider glass dispensando assim qualquer apoio que "poluísse" o vão, já que nosso grande vidro é bem na frente do vão.
PROJETOPAISAGISMO
Os parques constituem unidades de conservação, terrestres e/ou aquáticas, normalmente extensas, destinadas à proteção de áreas representativas de ecossistemas, podendo também ser áreas dotadas de atributos naturais ou paisagísticos notáveis, sítios geológicos de grande interesse científico, educacional, recreativo ou turístico, cuja finalidade é resguardar atributos excepcionais da natureza, conciliando a proteção integral da flora, da fauna e das belezas naturais com a utilização para objetivos científicos, educacionais e recreativo. Assim, os parques são áreas destinadas para fins de conservação, pesquisa e turismo. Podem ser criados no âmbito nacional, estadual ou municipal, em terras de seu domínio, ou que devem ser desapropriadas para esse fim.