Hospital Azambuja 115 anos

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Especial 29 de junho de 2017

Hospital Azambuja CIDA BÓSIO

115 Anos

Com desafios vencidos ao longo da história, instituição celebra aniversário com planos de expansão e qualificação


Hospital Azambuja 115 anos

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Fabiano Amorim é o administrador do Hospital Azambuja

Quase R$ 7 milhões em investimentos Diretoria investiu na modernização de equipamentos e da estrutura física

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ma das instituições mais antigas de Brusque ainda em funcionamento, o Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux, mais conhecido como Hospital Azambuja, chega aos 115 anos com perspectiva de continuar a operar, sem problemas, por muitas décadas. Enquanto muitos hospitais filantrópicos vivem às mínguas ou fecharam as portas devido à crise de financiamento na Saúde do país, a casa de saúde brusquense superou as dificuldades para alcançar esta data ainda em atividade. Fundado em 29 de junho de 1902, o Hospital Azambuja enfrentou graves problemas logo no início da sua funda-

ção. Mais recentemente, em 2013, correu risco de fechar o pronto-socorro, quando a Prefeitura de Brusque decretou a intervenção na instituição e assumiu sua gestão temporariamente. Depois deste episódio, uma importante página foi virada na história da instituição. Em 4 de junho de 2013, Fabiano Amorim assumiu como ad-

ministrador, ainda ao lado do padre Nélio Roberto Schwanke, diretor administrativo nomeado pelo arcebispo de Florianópolis. Nos últimos quatro anos, a preocupação da diretoria do hospital foi se modernizar para manter a instituição viável financeiramente e para continuar atualizada com os avanços tec-

“Nos últimos quatro anos, investimos na casa de R$ 6 milhões a R$ 7 milhões, englobando equipamentos e reformas no hospital” Fabiano Amorim, administrador do Hospital Azambuja

nológicos da Medicina. “Nos últimos quatro anos, investimos na casa de R$ 6 milhões a R$ 7 milhões, englobando equipamentos e reformas no hospital”, afirma o administrador do Azambuja. Os investimentos envolveram uma série de melhorias. Uma das principais foi a renovação do maquinário do Centro de Imagem (CDI). O espaço é importante porque por ali passam quase todos os pacientes - desde acidentados até pessoas em tratamento. Em 2015 e 2016, o Hospital Azambuja adquiriu uma tomografia computadorizada, de 16 canais; uma ressonância magnética de 1,5 tesla de campo fechado; um aparelho de densitometria óssea; e um ultrassom 3D e 4D. “O nosso Centro de Imagem é totalmente novo, investimos cerca de R$ 4 milhões”, diz Amorim. O valor inclui não só os equipamentos, mas também reformas. Os aparelhos comprados têm tecnologia de ponta, como a ressonância magnética, que foi importada dos Estados Unidos e é a única do tipo em Santa Catarina. A densitometria óssea também foi uma novidade trazida para o hospital recentemente. E o aparelho de ultrassom 3D e 4D é de alta tecnologia. Um acessório de raio-X também foi adquirido, e proporcionou melhor qualidade na hora do diagnóstico. De acordo com Amorim, a reforma e melhoria do CDI consumiu boa parte dos investimentos feito na unidade hospitalar nos últimos quatro anos. Entretanto, a pediatria também teve melhoras. “Tínhamos um berço aquecido para os 90 a 100 nascimentos que fazemos por mês. Hoje, temos cinco berços aquecidos”.

Outras áreas Conhecido por ser a porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS) para a população de Brusque, Guabiruba e Botuverá e outros municípios da região, o Hospital Azambuja também investiu em um novo ambulatório para atendimento de pacientes particulares e de convênios. “Criamos, em 2015, aos 113 anos, o ambulatório, para particular e convênio. Inicialmente, tinha ambulatório clínico, mas criamos também um para a pediatria”, explica o administrador do hospital. Os investimentos também abrangeram o Centro Cirúrgico. Foi adquirido um novo arco cirúrgico, mais moderno, que pode ser utilizado em cirurgias vasculares, por exemplo. Ainda na parte de cirurgia, foram comprados vários instrumentos cirúrgicos. De acordo com Amorim, foram cerca de R$ 250 mil em materiais convencionais e de vídeo para operações de diversas especialidades.

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Planejamento para o dobro da população Hospital já tem uma série de obras aprovadas ou em curso para ampliar o atendimento

Próximos passos Após a conclusão da reforma na ortopedia, o próximo investimento será em um espaço dedicado para a realização de exames de colonoscopia e de endoscopia. E depois será a vez da recepção do hospital, que será revitalizada. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal também está no horizonte. “As plantas da UTI Neonatal também já estão prontas e agora estamos buscando recursos do governo federal para construir o espaço físico

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eferência no SUS e, após o fechamento do Hospital e Maternidade de Brusque (HEM), também da rede privada, o Hospital Azambuja tem o desafio de se manter de acordo com a demanda da sua região de atendimento, composta principalmente por Brusque, Guabiruba e Botuverá. Já há uma série de obras aprovadas ou em curso. A parte de ortopedia, por exemplo, está em transformação, para a ampliação do número de consultórios e para a criação de um ambulatório ortopédico. O mesmo espaço servirá como ambulatório para os médicos residentes que começarão a atuar em março de 2018. “Temos que acompanhar as mudanças. Em números de leitos, pelo nosso planejamento, o Azambuja tem o suficiente para atender uma população de 250 mil habitantes. Podemos absover tranquilamente, somente reestruturando a parte física, sem construir”, diz. De acordo com Amorim, há um planejamento estratégico, já aprovado pela diretoria do Hospital Azambuja, com tudo que deve ser feito e construído para quando a região dos três municípios atingir os 250 mil habitantes. Atualmente, a população atendida é de aproximadamente 150 mil.

Ressonância magnética do Azambuja é a única do tipo no estado

específico. O espaço onde colocamos hoje esses equipamentos é em um antigo berçário, não é o mais adequado”, afirma Amorim. O plano diretor do hospital também prevê um novo Centro Obstétrico (para partos) e a ampliação do Centro Cirúrgico, que ganhará mais 800 metros. Embora ainda tenha duas autoclaves - o que atende à demanda -, já terá espaço para mais uma, visando o futuro. “O Centro Obstétrico novo e o Centro Cirúrgico novo também estão aprovados na Vigilância Sanitária”, diz o administrador da unidade hospitalar. A ala onde ficam internados os pacientes de convênios também mudará, para dar mais espaço para a rede SUS e para ocupar uma área hoje desocupada na casa hospitalar. Novos leitos serão

construídos onde funcionou o asilo, fechado no ano passado. Uma hemodinâmica, que serve para, entre outras coisas, cateterismo, está no planejamento, já com planos aprovados.

Novos credenciamentos Segundo Amorim, o hospital aguarda credenciamento do SUS para realizar procedimentos de oncologia - tratamento de câncer. O Azambuja já realiza cirurgias bariátricas por meio de convênios e particulares. A redução de estômago exige estrutura e corpo clínico capacitado. O hospital buscou os recursos e comprou uma maca especial com capacidade para 300 quilos. Entretanto, o Hospital Azambuja ain-

da aguarda a autorização do Ministério da Saúde para poder fazer esse tipo de operação também pelo SUS.

Aumento da demanda Em 2015, o Hospital Azambuja viu o número de pacientes crescer, assim como a quantidade de médicos usando a instituição. O motivo foi a gradativa redução de serviços prestados no Hospital e Maternidade de Brusque. No entanto, segundo o administrador do hospital, a instituição absorveu a demanda sem muita dificuldade por causa dos investimentos que fez. Por exemplo, seis meses antes de o HEM fechar o pronto atendimento, o ambulatório que não atende só clínica, mas também pediatria - foi inaugurado.


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Mais de 15 mil pacientes são atendidos ao mês Número cresceu nos últimos meses devido ao fechamento do Hospital e Maternidade de Brusque MARCOS BORGES

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Hospital Azambuja viu a sua demanda crescer exponencialmente nos últimos meses devido, sobretudo, ao fechamento do Hospital e Maternidade de Brusque. Segundo dados da instituição, são feitos, em média, mais de 15 mil atendimentos todo mês. Esse número inclui o pronto-socorro e ambulatório tanto SUS quanto convênios. Para atender toda esta demanda, são necessários mais de 400 funcionários, e 112 médicos se revezam nos atendimentos. O número de cirurgias realizadas também cresceu. Em 2015, a média de cirurgias realizadas no Azambuja foi de 538; em 2016, passou para uma média de 553 por mês; e nos primeiros quatro meses deste ano, a média foi de 655 cirurgias mensais. Segundo o administrador do hospital, Fabiano Amorim, apesar do crescimento na demanda, a taxa de ocupação dos leitos é de, em média, 61%, com pico de 75%. Na avaliação do administrador, os números demonstram que o Hospital Azambuja está apto a absorver as necessidades da comunidade de Brusque.

408 Colaboradores

112 Médicos

16.200 Atendimentos em média por mês

650

Cirurgias realizadas, em média, no primeiro quadrimestre deste ano Padre Nélio lê o livro de atas, escritas manualmente, das primeiras décadas quando chegou ao hospital

Azambuja e a inovação Para chegar aos 115 anos, o Azambuja precisou se inovar. Desde quando funcionava em um barracão, atrás do atual prédio do museu, a casa hospitalar se renovou para atender à comunidade. O diretor administrativo padre Nélio Roberto Schwanke, 66 anos, assistiu e conduziu boa parte dessa inovação. O arcebispo de Florianópolis, Dom Afonso Niehues, nomeou-o para o cargo em 14 de janeiro de 1984. Padre Nélio já conhecia o Hospital Azambuja, pois havia estudado no seminário, que fica do outro lado da rua.

Quando assumiu, encontrou vários desafios. “Hoje, você vive o mundo da informática. Naquele tempo, vivia-se o tempo da anotação à caneta e à lápis”. “A primeira preocupação foi ajeitar a UTI, porque até então todos os doentes eram transferidos para Blumenau, a reboqueterapia. Sexta-feira e fim de semana, as transferências para o Hospital Santa Isabel eram uma constante. A construção da UTI era importante”, lembra o padre Nélio. Assim como construiu a UTI, foi também padre Nélio o responsável por con-

versar com a Casa Provincial para trazer as Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus para Brusque, em 1985, para ajudar a tocar o hospital. Durante os últimos 33 anos, padre Nélio está à frente do hospital. Ele conta que já percorreu a cidade em busca de recursos para fazer obras. Foram algumas noites mal dormidas para conseguir pagar pela UTI, lembra o diretor. Mesmo com dificuldade, o hospital sempre se reinventou. Padre Nélio diz que a intervenção da prefeitura em 2013 foi um “período de turbulência”, mas

que significou uma melhora porque depois os recursos financeiros começaram a aparecer em maior volume.

Nova logo O Administrador do hospital explica que uma empresa foi contratada para desenvolver a novo logo. O selo será usado em e-mails e outros materiais de comunicação interna e externa. O principal diferencial da nova logo é que ela leva o nome “Azambuja”, em vez de “Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux”.


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Parceria para o futuro Hospital Azambuja se une à Unifebe e ao Albert Einstein na primeira residência médica de Brusque DIVULGAÇÃO

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m dos marcos mais importantes da história de mais de um século do Hospital Azambuja foi anunciado em agosto do ano passado: a residência médica em parceria com o Centro Universitário de Brusque (Unifebe). Os primeiros residentes começarão a atender no Hospital Azambuja em março de 2018, e as obras já estão transcorrendo. A medicina, sobretudo nas últimas quatro décadas, evoluiu a uma velocidade alta. As técnicas que outrora eram de praxe hoje já caíram em desuso. Os médicos têm o dever de se manter atualizados, mas a chegada de gente nova é bem-vista e oxigena a dinâmica dentro do hospital. A residência médica é comemorada porque o Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo (SP), é parceiro e auxiliará na implantação da residência médica no Azambuja. O hospital paulista é conhecido como um dos melhores da América do Sul, responsável por atender políticos, empresários e celebridades. A residência médica é a “especialização do médico”, a grosso modo. Depois de formado, o profissional que deseja tornar-se ortopedista, por exemplo, precisa fazer residência médica em um hospital que tenha essa especialidade e o aceite. No caso da Unifebe, serão duas especialidades, com três vagas cada uma, inicialmente: Medicina da Família e Comunidade, em parceria com a Secretaria da Saúde de Brusque; e Clínica Médica, em conjunto com o Hospital Azambuja. Por ser uma especialidade importante na formação do médico, a Clínica Médica recebe vários profissionais de todos os tipos, com novos conhecimentos. Esse é um dos principais ganhos com a vinda da primeira residência médica no município, na visão do padre Nélio Roberto Schwanke, diretor administrativo do Hospital Azambuja. Para ele, a comunidade será a principal beneficiada com o início da Clínica Médica dentro do hospital. Padre Nélio afirma que a parceria com a Unifebe e o Albert Einstein é motivo de come-

Hospital Albert Einstein é referência na América do Sul

“É o primeiro passo de um grande projeto que a Unifebe estabeleceu na área da Saúde. Em todos os passos que daremos, o Azambuja será nosso parceiro hospitalar”

este anseio da comunidade”, afirma o administrador do Hospital Azambuja, Fabiano Amorim O reitor da Unifebe, Günther Lother Pertschy, diz que o hospital brusquense foi fundamental para a criação da primeira residência médica em Brusque. “Fomos buscar nossos parceiros locais, nesse sentido o Hospital Azambuja é de extrema importância, assim como a Secretaria de Saúde”.

Günther Lother Pertschy, reitor da Unifebe

O Hospital Azambuja faz investimentos para a Clínica Médica. A parte onde fica a ortopedia passa por mudanças. Serão construídos mais consultórios e haverá um ambulatório para atendimento dos pacientes dos ortopedistas pela manhã. À tarde, os residentes farão os atendimentos dos pacientes que já receberam alta, mas precisam de acompanhamento.

moração e vai se refletir na melhora da qualidade no Azambuja. “Além disso, teremos um avanço ainda maior no atendimento ao nosso paciente, que contará com um diagnóstico mais rápido, preciso e humanizado, pois os residentes juntamente com os nossos médicos atenderão a

Obras

Projeto com o Azambuja terá continuidade Abrir cursos na área de Saúde, principalmente Medicina, mas também Enfermagem, é um desejo antigo da Unifebe, conta o reitor da instituição, Günther Lother Pertschy. A criação da residência médica é a etapa inicial para a abertura dos cursos em Brusque. “É o primeiro passo de um grande projeto que a Unifebe estabeleceu na área da Saúde. Em todos os passos que daremos, o Azambuja será nosso parceiro hospitalar”, afirma Pertschy. Para o reitor, o caráter comunitário do Hospital Azambuja também pesou na hora de buscá-lo como parceiro para a implantação do programa de Clínica Médica no município. Já a residência em Medicina da Família terá como parceira a Secretaria de Saúde Brusque. A Unifebe fez o caminho inverso do que é convencional entre as instituições de ensino superior no Brasil. Geralmente, cria-se o curso para depois avançar com a residência médica. Pertschy tem destacado desde o anúncio da residência médica, em agosto do ano passado, que a Unifebe está a construir os alicerces para a Medicina em Brusque pelo caminho contrário, com mais segurança. “Temos o respaldo de uma grande instituição como o Albert Einstein, estamos felizes porque essa evolução trará grandes resultados para Brusque”, diz o reitor.

O Hospital Albert Einstein A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, de São Paulo, atua em três frentes integradas: a assistência à saúde, a responsabilidade social e a geração e difusão do conhecimento. As atividades de assistência à saúde estão concentradas no Hospital Israelita Albert Einstein e na área de medicina diagnóstica e preventiva, que contribuem com a sustentabilidade das ações de responsabilidade social, ensino e pesquisa.


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Solidariedade em prol da saúde Voluntários dedicam seu tempo para realizar ações no hospital

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Hospital Azambuja tem em sua essência o caráter voluntarioso e comunitário. Atualmente, dois grupos de voluntárias e três envolvendo os empregados funcionam no Azambuja. Os grupos de Humanização e de Valorização da Vida e o Coral do Hospital Azambuja são formados

por colaboradores e pessoas da saúde; enquanto que o Mãos que se Doam e o Fidelidade são compostos por gente da comunidade que dedica parte do tempo para a instituição. O hospital também investe em diversas ações, palestras e capacitações extras para os colaboradores.

Mãos que se Doam

FOTOS HOSPITAL AZAMBUJA/DIVULGAÇÃO

“É um grupo de voluntárias, sem vínculos com o hospital, que fazem promoções e revertem para o hospital para a aquisição de equipamentos e melhorias, para oferecer maior conforto aos doentes”, explica a irmã Neuza Claudete dos Santos, gerente de enfermagem e responsável pelo Mãos que se Doam. O dinheiro é arrecadado, por exemplo, com vendas de cachorros-quentes e de artesanato. Elas já contribuíram comprando oxímetros, divisórias para a UTI e outros equipamentos.

Grupo Fidelidade O grupo é formado por mulheres que se encontram semanalmente para costurar. Roupas de cama, panos de louça e coadores de café, por exemplo, são confeccionados para serem usados na instituição. O Fidelidade tem como responsável a irmã Myriam Cavassin. “É maravilhoso o que elas fazem aqui. A maioria tem histórias muito bonitas e são muito talentosas no que fazem. Eu tenho orgulho de fazer parte do grupo, que tem o nome de Fidelidade porque as voluntárias realmente são fiéis”, afirma.

Grupo de Humanização De acordo com a coordenadora do grupo, a psicóloga Priscilla Lehmann, o objetivo é promover a integração e a humanização entre os colaboradores do Hospital Azambuja. Os integrantes - todos funcionários - participam de shows de talentos do SUS e realizam outras ações, como a que ocorreu em março. Por dois dias, os funcionários receberam cuidados de beleza.

Grupo de Valorização da Vida O GVV é um projeto criado com o objetivo de combater o suicídio na região, que tem um alto índice no país. O grupo foi idealizado pelo estudante de Psicologia do Centro Universitário de Brusque (Unifebe), Robson Machado - estagiário da psicóloga Priscilla Lehmann, do Hospital de Azambuja. Orientado pela psicóloga do Azambuja e pela mestre Luzia Miranda Meurer, o estudante atende as pessoas em condições de vulnerabilidade emocional aos sábados, sempre das 15h às 17h, na sala de reuniões da casa de saúde. “Funciona como um grupo terapêutico, no qual pacientes internados, familiares ou quem quiser pode participar”, explica Machado.

Coral do Hospital Azambuja O coral foi formado por colaboradores do hospital na semana passada. O primeiro encontro já ocorreu e os próximos devem ocorrer semanalmente. Os funcionários do hospital que gostam de cantar participarão, com o objetivo de prepará-los para ações como o Talentos do SUS e outras atividades.


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Vidas dedicadas ao hospital Dona Telva e seu Márcio trabalham no Azambuja há mais de 40 anos lis, sob gestão local. “Com o tempo, foi desmembrado e hoje é apenas o hospital. Antigamente, até mesmo as coletas das missas vinham para o hospital. E o pessoal aqui sempre ajudou nas festas”, conta Rugitzky. Em 1974, o então diretor ainda era o padre Albano Koeller, que seria sucedido por padre Nélio Roberto Schwanke dez anos depois. O hospital também marcou a vida pessoal de Rugitzky, pois as duas filhas dele nasceram na instituição. Já aposentado, Rugitzky ainda trabalha no hospital, mas preferiu se afastar por vontade própria da vice-diretoria. Atualmente, é supervisor do setor de compras. Padre Nélio diz que ele sempre foi um funcionário de confiança. Juntos, Rugitzky e padre Nélio conduziram o hospital por décadas. O supervisor diz que os momentos difíceis foram muitos: “O meu grande medo sempre foi quando o padre ficava doente. Eu pensava: ‘como vai ser?’. O padre sempre deu jeito no hospital, e eu sempre coloquei toda a confiança nele”, afirma, em tom emocionado.

FOTOS MARCOS BORGES

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om mais de 400 funcionários, o Hospital Azambuja tem muitos rostos. Mas alguns estão há mais tempo no quadro funcional e, por consequência, são conhecidos da comunidade. São os casos de Etelvina Catarina Beller, a Telva, e Márcio Rugitzky. Rugitzky ficou marcado por ter ocupado o cargo de vice-diretor da instituição entre 1990 e 2014. Contudo, a história dele no Azambuja começou bem antes: em 2 de novembro de 1974, quando o então estudante de Contabilidade começou a ajudar Arthur Maurício no controle financeiro. Rugitzky era novo à época, ainda estudante do curso de Contador do Colégio São Luiz. Maurício era professor dele o convidou para trabalhar no hospital. Ele lembra que tudo era diferente há 43 anos, quando, ainda jovem, registrou o ponto pela primeira vez. O administrador de Azambuja não cuidava apenas das contas do hospital, mas também do seminário, das duas fazendas, do museu e do asilo, pertencentes à Arquidiocese de Florianópo-

Dona Telva prepara a comida do hospital há 49 anos

Primeiro emprego

Márcio Rugitzky já foi vice-diretor e hoje é supervisor de compras

Antes de Márcio Rugitzky e de padre Nélio, quando o diretor ainda era o monsenhor Guilherme Kleine, dona Telva já trabalhava como cozinheira do hospital. Até hoje, ela, junto com outras funcionárias, é a responsável por alimentar pacientes e funcionários. Dona Telva começou a trabalhar aos 15 anos no hospital, a convite de um ex-empregado. “Era tudo diferente, mas tinha a amizade e tinha as irmãs que acompanhavam a gente. Até hoje estou aqui e gosto do que faço”, diz. A cozinheira concedeu entrevista no hospital, mas estava de férias. Ela havia ido preparar um almoço a pedido das

freiras. O apelo emocional impede que ela diga ‘não’ ao hospital. Dona Telva não cogita abandonar o lugar onde passou os últimos 49 anos de vida e onde suas duas filhas nasceram. “Já sou aposentada, mas nunca pensei em sair, porque eu gosto do que faço, sinto-me muito bem. Temos uma equipe boa, trabalhamos com outros funcionários e um ajuda o outro. Gosto muito do que faço”, conta. Todos os dias, dona Telva e a equipe da cozinha do hospital preparam comida par cerca de 350 pessoas. Às 7h e às 16h saem os cafés, e ao meio-dia, o almoço. A rotina é puxada, mas a funcionária quase cinquentenária não pensa em largá-la tão cedo.


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Mais de um século de desafios Hospital enfrentou várias dificuldades desde a sua fundação ARQUIVO DOM JAIME DO SEMINÁRIO DE AZAMBUJA

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história do Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux é marcada, sobretudo, pelas dificuldades financeiras e pelo envolvimento dos brusquenses na sua administração. Já nas primeiras décadas de atividades, os empresários mostraram-se fundamentais. O Cônsul Carlos Renaux deu importante contribuição, com a anuência do bispo da Arquidiocese de Florianópolis, por exemplo, por isso a casa hospitalar leva seu nome até os dias atuais.

1901 O pontapé inicial A criação do Hospital Azambuja deve-se, principalmente, ao padre Antônio Eising. Alemão, ele veio ao Brasil para cuidar de seus conterrâneos em Brusque, que tinha uma grande população de origem germânica, e para evangelizar. Padre Eder Celva, escritor e vice-reitor do Seminário de Azambuja, conta que o padre Antônio visitava as casas e administrava os sacramentos para os colonos e via o sofrimento deles. Depois de ver muitas pessoas passando dificuldades e de ouvir o seu desespero em confissões, Eising teve a ideia de criar um hospital. Celva conta que, até aquele momento, a saúde na cidade era bastante precária. “Naquele tempo, a medicina era muito incipiente. Davam muitos chás, receitinhas e havia muitos benzedores. Um ou outro dominava algumas técnicas de medicina, entendidas como farmacêuticas, mas os atendimentos sempre foram insuficientes” Com a aprovação do bispo, Eising e seu coadjutor, padre José Sundrup, compram a área e erguem a Santa Casa de Misericórdia da Providência. Funcionava em um barracão de madeira, nos fundos do atual Museu Arquidiocesano Dom Joaquim. No entanto, em 1901 tudo funcionava provisoriamente no hospital. “Era uma semente, um início, e nada estava oficializado perante o povo. Isso aconteceu com a vinda das Irmãs em 1902, com o diretor da congregação delas, e com uma celebração e ‘inauguração’ da Santa Cas”, diz Celva.

Carta do padre Sundrup à Alemanha, três meses antes da construção: Somente a paróquia de Brusque, sem contar as três outras paróquias de que também devemos cuidar, conta cerca de 10 mil habitantes. Naturalmente existem muitos doentes, principalmente bem pobres e abandonados, também cegos, aleijados, desamparados etc. [...] Para estes pretendemos abrir em Azambuja um hospital e um asilo, pois até hoje não existe hospital por aqui.

Hospital em obras, em 1967; quem aparece na foto é o monsenhor Guilherme Kleine

1902 A fundação Padre Antônio Eising, como administrador de Azambuja, foi buscar na Diocese de Münster, na Alemanha, a Congregação das Irmãs da Divina Providência. No dia 29 de junho, chegam o padre Vicente Wienken e as três pioneiras: Godeharda Kreyemborg, Bárnaba Schäpermeier e Friedburga Nothen. A primeira casa-convento foi uma velha residência enxaimel adquirida junto com o terreno. Celva conta que foram as irmãs que administraram a prática cotidiana do hospital. Eram elas que cuidavam da lavanderia, da costura e da enfermaria. Havia um padre, designado para a função, coordenando a obra geral, investimentos e recursos. Não havia médicos. A Irmã Bárnaba atendia os

doentes, realizando inclusive pequenas cirurgias sem qualquer anestesia. O primeiro doente era um ancião de 83 anos, achado num paiol sem paredes, deitado em cima de palha, coberto apenas com um cobertor fininho. Além do hospital, também funcionavam no mesmo espaço: um hospício, um asilo e um internato. O internato era uma espécie de orfanato, onde crianças muito pobres, com ou sem pais, viviam em regime de internato. Nos primeiros anos, a estrutura era bastante precária. O Hospital de Caridade de Florianópolis ajudou com 25 camas. Apesar de pequeno, o Azambuja já contava com 50 internados em 1904.

1911 O novo prédio Em 1911, já sob a administração do padre Gabriel Lux, é inaugurado o novo prédio para o hospital, onde hoje fica o Museu Arquidiocesano Dom Joaquim. A construção havia sido iniciada em 1906. Padre Lux teve a ideia de construir o novo espaço para racionalizar o atendimento do hospital. Até o momento,

doentes mentais, pacientes e órfãos dividiam o mesmo espaço. Aos poucos, Azambuja foi criando novos espaços por causa da demanda. No ano anterior, o número de pessoas internadas somou: 330 no hospital, 22 no asilo e oito no hospício. O novo prédio de alvenaria foi inaugurado com apenas dois terços da obra pronta.

1915 O primeiro médico No final da década de 1910, chegou o médico Dr. Melcopp, o primeiro a trabalhar em Azambuja. Até aquele momento, ou seja, por quase 20 anos, os atendimentos eram feitos pelas freiras, conta o

padre Eder Celva. “Por quase 20 anos, essas religiosas, que não eram médicas nem enfermeiras, atenderam. Elas eram tudo”, diz o vice-reitor do Seminário e escritor.

1927 A chegada do Seminário O Hospital Azambuja dividiu espaço com o seminário por um período de tempo. Em abril de 1927, os primeiros seminaristas chegaram de caminhão ao Vale de Azambuja. A princípio, eles foram instalados no mesmo lugar e dividiam espaço com os enfermos. O espaço era pequeno para o tamanho da demanda dos doentes e para o número de seminaristas. “É claro que o hospital saiu prejudicado; por isso, já no ano seguinte planejava-se concretamente a edificação de um outro hospital. Contudo, antes de mais nada, a nova direção de Azambuja tratou de completar o prédio do padre Lux, acrescentando a ala que faltava do lado direito para quem entra na casa”, afirma Celva. Essa divisão de espaço perdurou até 1936.

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1936 Santa Casa é renomeada A benção oficial do novo prédio foi dada em 11 de março de 1936 - aniversário do Cônsul Carlos Renaux pelo próprio arcebispo. A cerimônia contou com a presença do Cônsul Renaux, de autoridades como o governador do estado e do público. O Cônsul Carlos Renaux teve papel primordial para que a obra se concretizasse, por isso, em sua homenagem e com anuência do arcebispo, a instituição foi batizada de Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux.

A segunda ala foi inaugurada em 1964, e a terceira em 1990, já sob a administração do padre Nélio Roberto Schwanke, que assumiu o cargo de diretor administrativo do hospital em 1984 e continua até hoje. Sob a administração de padre Nélio, o hospital se modernizou. Quando ele chegou, as Irmãs da Divina Providência já haviam saído da administração da casa hospitalar. Uma das primeiras ações dele foi buscar a Congregação das Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, que estão ali até hoje.

2015 Novo ambulatório O ambulatório para atendimentos de adultos e de crianças, aos 113 anos, exemplifica o período de expansão que o hospital vem passando. Nesta déca-

das, foram várias melhorias. Nos últimos quatro anos, foram quase R$ 7 milhões em investimentos em equipamentos e infraestrutura.

As administrações do hospital De acordo com o historiador Paulo Kons, o Hospital de Azambuja foi administrado, inicialmente, pelo padre José Sundrupp, da Diocese de Curitiba, pois naquela época Santa Catarina ainda não detinha este título. Em um segundo momento, o hospital foi administrado pelos padre dehonianos, até 1927, quando os diocesanos então voltaram ao posto. Por um breve período de tempo, a Prefeitura de Brusque também o administrou.

FASE 1 - Padre Diocesano (Diocese de Curitiba) 1901 - Padre José Sundrupp

FASE 2 - Padres do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos) 1905 - Padre Gabriel Lux 1919 - Padre Francisco Schueller 1920 - Padre José Rogmann 1926 - Padre Lourenço Foxius

Vista do Complexo de Azambuja em 1917, quando o hospital funcionava no prédio onde hoje fica o Museu Dom Joaquim

As madres superioras Relação das Irmãs Superioras de Azambuja

Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus

1927 - Padre Jaime de Barros Câmara

Congregação da Divina Providência

Relação das Superioras da Casa

1936 - Padre Bernardo Peters

Irmã Godeharda (1902-1920)

Irmã Liliana Matiello (1986-1987)

1946 - Padre Afonso Niehues

Irmã Fridolina (1921-1925)

Irmã Maria de Lourdes Castanha (1988-1990)

FASE 3 - Reitores do Seminário de Azambuja, que também administravam o hospital

FASE 4 - Contemporânea 1949 - Monsenhor Guilherme Kleine 1972 - Padre Albano José Koehler 1984 - Padre Nélio Roberto Schwanke 2006 - Janeiro a maio - Padre Nildo Dubiella (temporariamente devido à licença médica do padre Nélio) 2013 - Junho a dezembro - Prefeitura de Brusque Atualmente - Padre Nélio Roberto Schwanke

Irmã Servanda (1926-1933) Irmã Godorica (1934-1938)

Irmã Isaura Carlessi (1991-2000)

Irmã Servanda (1939-1944)

Irmã Brigida Carlessi (2000-2002)

Irmã Ludgara (1945-1947)

Irmã Isaura Carlessi (2002- 2015)

Irmã Godorica (1948-1954)

Irmã Ana Luiza (2016 até hoje)

Irmã Hildebaldis (1955-1956) Irmã Edfrieda (1956-1957) Irmã Bernardeta (1958-1961) Irmã Ludviga (1962-1965) Irmã Maria Batista (1966-1967) Irmã Johanildes (1968-1970) Irmã Eli Maria (1971-1974) Irmã Limbônia (1975 -1999)


O MunicĂ­pio

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Hospital Azambuja 115 anos

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Hospital Azambuja 115 anos

O Município

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Auxílio para avançar Doações de empresários são importantes até hoje para realização de melhorias no hospital

O

Hospital Azambuja não teria condições de chegar aos 115 anos de funcionamento sem a participação da comunidade. Desde o início, a casa hospitalar contou com empresários e trabalhadores para realizar as benfeitorias e manter os serviços. Nos tempos modernos, as pessoas que doam são representadas na diretoria do hospital. Atualmente, Ingo Fischer é provedor, e Luciano Hang, vice-provedor, mas existem vários que ajudaram ou ajudam. O diretor administrativo do Hospital Azambuja, padre Nélio Roberto Schwanke, diz que o envolvimento da comunidade foi fundamental em todos os passos dados. Ele está no cargo desde 1984 e cita vários nomes que colaboraram ao longo dos anos. A construção da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por exemplo, contou com a ajuda da empresa Irmãos Fischer. Os equipamentos hospitalares são caros, por isso, sozinho, o hospital não teria como arcar com tudo. Padre Nélio ressalta o envolvimento pessoal do empresário Ingo Fischer nos assuntos do hospital. No entanto, vários outros auxiliaram nas últimas décadas, como Carlos Cid Renaux. Não fosse o envolvimento dessas pessoas, conta padre Nélio, não haveria como tocar o hospital. O envolvimento do setor empresarial na administração do Hospital Azambuja está longe de ser algo novo. O seu surgimento deve-se muito ao Cônsul Carlos Renaux, que dá nome à casa de saúde desde 1936. Fischer diz que o hospital avançou nos últimos anos e, hoje, já é referência em medicina no país. “Temos orgulho, enquanto provedor, em dizer que hoje o nosso hospital está muito bem preparado, moderno e com equipamentos de última geração para atender a comunidade. Temos um corpo clínico especializado e em constante atualização, além de enfermeiros capacitados para atender com qualidade e humanização os pacientes”. O empresário Luciano Hang, diretor-

Conselho de Administração

Dom Wilson Tadeu Jönck

Padre Nélio Roberto Schwanke

Arcebispo de Florianópolis

Diretor administrativo

Fabiano Amorim Administrador

Gilberto Bastiani

Ingo Fischer

Luciano Hang

Vice-Diretor administrativo

Provedor

Vice-Provedor

Pedro Schmitt

Marcílio César Ghislandi

Padre Alvino Introvini Milani

Primeiro-Secretário

Segundo-Secretário

Assistente eclesiástico

-presidente da Havan, afirma que as contribuições promovem o bem-estar. “Fico muito feliz em poder contribuir com o Hospital Azambuja, que, há 115 anos, realiza um importante trabalho para Brusque e região. A equipe, da

qual eu participo, realiza um verdadeiro trabalho de doação em benefício do bem-estar da comunidade.” O empresário Pedro Schmitt, primeiro-secretário do Conselho de Administração e provedor, diz que o

objetivo é ajudar que o Azambuja seja referência no Brasil. “Temos obrigação, como cidadãos e seres humanos, de deixar para os nossos descendentes um mundo melhor comparado ao que recebemos”, afirma.


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