Painéis - Análise dos indicadores do Selo LABVerde aplicados a Trilha Norte-Sul

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NORTE-SUL “Neste contraste entre o que vemos e o que existe, ainda que invisível, se encontra um novo olhar para a cidade. Convidamos você a encontrá-lo.” Coletivo Escafandro, Projeto Rios (In)visíveis

O objeto de estudo deste painel é um dos possíveis caminhos que percorrem a cidade de São Paulo partindo da Pedra Grande, cruzando o Rio Tietê e chegando ao Parque Ibirapuera. Este trajeto, denominado Trilha Norte-Sul (traçado em vermelho), foi tema de estudo da disciplina Desenho Ambiental, ministrada pela Profa. Dra. Maria de Assunção Ribeiro Franco no curso de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e teve como objetivo a reflexão sobre a paisagem de seu entorno, tanto nos aspectos geomorfológicos quanto ambientais. Para a análise proposta também foi considerado 500m de borda de cada lado do trajeto (mancha verde). O território cortado pela TRILHA foi avaliado sob a ótica do Selo Labverde, processo experimental de Certificação Ambiental criado no início de 2008 pelo Laboratório Verde da FAUUSP. Baseado em um novo paradigma de sustentabilidade, a Localização Sustentável, o selo estabelece quatro escalas de atuação (regional, urbana, setorial e local). Devido às características e dimensões do objeto de estudo, trabalhou-se apenas as escalas referentes ao Desenho Ambiental, ou seja, a urbana e a setorial, sendo necessária uma adaptação da pontuação do selo. Nesta etapa, considerou-se as características de cada subprefeitura cortada pela trilha, atribuindo uma certificação conforme a pontuação alcançada. Os resultados obtidos podem ser conferidos no mapa ao lado.

CASA VERDE

LAPA

Na segunda etapa do trabalho, fez-se um recorte para que a análise pudesse ser aprofundada. Foi escolhida a região da bacia do Mandaqui (mancha azul) por ser uma região de transição entre áreas altamente adensadas e o Parque Estadual da Cantareira. Este recorte possibilitou a aproximação da problemática desta região; que apesar de apresentar certa similaridade com outras regiões analisadas na grande escala, também possui particularidades que devem nortear seu desenho. As conclusões e proposições podem ser conferidas nos painéis seguintes. PONTUAÇÃO SELO LABVERDE

S

PINHEIROS


HORTO FLORESTAL NASCENTE

LOCALIZAÇÃO: ZONA ONA NORTE DE SÃO PAULO BAIRROS QUE ABRANGE: Casa Verde, Cachoeirinha, Limão, Mandaqui, Santana, Tucuruvi. TRILHA

SANTANA-TUCURUVI PRINCIPAL CURSO URSO D’ÁGUA: CÓRREGO MANDAQUI AQUI (canalizado) NASCENTE: Academia do d Barro Branco FOZ: Tio Tietê

AV. ENG .C AET ANO ÁLV ARE S

BORDAS CÓRREGOS ZEPAM

ÁREA DE INTERVENÇÃO: O BAIXO MANDAQUI RIO TIETÊ FOZ

USOS: Na FOZ o encontranse grandes lotes industriais que abrigam m armazéns, galpões, comércio e serviços. Após a linha de alta tensão, o uso passa a ser misto, em lotes menores e com concentração de comércios e serviços ao longo go das vias arteriais.Próximo à NASCENTE, encontram-se residências verticais ais de padrão mais elevado. ZPI ZCPa ZCPb ZM-2 ZM-3 ZEPAM

MOBILIDADE: As principais vias se localizam nos espigões e fundos de vale, com predomínio do deslocamento l locamento N-S. A região carece de infraestrutura de transporte colerivo adequada à demanda e emanda atual e conta com apenas uma ciclovia, ao longo da Av. Eng. Caetano a aetano Álvares.

ZER

OCUPAÇÃO X RELEVO

SISTEMAS NATURAIS: A maior parte cos córregos que formam abacia está canalizado zado e tamponado e por isso, muitos já não fazem parte da identidade local. A região também carece de arborização e áreas verdes, principalmentenas regiões mais baixas. Essas características se refletem na temperatura, como pode ser observado ervado no mapa ao lado.

32*C 30*C 29*C 28*C

TEMPERATURA SUPERFICIAL X RELEVO

V.MARIANA

BACIA DO MANDAQUI: CONTEXTO E CARACTERÍSTICAS

TREMEMBÉ-JAÇANÃ


6

7

LAGOA DE RETENÇÃO ARBORIZAÇÃO EDIFICAÇÕES EXISTENTES - RES. BX RENDA EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO MIRANTE EQUIPAMENTO PÚBLICO TEATRO DE ARENA PASSARELAS CANAL REQUALIFICADO

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.

ÁREA DE INTERVENÇÃO PERSPECTIVA - CANAL

2

3

8

9

CORTE - CANAL

4 5

IMPLANTAÇÃO

REQUALIFICAÇÃO DAS VIELAS

DIRETRIZES: - IMPLANTAÇÃO DE ESTRUTURAS DE AMORTECIMENTO (valetas verdes, jardins de chuva, bacia de retenção, piso drenante) - INCREMENTO DAS ÁREAS VERDES. Consideradas como parte da infraestrutura da cidade, articulando com o tecido urbano e edificações. Desenvolver uma rede de áreas verdes e locais públicos singulares. - ENFATIZAR O CARÁTER DE PATRIMÔNIO AMBIENTAL. - VALORIZAR A IDENTIDADE LOCAL. - ACESSOS PEDONAIS. Fornecer acesso contínuo de pedestres e ciclistas ao longo do córrego Mandaqui, inclusive transposições. - ROTAS ACESSÍVEIS. Todas as rotas serão caracterizadas pelo desenho universal. - USO CONTÍNUO. Aumentar a oferta de atividades de recreação e lazer,promovendo a vitalidade e uso contínuo dos espaços.

PROPOSTA

AVALIAÇÃO PELO SELO LABVERDE. ANTES E DEPOIS DA PROPOSTA: Com a implantação das alterações urbanas sugeridas conseguiu-se elevar a pontuação do Selo em mais de 18 pontos. Dessa forma a região subiu um nível, sendo classificada com o SELO QUALIDADE. As alterações mais significativas ocorreram na escala urbana com a criação de um parque urbano que abriga uma lagoa de detenção. O objetivo da criação deste parque foi auxiliar a drenagem da região, sujeita a alagamentos por fazer parte do antigo traçado do Rio Tietê. Um outro ganho considerável diz respeito ao acesso de pedestres e ciclistas. Para isso foram criados caminhos que cortam o parque e retirou-se uma faixa de rolamento da Av. Eng. Caetano Álvares para a implantação de passeios e ciclovias. Nas vielas existentes na região propôs-se o compartilhamento entre veículos e pedestres, com tratamento de piso contenplando pavimento drenante e biovaletas. O DESENHO UNIVERSAL foi um balizador importante de todas as propostas por se entender a acessibilidade como fator primordial ao bom desenho urbano.

AVALIAÇÃO DO SELO LABVERDE

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

AUP 5853 DESENHO AMBIENTAL

Profa. Dra. Maria Assunção Ribeiro Franco EQUIPE: Juliana M. S. Freitas Yashmin Morkazel


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