Design

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GOOD DESIGN IS OBVIOUS. GREAT DESIGN IS TRANSPARENT. {Joe Sparano}


Desig “Design Gráfico não é só um belo desenho. Design Gráfico é um belo desenho, com um sentido Chico Homem de Melo

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gn e uma tarefa a cumprir.”

O Design Gráfico é um processo técnico e criativo que utiliza imagens e textos para comunicar mensagens, idéias e conceitos. Batizado e amadurecido no século XX, é hoje a atividade projectual mais disseminada no planeta. Com objetivos comerciais ou de fundo social, o Design Gráfico é utilizado para informar, identificar, sinalizar, organizar, estimular, persuadir e entreter, resultando na melhoria da qualidade de vida das pessoas.

O que é?

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Designer


Primeiramente, ele estuda e conhece questões relacionadas à profissão, como cores, tipografia, produção gráfica, meios de comunicação, marketing, semiótica, ergonomia, entre outras tantas necessárias. Depois ele continua estudando, lendo, navegando, conhecendo e se atualizando, tanto técnica como culturalmente. Com isso, ele pode estudar cada caso, analisar e vivenciar a situação do cliente, ponderar todas as variáveis, a fim de encontrar a melhor solução, de forma harmônica, viável e que traga resultados. Como nos dias de hoje, o acesso a programas gráficos está a facilita, qualquer pessoa mesmo não capacitada, diz ser Designer Gráfico, o que não é verdade. Haverá sempre a pergunta.

“ Nem tudo que está impresso é design. Design tem que ter projeto que respeita uma estrutura do começo ao fim. O simples preenchimento de páginas com imagem e letras não é fazer design gráfico.” Emilie Chamie

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Tipografia Tal como no design gráfico em geral, o objectivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à comunicação impressa. Por analogia, tipografia também passou a ser um modo de se referir à gráfica que usa uma prensa de tipos móveis. Uma composição tipográfica deve ser especialmente legível e visualmente envolvente, sem desconsiderar o contexto em que é lido e os objectivos da sua publicação. Em trabalhos de design gráfico, os objectivos formais extrapolam a funcionalidade do texto, portanto questões como a legibilidade, que actualmente é um pouco esquecida. O interesse da tipografia visual é realizado através da escolha adequada de fontes tipográficas, composição de texto, a sensibilidade para o tornar o texto e a relação entre os elementos gráficos na página. Todos esses factores são combinados para que o resultado final resulte na perfeição ao conteúdo abordado. Quando o trabalho tem como destino ser impresso, é crucial uma escolha adquada do papel e do tipo de impres-

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são para o resultado ser o mais perfeito possivel. Nos remotos tempos antigos, o trabalho dum tipografo era destinado ao trabalho como actividade projetual e industrial gráfica,mas com o advento da evolução tecnologica a tipografia ficou disponível para designers gráficos em geral e leigos, sim! porque actualmente qualquer um se considera designer.. Hoje qualquer um pode escolher uma fonte e compor um texto simples, mas essa democratização tem um preço, pois a falta de conhecimento e formação adequada criou uma proliferação de textos mal diagramados e fontes tipográficas mal desenhadas. O conhecimento adequado do uso da tipografia é essencial aos designers que trabalham com diagramação, ou seja, na relação de texto e imagem. Logo a tipografia é um dos pilares do design gráfico e uma matéria necessária aos cursos de design. Para o designer que se especializa nessa área, a tipografia costuma se revelar um dos aspectos mais complexos e sofisticados do design gráfico.


{Caracteres tipogrรกficos}

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Papel


História No Egipto, 1800 anos a.C. os escribas desenham os hieróglifos num rolo comprido feito de uma planta chamada papiro. Uma espécie de cana que cresce nas margens do rio Nilo. A haste é descascada, depois cortada em lâminas muito finas. Estas são sobrepostas e em seguida marteladas a fim de se tornarem chatas e formarem uma folha que se pode pôr a secar sob um peso. O rolo do escriva obtém-se colando ponta com ponta várias dessas folhas. Na Ásia Menor, os habitantes de Pérgamo desenvolveram uma técnica de secagem de peles de vitela, de carneiro e de cabra. As peles eram peladas, raspadas, estendidas, secas e polidas com pedra-pomes. As membranas obtidas eram finas, lisas e flexíveis, mas possuíam resistência bastante para permitir que se escrevesse nelas dos dois lados. Ainda durante os primeiros anos da Era Cristã. na China, começou-se a fabricar papel a partir de desperdícios têxteis, (trapos).

O conhecimento da maneira de fazer papel espalhou-se rapidamente pela Ásia Central e Tibete e daí passou à Índia. Os Árabes, na sua expansão para o Oriente, tomaram contacto com a produção deste novo material e instalaram fábricas de papel em Bagdad, Damasco, Cairo e, mais tarde, em Marrocos, na Espanha e na Sicília, utilizando quase exclusivamente trapos. Este povo melhorou o o fabrico do papel utilizando farrapos de cânhamo, de algodão e de linho. Em breve os Califas, reis do império árabe, possuíam as maiores bibliotecas do mundo e podiam enviar mensagens urgentes transportadas por pombos correio.

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Na Idade Média, os Cruzados descobrem por sua vez este maravilhoso papel que trazem para a França a bordos dos seus navios. Partindo de Marselha ou de veneza mercadores franceses e italianos fazem longas viagens para comprarem aos Árabes. depois acham mais prático e menos dispendioso fabricarem-no eles próprios. Surge então uma nova profissão, a do farrapeiro que, de aldeia em aldeia, compra velhas roupas brancas para as revender, a peso de ouro, ao engenho de papel. era este a fábrica de papel de outrora. Depois das primeiras produções na Itália e na Alemanha, o fabrico do papel foi-se generalizando e as técnicas foram sendo aperfeiçoadas. O progresso técnico continuou na Europa, tendo o incremento no fabrico de papel durante e após o século XVI, por influência do acontecimento extraordinário que foi a invenção dos caracteres móveislevada a cabo por Gutemberg em 1450.

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Estas pequenas letras esculpidas e modeladas no chumbo conduzido a uma grave escassez da matéria-prima e à regulamentação do comércio do trapo. Pois se antes os livros eram raros e caros, agora cada vez mais e mais se tornará um objecto do quatidiano. Os leitores tornam-se numerosos e os papeleiros têm falta de farrapos. É neste cenário que em meados do séc XVIII Réaumur, um sábio francês, observa a vespa-papeleira e propõe-se a substituir a pasta de farrapos pela de madeira, ainda utilizada até aos nossos dias. A invenção da pasta mecânica de madeira pelo alemão Keller e da pasta química (primeiras patentes em 1854: Mellier Watt) vieram resolver definitivamente o problema dos trapos. Pode dizer-se que, só depois de 1840, se deram os passos necessários para a substituição definitiva dos trapos e para uma produção mais eficiente e aperfeiçoada. Após 1860, com a introdução da electricidade na indústria, foi possível aperfeiçoar as máquinas e produzir pastas mecânicas e químicas de celulose e diferentes tipos de papel e cartão.


Em 1950, houve alterações profundas na diversificação dos produtos e na organização das empresas e internacionalização do comércio do papel e cartão, bem como na responsabilização ambiental da actividade com a melhoria dos seus desempenhos. Em Portugal, a produção de papel teve início em finais do Séc.XIV, no entanto, as primeiras fábricas só apareceram no início do Séc. XVIII. Foi ainda o primeiro país a produzir pastas químicas de eucalipto: ao sulfito em 1923; ao sulfato em 1957. Actualmente sete unidades industriais de papel, produzem, do universo nacional, a totalidade das pastas para papel e 90% do papel e cartão.

O papel tem sofrido uma desvalorização com a avanço das novas tecnologias ,torna-se mais fácil manusear um jornal, revista digitalmente, além de ser a baixo custo. Por esse motivo, tem-se desenvolvido várias técnicas de forma a evitar essa desvalorização, é ai que entra as impressões especiais que tem vindo a transformar o papel em algo apetecível. O trabalho em papel tem de ser obrigatóriamente reiventado, para ser de imediato a escolha do utente em relação ás novas tecnologias, para isso existe, os vernizes, os dourados, o relevo, o aroma etc. que têm contribuído para a perduração da utilização do papel e cada vez mais de mais variadas formas não esquecendo os cortantes que capazes de modificar o papel de uma forma original. A tecnologia é um ponto fundamental para a evolução de todas as áreas, e sem ela não se conseguia chegar aos novos tipos de manuseamento do papel

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O primeiro livro impresso na Europa está guardado em vários museus. O mais emblemático é o Museu da Imprensa em Mainz (Mongúncia), Alemanha. A Bíblia impressa por Johannes Gutenberg é o símbolo-chave de um momento de transição da história humana. A sua invenção, provocou uma revolução: a propagação do «conhecimento para todos». Os livros da Biblioteca Nacional de França eram normalmente encadernados, no séc. XVII, num marroquim vermelho com filetes dourados, com as armas reais gravadas, ao passo que, nos dias de hoje, a maior parte do livros que chegam aquela biblioteca é somente recoberta com meia tela.

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Livro Cinco séculos antes da invenção de Guterberg já na China se conheciam os caracteres móveis (em madeira) no mesmo país onde se inventou o papel, invenção essa que foi um grande impulso para a descoberta da tipografia europeia. As primeiras impressões feitas por meio de caracteres moveis são atribuídas a um ferreiro chinês, um alquimista de nome Pi Cheng. O motivo que levou a China a produzir caracteres de madeira terá sido devido à tinta demasiado fluida que não funcionava de forma correcta no metal, bem como o facto de os chineses gostarem de ver os seus livros com uma caligrafia muito harmoniosa e isto era mais fácil esculpir na madeira que no metal. Por vezes a história é traçada por pequenos acasos. Por exemplo, o caso de Marco Polo, um famoso explorador que viajou de Veneza até à China por terra, no ano de 1272, foi durante muito tempo uma das poucas fontes de informação sobre a Ásia no ocidente (“As viagens de Marco Polo”). Uma vez na China, Marco Polo maravilhou-se com as notas de banco em uso nesse país, mas não se apercebeu que estas eram na realidade impressas. Assim, esta técnica, tão importante para o desenvolvimento da Humanidade escapou a Polo e muitos outros viajantes, e só muitos séculos depois a Europa a conheceu.

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A imprensa, ou seja, a técnica baseada no uso dos tipos móveis e na prensa, provoca uma revolução. Até a metade da década de 1450 só era possível reproduzir um texto copiando-o à mão. Com a imprensa, reduz-se o tempo de reprodução do texto, diminuindo também o custo do livro. Gutenberg foi o primeiro a mecanizar os procedimentos de impressão. A imprensa foi, a princípio, mais um prolongamento da escrita manual levando quase ao extremo esta imitação de tal modo que era por vezes dificil distinguir se uma obra era impressa ou escrita à mão. As iniciais dos livros impressos e as iluminuras durante muito tempo eram feitas da mesma maneira e pelos mesmos artistas que nos livros manuscritos. Os impressores rivalizavam com os copistas, no entanto rapidamente os leitores aderiram ao livro impresso pois este era mais legível e mais correcto que os antigos manuscritos. Nos primeiros livros impressos são usados uma enorme variedade de caracteres. Para cada categoria de obra e de leitor um caracter determinado.

Mas, pouco tempo depois da invenção da escrita o caracter uniformiza-se e a letra arredondada era adoptada em grande parte da Europa , pois entre outras coisas ficava dispendioso produzir tantos tipos de letra. A essência da imprensa é, até ao séc. XIX, compor uma página por meio de caracteres móveis independentes. Este processo consiste em fundir metal num molde. Os caracteres são compostos de uma liga de três metais - chumbo, estanho e antimónio – misturados em proporções muito rigorosas para obter uma resistência máxima. Instrumentos essenciais ao compositor tipográfico eram a caixa tipográfica, composta por 130 caixotins onde se lançam os caracteres, o compenedor, que serve para juntar os caracteres construindo frases, galé, pinça e material branco como quadrados, quadratins, meios quadratins e lingotes. No séc. XIX desenvolveram-se várias máquinas que fundem linha a linha (frase), sendo uma das mais conhecidas a Linotyp, algumas inclusive ainda estão a trabalhar hoje. [15]



Cores


A cor

ou tom, é resultado da existência da luz, ou seja, se a luz não existisse, não haveriam cores, à excepção do preto que, é exactamente a ausência de luz. O preto é resultado de algo que absorve toda a luz e não reflecte, o branco resulta de algo que reflecte toda a luz, logo é a existência de luz.

Influência

psicológica sobre o ser humano, existem cores que se apresentam como estimulantes, alegres, optimistas, outras serenas e tranquilas, etc. Assim, quando o Homem tomou consciência desta realidade, aprendeu a usar as cores como estímulos para encontrar determinadas respostas e, a cor que durante muito tempo só teve finalidades estéticas, passou a ter também finalidades e funcionalidades práticas.É possível pois, compreender a simbologia das cores e através delas dar e receber informações

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Luz

através do olho humano, pode ser descrita pela quantidade de luz acromática (saturação), pela reflexão da luz (luminosidade) e pelos objectos emissores de luz (brilho).

Pigmento

é a substância usada para imitar os fenómenos da cor-luz. Cores que podem ser extraídas da natureza, como materiais de origem vegetal, animal ou mineral, e que da sua mistura, através de processos industriais, surge o pigmento. A cor-luz, baseia-se na luz solar e pode ser vista através dos raios luminosos. A cor-luz, representa a própria luz, capaz de se decompor em várias cores.

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Design & Comunicação Design de Comunicação é um amplo processo criativo que actua na construção de mensagens. Como muitas das outras artes não tem uma metodologiadefinida. Age no que começou por ser campo de estudo e trabalho da arte comercial e, respondendo aos avanços sociais e tecnológicos, abrange vários meios de comunicação. Hoje é ligada ao vídeo, à música, ao design gráfico, publicidade, editorial, web design, ao contrário de outros processos criativos, depende muitas vezes de enunciados. Aproxima-se das competências do marketing, mas não elege o corporativismo do século XX como tónica do seu desenvolvimento. Idealmente, centra-se no acto criativo para nele recolher ideias que recoloquem e reformulem os problemas, para depois passar para a sua resolução. A comunicação pode-se dizer que o dizer é uma ferramenta indespensável à realização de uma boa comunicação, na medida em que passa a palavra ao consumidor. É crucial referir que o Design é bastante importante nesta etapa pois muitas vezes o consumidor adquire o produto pelo o que viu na publicidade inerente, ou mesmo porque o aspecto da embalagem de alguma forma o fascina. A transmissão de valores, está relacionada com o que a marca quer transmitir.

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Pictogramas

O que são os pictogramas? Pictogramas são informações de objectos ou conceitos traduzidos de forma gráfica extremamente simplificada, porém contidos de muitos significados que ultrapassam as barreiras linguísticas.Genericamente suas funções estão ligadas a instrução, orientação, informação e divulgação. Aos pictogramas é pedida a missão de transmitir informações essenciais a um grande número de pessoas de língua diferente, mas que têm traços socioculturais comuns, e a quem não é fornecido nenhum ensinamento para defrontarem a descodificação dessas mensagens. Apesar de não existirem normas rígidas ou impostas ao designer no processo criativo, algumas regras devem ser apreendidas no sentido de melhorar o sistema a conceber.

A legibilidade dos símbolos pictóricos também se baseia nas condições de utilização e, especialmente, nas expectativas dos fruidores. No aeroporto, numa estação, num hotel, no metropolitano, numa cidade em que nos encontramos pela primeira vez, detectamos um estado de desorientação devido a não sabermos reunir o significado dos estímulos provenientes do exterior num contínuo encadeado, quer dizer, num ambiente do qual se procura reconhecer o sentido mesmo para além dos estímulos imediato. {Manfredo Massironi} A exigência de transmissão de informação através de pictogramas obriga a conceber signos concisos, simples, rapidamente compreensíveis; para isso há que procurar estruturas gráficas elementares, para fazer justiça a um determinado tipo de percepção. {AICHER, Otl e Krampen}

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ilustração



Uma ilustração é uma imagem pictórica utilizada para acompanhar, explicar, interpretar, acrescentar informação, sintetizar ou até simplesmente decorar um texto. Embora o termo seja usado frequentemente para se referir a desenhos, pinturas ou colagens, uma fotografia também é uma ilustração. Além disso, a ilustração é um dos elementos mais importantes do design gráfico. São comuns em jornais, revistas e livros, especialmente na literatura infanto-juvenil (assumindo, muitas vezes, um papel mais importante que o texto), sendo também utilizadas na publicidade e na propaganda. Mas existem também ilustrações independentes de texto, onde a própria ilustração é a informação principal. Um exemplo seria um livro sem texto, não incomum em quadrinhos ou livros infantis. A ilustração editorial tem origens na Iluminura, utilizada largamente na Idade Média nos manuscritos, mas atualmente difere desta por se servir de meios mecânicos (e mais recentemente de meios fotomecânicos e digitais) para a sua reprodução. Portanto, a sua evolução e história está intimamente ligada à imprensa e à gravura. A ilustração possui uma tradição antiga que remonta às primeiras formas pictóricas, continuando pela Revolução Industrial até a nossa era digital. Atualmente essa tradição tem sido especialmente importantes para as histórias em quadrinhos e a animação. Em princípio, o que distingue a ilustração das histórias em quadrinhos é não descrever, necessariamente, uma narrativa sequencial, mas por sintetizar ou caracterizar conceitos, situações, ações ou, até mesmo, determinadas pessoas como é o caso da caricatura.

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No século XX em Portugal sobressairam nomes como Stuart de Carvalhais, Bernando Marques, Maria Keil e mais recentemente António ou Cid, como caricaturistas/cartoonistas. Nos finais do século passado e no início deste a ilustração portuguesa ganhou um forte impulso revelando novos talentos, dos quais os mais famosos tanto nacional como internacionalmente são Pedro Salgado e André Carrilho. A ilustração tem sido considerada como um elemento pictórico que transcende a sua função tradicional, podendo, em certos casos, ser considerada um conteúdo independente. Isso fica especialmente evidente quando consideramos o papel da infografia nas publicações atuais. Ou seja, a possibilidade de maior integração entre texto e imagem, ou o uso da imagem de forma independe. Com a evolução da linguagem pictórica do design gráfico, está cada vez mais difícil de determinar as fronteiras do que vem a ser a ilustração. Desde os anos 90, os ilustradores confrontaram com uma mudança nos meios de se fazer seus trabalhos. A chegada da computação gráfica com softwares de manipulação fotográfica e novos dispositivos como as mesas digitalizadoras têm influenciado a maneira como se cria ilustração. Novas técnicas de ilustração em computador, como o uso da Imagem vectorial e 3d, têm se tornado comum na comunicação visual. Muitos ilustradores, hoje em dia, já recebem treinamento diretamente na frente de um monitor. As primeiras formas de desenho surgiram na pré-história, no paleolítico. E crê-se que tem carácter religioso. O termo ilustração surgiu na idade-média no cristianismo pois eram utilizadas em manuscritos, pois nesta altura maior parte da população não sabia ler. [27]


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A história da fotografia pode ser contada a partir das experiências executadas por químicos e alquimistas desde a mais remota antiguidade. Por volta de 350 a.C., aproximadamente na época em que viveu Aristóteles na Grécia antiga, já se conhecia o fenômeno da produção de imagens pela passagem da luz através de um pequeno orifício. Alhazen em torno do século X, descreveu um método de observação dos eclipses solares através da utilização de uma câmara escura. A câmara escura na época, consistia de um quarto com um pequeno orifício aberto para o exterior.

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Fotografia

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É essencialmente a técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando-as em uma superfície sensível. [3] A primeira fotografia reconhecida remonta ao ano de 1826 e é atribuída ao francês Joseph Nicéphore Niépce. Contudo, a invenção da fotografia não é obra de um só autor, mas um processo de acúmulo de avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando, juntas ou em paralelo, ao longo de muitos anos. Se por um lado os princípios fundamentais da fotografia se estabeleceram há décadas e, desde a introdução do filme fotográfico colorido, quase não sofreram mudanças, por outro, os avanços tecnológicos têm sistematicamente possibilitado melhorias na qualidade das imagens produzidas, agilização das etapas do processo de produção e a redução de custos, popularizando o uso da fotografia.

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Actualmente, a introdução da tecnologia digital tem modificado drasticamente os paradigmas que norteiam o mundo da fotografia. Os equipamentos, ao mesmo tempo que são oferecidos a preços cada vez menores, disponibilizam ao usuário médio recursos cada vez mais sofisticados, assim como maior qualidade de imagem e facilidade de uso. A simplificação dos processos de captação, armazenagem, impressão e reprodução de imagens proporcionados intrinsecamente pelo ambiente digital, aliada à facilidade de integração com os recursos da informática, como organização em álbuns, incorporação de imagens em documentos e distribuição via Internet, têm ampliado e democratizado o uso da imagem fotográfica nas mais diversas aplicações.


A fotografia digital mudou paradigmas no mundo da fotografia, minimizando custos, reduzindo etapas, acelerando processos e facilitando a produção, manipulação, armazenamento e transmissão de imagens pelo mundo. O aperfeiçoamento da tecnologia de reprodução de imagens digitais tem quebrado barreiras de restrição em relação a este sistema por sectores que ainda persistiam no tradicional filme, e assim, irreversivelmente ampliando o domínio da fotografia digital. Com uma mais valia, a fotografia digital, nasce a manipulação de imagens, que tem sido uma grande descoberta, com o que se pode fazer a imagens captadas pela camera, nomeadamente altera-la por completo e chegar ao ponto de ser tão divergente que nem parece a mesma. Para os media, sem duvida que tem dado muito jeito, as capas de revistas que vemos hoje em dia São fruto desta grande evenção, a perfeição que se pode atingir é viciante, capaz de levar-nos a todos a alterar as nossas fotos pessoais para realçar os nossos pontos fortes e torná-las mais bonitas.

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Marc A utilização da designação “marca” passou a estar associada ao acto ou efeito de marcar. Já há muito utilizada de uma outra forma como antigamente eram “marcadas” as cabeças de gado com o objectivo essencial de identificar a propriedade e posse de bens materiais. Uma vantagem que valorizava os criadores mais conhecidos pela qualidade do seu gado que começavam a ter a sua marca mais reconhecida e, consequentemente, mais procurada nas trocas comerciais. Actualmente, esta finalidade primária de identificar e distinguir produtos, bens ou serviços, ainda perdura nos nossos dias, sendo uma das principais funções das marcas. Num passado longínquo das marcas refere uma lei inglesa publicada no ano de 1266 que exigia a todos os padeiros a colocação da sua marca específica em todo o pão que vendiam, com a finalidade de identificar aqueles que maliciosamente tentassem vender pão com um peso inferior ao que a lei permitia. A história da marca leva-nos ainda mais longe, até às civilizações da Grécia e Roma antiga. Nesse tempo, era hábito deixar impressões na base das peças de olaria e cerâmica. Estas marcas podiam ser impressões digitais ou pequenos símbolos básicos como estrelas ou cruzes. Ao longo dos séculos XVII e XVIII, o volume de produção de fina porcelana, mobiliário e tapeçaria que essencialmente era produzido nas oficinas, e indústrias artesanais, francesas e belgas, veio ampliar a utilização das marcas como uma forma de marcar a origem e a qualidade dos produtos. Todavia, é essencialmente a partir do século XIX (com a revolução industrial) que a utilização das marcas passa a ser largamente utilizada. A óptica de produção e comercialização em massa assim o começava a impor. Ainda hoje existem marcas datadas desse tempo, como são exemplos a Coca-Cola, a Quaker e a Heinz. [34]


Como se relacionam os conceitos de marca e de produto? Se ambos aparentam ser o objecto de satisfação de necessidades identificadas pelo marketing, poderão existir diferenças entre ambos os conceitos? Porque será que existem empresas que têm gestores de marca e outras empresas preferem gestores de produto? Vamos tentar dar resposta a estas questões. Compreender e definir o conceito de marca, é uma tarefa complexa pois esta matéria é alvo de várias abordagens na literatura de marketing. Perante um cenário tão diversificado alguns autores, como Serra e Gonzalez, sugerem que a marca pode ser interpretada e definida em várias dimensões: enquanto signo identificativo, enquanto elemento agregador de uma identidade e enquanto activo da empresa.

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Independentemente da abordagem escolhida, e desde a sua origem, em que as marcas eram na sua essência símbolos identificativos, até ao início do século XXI em que assumem uma importância enquanto activo intangível, as marcas ganharam uma presença inegável no quotidiano. Para além da marca ter como funções básicas a identificação e a diferenciação de um produto ou serviço, o seu papel é mais abrangente, participando também na concepção do próprio produto ou serviço. Aliás, quer os processos de gestão de marca como a gestão de produto em si, podem ser encarados sem diferença, considerados que são ambos uma das organizações de marketing. Actualmente a marca contém grande importância, pois dita a escolha do produto.

Como tal, é importante perceber onde começa e termina a marca e se inicia o produto em si. Kotler e Keller definem um produto como sendo qualquer coisa que pode ser oferecida a um mercado para aquisição ou consumo; incluindo objectos físicos, serviços, personalidades, lugares, organizações ou ideias.

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A publicidade é uma actividade profissional dedicada à difusão pública de ideias associadas a empresas, produtos ou serviços, especificamente, divulgação comercial. Publicidade é um termo que pode englobar diversas áreas de conhecimento que envolvam esta difusão comercial de produtos, em especial como o planeamento, criação, produção e veiculação de peças publicitárias. Pode-se traçar a história da publicidade desde a antiguidade. Foi, porém, após a Revolução Francesa (1789), que a publicidade iniciou a trajectória que a levaria até o seu estágio actual de importância e desenvolvimento. Hoje, todas as actividades humanas se beneficiam como o uso da publicidade: Profissionais liberais, como médicos, engenheiros, divulgam por meio dela, os seus serviços; os artistas anunciam suas exposições, seus discos, seus livros, etc…, a própria ciência vem utilizando os recursos da publicidade, promovendo suas descobertas e seus congressos por meio de cartazes, revistas, jornais, filmes, Internet e outros. A publicidade tem explorado cada vez mais a nudez e a sexualidade, de forma a chamar cada vez mais atenção, pois o sexo vende, e é visivel a evolução que tem vindo a progredir ao longo dos anos, onde era tudo recatado, hoje em dia isso já não é um problema e quanto mais sensual a campanha publicitário o é, mais chama atenção, o que é mesmo essa a tarefa da publicidade.

Publicidade [37]


Mensagens comerciais e campanhas políticas foram encontradas em ruínas da antiga Arábia. Egípcios usavam papiros para criar mensagens de venda e cartazes, enquanto o conhecido flyer de hoje podia ser facilmente encontrado na antiga Grécia e Roma. Pinturas em muros ou rochas utilizadas como anúncios eram outras formas encontradas no tempo antigo e é utilizada até hoje em várias partes do mundo. A tradicional pintura nas paredes pode ser encontrada desde expressões artísticas em rochas feitas por populações indígenas que datam de 4.000 AC até pinturas desenvolvidas nos séculos XV e XVI que auxiliavam a divulgação de “flyers” na época. No século XVII os anúncios começaram a aparecer em jornais semanais na Inglaterra. Esses anúncios eram utilizados para promover livros e jornais, que patrocinavam a imprensa, e medicamentos, que se tornaram muito procurados após algumas doenças terem devastado a Europa. No entanto, falsos, tornaram-se um problema, que culminou na regulamentação dos conteúdos publicados nos anuncios.

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Com a economia a expander-se durante o século XIX, os anúncios cresceram. Nos Estados Unidos, os classificados tornaram-se bem populares preenchendo muitas páginas de jornais com pequenos anúncios de itens variados. O sucesso desse formato levou ao aparecimento e crescimento da a primeira Agência de Publicidade e Propaganda foi criada em 1841.

Antigamente, havia poucas escolhas de carreira para mulheres no mercado, no entanto a publicidade e propaganda foi uma das poucas a abrir esse mercado. Desde que as mulheres eram responsáveis pela maioria das compras feitas em casa, anunciantes e agências reconheceram o valor introspectivo que a mulher tinha durante os processos criativos, por curiosidade, a primeira propaganda norte-americana com apelo sexual foi criada por uma mulher, Helen Lansdowne Resor, para anunciar o Woodbury’s Facial Soap. Embora simplória para os dias atuais, a propaganda mostrava um casal com a mensagem: “The skin you love to touch” (A pele que você adora tocar). Quando as estações de rádio iniciaram suas transmissões em meados de 1920, os programas não continham propagandas. Isso acontecia porque as primeiras estações de rádio foram estabelecidas com equipamentos feitos manualmente e varejistas que ofereceram programas em busca de vender mais aparelhos de rádio para os consumidores. Com o passar do tempo, muitas organizações sem fins lucrativos, como escolas, clubes e organizações populares, começaram a construir suas próprias estações de rádio. Quando a prática de patrocinar programas foi popularizada, cada programa era patrocinado por um anunciante pela troca da simples menção de seu nome no início e no fim dos programas. No entanto, os donos de estações logo viram que poderiam ganhar mais dinheiro vendendo pequenos espaços de tempo para vários anunciantes durante toda a programação da rádio e não só no início e fim de cada programa para apenas um patrocinador. Essa prática foi herdada pela televisão posteriormente nos meados de 1940 a 1950. [39]


Marketing “A marca da empresa é um bem único e deve ser tratado como investimento pela equipa de marketing, que conta com a competência de um bom designer que participa nos processos de decisão e compartilha resultados.”

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O marketing actual não é apenas os 4 Ps (produto, preço, praça e promoção), agora é algo mais abrangente intangível, complexo de se definir. É difícil agradar os consumidores cada vez mais activos e vorazes por produtos que possuam uma “identidade” e que os complete, cada vez mais exigentes e com opinião fundamentada. O designer tomou conhecimentos do marketing, não com pretensão de competir no mercado da categoria, mas porque constatou que, em muitos conceitos do marketing, reside a nova função do designer: a de criar em função do que o consumidor quer e ambiciona. Também está na mão dos designers o poder de avaliar as necessidades do cliente, analisar o que o seu público quer e, com base nestas informações, criar não apenas seguir modas,mas através do tão conhecido valor de marca.

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É de facto verdade que o profissional de marketing sabe analisar o mercado, sabe obter dados como ninguém, mas o problema reside exactamente neste ponto. Ele possui os dados, elabora as estratégias de marketing, mas não passa essas informações para o designer. Estratégias de marketing que envolvem a identidade da empresa como um todo, devem ou deveriam envolver também o designer, este está ciente dos conceitos da empresa, do valor que a marca possui ou quer atingir, e apenas o designer pois contém conhecimentos estético-funcionais para opinar sobre o que pode ser feito ou não.


A junção do Design & Marketing é uma mais valia, juntos poderão progredir e exceder as expectativas e objectivos delineados para o produto ou serviço. No marketing existe os estudos ou seja teorias, no Design poderão passar à prática, de forma uniforme e consciente. O Design está em todas as áreas, hoje em dia os consumidores São bastante exigentes com o que querem, e estar na “moda“ é o importante, quantas pessoas compram o produto porque é bonito? Muitas vezes já não é o custo que dita a aquisição do produto, nem sequer a qualidade, o aspecto é o mais importante, mesmo que um produto seja muito bom e barato se a sua embalagem não acompanhar essa qualidade, fica na parteleira. Porque o mais importante para os consumidores é o bonito. A tecnologia não é esquecida, a explosão da aquisição de produtos com a “meia maça“, porque é bastante chamativa pelo seu Design e juntamente com a sua qualidade, caso para dizer, que casamento perfeito!

E raro.. Quantas vezes nos deparamos com embalagem tão pirosas que até olhar irrita? É verdade, as cores, São factor de grande importância elas transmitem sensações que nos provocam vários estados de espíritos, por isso quando se pensa em produtos de limpeza, lembramo-nos de imediato do azul ou o verde, limpeza e frescura. Produtos tóxicos, normalmente amarelo ou vermelho de perigo. Sem estudos de mercado de nada serve a elaboração de uma campanha publicitária, porque sem saber o que o consumidor quer não se deve fazer o que nós como elementos individuais gostamos, a campanha não é para nós é para o consumidor no geral. Em suma, o Design funciona com várias áreas e dão forma a ser possivel conceber algo inovador e do gosto do cliente.

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Embalagem


O design de embalagens, é mesmo é uma vertente do design de produto e do design gráfico. No maioria das vezes o designer de produto é responsável pela forma da própria embalagem, considerando problemas de ergonomia e estética tridimensional. Enquanto o designer gráfico trata do rótulo da embalagem, onde o produto é apresentado graficamente. A embalagem comercial não é apenas um meio de armazenamento e transporte de um produto, mas é um objecto que possibilita aos consumidores uma relação afectiva individual com o produto. A embalagem é a identidade da marca qual ela representa e em muitos casos é o único meio de comunicação do produto. O bom design de embalagem pode garantir uma boa comunicação com o consumidor, informando sobre o produto e expondo seu carácter, para muitos consumidores a embalagem é o objecto que identifica simbolicamente o produto. Muitas vezes o consumidor não dissocia a embalagem do seu conteúdo, considerando os dois como constituintes de uma mesma entidade. Sendo assim a embalagem é ao mesmo tempo expressão e atributo do conteúdo. Exemplos disto são o frasco de perfume, o extintor de incêndio, a caixa de lenços de papel, a caixa de fósforos, dentre outros, como a garrafa da Coca-Cola.

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Actualmente o design de embalagens é considerado uma poderosa ferramenta de marketing, o design da embalagem como uma especialização do design que tem como objetivo tornar os produtos mais competitivos no ponto-de-venda posicionando-os de forma estratégica na competição de mercado. Esta nova abordagem utiliza a embalagem como ferramenta de marketing, veículo de comunicação e elo de integração com a internet. As embalagens foram criadas e desenvolvidas para satisfazer as exigências pragmáticas do capitalismo industrial e, por esse motivo, envolvem os mais variados aspectos tecnológicos.Hoje em dia um setor amplamente evoluído, cuja formação profissional exige disciplinas, conteúdos e experiências didáticas particulares, visando formar designers com sensibilidade e qualidades profissionais inerentes.

O acondicionamento é importante, e a principal tarefa da embalagem é exactamente essa, contudo não a única, ao longo do tempo foi ganhando outras funções, como a identificação do produto, a utilização da embalagem para atrair o olhar do consumidor, é ai que o Design surge como papel fundamental, conseguir levar a aquisição do produto ou serviço, torná-lo atractivo ao olhar e não só, pois hoje em dia a utilização de impressões especiais com aromas tem sido uma mais valia.

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Design Designer Tipografia Papel Livro Cores Design & Comunicação Pictogramas ilustração Fotogragia Marca Publicidade Marketing Embalagem

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