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«Mas a cidade não é feita de pedras, é feita de homens. Não é a dimensão de uma função, é a dimensão da existência». PAULO MENDES DA ROCHA
INFILTRAÇÕES
ÍNDICE
1- CONCEITUAIS >inquietações > [] >universo projetual 2- APROXIMAÇÕES MATERIAIS 03 >na macro-escala formulação (des)formulação (re)formulação >na micro-escala projeto das condições >material pulsante
INFILTRAÇÕES
CONCEITUAIS Chegou o momento em que uma primeira síntese sobre os conhecimentos e experiências adquiridos ao longo do curso de Arquitetura e Urbanismo impõe presença e concretização projetual. Pensar sobre esta arte que envolve a construção e que permeia tantos outros campos do co-nhecimento; que é feita para e pelo homem e que, portanto, esta imersa na sua complexidade, assim como na complexidade de relações da cidade. Um processo que teve início no primeiro ano de faculdade, mas que ganha corpo durante as etapas de PréTGI e agora tem fechamento de um de seus ciclos, no TGI1. Um árduo processo de investigação na busca em concatenar idéias, não necessáriamente de forma linear nem com a pretensão de ser um produto acabado, mas que evidencia o processo. Constante ir e devir, da escala do macro ao micro e vice-versa, na busca por estabelecer relações. Muito mais um projetar condições do que condicionar o projeto. O trabalho tem o nome de Infiltrações - no pulsar, esse conceito é devido ao interesse em lidar com o préexistente, com a dinâmica da cidade, diferentemente da tábula rasa. Uma arquitetura mais próxima da experiência urbana, mais próxima de seus usuários, que se coloca como potência do pensamento, permitindo a capacidade do juízo, do dar-se conta.
Materialização da desconstrução e reconstrução, com o uso de caixas de fósforo. Minha primeira aproximação do processo de desmonte dos elementos constitutivos do existente, que libera as potências (fósforo, caixa, o papel - com seus símbolos -, a madeira, a lixa da caixa), me permite estabelecer novas relações, agregando significados (que foi representado pela imagem da marca Band-Aid). Ao conectar todas as partes (reforçado pelo uso da forma circular - fita durex) evidencio a portância do todo e o processo em constante transformação.
Materialização da desconstrução e reconstrução, com o uso de caixas de fósforo. Minha primeira aproximação do processo de desmonte dos elementos constitutivos do existente, que libera as potências (fósforo, caixa, o papel - com seus símbolos -, a madeira, a lixa da caixa), me permite estabelecer novas relações, agregando significados (que foi representado pela imagem da marca Band-Aid). Ao conectar todas as partes (reforçado pelo uso da forma circular - fita durex) evidencio a importância do todo e o processo em constante transformação.
INFILTRAÇÕES Busco aplicar algo que apreendi ao ler “São Paulo, razões de arquiteura - da dissolução dos edifícios e de como atravessar paredes”, de Angelo Bucci, na adoção de estratégias de construções projetuais (não só a materialidade), num processo de constantes re-significações.
“primeiro precisa desmontar a estrutura das formulações existentes para liberar a potência propositiva dos seus elementos constitutivos. Seria necessário 09 aceitar que para suscitar o sentido da cidade numa proposição é necessário desfazê-la e refazê-la incessantemente, como se para não perder seu sentido, precissa pulsar? Isso é aceitar a totalidade da cidade”. (BUCCI, 2010)
CONCEITUAIS
Assim, uma arquitetura que só se dá dante dizer isso, mas é para ser]. quite ura é antes de tudo espaço. E por seus usuários, não simplesmente
no espaço [é redunReforçar que a ardeve ser vivenciada contemplada.
“Uma pessoa não pode possuir o espaço, mas somente pode usá-lo” (Lina Bo Bardi)
«Deve-se criar problemas para resolvê-los. Na minha opinião, a grande uqestão da arquitetura é saber o que é, em casa caso, aquilo que se deve chamar de problema.» PAULO MENDES DA ROCHA
INFILTRAÇÕES
UNIVERSO PROJETUAL
Em meio a (re)construção de um novo olhar não pautado pelas primeiras percepções, busquei referências projetuais que tivessem certa aproximação com as minhas inquietações. Dentre outras, destaco algumas que tiveram influência mais incisivas - desde a etapa de Pré-TGI. Vale destacar, de modo geral, todas as referências direcionam certa atenção a questão das préexistências, sejam elas de termos de camadas históricas, sejam das dinâmicas atuais da cidade, na busca de lidar com as relações construídas desde as mais previsíveis até as intersticiais.
UNIVERSO PROJETUAL
CONCURSO ASPLUND - Igor Guatelli Ao se deparar com a pre-existência, Guatelli realiza o desmembramento do conjunto e busca suas partes, de modo a entender um pouco sobre as camadas históricas e o modo como elas foram sendo transformada e conformada ao longo do tempo. Processo que vai se construindo e desconstruindo numa intervenção que envolve, desde a cidade, o contexto das coisas, até uma ação pontual, numa relação, ou não, de edifícios e nos seus entres. Foi um projeto que me chamou a atenção na forma como o conceito se torna estratégias de intervenção e arquitetura. «O conceito não foi um estado teórico transposto para a arquitetura, mas uma decisão arquitetônica que foi contaminada por várias considerações teóricas» TSCHUMI.
«Os espaços são apenas quando em relação».
1 -vista geral da situação existente da área de intervenção 2 -primeira apropriação da área de intervenção, com a abertura de visuais
3 -implantação de uma nova edificação e sua relação com o existente 4 -estudos sobre a materialidade da adição em relação ao existente.
UNIVERSO PROJETUAL
SESC FÁBRICA DE POMPÉIA - Lina Bo Bardi Uma intervenção que é ora leve ora pesada, uma vez que busca adequar a demanda e o discurso arquitetônico a ser comunicado. Uma intervenção que toma partido em deixar vestígios das camadas históricas, mesmo na linguagem empregada nas novas instalações.
«Procurar com atenção as bases culturais de um país (sejam quais forem: pobres, míseras, populares) quando reais, não significa conservar as formas e os materiais, significa avaliar as possibilidades criativas originais».
UNIVERSO PROJETUAL
BIBLIOTECA, BARCELONA - RCR A delicadeza de uma intervenção intraquadra, que destaca um dos modos projetuais com que o grupo lida com a topografia: não só perceguem a percepção da paisagem, mas buscam criar os efeitos provocados pelo mundo natural. Uma dupla interpretação do conceito de filtro. Uma construção plástica que ora da destaque a formas mais volumétrica, ora as linhas estruturias compositivas, ao mesmo tempo em que promovem momentos de intercâmbio entre essas duas lógicas.
UNIVERSO PROJETUAL
PINACOTECA DE SÃO PAULO - Paulo Mendes da Rocha
«Para alcançar entidade artística, a consistência das relações que definem a condição formal de um artefato ou universo ordenado precisa de um sentido que vincule a estrutura de sua constituição ao tempo histórico em que acontece.»
UNIVERSO PROJETUAL
CENTRE G. POMPIDOU - Renzo Piano e Richard Rogers Além de uma implantação adequada, com a configuração de um espaço-praça como extensão de seu espaço interno,destaque para a conformação dos acessos e infraestrutura de circulação.
INFILTRAÇÕES
APROXIMAÇÕES MATERIAIS
«Ao possibilitar o entre, o arquiteto não estaria justamente contribuindo para o florescimento dessa atitude questionadora, ativa, estimulante, através dessa ‘neutralidade’ - um paradoxo? Formulando outras, para além do habitual, e uma postura de ir além do estipulado, do determinado pela repetição histórica por parte das pessoas?»
tschumi
APROXIMAÇÕES MATERIAIS
NA MACRO-ESCALA
A partir de uma base conceitual mais embasada, atua-se na escala territorial da cidade. Mais do que pensar na cidade, é pensar espaços intersticiais nos dessa cidade, como as relações, os usos foram sendo traçados; espaços residuais que não são Terrains vagues, de Solà-Morales, uma vez que o construído é de meu interesse: lidar com algo que já existe e que possue carga simbólica, de memória, vivência - uma forma de lidar com outras instâncias de aproximação das pessoas com o espaço.
INFILTRAÇÕES
NA MACRO-ESCALA
RIBEIRÃO PRETO
Adotar uma lógica que, ao mesmo tempo em que se dissolve e é absorvida pelo entorno, evidencia sua presença no por-vir, formando um espaço que se reconstrõe a cada a propriação. Assim, permitir uma arquitetura do POR-VIR, requer uma estratégia que visa, dentre outras coisas, uma multiplicidade de significações. Teríamos, assim, uma situação onde a subtração de pré-significações, de sentidos, a ausência de um centro, de uma origem, torna-se importante para a adição de outros significados, sentidos. Dessa maneira, atento-me agora a desformulação a cidade de Ribeirão Preto, a qual será objeto de estudo deste trabalho. Uma aproximação que ocorre primeiramente na macro-escala para depois se ater a questões mais pontuais, que sempre possuem a macro escala como pano de fundo, no incessante ir e porvir entre tais escalas pulsantes.
INFILTRAÇÕES
MATERIAIS
07
NA MACRO-ESCALA
RIBEIRÃO PRETO Ribeirão Preto, cidade do interior do estado de São Paulo, possui hoje 604.482 hab (IBGE 2010). Cidade, portanto, de porte médio e que esta em plena conformação. Desta forma, vai sendo conformada por áreas de expansão além seu limite urbano, ao mesmo tempo em que seu centro vai sendo reconfigurado por espaços residuais, sobretudo empregados como áreas para estacionamento. Por ser a área próxima ao terminal rodoviário uma das mais antigas da cidade, vale dedicar atenção especial ao estudos das suas camadas históricas de modo a entender a conformação de sua arquitetura e planejamento urbano. Como se pode observar pelo mapa ao lado, desde o começo o traçado das ruas foi o do tabuleiro de xadres, da mesma forma que já na vila de Ribeirão Preto destacavam-se edificações cuja finalidade era abrigar comércio e servir de moradia ao proprietário, uma vez que a região constituía entreposto comercial. De modo geral, a cidade foi se urbanizando no ritmo da economia cafeeira. Assim, resumida mente, os principais períodos de transformação da cidade, seu traçado urbano e arquitetura, foram:
terminal intermodal
INFILTRAÇÕES Influência das linhas arquitetônicas nas construções menores pelas grandes construções públicas, como o Teatro Carlos Gomes e o Palácio Rio Branco (atual Prefeitura), bem como a construção dos casarões de políticos e senhores de engenhos, no centro da cidade, obras representativas do poderio econômico do café. Somado a isso, a presença dos imigrantes que, além de fortalecer a mão-de-obra local, trouxeram novas referências culturais.
1883
1897
1900
1856 ESTAÇÃO DE TREM MOGIANA
TEATRO CARLOS GOMES
modificação da constituição espacial da malha urbana da vila e, consequentemente, a transformacao no uso das construções. Aumento do número de comerciantes e, logo, também de moradores. Construções dominantes: armazéns.
Proliferação de hotéis, pensionatos. Constituição de um lazer noturno.
MERCADO MUNICIPAL Intensificação da vida urbana. Multiplicação dos armazéns
NA MACRO-ESCALA
RIBEIRÃO PRETO crescimento comercial e indústrial; criação de cursos universitários
1911-14
1930-45
1960
crise do petróleo; cultivo de cana-de-açucar
1970
1929 FÁBRICAS DE CERVEJA
Radical transformação do uso original das edifiNovas moradias e cações, com aparecimento f á b r i c a s de um tipo específico de (marcenaria, empreeendimento: venda e serrarias, de assitência de veículos vidro/garrafas) automotores, na forma de lojas, oficinas mecânicas e postos de gasolina. Novas subdivisões das TEATRO edificações, de modo a PEDRO II gerar espaços de lojas e moradias para locação. Crescimento das periféria constituição de um da cidade. comércio desvinculado do comércio fico do café
especí-
retirada dos trilhos e demolição da estação Mogiana.
Novos pontos comerciais se espalham pela cidade, tirando o prestígio comercial inicial da área de estudo. Mas com isso, ocorreu a intensificação e afirmação de um comércio altamente popular, voltado aos moradores dos bairros periféricos
INFILTRAÇÕES
1976
1982
1988
TERMINAL RODOVIÁRIO TERMINAL URBANO E TERMINAL CARLOS DE TRANPOSRTE CO- GOMES LETIVO ANTÔNIO Em substituição da Intensificação ACHÊ estação de trem da vida urbana. localizado onde M u l t i p l i c a ç ã o Mogiana hoje é o CPC - dos armazéns Centro Popular de Compras.
praça XV de Nov
terminal Carlos Gomes
terminal Antônio Achê
terminal intermodal
1999
2000
Desativado o terminal Carlos Gomes
Desativado o terminal Antônio Achê e pontos realocados internamente e intermediações do terminal rodoviário
mercado municipal
teatro Pedro II
MATERIAIS
07
APROXIMAÇÕES MATERIAIS
NA MACRO-ESCALA NA MICRO-ESCALA
RIBEIRÃO PRETO
De maneira geral, pode-se dizer que a presença do mercado municipal e a multiplicidade de atividades comerciais e industriais de diferentes tamanhos mesclados à moradia constituíram os elementos formadores da identidade dessa localidade ao longo do século XX. As quadras sofreram constantes trasnformações: com a impossibilidade de aumentar em gabarito e sendo mais caro demolir para se construir de novo, as edificações sofreram acréscimos para o interior de seus lotes, de modo a se readequarem aos diferentes usos. Da mesma forma, a região sempre foi constituída por grande fluxo de pessoas, com eixo dominante da estação (antes de trem e hoje terminal intermodal) em direção a área mais central da cidade, nas proximidades da praça XV de Novembro. Tendo isso como pano de fundo e através de um intenso trabalho em campo, observou-se a falta de locais de uso público na área mais próxima ao Mercado Municipal. Uma área de intenso fluxo de pedestres e transeuntes, além de moradores (63% dos usos da áreas são residenciais, seja uso exclusivo residencial -casa ou apartamento-, ou misto, com área comercial na frente), privados de espaço de uso coletivo. Inclusive faltam os elementos básicos de mobiliário urbano.
>
próxima página
ilustração da área elevada e, portanto, exclusiva para o pedestre, entre o Mercado Municipal e o CPC. Um dos únicos espaços , da área, destinados a cidade. Um interstício que ganha vida na apropriação de seu espaço.
“Procurar com atenção as bases culturais de um país (sejam quais forem: pobres, miseráveis, populares) quando reais, não significa conservar as formas e os materiais, significa avaliar as possibilidades criativas.” LINA BO BARDI
INFILTRAÇÕES
NA MACRO-ESCALA
CONFORMAÇÃO DO QUADRILÁTERO CENTRAL, DELIMITADO PELAS AVENIDAS FRANCISCO JUNQUEIRA, JERÔNIMO GONÇALVES, INDEPENDÊNCIA E NOVE DE JULHO.
NA MACRO-ESCALA
APROXIMAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
PRINCIPAIS VIAS
NA MACRO-ESCALA
RIBEIRÃO PRETO
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Ca
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PRINCIPAIS FLUXOS
NA MACRO-ESCALA
RIBEIRテグ PRETO
peatonal
linhas de テエnibus
vias principais
MAPA DE USOS RIBEIRÃO PRETO
equipamento educação equipamento lazer/cultura equipamento saúde área pública livre estacionamento área desocupada área exclusiva de pedestre
NA MACRO-ESCALA
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MAPA PÚBLICOxPRIVADO RIBEIRÃO PRETO
Através desse mapa percebe-se a estangueidade da configuração do tabuleiro de xadres do traçado viário da cidade (quadras de uso estritamente privado, representadas, em sua maioria, pelo uso misto, comércio com residência), e concentração de manchas de equipamento público.
uso público avenida Jerônimo Gonçalves principal fluxo
viário da área
NA MACRO-ESCALA
RELAÇÕES
RIBEIRÃO PRETO
promover o intercâmbio entre os diferentes espaços existente na cidade
pontos de interesse relações primárias relações secundárias
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TOPOGRAFIA
RIBEIRテグ PRETO
Tirar partido da topografia como plataforma para se estabelecer vテュnculos.
av
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cis
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Ju
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529,70
528,70
527,70
526,70
526,30
525,70
524,70
523,70
522,70
INFILTRAÇÕES
NA MICRO-ESCALA
DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
Q01
Q02
Q03
(DES)PROGRAMAÇÃO
NA MICRO-ESCALA
INFILTRAÇÕES NO EXISTENTE
Q01
NA MICRO-ESCALA
INFILTRAÇÕES NO EXISTENTE quadra 01 SIMETRIA PRESENÇA DE UMA FACHADA PRINCIPAL DIFERENCIAÇÕES NA FACHADA DE UMA CENTRALIDADE, DEFINIDORA DE UM ACESSO PRINCIPAL modificações DESCARACTERIZAÇÃO DAS ABERTURAS E LINHAS ESTRUTURAIS COMPOSITIVAS DA FACHADA PELA PRESENÇA DE GRELHAR METÁLICAS, DE PORTAS METÁLICAS, NO TÉRREO, PARA USO COMERCIAL.
INFILTRAÇÕES NO EXISTENTE
Q01
INFILTRAÇÕES NO EXISTENTE quadra 01 SIMETRIA PRESENÇA DE UMA FACHADA PRINCIPAL DIFERENCIAÇÕES NA FACHADA DE UMA CENTRALIDADE, DEFINIDORA DE UM ACESSO PRINCIPAL modificações DESCARACTERIZAÇÃO DAS ABERTURAS E LINHAS ESTRUTURAIS COMPOSITIVAS DA FACHADA PELA PRESENÇA DE GRELHAR METÁLICAS, DE PORTAS METÁLICAS, NO TÉRREO, PARA USO COMERCIAL, ALÉM DE ALGUMAS MARQUISES, QUE APRESENTAM DIFERENTES ALTURAS.
INFILTRAÇÕES NO EXISTENTE
Q02
INFILTRAÇÕES NO EXISTENTE quadra 02 ESTA QUADRA, DIFERENTE DAS DEMAIS, NÃO REALIZA INTERVENÇÃO PONTUAL NUMA EDIFICAÇÃO EXISTE. CRIA-SE UMA CONFIGURAÇÃO INTRAQUADRA, FORMADA POR SEQUÊNCIAS DE EMPENAS.
INFILTRAÇÕES NO EXISTENTE
Q03
INFILTRAÇÕES NO EXISTENTE quadra 03
EXISTENTE SUBTRAÍDO EXISTENTE A INTERVIR
DO EXSITENTE
(DES)FORMULAÇÃO RIBEIRÃO PRETO
Desconstrução do existente, de modo a estabelecer diferentes níveis de aproximação e apreensão. Como já colocado, a região constituí-se num dos pontos iniciais da cidade e, assim, esteve permeada por constantes tranformações e, inclusive, descaracterização de sua arquitetura original. Fato agravado pelo uso predominantemente comercial da área e as adaptações que, ao longo do tempo, as dinâmicas econômicas, sociais, culturais lhe impuseram.
situação atual
áreas de estacionamento
demolições
edificações desocupadas
uso comercial reinserido
(RE)FORMULAÇÃO RIBEIRÃO PRETO
Se estabelecem relações: uma arquitetura que é suporte, uma promiscuidade programática, de continuidade e concomitância de atividades não complementares.
edifícios a intervir espaço intraquadra criado
Possibilitar a multiplicidade de eventos casuais planejados e não-planejados através da aproximação entre elementos urbanos, espaços públicos e equipamentos. Uma construção que busca na topografia plataforma para estabelecer vínculos.
configuração atual de quadra
nova reconfiguração de quadra Fugir a lógica habitual do percurso apenas nos limites das quadras, dominadas por usos comerciais.A arquitetura como dispositivo para apreender a cidade
edificações existentes edificações novas edificações mantidas
INFILTRAÇÕES
PROJETO DE CONDIÇÕES
Assim, me pareceu necessário repensar o programa. Desmontar suas partes, espaços que não podem e não devem ser atrelados só a suas funções, mas ver no programa a disposição de layers de ações, espaços e circulação, de modo a criar as condições para o entre, a apropriação (isto é, os layers me dão a possibilidade de estabelecer distintas relações). Vale destacar que tal processo projetual só tem sentido na sua totalidade, uma vez que não são as partes que constituem o todo, mas é do todo que temos as partes, isto quer dizer que não é um processo de complementaridade, e sim de suplementaridade. As partes possuem um mesmo caráter, não possibilitando hierarquias nem justaposições.
ESPAÇO ARTESÃO formação produção ESPAÇO PESQUISA formação ENCONTRO QUADRA produção EXPERIMENTO
01
ESPAÇO
EXPOSIÇÃO formação ENCONTRO produção
CONHECIMENTO QUADRA
02 ESPAÇO DESIGN formação produção QUADRA
03
gradação do program
PESQUISA
ESPAÇO
formação produção
sala marcenaria/vidro recepção
administração almoxarifado depósitos
salas programa flexível áreas para exposição e experimentação - produção de protótipos workshops/cursos
aréa de café cultural palco biblioteca - área de leitura jornais/revistas/gibis
sanitários laboratórios multimeios sala para guardar material musical bibliotecas específicas auditório recepção
administração almoxarifado depósitos
ENCONTRO
do Trabalho Artesanal nas Comunidades
CONHECIMENTO
espaço órgão estadual SUTACO - Superintendência
NO TEMPO
ESPAÇO
salas programa flexível atividades ao ar livre áreas para exposição painéis expositivos sanitários uso de empenas como espaço de expressão artística.
formação produção
ESPAÇO
GALERIA
formação produção
salas programa flexível salas (pintura/tecido) aréa de café sanitários
EXPOSIÇÃO
ARTESÃO
ESPAÇO
lazer
páteos/área de estar sanitários
lojas espaço gastronômico
áreas de apoio das lojas
gradação do program NO TEMPO
DESIGN
ESPAÇO
formação produção
salas programa flexível cantina estar/exposição área estudo/leitura sanitários
sala multimeios sala computador sala metareciclagem recepção
administração almoxarifado depósito sanitário funcionários salas individuais
pontuais
fim de semana
semana
INFILTRAÇÕES
PROJETO DE CONDIÇÕES
procura-se facilitar e, desta maneira, incentivar a participação, a apropriação. Assim, o passeio peatonal adentra os espaços, de forma a gerar sobreposição dos acessos com as atividades.
529,70
528,70
527,70
526,70
526,30
525,70
524,70
523,70
522,70
NA MICRO-ESCALA
DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
Q01
Q02
Q03
INFILTRAÇÕES Q01
528,70
527,70
ESPAÇO PESQUISA formação ENCONTRO produção EXPERIMENTO ESPAÇO ARTESÃO formação produção
INFILTRAÇÕES Q01
525,70
525,70
522,70
522,70
INFILTRAÇÕES
Desmembrando o programa da quadra 01. Formação das gradações de uso.
ESPAÇO ARTESÃO formação produção
espaços de uso comum
espaços de uso comum
fechados
espaços de uso restrito
salas programa flexível salas (pintura/tecido) aréa de café sanitários
espaço órgçao estadual SUTACO - Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades
sala marcenaria/vidro recepção administração almoxarifado depósitos
salas programa flexível áreas para exposição e experimentação - produção de protótipos workshops/cursos
ESPAÇO PESQUISA formação ENCONTRO produção EXPERIMENTO
espaços de uso comum
aréa de café cultural palco biblioteca - área de leitura jornais/revistas/gibis
sanitários
espaços de uso comum
fechados
espaços de uso restrito
laboratórios multimeios sala para guardar material musical bibliotecas específicas auditório recepção administração almoxarifado depósitos
quadra de intervenção 01
ARTESÃO
ESPAÇO
formação produção
PESQUISA
ESPAÇO
formação produção
eventos
salas programa flexível salas (pintura/tecido) aréa de café sanitários
espaço órgçao estadual SUTACO - Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades
sala marcenaria/vidro recepção
atividades recreativas com crianças e adolescentes aula aberta - cursos congresso palestras reuniões aulas voluntárias em associação com ONGs e outras instituições da cidade
administração almoxarifado depósitos
salas programa flexível áreas para exposição e experimentação - produção de protótipos workshops/cursos
aréa de café cultural palco biblioteca - área de leitura jornais/revistas/gibis
sanitários laboratórios multimeios sala para guardar material musical bibliotecas específicas auditório recepção
administração almoxarifado depósitos
estúdios de gravações musicais ilhas de edição de vídeo e áudio
FEARP - Feira de Artesanato de Ribeirão Preto IDDI - Encontro Internacional de Design para Desenvolvimento Social Feiras nacionais Feiras de Profissões Encontro Regional (Projeto Oficina Nômade) Evento Sustentável -SENAC Ribeirão Preto Feira do Livro Virada Cultural
Proporcionar o intercâmbio entre os Estúdios Kaiser de Cinema e o Teatro Pedro II, espaços voltados para a cultura e lazer que apresentam programação variada e periódica; promoção de eventos como o Festival de Dança de Ribeirão Preto e Projeto CineCidade. Além disso, trocas com a entidade Amigos da Fotografia, com espaços para exposição, aulas e possibilitar informações quanto a concursos internacionais, nacionais e encontros. ex: Ribeirão Preto realiza a Semana da Fotografia e Artes Visuais.
planta nível 525,70
planta nível 522,70
planta nível 528,70
ESPAÇO PESQUISA formação ENCONTRO produção EXPERIMENTO esc 1:1000
planta nível 531,70
planta nível 534,70
planta nível 528,70
ESPAÇO ARTESÃO formação produção esc 1:1000
PRAÇA ELEVADA
SALAS
SALAS
ADM
ATELIÊSATELIÊS
SALAS
LOJASLOJAS
LOJAS
COZINHA
ESTARCIRCULAÇÃO ENCONTRO SALAS
EXPOSIÇÃO
PALCO
SALAS
SALAS
ESPECTADOR
527,70 526,70 525,70
AUDITÓRIO PALCO
CIRCULAÇÃO
528,70 527,70 526,70 525,70
PRAÇA ELEVADA ESTAR ESTAR
CIR CUL
AÇÃO ESTAR LOJAS
528,70
LEITURA
EXPO SIÇÃO ÁREA DE
ESPECTADOR
BIBLIOTECAS ESPECÍFICAS CAFÉ
BIBLIOTECA
ADM
528,70
AUDI
LABORATÓRIOS AUDITÓRIO TÓRIO SALAS ESPECTADOR PALCO MULTIMEIOS esc horizontal 1:1000
ESPECTADOR
PALCO
522,70 esc vertical 1:250
circulação
espaço uso comum
espaço uso comum fechado
espaço uso restrito
NA MICRO-ESCALA
DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
Q01
Q02
Q03
INFILTRAÇÕES Q02
527,70
528,30
ESPAÇO GALERIA ESPAÇO EXPOSIÇÃO
ENCONTRO CONHECIMENTO
INFILTRAÇÕES Q02
529,70
527,70 528,30
528,70
522,70
INFILTRAÇÕES
Desmembrando o programa da quadra 02. Formação das gradações de uso.
ESPAÇO GALERIA lazer
espaços de uso comum
espaços de uso comum
páteos/área de estar sanitários
lojas espaço gastronômico
fechados
espaços de uso restrito
áreas de apoio das lojas
salas programa flexível atividades ao ar livre áreas para exposição painéis expositivos
ESPAÇO EXPOSIÇÃO formação ENCONTRO produção CONHECIMENTO
espaços de uso comum
apresentação de técnicas degraffiti, stencil, lambe lambe entre outras. sanitários
espaços de uso comum
fechados
espaços de uso restrito
quadra de intervenção 02
eventos
ENCONTRO
CONHECIMENTO
EXPOSIÇÃO
ESPAÇO salas programa flexível atividades ao ar livre áreas para exposição painéis expositivos sanitários uso de empenas como espaço de expressão artística.
formação produção
GALERIA
ESPAÇO
lazer
páteos/área de estar sanitários
lojas espaço gastronômico
áreas de apoio das lojas
apresentação de técnicas de graffiti, stencil, lambe lambe entre outras. espaço que incentiva produções autônomas
promover o uso do espaço, tanto nesta quadra, como interquadras, realizando intervenção no espaço urbano e exposição de trabalhos nas outras quadras.
planta nível 527,70
planta nível 531,70
planta nível 528,30
ESPAÇO EXPOSIÇÃO ESPAÇO GALERIA esc 1:1000
ENCONTRO CONHECIMENTO
SALAS ENCONTRO
CIRCULAÇÃO
EXPOSIÇÃO GALERIA ESTAR CIRCULAÇÃO
527,70 526,70 525,70 525,20
SALAS SALAS ESPECTADOR
ENCONTRO
CIRCULAÇÃO
WORKSHOP EXPOSIÇÃO GALERIA PAINEL ATIVIDADES CIRCUL AO AR LIVRE WORKSHOP
AÇÃO
526,70 525,70 525,20
esc horizontal 1:1000 esc vertical 1:250
circulação
espaço uso comum
espaço uso comum fechado
espaço uso restrito
NA MICRO-ESCALA
DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
Q01
Q02
Q03
INFILTRAÇÕES Q03
ESPAÇO DESIGN formação produção
530,70
529,70 530,70
INFILTRAÇÕES
Desmembrando o programa da quadra 03. Formação das gradações de uso.
ESPAÇO DESIGN formação produção
espaços de uso comum
salas programa flexível cantina estar/exposição área estudo/leitura sanitários
espaços de uso comum
sala multimeios sala computador sala metareciclagem recepção
fechados
espaços de uso restrito
administração almoxarifado depósito sanitário funcionários salas individuais
quadra de intervenção 03
eventos
DESIGN
ESPAÇO
formação produção
salas programa flexível cantina estar/exposição área estudo/leitura sanitários
sala multimeios sala computador sala metareciclagem recepção
administração almoxarifado depósito sanitário funcionários salas individuais
atividades voltadas para a apreensão do espaço e como o corpo ocupa este espaço: aulas de desenho com modelo vivo, curso de dança,entre outros, além de espaços de discussões e palestras.
cursos de softwares específicos para arte gráfica e de design, além de incentivo ao uso e ensino de softwares livres; espaço de criação, desenvolvimento de protótipos, com equipamentos necessários layout diferenciado
promover um espaço de conhecimento e de trocas, desssa maneira buscar o intercâmbio de atividades, eventos, exposição de trabalhos entre universidades, empresas e este espaço, tanto na formação conceitual e técnica, quanto espaço para o experimento e geração de protótipos.
planta nível 533,70
planta nível 536,70
planta nível 530,70
ESPAÇO DESIGN formação produção
530,70 529,70 528,20
esc 1:1000
SALAS
EXPERI COMPUTADORES CIRCULAÇÃO MULTIMEIOS MENTO SALAS AÇÃO ESTAR REC CIRCULMETARECICLAGEM
530,70 529,70 528,20
ESPECTADOR
ATIVIDADES
ESTAR
SALAS SALAS
ADM
CANTINA
SALAS EXPOSIÇÃO
ENCONTRO ATIVIDADES CIRCULAÇÃO ESPECTADOR ENCONTRO ATIVIDADESCIRCUL
AÇÃO
SALAS
530,70 529,70 528,20
esc horizontal 1:1000 esc vertical 1:250
circulação
espaço uso comum
espaço uso comum fechado
espaço uso restrito
INFILTRAÇÕES
NA MICRO-ESCALA
A construção de um projetar de condições, antes de condicionar o projeto. Condições estas construídas a partir de estratégias de desconstrução, de modo a liberar os layers e, a partir disso, possibilitar novas conexões com a cidade existente, ao mesmo tempo que encouraja fatores programáticos imprevisíveis ou novos elementos urbanos. Dentro de cada layer, por sua vez, trabalha-se com novos layers, que são as gradações estabelecidas. Construção de um sistema de suportes funcionais, que utilizando de estratégias de subtração, adição, oposição, estabelecem infiltrações nos espaços.
dispositivos de conexão
rampas
escadas
escadas
eixos de coneção/ passarelas
edifício existente 01
INFILTRAÇÕES Q01 configuração dos dispositivos detalhe em perspectivas, corte e planta de um deles
edifício existente 02
edifícios existentes
EXISTENTE SUBTRAÍDO EXISTENTE A INTERVIR ADIÇÕES NO EXISTENTE
SUBTRAIR INFILTRAR
CONECTAR RECONECTAR
TENSIONAR
INFILTRAÇÕES Q01 edifício existente 01
EXISTENTE
ADIÇÕES NO EXISTENTE
INFILTRAÇÕES Q01 edifício existente 02
INFILTRAÇÕES Q02 configuração dos dispositivos detalhe em perspectivas, corte e planta de um deles
ADIÇÕES NO EXISTENTE
SUBTRAIR INFILTRAR
CONECTAR RECONECTAR
TENSIONAR
INFILTRAÇÕES NO EXISTENTE quadra 02
EXISTENTE
ADIÇÕES NO EXISTENTE
SUBTRAIR INFILTRAR
CONECTAR RECONECTAR
TENSIONAR
INFILTRAÇÕES Q03 configuração dos dispositivos detalhe em perspectivas, corte e planta de um deles
ADIÇÕES NO EXISTENTE
INFILTRAÇÕES
PULSAÇÕES
CADA QUADRA, COM SEU PROGRAMA EM ESPECÍFICO, PEDE POR UMA ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO E TENTA TIRAR PROVEITO DA INTERAÇÃO ENTRE UM PROGRAMA E A APROPRIAÇÃO.
PULSAÇÕES
NA QUADRA 01, PROPÕE-SE A CONSTRUÇÃO DOS ESPAÇOS POR MEIO DO EXPERIMENTO, EM QUE ESTES POSSUEM UMA CONFIGURAÇÃO MAIS FLEXÍVEL, COM ESPAÇOS AMPLOS, QUE PROMOVEM A INTERAÇÃO, E ESTÃO ABERTOS A APROPRIAÇÃO, O NOVO. BUSCA-SE TIRAR PROVEITO DE UM LAYOUT FLEXÍVELE, POR VEZES, MODULADO.
PULSAÇÕES
JÁ O ESPAÇO DA QUADRA 02, É CONSTRUÍDO POR EMPENAS. ESPAÇOS ESTES QUE POR SUA VEZ, SE ABREM PARA O FAZER ARTÍSTICO, INCENTIVANDO A APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO PELA EXPOSIÇÃO DE CARTAZES EXPLICATIVOS SOBRE AS TÉNICAS DE GRAFFITI, LAMBE LAMBE, STENCIL ENTRE OUTRAS. ALÉM DISSO, TODOS OS ESPAÇOS INTERNOS SOFREM INFILTRAÇOES PEL0S DISPOSITIVOS DE CONEXÃO.
PULSAÇÕES
A QUADRA 03, TOMA FORMA ATRAVÉS DO DESIGN E PELA NECESSIDADE LAYOUT IMPOSTA POR ESTE. UMA QUE TEM, COMO, MAIS UMA DE SUAS PLÁSTICAS, O GRAFISMO DOS DUTOS E ELÉTRICOS.
DA DINÂMICA DE UM NOVO ARQUITETURA CONSTRUÇÕES HIDRÁULICOS