A Pátria para Cristo - Ed. 281

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EDITORIAL

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ocê acaso sabia que ainda existem povos considerados não alcançados pelo evangelho, em nosso País? Mesmo no Brasil, onde temos mais liberdade religiosa, em relação a muitos outros países, alguns grupos de indivíduos têm pouco acesso à Palavra de Deus e, consequentemente, à salvação em Jesus. Esse desafio foi o que norteou o tema desta edição da revista A Pátria para Cristo. Indígenas, ribeirinhos, ciganos, sertanejos, quilombolas, imigrantes, surdos, além dos extremos das classes sociais — os mais ricos dos ricos e os mais pobres dos pobres — vêm, há algum tempo, sendo alvo de nossos esforços na obra missionária. Com mais de cem anos de atuação, sabemos que todo avanço na multiplicação de discípulos de Cristo só foi possível porque nossos parceiros estão sempre unidos a nós, orando, contribuindo e participando. A longa caminhada de Missões Nacionais, nesse trilho de difundir o evangelho pelo Brasil, põe em evidência histórias inspiradoras como a da missionária Marília Manhães, que se tornou uma referência no trabalho de evangelização e discipulado com os surdos; possibilita a vitória de plantar uma igreja relevante entre a população mais rica e fechada da cidade de Goiânia (GO); também concede o privilégio de celebrar lindos frutos do trabalho da missionária Renilva Couto, na alfabetização de indígenas. Foi para ajudar a conquistar bênçãos como as que você lerá nas próximas páginas e, assim, fazer o maior número de discípulos até a volta do Senhor Jesus, que há dez anos Deus nos presenteou com uma estratégia que revive os princípios do Novo Testamento. A visão de Igreja Multiplicadora tem sido essa chave para a multiplicação de discípulos e também ganha destaque nesta edição. Tenha uma boa leitura e continue unido conosco, avançando e multiplicando!

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SUMÁRIO GENTE QUE FAZ MISSÕES

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10 ANOS DA VISÃO DE IGREJA MULTIPLICADORA

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CEM VEZES JUNTOS!

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Gerente Executivo de Comunicação de Missões Nacionais

IGREJA EM GOIÁS É PLANTADA EM MEIO A CONDOMÍNIOS FECHADOS

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MATÉRIA DE CAPA

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MULTIPLICANDO PELO BRASIL

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VIDA E OBRA: MARÍLIA MANHÃES

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UMA CHANCE ÚNICA PARA SERVIR EM MISSÕES

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Pr. Jeremias Nunes dos Santos

EDUCAÇÃO E MISSÕES ANDAM´ DE MÃOS DADAS

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PANORAMA

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CLUBINHO MISSIONÁRIO

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A Pátria para Cristo | ISSN 2316-6843 Nossa Missão: “Multiplicar discípulos” | Nossa Visão: “Alcançar todos com o Evangelho”

Uma publicação da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira. Ano LXXIII | nº 281 | Tiragem: 35 mil | Janeiro de 2020 Direção Executiva: Pr. Fernando Brandão | Gerência Executiva de Comunicação: Pr. Jeremias Nunes | Jornalista Responsável: Desirée Aguiar - 0040105/RJ Redação: Desirée Aguiar, Fabiane Ventura (Jornalista - 0040177/RJ) e Isabel Louvize | Revisão: Maria Stela Lopes Bomfim | Arte: Oliverartelucas


PALAVRA DO DIRETOR

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Avançar e multiplicar, unidos!

a primeira Assembleia da Convenção Batista Brasileira, em Salvador, na Bahia, em junho de 1907, o parecer da comissão que criou a Junta de Missões Nacionais, cujo relator foi o missionário Salomão L. Guinsburg, afirmava categoricamente na sua introdução que os batistas brasileiros devem avançar sempre. Assim consta no parecer datado de 25 de junho de 1907: “Temos a certeza que, depois do sermão oficial, onde a necessidade de Missões Nacionais foi tão admiravelmente patenteada... onde as oportunidades atuais da evangelização pátria foram claramente reveladas, poucos dos mensageiros presentes terão se perguntado a si mesmos: que devemos fazer? O que é que se pode fazer? A resposta a estas perguntas é clara e soa através dos séculos até nós: “dize aos filhos de Israel que marchem”. (Ex. 14:15). Não podemos ficar estacionários. Como denominação temos que avançar, porém avançar com método, em ordem e acima de tudo, unidos”. Para realizar tal desideratum que nos está proposto, isto é, conquistar o Brasil para Cristo, a comissão apresenta à Convenção as sugestões seguintes... A organização de uma Junta de Missões Nacionais...” Em 1907 os cenários em nosso querido Brasil eram desafiadores e, com certeza, bem mais difíceis do que em nossos dias. Era pequeno o número de igrejas e congregações. O número de crentes também era muito baixo em relação à população brasileira. Entretanto, aqueles pioneiros sonhavam em alcançar todos com o evangelho de Cristo Jesus. Estavam conscientes da missão e dispostos a investir suas

ESPAÇ,O DO LEITOR

vidas e bens na evangelização desta nação. Eu vibro com a visão e a determinação daqueles irmãos, que, diante de tantos desafios, não se deixaram intimidar ou desanimar, ao contrário, confiados no Senhor, decidiram avançar. Hoje somos mais de 200 milhões de brasileiros residindo em grandes metrópoles, pequenas e médias cidades, comunidades ribeirinhas, tribos, vilas e outros lugares. Temos mais igrejas e congregações, pastores, batistas, melhores estruturas e condições de trabalho, mas ainda há muita gente para ser alcançada. O desafio continua o mesmo: conquistar a pátria para Cristo. Por isso temos que, unidos, avançar e multiplicar! Louvamos a agradecemos a Deus, pois, ao longo de mais de um século, as igrejas batistas permanecem comprometidas com o objetivo da proclamação do evangelho para todos. Vamos continuar trabalhando, evangelizando, discipulando, plantando igrejas, ofertando, enviando missionários... multiplicando discípulos até a volta do Senhor Jesus. É fundamental que a denominação continue unida nesse objetivo de evangelização da nossa pátria. Não podemos perder nem o foco, nem a unidade, como igrejas batistas que se organizaram com o propósito claro de expansão do Reino de Deus. Este tem sido um lema dos batistas brasileiros ao longo da sua história: avançar! Pr. Fernando Brandão Diretor Executivo de Missões Nacionais

Envie sua mensagem para jornalismo@missoesnacionais.org.br. Seu comentário poderá ser publicado na próxima edição!

Gosto muito de participar da Campanha de Missões Nacionais, pois a música, os vídeos e os textos direcionados para o tema me levam a refletir sobre a minha responsabilidade nesse campo que é tão vasto e que precisa de todos nós, independentemente da forma como participamos.

Edileuza Aguiar Almeida – Santa Inês, Maranhão

Para quem quer aprender sobre missões, essa grande e abençoada equipe tem muito para nos ensinar. Que Deus continue abençoando a cada irmão que faz parte da Junta de Missões Nacionais.

Rozana Cristina – Mesquita, Rio de Janeiro



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GENTE QUE FAZ MISSÕES

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Noêmia Corrêa

Uma pessoa que vive Missões U

sua igreja para conhecer as áreas de atuação dessa agência missionária.

Quando Noêmia ainda era conselheira das Mensageiras do Rei de sua igreja, em uma época em que nem exista o PAM Brasil – Parceiros na Ação Missionária – ela já frequentava a sede de Missões Nacionais, que ficava na Rua Barão de Bom Retiro, no Engenho Novo (RJ), entregava suas doações para apoiar o trabalho dos missionários e levava as meninas de

“Sempre que posso levo algum missionário para falar em alguma igreja da região, essa é a melhor forma de mostrar o que tem sido feito pelo Brasil. Mas quando eles não podem, eu mesma vou até a igreja e mostro as necessidades na multiplicação de discípulos em nosso país”, conta Noêmia, que,

ma pessoa que respira, vive, ama e, principalmente, faz missões, assim podemos descrever a irmã Noêmia Corrêa. A promotora de Missões tem 84 anos e hoje é membro da Terceira Igreja Batista de Campos Elíseos, em Caxias (RJ), que é filha de sua antiga igreja, a Primeira Igreja Batista do mesmo bairro. Mas, diferente de sua atual igreja, que tem poucos meses de organização, sua história com a obra missionária já tem muito mais de 30 anos.

Muitos anos se passaram, mas pouca coisa mudou. Noêmia continua frequentando a sede, agora localizada na Rua José Higino, 416 - Tijuca, e traz as ofertas arrecadadas com muito esforço pelas igrejas de Caxias e região. Como ela mesma diz, sua missão é divulgar o trabalho que é realizado no Brasil, por onde for e, assim, mobilizar ofertas para o campo e para os missionários.


além de promotora, já pode ser considerada uma missionária mobilizadora voluntária.

equipe, que celebrou seus 84 anos. Nessa mesma ocasião,

Pelo fato de ser uma presença confirmada, pelo menos uma vez por mês, no prédio de Missões Nacionais, não há um funcionário que não a conheça e admire por seu amor por missões. Por essa razão, em outubro de 2019, Noêmia foi surpreendida com uma festa de aniversário preparada pela

oferta para a Casa Viver, em Costa Barros (RJ), e para Missões

em gratidão a Deus por mais um ano, ela ofereceu uma com Surdos. Noêmia é um testemunho vivo da dedicação à obra de Deus! Uma vida preciosa de gente que faz missões!

“Ela foi uma das primeiras visitas que recebi em meu gabinete quando assumi o cargo de diretor executivo de Missões Nacionais. Ela chegou e orou comigo; passados mais de dez anos, isso se repete. Testemunhos como o dela me inspiram a avançar cada vez mais na obra missionária!” Pr. Fernando Brandão Diretor Executivo de Missões Nacionais

“Ao olhar para ela, mesmo sem falar alguma palavra, já podemos ver um semblante de alguém que ama a Deus e sua obra! Ela é uma inspiração! Na sua igreja e na sua região, ela é aquela que vai de pessoa a pessoa e solicita orações e adoção através do PAM Brasil, pensando unicamente nas pessoas que serão alcançadas com o evangelho através de nossos missionários! Como precisamos de mais Noêmias por todo o nosso Brasil!” Missionária Maria Helena Leão Coordenadora da Mobilização na Regional Rio de Janeiro

“Uma vez fui falar em sua igreja e lancei um desafio, pois precisávamos de recursos para produzir o primeiro folheto para Missões com Surdos. Imediatamente, a irmã Noêmia se apresentou e disse que doaria o valor que estava juntando para uma obra em sua casa. Ela não pensou em suas necessidades pessoais, entregou tudo o que tinha, ouvindo a voz de Deus, e disse que o valor seria mais útil no Reino de Deus.” Missionária Marília Manhães Coordenadora de Missões com Surdos

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Educação e Missões

andam de mãos dadas

Há mais de 90 anos, em 1925 e 1926, Missões Nacionais iniciou o trabalho missionário pioneiro entre os indígenas, mais precisamente junto à comunidade Krahô. Anos depois, em 1958, foi a vez do missionário Pr. Guenther Carlos Krieger, que em 1960 se casou com Wanda Braidotti Krieger, iniciar o trabalho entre os Xerente e, desde então, foram lançadas as sementes do evangelho entre esse povo, que tem dado frutos e mostrado que todo o trabalho, desde o início focado na educação, tem valido a pena. Fundamentados no ministério do Senhor Jesus, cujo testemunho é ratificado por Pedro citado em Atos 10.38, quando menciona que Jesus de Nazaré andou por toda parte fazendo o bem, é esse o principal objetivo dos missionários que atuam entre os indígenas. Com seus anos de experiência, o Pr. Guenther afirma que eles vão como anunciadores da Palavra de Deus, mas também levando benfeitorias, como a primeira escola para um povo analfabeto da Língua Portuguesa, por exemplo. Foi através dessa estratégia que a vida da missionária Renilva Couto Viana se encontrou com a vida de Rogério Srône Xerente, o primeiro advogado indígena de Tocantins e o décimo primeiro indígena que exerce essa profissão no País. Essa conquista foi alcançada no dia 14 de novembro de 2019, quando ele recebeu a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil, na Seccional Tocantins, e que no mesmo mês lhe rendeu homenagem na Câmara dos Vereadores de Palmas (TO). Tocantinense, Rogério tem 32 anos e nasceu na aldeia Funil, município de Tocantínia. Começou a estudar aos 11 anos, na aldeia, e aos 15 iniciou a 5ª série na cidade, dando continuidade ao aprendizado da sua segunda língua, o português. “Muitíssimo obrigado por me fazer decifrar as primeiras letras, quando eu sequer sabia falar o português, foi fundamental para essa conquista!”, disse ele em mensagem à sua primeira professora de Língua Portuguesa, a missionária Renilva. Junto de seu esposo, Pr. Cláudio Luís Barroso Viana, a missionária morou, nos primeiros seis meses de casada, na aldeia Funil; enquanto seu esposo fazia estágio, ela começou a alfabetizar os indígenas. Depois disso, passou alguns anos morando em Campos dos Goytacazes (RJ) e, ao retornar para Tocantínia para que seu marido pastoreasse a Primeira Igreja Batista do munícipio, voltou ao ofício, sendo a ponte da Língua Portuguesa até Rogério, assim como para centenas de jovens da região até hoje. Depois disso, eles foram convidados a integrar o quadro de obreiros de Missões Nacionais; de lá para cá, já são 15 anos de trabalho entre os indígenas Xerentes. Enquanto Pr. Cláudio dedica-se a assessorar as igrejas existentes em algumas aldeias, Renilva, atualmente a única professora não indígena dos anos iniciais do Ensino Fundamental na área e referência nesse trabalho, usa seus dons na alfabetização dos Xerentes. “Através de nossas vidas e ministério eles têm se interessado pela Palavra de Deus. Muitos dos meus alunos foram batizados por meu esposo e hoje atuam como líderes autóctones na evangelização de suas comunidades”, conta a missionária. Seu ex-aluno, Rogério Xerente, é fruto desse ministério que por toda parte vem fazendo o bem. Ele, que é convertido ao evangelho e frequenta a PIB de Tocantínia, também é professor indígena desde 2007, atua na Escola Estadual Indígena Waipainerê, na Aldeia Serrinha, e é professor intercultural indígena na Escola Municipal de Tempo Integral Antônio Benvindo da Luz, em Tocantínia. Possui Graduação em Educação Intercultural Indígena pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e Pós-Graduação em Culturas e Histórias dos Povos Indígenas pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), campus Miracema. Sua colação de grau no curso de Direito foi em fevereiro de 2019, mesmo ano em que foi aprovado no XXIX exame da OAB. “Como me sinto feliz e grata por ter feito parte da caminhada de Rogério e de diversos outros indígenas que hoje têm conquistado lugares altos na sociedade, graças aos primeiros incentivos no aprendizado”, celebra Renilva, que fala com muita alegria de seu trabalho como professora, mas também com muito entusiasmo de seu ministério como missionária, pois sabe que por onde tem passado tem feito o bem, e, desse modo, a semente do evangelho tem sido lançada.

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10 anos da visão de

Igreja Multiplicadora “Deem graças ao Senhor, porque ele é bom. O seu amor dura para sempre!” - Salmos 136:1

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ratidão é a palavra que resume o sentimento em nossos corações, ao chegarmos em 2020 e celebrarmos com os batistas brasileiros os 10 anos da visão de Igreja Multiplicadora. Louvamos ao Senhor pela oportunidade de servi-lo em nossa geração, em especial, neste movimento de retorno aos princípios do Novo Testamento. Para tentar recordar e colocar em palavras tudo o que foi vivenciado, não teríamos espaço suficiente, no entanto, queremos expressar a nossa alegria e gratidão por esse ciclo que se completa. Seguindo a ênfase nos princípios do Novo Testamento, nesses 10 anos caminhamos em todo o Brasil e parte da América Latina, a convite da União Batista Latina Americana, compartilhando sobre a importância de vivermos como discípulos de Jesus. Nosso foco tem se voltado para uma vida marcada

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pela oração; para que o fazer discípulos seja algo pessoal e verdadeiro; que a formação de líderes seja uma prática comum em nossas congregações, além de viver o desafio de plantar novas igrejas e sermos uma igreja relevante na comunidade, vivendo a compaixão e graça. A visão de Igreja Multiplicadora não chegou apenas como uma metodologia de crescimento de igreja, ou como a apresentação de um bloco de estratégias que visam ao crescimento numérico. Nosso maior objetivo tem sido, durante esses 10 anos, promover uma reflexão por meio da qual cada batista brasileiro possa repensar o seu papel como discípulo de Jesus e a prática do sacerdócio universal dos crentes. Sonhamos que esse princípio seja, mais do que um ponto em nossa declaração doutrinária, uma prática de cada batista brasileiro no seu dia a dia.


Foram mais de 1.000 encontros de disseminação da visão e de capacitação, de norte ao sul do Brasil, caminhando ao lado de pastores e líderes nas capitais e nos interiores, muitas vezes nos lugares mais distantes da nossa nação. Já são mais de 30 obras publicadas, algumas em idiomas estrangeiros, milhares de páginas escritas, centenas de materiais de capacitação e mais de mil vídeos disponibilizados ao povo batista brasileiro. Isso só foi possível em virtude da vivência de um princípio muito precioso entre nós, os batistas, a cooperação. Somos gratos a Deus pelas Convenções Estaduais, a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, a União Feminina Missionária Batista do Brasil, as associações e as inúmeras igrejas locais e seus pastores, que são verdadeiros multiplicadores dessa visão em todo o nosso Brasil. Nesses 10 anos, temos feito questão de lembrar, em todo o tempo, que uma igreja multiplicadora é uma igreja em avivamento. Por mais que estratégias e metodologias sejam importantes, multiplicar discípulos e igrejas é uma questão de experimentar um avivamento por meio da oração, como bem afirma nosso querido Pr. Fernando Brandão: “Teremos uma grande colheita e uma intensa multiplicação de igrejas se fizermos da oração um estilo de vida”. Uma Igreja Multiplicadora sabe que é impossível cumprir plenamente a Grande Comissão sem relacionamentos. Por isso, ela encoraja, mobiliza e capacita seus membros para desenvolverem relacionamentos discipuladores e resgatarem os princípios de mutualidade entre os seus membros. Ser uma Igreja para o mundo urbano também nos tem levado a repensar muito nossas formas de existir ao longo dos últimos anos, em especial, em um Brasil rural. O desafio da cidade nos leva a repensar como seremos Igreja daqui para frente. É por esse e por inúmeros outros motivos que os Pequenos Grupos Multiplicadores se tornaram uma ferramenta

preciosa para este tempo. Por meio desses relacionamentos intencionais os membros de nossas igrejas fazem discípulos, os acolhem nos Pequenos Grupos Multiplicadores e assim, também, na igreja. Olhamos para os próximos 10 anos como uma grande oportunidade de consolidação de todo esse processo nas centenas de igrejas que estão nessa caminhada. Em todo o Brasil temos igrejas envolvidas em busca de resgatar e viver os princípios, no seu dia a dia. Como fruto da saúde espiritual, essas igrejas estão começando a colher o desenvolvimento espiritual e, consequentemente, a receber novos irmãos na fé. O número de pessoas batizadas está crescendo nesses contextos e o número de discípulos de Jesus envolvidos na busca de glorificar a Deus e cumprir a missão tem sido muito maior. Queremos expressar a nossa mais profunda gratidão ao nosso diretor executivo, Pr. Fernando Brandão, por ter sido instrumento de Deus para mobilizar, e, ao lado dos pastores Nilton Antonio de Souza, Cirino Refosco e muitos outros homens e mulheres de Deus, terem trabalhado arduamente nos primeiros manuscritos, em 2010, e no estabelecimento da visão de Igreja Multiplicadora. Também manifestamos nossa gratidão a todos os pastores e líderes que durante essa jornada se juntaram a nós e, das mais diversas formas, deram sua contribuição para que esse movimento precioso pudesse chegar até aqui. Sabemos que há muito a fazer; temos muito a caminhar na próxima etapa, que será a consolidação. Entretanto, olhamos para trás e podemos agradecer ao Senhor e ter em nosso coração a motivação renovada por Ele para seguirmos em direção aos próximos passos. A Deus toda a glória! Pr. Fabrício Freitas Gerente Executivo de Evangelismo de Missões Nacionais

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Igreja em Goiás é plantada em meio

a condomínios fechados “Plantar igrejas é investir em pessoas, fazer discípulos multiplicadores e agregá-los.” Igreja Multiplicadora – 5 Princípios Bíblicos para o Crescimento

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ssim como nas histórias de Paulo e Barnabé, logo no início da expansão da igreja, vemos, nos dias de hoje, a multiplicação de igrejas como uma ação estratégica coordenada pelo Espírito Santo. Com a intenção de fazer cada vez mais discípulos de Cristo e agregá-los, como aconteceu com esses dois missionários, devemos multiplicar igrejas pelo Brasil e pelo mundo. A história, a seguir, é fruto desse trabalho. A Igreja Batista Celina Park - Eldorado é uma congregação da Segunda Igreja Batista em Goiânia (GO), desenvolve-se dentro da visão de Igreja Multiplicadora e está localizada em uma das regiões que mais cresce economicamente, na capital de Goiás, predominantemente formada por condomínios fechados.

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se mudou para um terreno, na mesma avenida, onde foi construído o atual templo da Igreja Batista Celina Park - Eldorado. De acordo com o Pr. Fernando Lemos, o progresso da plantação dessa igreja se deve ao desenvolvimento do Relacionamento Discipulador por meio dos Pequenos Grupos Multiplicadores, atrelado com uma teologia bíblica, celebrações dominicais e cursos de vida discipular para toda a comunidade adaptados para a realidade da região (condomínios fechados) e da cidade. “Desde o início o objetivo foi plantar uma igreja relevante para a região oeste de Goiânia, especificamente para o Eldorado e para o Celina Park, mas também relevante para o Reino. E este desde o início foi nosso objetivo”, disse o pastor, que não negligencia os desafios enfrentados pela congregação, principalmente em relação ao discipulado genuíno de pessoas.

O que pode ser chamado de sonho começou no final do ano de 2007, quando o Pr. Samoel Martins, gerente de Missões da Convenção Batista Goiana, compartilhou com o Pr. Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, o desejo de plantar uma igreja na região oeste de Goiânia, tudo com base em muita oração. Para essa missão, convidou-se oficialmente o Pr. Fernando Lemos para plantar uma igreja no Residencial Eldorado. O pastor, que liderava o ministério de jovens da Igreja Batista de Vila Nova, também em Goiânia, foi comissionado juntamente à sua esposa, Adriane Helena, como missionários. Em fevereiro de 2008, o casal seguiu para o bairro e em março do mesmo ano iniciou as reuniões no apartamento em que morava. Depois de um ano e meio reunindo-se no apartamento, o Pequeno Grupo já formado através de Relacionamentos Discipuladores passou a se reunir no salão de festas do condomínio. Em meados de 2010, o grupo se mudou para um prédio Comercial na Avenida Milão, uma importante avenida do bairro, onde permaneceram até 2012. Em julho do mesmo ano, a congregação

“Temos cerca de 20 condomínios, das classes A até a C, e, embora já tenhamos entrado em todos, atualmente, nossa maior dificuldade foi entrar nos de classe A. Uma dificuldade que foi sendo superada justamente através da visão de Igreja Multiplicadora, com Relacionamentos Discipuladores e Pequenos Grupos Multiplicadores”, conta o Pr. Fernando Lemos. Ainda segundo esse pastor, quem chega na igreja, seja por batismo, carta de transferência ou reconciliação, rapidamente já é integrado e passa a viver o ideal de uma igreja que se multiplica através de relacionamentos sadios. Assim, a Igreja Batista Celina Park - Eldorado tem como missão “Proclamar o Evangelho e Multiplicar Discípulos até que Cristo volte”. A congregação, que começou com duas pessoas, Pr. Fernando Lemos e sua esposa Adriane Helena, após alguns meses recebeu mais quatro irmãos e, a partir daí, alcançou os primeiros frutos, no próprio condomínio do casal. Hoje ela possui 150 membros e uma média de 180 frequentadores. No dia 26 de janeiro de 2020 essa congregação passará pelo concílio de organização como igreja, cumprindo, então, aquele ideal de plantar cada vez mais igrejas saudáveis, multiplicando discípulos de Cristo Jesus até que Ele venha.

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Cem vezes juntos!

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“Oh, cantemos, pois, com alegria, neste grande e mui festivo dia! Vê, vê o que nos fez o Rei dos reis!” (Dia Festivo - Hino 411 do Cantor Cristão)

ste é o sentimento: alegria! E não é para menos. Chegamos à marca de 100 Assembleias da Convenção Batista Brasileira. O povo batista brasileiro tem a oportunidade de viver um momento histórico! Todas as nossas celebrações são importantes e têm seus destaques, mas esta, apenas pelo fato de ser a de número 100, destaca-se entre as demais. Tudo começou lá em 1907, no estado da Bahia. Democrático como é, o povo batista percebeu a importância de estar junto.

Ata da Primeira Assembleia da CBB, em 1907

A primeira Assembleia da Convenção Batista Brasileira aconteceu entre os dias 22 a 27 de junho de 1907. Desde então, reunimo-nos para tomar decisões, conhecer de perto o trabalho denominacional e viver momentos de comunhão com os batistas de todo o Brasil. Além da Assembleia propriamente dita, os encontros das Organizações também têm a sua importância em nossas celebrações: pastores, mulheres, juventude, diáconos e outros grupos diversos. De lá para cá, tivemos muitos momentos marcantes que ficaram na memória de muitos irmãos, inclusive de colaboradores da CBB. Conversando com a Márcia Castro, responsável pela parte de distribuição de O Jornal Batista, ouvi belas histórias. Ela relembrou os cultos de Missões, uma parceria entre a JMN e JMM. Segundo a colaboradora da CBB: “era algo marcante; os mensageiros ficavam ansiosos pelo dia, não havia preocupação com horário, apenas para chegar e conseguir o melhor lugar. A entrada das bandeiras dos países e estados nos transportavam aos lugares. Vidas se rendiam aos pés do Senhor; outras tinham a confirmação do Chamado do Pai. Quantos cultos fizeram história em vidas que hoje fazem novas histórias. Hinos, louvores que marcaram as vidas de mensageiros e até a Diretoria. Mensagens que Deus enviava para acalentar corações sofridos, agoniados ou, até mesmo, cansados. Muitos devem se lembrar desses momentos”.

95ª Assembleia da CBB, em Gramado (RS)

É tempo de comemorar também o centenário do trabalho batista no estado de Goiás, cuja história a Junta de Missões Nacionais conhece muito bem. O evangelista Paschoal Muzzio, primeiro pastor de uma igreja batista em solo goiano, na cidade de Catalão, era funcionário da JMN. Hoje, o estado tem 160 igrejas. É o avanço da obra missionária. Que venham mais Assembleias! E que, principalmente, o povo batista brasileiro seja cada vez mais unido, esteja mais próximo. Cada vez mais juntos! Quem ganha é o Reino de Deus. Estaremos, como diz o nosso tema para este ano, “Celebrando a glória do Reino de Deus”. Estevão Júlio Editor de O Jornal Batista, órgão oficial da Convenção Batista Brasileira

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99ª Assembleia da CBB, em Natal (RN)



CAPA Seja parceiro!

O Brasil que precisa do Evangelho

Missões Nacionais chega aos oito povos menos evangelizados no País

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as últimas décadas, o número de evangélicos no Brasil saltou de 26,2 milhões, em 2000, para 42,3 milhões, em 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas mesmo assim, segundo pesquisas da AMTB (Associação de Missões Transculturais Brasileiras), existe uma lista de oito grupos menos alcançados, que é alarmante. Há mais de cem anos multiplicando discípulos nos quatro cantos do Brasil, Missões Nacionais é uma agência missionária que tem transitado nesses grupos, levando o evangelho de Cristo Jesus. Conheça um pouco de cada atuação:

Povos Indígenas Os povos indígenas somam, segundo o Censo do IBGE de 2010, 896.917 pessoas; o trabalho com esse povo é um dos mais antigos desafios de Missões Nacionais e foi iniciado, há 90 anos, pelo pioneiro Zacharias Campelo. Tempos depois, nos anos 60, Pr. Guenther Krieger e Pr. Rinaldo de Mattos, verdadeiros desbravadores — juntamente de suas respectivas esposas Wanda Krieger e Gudrun de Mattos — iniciaram um trabalho relevante na área da educação e ensino contextualizado da Palavra de Deus entre os Xerentes. Durante esse tempo, muitas são as conquistas marcantes como os mais de 600 índios batizados, quase 20 igrejas plantadas, três pastores consagrados ao ministério da Palavra, e também a publicação do Novo Testamento em Xerente, realizada em 2007. Hoje, o Projeto Povos Indígenas pelo Brasil é coordenado pelo missionário Pr. Valdir Soares, conta com 35 missionários atuando em cinco estados e tem como principal objetivo a formação de líderes indígenas em sua própria região. “Meu grande sonho é ver cada indígena ser alcançado dentro de sua própria cultura”, afirma com vibração o Pr. Valdir.

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Comunidades Ribeirinhas

A Amazônia possui 775 municípios com uma população em torno de 24 milhões de pessoas (IBGE 2010) e cerca de 35 mil comunidades ribeirinhas que constituem a área de atuação do Projeto Amazônia. Nessa região, Missões Nacionais tem se empenhado na evangelização por intermédio do barco O Missionário, que conduz caravanas de igrejas pelas comunidades ribeirinhas, dos Radicais Amazônia nas comunidades ribeirinhas, líderes treinados e capacitados no Centro de Formação Missionária da Amazônia e, também, por meio do Programa Novo Sorriso da Amazônia, que tem por objetivo erradicar a cárie nas comunidades com missionários presentes. Atualmente, contamos com 81 missionários efetivos, em formação e Radicais, 64 projetos de plantação de igrejas e, para glória de Deus, foram realizados 104 batismos entre os ribeirinhos, em 2019.

Ciganos De acordo com o Censo 2010 do IBGE, o Brasil é o país com maior número de ciganos, cerca de 800 mil. Para essa seara, o casal Gilmar e Jádima Barbosa foi direcionado por Deus a fim de proclamá-lo a esse povo. Em 2008, esse casal passou a integrar a equipe de Missões Nacionais, e já se vão mais de dez anos que anuncia o amor de Cristo aos ciganos. Gilmar e Jádima atuam principalmente em Itaquaquecetuba, no extremo leste na capital de São Paulo. Lá, em 2011, celebraram um feito histórico: a abertura da primeira Tenda Batista Nômade para Ciganos. Hoje esses missionários são reconhecidos entre o povo como verdadeiros servos do Senhor e têm uma atuação que agrega a comunidade. “Além dos cultos, em nossa igreja também realizamos o trabalho de alfabetização de crianças e adultos, aulas de diversos tipos de artesanato e nossas crianças também têm aulas de jiu-jitsu”, conta a missionária Jádima. Com uma atuação relevante e crescente, Gilmar e Jádima coordenam, atualmente, ações com ciganos em Minas Gerais, Espírito Santo e João Dourado, na Bahia, iniciadas no ano de 2019, e ainda pretendem retornar as atividades


em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. Nesses casos, eles realizam treinamento com a igreja local, que, sob a coordenação do casal, dá continuidade ao trabalho. Os missionários mantêm contato e visitação frequentes aos seus campos de atuação.

Povo Sertanejo Com mais de 50 milhões de habitantes, a região Nordeste é a segunda mais populosa do Brasil. No entanto, a área não possui nenhum estado com mais de 20% de evangélicos, com exceção de Pernambuco, que tem 32,3%, de acordo com o Censo 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É nesse contexto religioso que está inserida a região semiárida do Brasil, contando com mais de mil municípios que são alvos missionários de Missões Nacionais com o Projeto Sertão. Esse trabalho que conta com a atuação de 133 missionários – entre efetivos, em formação e temporários - atua em comunidades isoladas e visa à multiplicação de discípulos, plantação de igrejas multiplicadoras autóctones e formação e desenvolvimento de líderes locais. O principal objetivo é alcançar, com o verdadeiro evangelho, os mais de 20 milhões de habitantes, dos quais pouco mais de 5,5% se declaram evangélicos. O missionário Pr. Ralison Endrigo coordena o Programa Radical Sertanejo, uma das estratégias de trabalho nessa região, e acredita que os principais problemas na evangelização são a forte idolatria e a tradição familiar religiosa do sertanejo. “Para criar oportunidades na evangelização levamos serviços de assistência social, que é escasso na região, e nos colocamos no lugar dos sertanejos com empatia em relação à sua realidade, o que tem aberto muitas portas, para glória de Deus”, conta o missionário. Atualmente, o Projeto Sertão totaliza 120 projetos de plantação de igrejas, 283 Pequenos Grupos Multiplicadores, pelo menos duas novas turmas de Radicais a cada ano, e em 2019, foram realizados 193 batismos.

Comunidades Quilombolas Fontes não governamentais estimam a existência de 2.000 a 3.000 comunidades quilombolas no Brasil. Por maior que pareça a dificuldade nesse trabalho, Missões Nacionais tem, aos poucos, se dedicado a ele. Em Bom Jesus da Lapa (BA), onde existem várias comunidades quilombolas, o missionário Pr. Manoel Brás, entre outros projetos de

plantação de igrejas, tem se dedicado ao Quilombo Lagoa das Piranhas. Com início em 2015, o trabalho de evangelização desse povo ainda está em processo de consolidação, mas já conta com um templo comprado com a ajuda de igrejas batistas do litoral de São Paulo e que é usado para realizar os cultos semanais e também outras atividades, como Pequenos Grupos Multiplicadores.

Imigrantes A missão de Missões Nacionais é alcançar toda a Pátria para Cristo, o que também envolve os imigrantes que, por algum motivo, escolheram o Brasil como seu novo lar. De acordo com IBGE, entre 2010 e 2018 foram registrados mais de 466 mil imigrantes no País, além de 116,4 mil pedidos de refúgio. Com a recente crise econômica da Venezuela, um dado fornecido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública do Governo Federal informa que 61.681 das solicitações de reconhecimento da condição de refúgio no Brasil recebidas em 2018 são de venezuelanos. É com esse povo que Missões Nacionais tem realizado um trabalho de compaixão e graça que busca acolhê-los com a ajuda do programa Igreja Acolhedora e, dessa forma, discipulá-los. Mas bem antes disso Missões Nacionais já se preocupava com a evangelização dos imigrantes no Brasil. Há mais de dez anos, a missionária Sueli Câmara atua entre os povos hispânicos em São Paulo e tem testemunhado maravilhas, como a mencionada na página 18 desta revista. Hoje, há um ano, ela atua em Vila Salete (SP), em uma nova congregação cuja maioria de frequentadores é de venezuelanos, colombianos e peruanos. Também em São Paulo, os casais missionários Manuel e Irene Ramos e Hideraldo Moacyr e Lucélia Ribeiro atuam entre os imigrantes africanos. Com apoio da Igreja Batista Unida do Brás e da Primeira Igreja Batista de São Paulo, respectivamente, eles ensinam a Língua Portuguesa aos imigrantes e realizam cultos ao Senhor exclusivos para africanos. “Muitos vieram para o Brasil em busca de oportunidades, mas hoje padecem de várias necessidades físicas, e nós estamos aqui levando o amparo de através do evangelho de Cristo para os fortalecer nas dificuldades”, afirma o missionário Manuel. Outra etnia que é alvo do trabalho de Missões Nacionais é a japonesa. Para esse trabalho, contamos com o casal Alexandre e Alecia Nomura, de origem nipônica, que desenvolve, desde 2010, o trabalho de plantação de igrejas em Assaí (PR), conhecida como a “cidade dos japoneses”, por ter sido fundada por imigrantes desse país. Lá, encontraram no rádio uma ferramenta preciosa para amplificar o alcance do evangelho.

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Através de um programa diário com hinos e leitura da Bíblia em japonês, o povo da cidade tem sido alcançado de forma massiva pela mensagem de Salvação.

foi o lançamento do programa Radical Surdos”, celebra a missionária Marília.

Para concluir esse bloco de informações sobre os diversos trabalhos com imigrantes, realizados por Missões Nacionais, vale mencionar, ainda, o exemplo da família ucraniana que, há cerca de dois anos, saiu de sua terra natal para atuar na multiplicação de discípulos no Brasil. O casal Vitalii e Iryna Arshulik, juntamente de seus filhos, atua na região de Prudentópolis (PR), considerada a Ucrânia brasileira, e lá tem experimentado a boa e perfeita vontade de Deus na evangelização de imigrantes.

Extremos das Classes Sociais

Surdos O desejo de Missões Nacionais de atender o povo surdo com a evangelização fez com que, no ano de 1991, houvesse a iniciativa de reunir um grupo seleto de surdos e intérpretes para a produção do primeiro método para o ensino de sinais bíblicos, que serviu de base para todo o avanço que vemos até hoje. Desde 2000, Marília Manhães coordena Missões com Surdos (saiba mais nas páginas 20 e 21) e assim, iniciou-se um novo processo de discipulado com surdos, para serem protagonistas na evangelização entre seus pares. Em 2008, foi lançado o primeiro curso de formação de líderes, visando à capacitação continuada de líderes na visão multiplicadora de projetos já existentes, como Alcance Surdos, Igrejas em Libras, EvangeSurdos. Avançando cada vez mais, em outubro de 2008 e maio de 2010, foram nomeados os primeiros dez missionários surdos, integrando o quadro de funcionários de Missões Nacionais. “Este, sem dúvidas, foi um marco na história missionária dos batistas, assim como nossa recente conquista, em 2018, que

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Os únicos grupos, no Brasil, dentre os considerados menos alcançados, de cunho socioeconômico, são os que ocupam as extremidades das classes sociais: os mais ricos dos ricos e os mais pobres dos pobres. Tentando transitar também entre esses dois grupos, Missões Nacionais segue avançando com base na visão de Igreja Multiplicadora, colocando em prática um de seus princípios, que é o de plantar igrejas relevantes e assim, multiplicar discípulos nos locais mais diversos do País. Exemplo disso é a organização da Igreja Batista Celina Park – Eldorado (você pode ler mais sobre essa igreja nas páginas 10 e 11), localizada na região que mais cresce economicamente em Goiânia (GO). Destaque-se, ainda, as atuações no Maranhão, estado mais pobre do Brasil, segundo o IBGE, que conta com dez projetos de plantação de igrejas, entre eles o do missionário Celso Antônio Pinheiro, que no mês de novembro de 2019 batizou mais três irmãos na Congregação Batista em Morada do Bosque. É muito clara a existência desses desafios na evangelização do Brasil, mas Missões Nacionais acredita que é possível mudar cada realidade mencionada se contar, cada vez mais, com parceiros unidos na obra missionária. “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da plantação que mande obreiros para fazerem a colheita.”, diz o texto de Lucas 10.2. E então, você aceita esse desafio?


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MULTIPLICANDO PELO BRASIL A missionária Sueli Câmara atua há mais de dez anos com povos hispânicos em São Paulo; desde então, tem vivenciado grandes bênçãos na evangelização desse povo, como o testemunho da família boliviana de Javier, Fabiola e seus filhos.

“Foi a graça que me alcançou, foi a graça que me atraiu e é por meio da graça que tenho a vida eterna. Então, sendo de graça, não poderei guardá-la apenas para mim”, disse a missionária Radical Amazônia Luciara Maria. A jovem teve o privilégio de participar do batismo de jovens ribeirinhos que professaram sua fé em Jesus Cristo. Todos são frutos do trabalho de multiplicação de discípulos nas comunidades Grêmio, Vasco e São Caetano (AM).

Mesmo com dois filhos, eles viviam separados, quando a missionária iniciou o Relacionamento Discipulador com Fabiola e a filha mais velha do casal, Daylin, que começou a frequentar o Pepe, hoje dirigido pela Primeira Igreja Batista do Brás (SP). Os anos se passaram e Deus foi restaurando essa família. Em 2016, Javier e Fabiola oficializaram o casamento e logo depois se batizaram, no mesmo dia. Louvado seja Deus! Recentemente, após Javier e Fabiola terem a alegria de verem Daylin batizar-se, foi a vez do segundo filho do casal, Leonel, descer às águas professando sua fé em Jesus. Um momento emocionante!

Que grande festa! A Primeira Igreja Batista em Tramandaí (RS) foi organizada com 50 membros, sede própria, liderada pelos nossos missionários Pr. Ubirajara Muller e Barbara Gomes. Celebrando esse grande momento, pessoas desceram às águas professando sua fé em Jesus Cristo.

Vidas Transformadas é o objetivo do Ministério Cristolândia, que completou 10 anos de existência. Na unidade da Bahia não é diferente. Louvor, peças, coreografias e muitos quitutes marcaram a comemoração dos seis anos da chegada desse projeto em Salvador, mas foram os batismos que consagraram a verdadeira razão de existir desse lugar de esperança para uma nova vida.

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O céu ficou em festa pelos batismos que aconteceram em Cajueiro da Praia, no interior do Piauí. O gerente executivo de Expansão Missionária, Pr. Samuel Moutta, esteve em viagem pelo estado e participou do momento especial junto do Missionário em Formação, Pr. Bertrand de Araújo de Sousa. O jovem pastor concluiu seu curso, foi consagrado ao ministério, passou pelo concílio, foi ordenado pastor batista e está plantando uma igreja relevante na região e multiplicando discípulos para glória de Deus, como provam os três irmãos que desceram às águas.

Na Ilha da Canabrava (BA), o missionário Pr. Manoel Neto celebrou o batismo de três irmãos - João, Daniel e Marilton. Nessa região da comunidade, o trabalho missionário é liderado pelo casal de Missionários em Formação Carlos Jesus e Írislene, e tem avançado, graças à sua parceria.

Em um país em que existem, em média, 9,5 milhões de surdos, Missões Nacionais tem avançado no trabalho de evangelização dessa população, através de sua oferta. Na Igreja Batista em Libras, no Andaraí (RJ), irmãos desceram às águas após entenderem que Jesus Cristo é seu único e suficiente Salvador. Louvado seja Deus!

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VIDA E OBRA

Marília Manhães:

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Uma vida atenta ao clamor do silêncio

e acordo com uma publicação da Primeira Igreja Batista de Campo Grande (RJ), mal havia sido regulamentada a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, a jovem Marília Moraes Manhães já se esforçava para conhecê-la e viabilizar a comunicação com os surdos de sua igreja. Foi assim que a pedagoga determinada iniciou sua trajetória na atividade que se tornou sua paixão e missão. Com o passar do tempo, seu trabalho começou a abençoar pessoas pelo Brasil e até fora dele. Junto de seu esposo, Gilmar Manhães, em 1997, começou a implementar o projeto da Bíblia em LIBRAS. Trata-se de um trabalho pioneiro de tradução/interpretação de vários livros no Novo Testamento da Bíblia Sagrada para LIBRAS, registrado pelo MEC, que atualmente consta com uma coleção de 19 livros e vem sendo utilizado como método eficaz para os surdos entenderem as verdades bíblicas e as guardarem em seus corações. Com um vasto currículo profissional, Marília está à frente do Projeto com Surdos de Missões Nacionais desde o ano de 2000. Somando-se a outras denominações e organizações da sociedade civil, Marília totaliza mais de 30 anos dedicando sua vida para que os surdos sejam “ouvidos” e amados pela Igreja de Jesus. MISSÕES NACIONAIS: Como aconteceu sua conversão e chamado missionário? MARÍLIA: Nasci em um lar cristão, filha de pastor, mas minha experiência individual com Jesus aconteceu no dia 25 de setembro de 1983, durante um congresso jovem na Primeira Igreja Batista de Campo Grande (RJ). Na oportunidade, recebemos o goleiro João Leite, na época do Atlético Mineiro, que leu o texto de Marcos 8.36. Ao ouvir o texto que dizia: “Por que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder sua vida?” entendi que não daria lugar para as coisas do mundo roubarem minha alma. Dois anos depois, no dia 26 de setembro de 1985, durante uma conferência de missões, ofertei minha vida para o serviço do Mestre Jesus. Desde nova tive contato com missionários que hospedávamos em casa, participava sempre da Escola Bíblica de Férias, ganhei diversos concursos por levar mais visitantes à igreja, além de crescer envolvida com a organização Mensageiras do Rei e acredito que desde aí o Espírito Santo foi plantando o DNA missionário em meu coração. E neste dia, após ouvir do pregador, Pr. Eli Fernandes, a frase: “se você não tem recursos para ofertar para missões, oferte com sua vida” aceitei o desafio e nunca me arrependi.

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MISSÕES NACIONAIS: Por que resolveu trabalhar na evangelização de surdos? MARÍLIA: Quando entendi o chamado de Deus de levar a mensagem a todas as pessoas, Ele me levou a amar o povo surdo de todo o meu coração e, por isso, tenho seguido meu ministério buscando anunciar o evangelho aos surdos e formar líderes entre eles – meu sonho é ver cada vez mais surdos evangelizando e discipulando. Meu desejo é ver as pessoas surdas tornarem-se teocêntricas, exaltarem a Cristo e satisfazerem a alma, serem capacitadas pelo Espírito e envolvidas pela Bíblia, seguirem Jesus e fazerem discípulos, buscando a justiça e adorando a Deus em sua própria língua. Esta tem sido uma visão clara e firme em meu coração desde 1986, quando compreendi de Deus que sua Salvação era para todos, sem exceção, e que seu mandamento na Grande Comissão deve ser obedecido.

MISSÕES NACIONAIS: Durante a trajetória, quais foram e continuam sendo os principais desafios deste trabalho? MARÍLIA: O principal desafio é levar às pessoas o entendimento de que, ao lidar com surdos, estão lidando com pessoas como nós, apenas com uma língua e cultura distintas, e existem pessoas assim em todos os lugares do mundo. Nossa sociedade precisa compreender que não somos e nunca seremos homogêneos e que cada um de nós deve ser visto, conhecido e respeitado em sua individualidade. Só assim, desenvolvendo projetos que realmente contemplem a necessidade do povo surdo, poderemos alcançar a todos com a mensagem do Evangelho.

Como me alegro e fico animada ao ver surdos sendo líderes multiplicadores, pregando o evangelho, fazendo discípulos e até mesmo plantando igrejas. Ao ler Atos 2.11, que diz: “todos ouviram a grandeza de Deus em sua própria língua”, não dá para desistir. Quero fazer com que os surdos entendam as “palavras do Livro” e “ouçam” as maravilhas de Deus em seu idioma, a Língua Brasileira de Sinais, em qualquer lugar que o Senhor me levar. MISSÕES NACIONAIS: Entre tantas experiências na evangelização dos surdos, conte alguma que tenha marcado seu ministério. MARÍLIA: De fato, são muitas. Mas a que vou destacar aconteceu em Huambo, uma província de Angola, que foi um dos lugares que Deus me permitiu chegar com esse trabalho. Eu cheguei nesse lugar, em 2006, conhecendo apenas 500 verbetes da Língua de Sinais Angolana, que era o que havia disponível. Orei e pedi ao Senhor que me apresentasse um surdo de fé, que cresse em seu nome e assim foi feito. Deus me levou a um jovem chamado Francisco Cassinda Epamba, surdo, que perdeu sua audição por causa da malária, que era muito triste e não tinha esperança para viver, por não aceitar sua condição. Ele esperava alguém que lhe fizesse ouvir.

Os surdos vivem entre nós... é um retrocesso negligenciar a comunicação com eles.

MISSÕES NACIONAIS: Com sua experiência de mais de 30 anos na área, qual a pior dificuldade dos surdos em tentar compreender o Evangelho? MARÍLIA: A pior dificuldade, desde o início, é a falta de obreiros para esta grande seara. Por onde tenho passado vejo que são poucas as pessoas que estão realmente interessadas em explicar a mensagem de Cristo, de modo que transforme a vida de quem o recebe, neste caso o surdo. O evangelho precisa ser explicado em gênese e, principalmente, de forma compreensível ao surdo, como o exemplo das Escrituras, quando Filipe explica ao eunuco etíope (At. 8.26-39). Só assim iremos ver surdos discípulos genuínos de Jesus, aptos a ministrar a outros (2 Tm. 2.2). MISSÕES NACIONAIS: Com todas estas dificuldades, alguma vez pensou em desistir? MARÍLIA: Não! São, de fato, muitas lutas, muitas ciladas do inimigo que surgem para tentar nos desanimar, mas eu me fortaleço ao ver as profecias de Isaías 29.18a sendo cumpridas em nossos dias. “E naquele dia os surdos ouvirão as palavras do livro” e assim tem acontecido.

Ao me aproximar de Francisco, fui muito franca e disse que ele nunca mais iria ouvir com seus ouvidos, mas que poderia ouvir e falar com o coração. Mostrei-lhe que poderia ser um propagador da felicidade para muitos surdos que estavam na mesma condição que ele e apresentei-lhe Jesus. Por fim, eu disse que se permitisse que Deus agisse em sua vida, ele se tornaria um grande evangelista. Após quatro anos da minha estada em Huambo, para glória de Deus, Francisco se capacitou no Curso de Líderes para Surdos, de Missões Nacionais. Hoje é formado em Teologia pelo Seminário de Huambo, cursa Pedagogia e tem uma filha linda. Aquele surdo sem esperança se tornou líder de várias províncias da região de Huambo e hoje capacita pessoas, porque eu confiei em Deus e usei o que tinha em minhas mãos, 500 verbetes, para glória de Deus. MISSÕES NACIONAIS: Além do cunho evangelístico, como você analisa a necessidade do ensino de LIBRAS em nossa sociedade? MARÍLIA: A Língua Brasileira de Sinais é a segunda língua oficial de nosso País e é a língua natural de uma população de mais de 9 milhões de pessoas, o que já é um motivo muito relevante para que exista a preocupação desse ensino. Os surdos vivem entre nós, por toda parte, por isso é um retrocesso negligenciar a comunicação com eles.

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2020, o ano em que o Seminário do Sul

alcançará o mundo!

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ma história de tradição não é construída de um ano para o outro. O Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil ratifica essa afirmação. São mais de cem anos preparando vocacionados para o ministério cristão com um ensino à luz da Palavra de Deus. Entretanto, o ano de 2019 rompeu barreiras históricas e a principal delas foi a distância. Reconhecido por ter formado mais de três mil líderes que atuam no Brasil e no mundo, o Seminário do Sul recebia muitos depoimentos de pessoas que desejavam cursar o consolidado curso de Bacharel em Teologia, mas eram impedidas pelo fator distância, tempo e disponibilidade financeira para morar no Rio de Janeiro. Essas impossibilidades, agora, fazem parte do passado! A partir deste ano, vocacionados de qualquer parte do mundo poderão fazer o curso de Bacharel em Teologia, na modalidade EaD, certificado pelo Ministério da Educação (MEC). O curso ainda nem começou e já foi credenciado pelo MEC com a nota 4, numa escala que vai até 5. Partindo dessa vitória, que é fruto de uma gestão visionária, pode-se também afirmar que de um ano para o outro uma história pode ser alavancada para um futuro promissor. Por esse grande feito, o Seminário do Sul dá graças a Deus, pois é somente o nome dele que é digno de ser glorificado. E o que mais podemos aguardar para 2020? Os tradicionais cursos de Licenciatura em Música e Bacharel em Teologia, na Graduação. Teologia Bíblica, Teologia e Práticas Ministeriais, História do Cristianismo e do Pensamento Cristão, Ministério com Crianças, Antigo Testamento para Pregadores, Gestão do Ministério de Adoração e Arte, Teologia e Ministério são as especializações em nível de Pós-Graduação por meio das quais os vocacionados podem preparar-se ainda mais para fazer expandir o Reino de Deus. Formação Plena em Teologia e Curso Prático em Teologia serão os diferenciais para quem busca aprimoramento, com horários mais flexíveis e sem o pré-requisito de uma Graduação. Com certeza, algum desses cursos corresponde às necessidades de seu ministério. É importante ficar atento nas mídias sociais e também no site, pois 2020 será um ano de grande crescimento extraclasse, que também será aberto ao público. Os dias 10, 11 e 12 de março, por exemplo, você já pode marcar em sua agenda, pois acontecerá a Conferência Teológica para Pastores e Líderes; nos dias 15, 16 e 17 de abril o Seminário do Sul será o local da 24ª Conferência Teológica da Associação Brasileira de Instituições de Ensino Teológico (ABIBET), comemorando, nessa mesma ocasião, os 50 anos de existência da Associação.

Turma de Teologia 1981

Formatura de Teologia e Música 2019

Pós-Graduação em Ministério com Crianças

Música na Prática

Devoção na Capela

Conferência Teológica Festival da Colina

Seminário Como Preparar Mensagens Bíblicas

Para consagrar esse tempo de alegria e também para levantar recursos para a Biblioteca David Malta Nascimento, acontecerá, no dia 4 de abril, a 3ª edição do Festival da Colina. Você não pode ficar de fora! O que você está esperando para ser Seminário do Sul? Acesse o QR, preencha a ficha de interesse, que ainda não é a matrícula, e garanta já a sua vaga na primeira turma do EaD de Bacharel em Teologia.

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Aula Magna

Equipe Seminário do Sul 2019


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JUNTOS

Celebração da Aliança Batista Mundial 2020 Rio de Janeiro | Brasil Julho 22 a 26, 2020

S

Uma chance única para

servir em Missões

abia que em 2020 nós, brasileiros, teremos a honra de sediar o maior evento mundial dos batistas?

De 22 a 26 de julho de 2020, no Rio de Janeiro, acontecerá a Celebração da Aliança Batista Mundial Juntos 2020, quando você poderá viver uma experiência inesquecível e ainda ter o prazer de dar as boas-vindas e conviver com irmãos de 125 países. Além de um momento de comemoração e comunhão, o Juntos 2020 também será um tempo em que você terá a oportunidade de servir — nos períodos antes, durante e depois da celebração — em diversos projetos missionários espalhados pelo Brasil. Descubra o que o Missão Brasil — uma parceria exclusiva entre Missões Nacionais e a Aliança Batista Mundial — preparou para os participantes do Juntos 2020.

CRISTOLÂNDIA | Rio de Janeiro A Cristolândia oferece um programa de assistência e ressocialização a dependentes químicos e codependentes por meio de serviços, atividades e da pregação do evangelho de Jesus Cristo. Visite uma Cristolândia e revele o amor de Deus através da sua vida.

PROJETO AMAZÔNIA | Amazônia Viva, na maior floresta tropical do mundo, a experiência de um campo missionário com cerca de 5 milhões de km2.

SERTÃO | Pernambuco Mais uma chance de levar o evangelho a um lugar de grande predominância religiosa mística e idólatra, de tráfico de drogas, de prostituição (inclusive infantil), entre outras precariedades.

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CASA VIVER | Rio de Janeiro A Casa Viver é um projeto social que desenvolve trabalho com crianças e adolescentes de 7 a 14 anos, com o objetivo de intervir em situações de risco social. Lá, você terá a oportunidade de realizar benfeitorias em uma Escola Pública da comunidade de Costa Barros e abençoar centenas de vidas.

AÇÃO JESUS TRANSFORMAÇÃO E VIDA | Rio de Janeiro Jesus Transformação e Vida é um projeto de evangelização de curto período, que vai proclamar o evangelho por meio de evangelismo de impacto e pessoal, em locais públicos próximos ao espaço no qual acontecerá a Celebração da Aliança Batista Mundial.

Anote na sua agenda! Celebração da Aliança Batista Mundial Juntos 2020 Conheça mais sobre essas oportunidades.

22 a 26 de julho de 2020 RioCentro - Rio de Janeiro Inscrições: www.bwa2020.org.br

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Faça parte.

PANORAMA Que grande bênção! O ex-aluno da Cristolândia, Anderson Lopes, que atua como missionário nesse mesmo ministério, em Minas Gerais, foi ordenado pastor batista. O culto de ordenação aconteceu na Igreja Batista de Vila Isa, em Governador Valadares. Missões Nacionais agradece a vida de cada parceiro que tornou isso possível. Louvado seja o Senhor!

Após um trimestre de treinamento, três jovens se formaram na primeira turma de Radicais Brasil no Cerrado. A programação, que aconteceu na Igreja Batista Verdade e Vida, em Goianésia (GO), celebrou também batismos de três pessoas, que foram alcançadas através do Relacionamento Discipulador. Interceda por esses jovens missionários que continuarão atuando na região Centro-Oeste do País, na intenção de multiplicar discípulos de Cristo!

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Os missionários Ednardo Neves e Gabriela Muzy, que atuam em Tonantins (AM), receberam, na comunidade, os também missionários Douglas Nascimento e Thais Oliveira, que foram compartilhar a compaixão e graça de Cristo por meio de serviços de enfermagem e odontologia e atenderam a mais de 80 pessoas durante uma semana. Louvado seja Deus pelo comprometimento dos missionários do campo!


A Igreja Batista de Arco-Íris, em Panambi (RS), visitou o campo missionário da Primeira Igreja Batista em São Lourenço do Sul (RS), coordenado pelas Radicais Sul Cris Janke e Amanda Sales. Nossos missionários Pr. Geiveson Gomes, Cíntia Oliveira e Radicais Sertanejos receberam, na cidade de Exu (PE), seu campo missionário, uma caravana da Igreja Batista da Liberdade (SP) e, juntos, realizaram três dias intensos de muito trabalho, com atendimentos médicos, psicológicos, orientação jurídica, social, espaço beleza, atividades com as crianças e muito mais. No primeiro dia, a ação aconteceu na Igreja Batista no Bairro Gonzagão; no segundo, na Congregação no Distrito Viração, onde celebraram o aniversário da igreja; no terceiro dia as atividades foram realizadas na Igreja Batista Plenitude.

Os irmãos participaram das atividades cotidianas no campo missionário e ainda ajudaram a organizar uma programação para crianças e adolescentes da região, com o objetivo de impactar todo o bairro através dos mais jovens.

Conversões e reconciliações aconteceram, novos Relacionamentos Discipuladores foram iniciados e o principal: o nome do Senhor mais uma vez foi glorificado!

“Um momento especial e emocionante”, foi como Pr. Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, definiu a formatura do Centro Integrado de Educação de Missões (CIEM), no Rio de Janeiro, que graduou o missionário Sérgio Luiz e sua esposa Mirian Souza, ambos missionários da Cristolândia, no Curso de Missiologia. O missionário, que viveu no mundo das drogas, crime e prostituição, teve sua vida transformada pelo evangelho e hoje experimenta uma nova vida com Cristo.

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