TCC - FAU-UnB - IMposto combustível, PROposto conexão: transformando o ordinário em extraordinário

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por: jÚLIA SOLLÉRO DE PAULA ORIENTAÇÃO: GABRIELA TENÓRIO

imposto combustÍVEL

PROPOSTO CONEXÃO TRANSFORMANDO O ORDINÁRIO EM EXTRAORDINÁRIO


O documento ora apresentado trata-se do produto final da disciplina de Diplomação em Projeto, Expressão e Representação, desenvolvido no âmbito da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU/ UNB). De autoria de

Júlia Solléro e orientação de

Gabriela Tenório dezembro, 2015


agradecimentos Agradeço imensamente a todos os professores e mestres que me ajudaram a trilhar esta longa caminhada até aqui, em especial às minhas queridas orientadoras Gabriela Tenório e Flaviana Lira, duas amigas que tornaram essa formatura possível. Agradeço aos colegas de trabalhos, bem como chefes e ídolos arquitetos que tenha esbarrado pelo caminho. Aos amigos valiosos que fiz ao longo destes anos, obrigada por tornar essa loucura mais fácil, mais leve e engraçada. Carrego comigo o desejo de que continuemos juntos independente da faculdade ou não. Agradeço à minha família e ao meu namorado por aguentar a ausência devido aos longos trabalhos e ao meu perfeccionismo, e pelo apoio sempre quando precisei. Agradeço a Deus, Alá, Buda, às boas energias, ao universo.


SumĂ RIO

1. 2. entenda o problema Pg. 09

bases

projetuais Pg.19

6


3.

conectar Pg.34 para transformar

rota dos

zebrinhas

Pg. 44 os postos das

superquadras

Pg. 64

os postos dos

eixinhos

Pg. 80

padronizaÇÃo

Pg. 100 7


8


1

entenda o problema

9


SÉC. XX “queremos ser modernos!”

De onde eles

VÊM ?

10

INDÚSTRIA

AUTOMOBILÍSTICA “I

sso porque o automóvel condensa em si duas propriedades fundamentais da sociedade moderna: o Auto e o mover-se. Isto é, o automóvel define-se como propriedade privada individual e móvel. Portanto, o suprassumo da mercadoria.” (Schor, 2008)

cONSTRUÇÃO DE

bRASÍLIA “A

ênfase dada ao eixo rodoviário-residencial é outra particularidade de Brasília; normalmente a escala generosa e a técnica impecável das autoestradas se detém às portas da cidade, diluindo-se numa trama de avenidas e ruas que se cruzam. Em Brasília, a autoestrada conduz ao próprio coração da cidade e prossegue de um extremo a outro nos dois sentidos, norte-sul e leste-oeste, sem perda de élan, porque a aplicação metropolitana da técnica rodoviária dispensa sinalização e garante o fluxo normal do tráfego urbano principal. Ao passo que nas quadras o motorista, advertido pela própria modalidade restritiva do acesso, reduz instintivamente a marcha e o carro se incorpora com naturalidade – por assim dizer, “domesticado” – à vida familiar cotidiana.” (Lucio Costa, O urbanista defende sua cidade, 1967)

A

o longo do século XX foi construído um projeto de nação brasileira que ambicionava o ingresso definitivo do país na modernidade. Dois acontecimentos foram fundamentais para levar a cabo esse processo: a implantação da indústria automobilística e a construção de Brasília, considerada a síntese do projeto de modernidade brasileiro. A nova capital do país foi erguida sob a ideologia do movimento modernista na arquitetura e urbanismo e do rodoviarismo, que prepararam a cidade para a circulação motorizada. A cidade moderna, e os automóveis que passaram a habitá-las, alteraram significativamente a relação homem-máquina e redimensionaram o espaço urbano ao redefinirem os conceitos de tempo-espaço e mobilidade no ambiente urbano. O automóvel transformou a arte de circular nas cidades, oferecendo novos contornos, abrindo novas possibilidades, expandindo as cidades e contribuindo para o desenvolvimento tecnológico. A arte de circular pelas cidades é ressignificada com a presença dos automóveis que alterou significativamente a relação do ser humano com o espaço urbano (WOMACK, 1992).


ESQUEMA GERAL DAS ÁREAS NÃO RESIDENCIAIS

1957

SETOR ESCOLAR JARDIM DE INFÂNCIA ESCOLA CLASSE ESCOLA PARQUE ESCOLA MÉDIA - 50.000m² SETOR ESPIRITUAL IGREJA CATÓLICA CONJUNTO PAROQUIAL SETOR HOSPITALAR HOSPITAL DISTRITAL 15.000m² 17.000m² SETOR RECREATIVO CINEMA - TEATRO CLUBE SOCIAL

1965

ÁREA P/ ESPORTES COMÉRCIO

O

CATEGORIA A, B, C SUPERMERCADO SERVIÇOS SUPER MERCADO E POSTO ABASTECIMENTO POLICIAL SAÚDE ASSISTÊNCIA SOCIAL POSTO GASOLINA

POSTO LAVAGEM

D

entre os componentes essenciais de um traçado urbano que desejava intitular-se moderno, estavam as rodovias, a ausência de cruzamentos, estacionamentos, garagens, e claro, os postos de combustíveis.A demarcação das áreas destinadas a postos de combustíveis existe desde os primeiros riscos de ordenamento da capital. Os documentos iniciais que visavam regulamentar as primeiras construções já apontam a locação destes, que até então eram divididos entre “Postos de Lavagem e Lubrificação”, sendo estes os que se localizavam nas Superquadras, e “Postos de Abastecimento de Gasolina”, situados ao longo do Eixo Rodoviário Residencial, os Eixinhos.

“O s mercadinhos, os açougues, as vendas, quitandas, casas de ferragens, etc.: na primeira

metade da faixa correspondente ao acesso de serviço; as barbearias, cabeleireiros, modistas, confeitarias, etc.: na primeira seção da faixa de acesso privativa dos automóveis e ônibus, onde se encontram igualmente os postos de serviço para venda de gasolina.” (Relatório do Plano Piloto, Lucio Costa, 1957)

documento acima se trata de uma Planta de Parcelamento do Posto de Lavagem e Lubrificação (PLL) da Superquadra 305 norte datada de 1965. Anteriormente para cada superquadra existiam não só um mas dois lotes com a mesma destinação. Lotes estes que eram espaçados em 40m um do outro e a 120m do posto da Superquadra seguinte. Como dito, inicialmente estes postosdas Superquadras seriam de uso exclusivo para Lavagem e Lubrificação, o que não causaria risco de periculosidade na teoria. Sabemos que na prática todos eles possuem igualmente o serviço de abastecimento de combustíveis, ou seja, caso os dois lotes fossem mantidos como tal o perigo de explosão em cadeia seria altíssimo. Para uma cidade tão jovem tudo parecia muito exagerado. Toda a imensidão de espaços e a falta de pessoas ainda não eram proporcionalmente compatíveis. Logo, seria muito complicado ainda julgar, dentre tudo o que estava sendo pensado e intensamente executado, o que se validaria e o que se tornaria obsoleto.

“N

ão se deve esquecer que Brasília é uma experiência urbana absolutamente singular –trata-se de uma cidade não só concebida, mas implantada desde o início como se já fosse adulta: a criança cresceu dentro de roupas grandes demais para ela.” (Maria Elisa Costa, 2009).

2 postos por superquadra

hoje:

1

deles É BEM DOMINIAL*

*Segundo a lei 275 de 1992

s nado m i t s e nÃo d al, ne “Bens vo em ger serviao po egados noas sim, empr Úblico, m cem À Ço p permane admique siÇÃo da ra dispo traÇÃo pao ou nis uer us ma qualqÇÃo na forar.” z a alien lei autori que a

11


ivan illich

E O QUE DIZEM

“m edidas paliativas como o alargamento de

oS

CRÍTICoS?

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Jane Jacobs

(1961) defende que a construção de lugares praticamente exclusivos para os automóveis levou ao deterioramento dos espaços públicos da cidade e acabou gerando espaços mortos de vida social no espaço urbano. Ainda em 1961, a autora expressou a questão da erosão da vida nas cidades dominadas pelo automóvel, em que mais e mais espaços são destinados para acomodar os automóveis. Para a autora, concreta-se cada vez mais os espaços das cidades e os direcionam para os automóveis, sem que isso leve ao cerne do problema urbano: a própria existência do automóvel nas cidades.

ruas, avenidas, pontes e viadutos nÃo resolvem o problema ocasionado, ao passo que os congestionamentos persistem e apenas muda-se o local em que iniciam.” JANE JACOBS

(1978) defende um uso racional do automóvel num estágio de maturidade tecnológica, onde o carro serviria apenas para viagens maiores. O autor critica ainda o planejamento urbano de arquitetos e urbanistas, que afirmam projetar cidades para os carros e para as pessoas, porém, a generalização dos carros é tamanha que esta distinção não faz sentido.


“t ransitar pelo espaÇo urbano É condiÇÃo indispensÁ-

guillermo giucci

(1978) defende que a questão do automóvel não deve ser colocada como sendo a morte da vida urbana nas cidades com alto índice de motorização, pois sustenta que a sociabilidade nas grandes metrópoles permanece e dificilmente vai desaparecer, mesmo com cada um se deslocando em seu carro; no entanto, afirma que tal sociabilidade tradicional ganha novas feições e é ressignificada em função da motorização da sociedade.

vel para a realizaÇÃo da sociedade em si, uma vez que o mover materializa o encontro e possibilita a interaÇÃo e as relaÕEs sociais, fazendo a sociedade cumprir o seu dever.” JAN gehl

Jan Gehl

(2010) diz que o principal reflexo nas cidades pautadas pelo uso do automóvel é a diminuição da qualidade de vida, que decai à medida que o ato de transitar pelo espaço urbano se transforma em desafio e compromete a cidadania urbana e até a própria existência da sociedade enquanto parte da cidade. Tal fato advém da dependência da sociedade do ato de circular e da locomoção em si dos grupos sociais, fazendo com que os deslocamentos pela cidade sejam apresentados como condição necessária para a sociabilidade e interação social.

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imagens que falam por si

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VIA DE SERVIÇO s2

Ao longo da via S2, que conecta os Anexos dos Ministérios, foram instaladas uma das primeiras estações de abastecimento de Brasília. São três delas, cada uma com 2 a 3 bombas, que atualmente se encontram em completo desuso. Pelo próprio formato das bombas vemos que o equipamento é muito antigo.

TOURING CLUB

A edificação tinha por finalidade, prestar serviços de assistência a automobilistas, incentivar a indústria automobilística local e abrir novas e confiáveis rodovias, funções estas que eram combinadas a um posto de combustíveis no nível térreo. Em 2000, a edificação foi abandonada à medida que os serviços que prestava passaram a ser feitos por órgãos governamentais. Atualmente, o edifício é alugado pelo GDF e parceiros, funcionando desde junho de 2014 como terminal para ônibus do entorno da Rodoviária de Brasília.


Eixinho - 208 sul

Os postos das Asas Sul e Norte ainda resistem, ainda que alguns funcionem com baixíssimo movimento. Constantemente um ou outro fecha as suas portas até que uma nova empresa assuma a direção. Um dos exemplos atuais é o posto da 208 sul localizado no eixinho. O tapume fecha os seus limites a pelo menos um ano, e não há nenhum informativo a respeito de uma possível reabertura.

SQN 306

No lugar onde um dia existiu um posto da Superquadra 306 Norte, hoje em dia encontra-se apenas terra, depósito ilegal de lixo e estacionamento irregular. Abandonado a mais de 4 anos, toda a sua estrutura foi removida, e ainda assim nunca se fez necessário a instalação de um novo posto no local. A ausência de um ou de outro posto nunca chega a ser um incômodo para a população usuária pois existe sempre um outro próximo que posssa suprir a sua falta.

SQN 315

Ainda neste ano, a tentativa de construção de um novo posto faltante na Superquadra 315 norte causou bastante impacto entre moradores. Eles se mobilizaram contra a sua instalação, cuja área atualmente é ocupada por um bosque composto por árvores, como mogno e pau-brasil e ficaria a 11 metros do Bloco E da Superquadra. Segundo uma reportagem de março de 2015 do site do Deputado Joe Valle, um dos argumentos é de que “já existe um posto de gasolina a menos de 300 metros da área, além de outros situados nas imediações, sem a necessidade de mais um posto de gasolina no local.” O caso chama a atenção pois alerta para o fato de que a própria população motorizada, ou seja, a categoria que se beneficia da instalação de postos de combustíveis, já se manisfesta contra a proliferação desenfreada destes equipamentos pela cidade.

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OS POSTOS DAS

Quando comparamos o número de postos de combustíveis da mesma área da Asa Sul, por exemplo, em relação a áreas centrais das principais capitais do Brasil e do mundo temos quadro comparativo a seguir. Perceba como, proporcionalmente, trata-se de regiões visivel-

CAPITAIS

mente mais adensadas e, no entanto, nenhuma das capitais tem valores equivalentes aos de Brasília. É notável também como que em capitais como Paris e Amsterdam o número de postos de combustíveis decai veritiginosamente, retrato principamente de uma mobilidade urbana eficiente, que reduz a dependência do transporte individual e, consequentemente, dos postos de combustíveis. combustíveis.

conjunto urbano tombado

BRASÍLIA

34

sÃO PAULO 21

RIO DE JANEIRO

16

18

os postos

das asas

Segundo levantamento de dados feitos através do cruzamento de informações de alguns sites de mapeamento urbano e visitas de campo in loco, hoje em dia são 34 postos na Asa Sul, para um total de 7.59 km²; 32 postos na Asa Norte para um total de 7.69 km²; e 28 postos em toda a área do Conjunto Urbano de Brasília (CUB), dispostos em 96.27 km² (descontando-se a área das Asas Sul e Norte), sendo 6 destes concentrados apenas no Setor de Postos e Motéis Sul (SPMS). Ou seja, nas Asas Sul e Norte temos aproximadamente 1 posto a cada 231.510 m², e no resto do CUB, temos 1 posto a cada 3.438.000 m², ou seja, uma proporção 15x maior. O mapa ilustra visualmente a situação.


SALVADOR

1 posto a cada

3.438.000 m²

14

1 posto a cada

231.510 m²

BELO HORIZONTE

15 > X

9

PARIS 5

AMSTERDAM 17

2


18


2

BASES PROJETUAIS

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3 PROBLEMAS QUE CLAMAM POR

SOLUÇÃO!

20


1

espaÇOS VAZIOS

PÚBLICOS

Brasília nasceu em uma época quando aumentar a relação entre a extensão do espaço aberto e do edificado, significava, para os urbanistas do período, liberar-se da subdivisão da propriedade como fator condicionante do desenho urbano e permitir-se uma maior liberdade compositiva. Significava também colocar em um nível pertinente o problema das distâncias entre os diferentes objetos arquitetônicos. Significava, poder ter em maior consideração as exigências higiênicas, a orientação dos edifícios, sua ventilação e iluminação, a vista para a paisagem circundante; dotando, com isso, a cidade de equipamentos e infraestrutura mais adequados (SECCHI, 2006). Logo, categorias usuais das cidades que seguem um modelo de crescimento compacto não se aplicam a Brasília. O vazio intersticial entre edificações não é residual, e, sim, “vazio de projeto” (LEITÃO, 2009). Os espaços urbanos, amplos e, quando não devidamente ocupados, são entendidos como vazios. Consequentemente, não conseguem ser suficientemente atrativos. As distâncias muito longas e sem pontos de distração não são convidativas. Segundo Secchi (2007), espaços novos como os shoppings centers trataram de reproduzir o espaço de socialização das cidades pequenas, revelando uma certa nostalgia do que anteriormente era somente o espaço público quem oferecia. Consequentemente, com a queda da função social do urbanismo, o esvaziamento se tornou muito evidente. Somado a tais características atípicas de uma nova cidade, ao longo dos anos, na ausência de lugares conhecidos e de fácil apreensão de socialização, originou-se uma progressiva privatização do próprio estilo de vida, ajudados até mesmo pelos novos objetos tecnológicos, como celulares e a internet, e principalmente pelo uso do automóvel, objeto que privatiza inclusive o deslocamento na cidade (SECCHI, 2007), geralmente o período em você é “obrigado” a lidar com a urbanidade. A velocidade de todo o processo de implantação da capital, e as consequentes lacunas de planejamento urbano que foram sendo negligenciadas, somada a todos os imprevistos que somente se tornariam evidentes a partir do momento que a cidade já estivesse proporcionalmente habitada, são algumas das hipóteses que são levantadas acerca do esvaziamento do espaço público de Brasília.

privatizaÇÃO DO ESTILO DE VIDA FUNÇÃO SOCIAL DO

ESPAÇO PÚBLICO ESVAZIAMENTO

URBANO 21


2000

2 MENOS CARRO 2.051.146

É

mAIS!

2015

599.454

2.927.805 x1.5

1.637.005

3.5

x

1 22

1,78

“A o sair de casa, o sujeito deve ser levado a repensar o

A dependência do carro é uma realidade em Brasília, impulsionada pelo péssimo transporte coletivo, pelas longas distâncias e pelos incentivos à compra de automóvel. A frota de veículos – de cerca de 1 milhão e 600 mil (set. de 2015) – cresce continuamente e boa parte dos carros transporta apenas o próprio motorista. Enquanto que, em 15 anos a população do DF aumentou 50%, o número de veículos aumentou 175%, o que gera uma proporção de menos de 2 pessoas por carro!

ato automÁtico de pegar a chave e tirar o carro da garagem. Deve ter que avaliar e tomar a decisÃo: estresse e congestionamento ou bem-estar e caminho livre. Obviamente, hÁ que se oferecer serviÇo pÚblico de qualidade, que significa conforto, agilidade, pontualidade e seguranÇa.”

Os dados revelam o descompasso entre os gastos com o transporte individual motorizado e os investimentos no transporte coletivo. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Distrito Federal gastou, de 2001 a 2010, R$ 774,5 milhões em obras de duplicação de rodovias, construção de viadutos e pavimentação, valor quatro vezes superior aos recursos destinados ao metrô. Segundo o estudo intitulado “Imobilidade e Contradições de Brasília” (2013), de Uirá Lourenço (ex-presidente da ONG Rodas da Paz), além de ser uma das poucas capitais sem estacionamento rotativo pago (motoristas estacionam gratuitamente nas vagas públicas), muitos estacionamentos informais são criados. Áreas públicas com potencial para atividades de lazer transformam-se em espaços privados, para estacionamento. E o estacionamento irregular faz parte da cultura brasiliense: estaciona-se em locais proibidos, sobre calçadas, em frente a pontos de ônibus, e bloqueando ciclovias e rampas de acessibilidade. A necessária mudança de modelo de transporte vai além de infraestrutura, trata-se de mudança de paradigma, que envolve mudanças culturais. No foco do novo paradigma entram as opções coletivas e saudáveis de locomoção (integradas entre si), incluindo, além das caminhadas e pedaladas, as formas lúdicas como skate, patins e patinete (LOURENÇO, 2013).

UIRÁ LOURENÇO, 2013

“Aaquela cidade avanÇada nÃo É onde os pobres

andam de carro e, sim, a cidade em que os ricos usam transporte pÚblico.” ENRIQUE PEÑALOSA, 2012


o lixo do Lixo 1,5

quilo Lixo produzido a cada dia pelo brasiliense (a média nacional é de 1,04 kg)

160 reais

Taxa anual média paga pelo brasiliense para financiar a limpexa pública.

3

Mas porque justo o

LiXO ?

Dentre tantos outros problemas que poderiam ser listados em relação à dinâmica de nossa cidade, esse terceiro salta aos olhos, exatamente por nunca ser tão intensamente divulgado e discutido: o lixo. Os dados são chocantes. O Brasil é a terceira nação do planeta que mais acumula lixo. São 189,2 toneladas de sobras por dia, perdendo somente para a China e os Estados Unidos. Brasília lidera o ranking com os piores índices do lixo no país. O lixão da Estrutural, é o maior da América Latina. Em Brasília, 65,8% de tudo o que é rejeitado toma um rumo descabido do ponto de vista da sustentabilidade. “Na capital do país, que deveria dar o exemplo, ainda falta toda uma rede de infraestrutura por parte do governo, além de mais consciência ambiental da sociedade”, considera o presidente da Associação Brasileira

de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho. Aprovada em 2 de agosto de 2010, a Lei Federal 12305 prevê, entre outras medidas, que as cidades teriam quatro anos para acabar com os lixões a céu aberto. Mas o que se vê a 10 quilômetros do Congresso Nacional, onde essa legislação foi debatida durante duas décadas, é uma imagem desalentadora. Urubus e catadores ainda lutam pela sobrevivência nas montanhas de sobras descartadas pela população com a maior renda per capita do país. “Eles vivem em situação subumana. Muitos se machucam, adoecem e até morrem. São invisíveis para a sociedade e para o Estado”, afirma o procurador Valdir Pereira da Silva.

65% Sobras que são despejadas em locais inadequados.

8,3% Índice de reciclagem da coleta seletiva

4.326 toneladas

Quantidade d e resíduos acumulados a cada 24h.

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tendÊNCIAS

URBANAS Para entender as novas exigências das cidades e quais delas se aplicam à nossa realidade e ao espaço que temos disponível para trabalhar, ressalta-se 2 tendências contemporâneas muito claras do planejamento urbano que ganham força em todo o mundo, inclusive no Brasil: a decadência de grandes estruturas rodoviárias e o urbanismo tático, que representam mudanças significativas que vivemos hoje na transformação do desenho urbano e novas respostas e demandas que as populações procuram encontrar no espaço público, respectivamente em macro e em microescala.

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DECADÊNCIA DE GRANDES ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS

Forte característica da estrutura urbana das cidades dos Estados Unidos, os grandes equipamentos rodoviários, como viadutos e elevados, tornaram-se febre nos anos 50, auge da indústria automobilística.

Harbor Drive, Portland, OR, Eua, 1978

Essas novas estruturas, que foram sendo replicadas no mundo todo, absorvem um volume significativo de tráfego e contribuem para o crescimento econômico, mas por outro lado degradam áreas importantes das cidades, ameaçam bairros de valor histórico e concentram a poluição atmosférica nas áreas mais densamente ocupadas, ameaçando a saúde das pessoas e provocando uma série de outros problemas. Milhares de quilômetros de rodovias urbanas foram sendo construídos no mundo inteiro e muitos estão agora próximos à obsolescência funcional. Algumas estão sendo demolidas, enterradas a um alto custo ou transformadas em boulevards. Dentre as vantagens principais está a supressão do alto custo de manutenção, grande revitalização econômica e melhores soluções de mobilidade urbana coletiva. Na medida em que as cidades do mundo todo tentam resolver os problemas de congestionamento, crescimento desordenado e declínio urba-

Cheonggyecheon, Seul, Coreia do Sul, 2003

O Parque MinhocÃo, SÃo Paulo, Brasil


O urbanismo tÁtico Hoje em dia o urbanismo consegue englobar não só obras monumentais de reestruturação das cidades mas também as pequenas atitudes, onde os protagonistas são mais uma vez os próprios cidadãos comuns, que são capazes de se tornar propulsores de mudanças maiores e mais profundas na urbe, através do chamado urbanismo tático. O termo tático se mostra adequado na medida em que estamos falando de atitudes desviacionistas que não necessariamente obedecem à lei do lugar (CERTEAU, 1998). As táticas são procedimentos que se originam pela pertinência do instante preciso de uma intervenção transformada em situação favorável pela rapidez de movimentos que mudam a organização do espaço (CERTEAU, 1998). E tudo isso porque cidades – e megacidades em particular – se tornaram extremamente complexas para serem governadas apenas por políticos. Hoje em dia, políticas urbanas de sucesso são amplamente baseadas em alianças temporárias, criadas para solucionar desafios pontuais (LYDON, 2015). Partindo do princípio de que a tensão existente entre governantes e governados pode e deve ser quebrada para que possamos disfrutar de respostas mais rápidas e eficientes que atendam às reais expectativas dos cidadãos, esse novo conceito de urbanismo ganha força no mundo todo.

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os POSTOS como referÊncia Além das tendências já ressaltadas no âmbito urbano acerca de uma certa dinamização no modo de fazer cidade, ao analisar a maneira como alguns postos de combustíveis têm sido pensados atualmente, outro caminho muito definido é revelado: a versatilidade. Atualmente, espaços que possuem diversidade de funções conseguem responder mais adequadamente às necessidades de seus usuários, e isso inclui os postos de gasolina. A outra tendência é a sustentabilidade, no entanto, ainda muito disfarçada em soluções paliativas que se dizem sustentáveis mas na realidade não o são. Como arquitetos e urbanistas temos este papel de não trazer a carga do senso comum para qualquer projeto que seja. Versatilidade e Sustentabilidade, mais dois fatores importantíssimos que devem ser valorizados e trazidos para o cerne de nossa cidade.

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POSTO ECOEFICIENTE

Em 2009, a Rede Ipiranga criou uma nova linha de postos intitulada Posto Ecoeficiente. Estas unidades produzem a própria energia que consomem por meio da captação solar, coletam e reutilizam a água da chuva e da lavagem. A ecoeficiência é também

pensada desde a construção/reforma do posto. Utiliza-se o Sistema Light Steel Framing na edificação, sistema modular com estrutura em aço 100% reciclável, gerando a redução de 40% de resíduos na construção, redução de 80% de utilização de concreto e aumento em 50% no tempo de entrega da obra. Além disso, os tanques de armazenamento de combustível são executados com paredes duplas, tubulações subterrâneas resistentes e caixas coletoras de água acumulada na pista. Kits de proteção ambiental com material absorvente ficam acessíveis na pista de abastecimentopara caso ocorra um pequeno vazamento.

ELETROPOSTO Seguindo os mesmos padrões do Posto

Ecoeficiente Ipiranga, o Posto do Futuro da Petrobras BR conta ainda com um diferencial: o Eletroposto. Inaugurado em 2009 no Rio de Janeiro, o posto possui um ponto de recarga elétrica rápida, cuja energia é gerada por painéis solares fotovoltaicos para abastecimento de veículos elétricos e híbridos da região. A recarga de 80% da bateria dura cerca de 20 minutos. O posto abastece a frota de aproximadamente 300 veículos elétricos do Estado, e disponibiliza ainda um conjunto de baterias carregadas de substituição rápida para scooters elétricas. Os proprietários das scooters precisam somente remover as baterias descarregadas e substituí-las por um conjunto carregado disponível no posto.


BrasÍLIA, 503 norte, 1965

BrasÍLIA, 302 norte

geÓRGIA, 2013

EUA, 1950

27

California, 2007


72 postos 4 nÃO CONSTRUÍDOS

2 fechados

alguns dados interessantes

Nas Asas seriam 72 postos no total, no entanto, 4 deles não chegaram a ser construídos: 111 sul; 412 e 413 norte, que formam atualmente o Parque Olhos d’Água; e 315 norte. Além disso, dois deles, como já dito anteriormente, se encontram completamente desativados. O da 208 sul possui um tapume fechando suas instalações ainda visíveis, já o da 306 norte encontra-se completamente devastado, sendo utilizado como estacionamento de carros.

o que diz a lei? Segundo dados da Câmara dos Deputados, está tramitando em caráter conclusivo no Senado, o Projeto de Lei Federal 866/11 que trata detalhadamente da construção e de reformas dos postos revendedores de combustíveis, estabelecendo distâncias mínimas e regulamentando as medidas de segurança necessárias. Atualmente, o documento legislador vigente é a Resolução nº 273 de 2000 do CONAMA, que determina apenas que deve-se assinalar tudo que existe nas adjacências de um raio de 100 metros do local de instalação do futuro posto, contra os 2000m estabelecidos pela nova lei. Nas Asas, a distância entre eles chega a ser menor do que 200m.

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A atividade dos postos é considerada geradora de perigo, pois acarreta em alto risco de explosões. A questão ambiental é igualmente relevante, como a poluição aérea e a contaminação de lençóis freáticos.

40 postos, ou seja, 60% deles, têm o serviço de troca de óleo e quase todos eles vendem óleos lubrificantes, o que obriga-os a encontrar a destinação adequada para este tipo de líquido que não pode ser misturado ao lixo comum. Naqueles que são terceirizados uma empresa é responsável pela coleta especializada. Será que não era o caso de agregar a isso a coleta seletiva dos óleos de cozinha da vizinhança, e daqueles usuários passantes que o desejem, que na maioria das vezes são descartados de maneira inadequada?

O serviço de lavagem de carros demanda uma espera mais prolongada no local, cerca de 15 a 20 minutos, o que faz com que em pelo menos 8 unidades, das 46 que oferecem o serviço, exista um espaço considerável dedicado à espera de clientes, contando em alguns casos até com sofás e televisão e wifi.

69.7% das unidades, ou seja 46 delas, possuem o serviço de lavagem de carro, seja terceirizado ou não, sendo que em 8 unidades o serviço é de Ecolavagem, Biolavagem, ou Lavagem a Seco, que se utiliza de produtos biodegradáveis e um gasto de água por lavagem de 200ml contra os usuais 10 litros usuais.

sebo no posto O posto da 208 norte possui um armário timidamente posicionado ao lado da loja de conveniência intitulado “Sebo no Posto”. As pessoas podem pegar emprestado, doar ou trocar livros.


BIBLIOTECAS DO SABER A Rede Cascol Combustíveis trabalha com o projeto Bibliotecas do Saber. Surgido em 2007, o objetivo é usar os seus 91 postos como pontos de coleta de livros, usados ou não, para bibliotecas em comunidades carentes construídas ou reformadas pela própria empresa e denominadas Casa do Saber. Segundo o site do projeto 153 unidades já foram inauguradas, sendo a última em dezembro de 2014. No posto Cascol da 406 Sul fica a triagem da qualidade e utilidade dos livros, separação e catalogação feita por bibliotecários voluntários, e é dali que acontece a distribuição do material selecionado. São 13 postos na Asa Sul e 10 postos na Asa Norte que recebem as doações. Este fato revela a partir da realidade como que, quando funcionando na forma de uma rede conectada de serviços, as ações propostas em cada um destes espaços podem ser potencializadas.

os pontos dos zebrinhas Adjacentes aos postos de combustíveis das Superquadras, ao longo das vias L1 e W1 tanto norte quanto sul, existem alguns pontos de ônibus remanescentes que atendiam às rotas dos micro-ônibus carinhosamente conhecidos como Zebrinhas, que anteriormente faziam parte do Sistema do Serviço Especial de Vizinhança. O programa tinha este nome pois convidava o brasiliense a deixar o carro em casa e circular pelo Plano Piloto pagando uma passagem que era quase o dobro da cobrada pelo ônibus convencional. (Correio Braziliense, 2009). No fim de 2013, o governo apresentou o modelo que o substituiria. E, no mesmo ano, após a licitação do Sistema de Transporte Público Coletivo, o serviço foi extinto nas quadras 100/300 e 200/400, deixando os pontos abandonados. Quando ainda estavam em funcionamento, muitas vezes eram os próprios postos de combustíveis que serviam de terminal para motoristas e passageiros como neste depoimento de Eduardo Ferrari, fiscal que tralhava no Posto Policial ao lado do ponto de ônibus da 216 sul: “Eles têm que parar o ônibus em algum lugar, normalmente em postos de gasolina” (Correio Braziliense, 2009).

29


atividades do

eixÃO

30

ESPAÇOS DE ESTAR ADAPTADOS


diversÃO PARA CRIANÇAS

31

esportes variados


32

EVENTOS


33

OS POSTOS COMO APOIO


34


3

CONECTAR PARA TRANSFORMAR

35


Transformar o ordinário em EXTRAordinário; Para ser extraordinário, estes espaços precisam deixar de ser invisíveis. Para deixar de ser invisíveis eles precisam de pessoas. E pessoas de todos os tipos: idosos, crianças, pobres , ricos, funkeiros, hippies, etc. Para que atraiam pessoas, devem atender a duas funções básicas: como espaço público, deve ser um espaço que sirva ao cumprimento da função social da cidade, e como equipamento urbano deve ser suporte físico à infraestrutura da mesma, compondo uma REDE DE CONEXÃO com a cidade.

QUAL É O OBJETIVO?

Enquanto CONECTOR não pode continuar sendo espaço exclusivo para apenas um tipo de atividade ou grupo de pessoas. A DIVERSIFICAÇÃO DE MODAIS e a preponderância do transporte público em detrimento do transporte individual devem ser prioritários. A intenção é de que o projeto não seja mera réplica, copiado em diferentes pontos. É preciso identificar, a partir da vivência dos próprios habitantes, de suas atitudes e fatos já consolidados, qual é a demanda para estes espaços.

A ponto de partida é CONECTAR: pessoas, mobilidade urbana, cidade.

36


M u ito po sto

c on jun to ur b a n o

+

tombad o

+

c idade para

=

infogrÁFICO coleta

seletiva

se rviços

mobilidade

ENE RGIA

REUSO

u rb a na

sOLAR

DE ÁG UA

+

CONEXÃO

LA ZE R

=

BASE

PARTI CI PAÇÃ O

37


MAPA DE USOS Esc.: 1/20.000 LEGENDA

38

USO RESIDENCIAL COMÉRCIO LAZER USO INSTITUCIONAL USO MISTO ÁREAS VERDES DESOCUPADAS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS


CONTEXTO

URBANO Por se tratar de uma área de projeto muito extensa com diversas particularidades, a análise inicial leva em consideração primeiramente o contexto urbano em que os postos estão inseridos por meio de dois grandes mapeamentos: o mapa de usos e o mapa de modais.

AnÁLISE DE USOS A análise da configuração do contexto urbano em que os postos estão inseridos revela claramente a distinção entre duas catego-

rias: eixinhos e superquadras.

Os postos do eixinhos são áreas da cidade pouco acessíveis para pedestres pois são circundados apenas por vias que não possuem travessia em nível, o Eixo Rodoviário e os Eixos Rodoviários Residenciais. Tais vias funcionam quase como uma barreira, repelindo o seu uso até mesmo pelos moradores das áreas residenciais adjacentes. Quanto aos postos das superquadras, verifica-se um entorno muito rico de funções, mescladas entre áreas residenciais, áreas comerciais, áreas verdes e áreas institucionais como igrejas e edifícios públicos. 39


MAPA DE MODAIS Esc.: 1/20.000 LEGENDA pontos de tÁXI PONTO DE BIKE ITAU CICLOVIAS PONTO DE ACESSO AO METRÔ PASSAGEM SUBTERRÂNEA + METRÔ ROTA DE ÔNIBUS PONTOS DE ÔNIBUS e raio de 300M PONTOS DOS ZEBRINHAS DESATIVADOS PASSAGEM SUBTERRÂNEA DE PEDESTRES POSTOS DE COMBUSTÍVEIS 40

ÁREAS RESIDENCIAIS


ANÁLISE DE modais Em relação à configuração das formas de deslocamento na cidade que compõem o entorno dos postos igualmente revela-se duas gran-

des categorias distintas: eixinhos e superquadras.

Os eixinhos são vias significativa para o transporte urbano, sendo rota de várias linhas de ônibus da cidade. No entanto, existe certa distinção entre a Asa Sul e a Asa Norte, principalmente porque na Asa Sul tem-se acesso ao metro, que é integrado às paradas de ônibus. Já na Asa Norte, as paradas de ônibus se localizam apenas nas vias adjacentes às superquadras, ou seja, opostas aos postos. Além disso, por não existir tratamento para a circulação de pessoas ao longo dos eixos, os postos são como pequenas ilhas dispostas ao longo do canteiro central. Em relação aos postos das superquadras, note como existe um vácuo em relação ao transporte público exatamente aonde se localizam os postos, nas vias L1 e W1, fator este ressaltado quando assinala-se o raio de 300m dos pontos de ônibus existentes. Tal fator favorece a proposição da volta da rota dos zebrinhas entre os postos das superquadras. Esta rota se utilizaria dos pontos de ônibus ainda hoje existentes da extinta rota dos zebrinhas, além dos postos como novos pontos de parada. A nova rota favorece inclusive o deslocamento de pessoas dentro do Plano Piloto. Aproximadamente 90% das pessoas que moram, trabalham no Plano Piloto, além de 96% estudar no mesmo. Ou seja, o deslocamento entre as Asas e a área central é muito demandado, e pode ser melhor servido pelos diferentes modais de deslocamento. 41


estruturaÇÃO DO

PROJETO Após a análise da dimensão do projeto na macroescala foi possível desenvolver a estruturação de como se daria a proposição de novos usos bem como a forma como seriam implantados.

vANTAGEM

Inserido em uma malha urbana diversificada, e por isso pode ter a capacidade de atrair pessoas de formas variadas e apoiar a dinâmica da cidade.

como potencializar ?

Tendência a perder aos poucos sua função exclusiva para carros e ir adquirindo aos poucos a inserção de novos serviços e atividades que conectem mais a cidade e os cidadãos. 42

2 CATEGORIAS DE POSTOS

SUPERQUADRAS

desvantagem

Os residentes do Plano Piloto usam o carro como principal meio de locomoção. Geralmente o fazen para trajetos curtos, dentro do próprio Plano Piloto, o que ocorre pois, ainda que morem próximo a eixos importantes de transporte público, o serviço não é eficiente e demanda sempre mais tempo em comparação com o carro.

soluÇÃO

Proposição da volta da Rota dos Zebrinhas com novos pontos de parada nos postos, visando facilitar e desafogar deslocamentos diários para o trabalho ou para a escola, além dos deslocamentos para as comercias. Além disso, foca-se na diversificação de modais, oferecendo bicicletas e carros compartilhados.

EIXINHOS

vANTAGEM

São marcos referenciais ao longo da homogeneidade dos Eixos Rodoviários e pontos de apoio direto para o Eixão do Lazer, que ocorre todos os domingos.

como potencializar

Fortalecendo sua identidade visual e proporcionando maior abertura e variedade de serviços para os usuários do eixão do lazer.

desvantagem

Por serem acessíveis ao pedestre apenas por passagens subterrâneas, tais espaços não são muito utilizados diariamente, a não ser pelo carro.

soluÇÃO

A função de abastecimento não é desativada em tais postos devido à sua restrita relação com os veículos motorizados. Neste caso, os postos dos eixinhos servem também como medida compensatória da supressão dos postos das superquadras.


pOSTOS DAS eixinhos

Instalação dos pontos dos zebrinhas: utilizar o próprio zebrinha; Compartilhamento de carros; Redução para a metade da capacidade de abastecimento; Bicicletas compartilhadas; Banheiros públicos; Portas e acessos voltados para pessoas; Coleta seletiva ; Captação de energia solar e reuso de água; WiFi;

Organização de fluxos internos para que pedestres e veículos se cruzem minimamente; Portas e acessos voltados para pessoas; Instalação opcional de bicicletas compartilhadas; Coleta seletiva; Captação de energia solar e reuso de água; WiFi;

Extinção por completo do serviço de abastecimento de combustível, apenas abastecimento elétrico é permitido.

implantaÇÃO

FASE 2

Veículo elétrico para rota de zebrinhas; Compartilhamento de carros elétricos; Cobrança por estacionamento nas comerciais; Elevação em nível nas vias L1/W1; Retirada completa de muros;

Análise da sobrecarga ou não dos postos dos eixinhos e possível expansão de sua capacidade de abastecimento; Metade da capacidade de abastecimento deve ser para carros elétricos; Espaços de estar generosos; Proposição de novas atividades;

Fases de FASE 1

pOSTOS DAS SUPERQUADRAS

Por se tratar de um projeto inovador, que envolve por um lado, a construção de uma nova consciência em relação ao modo como os brasilienses têm usufruído da cidade e sua dependência exagerada do carro, a implantação do projeto é proposta em duas fases. Dessa forma é possível acostumar as pessoas com as novas tecnologias e serviços, e em um segundo momento reavaliar o modo como tal ocupação ocorreu em um primeiro momento, de modo que um segundo momento permita a reavalização e a potencialização de propostas.

43


44


rotas dos zebrinhas Por influenciarem diretamente no projeto dos postos, principalmente os das superquadras, a rota dos zebrinha foi a primeira coisa a ser pensada. O deslocamento diĂĄrio de pessoas que usam o carro como meio de transporte dentro do Plano Piloto ĂŠ muito demandado. Cerca de 90% das pessoas que trabalham no Plano Piloto, moram no plano piloto, e cerca de 96% das pessoas que estudam no Plano Piloto, moram no Plano Piloto. Ou seja, a nova rota propĂľe-se tanto como um deslocamento interno de pessoas entre superquadras e comerciais, quanto um deslocamento funcional entre as asas e a zona central.

45


rota 1

Comerciais A rota 1 visa atender ao deslocamento interno de pessoas entre superquadras e comerciais, com o intuito de desafogar o enorme volume de carros que atualmente circula dentro do Plano Piloto para deslocamentos curtos.

ITINERÁRIO ida Posto terminal

LEGENDA postOS NOVAS PARADAS E O RESPECTIVO RAIO DE ALCANCE DE 300M ÁREAS RESIDENCIAIS ÁREAS COMERCIAIS ÁREA DE PRESERVAÇÃO 46

VOLTA Posto terminal


rota 2 CIRCULAR

A rota 2 é mais rápida, visando atender ao deslocamento diário casa/trabalho/estudo, que representa cerca de 93% dos deslocamentos diários dentro do Plano Piloto.

ITINERÁRIO

Sentido 1 (horÁRIO)

Posto terminal

Sentido 2

(ANTI HORÁRIO)

Posto terminal

47


pontos de parada das

comerciais

CLS 100

via w1 CLN 100

legenda Paradas propostas bLOCOS DAS COMERCIAIS

As paradas nas comerciais devem seguir diferentes formas de implantação de acordo com os padrões que se repetem em cada uma delas.

eixinho

Nas comerciais 100 as paradas devem ser sempre nas passagens entreblocos mais próximas ao Eixo Rodoviário Residencial (Eixinho). No caso da Asa Sul as passagens entreblocos se encontram desobstruídas, no caso da Asa Norte deve ocorrer a desocupação de vagas de carro, como no diagrama da página seguinte.

CLS 200 48

CLS 102

CLN 200

via l1


Tipologia de PARADA da

Asa NORTE

Como na Asa Norte algumas passagens entre blocos são obstruídas por vagas de carro, a orientação é de que se retorne à situação inicial com a supressão das mesmas.

Tipologia de PARADA da

Asa Sul

Na Asa Sul o espaço de passagem entre blocos não foi suprimido mas muitas vezes é usado como estacionamento, o que não poderá ocorrer a partir da instalação das paradas.

49


PASSAGENS

W1 E L1

Para que sejam eficientes, rápidas e apresentem maiores vantagens em relação ao transporte individual, a intenção é de que tais rotas possam contornar os lotes das entrequadras 100/300 e 200/400. A via para passagem do zebrinha deve ser única para ida e volta dos ônibus, impedindo o trafego de carros, e largas o suficiente para o compartilhamento com pessoas e bicicletas, resultando em travessias de

312/112 sul

212/412 sul

308/108 sul

208/408 sul

308/108 norte

304/104 sul

204/404 norte 208/408 norte 212/412 norte

204/104 sul

TIPO 1 50

aproximadamente 4,20m de largura. Para maior detalhamento de como se daria tal travessia, as 10 passagens foram divididas em 3 tipos de contexto urbano que se repetem ao longo das Asas Norte e Sul. Posteriormente foi detalhada a situação mais complicada em relação a desníveis, implantação ou entorno configurante. Desta forma tais projetos podem servir de base para os demais.

TIPO 2

TIPO 3


sqs

sqs

O tipo 1 acontece nas passagens onde ainda nao ocorreu a instalação de ciclovias, ou seja, atualmente os terrenos são apenas circundados por calçadas.

312

112

sqs

sqs

sqs

CALÇADA + TIPO 1 calÇADA

304

104

308

LEGENDA postOS sqs

EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS 108

Passagem a ser detalhada pois é parte integrante da Unidade de Vizinhança.

EDIFÍCIOS INSTITUCIONAIS ESTACIONAMENTOS CALÇADAS 51


planta EQS 308/108 -ANTES esc. 1/500

Legenda edificaÇÕES

Sqs

Sqs 52

108

CALÇADA EXISTENTE

308


planta EQs 308/108 - DEPOIS A

esc. 1/500

Legenda edificaÇÕES PONTO DE ÔNIBUS rOTA ZEBRINHA

Sqs

cICLOVIA PROPOSTA

308

CALÇADA EXISTENTE

A

Totens retráteis para o controle da entrada de carros. Uma vez abaixados, alertam para o veículo do outro lado da passagem de que é preciso aguardar.

Sqs

212 53


Pista compartilhada: zebrinha + calรงada

eqS 108/308

SQS 108

CORTE AA - Eqs 412/212 0 2

54

Ciclovia proposta

5

10

SQS 308


sqs

sqs

O tipo 2 acontece nas passagens onde já foram implantadas ciclovias compartilhadas com pedestres em um dos lados. A via do zebrinha deve ser implantada sempre no lado oposto ao da ciclovia.

212

412

ciclovia + TIPO 2 calÇADA

Passagem a ser detalhada pois é a mais estreita para a passagem do veículo.

sqs

204

04

2 sqn

LEGENDA postOS EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS EDIFÍCIOS INSTITUCIONAIS

sqs

404

4

40 n q s

ESTACIONAMENTOS CALÇADAS CICLOVIA Via compartilhada: calÇADA+CICLOVIA

55


Sqs

planta EQs 412/212 esc. 1/500

Legenda edificaÇÕES cICLOVIA EXISTENTE CALÇADA EXISTENTE

56

Antes

Sqs

412

212


A

Sqs

planta EQs 412/212 -

A

esc. 1/500

DEPOIS

Sqs

212

412

Legenda edificaÇÕES PONTO DE ÔNIBUS rOTA ZEBRINHA cICLOVIA EXISTENTE CALÇADA EXISTENTE

57


Pista compartilhada: zebrinha + calรงada

eqS 412/212

SQS 412

CORTE AA - Eqs 412/212 0 2

58

Ciclovia compartilhada

5

10

SQS 212


O tipo 3 é aquele que possui calçada e ciclovia em um dos lados, e calçada do outro. O lado para implantação da via deve ser sempre aquele oposto ao da ciclovia.

08

TIPO 3

ciclovia + calÇada

+ calÇADA

3 N Q S

8 0 1 N

SQ

12 2 N

SQ SQS

208

SQN LEGENDA postOS

SQS

12 4 N

208

SQ

40

8

EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS EDIFÍCIOS INSTITUCIONAIS ESTACIONAMENTOS

8

SQ

0 N4

Passagem a ser detalhada pois é a que apresenta maior desnível entre as duas Superquadras.

CALÇADAS ciclovias

59


planta EQN 412/212 -ANTES esc. 1/500

Legenda edificaÇÕES cICLOVIA EXISTENTE CALÇADA EXISTENTE

12 2 N

Sq

12 4 N

Sq 60


planta EQN 412/212 -DEPOIS esc. 1/500

A

Legenda edificaÇÕES PONTO DE ÔNIBUS rOTA ZEBRINHA cICLOVIA EXISTENTE CALÇADA EXISTENTE

12 2 N

12 4 N

A

Sq

Sq

61


Pista compartilhada: zebrinha + ciclovia

eqn 412/212

SQN 412

CORTE AA - Eqn 412/212 0 2

62

Desnível de 5m em relação à SQN 412

Ponto de ônibus

5

10

SQN 212


veÍCULOS

MENOS É MAIS ! zebrinha

Fase 1

Em um primeiro momento, o veículo a ser utilizado para a rota volta a ser o zebrinha que já era utilizado normalmente.

ELÉTRICO

Fase 2 Em um segundo momento o veículo deve ser substituído por um microônibus movido a energia elétrica. A sugestão é a do Tecnobus Gulliver U530 ESP. Veículo compacto, silencioso e não poluente.

FICHA TÉCNICA Capacidade: 22 em pé - 8 sentadas 30 +1 no total Largura: 2,03m Comprimento: 5,32m Autonomia: 150km Velocidade: 34km/h Elétrico ou Hibrido

63


64


OS POSTOS DAS

SUPEQUADRAS

Por estarem inseridos em um contexto urbano rico e variado, os postos das superquadras têm fortes tendêcias a atrair pessoas tanto residentes das superquadras, usuários das comerciais, quanto aqueles que apenas cruzam os principais eixos de transporte público: W3-Eixos-L2. Por isso, tais postos são entendidos como pontos de apoio para as necessidades diárias dos cidadãos, principalmente muito voltado para a mobilidade urbana e facilitação de serviços e necessidades diárias.

65


POSTO 302

POSTO 310

POSTO 303

POSTO 311

POSTO 305

POSTO 306

POSTO 313

POSTO 309

POSTO 314

POSTO 315

315

tipologias SQ-Posto-SQ Posto centralizado entre dois prédios das Superquadras; A porção construída do posto fica em uma das laterais do lote;

POSTO 307

os tipos

314 313 311

415 414 413

Posto centralizado entre dois prédios duas Superquadras; A porção construída do posto fica centralizada no lote.

411

410

Os postos das superquadras estão inseridos em contextos urbanos diversos bem como implantados no lote de forma diferente. Como não 310 pretende-se o desenvolvimento de um projeto ideal, mas sim a sugestão 309 de padrões de uso e ocupação, os postos das superquadras foram 307 assim catego306 rizados: 3 05

409

Posto centralizado entre um estacionamento e um prédio das Superquadras; A porção construída do posto fica em uma das laterais do lote.

303

407 406

405 403

POSTO 403

66

POSTO 410

POSTO 405

POSTO 406

POSTO 407

POSTO 409

POSTO 411

POSTO 413

POSTO 414

POSTO 415

302


POSTO 302

POSTO 303

POSTO 305

POSTO 306

POSTO 307

POSTO 309

POSTO 310

POSTO 311

POSTO 313

POSTO 314

314

tipologias SQ-posto-CL

313 311

415

310 309

305

302

306

307

Posto próximo ao Comércio Local e à faixa de pedestres; A porção construída do posto fica na lateral do lote e do lado oposto ao Comércio Local. Posto próximo ao Comércio Local, à faixa de pedestres e ao estacionamento da Superquadra.

411 410 9

40

303

Posto próximo ao Comércio Local e à faixa de pedestres; A porção construída do posto fica na lateral do lote, voltada para o Comércio Local.

7

40

406 405

403

POSTO 403

POSTO 405

POSTO 406

POSTO 407

POSTO 409

parque olhos d’Água

POSTO 410

POSTO 411

POSTO 413

POSTO 414

67

POSTO 415


PADRÕES

1. quanto À DESATIVAÇÃO DE BOMBAS:

PROJETUAIS

Os muros devem ser demolidos durante a 2ª fase de implantação do projeto.

O sentido de desativação das bombas de abastecimento deve ocorrer sempre a partir daquelas mais próximas da edificação de serviços. 68

2. quanto À definIÇÃO DE ACESSOS:

No caso de acessos por meio de estacionamentos, algumas vagas devem ser removidas para garantia de segurança e conforto ao pedestre.

A acessibilidade e prioridade do pedestre deve ser sempre garantida.

Faixas de pedestres e áreas comerciais são fortes pontos de atração para os novos postos. Portanto, a conexão com tais locais deve ser adequada.


exemplo:

307 sul Selecionado devido ao contexto urbano onde está inserido, sendo parte da Unidade de Vizinhança, o posto da 307 sul é frequentado diariamente por estudantes, turistas e idosos ( geralmente pioneiros de Brasília). Vale ressaltar que há mais de um ano, por motivos de inventário, o posto já não fornece serviço de abastecimento de combustível.

69


“S

Fala

Povo! Para entender a dinâmica, o perfil de usuários, e o que as pessoas desejam para tais espaços, algumas figuras chave foram entrevistas.

omos catadores há muitos anos. Fazemos o trajeto das 200 e 400 com nosso burrinho todos os dias da semana de manhã e à tarde. Temos um depósito na L4 onde deixamos todo o lixo recolhido e uma vez por mês entregamos nas empresas recicladoras em Taguatinga e no Setor O. Apesar de nas caçambas das quadras estar escrito lixo seco e orgânico, sempre temos que triar novamente porque as pessoas não sabem separar o lixo em casa. Seria muito bom ter um ponto de coleta seletiva do lixo com pessoas que pudessem informar a respeito de como fazer a triagem correta.” Catador das quadras 200 e 400 sul

“A

ntes, no lugar da loja de conveniência, funcionava uma locadora que era pouco movimentada. Agora, com os restaurantes e o caixa eletrônico aqui, é mais utilizado e fica mais seguro. Por aqui circula todo o tipo de gente da vizinhança. Tem muito turista em função da igrejinha e da unidade de vizinhança. Muita gente pede informação aqui.” Aécio, único frentista do posto da 307 sul

INFORMAÇÃO

TURÍSTICA!

“A

ndo com ela todos os dias por aqui mas nem cogito andar no posto porque é completamente murado e a acessibilidade é péssima. Seria bom ter uma feirinha e eventos mais movimentados por aqui pois é super perto da casa dela e ela gosta muito do movimento.” Cuidadora de idosos

“S

ou moradora da quadra 307 sul hà 55 anos. Antes mesmo de alguns prédios, existia somente a Igrejinha e o posto de combustível. Adoro ver o movimento que tem essa quadra.” Maria Madalena, moradora da 307 sul há 55 anos.

Sem muros! acessibilidade

!

a t e l Co iva!

ha n i r i Fe

t

Sele

? COMO as pessoas usam os postos no dia-a-dia, em especial o da 307 sul, e qual a sua sugestÃO DE ATIVIDADE ? 70

!

BE

URO O D E B


“E

ste posto está na justiça aguardando a finalização do inventário há mais de 1 ano, foi o primeiro posto de Brasília. Só nós do lava jato e os restaurantes que são terceirizados funcionamos. Durante a semana o movimento intenso dos restaurantes é princialmente de estudantes do Elefante Branco e do La Salle, e, por ser 24h, aqui é muito usado à noite. Seria interessante ter atividades atrativas para esse público jovem.” Fabiana, atendente do lava jato da 307 sul

ativid para ades jove ns

“V

endemos produtos orgânicos na entrada da SQS 307 hà 3 anos, todas as quartas e sábados. Muitas vezes entregamos na casa das pessoas e temos clientes fiéis. O local que ocupamos, apesar de improvisado, é bom pois, por ser na entrada, atraímos clientes das outras quadras vizinhas e até de outros bairros do DF. Os postos ficam sempre na frente das quadras e podem dar grande visibilidade para o comércio itinerante.” Comerciante da SQS 307

ESPAÇO PARA o comÉrcio ITINERANTE

“L

evo meu filho todos os dias para a escola de especiais e sempre preciso esperar em um outro local pois não tem lugar para mim na escola dele. Prefiro ir para uma outra escola vizinha pois ficar nos espaços públicos às vezes é muito perigoso. Ter um espaço de estar melhor equipado com facilidades e mais seguro nos postos seria ótimo!” Arlete, leva e trás o filho todo dia para a escola de especiais.

DE O Ç A Esp EGURO RS ESTA

“T

rabalho aqui por perto e venho todo dia de ônibus de Taguatinga. Às vezes tenho que pedir no comércio para usar o banheiro deles e algumas vezes eles não permitem que a gente use. Seria muito útil para mim ter os banheiros públicos nos postos pois eles estão no meu trajeto do dia-a-dia.” Cândida, trabalha nas redondezas do posto da 307 sul.

ban h

eiro

s!!

71


situaÇÃo

atual 307 SUL Parada de ônibus

Bombas de combustível

vwx

Compartilhamen- Compartilhato de bicicletas mento de carros

Coleta Seletiva

Loja de Conveniência

Lava jato

Banheiros

Ar comprimido

Lateral voltada para a Igrejinha Nossa Senhora de Fátima 308 / 307 sul

72

Muro voltado para a SQS 307


A

+1.20

WC WC

loja de conveniência

0.00

A

lava jato

-2.00

Planta 214 Norte - situAÇÃO ATUAL Esc. 1/400

73


fASE 1

307 SUL Parada de ônibus

Bombas de combustível

Instalação dos pontos dos zebrinhas: utilizar o próprio zebrinha; Compartilhamento de carros; Redução da metade da capacidade de abastecimento; Bicicletas compartilhadas; Banheiros públicos; Portas e acessos voltados para pessoas; Coleta seletiva ; Captação de energia solar e reuso de água; Wifi;

Bombas exclusivas para carros compartilhados

Muro será completamente removido na 2ª fase Compartilhamen- Compartilhato de bicicletas mento de carros

Coleta Seletiva

Lava jato

Loja de Conveniência

Banheiros

Novo acesso para loja de conveniência Bicicletário Acessos à Igrejinha facilitados

Ar comprimido

Ponto de parada de rota entre postos e comércios locais.

74


+1.20

0.00

-2.00

Planta 214 Norte - Fase 1 Esc. 1/400

75


fASE 2

307 SUL Parada de ônibus

Extinção por completo do serviço de abastecimento de combustível, apenas abastecimento elétrico é permitido; Veículo elétrico para rota de zebrinhas Compartilhamento de carros elétricos; Cobrança por estacionamento nas comerciais; Travessia em nível na L1/W1; Retirada completa de muros; Cobertura é mantida

Bombas de combustível

Container Loja

Container Banheiro

Compartilhamen- Compartilhato de bicicletas mento de carros

Praça das fontes

Coleta Seletiva

Loja de Conveniência

Lava jato

Banheiros

Acesso à SQS 307 facilitado

Ar comprimido

Compartilhamento de carros elétricos Área para estacionamento de foodtrucks

Praça central

76

Elevação da pista para redução de velocidade


A A

Planta 214 Norte - Fase 2 Esc. 1/400

77


Muros impedem o acesso de pedestres

Via w1 sul

posto 307 sul

CORTE AA - SituaÇÃO ATUAL 0

2

5

10

Ponto de ônibus

Aplicação da marca

Compartilhamento de carros elétricos

posto

07

Via w1 sul

CORTE AA - Fase 2 78

0

2

5

10

posto 307 sul

Praça das fontes


79


80


OS POSTOS DoS

eixinhos

Diferentemente dos postos das superquadras, os postos dos eixinhos possuem um leque muito mais restrito de intervenções pois encontra-se em um contexto urbano acessível praticamente somente a veículos motorizados, a não ser em dias de Eixão do Lazer. Por isso, a dinâmica dos domingos foi usada como um determinante importante, associada a eventuais acontecimentos cotidianos identificados pela fala de usuários e observações inloco.

81


POSTO 115

POSTO 113

POSTO 111

POSTO 109

POSTO 107

POSTO 105

POSTO 103

NÃO FOI CONSTRUÍDO

tipologia em planta

os tipos

115

Bombas paralelas ao Eixo L ou Eixo W; Edificação de serviços nos fundos do lote;

214

113

212 Bombas perpendiculares ao Eixo L ou Eixo W; Edificação de serviços nas laterais do lote;

111

210

Os postos dos eixinhos possuem padrões diferentes de plantas e configuração de terreno em relação ao Eixão. Como não pretende-se o desenvolvimento de projeto ideal, mas sim a sugestão de padrões de uso e ocupação, os postos dos eixinhos foram assim cate109 gorizados: 208

107 105 206

Bombas dispostas ao redor da edificação de serviços; Edificação de serviços no centro do lote;

POSTOS

103

204

SUPERQUADRAS

202

TEMPORARIAMENTE FECHADO

82

POSTO 214

POSTO 212

POSTO 210

POSTO 208

POSTO 206

POSTO 204

POSTO 202


POSTO 103

POSTO 105

POSTO 107

POSTO 109

POSTO 111

111 109 107

POSTO 115

tipologia de desnÍVEIS

115 113

POSTO 113

214

Desnível suave de 1 a 2m em relação ao Eixão;

212

210

Desnível brusco maior ou igual a 3m em relação ao Eixão;

208

105

206

103 203

Desnível brusco nas laterais maior ou igual a 3m em relação ao Eixão; Edificação de serviços central com fundos para o Eixão;

204

83

POSTO 203

POSTO 204

POSTO 206

POSTO 208

POSTO 210

POSTO 212

POSTO 214


padrÕES DE

PROJETO

QUANTO À EXPANSÃO: Apesar de apresentarem configurações em planta diferentes, a expansão dos postos dos eixinhos deve sempre ocorrer paralelamente ao Eixo Rodoviário Residencial.

QUANTO aos acessos: É importante garantir a acessibilidade universal aos postos, o que exige o uso de rampas em pelo menos um dos acessos.

Para desníveis suaves o ideal é que os acessos sejam igualmente espaços de estar .

Desníveis mais acentuados devem ser solucionados com combinações de escadas e rampas acessíveis.

84

Para esta tipologia, as laterais devem ser utilizadas para acessos em rampas e porção central em escadas.


exemplo:

214 norte Selecionado devido à movimentação que se instala em seus arredores todos os domingos, o posto da 214 norte tem forte potencial para servir melhor como apoio a atividades que ocorrem no eixão. Além disso, por estar próximo a um ponto de ônibus, muita gente se arrisca a fazer a travessia em nível ainda que proíbida, sendo o posto igualmente um apoio para tais pessoas.

85


UM DIA TÍPICO DO

EIXÃO

O eixão foi avaliado em diferentes momentos do domingo para que fosse entendida a dinâmica ao longo do dia, e, consequentemente, potenciais proposições de serviços. Devido à alta concentração de pessoas entorno do posto da 214 norte em todos os dias avaliados, optou-se por desenvolver o seu projeto como exemplo.

ASA sul

HORA: 9:30 ÀS 11 Banheiro químico

86

Pessoas reunidas

Bebidas e lanches

Tendas de Aluguel de marketing equipamentos

Eventos

Intervenção urbana


EM UM PASSEIO PELA

MANHÃ

Atentar para a grande concentração de pessoas em torno do posto da 214 norte.

ASa norte

HORA: 9 ÀS 10:30 Eventos

Aluguel de Tendas de Bebidas e equipamentos marketing lanches

Pessoas reunidas

Banheiro químico 87


UM DIA TÍPICO DO

EIXÃO

ASA sul

HORA: 17 ÀS 18 Pessoas reunidas

88

Bebidas e Aluguel de lanches equipamentos

Eventos


EM UM PASSEIO DE

TARDE

ASa norte

HORA: 17 ÀS 18

Eventos

Aluguel de equipamentos

Bebidas e lanches

Pessoas reunidas

Banheiro químico

89


“N

Fala

Povo!

Para entender a dinâmica, o perfil de usuários, e o que as pessoas desejam os postos do eixinho em geral e para o posto da 214 Norte, algumas figuras chave foram entrevistadas.

? COMO OS POSTOS, EM ESPECIAL O DA 214 NORTE, PODEM SERVIR DE APOIO ÀS ATIVIDADES que vocÊ realiza NO EIXÃO 90

“O

o início, usávamos uma salinha no posto para guardar o nosso equipamento, mas a sala foi alugada e tive que comprar uma combi para transportar nosso material porque o movimento cresceu muito. Usamos os banheiros dos postos e sempre trago lixeiras para recolher o lixo do pessoal que usa o espaço. ”

hábito da cultura sulista de tomar o chimarrão ao ar livre faz com que estejamos sempre na rua. Todo domingo trazemos nossas cadeiras, a garrafa com o chá e esteiras, e ficamos por aqui observando o movimento. Seria muito bom se existissem espaços de estar agradáveis para nós aqui no eixão, além de bebedouro e chuveiro para os esportistas. ”

Eduardo Apra , Presidente do grupo Skateboarders que ocupa o final do eixão norte hà 6 anos

gua Volu rda me!

João Carlos e Selene, casal gaúcho que mora em Brasília hà 17 anos

!

BE

URO O D E B

EspaÇ O ESTAR DE !

“H

á anos, enquanto fazemos nossas caminhadas, vamos catando as latinhas pelo eixão e sempre voltamos com os sacos cheios. Muitas vezes é nos postos onde encontramos a maior quantidade delas. As pessoas não respeitam, jogam lixo no chão e a falta de lixeiras dificulta a limpeza da via, principalmente em dias de evento. Tudo o que recolhemos deixamos separado nas caçambas ou então entregamos para o porteiro de nosso prédio que revende para cooperativas. ” Casal consciente que ajuda na limpeza do eixão enquanto caminha

ta ! e l o C letiva Se


“U

so esse ponto há muitos anos e aqui o movimento é grande. Pena que de uns tempos para cá outros ambulantes perceberam isso e hoje, só vendendo coco, somos 3 aqui no mesmo local. Às vezes uso o banheiro do posto mas eles não deixam que eu use a caçamba de lixo. No final do dia sempre recolho tudo e deixo na beirada do Eixinho então os garis param no posto e depois mais à frente onde deixo o lixo.” Erismar, vendedor de coco cujo ponto é, há 12 anos, em frente ao posto da 214 norte

“O

movimento aqui aumenta aos Domingos, principalmente quando tem eventos nos arredores. Nesses dias normalmente fornecemos energia e as pessoas usam muito o banheiro, que sofre com as filas enormes. O lava jato é muito usado ao longo de toda a semana, às vezes os clientes deixam o carro aqui e vão andar pelo eixão. Muita gente das quadras residenciais usa a lojinha, independentemente do acesso dificultado. Na próxima reforma pretende-se instalar um parquinho para as crianças. ” Ana Lucia, caixa a loja de conveniência do posto da 214 norte

lixe

iras !

“A

lmoço no posto sempre, uso o banheiro, e pego a água de lá para limpar os triciclos. O posto é um importante ponto de apoio para mim. Ficaria melhor se tivesse como ter lixeiras mais próximas, mais cabines no banheiro, e alguns bancos para as pessoas poderem ficar mais confortáveis.” Dora, usa o ponto a 1 ano e meio para aluguel de triciclos.

iro e h n Ba or ! mai

“U

so apenas o ar comprimido aqui do posto e o acesso pelo Eixão é péssimo. Seria bom ter uma pavimentação adequada, lixeiras e bebedouros, mas acredito que tais funções deveriam ser desassociadas do posto pois sempre tenho a impressão de que, se quero usar algum serviço deles, tenho que consumir algo e por isso evito.” Ronaldo, morador da Asa Norte e usuário do posto

A faci cessos lita dos !

!

Pa

ho n i u rq

91


situaÇÃo

atual 214 NORTE Parada de ônibus

Bombas de combustível

Compartilhamen- Compartilhato de bicicletas mento de carros

Troca de óleo

Espaço de funcionários

Guardavolumes

Ar comprimido

Lava jato

Banheiros

Principal área de permanência de pessoas em dias de Eixão do Lazer Coleta Seletiva

92

Loja de Conveniência

Caminhos de terra devem ser a principal fonte de inspiração para acessos


eixÃO

A

+1.50

0.00

o

at aj lav

espera

loja de conveniência

WC WC adm.

troca de óleo

0 2

5

10

N

A

Planta 214 Norte - situAÇÃO ATUAL

93


fASE 1

214 NORTE Parada de ônibus

Bombas de combustível

Organização de fluxos internos para que pedestres e veículos se cruzem minimamente; Portas e acessos voltados para pessoas; Instalação opcional de bicicletas compartilhadas; Coleta seletiva; Captação de energia solar e reuso de água;

Acesso principal multifunções.

Compartilhamen- Compartilhato de bicicletas mento de carros

Troca de óleo

Espaço de funcionários

Guardavolumes

Ar comprimido

Lava jato

Banheiros

Coleta Seletiva

Loja de Conveniência

Fila de espera do lava jato alternativa para dias de Eixão do Lazer.

94


eixテグ DO LAZER +1.50

0.00

loja de conveniテェncia

banheiro banheiro adm.

lava jato

EIXO l

Planta 214 Norte - Fase 1 0 2

5

10

N

95


fASE 2

214 NORTE Parada de ônibus

Bombas de combustível

Análise da sobrecarga ou não dos postos dos eixinhos e possível expansão de sua capacidade de abastecimento; Metade da capacidade de abastecimento deve ser para carros elétricos; Espaços de estar generosos;

Caminhos longitudinais são ideais para feirinhas

Parquinho

Compartilhamen- Compartilhato de bicicletas mento de carros

Troca de óleo

Espaço de funcionários

Guardavolumes

Ar comprimido

Lava jato

Banheiros

Coleta Seletiva

Loja de Conveniência

Container com banheiros para dias de eventos no eixão.

Metade da capacidade dedicada a abastecimento de carros elétricos. Expansão do posto como medida compensatória da extinção do serviço de abastecimento nos postos das superquadras. 96


eixテグ DO LAZER

A

+1.50

o

inh

u rq

pa

lava jato

Planta 214 Norte - Fase 2 0 2

5

10

N

WC

WC

func.

adm.

EIXO l

A

loja de conveniテェncia

container

0.00

97


EIXO l

POSTO 214 NORTE

EIXÃO

CORTE AA - SITUAÇÃO ATUAL 0

2

5

10

Aplicação da marca

Container - Banheiro

Redário

Acesso multiuso

posto

14

EIXO l

POSTO 214 NORTE

CORTE AA - Fase 2 0

98

2

5

10

EIXÃO


99


100


padronizaÇÃO Como verificado anteriormente, a intenção não é de que haja um padrão de posto a ser replicado em todos os outros 65 postos, mas diferente formas de como ocupá-los. No entanto, de certa forma é necessário que haja identidade e pregnância visual para que sejam fáceis de serem reconhecidos em uma urbe tão homogênea. Para isso foram usadas duas ferramentas que devem ser usadas como padrão em todos eles, seja nas superquadras ou nos eixinhos: a identidade visual da sinalização e o mobiliário urbano.

101


sinalizaÇÃO

Padronizada Seguindo a padronização de sinalização de Brasília, mas ao mesmo tempo inserindo a cidade em uma nova fase mais contemporânea, a sinalização dos postos ganha “cara nova”. Uma vez que defende-se, por um lado, que a proposição de novos projetos para tais espaços deve ser acompanhada da análise de diversas variáveis que vão desde o contexto urbano a processos participativos, gerando flexibilidade projetual, é a sinalização que garante a unidade e identidade dos postos.

102


CONCEITO

ELEMENTO BASE

COMPOSIÇÃO

LOGOTIPO

sso as

serviços

pe mobilidade

ponto de

conexão

103


sINALIZAÇÃO DA MARQUISE posto

00 Logotipo

Cor referente à atividade

70 cm

Ícone branco referente à atividade

40 cm

Explicações e informações adicionais

rota

Banheiros

Coleta seletiva

Recarga elétrica

Parada de ônibus

Compartilhamento de carro

Compartilhamento de bicicleta

Seta branca

Loja de conveniência

Seta na cor referente à atividade

210 cm 30 cm

sINALIZAÇÃO de piso

P 45-8 C

Número de localização da Superquadra do posto. Fonte: Helvética

42 cm 484 CP

104

P 45-8 C

151 C

P 14-7 C

342 C

355 C

7687 C


sinalizaÇÃO PARA PORTAS - AdesivaÇÃO Cor referente à atividade

Banheiro Masculino

Seta branca

Banheiro Feminino

70 cm

Seta na cor referente à atividade

Loja de Conveniênica - Porta de vidro

210 cm

70 cm

Ícone branco referente à atividade

posto

00 Placa padrão de sinalização de Brasília (30 x 130cm) Fonte: Helvética Tipologia para sinalização de serviços por ícones

sINALIZAÇÃO de carros

42 cm

105


MOBILIÁRIO

7cm 15cm

90cm

120cm

cm 25

15cm

20cm

CATÁLOGO DE

7687 C

100cm

Base aparafusada 8cm

Porção engastada

7cm

10

cm

20cm

100º

200cm

60cm

dade de criação e adaptação, deixando sempre opor-

Tomadas

20cm

O mobiliário, bem como a sinalização, é uma forma de dar identidade aos novos postos. A linha de mobiliário adotada deveria ter a cara de Brasília, estampada na marca e na simplicidade de formas, mas igualmente contemporânea, o que foi obtido pela inserção da cor, da iconografia e do material eternamente reciclável, o aço. A idéia era de que o mobiliário permitisse também maior liber-

300cm

Ganchos para rede

60

106

cm

tunidade para boas surpresas com o seu uso.

P 14-7 C

151 C


60 cm A lixeira subterrânea possui um compartimento subterrâneo de 3m³ onde o lixo é acumulado. Tal compartimento é acessado somente pelo caminhão da coleta seletiva. A imagem ao lado representa a porção externa do mobiliário. OBS: o posto deverá reservar um espaço para coleta e separação do lixo não reciclável, que deverá ser posteriormente encaminhado às empresas recicladoras.

cm

90 cm

45

90 cm

75 cm

45 cm

Orgânico Orgânico Reciclável

4645 CP

4645 CP

Reciclável

1 CP 1 CP

ENTENDA COMO FUNCIONA A LIXEIRA SUBTERRÂNEA:

1.

A lixeira subterrânea possui um compartimento subterrâneo de 3 metros cúbicos onde até 900 kg de lixo podem ser acumulados. Dessa forma, a rota dos caminhões de lixo fica mais rápida e eficaz, pois o compartimento permite um acumulo maior de desejos.

A lixeira utilitária ficará localizada em pontos estratégicos pelo posto. Ao final do dia o objetivo é que o lixo destas seja recolhido e concentrado nas lixeiras versão caçamba.

2.

A empresa que faz a coleta envia caminhões ao local assim que um dispositivo instalado dentro do container informa que a capacidade da lixeira atingiu 80%. Os veículos são adaptados com uma grua, que é ativada por meio de controle remoto.

107


Painel para iluminação e informação de itinerários e horários

Nova pintura que dialóga com a comunicação visual dos novos postos

No caso ao lado, tem-se a opção de ocupação com bicicletário. O banco mais alto proporciona o descanso para esperas mais rápidas, e a sua porção posterior também pode ser usada como bicicletário;

As novas paradas visam proporcionar maior conforto aos usuários, flexibilidade de funções e economia de materiais. No caso ao lado, tem-se a opção de ocupação por P.N.E..

Painéis solares na cobertura fazem a captação de energia solar 2.4 m

2.6 m

Este painel é usado para abrigar os equipamentos de conversão da energia solar em energia elétrica, para iluminação e para informações ao usuário;

A placa de sinalização é usada para marcar a identidade visual e informações usuários de outras nacionalidades.

108

2.1m

As paradas originais dos Zebrinhas, ainda existentes nas proximidades de alguns postos, serão mantidas. Para tanto, algumas intervenções serão feitas:

A inclinação dos bancos mais altos serve também para proteger do incomodo de alguma bicicleta; Os bancos são inclinados para garantir conforto ao usuário;


2,3 m

2,40 m

6m

Os containers serão disponibilizados na forma de banheiros, como nas plantas abaixo:

Opção para cadeirante

ESC. 1/50

Os containers também poderão ser usados, em até 2 unidades combinadas, para serviços de conveniência. Neste caso, as plantas variam de acordo com a necessidade da loja.

Opção com chuveiro

ESC. 1/50

109


Warm red C P 45-8 C 484 CP

m

100c 50

sen

cm

50cm

tar

junt

o

tar

apoiar

sen

cm

nte em star existe o c en utura estr

40cm

100

ent

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15

cm

ta

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sen

110

nco

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tar

a

ad

c an

en res

ap

or

p ex

or

p ex

111


112


imposto combustĂ?VEL

113


114


PROPOSTO

CONEXテグ

115


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