MOB Manual de Ocupação de Brasília

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M.O.B. Y Manual de Ocupação de Brasília



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O documento ora apresentado trata-se do produto final da disciplina de Ensaio Teórico em Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo desenvolvido no âmbito da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU/ UNB).

Júlia Solléro e orientação de Flaviana Barreto Lira.

De autoria de

Junho, 2015

Z


Y Y Y รถ Y Y Y Y


“.. para se fazer algo grande, pensar globalmente e agir globalmente, um começa com algo pequeno e o outro onde interessa. Pratique, e então será questão de tornar o ordinário

especial e o especial mais amplamente acessível - expandindo as fronteiras do entendimento e das possibilidades com visão e senso comum. Trata-se de construir

relações densas e interconectadas, elaborar ligações entre parceiros e organizações improváveis e fazer planos sem a usual proponderância do planejamento. Trata-se de fazer direito no presente mas ao mesmo tempo ser tático e estratégico sobre o que virá adiante. Isso não se trata de premonição, nem de decidir o futuro. Mas trata-se de pensar a longo prazo, de ter certeza que um mais um é igual a dois ou três, de ser politicamente conectado e embasado, e de perturbar a ordem das coisas em detrimento da mudança.” Nabeel Hamdi, 2004


Y Sumário X olá !

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Z O vazio projetual

15

Y Um caminho,

20

de brasília

várias possibilidades


X caixa de

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Ferramentas Matriz Gráfica

28 40 48

Faça você mesmo!

52

Legislação Os 10 passos

Y Referências

132


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11


X olรก !

12


Prazer, este é o M.O.B, o Manual de Ocupação de Brasília na versão de bolso. É um suporte simples, prático e objetivo para ajudá-lo a sair por aí mudando a cidade. Duvida? Aos poucos irei convencê-lo.

Quantas vezes na última semana, ou no último mês,

você

deixou o carro em casa para fazer o seu trajeto para o trabalho ou para a escola, a pé ou de bicicleta? Em quantos lugares de Brasília, excluindo-se a porção central, você identifica

vivacidade urbana, pessoas caminhando e

conversando para todos os lados, artistas de rua, vendedores de picolé e de comidinhas rápidas circulando pelas calçadas, como é comum em outras cidades do país?

Rua 25 de março, Centro de São Paulo. .

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Tenho certeza que uma vez ou outra o

esvaziamento

urbano já te incomodou, ou pelo menos chamou a sua

atenção quando você visita outra cidade que tem dinâmicas sociais urbanas completamente distintas das de nossa capital. Os prazeres e as possibilidades que o

espaço público pode

trazer são incalculáveis, mas tudo só pode começar a mudar a partir de uma

nova consciência em relação aos vazios

urbanos da cidade, e principalmente uma melhor compreensão destes.

M.O.B. é, além de um convite, um facilitador para você, que ama essa cidade, é proativo e quer ver

O

uma Brasília mais humana, ocupada por gente do bem, negando a fama de que aqui só os políticos corruptos criam as leis e ditam as ordens da cidade.

TOPA

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Z

O vazio projetual de BrasĂ­lia

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Primeiramente vamos lhe explicar brevemente as

especifi-

cidades do espaço urbano de Brasília, pois antes de criticá-lo é interessante acima de tudo compreendêlo e valorá-lo. Categorias usuais de cidade, que seguem um modelo de crescimento compacto, não se aplicam a Brasília: os vazios intersticiais entre as edificações são

“vazios de projeto”.

Aumentar a relação entre a extensão do espaço aberto e o edificado significava para os urbanistas de então, ter em maior consideração as

exigências higiênicas, a orientação

de edifícios, sua ventilação e iluminação natural. Brasília, cidade-parque.

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Além disso, Brasília apresentava uma segunda novidade. Sabe-se que Lúcio Costa pensou a cidade, a princípio, em quatro escalas: a gregária, representada pelo centro urbano; a monumental, símbolo da capital do poder; a residencial; e a bucólica, escala esta que costura todas as demais através das

amplas

áreas verdes, oferecendo grandes espaços de lazer únicos pelo mundo inteiro. Brasileiros, e até mesmo estrangeiros, vindos das mais variadas regiões, chegavam a Brasília e se deparavam com este

“novo

modo de morar”. Um modelo inusitado, que ao se unir à pluralidade de culturas que se juntavam nesta cidade nova,

resultaram em relações sociais urbanas jamais experimentadas.

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Os carros dominam a paisagem da capital do país.

Na ausência de lugares conhecidos e de fácil apreensão, origi-

privatização do próprio estilo de vida. A sociabilidade passou gradativamente a se tornar independente do espaço urbano, potencializada em nou-se uma progressiva

um primeiro momento pelo crescente uso do automóvel, símbolo máximo da era modernista, e posteriormente pelos telefones celulares e pela internet. Tecnologias estas que inclusive

shoppings centers e condomínios fechados pela cidade, espaços

influenciaram a proliferação dos

seletores de pessoas com as quais você partilha seus momentos de lazer e sua moradia. Obviamente todo esse conjunto de fatores levou ao

enfra-

quecimento da função social do espaço público, além do fato de que, os espaços públicos de Brasília, apesar de

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possuírem microclima agradável, são muito amplos, pouco convidativos ou estimulantes, e oferecem baixa diversidade de serviços no nível do pedestre, principalmente em decorrência da setorização excessiva. Com a reduzida sociabilização no espaço urbano, a cidade

per-

de vivacidade, os habitantes perdem oportunidades de

troca e interação, e o transporte individualizado sobrecarregada o trânsito - pois mesmo aqueles que precisam fazer deslocamentos curtos optam pelo

carro - levando à perda de qualidade

urbana, uma vez que não bastam espaços bonitos se não existem

pessoas interessadas em usá-los.

Então,

o que fazer 19


Y

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Um caminho, vรกrias possibilidades


Bom, sabemos que implorar para que políticos façam algo por nós, cidadãos comuns, não vai adiantar e, se algum dia adiantar, os benefícios serão usufruídos pelas gerações futuras e não por nós.

Políticos estão normalmente interessados em

grandes obras que promovam maior visibilidade, ao invés de tentar compreender as

pequenas necessidades

que o espaço público exige ao nível do pedestre, por isso, muitas vezes as poucas soluções executadas são desconexas das reais demandas exigidas pela população. Por exemplo: para tentar resolver o problema da mobilidade urbana pensa-se primeiramente na

ampliação de vias,

na implantação de viadutos e elevados urbanos, na criação de vias exclusivas para ônibus, mas não se pensa em melhorar as condições e atrativos para que as pessoas se sintam mais convidadas a

caminhar ou a andar de bicicleta, o que gastaria

um volume de dinheiro muito menor e poderia causar mudanças muito mais profundas na sociedade. É pensando nisso que surgiu um conceito recente denominado

Urbanismo Tático.

O elevado Costa e Silva, famoso Minhocão, em São Paulo. Solução cara, poluente,e mal aceita pela sociedade.

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Baseando-se na premissa de que os mais indicados para

escala local são os próprios moradores, e que, através de ações rápidas, baratas e pontuais, pode-se criar uma base de experimentação identificar as carências da

para mudanças mais substanciais na cidade, o urbanismo tático ganha força hoje em dia no mundo todo e já conta com alguns seguidores em Brasília que muitas vezes nem sabem que o são. Vou explicar porque!

tático se mostra adequado na medida em que estamos falando de atitudes desviacionistas que não O termo

necessariamente obedecem às legislações vigentes. Tais ações visam quebrar a lógica de ocupação da cidade, de modo a abrir espaço para

novas possibilidades de soluções para

os problemas urbanos, questionando o modo como atualmente fazemos cidade e demonstrando através de atitudes concretas qual a demanda que exigimos que a cidade consiga suprir. Brasília precisa de oportunidades como estas, que permitam que seus habitantes possam se

reaproximar da ambiência

urbana, a partir do momento em que se sentem capazes de intervir e contribuir para a construção de um espaço de qualidade não somente para si, mas para sua Nos últimos tempos a oferta de

comunidade.

eventos gratuitos de

rua, no estilo Picnik, Feira Livre e encontros de Foodtrucks, têm tomado conta da cidade e sofrem com os problemas de superlotação, somente revelando como não falta o desejo por parte

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das pessoas de estar na rua e de encontrar gente na rua. No entanto, encontros casuais proporcionados pelo espaço urbano, não podem ser dependentes dos grandes eventos, mas devem ocorrer diariamente, no fluxo

cotidiano da cidade, se

transformando em algo mais natural.

Fig. 05: O evento PicNik atrai milhares de pessoas para as ruas em Brasília.

Que tal você dar um empurrãozinho para que isso aconteça?

simples podem fazer uma grande diferença. Criar espaços de estar aprazíveis estendendo o tempo que as Coisas

pessoas passam na rua, oferecer equipamentos urbanos adequados, questionar o estado de conservação dos espaços,

co23


nectar pessoas através de ações comunitárias de melhorias do bairro, tudo isso cabe no urbanismo tático, e pode ser feito de forma rápida e eficaz, reativando o sentido de comunidade. Mas aí você pode pensar: “Poxa, mas Brasília não é tombada? Não dá para mudar nada nessa cidade!”, aí é que você se engana. Apesar de ser

Patrimônio Mundial da Humanidade, Brasília

permite este tipo de flexibilização de ocupação do espaço, uma vez que são as

escalas, já citadas anteriormente, que regem

as mudanças urbanas. O artigo 2º da Portaria 314 de 1992, documento que assegura as ações de salvaguarda do Patrimônio pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Ambiental), diz: Será assegurada (a preservação) pelas características essenciais de quatro escalas distintas em que se traduz a concepção urbana da cidade: a monumental, a residencial, a gregária e a bucólica.

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Se conseguirmos implantar nossas ações baseadas no respeito às escalas reguladoras, inclusive

fortalecendo a função

de tornar os espaços comuns cada vez mais aprazíveis, papel este protagonista dos fundamentos da

escala bucólica,

estaremos cada vez mais no caminho da qualidade de vida urbana que é composta não somente de uma infraestrutura eficaz, mas igualmente de um espaço público que atenda às necessidades de

proteção, conforto e lazer que toda cidade necessita.

Convencido? Agora adote algumas ou todas as 4

ferra-

mentas a seguir, elaboradas para ajudá-lo a executar a mudança que você deseja para a cidade. Compartilhe e espalhe suas ideias por aí. Brasília agradece. Fig. 06: Ocupação no Eixão em um evento gratuito: podia ser a realidade cotidiana!

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Z

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Caixa de ferramentas


A primeira etapa está cumprida. Até aqui conseguimos entender o porquê dos vazios projetuais de Brasília, aceitá-los, valorá-los e encontrar no urbanismo tático uma das soluções possíveis para resgatar a sociabilidade do espaço público.. Daqui em diante partiremos para uma visão mais prática. Quatro tipos de ferramentas básicas foram criadas para guiá-lo para o caminho da ação: A primeira delas será um apanhado acerca da evolução da

legislação no DF referente à

ocupação do espaço público. Vale ressaltar que como tratamos de atitudes táticas, utilize-a mais a título de informação e base para uma pesquisa mais aprofundada caso o deseje.. A segunda ferramenta é um Passo-a-Passo de 10 itens simplificados para que você rapidamente consiga se planejar e, principalmente, executar suas ideias. A terceira ferramenta é uma Matriz

Grá-

fIca: ícones que o guiarão ao longo da apresentação de soluções táticas e que de forma visual e didática ajudarão na percepção do que será apresentado. Por fim, manuais esquemáticos do tipo

Faça Você Mesmo

acerca das diversas possibilidades que o urbanismo tático pode abranger, sugerem ações que podem se adequar da cidade procurando despertar o seu interesse e sua criatividade.

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A legislação

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temporário e mais local, o urbanismo tático defende que você pode e deve arriscar

Em se tratando de um evento

a execução da intervenção sem maiores aprovações. Segundo a Administração Regional de Brasília, órgão que forneceria uma possível autorização para a ação, o que pode ocorrer será que o órgão fiscalizador, neste caso a Agefis, um fiscal do bombeiro ou um policial civil, irá impedir o prosseguimento ou irá retirar a intervenção, desde que ela acarrete em algum dano maior ao patrimônio. Caso conclua a ação e ela se mostrar valiosa e bem fundamentada, servirá de exemplo e resultará em frutos maiores. Não tente apenas uma vez,

insista.

Se o evento que você planeja é um pouco maior e acontecerá de forma mais periódica ou

permanente, ai vai uma dica

geral: por serem propostas inusitadas, na maioria das vezes não haverá uma legislação própria que determine parâmetros para a ação. Neste caso, você receberá um

Roteiro de Che-

cagem, como o anexo a seguir, no qual a própria Administração Regional elencará uma série de documentos que deverão ser entregues para a obtenção do licenciamento. A seguir, montamos uma coletânea de como a

legislação

brasiliense foi evoluindo a favor de práticas mais espontâneas por parte dos moradores, de modo a ir se adaptando à demanda da nova realidade urbana. O caminho ainda é muito longo, o que não nos impede de que através de nossas

atitudes impulsio-

nemos o processo.

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1960 DECRETO nº596 Primeiro Código de Obras e Edificações (COE) de Brasília: Lista usos não permitidos para o logradouro público e centraliza na administração o papel de manutenção e intervenção.

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DECRETO nº7 Aprova a Consolidação de Normas em vigor para as construções em Brasília

1967


1987

DECRETO nº13.059 Revisão e novas proposições para o COE. Primeira vez que se fala em concessão de uso do solo mas ainda muito voltado para o transporte individual, permitindo que garagens avancem até 155% da área da projeção registrada em cartório.

Brasília Revisitada DECRETO nº 10.829 Documento produzido por Lúcio Costa tratando da Preservação, Complementação, Adensamento e Expansão Urbana de Brasília, resultando na aprovação do Decreto nº 10.829.

1991

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1992

Lei Orgânica do DF Art. 246. O Poder Público garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura; apoiará e incentivará a valorização e difusão das manifestações culturais, bem como a proteção do patrimônio artístico, cultural e histórico do Distrito Federal.

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PORTARIA 314 IPHAN “Art. 2º A manutenção do Plano piloto de Brasília será assegurada pelas características essenciais de quatro escalas distintas em que se traduz a concepção urbana da cidade: a monumental, a residencial, a gregária e a bucólica.”

1993


Art. 250. É vedada a extinção de qualquer espaço cultural público sem a criação de novo espaço equivalente, ouvida a comunidade local por intermédio do respectivo Conselho Regional de Cultura. Art. 253. As áreas públicas, especialmente os parques, praças, jardins e terminais rodoviários podem ser utilizados para manifestações artístico-culturais, desde que sem fins lucrativos e compatíveis com a preservação ambiental, paisagística, arquitetônica e histórica.

1995

DECRETO Nº 17.079 Dispõe sobre a cobrança de preço público pela utilização de áreas públicas do Distrito Federal

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1998

LEI 3.024 Institui incentivos fiscais aos espetáculos e às manifestações culturais com artistas do Distrito Federal.

2010

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LEI 2.105 Atual código de obras que rege as normas de construção do DF. A lei é regulamentada pelo Decreto nº 19.915.

2002

PORTARIA 420 Procedimentos a serem observados para a concessão de autorização para realização de intervenções em bens edificados tombados e nas respectivas áreas de entorno.


2012

LEI 4.821 Dispõe sobre as manifestações artísticas e culturais nas ruas, avenidas e praças públicas do Distrito Federal.

LEI 4.748 Dispõe sobre a regularização, a organização e o funcionamento das feiras livres e permanentes no Distrito Federal.

2012

Afirma no geral que, desde que gratuitas, basta que as manifestações sejam comunicadas à administração.

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2013

MINUTA DO CÓDIGO DE POSTURAS A documentação, ainda não aprovada, dispõe sobre a convivência cidadã em zonas urbanas de uso comum, e estabelece normas de conduta afetas ao interesse público. Art. 120. As áreas públicas constituem-se em bem de uso comum, sendo direito de todos utilizá-las para fins a que se destinam e seu dever zelar por seu estado de conservação e limpeza.

LEI 5.281 Dispõe sobre o licenciamento para a realização de eventos. Regulamentada pelo Decreto nº 35.816 de 2014.

38

2013


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os 10 passos

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1

Mude o

lhar

Tudo começa quando você desenvolve um

novo olhar sob

a cidade. Seja você um governante, um empresário, ou alguém com vontade de mudança, uma vez

engajado e preocupa-

do com o ambiente onde mora, o primeiro passo é começar a perceber a dinâmica do que o cerca de forma crítica. Tudo que está a sua volta tem valor, e não pode passar batido.

caminhe

2

Munido desta atitude mais envolvida e interessada pelo espaço urbano, caminhe. Caminhe em diferentes horas do dia e em diferentes dias da semana. Caminhar te permite perceber

detalhes que passam batido no dia-a-dia, principalmente se o seu meio de transporte principal for o carro.

3

a escala

A cidade envolve dimensões muito diferentes, que devem ser tratadas pelos grupos adequados a cada uma delas. Eleja um local do tamanho de sua ambição e de suas

potencialidades.

Para nossa matriz gráfica, dividimos os espaços basicamente em 3 grandes grupos :

A SUPERQUADRA 41


local

A escala da superquadra basicamente trata da escala . Se encaixa perfeitamente ao cidadão comum, ao morador, que é quem melhor sabe dos problemas e necessidades de onde vive. Quando falamos da escala das superquadras falamos de praças, quadras de esporte, áreas verdes, calçadas e áreas abandonadas.

A ASA bairro

A escala da asa, é a escala do , e já é mais difícil de ser apreendida por um cidadão comum e as exigências legais já são maiores. Deve ser objeto de grupos e coletivos já melhor estruturados que consigam uma aproximação maior com o governo, do próprio governo, ou de empresários. Quando falamos de bairro falamos de ciclovias, calçadas, faixas de pedestres, ruas comerciais, parques e áreas verdes, estacionamentos, passagens subterrâneas e passarelas.

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comece pelas pessoas Pessoas são ótimos

termômetros para os

espaços. Onde tem gente, tem potencial, tem olhares atentos, tem vida urbana. Analise o comportamento das pessoas com quem você vive, para onde vão, de onde saem, o que vestem, o que fazem, qual o seu perfil. A cidade é composta por pessoas de todas as cores, credos, classes sociais, e todas elas, mesmo que inconscientemente, estão procurando se

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sentir parte do lugar aonde vivem. Qual o grupo de pessoas você quer atingir? Todas ou um grupo seleto?

5

Qual o seu objetivo?

Pense bem qual é o objetivo da intervenção, eles podem ser dos mais diversos. Vocês desejam ocupar um espaço obsoleto, melhorar um espaço muito utilizado, facilitar algum aspecto da rotina, criar ambientes de estar, melhorar rotas de passagem? Jan Gehl, importante urbanista do século 21, em seu livro Cidade Para Pessoas, elenca 12 critérios de qualidade relacionados à paisagem peatonal, dividindo-os em 3 grandes grupos:

proteção A categoria proteção envolve: 1. Proteção contra o tráfego e acidentes: sensação de segurança: proteção aos pedestres; eliminar o medo do tráfego. 2. Proteção contra o crime e a violência: ambiente público cheio de vida; olhos da rua; diversificação de usos noturnos e diurnos; boa iluminação; 3. Proteção contra experiências sensoriais desconfortáveis: Vento; Chuva; Frio/Calor; Poluição; Poeira/Barulho.

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Conforto A categoria conforto envolve: 1. Oportunidades para caminhar: espaço para caminhar; ausência de obstáculos; boas superfícies; acessibilidade para todos; fachadas interessantes. 2. Oportunidades para permanecer em pé: zonas atraentes para permanecer em pé; apoios para pessoas em pé; 3. Oportunidades para sentar-se: zonas para sentar-se; tirar proveito da vista, sol, pessoas. 4. Oportunidades para ver: distâncias razoáveis para observação; linhas de visão desobstruídas; iluminação. 5. Oportunidades para ouvir e conversar: baixos níveis de ruído; mobiliário urbano convidativo; 6. Oportunidades para brincar e praticar atividade física: convites para criatividade, atividade física e jogos, seja durante o dia ou a noite.

Prazer A categoria prazer envolve: 1. Escala: edifícios e espaços projetados de acordo com a escala humana 2. Oportunidades para aproveitar o clima: sol/sombra ; calor/ frescor; brisa; 3. Experiências sensoriais positivas: bom projeto e detalhamento; bons materiais; árvores, plantas, água;

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6

período de utilização Existem espaços que são frequentados por pessoas ao longo de todo o dia e à noite morrem, como nas áreas onde se concentram edifícios administrativos e coorporativos. Outros que possuem picos de utilização somente durante a noite como as áreas de boates e bares, e outros que são muito dinâmicos ao longo de todo o dia, geralmente as áreas comerciais e residenciais que possuem funções hibridas. Ela funcionará: Dia, Noite, Dia e Noite? Em qual período as pessoas irão desfrutar de sua intervenção? Como ela pode equilibrar o fluxo de pessoas ao longo do dia? Ela será: Permanente ou Temporária?

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mais pessoas

Espalhe suas ideias, você precisará de apoio. Converse com os seus vizinhos, plante a semente neles também, arranje maneiras de fazer com que as pessoas passem igualmente a perceber o espaço aonde vivem. Coloque informativos nos elevadores, crie uma página nas redes sociais, converse com o prefeito da quadra, com o síndico do prédio, com as pessoas que têm perfil de lideran-

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ça na sua rua ou em sua superquadra. Envolva-as e tudo ficará mais fácil de ser pensado e executado. Duas pessoas já fazem muito mais do que uma só. Aliás, o objetivo é acima de tudo este: criar uma rede de pessoas que se ajudem e COMvivam.

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soluções e ideias

A partir desta “coleta de dados”, que na realidade se trata basicamente de uma mudança de comportamento para com a cidade, partam juntos para as soluções. Procurem se basear em intervenções já executadas, ou a partir de uma pesquisa desenvolvam e adaptem algo para a sua realidade. Como dito anteriormente, não existe um tamanho único de soluções, bem como não existem pessoas iguais compartilhando o mesmo espaço. Apresentaremos algumas ideias que poderão ajudar.

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Planeje-se, Mas não muito

Ao se planejar, pense em 4 aspectos importantes:

Tempo: Quanto tempo é necessário para finalizar a tarefa? Simplifique.

Gastos: Estabeleça o quanto você tem e pode gastar. Crie algo acessível, caso contrário você precisará desenvolver formas de conseguir dinheiro para executar sua ideia: pedir para o prefeito, fazer rifa, vender coisas antigas, patrocínio, criar uma conta catar-

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se, etc. Você sabia a Lei 3.024 de de 2002, institui incentivo às empresas promotoras de espetáculos às manifestações culturais?

Materiais: Comece com objetos ordinários, prove para as pessoas que as soluções apresentadas têm potencial e você aos poucos poderá abrir portas para gastar mais e consequentemente utilizar materiais de melhor qualidade para soluções mais permanentes. Procure ser o mais sustentável possível, é um ótimo momento para fazer uso de materiais reciclados, encontrar um bom uso para móveis antigos e coisas que usualmente iriam para o lixo .

Legislação: Essa parte chata, que ninguém que fazer, deixe com este manual. Além da cronologia com toda a evolução da legislação referente à ocupação do espaço público de Brasília, mostrada anteriormente, sempre que possível junto a cada ideia indicaremos qual documento seguir.

10

faça acontecer!!!!!

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Matriz GrรกFIca

Escala

Pessoas

Superquadra

Crianรงas

Asa

Jovens

Adultos

Idosos

Todos 48


Tipo

Duração Período

Proteção

Permanente

Dia

Conforto

Temporário

Noite

Lazer

Dia e Noite

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Faça você mesmo 1. Indicações e instruções para execução.

2.

3.

50


Este espaço está destinado para a lista de materiais e ferramentas que serão utilizadas!

Este ícone indica que a intervenção pode reutilizar materiais.

4.

Neste ícone você encontrará dicas de lugares. Este ícone indica qual legislação você pode dar uma olhada. Este ícone indica contatos interessantes na cidade para ajudá-lo na realização da intervenção.

oderá p ê c o s Aqui v alguma r a r t n antes enco s s e r e t dicas inseu projeto! para o

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Horta Urbana

Em tempos de preocupação com alimentacão saudável e sustentabilidade, as hortas urbanas se mostram uma excelente solução para ocupação das grandes áreas verdes espalhadas pela cidade. Elas possibilitam a mobilização e aproximação de moradores, a reeducação alimentar, além de ser uma solução viável para ocupação de áreas verdes que estejam em mal estado de conservação. Hoje, Brasília já conta com hortas comunitárias espalhadas pelo Plano Piloto, como nas quadras 416, 216, 206, 712 Norte e 114 Sul, além de outras cidades do DF como São Sebastião, Águas Claras e Sobradinho.

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Faça você mesmo recipientes reutilizáveis como 1. Separe caixas de frutas e pneus, limpe bem, e sempre que se tratar de objetos que ficarão expostos a intempéries, principalmente as madeiras, utilize um spray impermeabilizante. Estes materiais são bons para criar pequenos canteiros, fáceis de serem transportados. Dica: Potes de sorvete também são bons ! Basta fazer furinhos no fundo para não acumular água.

3. ALECRIM HORTELÃ

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Created by Samuel Q. Green from the Noun Project

Faça plaquinhas indicativas com os tipos de ervas plantadas e finque na terra. Elas facilitam a identificação e são educativas para as crianças.


1. 2. 3. 4. 5.

SUPORTES REUTILIZADOS FERRAMENTAS DE JARDINAGEM MUDAS VARIADAS MANTA GEOTÊXTIL PEDRISCOS

e) Posicione a muda e irrigue a terra. Se quiser cubra com algumas folhas secas, elas manterão a umidade e evitarão ervas daninhas.

2.

d) Preencha com terra e cave o buraco de acordo com o tamanho do torrão (parte de terra da muda) c) Forre com manta geotêxtil b) Acrescente pedriscos, seixos, ou restos de cerâmicas e tijolos. a) Forre com manta geotêxtil OBS: Se você puder plantar diretamente no solo, lembre-se de adubar bem a terra e delimite canteiros com restos de madeira, bambu, ou o que tiver disponível. Deixe pelo menos 50cm entre canteiros para permitir a circulação.

Canteiros próximos a praças/ áreas verdes pouco utilizadas Projeto de Lei nº 4772/2012 Hoje em dia é a Agefis que emite uma autorização.

cesse essa, a ntar e t in ê se e pla Se voc completo d picas: ia rá u este g ervas fitote om/ ecity.c ção de df areth y.p .you thecit /www ouare y http:/ _ e id ieldgu pdf/f

Movimento Nossa Brasília facebook.com/movimentonossabrasilia

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compostagem caseira Depois de vermos como executar uma horta urbana, que tal aprendermos a fazer a compostagem caseira? A quantidade de alimento orgânico que é descartada diariamente em nossas casas é enorme, e apesar de que desde 2014 contamos com a coleta seletiva do lixo no DF, apenas 8% do total produzido é reciclado. Felizmente, o alimento orgânico faz parte de um ciclo virtuoso da natureza, ou seja, pode voltar a se tornar alimento para as plantas, que respectivamente se tornarão alimento para os seres humanos, que, na forma de adubo, se tornarão novamente alimento para as plantas. No entanto, quando misturados ao lixo seco, o lixo orgânico pode impossibilitar a reciclagem deste, contaminando-o. Reúna a sua comunidade, e façam o adubo para a horta urbana de vocês! O planeta agradece! 56


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Faça você mesmo 1.

Com a ajuda da furadeira, faça furos (6 mm) no fundo de duas caixas, elas ficarão na parte superior. Faça furos menores (3 mm) em uma das tampas, que ficará sempre na primeira caixa, entre as caixas as tampas não são necessárias.

2.

Na primeira caixa, coloque uma mistura de terra e minhocas californianas (as que melhor se adaptam os alimentos). Encha-a com os dejetos orgânico ao longo de um mês. Cubra tudo com material orgânico seco, como folhas e serragens

3.

A segunda caixa terá a mesma mistura de terra e minhocas, mas só após um mês será trocada com a caixa superior, e acrescida dos compostos orgânicos

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1. 2.

3 CAIXAS PLÁSTICAS DO MESMO TAMANHO QUE SE ENCAIXEM FURADEIRA

São ado em os r u o D l d ping E agem O Shop z a compost próprio o a Paulo f orgânicos n astece s b o a t alimen lecimento e na na io e estab ta que func ção. r a o uma h ura da edific t r cobe ie esta idéia! Cop

4.

5.

Instale uma torneira na caixa infeiror. Nela será armazenado o chorume do bem, que é ótimo para ser borrifado em plantas servindo de pesticida.

Após o segundo mês o composto da caixa central já se transformou em adubo e está pronto para ser usado. Passe a caixa superior para o centro, e recomece o processo.

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cadeira sarrafo

Sabia que a maioria das pessoas não permanece no espaço público não porque não querem, mas simplesmente porque não têm local adequado e próximo para sentarem? E que as praças mais utilizadas são aquelas que oferecem maior multiplicidade de opções para que as pessoas se sentem? Se você parar para pensar, quantas áreas verdes amplas e arejadas, com espaços de sombra agradáveis, não possuem locais para sentar e por isso se encontram desocupadas e vazias? Vamos tomar uma atitude quanto a isso ?

60


61


Faça você mesmo Você vai precisar de : 11 unidades de 55cm (peça 01) 2 unidades de 82cm (peça 02) 2 unidades de 31,5cm (peça 03)

2 unidades de 52cm (peça 04) 1 unidade de 46,5cm (peça 05) 1 unidade de 50,6cm (peça 06)

1. Peça 05

Peça 06

Peça 03 Peça 02 Peça 03 Parafuse todas as uniões com 2 parafusos. A peça 3 deve ser chanfrada em 2cm em um dos lados, aquele que ficará voltado para dentro, para formar a inclinação. Peça 01

2.

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Parafuse os dois lados de 5 peças 01 espaçadas em 3cm, formando o assento; Posteriormente alinhe para dentro uma peça 01 na peça 05 e parafuse-a.


1. 2. 3. 4. 5. 6.

3.

6 SARRAFOS DE 7x300x2.2cm (L x C x Esp.) PARAFUSADEIRA SERROTE MARTELO COLA BRANCA CHAVE DE FENDA

Parafuse (4 parafusos de cada lado) as duas peças 04 na transversal das peças 02, alinhadas com a peça 01 solitária posicionada no passo anterior. A parte inferior da peça 04 deverá ser chanfrada em 2 cm para formar a inclinação do encosto e alinhar-se com a peça 02 Parafuse os dois lados de 3 peças 01 na parte frontal, formando o encosto, e 1 peça 01 na parte posterior para dar sustentação. Pronto!! Peça 01 Peça 01 Peça 04

Peça 04

Praças, pilotis, áreas verdes, etc. Não se aplica.

Baru Desing http://barudesign.com.br/

ais s manu o r t u o r onhece os com Para c obiliários feit cesse: de m eutilizada, a o. ar politic madeir iliario .mob /wwwcom.br/

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cinema ao ar livre

Em Brasília temos a sorte de contar com tempo firme, sem chuvas, a maior parte do ano. Porque não aproveitar aqueles dias mais quentes e à noite dar uma relaxada vendo um filme com os vizinhos ? As quadras de esporte de areia das entrequadras são um ótimo lugar para isso. Atualmente subutilizadas, raramente um grupo ou outro joga ao longo do dia, a noite ficam completamente abandonadas e até perigosas. . Na cidade temos o Cine Drive-In , e até eventos grandes de cinema ao ar livre têm acontecido na cidade, como na Concha Acústica, mas não seria muito mais agradável poder desfrutar deste momento de lazer ao lado de casa e conhecer melhor quem você mora ?

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Faça você mesmo vai precisar de comprar 1. Você um tecido para tela de projeção ou quem sabe até o blackout da cortina de um vizinho, basta que a frente seja branca e o fundo escuro. Quem sabe a empena de cor clara de um edifício? Na W3 Sul e Norte temos várias lojas de tecidos onde você pode encontrar este tipo de material. A medida de 1,5x1,8m atenderá para eventos pequenos. 20cm de folga de cada lado são ideais para a fixação da estrutura.

3.

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A regra é cada um levar a sua cadeira. Que tal aquelas dobráveis de praia, ou as cadeiras de plástico da reunião de condomínio? Você pode até usar a cadeira sarrafo que ensinamos anteriormente!


1. 2. 3. 4. 5. 6.

TECIDO PARA TELA DE PROJEÇÃO; 2 ESTACAS DE MADEIRA; PREGOS; MESINHA; RETROPROJETOR E LAPTOP; CADEIRAS

2.

Prenda o tecido com pregos em duas estacas de madeira., que podem ter aproximadamente 2,20m de altura. Desta maneira o telão ficará plano e rígido. Se necessário reforce a estrutura de madeira com ripas adicionais. É importante que a parte que irá ser fincada na terra tenha o formato pontudo facilitar a fixação no solo. Uma mesinha que qualquer vizinho tem em casa, pode ser usada como suporte para o retroprojetor e para o laptop onde será passado o filme. Coloque-os a uma distância adequada do telão. OBS: Você provavelmente precisará de uma extensão para chegar à tomada mais próxima.

Quadras esportivas, praças, áreas verdes, becos.

Não se aplica.

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Céu com Cinema facebook.com/ceucomcinemabsb

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parklet

Que tal transformar uma vaga de carro em espaço de estar para os pedestres? Você sabia que um estudo do Plano Diretor Estratégico de São Paulo afirma que 2 vagas de carro beneficiam 40 pessoas por dia, mas enquanto parklets elas chegam a beneficiar 300 pessoas. Convencido? Os Comércios Locais e a área central da cidade, Setores Comerciais e Bancários por exemplo, são ótimos locais para isso. Cheios de gente transitando o tempo todo, competindo espaços com as vagas de carros, e sem áreas de estar adequadas. Aqui em Brasília alguns restaurantes já utilizam os parklets, mas quem sabe possa ser algo mais público e para a cidade? Algo que todos possam desfrutar?

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Faça você mesmo 1.

Use Pallets (você pode encontrar de graça na Ceasa, ou encostados por ai perto de qualquer loja de construção) ou grama artificial para forrar o solo. dessa forma você delimita bem o espaço que irá utilizar. Uma vaga tem medida usual de 2,50 x 5,00m.

2.

Coloque mesinhas e cadeiras, quem sabe monte a cadeira que a gente ensinou você a fazer na intervenção de nº 4, acrescente alguns vasos de plantas, um guarda sol, enfim, crie a ambiência que desejar com os próprios materiais que tem em casa.

70


1. PALLETS/ GRAMA ARTIFICIAL 2. CADEIRAS, GUARDA-SOL, VASOS DE PLANTAS 3. REVISTAS 4. BICICLETÁRIO

3. Que tal deixar uma música tocando para abafar um pouco o barulho dos carros e disponibilizar uns livros e revistas que seriam descartados para que as pessoas se sentem e possam ler alguma coisa ?

4.

Se você conseguir usar mais de uma vaga, que tal reservar um espaço para estacionamento de bicicletas ? Você pode se inspirar na nossa intervenção de nº X!

Vagas de carro Se você é pessoa física, a Agefis emite uma autorização. Caso seja pessoa jurídica., precisa do licenciamento da Administração Regional.

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Parklet - Zona Verde facebook.com/zonaverdesp

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Biblioteca urbana

Que tal proporcionar momentos legais para as pessoas que estão esperando algo ou alguém pela cidade ? As bibliotecas urbanas já existem em alguns pontos de ônibus de Brasília, espaços onde você pode pegar ou deixa um livro ou revista, e podem ser uma boa opção de distração para quem espera. Quem sabe você não pode montar uma nesse estilo no Pilotis do seu prédio? Pode ser um ótimo local para ler com as crianças e reuni-las, ou até mesmo distrair pessoas que estejam esperando uma carona ou o entregador de pizza. Pense nisso !

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Faça você mesmo 1.

2.

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Limpe bem os caixotes de feira e lixe para retirar as farpas. Se for deixar na cor da madeira, passe apenas um verniz que protegerá contra as intempéries, se for pintar de alguma cor, use tinta acrília ou PVA que são as mais indicadas para madeira.

Monte uma estante do tamanho que você quiser. Antes de parafusá-las umas nas outras, coloque rodinhas ou quem sabe pés palito, para retirar o contato direto das caixas com o chão, e consequentemente melhorar a conservação dos livros.


1. 2. 3. 4. 5.

3.

CAIXOTES DE MADEIRA; VERNIZ TINTA ACRÍLICA OU PVA; RODÍZIOS OU PÉS PALITO; PARAFUSADEIRA

Empilhe quantas caixas tiver e quiser, parafuseas umas nas outras, e complete com os livros! Pronto !!

Pontos de ônibus, Pilotis, locais de espera Não se aplica.

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Sebinho

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Aviso de elevador

Normalmente quando utilizamos o elevador, não temos nada para fazer a não ser esperar. Não há nada de muito interessante para fazer, mas precisa ser assim? Que tal usar o suporte de avisos para comunicar-se com seus vizinhos além dos comunicados a respeito de reuniões de condomínio pouco objetivas ou o aviso de que o edifício será dedetizado? Muitas vezes este espaço é um dos poucos que conecta os moradores, obrigando-os a conviver em um mesmo espaço restrito nem que seja por alguns segundos, e quando estamos completamente disponíveis para ler algo interessante. Eai, topa ? A seguir algumas idéias.. .

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Faça você mesmo 1.

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Você pode comprar o suporte acrílico pronto, ou pode fazer você mesmo usando acetato. Basta marcar o tamanho de 2 folhas A4, uma em cima da outra, deixar uma folga de um centímetro de cada lado, cortar o perímetro e vincar levemente com o estilete o centro para dobrar mais facilmente. Cole as laterais com cola quente ou usando uma fita dupla face resistente e deixe a parte superior aberta para a troca de avisos.


1. FOLHAS DE PAPEL 2. CRIATIVIDADE

2.

Algumas idéias: Que tal ir de escada?

Subir escadas 15 minutos por dia é semelhante a correr 30 minutos por dia. Você economiza academia e energia, pense nisso ! Tem algo para vender ou está precisando de algo para sua casa ? Venda e troca de objetos hoje no pilotis do prédio, compareça!

Tenha um Bom Dia !

Vamos fazer uma horta urbana aqui na quadra? Escreva aqui se concorda e o número de seu apartamento:

O que você acha que precisamos mudar aqui no prédio ou na quadra? Escreva abaixo, estamos abertos a opiniões:

Este mês o consumo de água foi de : _______ 5x maior do que o mês passado! Que tal economizarmos mais ? É responsabilidade de todos!

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Balançando

Se você precisa de um bom motivo para estar na rua ou até mesmo para esperar algo ou alguém, não acha que um balanço seria divertido? Uma idéia simples e rápida, para crianças, adultos, idosos, que proporcionaria momentos mais alegres do que um simples banco duro e mal cuidado.. Você sabia que em alguns países, ao invés de assentos em algumas paradas de ônibus, usa-se o balanço? De certa forma, passa-se a sensação de que tem gente ali que se preocupa e que se apropriou da cidade, e esta pequena te convida para uma estadia maior no espaço público, dando a oportunidade para que você conheça uma nova pessoa, encontre o seu vizinho, e tenha momentos agradáveis. Pequenas atitudes, grandes mudanças !

80


81


Faça você mesmo 1.

Caso utilize a madeira, um pedaço de 70x25cm é o ideal. Lixe bem a superfície, faça uma arte a seu gosto e finalize com um verniz impermeabilizante. Faça 2 furos circulares nas laterais de diâmetro equivalente à espessura da corda que você tiver disponível.

2.

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Passe as pontas das cordas debaixo para cima pelos dois buracos, e a uma altura de aproximadamente 50cm faça um nó do tipo azelha simples , como demostrado na foto ao lado.


1.

Pneu ou tábua de madeira (70x25cm) 2. Corda (tamanho variável de acordo com a altura do suporte)

3.

Envolva as pontas no galho de árvore ou na estrutura de suporte escolhida, e faça o mesmo tipo de nó com as pontas unidas, deixando aproximadamente 20 cm de sobra da corda. Pronto!! Se quiser você pode usar a mesma técnica com um pneu usado e ainda tem a opção de usá-lo tanto na horizontal quanto na vertical!

Árvores e pontos de espera Não se aplica

ombus o de c com t s o p les eo Procur is próximo, e u para a e tíveis m terão um pn mbas a z a e c t s ça cer ecer! A e madeira r e f o d lhe cheias ifícil andam , não será d m també contrar! en

Baru Design

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Picnic

Olha que idéia mais simples, um picnic! Nós, que moramos em Brasília, temos o privilégio de ter áreas verdes que servem de quintais mesmo para aqueles que não moram em casas. Não precisamos de grandes parques para estarmos em contato com a natureza. Que tal aproveitar um belo dia de sol para fazer um lanche com seus filhos ou amigos na pracinha da quadra, ou na grama entre as árvores, e desta forma além de desfrutar de um momento bacana, vai estar correndo o risco de encontrar algum vizinho, de conversar, trocar idéias, se juntar a outras pessoas. Te ensinarei a fazer uma toalhinha ótima para estar ocasiões !!

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85


Faça você mesmo 1.

Utilize a medida padrão 40x60cm e repita-a 15 veze formando um retângulo de 200x180cm. As duas medidas inferiores da lateral esquerda deverão ser de uma outra cor para dar destaque ao local aonde a sacola será fechada. Você deverá costurar duas alças nas extremidades opostas, como mostrado na figura abaixo.

5

6

4 86

3

2


1. 1 peça de tecido 200x180 cm 2. 1 peça de tecido 1,20x 40 cm 3. Duas tiras de 40 cm de tecido grosso para a alça.

2.

Você deverá dobrar o tecido de modo a formar uma sacola. Dobre primeiro o lado menor, posteriormente o lado superior, e por fim feche a sacola, seguindo a numeração das setas. Desta forma poderá transportá-la para onde quiser!

azer er a f de d n e r p er a orte Se quis ira para sup e e st uma e jetos, acess ob

1 87


Piruetas no Bambu

Crianças são ótimos movimentadores do espaço público, são barulhentas, chamam a atenção, fazem amizade fácil e são um ótimo motivo para nos estender-nos ao ar livre. Elas encontram um motivo para brincar em qualquer objeto e quanto mais complicado e desafiador melhor é ! Que tal montar uma estrutura de bambu rápida e fácil de ser para e por eles ? O bambu é um material super resistente, leve e além disso cresce muito rápido! Com cerca de 3 a 5 anos eles já atingiram a idade ideal para serem recolhidos. Teste você mesmo!

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Faça você mesmo 1.

A base de tudo é um tripé, que será feito com as 3 peças maiores (4,60m). Una uma das extremidades das três peças, enrolando a cinta de borracha, puxando bem e firmando a estrutura. Para finalizar, passe o final da cinta por debaixo de uma das voltas., como na imagem abaixo:

2.

A pecinha utilizada acima é muito fácil de ser feita ! Basta você pegar um pedaço de bambu de 20 cm, dividi-lo em 4 partes, e utilizar uma das partes de base. Prenda um barbante entre a base e a rodela do nó de um bambu envolto pela borracha, e pronto! Essa ferramenta pode ajudá-lo na finalização das amarrações.

90


1. 2. 3.

3.

3 peças de 4,60m de bambu* 9 peças de 3,50m de bambu* 30 faixas de 5x170cm de cinta de borracha de câmara de pneu de caminhão. *(esp=6 a 7cm)

Vá colocando as peças de 3,50m na transversal e na diagonal do tripé de modo a estabilizar a estrutura, criando obstáculos e suportes para as crianças. Pronto!

Áreas verdes, parquinhos. Não se aplica

asso so a p s a p m o ueira u sista a Caso q etalhado, as mais d vídeo: 5701 http

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Coletivo Feira Livre

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ponto de troca

Recentemente, a intervenção ao lado foi feita nos antigos pontos de ônibus aonde passava a rota dos famosos Zebrinhas. No entanto, devido à extinção do serviço em 2013, os espaços ficaram abandonados e inutilizados. Este ano, por alguma razão, foram colocadas imagens antigas em preto e branco nestes pontos, com os dizeres: “ponto de doação anônima, deixe ou pegue algo”. A ação me parece reivindicar duas coisas: uma é a ausência de pessoas no local, representada pelas figuras “anônimas”, outra é a ocupação do espaço movida pela transformação do antigo ponto de ônibus em ponto de troc.a. Que tal seguirmos a idéia? Quantas vezes temos objetos em bom estado em casa, que não queremos jogar fora mas não sabemos o que fazer com eles? Que tal criar um ponto de troca no local onde mora ? 92


93


Faça você mesmo 1.

Você pode eleger um espaço coberto perto de onde mora para ser o ponto de troca, ou pode marcar “O DIA DA TROCA” e convidar todas as pessoas a levarem o que gostariam de trocar ou vender, até porque a troca de experiências e a interação social é a principal das trocas.

2.

Created by Samuel Q. Green from the Noun Project

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Dia da Troca

Divida diferentes espaços para objetos pequenos, médios, e grandes objetos. Por exemplo, deixe uma caixa de papelão para os objetos menores, uma caixa de feira para objetos médios, e forre um espaço com pallets para o depósito de grandes objetos.


1. 2. 3. 4. 5.

3.

Malha suprex ou lycra Barbante Pregos Martelo Caixas

Você pode colocar os objetos no pilotis de um dos edifícios, ou criar um espaço coberto na pracinha da quadra ou do bairro onde mora. Malha suprex ou lycra tensionada são ótimas alternativas que podem servir para cobrir áreas temporariamente. Para saber o tamanho que você deve comprar basta saber que malhas esticam até 50% do comprimento e 100% na largura. Prenda o tecido entre as árvores utilizando pregos e barbantes e pronto !

Pilotís, praças. Não se aplica

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Superquadra Criativa

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que ônibus passa aqui?

Quem, em Brasília, já desistiu de utilizar o ônibus por falta de informação? Nos pontos de ônibus nunca sabemos quais linhas passam ali, para onde vão, nem de quanto em quanto tempo passam. Se não somos usuários frequentes, fica muito difícil se planejar, ponderar quanto tempo e em quais locais você deve parar, simplesmente pelo fato de que a informação não é facilmente acessível, o que leva muitas vezes com que as pessoas desistam de utilizar o transporte público. Que tal tomar uma atitude quanto a isso? O Grupo Shoot the Shit de Porto Alegre já faz isso por lá e já espalhou a idéia., que ganhou força na capital apenas durante a Copa do Mundo e agora já se encontra esquecida. Vamos reativá-la!!! 96


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Faça você mesmo

um modelo como esse ao lado 1. Faça do grupo Shoot the Shit, ou baixe o pdf pelo site deles: shoottheshit.cc/que-onibus-passa-aqui/

Não precisa ser algo muito elaborado, basta que seja eficiente. Imprima-os em papel adesivo e cole nas paradas. Se você não conhecer uma gráfica que faça isso, imprima em papel sulfite normal e cubra com papel contact para colar. Você pode fazer modelos mais cumpridos para serem colados nos postes, ou modelos mais quadrados para serem colados nos fundos das paradas.

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a


1. PAPEL ADESIVO 2. MARCADOR PERMANENTE 3. BARBANTE

2. Amarre umas canetinhas com barbante próximo a esses cartazes. Dessa forma, os próprios usuários poderão prestar sua contribuição e se envolver mais com o processo. Isso poderá abrir espaço inclusive para que vez ou outra alguém deixa um comentário ou sugestão mais criativo e com certeza chamará a atenção da mídia.

Pontos de ônibus

Não se aplica.

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Mapeia DF facebook.com/mapeiadf

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Curativos urbanos

Quantas vezes nos deparamos com calçadas esburacadas, desniveladas, sem rampas para passagem de cadeirantes, carrinhos de bebê e bicicletas? E, infelizmente, como os reparos demandam mão de obra especializada não fazemos nada? Que tal começar mostrando para as autoridades que isso incomoda mais do que elas imaginam e sair distribuindo pela cidade avisos como estes ao lado criados pelo grupo “Curativos Urbanos”? Esse tipo de atividade é simples e pode ser executada por pessoas de todas as cidades, inclusive crianças, ensinando-as a desenvolver um olhar mais atento para a cidade.

100


101


Faça você mesmo

moldes no formato de 1. Faça band-aid, placas de alerta, ou até mesmo uma agulha, para chamar atenção de alguma forma para os reparos que você acha que as calçadas precisam passar. Quem sabe você pode reproduzir a mesma atitude em outros locais degradados, praças, escadas? Algumas ciclovias recentemente implantadas não foram conectadas com as demais calçadas, que tal colocar os avisos nestes locais ? Utilize cartolina ou EVA.

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1. EVA 2. TESOURA 3. COLA

2.

Escreva frases que insinuem e motivem as pessoas, do tipo:

“A CIDADE TAMBÉM É SUA” “PRECISO DE AJUDA” “PRESERVE O QUE É SEU”

3..

Não deixe os aivsos soltos, eles podem se deslocar para outros lugares e correm o risco de não passar a mensagem correta. Tente prender com pregos, taxinhas, cola fita adesiva, mas cuidado para não deixar estes elementos soltos e machucar alguém.

Calçadas, meio fios, rampas Não se aplica.

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Curativos Urbanos facebook.com/curativosurbanos

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Bicicletário

Quantos bicicletários você lembra de ter visto pela cidade nos ultimos tempos ? Um, dois ? É.. realmente em Brasília eles não são fáceis de serem encontrados, e isso é um dos fatores que desestimula o uso mais frequente da bicicleta nas cidade. No local onde você trabalha existe bicicletário ? Que tal criar um e colocá-lo no estacionamento ou na garagem ocupando o espaço de uma vaga de carro, ou próximo a uma parada de ônibus ? Com certeza isso estimulará mais o uso deste meio de transporte, que, além de não poluir o ar, diminui o número de carros nas ruas, e consequentemente o barulho e o trânsito, além de fazer muito bem para a saúde e para o bolso.

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Faça você mesmo Para cada 3 vagas você vai precisar de: 10 unidades de 25cm (peça 01) 6 joelhos 4 unidades de 42cm (peça 02) 18 conectores T 3 unidades de 47cm (peça 03) 9 unidades de 10 cm Peça 03

1. Peça 01

Peça 02 Peça 01 Peça 03

É rápido e fácil montar. Basta seguir o passo a passo. Não se esqueça de usar as unidades de 10cm para unir dois conectores T, ou um conector T com um joelho, que dará o acabamento para o seu bicicletário.

106


1. 2. 3. 4.

7 METROS DE CANO PVC DE 1” ARCO DE SERRA (SERRINHA) JOELHOS DE 90º DE PVC CONECTORES T DE PVC

2.

Conector T

Joelho

Peça 02

Pronto ! Agora basta você apoiar o bicicletário aonde achar que deve. Se quiser fazer algo mais resistente, utilize cano de cobre ou de aço. Você também pode parafusar o bicicletário ao solo utilizando uma braçadeira de aço.

Conector T

Pontos de ônibus, garagens, estacionamentos; Lei nº 4.423/2009 Lei nº 4.800/2012

asília é em Br bicicleje o h ue de Sabia q a instalação e fluxo ia a r r ó g nd obrigat m locais de o a lei não t e tários as, no entan proteste: o e s s a de pe ida? Confir3/2009 e r 2 p .4 é cum is nº 4 /2012; le

4.800

Rodas da Paz http://www.rodasdapaz.org.br/

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cellograff

Quantas vezes a gente encontrou pixações pela cidade que não fazem sentido para uma maioria, mas que por algum motivo fazem sentido para a pessoa ou o grupo que a executou? Por outro lado, quantas vezes vemos verdadeiras obras de artes serem degradadas e marginalizadas por estarem ocupando a fachada de alguma organização privada? É pensando nisso que surgiu o Cellograff, uma forma de se expressar através da arte urbana que não fere o patrimônio, facilmente removível ou transportável, e que ainda assim consegue passar a sua mensagem. Se interessou ? Confira como fazer!

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109


Faça você mesmo 1.

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Você vai precisar de : Duas árvores, dois postes, duas aberturas entre paredes, dois pilares, aonde desejar, e um rolo de papel filme.. Basta que os dois suportes adotados estejam distados suficientemente para que o seu rolo possa envolvê-los, criando um painel rígido o suficiente para a aplicação da arte. Dê várias e várias voltas.


1. PAPEL FILME 2. TINTA SPRAY

2.

Pronto !! Você já tem a superfície e já pode deixar a imaginação fluir. Utilize a mesma tinta spray de arte urbana, faça um breve esboço do que você desenhará em um papel, e repasse em maior escala para o papel filme. Você vai ver como o resultado será tão magnifico quanto aquele aplicado diretamente na parede e o melhor, ainda permite erros !!

-se:

Inspire

Entre dois suportes Não se aplica.

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Graffiti Brasília

facebook.com/brasiliagraffiti

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feira livre

Que tal organizar uma Feira Livre no seu prédio, na sua quadra ou para toda a cidade? A idéia está no nome, chega quem quiser, vende o que puder, troca quem tiver afim, sem taxas, sem burocracias. O Coletivo Feira livre já realiza a ação a algum tempo aos domingo do Eixão do Lazer. Tudo isso reune vizinhos e amigos, ajuda o intercâmbio de informações entre pessoas que possuem interesses comuns, estimula a criatividade, fortalece o sentimento de vizinhança, além de ser uma grande oportunidade para lançar novos negócios! Dependendo da dimensão do evento, não é necessário nem mesmo atender a nenhuma exigência burocrática, basta marcar o local e a hora e divulgar !

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Faça você mesmo Você vai precisar de : 6 ripas de 2,0m x 5,5cm x 5,5 cm ( C x H x L ): peça 01) 9 ripas de 1,39 x 5,5 cm x 5,5 cm ( C x H x L )

Peça 02 Peça 01

Peça 01

Peça 02

Peça 02

1.

114

Parafuse uma peça 01 em cada extremidade de uma peça 02 a uma altura de 15 cm do chão; a segunda a 90cm do chão, e a última alinhada com o topo da peça 01. Você vai fazer esse conjunto 3 vezes, e parafusá-las formando um quadrado semi-aberto.


1.

19m x 5,5cm x 5,5cm ( C x H x L ) de ripas de madeira 2. Parafusos e Parafusadeira 3. 5 x 1,60m de tecido plástico

3. Com o tecido plástico você cobre o fundo e o teto de sua barraca, e para fazer um charme um pouquinho da frente. Se você quiser, costure tirinhas do próprio tecido no perímetro e envolva as ripas dando um laço. Desta forma você poderá instalá-lo mais rapidamente. Pronto!! Se quiser, pode apoiar uma tábua de madeira entre as duas ripas transversais centrais e formar um balcão!

Praças; Áreas verdes Lei 4.748 de 2012

ct de a Proje tipo d a n o o Lim este O grup quem faz e não é qu Brasília aquinha, por ia ? r r de bar r uma parce o p : o s pr te-o Contac ject.com.br o

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Coletivo Feira Livre

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Aqui não é banheiro! Quantas vezes evitamos as passagens subterrâneas por serem espaços muito escondidos, e por isso, muito perigosos? O perigo a gente só resolve com gente, quanto mais pessoas, mais afastados estarão os mau feitores. E como atrair pessoas se o local não é nada convidativo? O cheirinho logo na entrada já dá vontade de sair correndo! Por serem locais escondidos, muitos pedestres, na sua maioria homens, utilizam as passagens como banheiro. O problema é que aquele mau cheiro fica parado ali dias e dias até ser limpo, obrigando os outros pedestres, que não têm nada a ver com a história, a lidar com o mau cheiro e a desviar dos obstáculos. Por outro lado, não existem banheiros públicos espalhados pela cidade para aqueles que caminham pelas ruas. Como fazer para chamar a atenção de que algo precisa ser feito quanto a isso ? A seguir vai uma idéia rápida ! Proponha a sua!! 116


117


Faça você mesmo 1.

Parafuse um funil metálico, daqueles maiores, a uma altura de 65cm do chão para homens, ou 50cm para mulheres. É importante que ele esteja alinhado com as grades da tubulação de drenagem .

3.

Claro que o ideal é termos o equipamento adequado, mas quem sabe isso chama a atenção de autoridades!

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1. Funil de aço 2. Mangueira emborrachada 3. Parafuso e parafusadeira

2. Conecte uma mangueira de borracha, e deixa a parte final dela dentro da tubulação de drenagem. Se quiser, escreva cartazes assinalando o objetivo da instalação e coloque-os próximo ao local.

Passagens subterrâneas Não se aplica

s m nova e r a s n iode pe , e apr Você p de execução lheres. u s forma opção para m não é a ivo morar ade o objet ortável” d Na ver titude “conf opção aa ma r deixa ao menos u s ! r o a mas d desesperad s o a

Coletivo Entre Eixos

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Avisa o pedestre!

Em Brasília, somos acostumados com o famoso sistema de sinalização composto por placas verdes, azuis, marrons e brancas avisando aos veículos motorizados aonde devem ir e onde estão. E para os pedestres, qual a sinalização? Recentemente, devido à Copa do Mundo, foram instaladas placas informativas pela cidade para os turistas, contando a história de Brasília em alguns pontos específicos. Isso já foi um ganho, mas e o dia a dia? Qual é o tipo de informação que só pode ser vista e só é necessária para o o pedestre ou ciclista que está em falta na cidade? Pense nisso !!

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56 a 20 minutos a 15 minutos

121


Faça você mesmo 1.

Você pode usar etiquetas adesivas, mandar imprimir diretamente em adesivo vinílico, ou imprimir no papel comum e plastificá-lo para que fique protegido das intempéries. Dê uma andada pela cidade e você facilmente saberá o que é necessário indicar. Aqui vão algumas dicas:

Igrejinha Nossa Senhora de Fátima a 3 min. à pé

122


1.

Papel plastificado ou etiquetas adesivas 2. Criatividade

PONTO DE ÔNIBUS A 15 MINUTOS A PÉ

SETOR BANCÁRIO SUL A 10 min A PÉ

ESTAÇÃO DE METRÔ A 10min

ESTAÇÃO DE BIKE ITAÚ A 5min PARQUE DA CIDADE A 10min DE BIKE

cas nas pla é a a d a s eu ília A font ção de Bras dica a z i l de in de sina ica. O ver nde t lo é Helv nde ir, o azu pontos para o o marrom m o te stá, você e os e o branc ivas. turític ões explicat aç inform

O novo guia de Brasília

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Lixo é luxo

Você sabia que nós, brasilienses, somos recordistas de maus exemplos em relação ao descarte de lixo? Brasília é a cidade que mais produz lixo por pessoa por dia no país, além de termos o maior lixão da América Latina, o lixão da estrutural. A situação é muito grave e precisamos deixar de ignorar o problema. Porque o lixo é sempre tratado como algo feio, algo que deve ser afastado da vista das pessoas, quando podemos usá-lo para educar crianças, conscientizar pessoas, aliviar o planeta, gerar empregos, criar objetos novos ? As lixeiras não precisam ser feias, você pode pintá-las com desenhos simples e formas geométricas, o que já chama bastante atenção. Além disso, que tal ensinar às pessoas dicas de como reciclar os materiais?

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Faça você mesmo 1.

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Se você não possui dons artísticos ou não tem um amigo grafiteiro, que tal criar padrões geométricos em adesivo vinílico (alguns podem até imitar os típicos cobogós de Brasília) fazendo uma composição nas lixeiras ? Ai vão algumas idéias:


1. Adesivo vinílico ou tinta spray 2. Criatividade

2.

Uma vez que a lixeira está mais bonita, e por isso chamando mais atenção, aproveite a oportunidade para fixar dicas de reciclagem nas proximidades, indicações de pontos onde a coleta seletiva é feita, ou, se são muitas lixeiras, pinte-as de acordo com as cores de reciclagem. Será um pequeno ato que pode mobilizar a comunidade entorno deste objetivo comum tão importante.

O banco Santander recolhe pilhas e eletrônicos portáteis!

Para verificar os itinerários da Coleta Seletiva no DF acesse: abr. ai/coletaseletiva

Lâmpadas fluorescentes são tóxicas. A agência da CEB da 508 sul faz a coleta.

A CAESB recolhe óleo de cozinha em garrafas PET em suas 14 gerências.

o de o pont o l a u q róxim aber Para s letiva mais p utras o se coleta você mora e se: s e e d c de on incríveis, a r s .b dica le.com cyc

www.e

Serviço de Limpeza Urbana www.slu.df.gov.br/

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Lambe-Lambe

A técnica de lambe-lambe tem tomado conta das cidades. Geralmente são usadas frases, ou montagens de imagens, colocadas em locais abandonados, becos e tapumes de obras. Não é recomendada a sua aplicação em locais privados ou de sinalização. Uma boa idéia é utilizar a técnica para recuperar e trazer um pouco de cor a espaços e mobiliários urbanos degradados. Simples e rápido, o lambe-lambe pode ser aplicado por qualquer pessoa , basta unir criatividade, papel, uma misturinha colante e pronto!

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Faça você mesmo 1.

O papel não pode ser muito grosso, pra não ficar difícil de colar. O ideal é uma gramatura de 75g/m2 ou 90g/m2. Faça uma composição e utilize uma impressora a laser ou offset para impressão, nunca a jato de tinta pois ao passar a cola ela desintegrará a imagem.

2.

130

Para produzir a cola, você deve misturar 1 xícara de polvinho ou maizena a 1 litro de água fria. Enquanto isso deixe 4 litros de água fervendo, e quando começar a borbulhar, acrescente a mistura feita anteriormente.


1. 2. 3. 4.

3.

Papel 75g/m² 5L de água 1 xícara de polvilho Limão ou vinagre

Quando você levantar a colher e o fio do líquido parecer mais denso e demorar mais para cair, está finalizado. Acrecente gotas de limão ou vinagre para garantir maior durabilidade para a cola.

4.

Se você preferir pode usar uma misturinha com cola comum. Para cada 2 partes de água, use uma de cola branca escolar líquida. Cada litro de cola branca rende 3 litros de cola pra lambe, o suficiente para colar cerca de 200 cartazes no formato A3.

Áreas degradadas, tapumes. Não se aplica

gós e cobo d s t a dingb ucano Baixe a ta pernamb a na is do art Luigi, imprim e: me mb r Guilhe de lambe-la a form d

om.br

ogo.c

tcob ingba

Coletivo Transverso

facebook.com/coletivotransverso

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Faça você mesmo

Passo1:

Passo 2:

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Passo 4:

Passo 3:

133



Y

Eai? Inspirado? A página anterior está reservada para você. Agora crie o seu próprio manual e não pense duas vezes antes de agir. Basta o primeiro passo e tudo fluirá. Vamos ocupar Brasília !

Y


Y ReferĂŞncias


Lista de FIguras PáginaPágina Fonte Fonte 8 e 9 8 eLivro 9 Arquivo Livro Arqui Brasília, vo Brasília, Pag. 198 Pag. 198 11 11g1.globo.g1.cgom lobo.com pessoalpessoal 14 e 1514 eAcervo 15 Acervo 16 e 1716 earquiteturaurbani 17 arquiteturaurbani smotodos. smotodos. org.br/superquadras/ org.br/superquadras/ 19 19viatrolebus. viatrolebus. com.br/2015/03/5-simbolos-da-cultura-rodoviarista-em-sao-paulo/ com.br/2015/03/5-simbolos-da-cultura-rodoviarista-em-sao-paulo/ com.bar/news/p:0/idp:29325/nm:Picnik-das-criancas/ gpsbrasili .com.br/news/p:0/idp:29325/nm:Picnik-das-criancas/ 21 21gpsbrasilia. 22 e 23 22 eAcervo 23 Acervo pessoal, pessoal, 2015 2015 Acima:Acima: AcervoAcervo pessoalpessoal 51 51 Abaixo:Abaixo: facebook. facebook. com/hortacomuni com/hortacomunitaria114sul taria114sul Acima:Acima: ciclovivo. ciclovivo. com.brcom.br 55 55 Abaixo:Abaixo: minhocario. minhocario. eco.br/eco.br/ 56 e 57 56 eritaortega. 57 ritaortega. com.br/ com.br/ Acima:Acima: aviagemcerta. aviagemcerta. com.br/2010/09/hoje-em-paris-jardins-du-luxembourg/ com.br/2010/09/hoje-em-paris-jardins-du-luxembourg/ 59 59 Abaixo:Abaixo: www.www. uncommongoods. uncommongoods. com/product/magnetic-pallet-chair com/product/magnetic-pallet-chair Acima:Acima: gestaourbana. gestaourbana. prefeitura. prefeitura. sp.gov.sbp.r/largo-sao-francisco/ gov.br/largo-sao-francisco/ 63 63 Abaixo:Abaixo: vestindoaalma. vestindoaalma. com.br/cinema-ao-ar-livre-em-sao-paulo/ com.br/cinema-ao-ar-livre-em-sao-paulo/ Acima:Acima: Oakland, Oakland, California; California; ec2-54-235-79-104. ec2-54-235-79-104. compute-1. compute-1. amazonaws. amazonaws. com/ com/ 67 67 Abaixo:Abaixo: AcervoAcervo pessoalpessoal 71 71popupcity. popupcity. net net pessoalpessoal 75 75AcervoAcervo 79 79QuadraQuadra 713 sul;713Acervo sul; Acervo PessoalPessoal 81 81www.www. comofazer. comofazer. com.br/como-fazer-um-balanco-de-pneu/ com.br/como-fazer-um-balanco-de-pneu/ Acima:Acima: CorreiCorrei o Braziliense o Braziliense 83 83 Abaixo:Abaixo: pinterest. pinterest. com.brcom.br 87 87facebook. facebook. com/feiralivre com/feiralivre 88 88vimeo.cvimeo. om/116795701 com/116795701 pessoalpessoal 91 91AcervoAcervo 93 93g1.globo.g1.cgom lobo.com 95 95facebook. facebook. com/shoottheshit. com/shoottheshit. cc cc 98 98facebook. facebook. com/curativosurbanos com/curativosurbanos 103 103 pinterest. pinterest. com.br/bicicletario com.br/bicicletario 107 107 cellograff. cellograff. com com 108 e 108 109 ecellograff. 109 cellograff. com com 111 111facebook. facebook. com/feiralivre com/feiralivre Acima:Acima: noticias.noticias. r7.comr7.com 115 115 AbaixoAbaixo : adilsonri : adilbeiro. sonrinbet/ eiro.net/ 119 119facebook. facebook. com/WalkRaleigh com/WalkRaleigh 122 122 AcervoAcervo PessoalPessoal Acima:Acima: rioeuteamo. rioeuteamo. net/acoes/270 net/acoes/270 127 127 AbaixoAbaixo : kunstlerblog. : kunstlerblog. com/2014/02/24/lambe-lambe/ com/2014/02/24/lambe-lambe/

Ano Ano n. id. n. id. 2009 2009 2015 2015 n. id. n. id. 2015 2015 2014 2014 2015 2015 2015 2015 2014 2014 n. id. n. id. 2013 2013 n. id. n. id. 2009 2009 n. id. n. id. 2014 2014 2014 2014 2012 2012 2015 2015 n. id. n. id. 2015 2015 2015 2015 n. id. n. id. 2014 2014 n. id. n. id. 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2012 2012 2013 2013 2014 2014 n. id. n. id. n. id. n. id. n. id. n. id. 2015 2015 2012 2012 2011 2011 2012 2012 2015 2015 2013 2013 n. id. n. id.


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