O Evangelizador Ano XX - nº 230 - Agosto/2015
Caros filhos e filhas de São Benedito: Neste mês de agosto, celebramos, na Igreja, o mês vocacional, de modo especial, a vocação de Sacerdote, a vocação de Pai, a vocação de Religioso(a) e a vocação de Catequista. Todas estas vocações, que celebramos neste mês, são um chamado de Deus para o serviço da Igreja e edificação de seu Reino de amor e salvação entre nós. Também destacamos, nesta edição, que celebramos a família, que é a fonte de todas as vocações, pois, é na família que são gerados bons cristãos, que posteriormente venham a responder com um “sim” o chamado que Deus faz a cada um. Para tomarmos consciência da beleza de cada vocação e assumirmos cada um de nós o chamado que Deus nos faz, apresento alguns textos nesta edição que nos ajudarão a compreender, respeitar, e rezar, para que o Senhor suscite, em nosso meio, pessoas generosas e comprometidas! Padre Gustavo Henrique Crepaldi Pároco
Paróquia São Benedito - Bauru/SP
Ser Pai é uma Vocação e Dom A importância da figura paterna na vida de uma pessoa acontece de diferentes formas em cada fase da vida. Pensando nos aspectos psicológicos, podemos enumerar diversas situações de importância. Freud, em seus estudos, escreveu:“Não posso pensar em nenhuma necessidade da infância tão forte como a necessidade da proteção de um pai”. Isso nos leva a pensar em quão necessário ele se faz na vida de uma pessoa. A forma de relacionar-se dos pais com os filhos difere-se, claro, do papel materno. A gestação é da mãe, mas a presença física, carinhosa, afetiva, representa os primeiros processos amorosos na relação pai-filho e, certamente, quando bem vivida, dá à mãe maior estabilidade emocional, sentimento de ser acolhida e apoiada nesta bonita fase de sua vida. A figura paterna presente, segundo estudos, sugere melhor desenvolvimento cognitivo e social na aprendizagem e na integração com as outras pessoas. Claro que este não é um fator decisivo, mas é importante. Em geral, o pai é a primeira pessoa que ajudará o bebê a desvincular-se do colo da mãe e estar com outras pessoas. Muitas pessoas relatam a “falta do pai, a ausência”, a dor de não ter tido o amor do pai ou mesmo o fato deste não estar com a família. É certo que muitas famílias contam com o pai como provedor de recursos aos filhos e nem sempre fica claro para eles o quanto o pai também ama desta maneira. Em quais aspectos a figura paterna pode auxiliar um filho? Em uma vida emocional equilibrada, no crescimento de sua autoconfiança - quando reconhecida suas capacidades e incentivado a tomar atitudes - , a viver bem os aspectos de limites, de ganhar e perder, e com isso saber lidar com frustrações, no respeito às autoridades, bem como na percepção de seu papel na sociedade. “Quanto maior é a participação e o envolvimento do pai no crescimento e na educação da criança, melhor é a qualidade da relação que se estabelece entre ambos.” (Pupo, I). Claro que os papéis de pai e mãe nem sempre são representados pelos pais biológicos por diversos motivos, mas é a partir de figuras que ocupem este lugar e sejam responsáveis por este filho, que a criança ou adolescente poderá, de forma saudável, explorar o mundo, encontrar apoio e perceber-se confiante quanto a si mesmo ou mesmo com relação às pessoas que estão ao seu redor, favorecendo sua relação com o mundo. Amor é o nome do vínculo que muda a história de um homem ao assumir seu papel como pai; em meio às incertezas, aos medos, às expectativas, e também às alegrias, à união familiar e aos relacionamentos positivos, os pais favorecerão, independente da condição da família, o melhor para seus filhos, que, claro, não chegam com “manual de instrução”. No entanto, a força desse amor de doação permitirá que as alegrias possam ser muito mais valorizadas que as dificuldades. Ser pai é vocação e dom, um presente que cada um de vocês, pais, receberam. É uma missão árdua, cheia de preocupações, certamente, mas, acima de tudo, cheia de conquistas, alegrias, vivência, cuidado, amor e vida. Parabéns, pai! www.diocesedecoxim.org.br
JESUS NOS CONVIDA A SEGUÍ-LO, CADA UM NA PRÓPRIA SITUAÇÃO EM QUE SE ENCONTRA, PARA QUE HAJA APENAS UMA SÓ VOCAÇÃO: A VOCAÇÃO À SANTIDADE.