Um pouquinho da Associação Transformar

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Um pouquinho da Associação Transformar

A Associação Transformar é um movimento social encabeçado por oito jovens, com colaboração de voluntários, e é voltado ao auxílio de pessoas em situação de rua. Nossa busca é por resgatar os direitos negados a essa população e contribuir para integrá-los ao ambiente social do qual foram apartados pelos preconceitos e estereótipos criados e reproduzidos. Todos os dias, nós andamos apressados até o trabalho, faculdade e escola. Isolados pelos vidros dos nossos carros, sempre pensando em nós mesmos e incapazes de olharmos para os lados, esquecemos que existem pessoas ao nosso redor. É o caso das pessoas que vivem nas ruas. Infelizmente, apesar de o fenômeno população de rua ser antigo, ainda há quem prefira ignorá-lo. E, enquanto algumas pessoas preferem fingir que os moradores de rua são invisíveis, um simples “bom dia” faria uma grande diferença na vida deles, que convivem diariamente com o sentimento de exclusão. A população em situação de rua é uma das maiores evidências do quão problemática é nossa sociedade. Eles têm seus direitos, como moradia, saúde, alimentação, educação e lazer negados. Inclusive, lhes é impedido o direito de participar ativamente de nossa democracia, já que para votar é necessário comprovante de residência. Por isso, os moradores de rua Se interessou pelo projeto e quer participar? Envia e-mail para contato@juventudearretada.com.br apresentando como você pode contribuir.


figuram como uma classe alheia, sem ou com pouca representatividade e paralela ao resto da sociedade, sendo vítimas de um verdadeiro apartheid social. Nas ruas, esses indivíduos estão vulneráveis a todo tipo de violência urbana, estando mais suscetíveis às mazelas sociais, como as drogas, prostituição, etc. Dessa forma, eles acabam não sendo considerados cidadãos por algumas pessoas e apenas sobrevivem às situações a que são submetidos. Além de tudo isso, os moradores de rua sofrem também com o preconceito, sendo taxados de “vagabundos” e “marginais” pelas pessoas da sociedade, como se estivessem nessa circunstância por vontade própria, não considerando um conjunto complexo de fatores. As razões para eles estarem em tal situação são diversas, não cabendo a nós esse tipo de julgamento. “Destituídos dos seus direitos, eles resistem à exclusão e lutam pela sobrevivência cotidiana. Estão dentro da cidade, mas a cidade não os enxerga. São invisíveis em meio à população. É como

se

houvesse

uma

parede

invisível,

separando duas cidades. Uma, onde tudo é possível. Outra, onde tudo é negado: proteção, privacidade, água, alimentação, aconchego, banho. Sofrem o preconceito e as consequências das políticas “higienizadoras”, que têm como objetivo “limpar” a cidade, expulsando os moradores de rua de todos os lugares.” (Cartilha dos Direitos dos Moradores de Rua – Ministério Público do Estado de Minas Gerais) Apesar de ser um quadro antigo na sociedade, pouco é feito na esfera pública para atenuá-lo. Prova disso é que a última pesquisa realizada data de Se interessou pelo projeto e quer participar? Envia e-mail para contato@juventudearretada.com.br apresentando como você pode contribuir.


2005, coordenada pelo Instituto de Ação Social do Recife (IASC). Através dela, foram contabilizadas 1.390 pessoas em situação de rua na cidade do Recife, sendo a maior parte delas do sexo masculino e entre 0 e 18 anos. Mesmo que possa parecer pouco quando comparado com a população total da cidade, não podemos nos limitar a isso, pois essas pessoas não podem ser reduzidas a um índice. E mesmo uma pessoa morando na rua já é demais! Nosso objetivo é conhecer essas pessoas, buscando entender suas necessidades e levar em consideração suas individualidades. Procuramos realizar

medidas

que,

além

de

paliativas,

também

promovam

um

acompanhamento, de modo a amenizar os seus problemas e suas dores. É através de ações promovidas com ajuda de voluntários, como o Sopão, que conseguimos nos aproximar do nosso sonho, criando novos vínculos e fortalecendo os laços já existentes. Para podermos acompanhar as pessoas que conhecemos, fazemos uso de uma ficha cadastral, que contém desde dados pessoais e informações de saúde até suas principais demandas. Além de suprirmos suas necessidades básicas (alimentação e higiene), tentamos fazer das nossas ações um momento de felicidade, proporcionando a eles um pouco de lazer e cultura, direitos que a eles deveriam ser concedidos. Assim, partindo do pressuposto de que o primeiro passo para buscar a mudança é conhecer a realidade, nos empenhamos em divulgar mais ativamente a vivência das pessoas em situação de rua, tentando fazer a sociedade enxergá-los com outros olhos, deixando os preconceitos de lado, e tocar o lado mais humano daqueles que os ignoram. Nessa perspectiva, esperamos conscientizar, sensibilizar e agregar mais pessoas à causa. Por fim, através das nossas ações e da divulgação dos nossos projetos, esperamos transformar, ao menos um pouco, a vida das pessoas que ajudamos e contagiar as que estão ao nosso redor. Afinal, com amor, tudo se transforma.

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Venha conhecer o projeto e TRANSFORMAR o mundo conosco! Texto redigido pela Diretoria da Associação Transformar: Danielly Brasil Barbara Cavalcanti Felipe Cavalcanti Gustavo Watts Manuela Dias Arthur Henrique Ana Laiza Lima Hermínio Neto

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