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Núcleo Caminhos do Futuro
de 27 de maio a 18 de junho de 2011 Palácio das Artes - Espaço Mari’Stella Tristão de 26 a 19 de junho de 2011
Curadoria Wilson de Avellar
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MESA, TRABALHO E ARTE! É com orgulho que a Oi Kabum! Escolas de Arte e Tecnologia - programa idealizado e gerido pelo Oi Futuro -, abre uma exposição coletiva de significado muito especial, no espaço Mari’Stella Tristão do Palácio das Artes: Mesa de Trabalho apresenta obras de mais de 40 integrantes de sua turma pioneira em Belo Horizonte. A exposição inclui a produção artística dos jovens criadores em diversas áreas, como Design Gráfico, Web Design, Computação Gráfica, Vídeo e Fotografia. As mais de 30 obras ocupam ambientes de ateliê onde o espectador tem acesso a várias etapas dos processos criativos vivenciados, através de esboços e fragmentos preservados nas memórias dos computadores e outros objetos. Assinale-se a atuação da curadoria, através do diálogo ao mesmo tempo pedagógico e profissional com os criadores, em busca do fazer colaborativo. Mesa de Trabalho é uma expressão da juventude popular urbana, com seus interesses, desejos e olhares sobre si e sobre o mundo. A exposição evidencia o potencial criativo dos jovens que se formaram na Oi Kabum! em Belo Horizonte e aponta para novos caminhos, ainda a serem percorridos. Agradecemos a AIC – Associação Imagem Comunitária e o Plug Minas pela qualificada parceria no desenvolvimento da Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia em Belo Horizonte.
Samara Werner Diretora de Educação Oi Futuro
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O Plug Minas é um projeto nascido do objetivo do Governo de Minas de pensar o jovem em um outro lugar. O lugar do protagonista, do transformador, daquele que não somente vivencia, mas promove mudanças em si e na sociedade a sua volta. Desde o começo sabíamos que não trilharíamos esse caminho sozinhos e buscamos parceiros que compartilhassem desta visão para caminharem conosco. Por meio da parceria com o Instituto Oi Futuro e a Associação Imagem Comunitária - AIC, a Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia se tornou um dos primeiros núcleos deste complexo de formação chamado Plug Minas. Por essa relação de construção conjunta, de natureza física e conceitual, a exposição Mesa de Trabalho é mais que um resultado da brilhante atuação deste núcleo inovador, tornando-se uma comprovação material da viabilidade deste projeto e do modelo de gestão que ele propõe. A exposição apresenta resultados de 18 meses de trabalho intenso dos 100 primeiros jovens a integrarem o Núcleo Oi Kabum! e de seus orientadores, em um processo de criação pautado pelas vontades primeiras dos jovens, por suas capacidades criativas e pela maneira especial que transformaram conteúdo teórico em arte. Neste momento, só temos que parabenizar a esses jovens, que estiveram conosco desbravando os primeiros caminhos do Plug Minas e compartilhando os desafios de fazer algo novo para e com a juventude de Minas Gerais. Desejamos que tenham sucesso nos novos caminhos que venham a escolher, mas esperamos, em nosso íntimo, que não se afastem muito de nós, nos brindando sempre com seu talento, criatividade e alegria.
Carlos Gradim Gerente Executivo Plug Minas
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Trabalho e transformação Um núcleo de ideias pop-tecnológicas que, já no nome, herdado dos quadrinhos, explode simbolicamente as fronteiras do conhecimento. Pois quadrinhos, graffiti, música e imagens dos mais variados estilos, sonhos, subjetividades, desejos, tudo isso já era produzido antes de os jovens que aqui estudam entrarem nesta escola. Na Oi Kabum!, todas essas coisas foram apenas potencializadas, direcionadas: um pouco de crítica ali, um pouco de discernimento acolá, a vida em toda parte, e muita conversa, muita história ainda por contar, o futuro inteiro a ser inventado. O futuro... A efetivação da transformação social passa necessariamente pela educação – não é mesmo, Paulo Freire? Pois tão importante quanto o alimento ao corpo é o fogo ao espírito. E de pouco adiantaria erradicar a miséria material se continuássemos imersos na miséria simbólica. Afinal, liberdade tem a ver com poder. Poder-escolher-a-maneira-de-usar, poderescolher-a-maneira-de-dizer, poder-escolhera-maneira-de mostrar e poder-escolher-amaneira-de-trabalhar tem a ver com criar.
Eu sou o olhar que penetra nas camadas do mundo, ando debaixo da pele e sacudo os sonhos. Toco nas flores, nas almas, nos sons, nos movimentos. Desloco as consciências, a rua estala com os meus passos, e ando nos quatro cantos da vida. Murilo Mendes, Cantiga de Malazerde (trechos)
Criar é o verbo mais importante nesse momento da História em que, mais do que a informação, a cultura se torna acessível e virtualmente ao alcance de todos para ser reinventada. Mas o que vale um rio cheio de peixes se pessoas famintas às suas margens não podem – porque não sabem – pescar? É preciso democratizar a pesca, e isso exige muito empenho e trabalho. Trabalho e transformação no domínio da representação. É aí que entram não apenas a técnica, mas sobretudo a arte. Ou seja, o exercício de pôr o mundo em suspenso e fazer o sentido circular, mantê-lo em movimento. Justamente para que esse mesmo mundo possa continuamente nascer ou ressuscitar depois dessa operação. Por tudo isso, acreditamos que é fundamental aproximar cada vez mais as palavras inclusão, arte e tecnologia. E acreditamos que essa aproximação só se faz possível se abrirmos espaço à criação efetiva, à expressão das singularidades e ao encontro dessas singularidades que se dá no ato da criação coletiva. É com essas inquietações que, a cada dia, nos havemos com o desafio de responder à pergunta: afinal, qual é a função de uma escola de arte e tecnologia, no Brasil, no início do século 21? Os trabalhos reunidos nesta exposição, melhor do que toda teorização, pretendem dar uma resposta a tal pergunta. São, segundo a opinião dos próprios artistas, o melhor de sua produção ao longo de um ano e meio que passaram estudando e trabalhando duro na Oi Kabum!. É apenas um aperitivo, que evidentemente não dá conta de representar tudo aquilo que foi produzido na escola, tanta coisa..., mas que talvez sirva para dar uma ideia do que esses jovens artistas serão capazes de fazer daqui por diante. De uma única coisa temos certeza: eles são capazes de transformar. Ana Tereza Brandão Diretora de Projetos Educacionais e coordenadora da Oi Kabum!BH Oswaldo Teixeira sócio-fundador da AIC colaborador da Oi Kabum!
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a . Pensando num suporte que abrigasse a produção de criadores mineiros em cinco áreas - Vídeo, Fotografia, Computação Gráfica, Design Gráfico e Web Design - foi concebida a mostra “Mesa de Trabalho”, na qual estão em jogo, em via dupla, as relações sujeito-objeto: corpos em relação a outros corpos transitam por lugares de uma mesa de trabalho, cuja existência é o próprio ambiente da exposição, certo, delimitado, mas a ser descoberto por cada novo olhar que se lance, cada sentido que se aguce. A ideia de mesa de trabalho é a expressão que melhor simboliza um espaço onde objetos concluídos encontram abrigo provisório e, tal como um livro, a mesa de trabalho revela-se também como composição plural que reúne, sem unificar, a singularidade mesma da criação de seus criadores. b . Os objetos/volumes expostos constituem uma espécie de matrizes acessíveis à participação do espectador. A construção e desconstrução de imagens permitem a criação de novas imagens. Essas matrizes trazem um convite imperativo “faça você mesmo”, e como tal possuem uma variada gama de soluções e múltiplas possibilidades de criação de novas imagens. “Mesa de Trabalho” é uma “orquestração”, termo que, em Maurice Blanchot, nomeia uma maneira peculiar de organizar um conjunto de objetos plurais como resposta a uma necessidade imperiosa: erguer um espaço e habitá-lo, segundo o arranjo de objetos singulares. c . O fazer colaborativo, a parte mestiça das linguagens e das técnicas são aspectos marcantes da mostra. Evidenciam dimensões da potência da criação que acolhe no mesmo espaço e sem hierarquias novas e velhas tecnologias, novos e velhos artistas. Novas e velhas línguas com vistas a adensar sentidos e revelar indícios da coexistência do singular e do plural no processo de criação de objetos estéticos. Singular, na medida em que o sentido de tal criação se dá mediante o jogo que é estabelecido entre espectador e obra. Plural, na medida em que são invenções polissêmicas, marcadas pelas multiplicidades de temas, pela riqueza, variedade e diversidade de abordagens das inter-relações que os criadores mantêm com aspectos contemporâneos dos mais variados.
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d. No ambiente da exposição o visitante terá a oportunidade de manter contato com invenções. Objetos/volumes expostos capazes de transformar e, até mesmo contrariar, certa visão pré-concebida da criação do objeto artístico. Invenções que exploram as potencialidades concernentes a diversas linguagens e a muitas dimensões cognitivas. Os objetos expostos, em estreito diálogo com a História das Artes, sem perder de vista o tempo presente, ora delimitam e definem espaços comuns, ora tensionam o ambiente criando um campo de forças poéticas, suscitando certo grau de incerteza e inacabamento. O provisório, aspecto importante de todo objeto artístico, encontra espaço na exposição “Mesa de Trabalho”. Bom lugar para admitir a empiria da arte: a experiência da incerteza e do inacabamento. e . A matéria fotográfica e videográfica, em inter-relações com o Design Gráfico, com a Computação Gráfica e com o Web Design comparecem, criando deslizamentos entre a pintura, o desenho, a escultura, a palavra, o som, a performance, as intervenções urbanas e site-specific. Possibilidade de compartilhamento de saberes. “Mesa de Trabalho” é uma espécie determinada de jogo. Além da produção de sentidos dos objetos/volumes expostos, recoloca a metonímia de uma passagem sendo aberta. Passagem capaz de revelar as variadas estéticas de seus criadores. f. Três módulos-espaços, determinados e complementares, constituem a mostra, configurando um lugar-exposição: 1) O conjunto de objetos/volumes criados pelos expositores nas cinco áreas; 2) “Sala de Estar”, local de passagem, onde circulam imagens que serão alteradas semanalmente ao longo do período da exposição; 3) cinco mesas de trabalho onde estão depositadas “Carnets de Notes” - reflexos de algumas etapas do processo criativo, diários de bordo singulares de alguns expositores - inscritas na forma física ou virtual.
Wilson de Avellar Curador
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Acesso Débora Costa e Raiane Naiara impressão em papel 2010
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Acesso incorpora a ironia da poesia marginal da década de 70 e a fugacidade da intervenção urbana. Poesia como provocação, a obra convida o leitor (espectador/cidadão) a rir das “armadilhas” da vida contemporânea.
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Árvores Arthur Antônio Machado Gonçalves fotografia 2010
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Árvores são mostradas a partir de enquadramentos e perspectivas que transformam sua materialidade. A árvore deixa de ser árvore para se transformar em textura, luz e forma, numa pesquisa que encontra na desconstrução do objeto uma nova leitura.
Avatares Vários Autores impressão sobre tecido 2010
Partindo de uma proposição, alguns criaram avatares para representar a si próprio. O termo avatar é usado atualmente para designar as imagens que personificam e representam os usuários em jogos e ambientes virtuais. Para a montagem da exposição, os avatares criados foram impressos em pufes dispostos no ambiente da sala de estar das duas galerias.
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Base Marcos Aurélio Guimarães fotografia 2010
O termo base designa a posição assumida pelos praticantes de esportes de prancha, como o skate e o surf. O trabalho apresentado é uma derivação da pesquisa fotográfica do autor sobre a cultura do skate e o modo como ela se manifesta em um grupo de jovens que se reúne numa praça de Belo Horizonte.
Caminhando Juntos Arlane da Conceição Lopes e Stephanie Oliveira website e fotografia 2010
Um olhar poético e afetivo sobre um bairro de Belo Horizonte. Caminhando Juntos é um site, de conteúdo colaborativo, que reúne histórias de alguns moradores do Taquaril. A partir de relatos e imagens, a obra tenta reconstruir a memória da região, apresentando as mudanças na paisagem, o impacto dessas alterações e o modo como os moradores percebem e interagem com o espaço. > www.caminhandojuntos.concatena.org
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Carros e pássaros Vários autores website 2010
Carros e Pássaros tem como ponto de partida a escuta e registro das diversas paisagens sonoras que estão presentes no cotidiano de um grande centro urbano. A experiência aponta para uma nova forma de perceber o mundo – em vez de ver, ouvir imagens. A obra, apresentada em formato de website, propicia ao visitante um passeio sonoro por diferentes locais de Belo Horizonte.
Céus Marcos Aurélio Guimarães fotografias impressas em backlight 2010
Céus surgiu das pesquisas desenvolvidas pelo autor para o projeto Base (p.24). A partir do recorte de um elemento sempre presente nas imagens de manobras de skatistas, aflora uma nova maneira de construção do discurso fotográfico, em direção ao poético.
> www.carrosepassaros.concatena.org
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Concrecarne Camila da Silva Rodrigues, Camila Pereira Duarte, Lorena Ohana Fernandes Rosa, Steffany Teixeira Pereira e Zaika dos Santos instalação audiovisual interativa 2010
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Corpo e cidade se relacionam, mesmo que involuntariamente, através de toda e qualquer experiência urbana. Concrecarne é uma instalação que trabalha essas possibilidades de relação, criando um ambiente no qual o espectador é convidado a imergir.
De skate eu vim de skate eu vou Lorena Amorim website 2010
O trabalho pesquisa o cotidiano e a história de jovens skatistas de Belo Horizonte. Para além dos registros textuais, o imaginário desse universo ganha corpo na apresentação visual do website. > www.deskateeuvim.concatena.org
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Desenhador de luz Juan Luiz Pereira instalação eletrônica interativa 2010
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Uma câmera e diversas canetas emissoras de luz proporcionam ao espectador a possibilidade de desenhar sobre a imagem do espaço que habita. Objetos, pessoas e o próprio gesto do desenho são todos arrastados para o universo da imagem digital e com frequência entram em um processo de retroalimentação que tangencia a própria idéia de cibernética. As imagens geradas a partir dessa interação são armazenadas para um desenvolvimento futuro.
Desenhador vivo Frederico Esteves Martins instalação eletrônica interativa 2010
Um ser gráfico, controlado pelo movimento do corpo do observador e capturado a partir de sensores de distância, passeia pelas telas. A aproximação dos movimentos do observador e do gráfico acabam por gerar uma tensão que escapa da tela e invade o espaço da galeria.
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Diálogo Zero Emanuel Eustáquio Resende Marcelino, Ismael Vaz de Araújo e Jorge Fernando Marnet. vídeo, 4’35’’ 2010
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Diálogo Zero é um vídeo experimental no qual dois personagens se encontram em um espaço desconhecido. A partir desse encontro, criam um diálogo com a sonoridade das palavras, propondo-nos uma imersão num espaço de luz e sombra.
Dois círculos e um triângulo dizem: “estou feliz em te ver” Mirna Lorraine Silva e Rafaela da Piedade Teodoro instalação eletrônica interativa 2010
Um coração pulsa em uma tela enquanto aguarda a presença do observador. Quando isso acontece, uma explosão de corações anuncia a felicidade em vê-lo.
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Eu, Jairo Nilo Augusto, Jorgeane Felicia, Vanessa Santana vídeo documentário, 10’40” 2010
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“Eu, Jairo” surge do encontro de um grupo de realizadores com um morador do bairro Horto, em Belo Horizonte. Jairo relata suas experiências pessoais e critica as relações estabelecidas entre os homens e o trabalho. Sem grandes pretensões, vive o presente em uma ação contínua. O filme trata de encontros: do grupo com Jairo, dele com o seu personagem, do personagem com uma rotina, da rotina com a ação, da acão com as escolhas, das escolhas com o trabalho, do trabalho com o tempo, do tempo com a opressão, da opressão com o consumo, do consumo com o álcool, do álcool com a lucidez.
Escombros Rayone Cândido e Wanderson Tix website 2010
Uma proposição: ocupar a cidade! Uma dúvida: como materializar o desejo de realizar uma intervenção artística no espaço urbano? Um local: Aglomerado da Serra – Belo Horizonte. A partir dessa provocação, surge o projeto Escombros. Tijolos, blocos, cacos, restos, entulhos, mato. A paisagem enquanto devir. Espaços adormecidos, apagados pelo cotidiano acelerado. Recortes de uma memória desabitada. Construção de uma outra memória? > www.escombros.concatena.org
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Estampas musicais Fábio Anacleto serigrafia e impressão digital 2010
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A veia irônica e bem humorada caracteriza a obra gráfica de Fábio Anacleto. O trabalho integra uma linha de estampas para camisetas realizadas pelo autor, que abordam sua relação profissional com a música.
Formatura Luís Fernando Soares da Silva e Vitor Afonso de Oliveira Souza vídeo documentário, 6’10’’ 2010
Vídeo produzido em ocasião da formatura da primeira turma da Oi Kabum! de Belo Horizonte. A obra reúne fragmentos de diversos momentos da formação dos jovens: etapas dos processos criativos, conversas, práticas, vivências, e ainda, fragmentos de outros trabalhos realizados ao longo deste percurso. Nas palavras dos realizadores: “gravamos vídeo e áudio, pesquisamos, articulamos com outros alunos (a quem creditamos a totalidade da trilha sonora). Encontramos dificuldades, cobranças, houve momentos de stress e de fadiga mental, mas muita diversão e satisfação também!”
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Fragmentos de Coisas que Dançam Sara Silva Ribeiro e Zi Reis animação e vídeo, loop 2010
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Quatro animações produzidas a partir de experimentação com técnicas de rotoscopia e intervenção manual em frames de vídeo. Quatro proposições de diálogo entre camadas de subjetividade (a intervenção manual) e a realidade enquadrada (o material filmado, célula viva do corpo imagético do experimento audiovisual).
Fragmentos de insensatez Isabela Gomes Pereira impressão digital sobre tecido 2010
Fotografias impressas em tecido, montadas em bastidor com detalhes bordados. Este é o recorte de um trabalho que está em processo junto aos usuários do Centro de Convivência Artur Bispo do Rosário, onde são propostas intervenções dos usuários em fotografias em suportes variados.
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Frutos nativos Thiago Carvalho dos Santos Técnica mista 2010
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A elaboração de um alfabeto de símbolos e sua aplicação em diversos suportes serve de ponto de partida para Thiago Carvalho manifestar a presença do cerrado em grande parte de sua vida. Com a obra Frutos Nativos, o autor deseja sensibilizar e informar o público sobre rico ecossistema brasileiro.
Imagens do Castanheiras Benny Rodrigues e Karine Soares fotografia 2010
Nesse ensaio fotográfico, a natureza é privilegiada ao se mostrar um bairro onde uma das principais e mais antigas lutas é pelo asfalto. As fotógrafas moram lá, há mais de 18 anos. A preocupação é revelar as belezas do Castanheiras com o olhar de quem vive no local.
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Imagens faladas vários autores composição de imagens visuais e sonoras 2010
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Imagens Faladas é um fragmento de um conjunto de trabalhos que explora a materialidade da voz na relação com a poesia sonora, visual e concreta, experimentando as possibilidades de composição de poemas visuais e transformando tais poemas em partituras para a criação sonora e musical.
Letras e imagens de mesa vários autores desenho 2010
Composição com esboços e estudos de luz e sombra dos personagens numa prancha de história em quadrinhos em processo de produção. Storyboard, desenhos e arte final de Ismael Vaz de Araújo a partir de um roteiro de Jonathan Ribeiro da Silva.
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Livrê Franceline Rodrigues, Ismael Vaz de Araújo e Marina Rosa de Oliveira Técnica mista 2010
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Livrê é uma produção que faz menção à liberdade proporcionada pelo ato de acessar um livro e às experiências táteis degustadas através dessa experimentação. Os haikais e suas respectivas manifestações abrem espaço à ressignificação da construção poética. Colorido, frio, pesado, áspero, leve, saboroso... Por meio de diversos elementos sensoriais e do recurso da escrita braille, as obras procuram despertar o apetite de “alguém” para o mundo e suas imagens.
Memória de Joanice Lívia Sales Xavier de Souza website 2010
Contra o apagamento, a reinvenção da memória. O tempo embaralha ficção e realidade, mistura lembrança e saudade. A obra Memorial de Joanice reúne narrativas que desenham outras imagens e fragmentos desse nome escrito a mão.
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Métrica Kamila Pereira Moreno técnica mista 2010
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Iniciado como uma pesquisa sobre identidade visual em design gráfico, Métrica apresenta abordagens sobre o conceito de medida, nos contextos do design e da arte.
Parada Paraisópolis Daniel Adriano Faria e Jorge Fernando Marnet vídeo documentário, 14’ 2010
Parada Paraisópolis nos convida à reflexão sobre a relação entre pessoas e espaços públicos. As gravações foram realizadas em uma praça do bairro Horto, em Belo Horizonte; local esquecido pelo poder público e ocupado por cidadãos que têm relações pessoais e bastante íntimas com o espaço, apesar das condições de descaso e abandono. A narrativa se dá a partir do olhar de quem vive a realidade do lugar, em especial, de Pedro, personagem que conduz o filme e evoca diversos pontos de vista sobre a relação que ele e outras pessoas estabelecem com esse espaço.
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Pintores Guilherme Gomes Pires fotografia e imagens digitalizadas 2010
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Os poucos e antigos moradores do povoado de Pintores, no município de Araújos, no interior de Minas Gerais, vivem uma vida simples. Em Pintores, a riqueza está nas histórias e na memória de seu povo, que são reveladas aos estrangeiros depois de muita conversa. Uma história leva a outra, assim como as fotografias ora expostas levam à pesquisa para a produção de um vídeo, cuja estrutura de roteiro já pode ser observada.
Poemas almofadas vários autores técnica mista 2010
A concisão da forma. A economia da palavra, mas não do sentido. Pequena máquina poética que estimula percepções, o haikai revela que as coisas pequenas são potentes de significados. A obra Poemas Almofadas convida o leitor/ouvinte a uma outra experiência com a leitura.
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Se essa rua fosse minha Ronald Nascimento revista impressa e fotografias 2010
A apropriação do espaço visual urbano por parte do graffiti e de outras manifestações artísticas é o foco da obra de Ronald Nascimento, que apresenta, no formato de revista, imagens dos trabalhos de “artistas autônomos dessa massa cinzenta”. Ronald devolve à rua o jogo da apropriação com uma performance que propõe aos transeuntes a leitura da publicação nos corredores da cidade.
Sem título Bianca de Sá fotografia e jornais 2010
“ Eu transo Tu transas Ela transa... Com outra mulher. Não fique enojado, Sua filha também é. Este trabalho é um grito aos olhos que nos invisibilizam.” – Bianca Isabel de Sá
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Sem Título Vanessa Apolinário telas de serigrafia e impressões em fraldas de algodão 2010
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Esse trabalho lida com o universo da maternidade, através de fotografias do cotidiano de um bebê impressas em fraldas de tecido.
Sinfonia elíptica Marcos Antônio Dias Júnior e João Pedro Schneider instalação eletrônica interativa 2010
Instalação interativa que convida o observador a criar uma composição musical através de bolas virtuais em uma projeção e de objetos físicos dispostos em uma mesa. O participante pode criar e jogar bolas que produzem sons ao tocar o chão. Ao mesmo tempo, pode manipular os objetos sobre a mesa, produzindo diferentes efeitos e distorções sonoras.
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Todo mundo pode dançar Aline Kellen e Adenilson Rezende website e fotografias 2010
A dança como o movimento do corpo. É este o mote da obra “Todo Mundo Pode Dançar” que reúne, em um site, experiências artísticas diversas, marcadas pela prática do fazer colaborativo.
> www.todomundopodedancar.concatena.org
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Trabalho com Pombos Vitor Afonso de Oliveira Souza e Daniel Lucas Nascimento Barbosa vídeo, 5’ 2010
A obra se organiza em torno da experiência de um dos realizadores com a criação de pombos-correio. Para além de registrar e dar visibilidade a essa atividade pouco conhecida, Trabalho com Pombos alça voos no sentido de investigar a linguagem audiovisual, incorporando elementos da vídeo-arte ao filme documentário.
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Ver sem ver, por que ver? Ismael Vaz de Araújo animação 2010
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Uma pesquisa sobre animação e construção de narrativas, realizada ao longo de um ano e meio, é apresentada sob a forma de uma compilação de experimentos, que revelam o fluxo expressivo incessante do autor.
Vibração sonora Priscila Mendes Lourenço Campelo fotografia 2010
Transformar o som em imagem. Fotografar o invisível. Esse é o desafio do trabalho Vibração Sonora. Uma pesquisa, ainda em processo, que busca descrever o som dos instrumentos e a vibração de cada um.
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Vítimas do consumo Marina Souza Castro Técnica mista 2010
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Partindo de apropriações e paródias, o trabalho Vítimas do Consumo traz reflexões da autora sobre o discurso publicitário e as reações críticas que ele provoca. O modo como a obra se apresenta revela a pesquisa de Marina nas linguagens do Design Gráfico e Fotografia, bem como o seu desenvolvimento no uso da técnica da colagem.
Vó Maria Joana Aline Pinheiro fotografia 2010
Fotos da avó de Aline em diversas situações. Dentro de casa, no quarto, no quintal. As imagens mostram, de forma poética, o cotidiano de uma senhora com seus objetos, cachorro e jardim.
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Exposição Mesa de Trabalho Curadoria Wilson de Avellar Direção de Produção Joana Meniconi Produção Rafael Soares Produção de curadoria Afrânio Ângelo Assistentes técnicos da curadoria Jéssica Ramos dos Santos Design Gráfico Marcos Antônio Dias Júnior Computação Gráfica Marcos Aurélio Guimarães Fotografia Sara Silva Ribeiro Vídeo Stephanie de Oliveira Web Design Consultoria técnica audiovisual André Hallak Projeto expográfico e cenográfico Wilson de Avellar Coordenação de montagem Marcel Diogo Cenografia OPA – Cenografia Montadores Alessandro Lima e Sérgio Arruda Design gráfico Ricardo Portilho Assistência de Design Luís Fernando Soares M. da Silva Fotografia Marcos Aurélio Guimarães Website Lorena Amorim
Criadores Adenilson Rezende de Oliveira Aline Kellen de Souza Aline Pinheiro Apolinário Amanda Costa de Araújo Andreoli Rodrigues Madureira Anna Paula Alves Dias de Oliveira Arielson Flavio Silva Sarmento Arlane da Conceição Lopes Arthur Antônio Câmara de Freitas Augusto César Belisário Bárbara Cristina Teixeira Rocha Bianca Isabel de Sá Bruno Soares Ramos Bryan Luiz de Oliveira Camila da Silva Rodrigues Camila Ferreira da Araújo Camila Pereira Duarte Carlos Alexandre da Silva Dândala Mattos Pereira Daniel Adriano Dorledo de Faria Daniel Lucas Nascimento Barbosa Daniela Gonzaga Dayanne Samara Martins Fontoura Débora Ferreira da Costa Dirlan Franklin Silva Santos Emanuel Eustáquio R. Marcelino Everton Rodrigues C. Oliveira Ewaldo Fagundes Machado Fábio Anacleto Felipe Gerônimo Silva Franceline Rodrigues Silva Frederico Esteves Martins Guilherme Gomes Pires Guilherme Oliveira Guedes Gustavo Alves Teodoro Hayssa Taciana R de Campos Pinto Hosanna de Souza Ruas Hozienne Reis Passos Isabela Gomes Pereira Ismael Vaz de Araújo Jéssica Alves da Silva Jéssica Nunes Correia Jéssica Ramos dos Santos João Pedro Schneider S. Mayrink Jonathan Ribeiro da Silva Jorge Fernando B. Marnet Jorgeane Felícia da Silva Pinheiro
Josiane de Jesus Simões José Romero de Lurdes Juan Luiz Pereira Júlio César Firmino Nascimento Kamila Pereira Moreno Karine Soares de Moura Karollyne Renata Pereira da Silva Kennedy Henrique Nunes da Silva Keven Soares da Cruz Leila Amaral Gonçalves Lívia Sales Xavier de Souza Lorena Amorim de Siqueiros Lorena Ohana Fernandes Rosa Lucas Antonio Rosa Luciana Gonzaga Luís Fernando Soares M. da Silva Luiz Henrique Fiúza Marcos Antônio Dias Júnior Marcos Aurélio Alves Guimarães Marina Rosa de Oliveira Marina Souza Castro Mirna Lorraine Leôncio Nataliele Ferreira Santos Quites Nilo Augusto Paiva Pablo Sandro da Silva Pedro Henrique Oliveira de Paula Priscila Mendes Lourenço Campelo Rafael Bansemer Gomes Rafaela da Piedade Teodoro Raquel Silveira de Melo Raiane Naiara de Sousa Rayone Cândido Pires Silva Ronald Nascimento Sandra Jaqueline da Silva Sara Silva Ribeiro Steffany Teixeira Pereira Stephanie Lorraine F de Paula Stephanie Nazaré de Oliveira Tatiana Francisca do Nonato Rosa Tainara Lira Marques de Castro Thaís Conde Carmo Leandro Thiago Carvalho dos Santos Valdirene Rodrigues de Jesus Vanessa Cristina Santana de Jesus Vitor Afonso de Souza Wanderson dos Santos Zaika dos Santos
Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia Coordenadores Ana Tereza Melo Brandão Joana Meniconi Paulo Emílio de Castro Andrade Equipe técnica e administrativa Ana Cristina Ferreira dos Santos Daniel Moraes Ediane Filgueiras Gislene Shirley Josimeyre Aparecida Ribeiro Silva Maria Malta Raquel Mario de Lima
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Educadores Adriana Galuppo Alexandre Campos Bruno de Araújo Mendes Carlos Henrique Paulino Cristiane Lage Fernanda Helena Guedes dos Santos Flávia Helena Peret Leandro Mascarenhas Matosinhos Leonardo Souza Manuel Guerra Coelho Maria Cecilia Pederzoli Leite Soares Michel Montandon de Oliveira Pedro Cardoso Aspahan Pedro Durães Piero Bagnariol Raquel Junqueira Ricardo Portilho Sylvia Amélia Nogueira de Souza Vanderley Lopes Penaforte Warley Fabiano dos Santos
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Governador do Estado de Minas Gerais Antonio Augusto Junho Anastasia Vice-governador do Estado de Minas Gerais Alberto Pinto Coelho Secretária de Estado de Cultura de Minas Gerais Eliane Parreiras Secretária Adjunta de Estado de Cultura de Minas Gerais Maria Olívia de Castro e Oliveira
Fundação Clóvis Salgado Presidente Solanda Steckelberg
Gerente de Artes Visuais Fabíola Moulin Mendonça
Vice-presidente Antoniel Fernandes de Araújo
Chefe do Departamento de Artes Plásticas Márcia Renó Macedo
Coordenadora Estratégica Liana Caldeira Diretor Artístico Sérgio Rodrigo Reis
Chefe do Centro de Arte Contemporânea e Fotografia Rodrigo Gonçalves da Paixão
Diretora de Ensino e Extensão Patrícia Avellar Zol
Assessora do Departamento de Artes Plásticas Liliane Antunes
Diretora de Marketing, Intercâmbio e Projetos Especiais Cláudia Garcia Elias
Produção Sheila Katz
Diretor de Planejamento, Gestão e Finanças Adilson Meireles Pacheco
Montagem Edivaldo Gomes da Cruz Ronaldo Braz da Silva Vitorino Ribeiro Neto Wilton Bernardino
Diretora de Programação Sandra Fagundes Campos
Estagiários Gabriel Fiúza Leonardo Sciavicco Lucas Nunes Lucas Quintão Gestão de Acervo Fernando Pacheco
Oi Futuro
Associação Imagem Comunitária
Plug Minas
Presidência José Augusto da Gama Figueira
Presidência do Conselho Gestor Elias Pereira dos Santos
Gerência Executiva Adriana Barbosa
Vice-presidência George Moraes
Vice-presidência do Conselho Gestor Valéria Cristina de Paula Martins
Diretoria de Educação Samara Werner
Secretária-tesoureira Juliana Rodrigues de Almeida
Presidência do Instituto Cultural Sérgio Magnani Fábio Caldeira
Diretoria de Cultura Maria Arlete Gonçalves
Diretoria Institucional Rafaela Lima
Diretoria de Marketing e Conteúdo Wellington Silva
Diretoria de Projetos Aléxia Costa Melo
Diretoria Financeira Flávio Copello
Diretoria de Projetos Educacionais Ana Tereza Melo Brandão
Diretoria Institucional José Zunga
Diretoria de Metodologia e Pesquisa Paulo Emílio de Castro Andrade
Programa Oi Kabum! Renata Fontanillas
Diretoria de Projetos Especiais Rita Cupertino Superintendência de Articulação Institucional Hannah Drumond Superintendência Pedagógica Iara Fernandez Superintendência Administrativa Guilherme Domingos Gerência de Produção Laura Bastos
Desenvolvimento de Comunicação Sabrina Candido Assessoria de Imprensa Letícia Duque Equipe de Educação Alessandra Moura André Couto Cristina Couri Fernanda Sarmento
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Catálogo da Exposição Mesa de Trabalho Textos Adriana Galuppo Alexandre Campos Flávia Helena Peret Joana Meniconi Leonardo Souza Manuel Guerra Coelho Maria Cecilia Pederzoli Leite Soares Pedro Cardoso Aspahan Piero Bagnariol Raquel Junqueira Ricardo Portilho Wilson de Avellar
Revisão de Textos Leandro Matosinhos Fotografia Adriana Galuppo Alexandre Campos Marcos Antônio Alves Guimarães Design Gráfico Ricardo Portilho Assistencia de Design Luís Fernando Soares M. da Silva Tratamento de Imagens Breno Cardoso Produção Gráfica Eraldo Cunha Impressão Grafica Pampulha Tiragem 1000 Exemplares
Belo Horizonte, Junho de 2011.
O Oi Kabum! é um núcleo Plug Minas.
lOgOtiPO COMPlEtO
Mantenedor
Executor
Projeto
O logotipo Plug Minas é composto por elementos gráficos simples, tipografia e cores. É primordial o respeito a estes elementos e às relações e proporções que compõem o logotipo. Em hipótese nenhuma eles devem ser adulterados independentemente do tamanho e mídia em que forem aplicados. Para isso o logotipo e suas versões, que serão apresentadas a seguir, encontram-se disponíveis em arquivos vetoriais eletrônicos compatíveis com a grande maioria dos softwares gráficos disponíveis e que possibitam a sua aplicação em ampliações ou reduções sem a perda de sua qualidade e características.
A Fundação Clóvis Salgado agradece a seus mantenedores e apoiadores 2011
M a n u a l P l u g
M i n a s
C E N T R O
D E D E
i D E n t i D a D E F O R M A Ç Ã O
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V i s u a l
E X P E R I M E N T A Ç Ã O
D I G I T A L
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D E
M i n a s
Mantenedores
Apoio Insitucional
Correalização
96
Apoio
Realização
97
98
99
100