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Copenhagen, Dinamarca
Copenhague, Dinamarca
Desafio A urbanização está acontecendo em todo mundo e em alta velocidade, criando uma alta demanda por novas áreas urbanas e subúrbios para as cidades. O desenvolvimento das cidades, contudo, corre o risco de comprometer a identidade e a qualidade de vida de novas habitações urbanas se a rapidez, a eficiência e a economia se tornarem os principais fatores que definem o planejamento e o desenvolvimento de novas áreas.
Contribuição
Sydhavn, a área portuária ao sul de Copenhague, está se transformando de uma antiga área industrial em uma nova área residencial de uso misto. Embora os incorporadores tenham investido em projetos habitacionais para a área, a cidade de Copenhague tem a responsabilidade de criar pontos de encontro públicos, bem como instalações de educação de qualidade, capazes de atrair cidadãos para a área.
A nova escola tem um perfil científico e marítimo que enfatiza a conexão da área com o porto. Foi projetada com o térreo como o ponto de encontro natural da escola e como uma mistura entre uma grande sala de aula e uma praça da cidade – acessível ao público fora do horário escolar. As áreas externas e os playgrounds também são abertos ao público para que o bairro possa utilizá-los para brincadeiras e atividades físicas. O projeto oferece uma ampla variedade de atividades e superfícies a fim de acomodar a diversidade de seus grupos de usuários: desde crianças pequenas a cidadãos idosos que vão a passeio. Tanto o prédio da escola quanto a paisagem são projetados para serem acessíveis a usuários com deficiências físicas.
A atividade física também desempenha um papel importante nos espaços da própria escola; os alunos podem acessar os telhados, brincar em áreas de atividades especiais e sempre têm fácil acesso ao ar livre e ao porto. Dessa forma, as crianças aprendem de forma intuitiva um estilo de vida ativo e saudável e têm um contato próximo com a natureza. O porto torna-se uma sala de aula extra onde os alunos podem navegar em canoas, pescar para cozinhar ou estudar a vida marinha.
A escola e sua paisagem convidam seus vizinhos ao mesmo tempo que estendem a mão. Desta forma, ela está se tornando uma peça vital na criação de uma comunidade nova, diversificada e sustentável em Copenhague.
Origem/equipe
JJW Arkitekter, NIRAS,
JJW Landscape / PK3 Landskab,
Keinicke & Overgaard Arkitekter,
B. Nygaard Sørensen A/S, Fotos: Xxx XxxxxxxxxxxG.V.L. ENTREPRISE A/S, Lindpro,
Jakon A/S, Friis Andersen Arkitekter,
Peter Holst Henckel
Foto: JJW Architects
Foto: Torben Eskerod
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A igualdade de gênero não é apenas um direito humano fundamental, mas uma base necessária para um mundo pacífico, próspero e sustentável.1
No entanto, a desigualdade de gênero persiste em todo o mundo, privando mulheres e meninas de direitos e oportunidades básicas. Alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas exigirá esforços mais vigorosos, incluindo estruturas legais, para combater profundamente a discriminação de gênero estrutural que muitas vezes resulta de atitudes patriarcais e normas sociais relacionadas a isso.2
Para saber mais sobre o Objetivo nº 5, visite: https://www.un.org/sustainabledevelopment/gender-equality/
1 Trecho dos Objetivos de Sustentabilidade da ONU, disponível em https://www.un.org/sustainabledevelopment/gender-equality/ 2 Trecho da Plataforma de Conhecimento ODS da ONU, disponível em https://sustainabledevelopment.un.org/sdg5
Com o objetivo de apoiar um movimento em direção à igualdade de gênero, o projeto de edifícios, assentamentos e áreas urbanas deve ser inclusivo para todos os cidadãos e cidadãs, independentemente do gênero.
A organização de espaços públicos, instituições e serviços deve priorizar a segurança de meninas, mulheres e cidadãos LGBT+ e ajudar a minimizar o risco de assédio. A capacidade de transitar com segurança em espaços públicos, em instituições públicas e no local de trabalho é essencial para a inclusão de mulheres e meninas na sociedade civil e para que as mulheres possam trabalhar fora de casa, o que é fundamental para o seu autossustento. Também são necessários edifícios acessíveis e seguros para fornecer serviços de saúde, de saneamento básico e locais de encontro para mulheres e cidadãos LGBT+. Exemplos disso incluem maternidades, centros comunitários, casas de acolhimento ou banheiros públicos seguros.
O projeto de playgrounds, parques públicos e instalações esportivas deve oferecer a meninas, mulheres e cidadãos LGBT+ igualdade de acesso ao lazer e às atividades físicas e criar condições que incentivem o uso por todos e todas.
A própria indústria da construção deve trabalhar em prol da igualdade de remuneração, promover a diversidade e se opor ao assédio sexual. Como parte disso, a indústria deve apoiar a capacidade das mulheres de lidar com processos de construção pesada que são usualmente reservados para os homens, por exemplo, pela introdução de políticas afirmativas. Do projeto à obra, a indústria da construção deve repensar suas culturas de trabalho, a fim de promover a diversidade e valorizar a coautoria e para que mais profissionais mulheres e LGBT+ possam ser incluídos em todos os seus níveis.