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Kayonza, Ruanda
Centro de Oportunidades para Mulheres
Kayonza, Ruanda
Desafio Os países e áreas que foram expostos a guerras ou desastres enfrentam grandes desafios. Frequentemente, a infraestrutura é severamente danificada e gerações de saberes são perdidas. Em Ruanda, a guerra civil que durou de 1990 a 1994 deixou o país devastado e sem recursos físicos, econômicos e educacionais. Durante a guerra civil, ocorreu o genocídio de 1994 que afetou profundamente a população de Ruanda. Depois de 1994, a maioria da população de Ruanda era feminina, em algumas áreas de até 80% do total.
Contribuição
Após a guerra civil, as pessoas que ficaram para governar Ruanda eram mulheres. A situação fez com que os ruandeses estabelecessem algumas das políticas mais favoráveis às mulheres do mundo – e em velocidade recorde. As leis possibilitaram que as mulheres herdassem propriedades, obtivessem empréstimos e estudassem em campos anteriormente dominados por homens.
Desde 2003, a constituição de Ruanda exige que as mulheres ocupem pelo menos 30% dos cargos eleitos. Hoje, com 49 mulheres no parlamento, esse número é de 61% do total, o mais alto do mundo. Ruanda está classificado próximo ao topo, em 9º lugar entre 153 países no Relatório Global de Lacunas de Gênero de 2020 do Fórum Econômico Mundial.1
A organização sem fins lucrativos ‘Women for Women’ inaugurou um novo Centro de Oportunidades para Mulheres na pequena cidade de Kayonza. O centro foi construído para promover o crescimento econômico, apoiando mulheres empresárias, e é um lugar onde as mulheres podem estudar, ir às aulas, vender seu artesanato, além de trocar ideias e experiências com colegas.
O centro foi projetado em colaboração com a sua comunidade acadêmica e com artesanato e tecnologias locais, como tijolos de barro estampados produzidos pelas mulheres do centro. A forma circular dos espaços de aprendizagem foi escolhida para favorecer a concentração nas aulas e fortalecer relações comunitárias.
Origem/equipe
Sharon Davis Design, Women for Women International, OSD ENGINEERING, eDesignDynamics, XS Space e Susan Maurer (Julie Farris), Manna Energy Ltd., REC REC ASSOCIATION, CRET sari, Water for Life, Great Lakes Energy, Three Code Construction, 2X4
Fotos: Elizabeth Felicella
Foto: Elizabeth Felicella
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Garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos
O acesso à água, o saneamento e a higiene são direitos humanos, porém bilhões ainda enfrentam desafios diários para acessar até mesmo o mais básico dos serviços.
A água potável e acessível para todos é uma parte essencial do mundo em que queremos viver, e há água doce o suficiente no planeta para alcançar esse objetivo. No entanto, por deficiências econômicas ou de infraestrutura, milhões de pessoas, incluindo crianças, morrem todos os anos de doenças associadas ao abastecimento inadequado de água, falta de saneamento e higiene.1
Para saber mais sobre o Objetivo nº 6, visite: https://www.un.org/sustainabledevelopment/water-and-sanitation/
Tratamento adequado e eliminação de esgoto, acesso à água potável, àlavagem de mãos e à limpeza são cruciais para a saúde humana e para impedir a propagação de bactérias e vírus, como a esquistossomose.
Os edifícios e os espaços públicos devem ser concebidos de tal forma que a lavagem de mãos e a limpeza sejam acessíveis a todos os cidadãos. Além disso, em lugares onde a água limpa é escassa, os edifícios devem ser projetados de forma que a água da chuva possa ser coletada, purificada e usada como água potável.
Em áreas onde a água da chuva não precisa ser coletada para ser usada como água potável, os prédios e as áreas urbanas devem ser projetados de modo que a água da chuva possa entrar nas águas subterrâneas sem se misturar com as águas residuais ou ser poluída de outras maneiras. Quanto ao saneamento, os edifícios, serviços, sistemas de esgoto e infraestrutura devem ser planejados e projetados de forma a manter as bactérias e a água contaminada separadas da água potável e fora do contato com os cidadãos. Para isso, é fundamental garantir o acesso a instalações sanitárias projetadas para lidar com os resíduos produzidos. Materiais de construção que não contribuem para a contaminação das águas subterrâneas devem ser escolhidos, seja durante a extração, construção ou uso.
Além disso, as áreas urbanas, assentamentos e edifícios devem ser projetados para resistir às mudanças climáticas relacionadas à água, como precipitações mais extremas, secas e inundações. A arquitetura paisagística e o planejamento urbano devem proteger os recursos de água doce por meio de projetos de conservação e de criação de áreas recreativas que protejam, coletem e manejem a água.
Exemplos dessas soluções são encontrados em recursos de manuseio de água no nível da construção, em projetos de adaptação climática em escala urbana e em banheiros e lavatórios comunitários.