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Mvoungangomi, Kribi, Camarões
Desafio Na África Central, as comunidades de pigmeus estão sendo desafiadas já que as fontes de que elas precisam para sustentar suas comunidades estão cada vez mais limitadas. Como as áreas de floresta tropical que as comunidades habitam estão sendo drasticamente reduzidas a cada ano e convertidas em plantações e terras agrícolas, a escassez e a má qualidade dos alimentos e da água ameaçam a existência dos povos pigmeus.¹
Contribuição
Comunidades de pigmeus são tradicionalmente caçadores-coletores que vivem nas florestas tropicais. As comunidades são tradicionalmente nômades, mudando-se de uma área para outra em busca de recursos, mas agora estão cada vez mais dependentes de assentamentos estáticos.
O projeto Vilarejo Warka é um projeto de desenvolvimento colaborativo entre a ONG Warka e a comunidade pigmeu Bagyeli, localizada no meio da floresta tropical, sem estradas ou infraestrutura ligando-a à cidade vizinha de Kribi, a 40 km de distância. A colaboração visa melhorar as condições de vida da comunidade, fornecendo água potável, saneamento e higiene adequados sem comprometer a cultura de vida rural isolada das pessoas. A aldeia consiste em sete casas/ abrigos inspirados nas habitações vernáculas da região e possui torres de água da chuva, banheiros, um pavilhão e uma horta comestível modular que fornece comida para mais de 30 moradores.
No centro da vila estão as duas torres projetadas para coletar e colher água potável do ar.² As torres distribuem entre 40 a 80 litros de água potável todos os dias, minimizando o risco à saúde do consumo de água potável diretamente dos rios ou guardada em potes ou barris pouco higiênicos. Os sanitários de compostagem que funcionam sem descarga de água também melhoram a higiene e reduzem o risco de doenças na aldeia, além de estabelecerem um sistema simples de gestão de resíduos, para que a comunidade possa obter uma forma de vida saudável permanente no vilarejo.
O vilarejo foi construído com materiais locais e naturais, como bambu, folhas de palmeira, madeira e terra, além de antigas técnicas de construção locais.
Origem/equipe
Warka Water, Arturo Vittori, A Comunidade de Bagyeli
Fotos: Arturo Vittori & Warka Water
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Garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos
Nossas vidas diárias dependem de um fornecimento de energia confiável e acessível, que funcione sem interrupções e se distribua de forma equitativa. Na verdade, a energia é fundamental para quase todos os grandes desafios e oportunidades que o mundo enfrenta hoje. Seja para empregos, segurança, mudanças climáticas, produção de alimentos ou aumento da renda, o acesso à energia para todos é essencial.
Focando no acesso universal à energia, o aumento da eficiência energética e a popularização da energia renovável por meio de novas oportunidades econômicas e de emprego são cruciais para criar mais comunidades sustentáveis e inclusivas, além de resilientes às crises ambientais e mudanças climáticas.
O desafio, no entanto, está longe de ser resolvido e é necessário ampliar o acesso a combustíveis e tecnologias limpas. São também necessários maiores avanços e maior integração da energia renovável nos edifícios, transportes e nas indústrias.1
Para saber mais sobre o Objetivo nº 7, visite: https://www.un.org/sustainabledevelopment/energy/
O ambiente construído é um importante consumidor de energia; seja na extração de matériasprimas e produção de componentes, como no ciclo de vida de edifícios e sistemas estruturais, desde a construção, utilização até, por fim, a demolição ou reabilitação.
Os edifícios devem ser projetados com consumo de energia reduzido, adotando materiais e soluções espaciais que minimizem o superaquecimento e, para produzir e reciclar energia, por exemplo, armazenando o excesso de calor durante o dia e liberando-o à noite. Isso significa projetar e construir edifícios, assentamentos e áreas urbanas que empregam a tecnologia de energia adequada às condições geográficas, climáticas e culturais de cada contexto. Exemplos disso incluem o uso de luz do dia, ventilação natural ou a escolha de materiais com alta inércia térmica, como paredes externas espessas em um clima quente e seco. Soluções com consumo de energia elevado devem ser evitadas, como fachadas de vidro expostas à incidência solar em zonas de clima quente. O ambiente construído também pode contribuir com o desenvolvimento de soluções que empregam fontes inovadoras de energia renovável.
A construção e o planejamento devem ser concebidos com foco no consumo total de energia ao longo de todo o ciclo de vida do ambiente construído. Para tal, os materiais que consomem muita energia e os materiais produzidos com energia não limpa, como os tijolos produzidos com queima de carvão, devem ser gradualmente eliminados ou utilizados de outras formas.