PORTFOLIO/2020

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apariçþes

kadu tomita

portfolio



Toda máquina decai. A transformação maquínica é essencialmente entrópica. Nenhuma operação efetivamente conserva o investimento total. O produto está lá como testemunha do processo, e sua existência propõe a própria irrepresentabilidade do acontecido, especialmente na repetição. Todo objeto é parcial. Mediante a realidade material, a representação vacila, o real submerge. A agência subjetiva é intrinsicamente dependente do irrepresentável, do indizível. São aparições, pequenos momentos de satisfação, da possibilidade de viver outro tempo. E no encontro, ao consumi-lo, o todo desaba, e recompõe-se. .



Avenida Ipiranga, 200, Bloco B, Apartamento 1502

República, São Paulo

kadu.tomita@gmail.com +55 (11) 96904-6406

Rodrigo Naves Difusão Cultural (02-11/2019)

Associação Escola da Cidade (2016-2019)

apiacás + REPUBLICA (09-11/2019)

Curso em História da Arte.

Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo.

Concurso Arena BSB.

São Paulo, SP.

São Paulo, SP.

São Paulo, SP.

SOFTWARES

Universidade de Coimbra (08-12/2018)

Rhinoceros AutoCAD Photoshop Illustrator InDesign QGIS

Aluno visitante: Mestrado Integrado em Arquitetura. Coimbra, Portugal.

Museu de Arte Moderna (08-12/2017)

IDIOMAS

Arte e Psicanálise.

Inglês Japonês Francês

São Paulo, Brasil.

Universidade do Porto (07/2015) Porto Academy Workshop com Johannes Norlander. Porto, Portugal

West Harlem Environmental Action, Inc. (05-09/2014) Voluntário: Urban Design. Nova Iorque, Estados Unidos.

Parsons School of Design (2013-2014) Aluno Visitante:

B.A. Architectural Design B.S. Urban Design

Nova Iorque, Estados Unidos.

Parsons Festival (2014) Dean’s List

Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) (2011-2012) (2015) Escola Técnica Universidade Federal do Paraná (ET-UFPR) (2008-2010) Ensino Médio. Curitiba, Paraná.

Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo. Curitiba, Paraná.

Sketchup ArchiCAD Revit 3DS Max V-Ray Grasshopper

Pratt Institute (04/2014) Facades+NYC. Nova Iorque, Estados Unidos.

Pioneer Works (11/2013) Processing e Arduino. Nova Iorque, Estados Unidos.

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museu de arte MORTØ-VIVØ (2019)

museu de arte MORTØ-VIVØ é o casamento do MAM e MASP no Trianon, celebrado pelo mecenato do Itaú. museu de arte MORTØ-VIVØ é o projeto que faz a passagem da carcaça localizada na Avenida Paulista, #1510, da virgem à noiva: um projeto que se dizia vivo, que matou qualquer traço de vida do Dumont-Adams, mas que por isso abre uma possibilidade de vida para o que pode ser: morto. museu de arte MORTØ-VIVØ é o Kremlin na Avenida Paulista - um conluio de instituições vivas com um governo morto, para um projeto morto numa cidade viva .

Edifício Dumont-Adams 1971


MASP Vivo Júlio Neves 2016-


MASP Morto Júlio Neves 2016-






Palรกcio das Artes (MAM) Affonso Eduardo Reidy 1952


museu de arte MORTØ-VIVØ é o retorno do futuro cancelado do MAM na Avenida Paulista, o refluxo da vida de uma instituição que morreu por tanta vezes, e que terminou por ocupar um pavilhão morto, improvisado como acervo vivo, que teve de ser morto para triunfar a vida de um museu que sonhou com a própria morte no Panorama 33. museu de arte MORTØ-VIVØ é o programa para um museu dito de arte moderna, que tem acervo contemporâneo, mas pode convocar qualquer pedaço de seu acervo morto, vivo, pré-corporado para qualquer presente. museu de arte MORTØ-VIVØ é o exercício para esta formulação museológica em estado amorfo, latente, que já está morta em seu cerne mas que continua a ser convocada pela inevitabilidade da vida. museu de arte MORTØ-VIVØ é a compreensão de que o que consome a vida da obra de arte é sua própria vida, e que é apenas no caminho da morte, da separação do solo criador, que reside a fruição de sua vida, antes da improrrogável morte no perecimento.


N


S






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museu de arte MORTØ-VIVØ é a estação e o museu, ambos portadores do símbolo da morte, da viagem, da despedida, mas que todo dia se enchem de vida para morrer logo em seguida.


NE


SW



CORTE


VAZIOS


SHAFTS


PROGRAMAS


museu de arte MORTØ-VIVØ é um cubo branco visceral, morto, para usuários com baixíssimos nível de serotonina, ainda vivos, mas à caminho da morte.

NE


museu de arte MORTØ-VIVØ é um outdoor: morto à 5km/h, vivo à 60km/h.

SW


BILHETERIA + EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA


EXPOSIÇÃO + CARGA E DESCARGA


EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA


VÃO LIVRE


CAFÉ + BILHETERIA + BACKSTAGE


TEATRO + FOYER


BIBLIOTECA + PRAIA


EDUCATIVO


PINACOTECA


MEZANINO TÉCNICO


ADMINISTRAÇÃO


ACERVO


RESTAURANTE


TERRAÇO


MUSEU DE ARTE MORTØ-VIVØ


nove estações (2019)

nove estações é um projeto para o entrocamento lapabrás, cruzamento das três principais ferrovias de são paulo: santos-jundiaí, central do brasil e sorocabana. nove estações é o remanejamento da faixa de domínio da CPTM no centro expandido, na sobreposição dos serviços metropolitanos de mobilidade da capital, visando sua integração à rede existente. nove estações é a resolução do tranporte coletivo na escala dos deslocamentos na macrometrópole paulista. nove estações é a consolidação de centralidades regionais derivadas da infraestrutura ferroviária. nove estações é um projeto de land art.


1930

1950

1958


LAPA

1974

2002

2018


1875 - 1971

os nt Sa aí di un -J

Variante de

Sorocabana ral do

Cent

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J de at ub a ub

1971 - 1996

FEPASA (DRM)

il

Bras

RFFSA (CBTU)

Poá


1996 - 2006 A

F

B E

D

C

2006 7

12

8 11

10

9


2010

2018


2020 - 2030

2030


SITUAÇÃO ATUAL LAPA DE CIMA ÁGUA BRANCA LAPA DE BAIXO

BARRA FUNDA

LUZ

JÚLIO PRESTES

BRÁS

NOVE ESTAÇÕES LAPA

ÁGUA BRANCA

LUZ POMPEIA

BARRA FUNDA

PACAEMBU

PARI

BOM RETIRO

BRÁS

TERMINAIS REGIONAIS

< CAMPINAS

< SOROCABA ÁGUA BRANCA BARRA FUNDA

LUZ

BRÁS

VALE > SANTOS >


LAPA

2019

2030


ÁGUA BRANCA

2019

2030


POMPEIA

2019

2030


BARRA FUNDA

2019

2030


PACAEMBU

2019

2030


MOINHO

2019

2030


LUZ

2019

2030


PARI

2019

1:5000

2030


BRÁS

2019

2030


CORTES PADRÃO

VALA ABERTA

PONTES VIÁRIAS

ÁREAS VERDES

CANAIS HIDRÁULICOS


freguesia (2018) freguesia é uma intervenção nos bairros de Marvila e Beato, últimos focos de especulações imobiliárias na capital portuguesa. freguesia é um projeto para um território pós-industrial recheado de objetos anti-românticos, ruínas em reverso de uma paisagem que ainda virá a existir. freguesia é o retorno do recalcado.

Escola Industrial Afonso Domingues 1884-2010


Estação Marvila (CP Lisboa) 2018


freguesia é a potencialidade da estação ferroviária como foco de centralidade, objeto que resolve a carência de espaço público.


freguesia é uma resposta sensível ao espaço disperso induzido pela construção monumental da Terceira Travessia do Tejo. freguesia é a conciliação entre os legados de Jane Jacobs e Robert Moses.


RADIAIS


PERIMETRAL


CHELAS - BARRETO


REDE FUTURA


PROPOSIÇÃO URBANÍSTICA


LINHA DO ALENTEJO LIGAÇÃO À LINHA DE CINTURA

AUTOESTRADA TRAMO RODOVIÁRIO

LINHA DE CINTURA QUADRIPLICAÇÃO DAS VIAS

LINHA DE ALTA VELOCIDADE LINHA DO ALENTEJO

LIGAÇÃO À LINHA DA AZAMBUJA

LINHA DA AZAMBUJA

ALINHAMENTO EXISTENTE: SANTA APOLÓNIA

PONTE CHELAS - BARREIRO

TRECHO ESTAIADO: CANAL DO CABO RUIVO

ESQUEMA DO ENTRONCAMENTO

ALINHAMENTO RUMO AO NORTE


ESTAÇÃO MARVILA

RECONSTRUÇÃO DA PARAGEM ADEQUAÇÃO A QUADRUPLICAÇÃO

CORREDOR PEDONAL MEZANINO DE CONEXÃO EIXO DE COESÃO URBANA

ESTAÇÃO BEATO

PROPOSTA DE NOVA PARAGEM PRÉ-EXISTÊNCIA + NOVO CAIS

LOOP DE DESCIDA CONEXÃO COM A ORLA

ESTAÇÕES + PASSARELA


freguesia ĂŠ o design digital como prĂĄxis para o projeto urbano.



MARVIL


LA

BEATO


freguesia ĂŠ um ato de realismo especulativo para grandes nĂłs infra-estruturais.



+1


T


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T


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MARVILA


BEATO


freguesia é a importação do fazer urbano dos países emergentes para o fóssil das máquinas imperiais.


contraforma (2017)

contraforma Ê o avanço e o avesso.

Avenida Ipiranga, 120



contraforma ĂŠ uma nova frente na Avenida Ipiranga.


Perímetro de Irradiação 1938


contraforma ĂŠ o estudo arqueolĂłgico da morfologia da Vila Buarque.


contraforma ĂŠ um volume escultural de fachada ativa na Avenida Ipiranga.


contraforma ĂŠ uma empena de shafts e uma torre de estacionamento na rua AraĂşjo.


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contraforma é um espaço intersticial entre ritmos já existentes em seu entorno.


jogo (2017)

jogo ĂŠ um projeto para lugar nenhum, portanto, para qualquer lugar.


jogo é uma prescrição.






jogo ĂŠ um cĂłdigo construtivo aberto.


jogo é reproduzível através de uma serra e uma furadeira.


fantasma (2017)

fantasma é um novo propósito para a presença espectral do furnicular de paranapiacaba, testemunha perdida da história. fantasma é uma história na qual as máquinas detêm a verdadeira autonomia, e os entes humanos são meros objetos à revelia de suas vontades próprias. fantasma é uma paisagem de partes mecânicas disjuntas - “uma máquinaórgão para uma máquina-energia, sempre fluxos e cortes.” fantasma é a potência da ficcção aplicada ao projeto arquitetônico.


fantasma s.m. /fã.’taz.ma/ 1. Visão quimérica como a que oferece o sonho ou a imaginação exaltada. 2. Espectro. 3. Alma do outro mundo. 4. Imagem de algum objeto que fica impressa na fantasia. […]


Acordei às 6h. O sino não bateu estranhei. Será que a cidade estava de folga? Não é possível. Todos sabem que a ferrovia Santos-Jundiaí funciona 24h, e Paranapiacaba é um ponto necessário de passagem para o porto. O horário podia ser lido numa espécie de rádio-relógio, ao lado de um retrato de Jesus. Me perguntei se os engenheiros tinham adotado a fé católica, já que não gostavam de imagens. Talvez se convenceram com o sermão do pau da missa. Outras imagens corriam num quadro luminoso, acompanhadas de falas em inglês. Misturado aos estrangeirismos, imagens de um Brasil que eu não reconheço. São Paulo aparece na tela, mas ao invés da estação da Luz, o cenário é de uma ponte cabeada. A tela se ligava a um pedaço de prato, que apontava ao céu, onde se lia SKY. Será que os ingleses tomaram o controle do Brasil?


Atordoado, circulo pela casa. Os espaços parecem dobrados. Pedra bruta, o porão continua arejando a casa como sempre. Lê-se SPR numa grade enferrujada. Os painéis em pinho-de-riga estão esturricados, e destacam uma cor de tinta que nunca tinha visto. O lugar é maior do que me recordo. O vizinho desapareceu. Procuro meu pinico para despejar os restos, mas não encontro nada no quintal. Curiosamente, existe um cômodo dentro de casa que imita a casinha. Não me lembro da construção - a companhia ferroviária não garantia tal luxo. Talvez tinham reformado as vielas sanitárias. Confuso, abro a janela e vejo a mesma paisagem de sempre. Parece que o tempo parou lá fora. O castelinho está lá, mas o engenheiro-chefe parece ausente. Estaria talvez coordenando algum reparo na linha de ferro. O relógio parece deslocado alguns metros, e não funciona. A névoa volta a recobrir o Big Ben, e penso se foi tudo um grande delírio. Vejo todos os paralelepípedos encaixados, todos os postes alinhados. Alguns cachorros latiam.


Andei em direção ao mercado, com a barriga roncando. O silêncio era ensurdecedor e a neblina cobria o caminho; só se enxergava a 1 palmo de distância do nariz. Algo parecia estranho: o cheiro dos secos e molhados era ausente. Encontro o prédio vazio. Talvez os caminhões não atravessaram a estrada de terra, e a vila continuava a esperar. No fundo, vejo um carro redondo, diferente de qualquer outra carroça inglesa. Ignoro. Cogito se continuo vendo coisas e vou em direção à uma àrvore. Recolho alguns cambucis, e um barulho ecoa vindo do campo do Lyra Serrano. Subo correndo para assistir à partida. As camisetas eram de times desconhecidos, e os meninos falavam de jogadores anônimos. Senti pena por não conhecerem os craques que geralmente jogam por aqui. A bola era leve, e parecia flutuar. Desviei meu olhar para o céu e o tempo abriu. Revelaram-se o pátio ferroviário e a capela no Alto da Serra. Acima, avistei uma serie de cabos perfilados, pendurados em grandes estruturas. Senti um extremo desconforto. Pensei que talvez a natureza tinha se revoltado contra o homem, e constituído grandes árvores metálicas como resposta.


Os trens corroíam como uma carne em putrefação, e o mato recobria a paisagem como se reclamasse aquele espaço. Os cabos não puxavam nenhuma composição, e os dormentes estavam deslocados, como se desconhecessem sua função. Achei que a morte só chegava para os homens, mas naquele momento assisti aos objetos perdendo sua vida. Assustei-me com a obscenidade. O caos estalava em meus olhos, e me perguntei se era uma questão de tempo para que a mata engolisse Paranapiacaba. Caminhei pelas tábuas de madeira da ponte, que rangiam com os meus passos. O guarda corpo estava gelado. Lá de cima, não consegui avistar nenhuma estação - tudo estava cercado. Sinto um cheiro de queimado. Era como se toda a vida que ali existia tivesse se dissipado pelo ar como fumaça. De repente, um comboio apita. Uma locomotiva corta a neblina, e em letras garrafais lê-se EMS. A locobreque não esta lá. Não vejo nenhum grão de café - apenas pequenas pedras metálicas. O comboio parece moderno. Estranhamente, ele não para, e segue direto a Santos.


O comércio abre. Chegando à cidade alta, tomei um gole de água ardente para engolir a verdade. Me enjoava pensar que poderiam ser tão ingratos conosco. A única razão desse lugar era realizar a descida das safras, e tinham nos estripado de nosso ofício. Procurei um cinema para ocupar a cabeça, e tudo que achei foram ruínas. De repente, pessoas que habitam esse tempo começaram a chegar. As películas fotográficas não correm mais nos projetores. Acredito que estão nas câmeras que todos carregam. Sem piedade, queimaram filmes fotográficos inteiros como se não tivessem nada a perder. Nesse momento, testemunhei a vila se dissolver em aparência. As construções perderam suas almas, e as vielas quebradas se tornaram um cenário. Os escombros se encontraram vazios e envernizados. Meu fantasma tinha sido acordado para um culto do fetiche. Tudo ficou claro, e percebi que era essa a razão pela qual vagava. Eram cinco e meia da tarde, e todos continuavam lá. Nenhum guarda fazia o controle dos visitantes.


Muito tempo se passou, e já esqueceram da prisão que aqui funcionava. Penso se o cárcere agora é outro. Todos assistem maravilhados ao desprezo, como se fosse um espetáculo. Não conseguem fazer outra coisa. Desconhecem ou desdenham do abandono, em estranhas letras marcadas nas ferrugens. Fujo dos ruídos estranhos que dominam a cidade, e entro no cemitério. Atravesso o muro branco, que carrega uma cruz azul. Avisto minha lápide, com letras caídas, segurando em meio a serração. Não consigo ler quando, ou se de fato estou realmente morto. Ouço as conversas ao lado. Dizem que a situação começou a piorar faz tempo. Desde que encamparam a ferrovia, acabaram as manutenções e as demissões começaram. Os boatos são que por aqui só passam bens de exportação, o que se consolidou na privatização. Depois que abandonaram o sistema de cremalheira, a vila cambaleou e sobreviveu como cidade dormitório. O começo do novo milênio foi o ponto final. Olho de novo para a lápide. Está escrito: “Prefeitura de Santo André. R$ 2,1 milhões”.


Desço a serra. Algumas coisas ainda são as mesmas; o traçado percorre o mesmo vale, mas agora é duplicado. A caminhada é difícil, os dormentes estão frágeis e os trilhos escorregadios por causa da umidade. Vejo alguém tomando banho na cachoeira. As palmeiras já não são tantas. Os patamares viraram campos abertos, as casas sumiram e não há mais vida. Entro num túnel. Quando escurece, sinto que ainda estou aqui. Um trem sobe a serra freneticamente, e um clarão ilumina a saída. Vejo o mar, Paranapiacaba.


fantasma Ê o modo como a neblina envolve os corpos e dissolve as suas presenças na Serra do Mar.


fantasma é a cena de um teatro real e fantástico, onde paisagem e ator se confundem numa itinerância engendrada por palcos móveis.


fantasma é a marcação do terreiro.



T

1


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fantasma ĂŠ o atravessamento da fantasia.





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