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t PEDRO CAMPOS | AG. A TARDE

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ARTIGO J OÃ O CARLOS SAMPAIO

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S AT É L I T E RIO DE JANEIRO VILA DO ABRAÃO

Helena exibe a camiseta de seu novo filme, Luz nas Trevas

«ELA PERSEGUE UMA ARTE SEM CONCESSÕES, OBSESSÃO DO SEU AMOR DE TODA A VIDA, ROGÉRIO SGANZERLA»

Os olhos castanhos e fundos de Helena Ignez não são como os da Carolina de Chico. Devem guardar alguma dor, mas são penetrantes e combinam com o sorriso altivo da diva, que transmite a tranquilidade de quem já chegou, ou parece ter certeza de onde quer chegar. Seus passos também subvertem outra pérola do cancioneiro popular, negam Orestes Barbosa, porque ela pisa em astros, mas bem atenta. Pisa suave e confiante. Muitos anos ligada ao hare krishna e ao tai chi chuan, Helena mantém uma aura pacífica e uma tranquilidade que não se confunde com acomodação. Ela persegue um tipo de arte sem concessões, grande obsessão do seu amor de toda a vida, Rogério Sganzerla, a quem se mantém fiel. Alimenta os sonhos que experimentaram juntos, a expressão que não se influencia pela urgência dos modismos ou pela ganância do mercado. Como bem cabe às divas, transcende. O curta Helena Zero, dirigido pelo genro Joel Pizzini, casado com Paloma Rocha, foi rodado em 2006 como um ensaio documental sobre o seu universo artístico. Acompanha seus exercícios de tai chi chuan, enquanto fuça as memórias de seus trabalhos e sua vida como atriz. A liberdade com que esta pequena obra, com cerca de meia hora, põe-se a observar Helena não se limita às cenas um tanto enevoadas ou à câmera na mão. O filme brinca com o tempo, com a memória, mas, fazendo isso, deixa de ser uma singela descrição biográfica para ousar mais um pouco. Helena Ignez entra no jogo e compra fichas, exibe-se com graça e paquera a câmera. Sabe que, adiante do jogo de lentes, estão os olhos que irão ver sua performance. Esguia, leve, mostra que é filha do vento. Como no teatro e no cinema, usa seu corpo para dizer quem é. Helena se apresenta representando. Afirma-se diva, musa para sempre no imaginário de um país que esquece seus heróis. Parece não se preocupar. Sorri, dança e deslumbra. Por alguns instantes, nos faz pensar que pisa nos astros distraída. «

JOÃO CARLOS SAMPAIO é crítico de cinema, frequenta e presta serviços a festivais e mostras, acompanhando atentamente a carreira de Helena Ignez

Texto e foto LEONARDO CARVALHO leonardojosecarvalho@gmail.com

Paisagens paradisíacas te esperam em Ilha Grande Estrutura litorânea de fazer inveja, paisagens paradisíacas e longas trilhas. Este é o cenário da “capital” de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, a Vila do Abraão. Para chegar, os acessos mais simples são feitos através das cidades de Mangaratiba e Angra dos Reis. Com uma confortável rede hoteleira, bons restaurantes e inúmeras opções de passeios turísticos, a Vila do Abraão atrai visitantes do mundo inteiro. Pela manhã, basta procurar as agências e, a depender do destino, com R$ 20 a R$ 35, é possível passear de barco e co-

nhecer belas praias, como Lopes Mendes e Praia do Aventureiro. É verdade que tudo fica mais fácil quando se está em grupo, inclusive para baratear os preços. Os mais acostumados a vencer longos percursos podem escolher caminhar pelas trilhas (que são bem sinalizadas). As caminhadas duram em torno de duas a quatro horas. À noite, forró, chorinho e, é claro, o samba carioca compõem a movimentada diversão noturna na Vila do Abraão. Dica importante: não deixe de levar a sua câmera fotográfica ou você pode se arrepender... «

ILHA GRANDE – VILA ABRAÃO: com R$ 20 a R$ 35 no bolso é possível passear de barco e conhecer belas praias, como Lopes Mendes e Praia do Aventureiro

Leonardo Carvalho é fotógrafo e leitor de Muito

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