«Nã 24 SALVADOR DOMINGO 6/12/2009
en sa
r só
s ho nters» gs ce ppin
Depois do telegrama em que se demitiu da direção do MAM, Lina Bo Bardi voltou para São Paulo, onde continuou a trabalhar intensamente em arquitetura, cinema, teatro e artes visuais. Fez, por exemplo, o projeto do Sesc Pompeia, em 1977. Somente muitos anos depois, a Bahia retomou o contato com ela. Foi durante o segundo governo de Mário Kertész, que a chamou para desenvolver um projeto de recuperação do Centro Histórico. Começa aí outro capítulo importante da história de Lina com o Estado. Entre 1986 e 1988, ela se envolveu com o resgate da dessemelhante e triste Bahia antiga. O próprio Kertész teve de concordar quando ela comentou que a parte antiga de Salvador estava mais combalida do que a Itália bombardeada pela Segunda Guerra. Criticada por não promover debates públicos sobre os projetos encomendados pela prefeitura, Lina respondia que, àquela altura, já conhecia as necessidades do povo. ”Eu trabalho para o poder público, não acredito em iniciativa popular, mesmo num país capitalista: já tive muita dor de cabeça com ela“, disse. Lina polemizava com o povo e também com os interesses comerciais. Defendia, em lugar da maquiagem urbanista voltada para o turismo, o resgate da “alma popular“ do Pelourinho. Foi aplaudida por Jorge Amado, que enviou a ela uma carta de apoio onde descrevia como, “nas bordas e por dentro, os ratos foram roendo toda a nossa cidade da Bahia”.
SALVADOR DOMINGO 6/12/2009 25
e faz
CAPÍTULO 2
Casa do Benin (ao lado) é a concretização arquitetônica do projeto de Pierre Verger; já a experiência de reforma dos casarões da Ladeira da Misericórdia (na outra página) nunca foi replicada pela cidade, embora fosse um projeto de baixo custo
po de p
m re
MARCELO FERRAZ | INST. LINA BO E PIETRO M. BARDI
Buarque de Holanda em Raízes do Brasil. Seja como for, a concepção de Lina para o MAM não foi desprezada. Segundo Solange Farkas, o olhar de Lina é considerado na definição das ações atuais, como formação didática do público e oferta de oficinas.
o se
Como no Sesc-Pompeia (1977), Lina trouxe para o Teatro Gregório de Mattos (1986) a janela de bordas irregulares: liberdade IRACEMA CHEQUER | AG. A TARDE
MARGARIDA NEIDE | AG. A TARDE
abalho para o acredito r t o ã u p ode ,n o «E c r públi tiva popu a i c i ís lar, in a p m me e smo num ui m capit lista: tive a
ta dor de
cab eç
» a com ela