K webster 02 this is love baby

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STELLA MARQUES Tradução: S O F I A M . Revisão: N I C K Revisão Final: L U Leitura Final: K A R O L E Y V I Verificação: I V I N A Formatação: D A D A

Disponibilização:


War& peace


Minha Guerra acabou e eu tinha perdido. Meu captor me fez lembrar que eu não era nada mais que seu peão. Sua estratégia nunca mudou... foi sempre eu. Na minha Guerra, eu tinha encontrado não só a paz, mas o

AMOR também.

Eu tinha passado por um campo de batalha com meu War, eo

AMOR foi o que nos levou para o outro lado. Nosso

AMOR era lindo e puro. Imortal.

Meu captor pensa que ganhou esta guerra. Que eu o

AMAREI .

O que ele não sabe é que desta vez, sou eu quem tem uma estratégia. Estou sempre pensando em vários movimentos antes dele, meu War me ensinou isso. Vou ser mais esperta que ele e encontrar a paz novamente. Não sou o peão que ele julga que sou, e em breve ele aprenderá isso. Um bispo não é páreo para uma rainha. Essa rainha vive para proteger seu rei. Há alguns jogos nos quais meu captor já não é o melhor. Alguns jogos ele não vai ganhar porque... O

AMOR sempre vence. Meu AMOR vai conquistar tudo. A guerra apenas começou e a vencedora serei eu.


Para o meu marido… Isto é AMOR, baby.


This is love, Baby é um romance dark. São encontrados nessa história temas sexuais fortes e violência que podem desencadear sofrimento emocional. Terríveis, terríveis coisas acontecem à nossa pobre heroína, então você foi devidamente avisado. Esta história não é para todos. Ela VAI cruzar as linhas. Ela VAI quebrar as regras. Ela VAI fazer você ficar com nojo. E VAI estressar você. Mas… Também há luz. Depois de você passar a escuridão, você vai encontrar algo puro e inteiro. Algo agradável. Algo feliz. Você vai encontrar o amor. E VAI valer a pena a viagem.


“Claro que você sabe, isto significa guerra.” ~ Joe Adamson, Bugs Bunny: Fifty Years and Only One Grey Hare ~


Casualidades da Guerra


CAMINHEI PELA sala de estar e soltei um fôlego aliviado quando vejo a luz intermitente verde no app do meu telefone indo em direção a Oakland. Ele tem ela. Ele tem ela, porra. Mas não por muito tempo. Vasculhando o manto, eu puxo uma imagem em uma moldura. O porco sorri para mim e minha raiva explode. Aquele filho da puta... Eu paro essa linha de pensamento e me lembro que eu preciso guardar a minha energia. Ter um colapso e destruir a casa por causa do que ele fez não vai fazer nenhum bem. Eu preciso preservar a minha raiva. Por Gabe. Porque quando eu colocar minhas mãos naquele filho da puta, eu vou destripa-lo, porra. Corre para a sua cabana estúpida, velho. Quando você menos esperar, eu vou atrás de você. Meu telefone emite um som e eu fecho o aplicativo GPS, que mostra o movimento de seu carro, para verificar as minhas mensagens. Mamãe. Eu engulo a minha raiva. Onde estava ela meses atrás, quando eu mais precisei dela? Mamãe: Você poderia, pelo menos, voltar para casa para jantar conosco, Brandon? Temos saudades de você.


Foda-se ela. Rosnando, eu digito a minha resposta. Eu: Você sabe que eu não vou descansar até encontrá-la. Fica para outro dia. Ela dispara de volta uma resposta desagradável. relacionamento era sempre o mesmo, nunca mudava.

O

nosso

Mãe: Filho, você vai ter que aceitar que ela fugiu. Se ela tivesse sido sequestrada, como você disse, teria estado em todos os noticiários. Um nariz quebrado não significa que ela foi levada. Você sabe a minha posição sobre este assunto. A raiva borbulha dentro de mim novamente, estou sempre com raiva, ultimamente. Eu não acho que eu sorrio além de quando eu olho para fotos dela. Baylee Winston. Minha namorada. Eu: Foda-se você, mãe. Desta vez, eu me permiti sorrir. Após meses de busca por ela e de seguir cada movimento de Gabe, eu vou finalmente tê-la de volta. Pressiono um beijo na sua imagem no quadro e pouso de volta no local. Então, eu vou até a minha mochila. Eu atiro, no interior, algumas de suas roupas, algumas garrafas de água e alguns lanches e a pistola 9mm que roubei de Tony. Por mais de quatro meses, me preocupei por ela. Por mais de quatro meses, me perguntei se ela estava sofrendo. Por mais de quatro malditos meses, chorei por ela até dormir. Gabe roubou esse tempo de mim, tempo que eu nunca vou voltar a ter com ela. Ele roubou minha garota por debaixo do meu maldito nariz e, com isso, ele quebrou uma parte de mim que eu não tenho certeza se alguma vez poderá ser consertada. Agora, é hora de mostrar a ele o quanto ele me subestimou. Que eu não sou um moleque e muito menos que posso ser ignorado. Ele vai viver para lamentar ter posto os pés em seu quarto naquela noite. Lamentar que ele levou o meu amor de mim.


É hora de fazê-lo pagar. E, Ê hora de ter a minha garota de volta, de uma vez por todas.


O MEU peito dói. O órgão existente, que parecia só murchar e morrer junto com ele. Não simples toques, olhares roubados ou compasso diminuiu a um ritmo triste, contado.

bombear para o War começou a mais tamborilava por causa de palavras murmuradas. O forte irregular, que nunca mais será

Meu coração está morto. Esmagado. Murcho. Ele não merecia isto! As lágrimas queimam meus olhos já irritados e inchados com memórias do nosso tempo juntos passando diante de mim. Meu coração desligado e meu cérebro assumiu. Memórias e mais memórias perfeitas homem que eu adorava, passaram como uma horrível apresentação slides feita para torturar, mentalmente, sua vítima. Eu sou essa vítima, vítima das minhas próprias memórias. Elas me matam e me cortam com cada pensamento que passa. Seus lábios que estavam sempre em movimento. Sempre contando.

as foi do de


Aqueles astutos olhos azuis, que tinham tanta dor, mas eram gentis e puros. O suave, carinhoso toque de seus dedos ao longo de meus seios e caixa torácica enquanto ele explorava a minha carne com uma mistura de hesitação e admiração. Dor ameaça me rasgar ao meio. Este meu coração inútil está batendo. Estrondoso. E excruciante. Agora eu entendo como alguém podia morrer de um coração partido. Está acontecendo comigo. Eu estou afogando no desespero. O diabo matou meu coração quando ele matou o meu War. E agora estou de volta. Com ele. Gabe, o monstro que assombra meus pesadelos. Nós batemos em um ressalto isso me fez focar no presente. Focar em uma maneira de fugir do homem que me roubou por suas próprias egoístas perversões, de novo, e para empurrar para baixo a dor que sinto por perder o homem que eu amava. Está escuro na caminhonete onde ele me forçou a entrar. Quando ele atirou em War e, em seguida, me arrastou para fora da casa, eu tinha ficado histérica e tentei fugir do seu aperto. Como eu estava me comportando como um animal raivoso, ele me tratou como um, me prendendo aqui durante a viagem para diabos sabe onde. Um velho odor estagnado paira no ar abafado, me sufocando. E, embora eu nunca tivesse problemas com pequenos espaços, eu juro que se ele não me deixar sair daqui logo, eu vou voar para fora. Náuseas me dominam novamente e meu estômago resmunga. Abano a minha mão no meu rosto em um esforço para respirar e não vomitar, mas isso só piora as coisas. Por vários minutos, eu vomito e vomito até que não haja nada além de desespero na boca do meu ventre. Baba escorre pelo meu queixo, misturada com as inúmeras lágrimas que eu derramei, deixando meu rosto molhado e pegajoso. O gosto amargo de vômito persiste na minha língua, e no meu cabelo que está agora agarrado no meu rosto. O fedor toma conta da caminhonete e eu rolo para o meu outro lado


tremendo em um esforço para escapar dele. Quando Gabe me arrastou para longe de War, eu estava histérica. Eu arranhei seu rosto e rasguei a carne de sua bochecha com prazer vicioso, quase pegando o olho no processo. Ganhei um tapa vertiginoso no rosto que ainda tem a minha cabeça latejando, mas tinha valido a pena. Eu não sou mais a criança dócil que ele conheceu. O animal assustado que ele acha que tão facilmente treinou e dominou. Vou fazer a vida dele um verdadeiro inferno. É justo, uma vez que, ele fez o mesmo com a minha. Vou feri-lo de todas as maneiras possíveis. Sou sacudida quando o carro ganha velocidade e eu rolo para a frente dentro da caminhonete, batendo minha cabeça contra algo duro e de metal, pelo que eu consigo discernir. Isso só serve para me deixar mais tonta, o que não ajuda em nada a acalmar meu estomago. Seguro-me um pouco mais ao forro, na esperança de acessar as lanternas traseiras. Estou ansiosa por ar, outra coisa que não seja o cheiro azedo do meu vômito que paira aqui. Mamãe e eu assistimos um filme no Lifetime1, onde uma menina tinha sido trancada em uma caminhonete. Ela tinha conseguido arrancar o forro, quebrar a luz traseira, e acenar para os motoristas atrás dela, que por sua vez a salvaram. O problema é que, no filme, a menina fez parecer ser fácil. Na vida real, o forro está bem preso debaixo do metal e no meu estado enfraquecido, eu estou achando difícil de… Um rasgooo! Deixo escapar um riso enlouquecido quando o material finalmente cede e eu tenho acesso à brilhante, vermelha luz do farol traseiro. Com todas as minhas forças, eu empurro, bato, arranho, soco, chuto, e esmurro o estúpido plástico. Não se move. Ele não cede nem um pouco. Então, definitivamente não quebra e nem cai na estrada enquanto nós dirigimos.

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Canal de televisão


Não, isso seria demasiado fácil. Isto não é um filme do Lifetime. Isto é um filme de terror estrelado pelo próprio diabo. Lágrimas de derrota escorrem pelo meu rosto e eu deito, tentando recuperar o fôlego. Com todos os meus esforços, eu fiquei encharcada de suor e agora meus músculos doem também. Um horrível pensamento me assola. Será que vou sufocar aqui? O ar de repente parece muito espesso. Muito quente. Muito limitado. Quantas respirações tenho restante? Se War estivesse aqui, ele calcularia exatamente quanto tempo me resta. Ele me diria exatamente o número certo de respirações que eu deveria tomar, assim eu teria muitas para poupar. Ele me seguraria e me confortaria, me dizendo que eu estava segura com ele. Um alto soluço, que faz todo o meu corpo tremer, rasga através de mim. A perda de meu amante, meu amigo, minha segurança, é demais para suportar. Uma parte de mim se foi. Para sempre. Não apenas meu coração, mas minha alma. Foi fraturada e roubada de mim. Eu já não sou uma pessoa inteira, sou só uma bagunça quebrada. Gabe finalmente me arruinou de uma vez por todas. Eu fui abusada e torturada por esse homem e isso está longe de ter sido meramente físico. Considerando que ele antes tinha destruído meu corpo e minha mente, ele agora obliterou partes de mim que compõem quem eu sou. Eu realmente tinha conseguido me consertar após ele ter me danificado. O amor de War foi crucial no processo de cura. Mas agora? Agora, ele fodeu com a minha cabeça a tal ponto que eu nem sequer existo mais. Gabe conseguiu esfolar meu coração e arrancar toda boa parte dele. Eu sou uma fria casca sem vida.


E o meu War se foi. Uma onda de nojo me atravessa e eu fecho meus olhos. Eu oro para que Deus me leve também. Para que me leve para um lugar onde War e eu possamos viver livres de aflições e de psicopatas. Exaustão me aflige e eu deixo-a levar-me. Eu quero ficar perdida na escuridão da inconsciência e bloquear a miséria. Mas cada vez que eu relaxo e cedo, olhos azuis estão na frente da minha mente. Olhando para a frente e para trás. Preocupados. Amorosos. Famintos. Bonitos. Ele estava em choque quando apertou a mão sobre o peito, o sangue manchando seus dedos pálidos, manchando não só a sua pele e roupas, mas sua mente também. Eu tremo só de pensar como seus últimos pensamentos devem ter sido. Os demônios terríveis em sua cabeça. Rindo dele. Zombando dele. Sua última memória de mim era de estar ali ociosa, tendo que assistir Gabe me brutalizar na frente dele. O entendimento de sua própria morte iminente crescendo e a incerteza do que aconteceria uma vez que ele se fosse. É tudo culpa minha. Em um momento de descuido, eu abri a porta da frente e deixei o bastardo entrar. E ele matou o amor da minha vida. Eu finalmente tinha sido capaz de ajudar War a viver novamente. Só para vê-lo morrer. Eu não sei por quanto tempo nós dirigimos ou quanto tempo eu permaneci congelada, a memória do sangue de War se repetindo em minha mente. Parece que eternamente, me torturando. Ninguém deveria ter que assistir alguém que ama morrer diante de seus olhos. Não é algo que eu alguma vez vou ser capaz de apagar da minha mente. Loucura vai me matar no final.


Outra onda de náusea me faz engasgar. Respire, Baylee. Acalme-se. Um, dois, três, quatro. Retardo minha respiração e me concentro no que eu posso controlar. Meus dedos deslizam sob minha camiseta e esfrego minha barriga. Eu não tinha confirmado, mas eu recentemente perdi o meu período menstrual. Desde então, tenho lutado com dores de estômago ocasionais e os meus seios estão sempre doloridos. No fundo, eu sei que eu estou carregando o bebê de War. Eu simplesmente sei. Quando Land veio, eu ia pedir-lhe para marcar um encontro com seu amigo médico para que eu pudesse confirmar. Uma criança com War. Era uma bênção. Algo criado a partir do mais puro amor. A idade não importa quando dois corações se conectam e se tornam um. Foi breve, mas foi certo. Conceber seu filho no amor era algo natural e bonito. Eu estava ansiosa para confirmar e compartilhar a notícia com ele. Eu conheço War. Ele teria ido à lua com excitação. Ele teria tomado conta de mim e sido um pai perfeito. Eu teria casado com ele e tudo teria finalmente dado certo e se resolvido. Mas agora ele se foi. Porém, me agarro à esperança que há um bebê crescendo dentro de mim. Seu bebê. Um bebê que parece e age como ele. Algo para lembrar para sempre dele. E com um bebê vem uma grande responsabilidade. Eu sou responsável por proteger um ser inocente daquele monstro. Vou fazer o que precisa ser feito. Pensamentos irritantes invadem minha mente. E se eu não estiver grávida? E se tudo isso for por nada? E se depois tudo, de idealizar nosso bebê, descubro que, na verdade, não há nenhum bebê? Então, o que irá acontecer, Baylee?


Bile sobe a minha garganta novamente e eu empurro para baixo, correndo os dedos sobre os meus seios doloridos. Vou agarrar-me a esperança de qualquer maneira. War iria querer que eu combatesse aquela besta, não que desistisse e morresse. Ele iria querer que eu sorrisse novamente. Mas eu não consigo aguentar! O esgotamento me enfraquece, mais uma vez, e eu já não sou mais capaz de pensar. A escuridão invade e eu a deixo me levar, esperançosamente para sempre. Deus, eu sinto falta de War.

"Vamos lá", Gabe diz com um grunhido quando ele abre o portamalas. "Você precisa de um banho antes de entrar na minha cama. Você cheira como merda." Semicerro os olhos com o sol da tarde me banhando e me sento. Eu não sei quanto tempo estive desmaiada, deve ter sido horas. Lutando para manter os olhos abertos na luz do sol brilhante, tento observar ao meu redor. Árvores, árvores e mais estupidas árvores. Estamos de volta a sua cabana, nenhuma surpresa quanto a isso. Ele agarra no meu cotovelo e me ajuda a sair do carro. Meus joelhos se dobram, rijos de estarem na caminhonete por horas e ele me segura pelo braço. "Eu senti sua falta, baby." Sua voz é doce e isso me faz querer arranhar o outro lado de seu rosto. "Você teve saudades minhas?" Ele deve estar ainda mais louco do que eu pensava. "Não." Ele me gira brutamente para encará-lo, suas mãos fortes agora segurando meus ombros e me sacode. Os dedos dele pressionam meus músculos doloridos e eu grito de dor. O suave toque de War desaparece. E no seu lugar a


dureza de Gabe momentaneamente me atordoa. "O que, você ganhou um pouco de coragem enquanto estava com aquela aberração? Ele é um corpo no saco agora, Baylee. Aceite isso. Você não tem ninguém além de mim. Nós podemos fazer isto da maneira mais difícil ou da maneira mais fácil. Pessoalmente, eu meio que me excito com suas lutas, assim você só estaria me fazendo feliz. Ter uma loira quente amarrada à sua cama é o que a maioria dos homens sonha ter." Ele late uma risada irônica. Eu olho para ele, com lágrimas nos meus olhos. A palavra Foda-se está na ponta da minha língua, mas as palavras iriam provavelmente, deixar lhe de pau duro. E ele provavelmente iria me bater novamente. Em vez disso, eu mordo minha língua e cerro os dentes quando uma única lágrima quente rola no meu rosto e pinga do meu queixo. Gabe é forte demais para mim. Eu nunca seria capaz de enfrentá-lo, é exatamente por isso que eu tenho que ser esperta sobre isto. "Pode pelo menos me fazer uma torrada enquanto tomo banho?" Minha voz soa baixa e rouca. Eu acho que gritar por horas em uma caminhonete faz isso acontecer. A minha pergunta é uma tentativa de conduzir a conversa para outro lugar, para um território mais amigável. "Eu não estou me sentindo muito bem depois essa viagem no porta-malas. Você sabe como fico enjoada com o movimento." Outra lágrima escorrega pelo meu rosto. "Por favor." Seu olhar se torna suave e ele acaricia meu cabelo. "Claro, meu anjo." Eu engulo a bile na minha garganta e deixo que ele me arraste para a pequena cabana. Um aroma fraco do toucinho paira no ar e o mero cheiro deixa-me novamente enjoada. Mas eu tenho que me recompor. O pensamento de Gabe sequer suspeitar por um breve momento que eu estou grávida com o bebê de War é terrível. Tremo só de imaginar as coisas terríveis que ele seria capaz de fazer com essa informação. Ele me guia através do quarto que ainda me dá pesadelos e para o banheiro minúsculo. Uma vez lá, ele finalmente libera o aperto que ele tinha no meu braço. "Seja rápida e não tente nada estúpido.


Não preciso lembrá-la das regras, não é? Cada passo, baby. Cada passo." Eu tremo e aceno, esfregando alguma circulação de volta para o braço. Ele sorri e me deixa sozinha no banheiro. Tomo uma ducha rápida, apesar de querer ficar lá por horas, mas logo estou me secando. Minha escova de dentes ainda está aqui, então eu escovo os dentes rapidamente e me visto, puxando sobre a cabeça a mesma camisa que eu usava. A camisa de War. Sons na cozinha me alertam para o fato de que Gabe deve estar preparando a comida. Eu rastejo para a porta e lanço um olhar pelo corredor até a porta da frente. Se eu conseguisse roubar as chaves, eu poderia fugir. Venho treinando corrida todos os dias durante dois meses na praia. Alguns dias, eu até corria descalça. Eu nunca mais quero ser impotente de novo, como eu era naquela floresta há pouco tempo. É possível que eu consiga. Especialmente se ele estivesse incapacitado. Mas se não conseguir? São mais de 75 passos entre onde estou e o carro. 75 chicotadas seria brutal. Eu tremo e me volto para a cozinha, resolvendo elaborar um melhor plano mais tarde, quando eu tiver algum tempo para pensar. Um plano que inclui fugir enquanto ele está dormindo ou no chuveiro. Qualquer outra hora será melhor do que agora, quando eu mal posso suportar ficar de pé. Nesse momento, eu preciso da minha força. "Cheira bem," eu digo a ele e deslizo em uma cadeira da cozinha que não tinha na última vez que tinha estado aqui. Meus olhos caem na familiar porta do porão aberta no chão, no meio da cozinha. Um tremor me atravessa ao me lembrar do tempo que passei lá e me forço a parar de olhar. Por que está aberta? Ele planejou me colocar lá se eu não tivesse sido complacente? "Você agora cheira a limpeza", diz ele com um sorriso e coloca um prato a minha frente. "Mas a camisa tem que ser tirada. Você sabe que é melhor, baby."


Concordo com a cabeça e tento esconder a minha relutância em ter que tirar a única peça que eu tenho de War. Porém, ele deve ter sentido o meu momento de hesitação, e agarra à frente da minha camisa, me puxando para fora da cadeira. Eu grito quando ele passa pelo porão. Felizmente, ele me arrasta para o balcão. Quando ele pega uma faca afiada, eu começo a chorar. "Não! Por favor!" Ele não me corta, mas em vez disso, rasga a parte da frente da camisa até que ela fica em pedaços. Depois de tê-la rasgado do meu corpo, ele joga-a no buraco do porão escuro. Seus dedos enrolam meu cabelo e ele me puxa até que eu estou olhando em seus olhos quase negros que parecem pulsar com raiva. "Essa foi a sua única advertência", ele sibila, saliva chovendo no meu rosto. "Da próxima vez, vai ser você que vai lá para baixo." Eu engulo um soluço. "Sim, me desculpe." Sua mão libera meu cabelo e ambas as palmas encontram minha bunda agora nua. Com uma força incrível, ele facilmente puxa meu corpo enfraquecido contra ele, quase me apunhalando com sua ereção, que eu não podia evitar, mas sentia pressionando no meu estômago através de seu jeans. "Apresse-se e coma. Temos planos."

"Estou com frio." Ele amarrou os meus braços na cama e não consigo parar de tremer. Minhas pernas estão livres e eu me pergunto se posso de alguma forma sufocá-lo com elas. "Eu sei, Baylee. Estou prestes a aquecê-la." Seu sorriso é predatório quando ele termina a remoção de todas as roupas dele. Eu tremo quando ele começa a caminhar,


mas ele hesita, uma careta imediatamente tomando o seu rosto. "Onde está a minha menina disposta? Para onde ela foi? Não me diga que aquele filho da puta poluiu sua mente. Você é minha, baby. Você está em casa." Imagens de War inundam minha mente e meu lábio treme de emoção não derramada. "Eu nunca vou ser sua." Minha voz sai num sussurro rouco. Ele senta-se na cama ao meu lado e agarra meu queixo em seu aperto brutal, forçando o meu olhar para encontrar o dele. "Isso foi tudo parte do plano, Baylee. Lembra? Prometi-lhe que eu voltaria por você e cumpri isso. Eu vou cuidar de você agora. Eu te amo." Este bastardo delirante acha que ele me ama. O amor não faz você sequestrar alguém. O amor não faz você violar alguém. O amor não faz você matar alguém. Não, mas um psicopata faz. E Gabe é um psicopata completo. Que se foda! Eu cuspo na cara dele. "Eu, fodidamente, odeio você". Ele me avalia silenciosamente, seu único movimento vindo de sua mão livre, limpando a saliva do rosto. Um lento sorriso levanta de um lado da sua boca. Oh Deus. Em um instante, sua mão desliza pela minha mandíbula e apreende minha garganta, apertando até que eu estou sufocando. Suas narinas se alargam enquanto ele se inclina para frente e praticamente cospe suas palavras para mim. "Faça isso de novo e as coisas vão ficar ruins para você, Baylee. Eu não sou contra puni-la até sua submissão. Isso vai funcionar entre nós. E se isso não acontecer, vou cortar o seu coração partido porque se eu não posso ter você, ninguém mais pode. Você entendeu, baby?" Estrelas brilham perante mim, mas eu consigo dar um pequeno aceno de cabeça que imediatamente é recompensado


com alívio. Seu aperto desaparece e sua grande palma desliza pela minha garganta até alcançar os meus seios. Ele acaricia meu mamilo apertando entre os dedos enquanto eu puxo o ar gananciosamente. Um tremor violento passa através de mim, o frio do ar, o homem assustador diante de mim, e a perda dolorosa do meu amante, tudo isso cobra seu preço em meu corpo. "Olhe para mim", diz ele em um tom enganosamente suave, e se agacha. Seu cabelo escuro está selvagem e indisciplinado em sua cabeça. Um par de olhos dementes olha para mim e os meus se prendem com os dele. "Boa menina." O seu louvor não me conforta, só me assombra, me fazendo tremer novamente. "Você passou por muita coisa. Desculpe-me por isso. Mas prometo que vou fazer melhor." Ele desliza suas mãos sobre meus joelhos e afasta-os. Minha resistência é inútil quando ele facilmente se instala em cima de mim, seu pau endurecido pressionado em minha barriga. Eu espero que ele entre em mim, mas em vez disso, ele puxa a coberta sobre nós, e depois enterra o rosto contra o meu pescoço. Seu cheiro me envolve e me sinto como se eu fosse sufocar. Espesso. Inebriante. Ímpio. Lágrimas silenciosas rolam pelo meu rosto enquanto ele pressiona beijos suaves contra meu pescoço, logo abaixo da minha orelha. Seria preferível que ele apenas me fodesse até a morte, ao invés do que diabos ele está fazendo. Eu não quero o seu conforto ou consolo. Quero War. Um soluço perfura o ar e ele murmura em resposta, seu hálito quente fazendo cócegas no meu ouvido. "Shhh, baby. Deixe-me consertá-la." O mundo em torno de mim inclina e estou enjoada. Eu não quero que ele me toque, que me invada, em todos os lugares que eu tinha dado a War. Eu de bom grado dei cada parte de mim mesma a War e elas pertencem apenas a ele. Gabe segura minha bochecha com a palma da mão e me olha com olhos nublados. "Eu não sei o que aconteceu com aquele idiota, mas você tem que saber que nós pertencemos um ao outro. Eu prometo, não vai ser sempre tão


duro, Baylee. Um dia você vai ser a mãe dos meus filhos e minha esposa. É tudo o que eu sempre quis. Desde o momento que me mudei para a casa ao lado da sua, e pus os olhos na minha pequena, sensata e doce vizinha. Naquele momento, eu sabia que você pertencia a mim." Estou muito chocada para falar e sua boca cobre a minha, silenciando-me ainda mais. Ele suga o meu trêmulo lábio inferior antes de morder suavemente. Quando a língua empurra o seu caminho em minha boca, eu fecho meus olhos e mentalmente recuo. Eu não posso fazer isto. Eu não posso ser prisioneira dele para toda a vida. Recuso-me a ser sua mulher cativa. Quando ele começa a deslizar seu pau contra o meu clitóris, eu abro os meus olhos. Ele quebra o nosso beijo unilateral e olha entre nós enquanto ele empurra. "Gabe," eu consegui sufocar, "Eu não quero fazer isto." Ele me pisca um sorriso caloroso. "Ainda não, mas você vai. Como da última vez, querida." Balanço a cabeça quando ele continua a deslizar para trás e para frente entre os lábios da minha boceta. Ele não entra, apenas continua a esfregar contra mim. Sensações indesejadas, o meu corpo sendo manipulado para responder ao seu toque, começam a ondular através de mim. Eu aperto os olhos fechados e me concentro em qualquer coisa que não seja no que ele está fazendo comigo. Eu não vou deixá-lo ganhar dessa vez. Eu amadureci muito desde a primeira vez que ele me tomou. Eu tenho controle sobre o meu corpo, não ele. Uma sacudida corta através de mim e eu grito. É um tremor de prazer, de querer, e eu odeio isso. Absolutamente odeio a maneira como o seu toque familiar, mais uma vez, rouba a rédea do meu controle.


"Você ama quando faço isso," ele diz presunçosamente enquanto continua a esfregar gentilmente contra mim. "Eu aposto que sua boceta está ficando molhada." Eu balanço a cabeça para ele e as lágrimas continuam a rolar. "Eu te odeio." Ele geme quando a ponta do seu pau desliza contra a minha abertura. Eu tento unir as minhas coxas, mas com ele entre elas não há como pará-lo. É concedido a mim um momentâneo adiamento quando ele se afasta um pouco. "Vamos ver, baby." Seu dedo empurra para dentro de mim e eu grito. Ele não faz nada exceto empurrar para dentro de mim, só para puxá-lo de volta para fora. Recuso-me a olhar para ele e a aparência repugnante de triunfo que sei que vou encontrar. Eu mantenho meus olhos fechados. "Ahhh," diz ele com uma risada satisfeita, "eu estava certo. Seu corpo ainda me pertence." Ele arrasta seu dedo molhado em torno de um dos meus mamilos e provoca o pico endurecido. Eu me mexo. "Eu não vou deixar você descansar até que você goze para mim. Podemos fazer isto o dia todo, Baylee. Eu te esperei enquanto você estava fora. Eu não saí com ninguém sabendo que teria você de volta, onde você eventualmente pertence." Eu choro quando ele volta a deslizar seu pau contra o meu latejante, traidor, feixe de nervos. Pense em War. Pense em War. Estou tentando bloqueá-lo quando eu sinto sua boca quente no meu sexo. Empurrando meus olhos novamente abertos, olho para ele. A língua assume e eu me contorcendo só serve para torná-lo mais voraz. Lambendo e chupando.


Mordendo e chupando. Não há fuga possível para mim do seu ataque de prazer e isso está me deixando louca. Se o meu corpo cede, eu não só vou me trair, eu vou trair War. "Mmm," ele geme contra mim, seu hálito quente fazendo minha luta interna mais intensa. Seu dedo está de volta dentro de mim em um instante enquanto ele continua a me provar. Eu reviro os olhos de excitação e tento ignorar a ondulação da liberação iminente, torcendo seu caminho através de minha parte inferior do corpo como uma faca afiada. A ânsia pelo clímax é forte. Doentia. Torturante. Eu odeio a maneira como meu corpo implora por isso. Como terremotos e tremores em necessidade. Minha mente implora por outro jeito, mas eu sei que é impossível. Eu sou mais uma vez prisioneira do vilão que usa o meu corpo como se fosse um instrumento que só ele sabe como jogar. Cada músculo do meu corpo doí e arde enquanto faço de tudo em meu poder para não deixá-lo vencer. Mas ele ganha. Seus dedos conhecem cada parte dentro de mim, que se rendem às suas exigências. As partes que não estão ligadas ao meu coração ou mente. Um arrepio, forte o suficiente para sacudir a terra abaixo de nós, me ultrapassa. É dor e ódio e fúria tudo rolando em uma liberação desgastante. Minha boceta aperta em torno de seus dedos e meus próprios sucos saem do meu corpo ao longo da rachadura da minha bunda, molhando a cama debaixo de mim. O que foi que eu fiz? Com relutância, eu reabro os olhos e assumo a responsabilidade por aquilo que eu permiti que acontecesse. Eu tenho nojo dele.


Mas eu tenho mais nojo de mim mesma. Eu já não sou a Baylee que conhecia. Ele encontrou uma maneira de cortar o último fio de conexão de quem eu era. O último fragmento da minha vida com War. Eu não sou nada, só um escuro flutuante. Minha alma geme em desesperada derrota. "Isso, isso." Ele beija o interior da minha coxa uma vez que eu desci do meu indesejado orgasmo. "Isso foi perfeito. Você é perfeita, Baylee." Eu deito ali, imóvel como uma boneca de uma criança há muito esquecida no quintal. Descartada e usada. Partida e inútil. Meus pensamentos estão em branco e meu coração não bate. Eu só olho e olho e olho para o nada. Suas próximas palavras não me assustam ou me perturbam. Eu não recuo com aversão ou imploro que não faça. "Eu vou fazer amor com você agora." Eu simplesmente olho. Eu não sou mais a paz de War. Eu não sou nada. Sou uma vaga bonequinha de Gabe. Nada. Nada. Absolutamente, fodidamente nada.


COLOCO A mochila no meu ombro e começo a ir para a porta quando um pensamento me ocorre. Ela não tem ideia alguma. Nem uma única ideia. Minha garota foi roubada, provavelmente estuprada e espancada, tem sido prisioneira de alguém por quase quatro meses. Seu espírito está provavelmente quebrado. Ela vai perder seus pais. Eu tenho certeza que ela vai estar assustada, porra. Corro os dedos pelo meu grosso cabelo escuro. O cabelo espetado de menino é uma coisa do passado e eu tenho abraçado a selvageria do que veio a ser. Muito como eu. Não mais petrificado e no lugar, me comportando para todo mundo ver. Não, é incontrolável. Ingovernável. Trapaceiro. Como eu. Passei meses a procurá-la. Meses a lidar com mais perguntas do que respostas. Meses sentindo muito a falta dela, o meu coração dói fisicamente no meu peito. E enquanto eu não entendo o porquê, e, francamente, estou furioso sobre a correspondência que ela tinha feito, eu fui inteligente o suficiente para saber que tinha, provavelmente, sido sob coação. Minha Baylee me ama. Ela sempre me amou. Eu não posso esperar para tirá-la desse filho da puta e pegar todos os pedaços dela. Eu vou restaurá-la e curá-la.


Tirar a dor dela. Fornecer o ombro que ela precisa para se apoiar. É o que nós fazemos. Baylee e eu fomos feitos para resistir a qualquer tempestade. Se pudermos passar por toda esta besteira, nós podemos passar por qualquer coisa. Eu passo por sua casa e faço o meu caminho para o quarto dos pais dela para encontrar o que estou procurando. Na mesa de cabeceira do seu pai, está uma foto. Uma foto de sua família. A moldura uma vez substituída depois de ter sido quebrada não há muito tempo. Baylee, que na foto tinha completado recentemente dezessete anos, está sentada entre seus pais nas arquibancadas. Era a temporada de beisebol, e ela obrigou-os a ir a um dos meus jogos. Tony, por uma vez, estava realmente sorrindo. Quase como se ele estivesse acostumado a me ver ao redor e talvez pudesse tolerar a ideia de que ela e eu éramos um casal. Lynn tinha um sorriso gracioso e adorável enquanto ela abraçava a filha de lado. Foi uma das últimas vezes que a mãe de Baylee tinha estado bem o suficiente para sair de casa. Eu engulo uma bola grossa de emoção e cerro os dentes. Lynn sempre foi boa para mim. Quando Tony e Gabe se metiam comigo, como eles muitas vezes gostavam de fazer, ela sempre os espantava e acalmavame com sorrisos maternais que minha própria mãe nunca poderia me dar. Era como se ela também soubesse que Baylee e eu não éramos apenas uma aventura passageira, mas sim amor verdadeiro. Que estava destinado a ser. Eu amei Lynn como se ela fosse minha própria mãe. Baylee vai ficar devastada. Dar-lhe a notícia por e-mail parecia impessoal e errado. Eu sempre soube que seria eu quem a seguraria através do que seria inevitavelmente o pior momento de sua vida. Eu só não sabia que seria em mais de uma maneira. Com um suspiro, eu pouso a mochila e abro-a. Enfio a foto nela e por um capricho decido agarrar a camisola branca de Lynn, que ela sempre manteve na cadeira perto de sua cama. Eu olho ao redor do quarto, ponderando se devo ou não levar qualquer outra coisa. Ela vai precisar de


memórias. Eu não quero que ela seja negada a qualquer uma delas. Pego mais algumas coisas e atiro-as na mochila. Depois de fechá-la de novo, eu caminho através da casa para sair. Uma alta, explosão repentina na porta da frente quase para meu coração. Com meu sangue correndo frio em minhas veias, quase virando gelo, eu congelo em meu caminho. Eu estive hospedado nesta casa por um tempo agora e ninguém veio aqui. Esperando que fosse apenas um vizinho que eu pudesse facilmente me livrar, eu ando até a porta da frente e espreito através da janela pequena. Eu olho diretamente nos olhos marrons perspicazes da Detective Stark. Porra. Outra batida me assusta. "Podemos vê-lo aí," a voz profunda do seu parceiro soa através da porta. "Abra. Nós gostaríamos de fazer algumas perguntas." Eu cerro os dentes e relutantemente abro a porta. Stark alarga os olhos de surpresa antes dela esconder sua expressão. "Brandon Thompson? Engraçado vê-lo aqui," diz ela com cuidado, os olhos correndo para atrás de mim, para a casa. "Seus pais sabem onde você tem estado?" Encolho os ombros e arrasto o olhar para seu distintivo em seu cinto para evitar o seu olhar examinador. "Eu tenho dezoito anos. Eu não estava desaparecido, apenas precisava do meu espaço. Ela sabe que eu estou vivo e bem." Ela faz um estalo com a língua e os nossos olhos se encontram novamente. "Entendo. Nós realmente viemos fazer uma visita ao Sr. e Sra Winston. Será que o Detective Shilling e eu podemos entrar e fazer algumas perguntas? " Olhando para Shilling, que mastiga um palito de dentes como se fosse um pedaço de goma, ao seu lado e depois de volta para Stark, eu balanço minha cabeça. "Uh, não soube sobre a Sra. Winston? Ela está morta."


O parceiro de Stark desliza a mão sobre a arma, o movimento quase imperceptível. Mas eu vejo e encolho-me. "O fígado dela finalmente deixou de funcionar e ela morreu," acrescento rapidamente antes que eles comecem ter a ideia errada. Stark acena com a mão para o seu parceiro, tentando acalmá-lo, eu acho. "Sim, nós sabíamos que ela estava muito doente," ela diz solenemente. Shilling acena e relaxa. Levemente. "Onde está o Sr. Winston?" Pergunta Stark, seus olhos esvoaçando para atrás de mim novamente, como se ela estivesse catalogando tudo da casa. "Ele não está aqui, foi para San Francisco para ver um amigo," eu digo e aceno para atrás de mim. "Mas você é bem vinda para entrar e dar uma olhada. Eu posso dizer que você quer. Mas se você me der licença, eu estava de saída." Quando eu começo a caminhar para o andar de cima, Stark me para. "O que está na mochila, Sr. Thompson? Indo a algum lugar?" Eu concordo. "Falei com a minha mãe. Eu estava voltando para casa para ficar com eles. Pelo menos até eu encontrar um emprego e conseguir me sustentar." Stark estreita os olhos para mim. "Entendo. Então, Sr. Thompson, você está me dizendo que esteve hospedado com o Sr. Winston este tempo todo? " Minhas mãos começam a suar assim que eu formo um punho com elas. "Sim." "Verifique, Shilling. Vou conversar com o Sr. Thompson por um minuto." Shilling passa por mim e começa a farejar ao redor da casa. "Eu tenho que te dizer, filho," Stark diz com um suspiro, "Estou muito curiosa como, apenas alguns meses atrás, você agia como se Anthony Winston fosse seu inimigo, que ele era uma parte de algum esquema elaborado para se livrar da filha, e agora vocês dois são colegas de casa? Você pode


explicar isso para mim?" Eu cerro os dentes e olho para ela. "Minha opinião sobre ele não mudou. Nós formamos uma espécie de aliança a procura de Baylee. Lembra dela? A menina desaparecida sobre o qual você me ignorou? Além disso, ele está tendo um momento difícil desde que sua esposa morreu, e ele é o pai da minha namorada. Então, eu estive aqui porque, obviamente, Baylee não pode estar. Isso é um crime, detetive?" Seu olhar suaviza e seus lábios pressionam em uma linha. "Claro que não, Brandon. Na verdade, é por causa disso que viemos aqui, para falar sobre ela. Baylee e onde ela tem estado, o que ela tem feito. Você já teve algum contato com ela?" Uma dor se forma no meu peito. "Não, eu não falei com ela." É verdade. Eu não ouvi sua voz doce. Sua risada gutural. A maneira suave como ela geme quando eu a beijo. Stark solta um suspiro, quase parecendo aliviada com as minhas palavras. "A casa parece estar habitada. Não há sinais de luta ou briga. Não há nada aqui " Shilling diz atrás de mim. Stark assente e faz um gesto para eu segui-la. "Sr. Thompson, nós gostaríamos que você viesse a delegacia para que possamos fazer-lhe mais algumas perguntas." "Então, pergunte agora," eu digo, tentando não parecer ansioso para ficar longe deles. Olhando para baixo para o meu relógio, eu quase encolho ao saber que estas pessoas estão me fazendo perder tempo. "Eu prefiro fazer na delegacia. No meu escritório. Podemos fazer isso da maneira mais difícil ou da mais fácil. Apenas algumas perguntas." "Perguntas sobre o quê?" Ela franze a testa. "Gabriel Sharpe para começar."


Eu estremeço ao ouvir o nome daquele idiota. "Eu não sei nada sobre esse fodido estúpido." Mas o meu rosnado ameaçador não faz nada para esconder o meu ódio por ele. "Bem, isso não é tudo. Eu prometo, que não vamos mantê-lo por muito tempo. Como eu disse, esse é o caminho mais fácil." Nossos olhos se encontram e eu a desafio. "E se eu for embora?" Uma risada suave sai de Shilling quando Stark se eriça com a minha pergunta. "Então nós vamos fazer da maneira mais difícil. Eu faço meu parceiro aqui vasculhar sua mochila e se encontramos alguma coisa faltando desta casa, vamos prendê-lo por invasão e furto. Você também poderia ser acusado de auxílio e cumplicidade." "O quê?" Eu recuo com descrença. "Auxílio e cumplicidade com o quê?" Ela cruza os braços sobre o peito e olha para mim. "Com auxiliando e compactuando com Baylee Winston na tentativa de assassinato de Warren McPherson."

Eu pisco para ela várias vezes em estado de choque. Certamente esta mulher perdeu sua maldita cabeça. "Do que diabos você está falando? Quem é Warren McPherson? Baylee foi sequestrada. Levada. Ela é não uma assassina!" Stark levanta uma sobrancelha escura e acena com a cabeça em direção ao carro-patrulha e minha caminhonete. "Eu sei a história que você me disse, e eu gostaria de acreditar em você, Brandon. É por isso que eu quero começar pegando a sua declaração na estação. Vamos precisar da sua ajuda para trazer Baylee. Ela é uma pessoa de interesse. Qualquer informação que possa ser capaz de fornecer vai nos ajudar na nossa causa". Fodidamente inacreditável.


"Isso é ridículo." Corro os dedos pelo meu cabelo novamente e maldiçoo. "Você pode nos encontrar lá. Que tal? Falaremos, esclareceremos algumas coisas, e então você pode ir, " ela me diz, em tom apaziguador que me fez lembrar de Lynn. Maternal e preocupada. "Eu sei que você quer ela de volta. Se ela é inocente, como você diz, vamos chegar ao fundo da questão." Raiva borbulha dentro de mim. Agora que eles acham que ela tentou matar alguém, de repente eles estão interessados para onde diabos ela foi. Não pelos quatro meses que eu fiquei louco procurando por ela. Quero estrangular a mulher e dizer, eu porra te avisei. Quero dizer-lhes tudo o que sei sobre Tony Winston e seu melhor amigo psicótico, Gabe Sharpe. Quero dizer-lhes como Baylee não faria mal a uma alma. Ela é uma pessoa inocente. Uma fodida vítima. O meu telefone vibra no meu bolso me alertando para uma notificação do aplicativo GPS que está rastreando o movimento de Gabe. Eu já perdi muito tempo com estes detetives imbecis quando eu deveria estar investigando para onde Gabe a levou. Mas eu sei que eles não vão ficar fora da minha bunda até que eu fale com eles. O olhar firme de Stark me diz isso. Eu preciso afastar estes detetives de cima de mim para que eu possa chegar até ela. Por um breve momento eu considero dizer a ela que eu vou atrás de Gabe, mas então eu me lembro quão eficiente ela foi antes, ou seja, não ajudou em nada. Eu não tenho tempo para a sua besteira burocrática e papelada. Eu preciso chegar até ela. E rapidamente. "Tudo bem," reconheço com um acesso de raiva. "Eu não posso ficar mais de uma hora, no entanto. Eu prometi a minha mãe que eu estaria em casa para o jantar." Meu estômago resmunga como se quisesse me punir por provocálo com uma menção a comida caseira da minha mãe quando


eu sei que não vai ter essa merda em breve. Stark acena e me pisca um sorriso caloroso. "Você está fazendo a coisa certa, garoto. Obrigada."

Quatro horas depois. Durante quatro malditas horas eu sentei aqui respondendo às suas perguntas. Quando foi a última vez que viu Baylee Winston? Sabe o paradeiro atual de Gabriel Sharpe? Como você descreveria Baylee? Ela nunca foi violenta? Estavam Gabriel Sharpe e Baylee Winston colaborando contra o bilionário recluso para ficar com o dinheiro dele? Onde está Anthony Winston e por que ele iria esconder o fato de que sua filha tinha desaparecido? Mais e mais perguntas, porra. Eu fui vago. Qualquer coisa para obtê-los fora de minhas costas e me despachar. "Já terminamos aqui?" Exijo pela milionésima vez, minha paciência incrivelmente no limite. Stark, sempre calma, levanta uma sobrancelha escura para mim. "Shilling acabou de ligar para seus pais a deixou-os saber que você foi localizado e está seguro,” diz ela com uma pitada de presunção. "Ele também disse a eles que você estaria atrasado para o jantar. Embora, eles soassem um pouco surpresos ao ouvir que você estaria se unindo a eles para o jantar." Porra.


"Não há razão para você mentir sobre ir para casa de seus pais, a menos que você realmente não queira que ninguém saiba onde você estava realmente indo. Para onde você estava realmente indo com tanta pressa, Sr.Thompson?" Ela questiona, suspeita evidente em sua voz. "Isso é estúpido. Eu estava indo para ver um amigo." Um grunhido soou no meu peito. "Além disso, eu tenho dezoito anos, Stark. Não há nenhuma razão para você ter ligado. Não é nenhum problema seu." Eu vislumbro o relógio acima de sua cabeça, querendo bater com o punho na mesa. Outras três horas ou assim e ele estará de volta na cabana. Eu penso sobre a arma na minha mochila dentro da caminhonete. Como vai ser empurrar o cano na boca daquele idiota e puxar o gat"Detetive," uma mulher tímida com um cabelo grisalho interrompe, olhando para a sala de interrogatório. "Sr. Thompson está aqui para ver o seu filho". Esfregando uma palma da mão sobre meu rosto, eu gemo com a sensação de medo se espalhando pelo meu corpo. A última coisa que eu quero fazer é ser forçado a enfrentar o meu pai, agora, depois de todo esse tempo. "Ele pode esperar até terminar aqui," Stark diz bruscamente. "Não," a mulher fala, "na verdade, não pode esperar. Ele está aqui com um advogado e está exigindo vê-lo imediatamente." Jesus fodido Cristo. Meu pai tem sempre que ir ao extremo. Eu poderia ter lidado com isto. Eu tinha quase terminado e no meu caminho para encontrar Baylee. Mas agora? Agora eu vou parecer ainda mais culpado. Gastar ainda mais tempo aqui. E, possivelmente, perder o rastro deles. Merda! "Tudo bem," Stark resmunga, "deixe-os entrar."


Segundos depois a porta se abre e meu pai entra tempestuosamente com uma careta plantada em sua face. Eu fico de pé abruptamente e olho para ele. "Eu tinha isso sob controle," eu digo através de meus dentes. "Eles estavam apenas fazendo perguntas sobre Baylee. Eu estava quase saindo. Eu não precisava que um advogado ou que o meu pai viessem me salvar." Meu pai se aproxima e olha para mim por cima do nariz. "Você se parece com o inferno, Brandon. Você está usando drogas?" Não posso deixar de revirar os olhos. Porra, bem típico dele pensar isso. "Vá embora", eu atiro para ele, formando os punhos nos meus lados. Ele ri de mim antes de pegar um punhado da minha camisa. Sei que ele está chateado com o meu desaparecimento, mas ele já não tem qualquer influência ou controle sobre mim. "Ok, Sr. Thompson, isso é o suficiente," Stark retruca enquanto se levanta. "Filho," diz ele, balançando a cabeça, "você claramente não pode ser deixado para lidar com seus assuntos por si mesmo. Você sempre acaba fazendo algo estúpido. Você foi e envolveu-se com aquela garota. Você está jogando toda a sua vida fora por ela. O idiota de cabeça quente que é o pai dela nem sequer gosta de você. Ela não vale a pena-" "Ela vale toda a fodida pena!" Eu grito. Culpei o dia por ser pressionado e forçado a merdas que eu não queria fazer depois de meses a ser ignorado pelas próprias pessoas nesta sala. Raiva me oprime e eu quase fico cego com isso. Eu não posso parar o ímpeto de raiva. Não posso parar para onde leva o meu punho. Eu não posso avaliar a repercussões da minha ação até que seja tarde demais. Crack! O resto é um borrão de caos. Um borrão de gritos. Um borrão de força quando eu sou preso com algemas por uma mulher porra.


Um borrão de ameaças por meu pai. Avisos por seu advogado. E os meus direitos a serem lidos para mim por Stark. Um borrão que não se desvanece até que eu estou sentado em um banco frio atrás das grades, ao lado de um monte de outros criminosos. Eu sinto muito, Baylee. Eu estou tão arrependido.


SENTO-ME NO chão do chuveiro com o meu queixo no meu joelho enquanto eu seguro minhas pernas contra o meu peito. O calor da água não faz nada para aquecer minha alma frígida. Eu estou morrendo de dentro para fora. As últimas horas têm sido permanentemente bloqueadas de minha mente. Eu não vou permitir-me debruçar sobre o que aconteceu. Porque isso vai me matar... Meus pensamentos se concentram em War e quentes, irritadas lágrimas enchem meus olhos. Eu era dele, toda dele e Gabe levou isso para longe de mim. Um tremor ondulou através de mim e eu deixei escapar um soluço. Meus pulsos ainda queimavam da corda e eu levanto-os para inspecioná-los. Quando eu faço, o véu escuro levanta de minha mente e as memórias dos momentos antes me assolam pior do que o ato em si. Eu tinha lutado contra as cordas. Contorci e debati. Sovei e cuspi e rosnei. Mas no final, ele me tomou de qualquer maneira. E uma vez que terminou, eu quebrei. Gabe pegou no meu já machucado e sangrado espírito, e partiu-o ao meio.


Ele roubou a última coisa que eu tinha para War. Avidamente roubado tudo para si mesmo. O filho da puta ainda teve a audácia de me dizer que me amava. Eu fico de pé com as pernas trêmulas e esfrego aquele vil homem do meu corpo. Eu não posso deixar de pensar em War e nosso tempo juntos, enquanto eu fervorosamente afasto cada partícula da minha carne, até o ponto da dor. Cada mancha de sua saliva. Cada gota de seu esperma. Qualquer cheiro persistente do próprio diabo. Tudo isso queima a pele do meu corpo por causa da minha lavagem agressiva no chuveiro e drena tudo para as profundezas do inferno, onde ele pertence. "Baylee..." Estremeço ao ouvir a sua voz, baixa e ameaçadora, e eu deixo cair o pano no chão. Rangendo dentes, eu me preparo para rasgar seu rosto se ele pensar em entrar neste chuveiro comigo. "O quê?" Eu estalo. Ele ri, a escuridão nele era uma ameaça em si. "Essa é a minha menina. Pensei que tinha perdido você lá para um feitiço quando você ficou toda catatônica." Sua sombra por trás da cortina se move até o espelho e eu o ouço ligar a água na pia. Ele pousa a escova nos dentes como se fôssemos um estúpido casal casado se preparando para dormir. Eu odeio o quão confortável está com o que ele faz. Absolutamente odeio-o. "Você desenvolveu sentimentos por ele." Suas palavras não são uma pergunta, mas sim uma acusação. Silenciosas lágrimas rolam pelo meu rosto enquanto eu penso sobre War. "Baby, eles têm um nome para isso. É chamado de Síndrome de Estocolmo. É um distúrbio psicológico. Você pensa que tem sentimentos por ele, porque ele era seu captor. Não é raro isso acontecer." Meu sangue ferve e eu quero me atirar através da cortina e bater seu rosto contra o espelho. Esmagar sua


carne contra o vidro e me deleitar com a maneira como seu sangue mancha o reflexo. Se eu tivesse certeza que podia fazê-lo. No meu estado irritado, imagino que quase podia. "Eu nunca vou sentir nada por você além de ódio. Eu nunca vou me apaixonar por você," eu assobio de volta para ele. A cortina do chuveiro é de repente aberta e eu grito de surpresa. Seu olhar se arrasta sobre a minha carne nua diante daqueles olhos maus que perfuram os meus. "Você não vai ter que se apaixonar, querida, porque eu vou arrastar o seu traseiro para isso comigo." Nós encaramos um ao outro por vários segundos. Quando ele se estende para me alcançar, eu perco a cabeça. Eu arranho-o e grito. Ele consegue agarrar um dos meus braços e me empurra para fora do chuveiro em seu aperto firme. Sua pele nua contra a minha me dá náuseas e eu me mexo para me libertar. "Solte-me, seu idiota!" Eu perdi a paciência. Eu não posso manter a calma pela saúde do meu possível bebê. Eu não posso sequer ter controle e usar minha cabeça tempo suficiente para determinar um plano de fuga. Tudo o que consigo fazer é pensar sobre matar este homem com minhas próprias mãos. "Baylee," ele rosna, apertando-me com força suficiente para quase quebrar minhas costelas, "controle-se ou eu vou bater na sua bunda." Ignorando-o, eu inclino para trás antes de bater minha cabeça contra seu queixo na esperança de machucá-lo mais do que a mim. "Porra!" Continuamos a brigar, eu como um fio vivo em seus braços, de volta para o quarto. Meu corpo está escorregadio e molhado, mas ele ainda consegue me segurar. Quando eu tenho um vislumbre de sangue escorrendo do lábio dele, sou tomada pela alegria. Tanto que eu faço sons de felicidade.


"Acalme-se mulher, porra!" Só quando ele vira o meu braço atrás de mim e torce dolorosamente é que eu paro o meu movimento, e solto ruidosos soluços derrotados. A adrenalina escoa para fora do meu corpo com cada respiração e toda a minha força vai com ela. "Tome isso," ele ordena, abrindo a minha boca. "Isso vai acalmar o seu rabo." Eu engasgo enquanto seus dedos forçam o medicamento na minha língua e garganta. Meus dentes se fecham, mas ele consegue libertar sua mão antes que eu possa fazer qualquer verdadeiro dano. Sua forte palma pressiona meu queixo para cima para me impedir de cuspi-lo. Eu posso sentir o misterioso medicamento descendo lentamente pela minha seca garganta. "Baylee, eu sinto muito." Eu endureço em seus braços quando a palma da mão esfrega inocentemente sobre a minha barriga. Recuar somente lhe daria suspeitas do que eu estou protegendo, portanto, em vez disso, eu mordo meu lábio e respiro tão normal quanto posso. Meu estômago se irrita quando a pílula se instala e começa a fazer o seu efeito. Peço a Deus que, se estou grávida, isso não prejudique o feto. "Você não está arrependido. Você o matou. Eu o amava." Ele fica em silêncio por um longo tempo e eu me pergunto se ele estava ouvindo. Ou se ele está planejando a sua retaliação para o que eu tenho certeza que ele interpretou como desafio. Seu domínio sobre mim finalmente se solta, mas estou muito exausta para lutar e já estou me sentindo entorpecida pelo o que ele me deu. "Shhh, vamos falar sobre isso amanhã. Eu tenho sido muito áspero com você, eu acho. Esperava muito, muito rapidamente. Você é uma boa menina, e eu não quero tratá-la como uma prisioneira." Ele consegue subir na cama comigo em seus braços. Quando ele arrasta o cobertor quente por cima de nós, eu quase gemo de alívio. Seu braço pesado segura meu corpo contra o dele, de costas para a sua frente. Apesar de meu


cabelo estar encharcado, ele enterra seu nariz nele e beija minha cabeça. Cada músculo do meu corpo está em chamas. Meu cérebro está frito. E o meu coração se foi. Eu sou impotente para o seu afago forçado. Então, ao invés disso, eu fecho meus olhos e finjo que seu corpo pertence a outro. Que estou recebendo calor de um homem que é tão puro como a neve recém caída. "Eu te amo," ele murmura. A voz é errada, mas o sentimento me conforta. Eu também te amo, War. Eu não tenho certeza se as palavras são ditas em voz alta ou na minha cabeça, mas logo eu estou caindo para um lugar onde eu estou livre. Livre para amar e beijar e adorar um homem complicado. Em paz com o War.

"O que você está fazendo?" Pergunto, sugando um sopro de ar quando o dedo dança ao longo do meu ombro, empurrando meu cabelo para longe em um movimento suave. War sorri. Eu não tenho de vê-lo, porque eu sinto-o. E eu sorrio também. "Contando suas sardas. Há tantas," diz ele em um tom calmo, quase tímido. Eu começo a rir e giro para olhá-lo por cima do meu ombro. Ele está apoiado em um cotovelo e me inspecionando como se ele estivesse tentando memorizar cada centímetro da minha carne. Tudo sobre ele é bonito. A forma como seus olhos azuis-escuros brilham quando ele está contando. Como seus lábios carnudos se movem somente um pouco. E a maneira


como seu cabelo castanho paira sobre a sobrancelha direita de um modo confuso, mas ainda sexy. "Quantas tenho?" "Quatrocentas e treze", ele me diz. Sua voz é firme. Convencida. Completamente certa. "Até agora." Fechando os olhos, eu aqueço no seu toque suave. Ele me acalma tanto quanto eu pareço acalmá-lo. O mundo já não é um lugar ameaçador quando estamos juntos deste jeito. Estamos em nosso próprio mundo, um que é seguro e cheio de amor. Quando eu começo a adormecer, ele conta as minhas sardas, enquanto eu conto cada batida feliz do meu coração. Escuto o chilrear dos pássaros. Eles não soam como as gaivotas com as quais eu estou acostumada a acordar. Talvez elas estejam doentes. Meu corpo está pesado e dolorido ao ponto que eu quase me sinto drogada. Eu sequer consigo levantar as pálpebras. Ainda exausta demais para enfrentar o dia, eu enterro meu rosto contra o aquecido, firme peito na minha frente e abraço-o para mais perto de mim. War sempre me aquece. Todo o caminho até as minhas mais íntimas partes. Por alguma razão, eu estou incrivelmente dolorida hoje e não pretendo me mexer. Talvez seja eu que estou doente, não os pássaros. Eu penso sobre quão estranho o meu corpo tem estado. A náusea. Os seios doloridos. A ausência de menstruação. Eu estou nervosa para falar do assunto com ele, entretanto a excitação me atravessa. Nós criamos algo do nosso amor. Estou certa que há um pequeno botão de amor crescendo dentro de mim. Um sorriso enfeita meus lábios e eu pressiono um beijo suave em seu peito. Deslizo a palma da mão para baixo ao longo de seu abdómen até que eu estou segurando seu pau endurecido entre nós. Sua respiração suave me diz que ele


ainda está dormindo e eu quase rio em voz alta, sabendo que eu estou a ponto de acordá-lo. Eu abro um olho e inclino a cabeça para olhar para ele. Meu mundo gira e escuridão aparece como um enxame de abelhas furiosas. Nada de macias, pacíficas feições e uma cicatriz familiar. Em vez disso, escuras, duras linhas e arestas. Nenhuma cicatriz. Seu pau quente na minha mão parece como uma abominação e eu sacudo a minha mão para longe dele como se fosse uma cobra cheia com veneno de serpente. Curtas respirações agitadas saem de mim enquanto eu me distancio do mal que está na minha frente. As memórias desabam em torno de mim. War. A bala. O sangue. Bile sobe na minha garganta e um grito permanece lá. A luz do sol da janela nos cobre como uma coberta, mas é uma farsa. Eu não estou em uma cabana aconchegante, feliz, levada para longe com o meu amante. Estou no inferno com o diabo. Eu sou sua prisioneira. Mas eu não estou amarrada. Um chute de emoção traz meu coração morto de volta à vida. Eu escorrego para fora por debaixo do braço pesado de Gabe. Seus roncos suaves são uma indicação de que ele ainda está profundamente adormecido. Este é o meu momento. Esta é a minha oportunidade. Provavelmente uma das poucas que eu vou conseguir. Escorrego para fora da cama e quase tenho um colapso. Minhas pernas estão doendo e trêmulas, mas eu não as deixo me deter na minha busca para escapar. Rapidamente, eu agarro sua camisa descartada e a visto. Já que Gabe é muito mais alto


do que eu, a camisa vai até ao meio da minha coxa, proporcionando uma cobertura suficiente para eu dar o fora daqui. O chão de madeira sob meus pés range e eu levo o meu olhar sobre Gabe. Nenhuma mudança em seu movimento. Eu tenho que ir. Agora! Na ponta dos pés, eu me apresso para fora do quarto para o corredor em direção à porta da frente. Não está bloqueada. Por que estaria? Ninguém iria estourar através da porta da frente do diabo por própria vontade. Eu abro-a o mais silenciosamente que eu posso. Squeeeeeak! A porta protesta quando eu abro-a e é barulhenta. Não há como voltar atrás agora. Eu tenho que ir. Eu passo por ela e desço os degraus. A memória de poucos meses atrás, ele me perseguindo através do bosque, na vanguarda da minha mente. Isso só me estimula a ir mais rápido. Com longas passadas, eu ignoro a dor do caminho de cascalho em meus pés descalços enquanto eu coloco a maior distância que eu consigo entre mim e aquela cabana abandonada por Deus. "Maldição, Baylee!" Suas palavras furiosas atrás de mim fazem o meu coração congelar e eu quase tropeço. Ignorando a maneira odiosa como suas palavras ecoam em minha cabeça, eu corro mais rápido do que nunca para a estrada. Passos pesados e grunhidos frustrados podem ser ouvidos atrás de mim. Meu pânico toma conta de mim, com medo lágrimas brotam em meus olhos, obscurecendo o mundo ao meu redor. Quando meus pés descalços fazem contato com o suave, frio concreto da estrada, eu quase choro de alegria. Correr torna-se mil vezes mais fácil e eu faço isso a passos largos. Eu me concentro na estrada a minha frente e o prêmio é a minha fuga final. Eu não conto meus passos. Eu não me preocupo com seus castigos. Gabe não vai me pegar desta vez.


O barulho de um motor ao virar da curva é apenas a faísca que eu preciso. Minhas pernas longas me levam para mais longe e mais rápido do que nunca. Eu arrisco um olhar atrás de mim e quase grito. Um monstro me persegue. Pés descalços e peito nu, apenas vestindo jeans que cobrem as pernas longas e poderosas. Cabelo escuro balançando ao vento. Olhos negros de raiva. O peito musculoso flexiona com a promessa de me recapturar e me dar uma retribuição por minhas ações. Sua boca está contorcida em um grunhido horrível, e me pergunto se ele vai rasgar a minha carne ao me pegar. Ele não vai me pegar desta vez. Sacudindo a cabeça para frente, eu piso ao longo da calçada congelante em direção ao veículo que aparece agora à vista. Obrigado, Deus! A caminhonete preta está voando na estrada. Muito rápido. Muito fora de controle. Vai bater, eu penso. Então eu posso estar com War... Eu paro e olho para o céu do amanhecer. Leve-me com você, War. A ameaça de lágrimas queima na minha garganta quando o som de pneus cantando ecoa em torno de mim. A caminhonete nunca fez o impacto, no entanto, e em vez disso para completamente. Uma porta é arremessada aberta e eu corro em direção a ela. "A-Ajuda!" Eu grito, minha voz seca e rouca de tanto esforço. Um homem caminhonete!"

sai

e

olha

para

mim.

"Entre

na

A voz é reconfortante e familiar. Eu não penso duas vezes sobre correr e me enrolar na cabine da caminhonete.


Quando eu levanto meu olhar para fora do para-brisa, vejo o quão perto Gabe está. Mas em vez de correr para nós, ele vira em direção as árvores e ressurge com um grande, espesso tronco. "Deixe-a ir e eu não vou quebrar seu crânio," Gabe late para o homem cujo rosto está oculto de mim. Eu podia fechar a porta e ir embora. Deixar o homem lidar com o monstro por conta própria. O pensamento é passageiro e não o deixo ganhar. Se eu deixasse o homem, Gabe o mataria. Seria a sentença de morte do homem. "Ela está vindo comigo, Gabe." A voz era. Familiar. Calorosa. Agradável. E como é que ele sabe o nome dele? Antes que eu possa contemplar muito mais, um tiro dispara, quebrando a tranquilidade da manhã. O ombro de Gabe sacode para trás e ele suspira para o homem em estado de choque. Ele não leva mais que um segundo antes de virar e levar a bunda de volta para a cabine. Outra bala sai, mas ela não atinge Gabe. "Baylee", a voz sussurra. "Jesus, minha Baylee." O homem entra na porta aberta da caminhonete e mergulha a cabeça para olhar para mim. Machucados, verdes olhos avaliam-me. Estou tão chocada, eu simplesmente olho para ele com a minha boca aberta enquanto ele empurra a arma na parte de trás da calça. "B-B-Brandon?" Ele cai no assento e estende-se para mim. Eu recuo ligeiramente, ainda dominada pelos acontecimentos dos últimos minutos. Brandon franze a testa com a minha reação. "Baby, sou eu." Sua expressão é triste. Hesitante. Seus olhos verdes estão em cima de mim misturados com piedade e alívio. O cabelo uma vez perfeito de Brandon está uma bagunça selvagem que paira em seus olhos. Seu nariz está ligeiramente curvado de quando Gabe o quebrou. Sombras


escuras estragam a carne sob os olhos e as sobrancelhas estão juntas. Ele parece mais velho. Mais duro. Mais forte. Quase assustador. Mas, em seguida, ele sorri. Todo o seu rosto se ilumina e meu coração salta para a vida em meu peito. Ele nunca machucaria um único fio de cabelo da minha cabeça. "É realmente você", eu soluço. Seus olhos piscam com felicidade, algo que sempre fazia quando estávamos juntos e ele assente. Eu saio do assento e vou para seus braços. Seus quentes e fortes braços envolvem-me e eu deixo ele me segurar enquanto eu lamento contra seu pescoço. O abraço é familiar e reconfortante. "Shhh, eu tenho você agora. Isso termina hoje, querida." Ele acaricia meu cabelo emaranhado e deixa cair um beijo no topo da minha cabeça. Depois do inferno que eu passei, é quase celestial estar de volta aos braços de Brandon. Eu estou segura. Isso tudo pode acabar em breve. Mas não vai terminar até que coloquemos alguma distância entre nós e Gabe. "Nós temos que ir embora. Ele estará de volta!" Eu grito e sacudo meu olhar de volta para a estrada. Não encontro nenhum sinal de Gabe. Nenhum sinal de derramamento de sangue. Nem mesmo o tronco que tinha em suas garras. Mas eu não sou ingênua o suficiente para ser embalada em qualquer tipo de falsa sensação de vitória. Ainda não. Não há dúvida em minha mente que ele foi embora para obter a sua própria arma ou seu carro ou só Deus sabe o quê. Gabe não desiste. Não sem uma luta. Brandon fecha a porta da caminhonete enquanto eu volto para o assento ao lado dele. O calor do seu corpo me aquece e eu me lembro de uma época em que eu estava sentada aconchegada a ele nesta mesma caminhonete. Quando a vida era mais simples. Os pneus guincham quando ele entra na estrada e acelera. Mas em vez de levar nossas bundas para a estrada que eu esperava que ele levasse, ele vai na direção errada. Na direção da cabana. Quando ele estaciona na calçada, eu entro em pânico.


"Pare! O que você está fazendo? "Minha voz está perto da histeria. "Espere aqui", ele rosna. Eu estou agarrando seu braço enquanto ele sai da caminhonete e vai furiosamente em direção à cabana. Meu coração acelera em meu peito e eu estou sem saber o que fazer. Gabe vai matá-lo. Assim como ele matou War. Eu não posso perder Brandon, também.


MEU CORAÇÃO está extasiado. Eu a tenho. Eu a tenho, porra. E a necessidade de proteger o que é meu é esmagadora. Eu nunca mais vou deixar esse idiota machucá-la. É por isso que isto tem de acabar agora. Ele tem que acabar agora. Vou colocar uma bala entre os seus olhos. Gabe Sharpe nunca mais terá a chance de colocar suas mãos sobre mim novamente. E ele nunca terá o poder de ferir a minha menina. Nunca mais. Ele estará morto. Eu deixo a raiva, um espectro recém-descoberto da minha personalidade, espalhar por mim em uma onda vermelha, viciosa. Imagens do que ele fez com ela. Pensamentos de que ela passou nas mãos sádicas dele. Visões terríveis dos horrores que ela enfrentou. Todos esses pensamentos me rasgando e arranhando dentro de mim, alimentando-me. Alimentando a raiva para atacar o monstro. Para fodidamente destruí-lo. A 9mm ainda está quente de quando eu disparei nele momentos antes. Eu me senti revigorado no momento em ele vacilou quando a bala tocou seu ombro. Posso não ser o melhor atirador e posso não ter acabado com meu alvo, mas pelo menos, bati nele. Enfraqueci-o. Não era mais a impenetrável força da qual era impossível tocar. Dessa vez, eu não falharia ao atirar em meu


alvo. Vou matar este filho da puta. Baylee fica assustadoramente tranquila atrás de mim na caminhonete enquanto eu subo os degraus da frente da cabana com a arma na mão e apontando para a porta. Eu gostaria de ter ordenado que ela trancasse as portas, mas não há tempo. Ele está no interior, sem dúvida, planejando seu próprio ataque contra nós. Um ataque que ele nunca vai realizar. Quando eu chego à porta da frente, eu não perco tempo e viro a maçaneta. Uma vez lá dentro, eu fico atento para escutar qualquer movimento. O barulho na parte de trás chama a minha atenção. Tanto quanto eu gostaria de ameaçá-lo, exigir respostas e fazê-lo sofrer na mão da minha tortura sem fim, não há tempo. Com passos lentos e calculados, eu faço o meu caminho através da pequena sala de estar e espreito o que parece ser uma cozinha. "Pare aí, seu maricas." A minha 9MM está apontada para ele, mas, infelizmente, ele tem uma apontada para mim também. "Isso termina hoje, Gabe," eu estalo. Um tremor em meu braço faz tremer a arma e os seus olhos calculadores fixam no tremor da minha mão. Certamente confundindo-o com medo. Eu não tenho medo, apesar de tudo. O que ele está vendo é a raiva incontrolável que treme em mim. Seu riso é profundo e ecoa na pequena cozinha. "Nós dois sabemos como isso termina, garoto", ele rosna, o curto humor em sua voz desaparece. "Eu o mato e então eu fodo a minha menina." "Ela não é sua menina, seu idiota." Uma escura, divertida sobrancelha levanta e ele sorri. "Você honestamente não acha que ela é sua, não é?" Ele provoca. "Você não é suficiente para ela. Você não era naquela altura e certo como o inferno que não é agora. Ela precisa de um homem. Um homem que pode protegê-la." Ele me olha de cima para baixo, e enrola seu lábio em desgosto, como se o resultado deixasse muito a desejar. "Um homem que pode, pelo menos,


comer sua boceta e manter a sua atenção enquanto ele o faz. Tenho certeza de que até mesmo a aberração fez isso pois ela parece pensar que ela está, na verdade, apaixonada por ele." Sua boca levanta em um sorriso sinistro. "Ela te disse sobre ele, criança?" Ele enfatiza a palavra criança. Outra provocação. Outro golpe às minhas custas, sobre como eu nunca vou ser bom o suficiente para Baylee. Mesma merda que eu tive de Tony por quase dois malditos anos. Suas palavras lançam uma sombra de dúvida sobre o meu coração. Não há nenhuma maneira que Baylee poderia amar o fodido doente que comprou ela. Ela é forte e inteligente. Se alguma coisa, ela pode ter desempenhado o papel para a própria sobrevivência, mas ela nunca se apaixonaria por alguém que poderia ser parte de algo tão hediondo. "Foda-se você, estuprador, pedófilo de merda!" Eu disparo um tiro, mas ele já está vindo para mim. Ele pousa um soco em toda a minha mandíbula que momentaneamente me deixa tonto. Minha arma ainda está em meu aperto, então eu tento empurrá-la contra a sua caixa torácica, mas ele rola no momento em que eu aperto o gatilho. Uma janela estilhaça quando o tiro acerta-a em seu lugar. Gabe me subestima e eu torço em seu aperto de onde eu estou no topo. Liberto o meu punho e explodo-o no seu nariz. Retaliação é uma cadela, idiota. O satisfatório som de esmagar me incentiva ainda mais e eu bato meu punho para a frente novamente. Dessa vez, ele me bate nas costelas, tirando a minha respiração. É apenas o suficiente. Um paralisante segundo para recuperar o fôlego e ele está de volta em cima de mim. Pop após pop com o punho em toda a minha mandíbula, ele toma conta de mim e eu começo a me enfraquecer. Merda! "Ela quer ele, seu merda", ele cospe quando a mão encontra minha garganta.


Ele é um maldito mentiroso e eu não vou deixá-lo me irritar. Torçome e grito de raiva. O aperto na minha garganta aperta e sua risada é maníaca. "Ela fodeu aquela aberração e amou-" ele começa, mas o som de algo batendo em seu crânio cala-o. Seus olhos escuros se fecham quando ele cai em cima de mim. Empunhando o bastão de beisebol, um anjo enlouquecido está diante de nós. Estou tonto e confuso, mas eu sei que é Baylee em toda a sua glória furiosa, de pé diante de mim. "E-Ele machucou você?" Ela balbucia, deixando cair o bastão para empurrar Gabe para fora de mim. Eu ajudo-a a empurrá-lo e pisco afastando o torpor. "Estou bem. Onde está minha arma? Eu vou matá-lo." Quando eu começo a procurar, ela se lança em mim. Estou chocado com a sua força quando ela me toca. Seus bonitos olhos azuis estão enlouquecidos com fúria quando ela me empurra de volta para o chão. A arma é esquecida quando eu foco sobre como é bom ter suas longas pernas em torno de mim. Deus, eu porra que senti a falta dela. "O que você está fazendo?" Lágrimas enchem seus olhos e eu deslizo a mão em seu cabelo bagunçado, puxando-a para mim. Aqueles lábios. Esses lábios perfeitos precisam de beijos e degustação. Ela precisa de mim. Sua boca abre e eu quase posso provar sua língua doce na minha. Mas quando estou a polegadas de distância, ela bate a palma da mão sobre a minha boca e alarga os olhos. "Você não pode matá-lo", ela sussurra. "Pelo menos não até que eu tenha respostas dele." Um grunhido borbulha no meu peito, mas um movimento de cabeça me silencia. "Ajude-me a amarrá-lo. Eu sei onde ele mantém a porra da corda." As palavras dela escorrem ódio e veneno. Ela


não precisa me dizer o que ele fez com ela, sua atitude me diz o suficiente. Estupro. Tortura. Jogos mentais. Seus olhos enlouquecidos me dizem isso. "Sim", eu concordo com um Huff uma vez que ela libera minha boca e senta-se. "Mas quando você estiver conseguido o que quer, ele estará morto. Fodidamente morto." Lágrimas aparecem em seus olhos e ela me dá um rápido aceno de cabeça. "A corda está no armário do quarto." Ela desliza para cima de mim, e apesar do dia caótico, eu imediatamente sinto falta do seu calor. Esperançosamente, em breve, eu vou tê-la em meus braços onde ela pertence. Quando eu me levanto, eu empurro a arma para ela. "Se ele se mover, dispare nele." Seus olhos azuis encontram os meus e ela me dá um pequeno sorriso. "Com prazer."

Gabe não acordou ainda, mas ele não vai a lugar nenhum. Tenho a certeza disso. Ele está amarrado a uma cadeira na cozinha com um pano, ideia de Baylee, amordaçando-o. Uma vez que ele estava seguro, eu assisto como ela escorrega em uma espécie de transe. O corpo uma vez ágil e tonificado agora aparece murcho e frágil. A pele que costumava brilhar com um bronzeado, está sem brilho. O cabelo loiro que costumava pendurar em ondas de seda em torno dos seus ombros agora está emaranhado e sem brilho. Mas a parte dela que está mais diferente são os olhos. Seus brilhantes, inocentes azuis foram substituídos.


Eles estão mais escuros agora. Eles detêm segredos. Segredos que provavelmente irão assombrá-la para o resto de sua vida, e me pergunto se ela nunca vai encontrar a força para divulgá-los. Seus olhos expressam a dor que ela suportou e eu daria qualquer coisa para apagar isso. Para ver mais uma vez o olhar suave com o qual ela costumava olhar para mim. "Eu trouxe-lhe algumas coisas. Você deve tomar banho e vestir-se," eu digo suavemente, deixando meus olhos se arrastarem ao longo do corpo seminu dela. Quando eu a resgatei, ela estava vestindo apenas uma camiseta, apesar do ar da manhã gelada. Eu tremo só de pensar o que teria acontecido se eu não tivesse sido libertado sob fiança. Se minha mãe não tivesse feito um escândalo para me tirar de lá, apesar do fato de eu ter agredido meu pai. No momento em que eu estava livre, eu estava de volta na minha caminhonete, trazendo minha bunda para esta cabana, tinha dito apenas uma palavra murmurada de obrigado. Eu estava quase atrasado. Mas eu não cheguei. Eu tinha estado lá, exatamente no momento certo. Foi o destino. "Você acha que ele vai sangrar até a morte?" Suas palavras sussurradas me trouxeram de volta dos meus pensamentos e eu segui o olhar para Gabe. Sua cabeça está inclinada para frente e seus olhos estão fechados. Depois que eu atirei nele, ele tinha vestido uma camisa e o sangue de sua ferida tinha embebido na manga. Mas não está jorrando. Eu só tinha feito uma ferida leve no bastardo. "Quem me dera," eu digo e corro a mão pelo meu cabelo rebelde, meu mais novo hábito, "mas acho que é apenas uma ferida. Ele provavelmente vai ficar bem." Ela balança a cabeça e sai da cozinha sem dizer mais nada. Com um suspiro, eu caminho para a caminhonete e recupero minha mochila. Uma vez de volta para dentro, eu


ouço o chuveiro ligado, então eu faço o meu caminho para o quarto e pouso para retirar algumas coisas para ela. O quarto cheira a sexo. Dele e dela. Juntos. Nesta fodida cama. Dá-me náuseas. Ela não me disse o que ele fez com ela, mas eu sei. Ele estava dentro dela, manchando não só a sua virgindade, mas sua sanidade. Baylee está diferente. Como ela poderia não estar? E eu odeio o que ele fez com ela. Estou perdido em meus pensamentos quando ela surge, vestindo apenas uma toalha. As circunstâncias são uma merda, mas eu não posso evitar a maneira como meu pau engrossa com a visão dela. Podemos finalmente ficar juntos. Eu vou finalmente poder fazer amor com ela, fazê-la se sentir segura de novo. "Você se sente melhor?" Eu questiono com uma voz rouca. Seus olhos encontram os meus por um breve segundo antes de caírem para o chão. Tomando sua dica, eu ando até a janela para olhar para fora, enquanto ela se veste. "Você trouxe minha camiseta favorita", ela murmura baixinho, ignorando a minha pergunta. "Obrigado." Ela se mexe por trás de mim se vestindo, e leva tudo em mim para não virar e observá-la. Mas ela passou por muita coisa. Eu não vou vitimala também. "Se bem me lembro, é minha camiseta," eu brinco, um sorriso insinuando nos meus lábios. "Você roubou." Uma pequena risada escapa dela e é uma maravilha, uma porra de uma felicidade de ouvi-la novamente. Sua risada perfeita e gutural. "Fica melhor em mim, de qualquer maneira." Eu não posso evitar, mas espreito por cima do ombro para olhar ela. Ela já deslizou suas calças de ioga sobre a calcinha e está puxando a camiseta com capuz sobre sua


cabeça. Os seios pequenos, nus porque eu não me lembrei de pegar um sutiã, saltitam quando ela puxa a camiseta. Antes de sua cabeça aparecer completamente, eu viro e ajusto a minha ereção. "Fica mesmo, baby." A cama chia atrás de mim quando ela se senta. Viro-me para vê-la deslizar suas meias e tênis. Incomoda-me que ela está sentada na cama. Cama que eles partilharam ontem à noite, mas eu me abstenho de dizer isso. Em vez disso, ando até ela e sento-me ao seu lado. Meu braço serpenteia em volta da sua cintura e eu a abraço contra mim. Ela estremece e congela em meus braços, o que só serve para me irritar. Isso me faz querer afastar dela e voltar para a cozinha para que eu possa arrebentar Gabe. "Eu vou cuidar de você," eu juro. "Prometo." Ela levanta o queixo e se vira para olhar para mim. "Como está a minha mãe? E onde está meu pai? Por que não procuraram por mim?" Eu não posso evitar, mas suspiro com suas palavras. Eu sabia que essa conversa era inevitável. Eu esperava ter mais tempo para segurá-la. Beijá-la. Abraçá-la. Para amá-la. Mais tempo antes de ter que esmagá-la. E quebrar o que resta do seu espírito. "Baby, talvez agora não seja a hora-" "Não faça isso." Eu franzo a testa e esfrego a palma da mão sobre o meu rosto. Minha língua está grossa e pegajosa na boca, incapaz de encontrar as palavras certas. "Diga-me", ela insiste, a súplica em sua voz desesperada. "Por favor, Brandon." "Baylee..." Nossos olhos se encontram, os meus lábios apenas a centímetros do lábio inferior dela tremendo. Uma única lágrima rola por seu rosto e pinga de sua mandíbula. "N-n-n." "Ela faleceu," eu engasgo, emoção ameaçando me sufocar. "Eu sinto muito."


"Deus, não." Outra lágrima persegue a última e seu nariz escurece em um profundo tom de vermelho. "Meu pobre pai." Ela sufoca um soluço, mas as lágrimas correm pelo seu rosto enquanto ela silenciosamente chora. Raiva borbulha no meu peito, erradicando a tristeza que eu sentia por ela e sua mãe, com a menção de Tony. "Quando?" Eu deslizo a mão ao longo de sua bochecha e limpo algumas lágrimas com o polegar. "Alguns dias depois que você foi levada." Seus olhos se dilatam e sua tristeza se transforma rapidamente em raiva. "Alguns dias? Quer dizer, que i-isto foi tudo por nada!" Sua declaração é estridente e ela se levanta abruptamente. Combinando sua postura, eu levanto para os meus pés e agarro seus ombros. "Aquele desgraçado nem sequer me disse!" Ela grita e tenta puxar para fora do meu alcance, mas meu aperto é muito forte. "E o meu pai! Ele nunca mencionou sequer uma vez, enquanto eu estive falando com ele, Brandon! Nem uma única vez! Onde diabos ele está? Por que ele não estava procurando por mim?" Uma onda de pavor escorre através de mim e eu tomo uma decisão. Ela teve o suficiente por um dia. Eu não vou ser o portador de mais más notícias. "Eu não sei onde ele está. Mas quando eu fui à sua casa para pegar suas roupas, um vizinho disse que ele tinha ido para San Francisco." As palavras rolam facilmente da minha boca. "Talvez ele estivesse poupando os seus sentimentos. Talvez ele quisesse dizer-lhe pessoalmente. E talvez ele realmente esteja procurando com você." Seu corpo inteiro dilacera com soluços e eu abraço-a contra mim. Eu a conforto, parece que é onde eu pertenço. Eu segurei seu corpo choroso em várias ocasiões enquanto ela tentava aceitar a doença da mãe. "São Francisco? O que diabo tem em San Francisco? Algo não está certo, Brandon. Você acha que Gabe machucou-o?"


Eu congelo. "Eu não descartaria essa hipótese. Ele te machucou." Ela balança a cabeça e inclina o rosto manchado de lágrimas para me olhar. "Eu perdi todos." Pressiono um beijo em sua testa. "Você não me perdeu. Ainda estou aqui." Como se minhas palavras a enfurecessem, ela se afasta de mim. Culpa pisca em sua expressão, me deixando intrigado por um momento. Então, ela vai para a cozinha em uma missão. Vou atrás dela para encontrá-la na frente de Gabe com as mãos nos quadris, olhando para ele. "Acorde!" Ela grita e agarra um punhado de seus cabelos, puxando sua cabeça para trás. Gabe nem sequer pestanejou. Ele está respirando, mas ele está desacordado. "Nós podemos interrogá-lo mais tarde. Você deve comer alguma coisa e descansar um pouco." Ela levanta o olhar para o meu, desgosto escrito por todo o rosto. "Nós não vamos ficar aqui muito tempo. Assim que ele acordar, eu vou fazêlo me dizer onde meu pai está, e depois vamos encontrá-lo." Eu tremo, sabendo que esta conversa com Gabe não vai acabar bem. "Tudo bem", eu digo, acalmando-a, "mas você vai comer. Você está pálida como o inferno." Ela relaxa um pouco quando eu ando até a geladeira. Abro o congelador, esperando encontrar algo fácil de fazer. Em vez disso, eu só encontro legumes envoltos em papel alumínio. "Que porra de esquisitão," murmuro com desgosto quando eu escancaro o congelador para mostrar a ela. Seu rosto fica vermelho quando ela vem até mim. Eu suspiro quando ela agarra-os de dentro e começa a atirá-los em Gabe. Eles podem muito bem ser rochas porque cada um que o atinge faz um baque. Fico ali em um silêncio atordoado enquanto ela joga cada um deles nele.


Minha Baylee. Minha doce, doce menina. Ela está perdida. Tudo o que resta é este pequeno perturbado animal com raiva. Eu tenho medo que ela nunca vai ser a garota que conheci e amava. Não quer dizer que eu jamais poderia deixar de amá-la. Se qualquer coisa, eu amo-a ainda mais. Nós dois mudamos. Não apenas ela. Ela e eu estamos diferentes. Temos visto coisas, feito coisas que alteraram quem somos e obrigou-nos a crescer sabiamente para além de nossos anos. Quando ela não tem mais nada para jogar nele, ela dá um tapa em seu rosto inconsciente uma e outra vez. Eu deixo-a liberar um pouco da sua raiva interior e emoção antes de segurá-la em meus braços. A mão dela agarra no meu pescoço enquanto eu passo com ela para a sala. Sento-me e trago-a para o meu colo. Ela cheira a banho recém tomado e sua pele está macia. Pressiono-a bem apertado contra mim enquanto ela amaldiçoa Deus, soluça e grita. Ficamos assim até que ela é nada mais do que uma tremente, e soluçante casca de si mesma. "Descanse agora, Baylee," murmuro contra seu cabelo úmido. "Você está segura agora."


"Quando fazemos amor, eu me esqueço de contar suas respirações,"

murmura War no escuro, suas pontas dos dedos fazendo cócegas sobre o meu peito enquanto ele arrasta-as para cima e para baixo ao longo da minha pele. "Mas são mais rápidas e mais frequentes. Eu gosto da forma como elas soam, inspirações cortantes seguidas por exalações choramingadas. E a maneira irregular, desigual, é a perfeição." Eu dou um sorriso e me aconchego contra seu corpo quente. "Talvez devêssemos fazê-lo novamente. Sabe," eu brinco, beijando seu pescoço, "para que você possa contá-las." Uma profunda risada estrondosa reverbera a partir dele, e eu me apaixono ainda mais. Seu riso tem a capacidade de mexer sob minha pele e incorporar o calor lá para a eternidade. Com cada riso ou sorriso, ele me enche. Eu sou completa com esse homem complicado, bonito do meu lado "Bay, eu vou fazer amor com você qualquer dia," diz ele com um grunhido, "mas posso garantir que sempre vou esquecer de contar." Ele rola em cima de mim e cutuca minhas coxas com o joelho. Quando ele descansa seu pau endurecido contra a minha barriga, eu deixo escapar um suspiro. "Quando nós fodemos", ele murmura, certificando-se de enunciar a palavra enquanto ele empurra contra o meu corpo, "Eu só penso em você. O abismo negro dentro da minha


cabeça é obliterado por sua luz. Eu estou muito absorvido no seu corpo apertado e lábios inchados. Você afugenta meus demônios. Eu não sou nada mais do que o teu servo, colocado nesse mundo para adorá-la até ao fim dos tempos." Suas palavras causam um calor que queima através de mim, todo o caminho do meu coração para o meu núcleo. Eu contorço contra ele e enfio os dedos em seu cabelo escuro. "Foda-me, então, servo" Eu insulto, puxando sua cabeça para baixo, para mim. Ele deve ter ficado excitado pela minha fala suja porque ele solta um grunhido animalesco e entra em mim com força. Meu corpo está molhado e pronto, como sempre está com ele, e eu gemo contra seus lábios. "Um", ele murmura em voz alta, inclinando-se para mim. O delicioso aperto na minha parte inferior do corpo intensifica com cada impulso poderoso em mim. Ele está contando minha respiração e eu estou contando estrelas. "Dois." Todas elas. "Três." Brilhando por trás de minhas pálpebras fechadas, eu avidamente agarro o orgasmo que seu corpo, sem dúvida, vai me dar. Seus lábios saqueiam os meus e ele me beija com força suficiente para roubar o fôlego diretamente dos meus pulmões. Eu amo todas as partes de War. Mas quando ele faz amor comigo, ele possui não apenas meu corpo, mas minha mente também. Tornamo-nos um e eu me delicio com a maneira como nos conectamos em uma feliz harmonia. Sua mão desliza para o meu seio e ele aperta reverentemente. Nossos lábios não se separam quando ele me fode até o clímax. "Oh Deus!" Minhas palavras parecem ter um efeito cascata porque seu pau parece crescer dentro de mim antes que ele irrompa a sua libertação em mim, me marcando como sua.


E é verdade. Eu nunca vou pertencer a outro. War é o meu dono, tal como eu sou a dele. Juntos somos a paz. "Minha doce Baylee", ele canta, seus lábios agora salpicando beijos por todo o meu rosto. "Você é tão malditamente perfeita." Eu sorrio e ternamente acaricio sua bochecha com o polegar. "E você também." Seu corpo me esmaga e eu me deleito com a forma como ele me consome. Apesar de suas aflições, ele é forte e poderoso em sua própria maneira original. Warren McPherson é uma força a ser reconhecida. Ele é uma furiosa tempestade escura de seus demônios interiores. Eu tenho um apetite pela sua destruição. A minha alma anseia para ser completamente possuída por ele. Sorte minha, porém, War nunca me machuca. Ele pode ser o caos, pronto e purulento por dentro, mas comigo, ele me trata com gentileza. O meu War protege o que pertence a ele como se fosse precioso. Eu sou preciosa para ele. "Quantas respirações?" Eu questiono, enquanto ele puxa para fora do meu corpo, seu esperma quente correndo de mim e aquecendo uma trilha entre as bochechas da minha bunda. Ele resmunga enquanto ele sai para fora da cama em busca de uma toalha. "Eu estava em três respirações quando o tempo parou." A luz do banheiro é ligada e em breve eu posso ouvir a água a correr no chuveiro. Ele retorna com a toalha, a luz projetando sua estrutura muscular. Suas mãos fazem um rápido trabalho eficiente com a toalha quando ele faz um movimento antes de me guiar para fora da cama. "O tempo parou para você também?" Ele para antes de abrir a cortina do chuveiro e me olha com um sorriso torto. Querido Deus, esse homem tem o rosto mais bonito. A cicatriz brilhante ao longo de um lado de seu


corpo provocada por seu acidente serve apenas para intensificar a sua aparência robusta. "O tempo parou no momento em que se sentou no meu carro naquela noite. Com você, eu podia finalmente fazer uma pausa do caos enlouquecedor pelo qual eu passava, segundo a segundo. Com você, eu podia respirar. Com você, eu podia ser feliz." Eu de pé pressiono um beijo em sua bochecha. "O nosso próprio pequeno mundo." "Nunca deixe o nosso mundo, Bay. Fique comigo para sempre." Lágrimas enchem meus olhos, mas pela primeira vez, elas não são de preocupação com meus pais ou Gabe ou qualquer coisa desse tipo. Elas são lágrimas felizes. "Eu não sonharia deixar." Ele me arrasta para o chuveiro e deixo escapar um gemido quando as lavagens escaldantes pulverizam a evidência do nosso amor. "Baylee..." A voz é errada. Ela não pertence ao meu War. Eu olho em volta, mas ele não está mais no chuveiro comigo, o vapor da água fica mais espesso e mais espesso, obstruindo minha visão. Nosso mundo se dissipou e mantos de escuridão rodeiam-me, cegandome. "War..." Eu chamo para fora com um soluço. "War!"

"Baylee!" Eu pisco, abrindo os olhos e olho para duas esferas verdes escuras. Eles não são o azul gelado de War. O calor


que tinha apenas momentos atrás me rodeado foi substituído por um frio que eu posso sentir até nos ossos. A voz novamente. Áspera e irregular. Engasgada e com raiva. E ainda não pertencente ao homem de meus sonhos ou a pessoa a qual estou abraçada. "Brandon?" Eu fecho meus olhos para me livrar do sonho confuso e reabro-os, esperando que seja War ao invés. Mas, meu olhar se fixa no brilho intenso de Brandon. "Quem é War?" O sangue se transforma em gelo em minhas veias e eu tremo. Brandon me abraça mais apertado contra ele. Estamos estendidos no sofá, de costas para as almofadas, e ele me encara quando nós ficamos de lado. Uma de suas grandes mãos está descansando em meu peito, seu polegar acariciando para frente e para trás ao longo da parte inferior do meu seio inchado. Seu joelho está entre as minhas coxas, descansando contra a minha boceta. A dureza de sua ereção prensada contra mim me alerta para o fato de que ele está desfrutando do nosso contato. Tudo isso me faz sentir como uma traição a War. "Brandon," murmuro, arrastando meu olhar longe do seu, "ele foi..." Seu joelho move-se e deixo escapar um gemido. Meu sonho era tão vívido e minhas terminações nervosas ainda estão vivas. O simples toque de seu empurrão dispara o meu coração. "Ele deve ter sido algo para você, baby", diz ele em um tom abafado, uma pitada de repulsa em sua voz. "Caso contrário, você não teria montado minha perna e gemido seu nome." Para reiterar o seu ponto, ele arrasta o polegar sobre o meu mamilo e eu suspiro, meus quadris involuntariamente esfregando contra ele. "Brandon, pare," Eu choramingo. Ele geme, mas tira a mão do meu seio e debaixo da minha camisa para descansar no meu quadril. "Eu pensei


que você estava sonhando comigo." Sua voz está rouca e eu posso sentir o sentimento de traição nele. "Eu..." Eu paro, não tenho certeza de como explicar a ele. "Ele…" "Você fodeu com ele?" Eu estremeço com a maneira dura que ele cospe as palavras grosseiras. "Não foi nada disso. Eu o amava," Eu engasgo com um soluço. "Como você me amava?" Uma lágrima rola para baixo e nossos olhos se encontram novamente. "Eu o amava de um jeito diferente." Ele engole e quebra o nosso olhar. Seu rosto é uma tempestade de emoções. Sobrancelhas juntas com raiva, seguido pela dor como se fosse chorar. Seu nariz amplia a cada respiração, chateado. Lábios pressionados em uma linha para não vomitarem palavras de ódio para mim. "Eu procurei por você." Sua voz é um mero sussurro. "Esse tempo todo, eu procurei por você quando ninguém mais o fez." Quando seus aguados olhos verdes encontraram os meus, ardo por acalmar o rapaz que uma vez eu amei. Nosso amor era simples e fácil. Nosso amor não era nada parecido com o amor do outro mundo que consome tudo que eu tinha com War. Tinha. Porque ele está morto agora. "E você me encontrou," eu digo a ele, a emoção na minha garganta machucando. Sua palma encontra minha bochecha e ele acaricia-a com a ponta do polegar. "Você vai me amar como você o amava?" Antes que eu possa responder-lhe, a voz, a que me roubou do meu doce sonho e transformou-o em um pesadelo, me chama. "B-Baylee."


Meu coração bate no meu peito. Brandon move-se para fora do sofá e já está indo para a cozinha antes mesmo de eu me levantar. "Isto é tudo culpa sua, seu bastardo!" Eu viro a esquina a tempo de ver Brandon dar um soco em todo o rosto de Gabe. Gabe faz um som com a força do soco de Brandon. Quando ele recua para acertá-lo novamente, eu afasto-o. "Pare com isso! Eu preciso de respostas e se você bater nele eu não vou ter essas respostas," eu grito, dando-lhe outro empurrão. Ele resmunga baixinho, mas não vai para Gabe novamente. Gabe que não se parece muito como ele mesmo por causa de seu rosto inchado, nariz sangrando, e bochecha vermelha, levanta a cabeça para olhar para mim. Seus olhos escuros travam nos meus. Espero ver a raiva ou fúria. O que eu não esperava era ver um lampejo de pesar. "Por que você não me disse que ela morreu?!" Minha voz é estridente e eu abraço meus braços ao redor do meu peito para me impedir de bater nele. "Eu estava aqui, sendo violada por você, todo o tempo desconhecendo que a minha mãe tinha morrido." Brandon rosna atrás de mim, mas eu ignoro-o e mantenho Gabe na mira da minha raiva. "Eu não sabia que ela tinha morrido, doce menina. Não foi até depois que te vendi que eu soube da verdade", diz ele, a voz caindo quando seu olhar voa brevemente até Brandon. "Quando voltei, eu soube que ela tinha morrido. Eu estava pensando em lhe dizer hoje, mas você fugiu..." Eu procuro nos seus olhos por mentira, mas não encontro nenhuma. Se qualquer coisa, eu vejo o que parece ser desânimo. Uma emoção que eu não acho que Gabe fosse capaz de ter. Ele está triste que ela se foi. Antes de ele ter sido louco ao me sequestrar, ele tinha sido próximo de meus pais. "Por que meu pai não me procurou?" Eu deixo escapar, o pensamento de meu pai fez meu coração doer. "War e eu procuramos por qualquer coisa relacionada ao


meu sequestro e não havia nada. O meu pai está ferido? Você o machucou?" Lágrimas aparecem nos meus olhos e eu estremeço. Eu não tenho certeza se sou forte o suficiente para ouvir a resposta. Gabe vira a cabeça para olhar para Brandon e cospe suas palavras. "Por que você não pergunta isso a Brandon?" Eu empurro a cabeça para ver o peito de Brandon impulsionar com raiva. Antes que eu possa pará-lo, ele se lança para frente e bate os dedos através do rosto de Gabe, deixando-o inconsciente. "Por que diabos você fez isso?" Eu guincho e ergo minhas mãos no ar. Ele deixa escapar um rugido feroz que me arrepia. "Ele estava se soltando", diz ele, apontando para a corda segurando Gabe na cadeira. "Ele conseguiu soltar a corda em torno de seu pulso. Vou prendê-lo mais apertado. Por que você não vai se deitar e descansar? Você está muito pálida, baby." Ignorando a tontura de não ter comido nada hoje, eu estendo minha mão para ele. "Bem. Mas quero tentar chegar ao meu pai. Me passa seu telefone." "Ficou sem bateria", ele murmura, enquanto trabalha para apertar a corda, rápidos movimentos bruscos. "Eu não tenho o carregador comigo." Eu quero desafiar suas palavras, mas não o faço. Brandon sempre carrega um carregador de telefone na sua caminhonete. Por que ele não teria um com ele? Minha mente gira com razões para o motivo de ele mentir para mim, não encontrando nenhuma. Brandon nunca mentiu para mim. Nem uma única vez. Ele sempre foi a única pessoa com quem eu podia contar. "O que ele quis dizer?" Eu questiono, remanescentes com as palavras anteriores de Gabe.

meus

pensamentos

Brandon voa seu olhar para mim e franze a testa. "Sobre o quê?" "Sobre o meu pai. O que queria dizer sobre perguntar a você? Existe algo que você sabe e não está me dizendo?"


Ele joga suas mãos no ar e imediatamente se torna defensivo. "O-o quê? Você acha que eu tive algo a ver com tudo isso? Vamos lá, Baylee ", diz ele com um silvo de descrença, seus olhos correndo de mim para o inconsciente Gabe de um jeito que me deixa no limite. "Eu verifiquei seu pai enquanto estava fora. Tinha perdido Lynn e eu sabia que você iria querer que eu me certificasse de que ele estava bem. Jesus Cristo! E então um dia ele levantou e desapareceu. Por que me sinto como se eu fosse o maldito vilão agora?" Culpa inunda através de mim e eu balanço minha cabeça com o argumento. "Eu só…" "Você acredita naquele monstro em vez de mim." Ele aperta a mandíbula e posso dizer que ele está tentando não chorar. Minhas emoções assumem e eu estendo uma mão trêmula para tocar seu ombro. Quero consolá-lo. Por causa da minha própria exaustão e tristeza, eu estou descarregando em Brandon. Eu estou acreditando naquele monstro em vez dele, assim como ele disse. "Sinto muito, Brandon." Com um grande suspiro, ele se estica e agarra a minha mão que cobre o ombro. "Está tudo bem, querida. Nós vamos passar por isso juntos. Eu prometo."


EU MENTI para ela. Mais uma vez. Quantas vezes vou ter que mentir para ela? Encostado ao balcão, cruzo os braços sobre o peito e vejo-a sair da cozinha. Assim que ela se foi, eu puxo o meu telefone do bolso e desligo-o para que ele não vibre ou toque enquanto ela está por perto. A última coisa que eu preciso é que ela descubra que eu tenho isso e que está funcionando muito bem. A palpitação maçante começa a se formar por trás dos meus olhos e eu suspiro de frustração, enfiando o meu celular de volta em meu bolso. Stark tinha dito que Baylee era procurada para interrogatório por tentativa de homicídio. Quando Baylee choramingou e gemeu seu nome enquanto ela dormia, eu sabia. Gabe estava certo. Ela está, por alguma fodida razão terrível de Deus, apaixonada por ele. O pensamento me enfurece. Isso me faz querer levantar a madeira do buraco para o porão e empurrar Gabe para sua morte por ser a causa de tudo isto. Mas, principalmente, dói.


Minha mente não consegue compreender como ela pode sentir qualquer coisa por seu captor. Exceto ódio intenso. Porra, esse cara não é diferente de Gabe. Como ela não vê isso? Eu sinceramente achava que ela estava mentindo, possivelmente enganando-o, a fim de sobreviver. Uma vez que a vi correndo pela rua e depois a tinha em meus braços, eu quase ri por ter pensado uma coisa tão estúpida sequer por um segundo. É claro que a minha garota não poderia amar um monstro que pagou para fodê-la. É claro que ela ainda me amava com todo seu coração, como eu a amo. Mas agora? Agora eu sei que não foi o caralho de uma mentira. Ela o ama. Eu vejo isso na maneira como ela não segura o meu olhar, a culpa escorrendo de seus olhos, entregando a verdade. Eu sinto isso no jeito que ela evita o meu toque, em vez disso me afastando. Eu tenho que corrigir isso. E se isso significa mentir para ela para mantê-la segura, que assim seja. Não é normal para ela ter se apaixonado por alguém que pagou dinheiro por ela. Claramente, ele fodeu com a cabeça dela. Em breve, ela vai entender isso e voltar para mim. Vou pegar minha garota de volta. Algumas pequenas mentiras não significam nada. Essas mentiras vão proteger a mente e o coração dela. Como seu namorado, o amor de sua vida, vou me certificar do que for preciso para proteger a minha menina.

"Eu estou com fome." A voz da cozinha é fraca e instável. Baylee, que está enrolada em uma extremidade do sofá, comendo um sanduíche encontra o meu olhar com os olhos arregalados.


"Você não merece comer, idiota," Eu digo, e, em seguida, coloco uma bolacha na minha boca. Os lábios de Baylee pressionam juntos em uma linha firme. Seus olhos estão indo de mim para a comida no prato. Finalmente, ela pousa o prato sobre a mesa de café e pega na outra metade não comida do sanduíche. "Eu vou falar com ele", diz ela enquanto ela fica em pé. Ansiedade inunda através de mim enquanto ela vai ver Gabe, que infelizmente recuperou a consciência. Se ele não ficar de boca fechada, pode arruinar tudo. Soltando o meu prato na mesa, salto para os meus pés e fico atrás dela. "Onde está o papai?" Ela exige e oscila o sanduíche na frente dele. Ele olha, com fome e encontra o olhar dela. "Eu não sei." "Mentiroso", ela sussurra. Seu olhar pousa em mim e ele sorri. Minhas mãos formam punhos em meus lados. Se eu bater nele de novo, ela vai definitivamente suspeitar. "Eu não estou mentindo, doce menina. Eu estava com você o tempo todo. Após o leilão, voltei para verificar Tony e ele se foi. Ele não retornou nenhuma das minhas ligações. É como se ele desaparecesse." Baylee se aproxima dele e leva o sanduíche até sua boca. Ele dá uma mordida e pisca-lhe um sorriso agradecido enquanto ele mastiga. Eu odeio a maneira como ele olha para ela, como se eles compartilhassem algo que eu não estou a par também. Ele provavelmente está pensando em como ele tomou a porra da virgindade dela. Fodido bastardo! "Por que você precisou verificar ele?" Ela questiona. Suas sobrancelhas escuras se juntam e eu sei que ele está em guerra, se ele deveria ou não dizer a ela a verdade. Se ele explica o fato de que seu pai teve algo a ver com isto, ele só vai enfurecê-la, e a chance dele comer uma bala será bem provável. "Eu queria verificar Lynn para você, baby", ele mente, os olhos encontrando os meus.


A verdade é que ele nunca apareceu para verificar Tony. Isso, eu sei de fato. Eu podia apontar a sua mentira, mas então ela voltaria a exigir saber onde seu pai está. Ela não pode saber. Nunca. Sua mão se torna instável quando ela o alimenta com outra mordida do sanduíche. Eu não sei por que ela está mostrando-lhe bondade. Ele não merece um segundo de seu tempo a menos que seja gasto fazendo-o pagar. "Não chore", ele diz suavemente depois que ele engole, seu olhar ficando compassivo. "Ela te amou. Lamento que ela foi levada tão cedo." Ela empurra o resto do sanduíche na boca e, em seguida, se vira para mim. Lágrimas rolam por suas bochechas vermelhas e ela corre para os meus braços à espera, onde ela pertence. Enquanto ela soluça e eu abraçoa, Gabe e eu mantendo contato visual. Ele parece satisfeito por estar brincando comigo. Quase como se o idiota pensasse que ele detém o destino da minha relação com Baylee em suas mãos. Por alguma razão, ele não mencionou o envolvimento de Tony em seu desaparecimento. Eu gostaria de pensar que é porque ele é um covarde e não quero que ela fique com raiva dele. Mas, no fundo, eu sinto que ele não fez por não quer quebrar ainda mais seu já quebrado coração. Tony e Lynn eram seus amigos. Ele claramente tem algo na manga. Vou me certificar de que ele nunca tenha a chance de retirar qualquer um dos seus truques, embora. Esse jogo está quase no fim e eu já estou gritando vitória. "Você pode me levar ao Walmart?" Sua voz é um sussurro abafado contra o meu peito. "Eu preciso de algumas coisas e então podemos voltar para arrancar respostas daquele idiota, antes de ir à polícia." Sua voz suave me puxa de ponderar quais são os motivos de Gabe e eu olho para ela. Apesar de suas bochechas molhadas, ela levanta o queixo e corajosamente olha para mim.


A ideia de seu rosto em todas as câmeras de segurança do Walmart enquanto ela é procurada por uma tentativa de homicídio, envia pânico através de mim. Stark teria sua equipe sobre nós antes mesmo que conseguisse encher o carrinho de compras. Foda-se. Nós não estamos indo a lugar algum. Mas quando eu acho que eu tenho a coragem de dizer a ela isso, ela fala novamente. "Além disso", diz ela, com a voz trêmula, "Eu gostaria de ver o túmulo da minha mãe." O pensamento de que Baylee não chegou a dizer adeus a Lynn é de partir o coração. Se eu pudesse trazer sua mãe de volta para ela, eu faria isso em um segundo, sem um momento de hesitação. Eu faria qualquer coisa por ela. Qualquer coisa. É por isso que eu me puxo um pouco para longe dela e corro os dedos pelo meu cabelo enquanto eu penso com indecisão. Todas as razões pelas quais esta é uma má ideia voam como bolas de beisebol contra mim em uma gaiola de batedura. Eu gostaria de poder batê-las todas para longe de mim e dar-lhe tudo o que ela pede. Mas eu não posso. Eu não vou cometer erros estúpidos como ir a público sabendo que eles estão procurando por ela. Ela já passou por muito. Vou protegê-la disso também. Deslizo a palma da mão para seu pescoço e corro o polegar ao longo de sua mandíbula. "Claro, baby. Vamos ver a sepultura de sua mãe." A viagem ao Walmart vai ter que esperar por mais um dia. "Vá pegar a caminhonete e eu vou acabar com ele." Um resmungo ecoa na cozinha e meus ombros ficam tensos com o som. "Que porra isso significa?" Gabe exige atrás dela. Eu calo-o. "Exatamente o que você pensa. Você está morto, imbecil. Acabou o seu tempo. Você arruinou merda suficiente e eu cansei de ver você foder com a minha garota".


Ele ri de mim. "Sua garota?", Diz ele com um tsk. "Brandon, Brandon, Brandon. Passamos por isto-" "Cale a boca!" Ela grita. "Brandon, você não vai matá-lo." Ela fixa seu olhar em Gabe. "Ainda não." Gabe, não parecendo afetado por sua ameaça, sorri para mim. "Faça assim, leve a sua ‘garota’ para jantar. Vá cortejá-la. Eu vou ficar aqui. Peça comida para viagem para mim." Ela pega a minha mão e me arrasta da cozinha. "Por que você sequer ousa desafia-lo?", Ela bufa enquanto fazemos o nosso caminho para a sala de estar. "Você não pode ganhar contra ele." Seu tom é aborrecido e impaciente. Arde que ela me castigue por querer protegê-la do seu predador idiota. "Aparentemente eu não posso ganhar contra você também", murmuro sob a minha respiração. "Vou esperar lá fora."

"Você conseguiu o que você precisava?", Pergunto quando ela sobe na caminhonete com a merda de um sacola. Anteriormente, quando nós tínhamos parado dentro do parque de estacionamento da velha loja da cidade, ela parecia suspeitar porque eu não a levava ao Walmart. Mas eu apenas dei de ombros, fingindo indiferença, e disse-lhe que este lugar era mais perto. Ela balançou a cabeça e remexeu na sacola até que ela puxa uma pequena caixa de plástico. Lançando-a no meu colo, ela estreita os olhos para mim e diz friamente, "Um carregador de telefone. Você pode carregá-lo quando voltarmos a cabine." Dou-lhe um curto aceno de cabeça enquanto eu tento descobrir uma maneira de evitar que ela use o meu telefone. Assim que ela vir o seu rosto nas notícias como uma pessoa procurada, ela vai realmente perder a cabeça. Eu


não preciso que ela quebre completamente. Não quando eu estou finalmente aqui e tentando consertá-la de novo. Colocando o carro em marcha ré, eu me estico e ponho a para tocar o meu CD dos Big Wreck. Este era um álbum que sempre ouvíamos juntos. Espero que a ajude a se lembrar dos tempos bons, quando o nosso relacionamento não estava tenso. Momentos nos quais éramos livres para amar sem nos preocupar. Do canto do meu olho, eu vejo que ela comprou uma pequena bolsa e está rapidamente empurrando merda nela. Tudo parece ser de composição feminina, uma escova de cabelo, e outras coisas. Eu realmente não pensei em pegar essas coisas com minha pressa para chegar até ela. Tudo que eu queria era encontrá-la e nunca deixá-la ir. O cemitério fica a cerca de 45 minutos da cabana e eu odeio ter de conduzir em silêncio. Ela agora olha pela janela, como se ela desejasse estar em qualquer outro lugar, ao invés do interior dessa caminhonete comigo. "Sinto muito, babe. Eu não deveria ter sido um idiota. Eu estou apenas totalmente no meu limite máximo com o estresse sobre toda essa situação. Tudo que eu quero é ajudá-la. Isso é tudo que eu sempre quis." Sua cabeça se vira para mim e ela me oferece um pequeno sorriso. Não é muito, mas eu vou aceitar. "Você se lembra daquela vez em que Dax Stevens colocou desinfetante para as mãos no café do Sr. Duncan quando ele saiu da sala de aula?" Ela balança a cabeça e olha para fora da janela. "Deus, toda a classe estava rindo tanto quando ele voltou. Ele estava tão ansioso para nos falar sobre a Guerra Civil que bebeu praticamente metade do seu copo antes que percebesse que não tinha um bom sabor. Quando ele vomitou na lata de lixo, você quase vomitou." Eu pisqueilhe um sorriso. "Dax tantos fodidos problemas. Seu pai provavelmente bateu na bunda dele por ser expulso por causa dessa merda". "Pobre Sr. Duncan." Uma pequena risada escapa dela e é porra de um som musical. Isso inspira esperança em uma


parte frágil do meu coração que tinha sido recentemente escurecido. Ela se inclina para frente e muda a música que ela sempre pula para a próximo que ambos amamos. Meu peito incha com felicidade. Nós podemos consertar isso. Eu só preciso devolver a vida para a minha menina. Fazer ela se lembrar dos bons tempos. Esticando-me, eu estendo minha mão para ela. E como um milhão de vezes antes em que andamos juntos na minha caminhonete, ela agarra a minha mão e nossos dedos ficam juntos. Tudo vai ficar bem.


BRANCO E DEPOIS preto. Branco e depois preto. Branco e depois vozes. "Warren." Um borrão está na minha visão e eu tento piscar para longe a nuvem. Quando meus olhos encontram o foco, o meu pai aparece. Seu cabelo escuro está desgrenhado e as sobrancelhas estão juntas com preocupação. Linhas que não estavam lá antes ao longo de sua testa. Meu pai parece mais velho. E estressado como o inferno. "Warren, você se lembra do que aconteceu?" Sua voz treme quando ele faz a pergunta. Eu tento falar, mas é então que eu percebo que algo está na minha garganta. Um tubo talvez. Balanço minha cabeça, Tento evocar as minhas memórias. Algo me incomoda. Algo pesado. Como se meu coração estivesse doendo. "Filho, você foi baleado. Você lembra disso?" Novamente, eu balanço a cabeça negativamente.


Seu cenho franzido é imediato. "Você se lembra de Baylee?" Baylee. Baylee. Baylee. Minha frequência cardíaca acelera e eu posso ouvi-la no monitor. O som é reconfortante e eu encontro-me na necessidade de contar as batidas. Quantas dessas batidas rápidas iriam ressoar no monitor em um minuto? Meus olhos vasculham todo o quarto em busca de um relógio. Não encontrando nada, eu decido contar. Um, dois, três, quatro, cinco, seis. Quase duas batidas por segundo. Duas batidas por segundo significam cento e vinte em um minuto. Isso é normal? É anormal? É a razão de eu estar no hospital após ser baleado como meu pai afirma? Eu esqueço de contar quando estou com você. A voz, a minha voz, ecoa na minha cabeça uma e outra vez. Essa frase parece ser um mantra que eu criei para mim mesmo. Por causa dela. Fecho os olhos e vejo seus olhos azuis brilhantes. Gentis e compassivos. Esfomeados e amorosos. Ela me ama. E eu a amo. Reabrindo os meus olhos, eu imploro ao meu pai. Perguntando onde ela está. Tudo está confuso e nebuloso, mas quando se trata de pensar sobre ela, eu posso recordar cada detalhe minúsculo de seu rosto bonito. "Sinto muito, mas..." A voz do meu pai diminui e ele pega a minha mão. Eu empurro-a antes que ele possa me tocar. Minha frequência cardíaca troveja em meu peito dolorido e as batidas estão fora de controle. A máquina apita ruidosamente ao meu lado. Por que ele está arrependido? O que aconteceu com ela? "Nós gostaríamos de lhe fazer algumas perguntas, Sr. McPherson," uma mulher diz de algum outro lugar do quarto. "Ou eu deveria chamá-lo de Sr. Atlantic?" O pânico no meu peito não diminui e eu estou no ponto onde me sinto como se pudesse rasgar bem no meio, a qualquer segundo. Minha pele se rasgando enquanto os ossos se quebram no instante que meu coração fugia. Sangue iria


jorrar e pulverizar todo o piso, tornando-o um vermelho brilhante ao invés. Uma atraente mulher mais velha dá passos até a minha linha de visão, seus olhos castanhos estreitando em mim. Eu não a conheço, mas ela parece me conhecer. Antes que ela chegue perto demais, o meu pai para-a com o braço. "Isso é perto o suficiente, Detective Stark." Stark? Por que esse nome toca todos os tipos de sinos na minha cabeça? Ela acena com a aquiescência. "Nós gostaríamos de falar com você sobre Baylee Winston e Gabriel Sharpe. Ela é procurada para interrogatório por envolvimento em sua tentativa de assassinato. Nós temos razões para acreditar que ela era cúmplice do Sr. Sharpe. É verdade que você estava enviando fundos para ajudar a mãe dela?" O quarto gira e eu estalo os olhos fechados para não vomitar. Com este tubo na minha garganta, quem sabe o que iria acontecer. Eu poderia me afogar em meu próprio vômito. Iria vomitar e vomitar, mas não teria para onde ir. O ácido do estômago iria encontrar o seu caminho em meus pulmões, queimar através do tecido, e, eventualmente, me sufocar. Então, quem iria ajudar Baylee? Eu reabro os olhos e fixo o meu olhar no meu pai. Com as sobrancelhas franzidas rogo que ele explique-lhe que Baylee é o meu amor, não uma criminosa. Ele franze a testa e assente a cabeça, um olhar de entendimento em seu rosto. "O estacionamento é um pesadelo por aqui", outra voz se queixa, interrompendo a nossa troca de olhar quando ele entra na sala. Um homem de meia-idade com uma calvície passeia com as mãos nos quadris. Eu fixo-me em suas invulgarmente longas unhas, longas demais para um homem, em cada mão. Pretas. Sujas e imundas por baixo. E cheias de bactérias. Quem diabos não limpa debaixo das suas unhas? Meu pai está dizendo algo para Stark sobre Baylee, mas eu não posso tirar meu olhar horrorizado do homem que leva esses


mesmos dedos repugnantes e recupera um palito de seu bolso da frente. Ele coloca em sua boca entre os dentes e começa a roer a coisa como se ele fosse um maldito castor. Smack. Smack. Smack. O som chia em mim, mas a visão é muito pior. Forma-se umidade em seus lábios e eu tremo só de pensar em quantos milhões de micróbios repugnantes estão infestando a boca dele. Ele aperta o fim do palito para talhar entre dois de seus dentes. Eu quero olhar para longe desse show doentio, mas estou completamente fixado no seu comportamento revoltante. Quando ele desliza o palito da boca, inspecionando no final de tudo, eu engasgo. Um pequeno pedaço de algo fica na ponta. Sua língua sai e ele mastiga-o fazendo meu estômago apertar em protesto. Que tipo de merda de porco eles deixaram entrar no meu quarto?! O quarto gira e meu mundo fica escuro enquanto eu tento forçar as imagens da minha mente. Mas a visão já está permanentemente gravada lá. Eu posso quase sentir os micróbios tóxicos de dentro de sua boca contaminando o ar em torno de mim e meus pulmões doem da ideia dessa merda entrar neles. Eu posso praticamente senti-los rastejar dentro de mim, contaminando cada polegada do meu interior. Eu engasgo uma e outra vez. Uma comoção ressoa no quarto. Gritos e vozes. Ignoro tudo enquanto eu tento acalmar meu coração, que está arranhando dolorosamente no meu peito para fugir do ar contaminado que eu respirava. Exatamente quando penso que estou prestes a desmaiar, uma explosão fria entra na minha veia. No início, eu supus ser algo horrível e tóxico, mas, em seguida, isso viaja de forma rápida e alegremente pelo meu braço, deixando um rastro de entorpecente em seu caminho. Mal pode esperar para chegar ao meu cérebro rápido o suficiente. Eu imploro por isso.


Desejo isso. Necessito que anestesie a loucura. E isso faz. Logo, eu estou tentando abrir os olhos para dizer-lhes que Baylee é minha salvadora, não um monstro. Mas eu não posso abrir os olhos. Eu não posso dizer-lhes sobre ela. "Estou com frio." Seus brilhantes olhos azuis estão olhando para mim. O tubo desapareceu. Tudo o que existe é ela. "Vou mantê-la aquecida." Ela me recompensa com um sorriso de tirar o fôlego. A vontade de beijá-la é esmagadora. Meus braços serpenteiam em torno dela e eu trago-a para o meu peito. Nossos lábios se encontram em um beijo sem pressa. Ela tem um gosto divino e eu não quero nunca separá-los. Eu enfio os dedos pelos cabelos e mantenho-a no lugar enquanto eu provo cada polegada de sua boca. Tão perfeita. Tão malditamente perfeita. "Eu te amo", murmuro e, em seguida, sugo o seu lábio inferior. Meu pau saltita de excitação contra sua coxa. "Eu também te amo, War," ela sussurra e deixa escapar um pequeno gemido que é a minha ruína. "Agora, faça amor comigo." Empurrando-a de costas, eu espalho suas coxas e empurro em seu centro quente. O prazer é esmagador e o mundo fica preto. Eu transo com ela para o vazio da minha mente, onde ela pertence. Onde ela pode me salvar de um jeito que só ela sabe. "Fique comigo aqui", eu imploro enquanto a escuridão me cega. "Eu não sonharia em deixá-lo." Preto e branco e preto. E Baylee.


EU ESTOU entorpecida. Eu olhei para a lápide por uma hora, tentando entender como tudo isso aconteceu. Como eu perdi minha mãe quando eu pensei que estava ajudando-a esse tempo todo. Se ela morreu na primeira semana, porque meu pai pegou o dinheiro que War estava enviando? O que meu pai fez com ele quando ele deveria ter procurado por mim e por que diabos ele está em San Francisco? Brandon limpa a garganta do meu lado, me puxando dos pensamentos que estão em um contínuo carretel na minha cabeça. "Você quer pegar algo para comer? Vai escurecer em breve." Meu estômago resmunga, mas eu ignoro-o. Em vez disso, eu olho para o granito cinza. Lynn Marie Winston. Amada esposa e mãe As asas de anjo gravado na pedra são lindas. Eu me pergunto se papai pagou isso com o dinheiro de War. Dinheiro que eu negociei com o meu corpo e minha companhia. Claro, depois que conheci War e me apaixonei, dificilmente parecia uma negociação ou pena de prisão. Era a minha casa. Ele era a minha casa.


Mas ainda assim. Como papai aceitou o dinheiro de War tão facilmente, mas não me disse que a minha mãe tinha morrido? A percepção de que ele nunca mencionou o que aconteceu com ela me mata. Eu quero encontrá-lo para que eu pudesse exigir respostas a todas as perguntas dentro da minha cabeça. O vento aumenta e tenho calafrios. Meu capuz não faz nada para aquecer o frio e o vazio nos meus ossos. No meu coração dolorido. Na minha alma fraturada. Eu penduro minha bolsa de lado e penso sobre o teste de gravidez lá dentro. Eu estava morrendo para saber a verdade, se estou ou não carregando o bebê de War. Eu preciso saber de uma forma ou de outra, como encerramento. Eu também gostaria de entrar em contato com Land. Eu quero que o meu filho tenha um relacionamento com o pai do seu pai. Brandon serpenteia um braço em volta de mim e me abraça de lado. Eu não tinha percebido que eu estava tremendo, mas seu corpo me aquece. Bem, na superfície, pelo menos. Ele tinha relaxado no caminho para cá e voltou a ser o amigável, simpático cara com o qual eu estava acostumada. Vai quebrar seu coração quando isso tudo explodir e eu explicar para ele que eu não o amo, não do jeito que eu amo War. Que somos melhores como amigos. O pensamento de lhe dizer isto, depois de tudo que ele fez por mim deixa-me enjoada. Mas eu não vou viver em uma mentira. Meu coração pertence a War, seja vivo ou morto. Eu não posso seguir em frente. Eu nunca vou seguir em frente. E se esse bebê existe, eu vou derramar todo o meu amor nele por War. Eu vou passar o resto da minha vida dando a esse bebê tudo o que merece. "Baby", Brandon diz e beija a minha testa. Tremo com seu carinho, mas felizmente ele atribui isso ao frio. "Nós podemos voltar amanhã. E no dia seguinte. E todos os dias depois se isso faz você se sentir melhor. Mas eu preciso alimentar você antes que o sopro do vento te leve." Ele tenta aliviar a situação e isso me irrita. Eu endureço em seus braços e aperto meu queixo para não dizer


nada ofensivo. A verdade é que eu estou irritada e chateada e devastada. Minha mãe está morta, War está morto e meu pai está, aparentemente, desaparecido. Enquanto isso, Brandon está agindo como se quisesse voltar ao passado e brincar de casinha. Sua mão desliza para a minha garganta e ele usa os dedos para virar meu queixo para encará-lo. O gesto é firme, mas ainda suave. Nossos olhos se encontram e eu me pergunto se ele pode sentir a fúria emanando de mim. "Hey," ele diz suavemente, e eu relaxo um pouco. "Eu não queria incomodá-la. Isto é um confuso desastre e eu estou tentando navegar sem um livro de regras. Eu sinto muito." Ele abaixa seus lábios nos meus, e quando eu tento empurrar para longe dele, seus dedos afundam um pouco em minha carne, me segurando. O desespero em seus olhos afugenta a luz, e por um momento, eu petrifico com a sua mudança repentina. Seus lábios estão nos meus um segundo depois. Necessitados e excessivamente ansiosos. Eu espero apenas uma fração de tempo para ver se a velha faísca retorna. Isso não acontece. É apenas lábios e língua. Umidade e goma de canela. Nada sobre seu beijo me consome, não como os de War. A única razão pela qual ele foi agraciado com esse beijo em primeiro lugar foi porque o seu aperto é forte e eu não posso facilmente romper. Quando ele geme em minha boca, eu congelo. Eu não quero beijá-lo. Eu quero que ele me dê algum espaço. Deslizando os dedos em seu cabelo, eu puxo até que seus lábios rompem dos meus. "Brandon", murmuro, minha voz cheia de aborrecimento. Ele ignora o puxão que dou em seu cabelo e em vez disso, rouba outro beijo. Seu peso me derruba mais na terra fria e logo ele está esfregando sua ereção contra mim. O homem me beija como se ele estivesse carente de mim, como se eu fosse a única pessoa que podia preencher algum de seu vazio.


A ação toda me faz lembrar de Gabe e meu coração acelera. Minhas mãos encontram seu peito, e eu tento afastá-lo, mas ele é tão forte. Quando ele esfrega dolorosamente contra mim novamente, eu perco a paciência e sacudo a minha boca da dele, virando a cabeça bruscamente para o lado. Sua boca se move para o meu pescoço e lóbulo da orelha, hálito quente fazendo cócegas em minha carne. "Deus, como eu senti sua falta, querida. Senti falta de nós. Disso." Ele enfatiza o seu ponto ao mordiscar a minha pele. Eu vejo vermelho e quase ao mesmo tempo eu vejo um pedaço de madeira. Não é grosso, mas vai servir. Com rapidez e força, chicotei-o na parte de trás da cabeça até que ele rola de cima e para longe de mim. Ficando de joelhos, eu aponto a madeira para ele em tom acusador. "O que está errado com você, Brandon?" Exijo e atiro a madeira na grama. "Minha mente está uma bagunça e isso certamente não está ajudando." Ele tem o senso de parecer envergonhado. Seus olhos escuros retornam ao verde brilhante que conheço e confio. Carmesim aquece o topo de suas bochechas enquanto ele corre os dedos pelo cabelo bagunçado. "Jesus, Baylee. Eu sinto muito. Eu só senti sua falta e-" "Pensou que podia fazer isso comigo na sepultura da minha mãe?" Eu termino por ele, minha voz cheia de veneno enquanto fico de pé. Minhas palavras o machucam e fico feliz. Eu sei que ele passou por muita coisa, mas eu também. Ele olha para o céu com um gemido e depois prende-me com um olhar gelado antes de ir em direção a caminhonete. "E você não precisa se preocupar," ele grita por cima do ombro, "essa vai ser a última vez que eu tento confortar você novamente. Mas meus sentimentos por você, meu desejo de te tocar, não podem ser simplesmente desligados com o pressionar de um botão, ao contrário de você." Culpa espalha por mim quando ele me deixa. Talvez eu tenha sido muito dura. Isto deve ser difícil para ele também. Quando fui sequestrada, estávamos quentes e


desejosos um pelo outro. Tínhamos planos. Um futuro todo planejado. Mas então eu fui enviada para War. E tudo mudou. Nada nunca mais vai voltar ao jeito de antigamente. Até ao momento que eu cheguei a caminhonete, ele está agachado ao lado dela. Quando eu circulei o veículo para inspecionar o que ele está vendo, meu coração afunda. "Eu deixei cair. Ele morreu." O telefone está quebrado e a tela está preta. Minhas sobrancelhas se juntam quando a minha suspeita escorre através de mim. Eu costumava deixar cair meu telefone o tempo todo e não quebrou nenhuma vez. Claro, eu rachei uma ou duas vezes, mas nunca o destruí. Ele tinha que ter atirado quando teve seu acesso de raiva. Quero gritar com ele por ser um idiota de cabeça quente e exigir saber por que ele destruiu a nossa única ligação com o mundo exterior. Em vez disso, eu levanto meu queixo e sem palavras volto para o lado do passageiro e subo. Dando mais um olhar para o lugar de descanso final da minha mãe, eu silenciosamente faço uma promessa para ela. Eu vou encontrar uma maneira de ser feliz, mãe. Uma maneira de estar segura. Eu vou me proteger e nutrir o amor em meu coração por War. Você não tem mais que se preocupar com a sua menina. Eu estou crescida. Eu não vou deixar ninguém controlar a minha vida além de mim.

A viagem de volta para a cabana é silenciosa e isso está me deixando louca. Minha mente fervilha com todos os


tipos de questões. Tudo de sua boca parece ser uma mentira e eu quero arrancar a verdade dele. "Seus pais sabem que você veio me salvar?" Pergunto e giro o meu olhar para ele. Ele encolhe os ombros e continua a olhar para a frente. "Não. Eles não dão a mínima para nada exceto a escola e beisebol. Nenhum deles se importou com o que lhe aconteceu. Foi por isso que eu fui embora. Eu estive procurando por você desde então." Eu franzo a testa e olho para fora da janela, perdida em meus pensamentos por um tempo. Surpreende-me que Brandon tenha ido embora. Para onde ele foi mesmo? Ele esteve trabalhando durante todo esse tempo? Estou chocado que ele desistiu de tudo por mim. Quando meu estômago solta um grunhido, eu volto a observá-lo. Os ombros dele estão rígidos e tensos, enquanto suas mãos apertam o volante. O músculo no pescoço flexiona a cada dois segundos, enquanto aperta a mandíbula. Ele está claramente ainda irritado sobre o que aconteceu no cemitério. "Eu estou com fome", digo a ele. "Passamos por um restaurante mais cedo no caminho para ver o túmulo da mamãe. Nós podemos parar lá e pegar alguma comida no caminho de volta?" Ele gira bruscamente a cabeça para mim e seus olhos estão selvagens com a ansiedade, enviando meu coração galopando pela janela. "Não. Vamos a um drive-thru." Sua cabeça volta para a estrada e eu olho para ele. O que quer que está acontecendo dentro de sua cabeça está realmente começando a me irritar. "Eu não quero ir a um drive-thru. Eu não estou necessariamente ansiosa para voltar para a cabana. Eu preciso ficar mais tempo longe dela. Por que você está com tanta pressa para voltar?" Ele dá de ombros, fingindo indiferença, mas ele está muito tenso para disfarçar. Suas mentiras são tão fáceis de ler. "Estou cansado. Nós não vamos a um restaurante. McDonald’s ou Taco Bell?" "Brandon," eu digo, "o que está errado com você? Eu disse que eu não quero voltar agora. Por que você não pode


respeitar isso? Você não pode sequer compreender o tipo de merda que eu passei lá? Que a cabana é o último lugar onde quero estar agora. Eu quero ir a um restaurante!" Minha voz está estridente e eu estou a segundos de espancá-lo por ser um idiota. Sua mão balança na minha direção, me fazendo estremecer, e ele aponta o dedo para mim. "Nós não estamos indo a um maldito restaurante, Baylee!", ele sussurra, seus olhos injetados de fúria. "Agora, supere isso." Eu abro a boca em choque. Não há maneira no inferno que eu vou superar isso. "Pare a caminhonete", eu explodo e pego a minha bolsa do meu colo. Ele vira os olhos de volta para mim e pânico pisca sobre suas feições. "O que? Por quê?" "Pare a estúpida caminhonete!" Eu grito. "Cansei! Cansei sobre o quão estranho você está agindo e suas constante mentiras. Eu não aguento mais! PARE A CAMINHONETE!" Os pneus guincham quando ele bate no freio e puxa o veículo para o lado. Assim que ele para, eu saio e começo a ir em direção à cidade. Eu posso ouvir seus passos pesados pisando no cascalho atrás de mim enquanto ele me segue. "Baylee, pare. Por favor," ele implora. A preocupação em sua voz faz meu coração doer, mas eu ignoro-o e continuo andando. "Baylee!" Sua voz é entre cortante e seus dedos apertam meu bíceps quando ele fisicamente me para. "O que diabos está errado com você?" Girando em torno de seu aperto, eu me apoio nos dedos dos meus pés e olho para ele. "Que porra está errado comigo?" Exijo com uma voz estridente. "O que diabos está errado com você? Me diga o que está acontecendo, Brandon. Eu sei que você está mentindo para mim também, assim como todos os outros. Então, basta parar. Pare, porra. Você era a única pessoa que eu acreditava que me diria a verdade e você está fugindo em cada circunstância. Eu não posso perdê-lo como aquela pessoa. Estou fora daqui. Se você vai mentir na minha cara, eu estou fora, porra."


A raiva derrete de seu rosto, seu queixo treme e dor parece rasgar suas feições. Ele permite um som distorcido e me reúne em seus braços. "Baby", diz ele em um sussurro rouco contra o meu cabelo enquanto acaricia minhas costas. "Eu sinto muito. Eu só queria protegê-la contra as autoridades. Eles pensam que você está envolvida no assassinato dele e eu não podia deixá-los levá-la para longe de mim. Não, novamente. Eu não posso perder você agora, depois de tudo. Você é minha garota e eu te amo. As coisas podem não ser o que eram antes, mas prometo que nós podemos consertar isso. Estou aqui até o fim para você, Baylee. Por favor, me diga que você pode ver isso." Ele ainda está balbuciando e apenas uma palavra se destaca. Assassinato. Assassinato. Assassinato. Quer dizer, eu sabia que ele estava morto, o meu War. Mas por alguma razão, eu ainda segurava um pingo de esperança que ele tinha sobrevivido. No fundo das profundezas escuras do meu coração, eu queria acreditar que tinha vivido. No entanto, ele não tinha. Meu War tinha desaparecido. "Oh, Deus", eu soluço e tenho um colapso em seus braços. Ele beija meu cabelo uma e outra vez, enquanto ele tenta me acalmar. Inalo sua familiaridade e deixo-o me trazer conforto. Eu sou uma bagunça trêmula e tudo o que posso fazer é agarrar sua camisa para evitar de me deixar cair no cascalho. "Baylee", diz ele com uma voz grossa, suas próprias lágrimas molham meu cabelo, "Eu juro por Deus que vou te amar e cuidar de você. Deixe-me ajudá-la a lembrar o que tínhamos antes. Lembre-se de nosso amor." Amor. Amor. Amor. Outro soluço rasga através de mim e ele me segura mais apertado. A dor e o estresse dos últimos dias me


dominam, me deixando fraca. Ele parece sentir meu colapso porque ele desliza um braço abaixo de mim e me pega. Eu enrolo contra seu peito enquanto ele me leva de volta para a caminhonete. Uma vez que ele abre a porta e me coloca no banco, seus olhos vermelhos e manchados de lágrimas estão passando sobre mim. Seus dedos encontram meu queixo e ele levanta-o para que os nossos olhos se encontrem. "Sinto muito por esconder isso de você", ele me diz, suas sobrancelhas juntas. "Vou levá-la ao restaurante. Nós vamos apenas ter cuidado." Ele chega sob o assento e tira seu boné de beisebol. Eu assisto o seu determinado, bonito rosto quando ele coloca-o em minha cabeça e enfia o meu cabelo para dentro dele. "Ai, agora você é um garoto." Eu tento forçar um sorriso, mas meu lábio acaba tremendo. "Hey", diz ele, seus olhos verdes brilhando com o jeito de brincar que eu conheço, "vamos pegar uma batida de morango antes que você bata na minha bunda com o meu taco de beisebol. Você fica brava quando você está com fome. A fome não faz bem para você." Desta vez, eu sorrio e é genuíno porque seu próprio sorriso é tão contagiante. Como nos velhos tempos. "Sinto muito por ter me chateado com você," sussurro, minha voz chiando um pouco, eu limpo minhas bochechas molhadas com a parte de trás das minhas mãos. "Eu não queria despejar tudo em você. Obrigado por tudo que você está fazendo para me ajudar." Ele se inclina e me beija suavemente no canto da minha boca. "Estamos nisso juntos, baby. Até o fim."

"Isso é tudo?" A garçonete pergunta, os olhos demorando em Brandon. Uma familiar, ainda ridícula pontada de ciúme, arranha os meus nervos em seu interesse flagrante nele.


"Não", eu digo, me certificando de manter meu rosto escondido sob o boné de beisebol, "Eu preciso encomendar esse frango especial para levar." Ela rabisca em seu bloco de notas e, em seguida, sai correndo. Quando eu levanto os meus olhos para Brandon, ele está franzindo a testa. Temos estado jantando bastante tranquilamente até este momento. Ele estava olhando por cima do ombro a cada cinco segundos, enquanto eu tentava não pensar sobre a morte da minha mãe ou o desaparecimento do meu pai. E especialmente no que aconteceu com War. Toda vez que eu fiz, meu coração doía e lágrimas enchiam os meus olhos. Era mais fácil concentrar em minhas batatas fritas gordurosas e milk-shake. Distanciarme da dor consumidora. "O quê?" "Será que você pediu isso," ele cospe as próximas palavras como se estivesse enojado, "para ele?" Eu levanto meu queixo e aceno. "Eu estou tentando tirar informações dele. Eu sei que há mais que ele não está dizendo sobre o meu pai. Talvez se eu for boa para ele, ele vai dizer e então podemos ir encontrá-lo." Ele revira os olhos e maldiçoa em voz baixa como se eu fosse apenas uma garota estúpida que não sabe nada. Eu estou uma vez mais irritada com seu comportamento temperamental. "O quê?" Eu exijo. Encolhendo os ombros, ele olha para o restaurante lotado. "Não vai funcionar, querida. Gabe é um mentiroso. Ele vai manipulá-la para libertálo. Em seguida, ele vai te machucar novamente", sua voz cai para um sussurro. "Nós precisamos nos livrar dele." Eu estudo suas feições. A mandíbula apertada. A forma como sua narina está com raiva. Como seus olhos estreitos me examinavam. Eu não conheço esse homem. O garoto que me abraçou mais cedo e chorou no meu cabelo quando ele pensou que eu ia deixá-lo, eu conheço. Este cara, porém, o idiota, eu não posso nem começar a entender quem ele é e eu certamente não gosto dele nem um pouco.


"Eu não quero que seja fácil para ele, acredite. Mas ele precisa pagar pelo que aconteceu comigo e pelo que ele fez com aquelas pessoas que eu amo. Eu quero que ele pense sobre o que ele tem feito todos os dias em uma cela minúscula para o resto de sua vida. Assim que tivermos o que precisamos dele, nós vamos chamar a polícia." Minha voz é firme e inabalável. Eu tenho pensado muito sobre isso. Brandon e eu somos apenas dois jovens adultos. Nós não somos assassinos. Eu não vou deixá-lo matar por mim e eu certamente quero ser uma boa mãe para o meu futuro filho. Assassinar alguém, até mesmo o diabo, é um mau começo para a maternidade. Ele zomba das minhas palavras. "A polícia? Não podemos envolvê-los. Nós já passamos por isso, querida. Eles acham que você está envolvida no assassinato de War". Ele mostra um pouco os dentes quando a última palavra rola de sua língua. Isso me corta profundamente e me afeta mais do que ser acusada de ter feito isso. "Lembra?" Assassinato. Assassinato. Assassinato. O mundo gira em torno de mim e minha barriga ronca quando o meu jantar ameaça fazer uma reaparição. Eu engulo para não vomitar e assobio para ele. "Como eu poderia esquecer? Eu estava lá. Lembra?" Jogando suas palavras de volta para ele, encontro seu olhar antes de começar a sair da mesa. "Eu preciso ir ao banheiro feminino." Pegando minha bolsa, eu passo pela garçonete e vou para o banheiro. Uma vez lá dentro com a porta trancada, eu escorrego para o box e abro minha bolsa. Lágrimas rolam pelas minhas bochechas e gotejam do meu rosto quando eu caço o teste de gravidez que eu tinha comprado. Em piloto automático, abro o teste, e sigo as instruções para usá-lo. Uma vez que eu faço, eu sento no chão do banheiro enquanto espero pelo resultado. Meus olhos se fecham e eu penso sobre War. Ele realmente está morto. Não se pode negar agora.


Foi completamente confirmado. Como se isso não fosse excruciante o suficiente, a polícia acha que eu estava envolvida em sua morte, também. Eu nunca machucaria ele. Nunca. Certamente eu posso falar com eles, encontrar Land e tê-lo confirmando tudo ao meu favor. Eu não matei War e eles logo vão ser capazes de provar isso. Gabe vai para a prisão por seus pecados. Tudo vai dar certo. Olho para o teste no chão ao meu lado. Eu comprei o mais caro e o mais fácil de ler, de os testes de gravidez. Brandon me enviou com um maço de dinheiro e eu comprei o melhor. Um vislumbre para a palavra cinza na tela me diz o que eu já sabia no meu coração. Lágrimas borram minha visão no banheiro em torno de mim e eu solto uma inundação. Meu corpo dói e eu choro até que eu estou hiperventilando. Grávida. Esse bebê não tem pai. Esse bebê só tem a mim. Eu não estou completamente sozinha neste mundo. E se esse bebê é de Gabe? O pensamento aterrorizante me faz segurar meu estômago em desgosto absoluto. Não tem jeito. Esse bebê não é de jeito algum dele. Por um lado, o contraceptivo tem a duração de três meses. Eu tinha tido um mês antes de Gabe me levar, o que significava que teria terminado enquanto estava com War. Eu sei de fato que, tive um período normal, não muito tempo depois de ter ficado com ele em sua casa de praia. Esse bebê é meu e de War. Não de Gabe. De jeito nenhum, porra. Eu soluço por uns bons vinte minutos antes de encontrar força para me recompor. Esse bebê precisa de mim agora. Vou descobrir tudo pelo meu pequeno. Com as pernas trêmulas, fico de pé, descarto o teste e embalagem no lixo, e depois lavo as mãos e rosto na pia. Cuidadosamente, eu tomo meu tempo com alguns dos novos corretivos e bases que eu tinha comprado para esconder o


meu rosto vermelho, inchado. Assim que pareço recomposta, deixo o banheiro. Bato em um sólido, quente peito. Braços envolvem em torno de mim e eu tremo. "Tudo certo?" Não. Nada está bem. "Está tudo bem. Eu só estou cansada." Satisfeito com a minha resposta, ele me libera e passeia até a garçonete que está carregando um saco. Sem dizer nada, voltamos para a caminhonete e fazemos o nosso caminho de volta para a cabana.

Assim que Brandon vai para o chuveiro, eu carrego a comida para a cozinha para tentar mais uma vez persuadir respostas de Gabe. "Quem matou o seu cachorro?" Ele me saúda com uma pergunta quando eu pouso o saco sobre o balcão e começo a abrir sua comida. "Chega de jogos, Gabe. Diga-me onde o meu pai está." Ele me olha com sobrancelhas franzidas enquanto eu levo uma tira de frango para ele. Suas narinas se abrem, inalando a carne gordurosa, e ele geme. Eu movo-a para perto de sua boca, mas não perto o suficiente para ele morder. "Nunca pensei que você fosse uma torturadora, querida", diz ele com uma pitada de mau humor em sua voz. "E eu nunca pensei que você era um assassino estuprador, mas aqui estamos." Eu parto o pedaço de frango ao meio e levanto uma sobrancelha para ele. "Você quer alimento, então você deve começar a falar." Ele franze a testa. "Eu não sei onde Tony está."


Eu lanço uma metade do frango para o buraco e me deleito com a forma como ele parece horrorizado. "Resposta errada." "Puta que pariu, mulher. Apenas me dê o maldito frango. Estou morrendo de fome." Eu começo a ri, mas não de uma maneira feminina e despreocupada, mas bizarra e maníaca. "Você está morrendo de fome? Tente três dias, idiota. Então me diga o quanto você está morrendo de fome. Só passaram três horas", eu assobio. "Você pode lidar com isso." Seus olhos escuros encontram os meus e depois examinam o meu corpo. "Eu preciso mijar", diz ele de repente. "Eu estive me segurando todo maldito dia, Baylee. Eu sou o monstro, não você. Tenha um pouco de pena de um homem velho". Eu sei que ele planeja tentar me enganar. Gabe se vê como um brilhante mestre quando o assunto é sobre nós dois. Eu não sou tão inocente como ele pensa, no entanto. "Devo desatar você? Para deixar você mijar fora da porta traseira?" Pergunto docemente e bato meus cílios para ele quando eu quebro a segunda metade do pedaço de frango. Ele geme quando eu atiro outro pedaço para o buraco. "Eu prometo, não vou fugir", diz ele e então sua voz fica baixa, "e se eu fizer isso, você pode me espancar, menina." "Tudo bem." Seus olhos se arregalam em choque por um momento antes de mascará-los com um olhar lamentável. Eu empurro o pequeno pedaço de frango em sua boca e ele mastiga avidamente. Não falamos mais enquanto eu alimento-o com mais comida e ele devora. Uma vez que eu acho que ele teve o suficiente, eu desato os dois pés que estão presos a cadeira. Brandon amarrou suas mãos atrás das costas e envolveu a corda ao redor do peito e da cadeira. Eu deixo as mãos atadas, mas desamarro-o da cadeira. "Minhas mãos?" Ele pergunta e maldiçoo quando o ajudo a levantar. Ele está claramente tonto porque seus


joelhos dobram e ele teria caído se não fosse eu segurando seu cotovelo. "Você vai mijar lá fora, mas suas mãos não vão ficar soltas," eu digo a ele simplesmente. "Como é que vou tirar meu pau para fora?" Ele diz e seu corpo parece ficar mais forte a cada segundo. Eu levanto meu queixo e encontro os olhos do diabo. Sem medo. "Eu acho que vou ter que puxar o seu pau para fora e ajudá-lo." Curvando uma sobrancelha, dou um sorriso. "A menos que você seja tímido. Não é como se eu não tivesse visto antes." Ele revira os olhos, mas eu ainda o vejo tentando bolar um plano. Abrindo uma gaveta, eu localizo uma faca para bife e aponto-a para o seu pau. "Se você tentar fugir, vou te esfaquear. Se você tentar me machucar, vou cortar seu pau fora," eu digo a ele em uma voz calma. Seus olhos se arregalam e ele sorri. "Minha menina doce virou uma espécie de vilã. Tem certeza que você não quer uma transa rápida antes do Capitão América sair do chuveiro? Você sabe que eu sou o único que faz você ronronar como um maldito gatinho. A forma como a minha língua sabe exatamente como te provar, você gozando em todo o meu rosto. Deus, eu sinto falta do seu mel doce escorrendo por meu queixo. Iria ser bom com os pedaços de frango." Eu pego um punhado de sua camisa e guio-o para a porta dos fundos, ignorando sua vulgaridade. Estou enojada ao descobrir que ele está duro em seus jeans. Bastardo. Com um acesso de raiva, eu desabotoo as calças e tiro para fora. O gigante pau praticamente me ataca quando ele sai. "Oh, querida, bem assim", ele geme falsamente quando eu puxo-o para fora. Eu rolo meus olhos. "Somente mije." Ele não estava mentindo sobre a necessidade de fazer xixi, porque ele não perde tempo. Uma vez que ele fez, eu empurro-o de volta em suas calças e fecho ele. Assim que fecho a porta, ele joga seu corpo contra mim. A faca cai do meu aperto e faz barulho no chão. Meu coração bate no meu peito enquanto ele empurra seu ombro nas minhas costas e


me empurra contra a parede. Mesmo com fome e amarrado, ele ainda é mais forte do que eu. "Ouça-me", ele sibila e traz seu hálito quente para a minha orelha enquanto ele esfrega seu pau duro em minhas costas. "Esse garoto está fodido da cabeça. Mais fodido do que eu. Confie em mim. Você acha que sou louco? Ele esconde sua loucura, o que o torna muito mais perigoso." Eu fico tensa, surpresa com suas palavras, e paro de tentar lutar contra ele. "O-O quê?" Ele resmunga e me beija logo abaixo da minha orelha. "Eu amo você, doce menina", ele murmura. "Eu sei que você acha que sou um monstro, mas eu te amo pra caralho. E aquele garoto maricas lá dentro, ele está louco. Ele vai te machucar." Eu suspiro quando ele suga minha orelha em sua boca. "Você me machucou!" Seus quadris balançam contra mim antes de ele falar. "E eu sinto muito, ok? Mas você não vê que ele está diferente? Porra, ouça o que estou dizendo, baby." Minha mente voa de volta para a forma como ele tinha agido hoje. A maneira desajeitada com que ele praticamente me feriu com seu aperto no cemitério. Todas as suas mentiras. As palavras anteriores de Gabe sobre perguntar a Brandon onde meu pai estava. "O que você quis dizer quando você me disse para perguntar a Brandon, sobre onde está o meu pai? Ele disse que ele foi para San Francisco. Isso é verdade? Você acha que ele sabe de alguma coisa que não está me dizendo?" Seu corpo relaxa atrás de mim e sua voz se torna um rosnado baixo. "Tenho certeza que ele sabe muito mais do que alguma coisa, baby. Esse garoto não está bem." "Brandon é uma boa pessoa," eu argumento em sua defesa. "Ele mente e machuca as pessoas", ele responde bruscamente, como se eu devesse ver isso tão claramente


como ele aparentemente vê. "Ele faria qualquer coisa para mantê-la como sua namorada." Eu tremo diante de suas palavras. "Ele não faria mal a ninguém." Seu riso é escuro e sem humor. "Menina, ele já fez." "O quê? Você está mentindo," eu digo. Ele me beija novamente e outro tremor dilacera por mim. "Basta dar o fora daqui. Tire sua bunda daqui. Sou capaz de lidar com ele. Mas você, meu amor," diz ele em um sussurro de censura, "precisa ficar longe dele, porra." Passos pesados trovejam na cozinha e eu ouço uma arma. "Sai de perto da minha garota, porra, ou eu vou explodir sua cabeça com cada maldita bala nesta arma." Gabe pressiona outro beijo no meu pescoço antes de se afastar. Brandon vem para frente, arma levantada como se ele pudesse acertar nele novamente, mas eu intervenho. "Chega, Brandon!" Eu digo e faço um gesto para Gabe, "Apenas amarre-o de volta na cadeira." Brandon amaldiçoa, mas bate a arma em cima do balcão para que ele possa levar Gabe de volta para a cadeira. Uma vez que ele termina, eu considero meu amigo de longa data que parece tão diferente do garoto que eu conhecia. Ele ainda está tão rasgado como a última vez que o vi. Mas agora, ele veste apenas uma calça jeans e sem camisa, eu posso ver que algumas coisas mudaram. Sua carne, uma vez pura, está coberta com uma gigantesca tatuagem de dragão que cobre o ombro e parte do peito. Fogo derrama de sua boca para onde está seu coração. Dentro do fogo está um nome. O meu nome. Baylee. Seus olhos verdes escuros quase brilham com a raiva que ondula dele. Com cada respiração zangada que toma, seus músculos se contraem e se contorcem, fazendo seu dragão parecer vivo. O fogo parece que está lambendo e


torcendo em sua carne, carbonizando o rapaz do meu passado e revelando o demônio por dentro. Gabe está mentindo. Eu acho. Brandon caminha em minha direção e eu recuo. Não perco a careta no rosto de Gabe enquanto ele vigia Brandon a cada movimento. Nem eu perco o olhar furioso de desgosto quando Brandon nota meu pequeno recuo para longe dele. Mas então, como se de repente alguém apagasse o demônio com água benta, ele retorna. Olhos verdes brilhando para a vida e um sorriso pelicular em seus lábios quando ele me pisca um sorriso colgate. "Gosta do que vê, gata?" Ele me alarma com a rapidez com que ele é capaz de alterar o seu humor. Como se ele pudesse sentir a minha inquietação e quisesse me acalmar. Forçando uma risada, eu aceno para o frango. "Alimente-o, sim? Eu vou tomar uma ducha rápida." Sem esperar por uma resposta, deixo sua presença confusa e corro para o banheiro. Uma vez dentro, eu tranco a porta e me sento sobre a tampa do vaso sanitário. As palavras de Gabe não param de se repetir na minha cabeça, apesar de meu desejo de classifica-las como suas próprias avaliações lunáticas. Há algo acontecendo com Brandon, apesar de tudo. E eu não gosto nem um pouco. Eu tenho que descobrir uma maneira de ficar longe dele. Longe de ambos. E em breve.


MANTENHO-ME AFOGANDO e perdido em um mar de escuridão prescrita. Cada vez que eu encontro clareza, o frio gelado toma a felicidade envolvendo seus tentáculos ao redor da minha mente e me arrasta para baixo. Muitas vezes eu luto. Eu luto por ela. Meu sol e lua. A única luz dentro da minha maldita cabeça. Mas cada vez que acontecesse isso, ela se foi. Eu prometo a mim mesmo que quando eu começar a acordar eu não vou deixá-los roubá-la de mim. Quando cada memória da minha menina vem de volta para mim, eu avidamente guardo todos os seus sorrisos, caretas e olhares pacíficos na minha memória. Meu objetivo é colocá-los em um lugar em minha mente, de modo que, se eu sou empurrado de volta para a escuridão, eu posso encontrá-la queimando em algum lugar brilhante na porra do abismo. "War." A voz de meu pai falou-me de forma intermitente, uma tábua de salvação constante no meu inferno escuro. Às vezes eu sou capaz de agarrar e me puxar para fora. Outras vezes, não importa o quanto eu tente, eu não consigo agarrar e me libertar. As enfermeiras e os médicos pensam que estão me ajudando ao me sedar, mas os medicamentos não ajudam.


Eles me empurraram de volta para os pesadelos com os quais estou acostumado. Mas, desta vez, é mais difícil me libertar deles. Desta vez, eu me sinto mais perdido do que nunca. Os poucos momentos de lucidez que tive foram gastos com obsessão. Estar preso em um hospital, tem quase me levado à beira da loucura final, sabendo que todo o edifício está cheio de toxinas e germes. "War." Ouço meu pai novamente. Desta vez, eu chego até ele. Sua mão quente envolve a minha e me puxa da escuridão. Não muito tempo atrás, eu teria ficado horrorizado por tocá-lo, mas agora eu imploro por seu conforto. Com várias piscadelas lentas, vejo meu pai preocupado mantendo vigília ao lado da cama. Baylee. Eu tento dizer o nome dela, mas eu ainda sou incapaz de falar. Eu não tenho certeza do que isso significa, mas eu estou completamente sem saber o que está acontecendo com meu corpo. Sinto-me como se eu fosse um furacão de pensamentos presos em um cadáver imóvel. "Você tem que ficar melhor, filho," Meu pai me diz com lágrimas nos olhos. "Você está vivendo em sua cabeça. Eu preciso de você aqui comigo, rapaz." Minha garganta dói com emoção, mas sem lágrimas. Eu sei que não estou paralisado porque eu posso sentir seu pesar por todo o caminho até os dedos dos pés. Mas, eu não posso mover ou falar. Somente pisco. "Baylee precisa de você." Suas palavras fazem meus olhos arderem. Eu gostaria de poder chorar por minha menina. Para mostrar quaisquer sinais de melhoria para que eu possa recuperá-la. Mas no momento que eu pisco, as lágrimas desaparecem. "Você tem alguma ideia para onde ele poderia tê-la levado? A polícia foi à casa dela, mas ela não está lá." Eu fecho meus olhos e suas bonitas esferas azuis piscam de volta para mim. Perfeito, pequeno nariz tingido de


cor rosa do sol. Carnudos lábios como pêssegos maduros para degustação. Deus, eu quero tocá-la. Reabrindo os olhos, tento verificar o meu corpo para encontrar exatamente o que há de errado comigo. O peso parece estar no meu peito, me segurando pressionado contra a cama. Mas quando meus olhos caem sobre o cobertor, eu não vejo nenhum peso. Apenas a roupa fina de hospital. "Você levou um tiro," Meu pai me diz em voz baixa e aponta para o meu peito. "Você se lembra?" Meus olhos se encontram com os dele e eu aceno. É difícil com as drogas no meu sistema, mas ele vê. "A bala atravessou seu ombro. Ela atingiu um de suas costelas e rachou-a, mas não a quebrou. A bala perfurou seu pulmão esquerdo, que entrou em colapso durante a cirurgia. Você está entubado até seus pulmões para curar um pouco mais. Eventualmente, você vai ser capaz de começar algumas terapias pulmonares para se recuperar." Eu fecho meus olhos e me pergunto se a bala tinha sido infectada com qualquer outra coisa. Tinha Gabe tocado nela ou não a manuseou adequadamente antes de colocá-la na arma? E se ele tivesse estado em contato com algo tóxico? Isso significa que ele poderia envenenar minha corrente sanguínea? O monitor cardíaco começa a acelerar, o que só me faz entrar ainda mais em pânico. Cada vez que eu acordo e minha mente fica fora de controle com as minhas obsessões, as enfermeiras voltam para me “acalmar”. Mas não me acalma. Isso me envia de volta para as profundezas perigosas da minha mente. Warren, relaxe. Meu pai aperta minha mão e eu abro meus olhos. Ele está franzindo a testa e continua olhando para o monitor cardíaco.


"Relaxe. Eu preciso de você aqui comigo. Precisamos que você fique melhor para que possamos descobrir para onde ele a levou", ele diz com firmeza, sua voz severa como ele usava sempre que eu estava em problemas quando eu era uma criança. Concordo com a cabeça novamente e desta vez as lágrimas aparecem em meus olhos. Ele tem razão. Eu preciso ficar bem e ajudar a polícia a encontrar a minha menina. Ela está lá fora nas garras dele enquanto falamos. O filho da puta está mais provavelmente fazendo coisas indizíveis enquanto eu me sento aqui, entrando e saindo da escuridão. "Está tudo bem aqui?" A enfermeira perguntas enquanto ela entra no meu quarto. Concordo com a cabeça e ela pisca e me dá um sorriso doce. "É bom ver você em alerta e acordado hoje, Sr. McPherson. Dr. Watson está esperando ser capaz de retirar os tubos de você hoje. Tirá-lo do respirador. Ele também vai enviar o Dr. Daniels para uma avaliação psicológica mais tarde. Mas, primeiro, eu vou pegar alguns suprimentos e eu irei drenar o sangue do seu tórax." Ela sai apressadamente e eu atiro meus olhos arregalados para o meu pai. "Ouça, War. Você tem que ser forte. Fique forte por ela e fique bem. Dr. Watson foi capaz de reparar o seu pulmão, mas você não está curado. Você vai ter que lutar com mais força contra estes episódios ou eles vão continuar a bombardeá-lo com esta merda de entorpecimento mental. Eu preciso que você faça o que for preciso para passar por isso." Eu aceno e franzo as sobrancelhas em concentração enquanto a enfermeira volta no quarto. Meus olhos permanecem bloqueados em meu pai, me desligo a conversa chata dela, enquanto ela suga o sangue e fluidos do meu peito. Não pense sobre isso. Não pense sobre isso.


"Filho, você se lembra daquela vez em que vimos uma arraia na praia no Coronado? Ela tinha que ter um metro de comprimento. Ela nadou até você". Seus olhos cintilantes encontraram os meus e ele sorri. Concordo com a cabeça e tento sorrir em torno do tubo na minha boca. "Sua mãe começou a gritar como um demônio selvagem. Você tinha pensado que você estava sendo atacado por um tubarão branco, não uma arraia. Quantos anos você tinha? Dez? Onze?" Balançando a cabeça, dou um sorriso novamente. Lembro-me em primeiro lugar de estar aterrorizado pelo animal marinho, mas então eu não podia tirar os olhos dele. Eu tinha aproximado a minha mão trêmula e acariciado o lado liso da criatura, com cuidado para ficar longe de sua cauda, antes que ele flutuasse de volta para a água. Com a próxima grande onda, ele tinha desaparecido. Meu pai me falava que os animais conhecem o espírito, que eles são atraídos para eles. Ele disse que a magnífica criatura estava fascinada por mim tanto quanto eu estava por ela. Respeito mútuo e curiosidade entre espécies. Até hoje ainda me pergunto sobre aquela arraia. "Não foi tão ruim", a enfermeira ri e começa a limpar. "Na última vez tivemos que sedar você. Você vai estar andando para fora daqui antes que você perceba." Ela pisca e me deixa aqui com meu pai. "Bom trabalho, filho. Eu sabia que você podia fazer isso. Concentre-se no bom, concentre-se em Baylee. Nós vamos recuperá-la. Assim que você sair daqui, nós vamos encontrá-la e mantê-la segura para que esse bastardo não mexa com ela de novo." Meu aceno dessa vez é curto e eu olho para ele com uma intensidade que eu espero que transmita a minha séria determinação para ficar melhor para que eu possa ajudá-la. "Agora descanse", ele insiste e aperta minha mão. "Você vai precisar de sua força, porque quando sairmos daqui, você vai matar o dragão e salvar sua princesa." Eu fecho meus olhos e imediatamente trago aqueles amáveis olhos azuis inocentes. Ela já passou por muito e eu


só posso imaginar o que ela está passando agora. Mas ela é inabalável e resistente. A força dela é mais forte que mil homens. Minha menina vai sobreviver as garras daquele imbecil. Eu só preciso que ela se mantenha forte até eu chegar lá. Meu pai estava errado. Eu não estou indo para salvar uma princesa. Não, eu estou indo para salvar minha rainha.


ASSIM QUE ouço o chuveiro ligar, lanço o pedaço de frango de volta na caixa de isopor e jogo a coisa toda no porão. "O que você disse a ela?" Eu rosno entre dentes. Os olhos de Gabe permanecem estreitos enquanto ele observa todos os meus movimentos e leva o seu tempo mastigando o pouco da comida que lhe dei. Uma vez que ele engole, ele sorri para mim. "Eu disse que ela nunca ficará satisfeita com o seu pau mole." Um rugido profundo borbulha no meu peito e eu agarro a sua garganta com a mão. "Deixa de besteira e me diga o que você realmente disse. Você acha que você tem ar suficiente para aguentar o tempo de duração da ducha dela? A pequena Baylee não vai vir salvá-lo, idiota." Ele se recusa a falar, então aperto forte o suficiente para fazê-lo lutar na cadeira. Eu gosto da maneira como seu rosto fica roxo. Tão porra de roxo. A morte nunca será um castigo suficiente para o bastardo que roubou minha namorada. Mas eu vou com certeza desfrutar de vê-lo morrer, isso é uma certeza. "O-o que você... f-f-fez..." Eu libero sua garganta e ele engole no ar. "O que você fez ao Tony?" Ele pergunta roucamente.


Minhas sobrancelhas voam para meu cabelo, mas eu rapidamente mascaro a minha expressão de choque. "Eu não fiz nada." Arrastando meu olhar de seu olhar penetrante, eu fico olhando para a porta e ouço os sinais de Baylee. O chuveiro ainda está ligado. "Você está mentindo e ela vai descobrir, seu merdinha", ele ferve e luta com suas restrições como se ele realmente fosse capaz de rasgar através delas para chegar a mim. "Não, Gabe," eu digo a ele com calma e inclino para frente até que meu rosto está a centímetros do rosto dele. "Ela não vai descobrir. Eu vou me certificar disso. Porque antes de deixarmos este lugar de merda, eu vou cortar sua garganta." Ele zomba. "Oh sim? E depois? Vocês dois vão dirigir até o pôr do sol juntos? Você está uma porra de louco, garoto. Você viu o jeito que ela olha para você?" A raiva surge através de mim, pintando meu interior de vermelho, com ódio. Enrolo minhas mãos em punhos. Mais uma estúpida palavra de sua boca e eu vou quebrar a minha promessa a Baylee de não o machucar. "Ela me ama." Meu corpo inteiro treme de raiva mal contida. Ele continua me pressionando e testando, porra. Eu não sei quanto tempo mais eu posso aguentar sua merda antes de eu explodir. "Não, ela apenas gosta de você. Você era uma paixão de adolescente. Nada mais do que um garoto idiota. Você agora é somente um amigo. Ela só não sabe como contar isso a você e ao seu pequeno frágil-" O ódio me oprime e minha contenção não é mais algo sobre o qual eu tenho controle. Antes que eu possa pensar melhor, eu dou um forte soco em todo o lado da cabeça dele, com força suficiente para reabrir um corte em sua sobrancelha que imediatamente começa a sangrar. Ele cospe um pouco de sangue e olha para mim. "Marque minhas palavras, rapaz." Com um acesso de raiva, eu saio tempestuosamente da cozinha ignorando sua risada psicótica que ecoa atrás de


mim. Leva tudo em mim para não espancá-lo até ficar uma polpa sangrenta. Voltando para o quarto, eu vasculho em torno da mochila até encontrar uma das camisolas favoritas de Baylee. É a minha favorita também, uma cor de rosa de grandes dimensões antiga com Piu-Piu na frente. Ela a ama porque foi dada a ela por sua mãe. Eu amo porque é curta e mostra suas muito longas pernas. Além disso, eu localizo uma tanga preta sexy e lanço-a para a cama também. O chuveiro é desligado e eu ando ao redor do quarto esperando por ela. Entre seu comportamento distante em relação a mim e os insultos e ameaças de Gabe, estou com meus nervos à flor da pele. Preciso corrigir isso. "Eu separei suas roupas," eu digo a ela com um sorriso orgulhoso. Ela está enrolada em uma toalha branca que se estende em cima dos seios lindos e trava apenas suficientemente baixo para cobrir sua boceta. Eu imploro para finalmente perder minha virgindade com ela. Em breve. Seus olhos caem para a cama e lágrimas aparecem em seus olhos. "Eu amo essa camisola", murmura, emoção fazendo sua voz rouca. "Ela costumava ser de minha mãe." Suas longas pernas deslizam sobre a cama e ela toca o fino, desgastado tecido enquanto as memórias atacam. Quando os ombros tremem com lágrimas silenciosas, eu vou até ela e abraço-a por trás. "É por isso que eu a trouxe, baby. Eu quero que você seja feliz. Que se lembre de Lynn. Peguei umas fotos para você também." Os soluços são silenciosos, mas eu estou tomado cada um com alegria quando ela me deixa segurá-la. Meus braços estão bloqueados em torno de seu estômago e eu mantenho suas costas pressionadas à minha frente. Enquanto ela chora, eu pressiono beijos pelo seu ombro nu. Eu quero arrastar a toalha de seu corpo e fazer amor com ela. Bombear dentro dela e afastar sua tristeza. Em breve.


Depois de algum tempo, ela funga a última de suas lágrimas. "Uma tanga. Realmente Brandon?" Eu abro um sorriso e faço cócegas em seus lados, fazendo-a se contorcer para longe de mim. Eu dou de ombros. "Eu só peguei o material que eu gosto de ver em você. Você queria que eu pegasse as calcinhas da vovó que estavam guardadas bem ao fundo da sua gaveta?" Eu questiono e sorrio para ela. Ela revira os olhos e joga a calcinha preta para mim. "Eu não vou usar essas." Sinto-me ficar duro quando eu empurro a calcinha no bolso. "Você não vai me ver reclamando," Provoco e arrasto meus olhos por seu corpo, olhando-a sugestivamente. "Vá embora e deixe-me vestir", ela bufa, mas o tom de brincadeira ainda está em sua voz. "Eu só vou escovar os dentes." Uma vez dentro do banheiro, eu rapidamente escovo os dentes na esperança de que possamos pelo menos nos beijar enquanto nos abraçamos antes de dormir. Eu tiro minha calça jeans e deixo minha boxers preta. Quando eu finalmente saio do banheiro, ela está sobre a cama puxando os lençóis e expondo as costas de suas suaves coxas para mim. A ideia de dormir nessa cama ainda fode com a minha cabeça, mas tê-la enrolada ao meu lado vai compensar o fato de que Gabe a teve lá. "Amanhã, vamos embora. Com ou sem o seu consentimento. Eu estou pronto para cuidar de você e ficar aqui é um lembrete constante do que aquele retardado fez com você. Um lembrete do que ele fez para nós." Ela gira ao redor e olha para mim. Seus peitos nus são visíveis através da camisola rosa fina e seus pequenos mamilos endurecidos saem através dela. O que eu não daria para colocar os dentes em um deles e— "Nós?" Ela se apruma. "Ele não fez nada a você aqui nesta cabana, Brandon. Mas a mim? Ele fez de tudo. Não diga merda assim."


Eu rosno e avanço até ela. Ela recua novamente e isso fodidamente me irrita. "Pare de agir como se estivesse com medo de mim, droga!" Eu digo com um ruído na minha voz. "Eu não vou te machucar. Você é meu tudo. E só porque está chateada, não significa que eu deva ser o destinatário de cada explosão que você tem. Foi ele quem estuprou você, não eu. Gabe fodeu o que era meu, não eu. Assim ele fez algo a mim também nesta cabana. Ele me roubou o que era para ser meu. Nosso. Da próxima vez que você quiser ser uma cadela, lembre-se que fui eu quem a salvou, parece que você facilmente esqueceu isso. Sou eu quem te ama, porra. Sou eu quem quer manter você segura. Então pare com essa merda, Baylee." Lágrimas enchem seus olhos e seu corpo treme com soluços. Ela joga os braços em volta da minha cintura e esconde o rosto contra o meu peito, aquecendo a carne onde o nome dela está tatuado e cercado em chamas. Isto parece certo e justo. "Sinto muito, Brandon. Estou tão chateada. Tudo machuca. Perder a minha mãe e War", ela soluça. Eu tento não vacilar com a menção do imbecil. "E não saber onde o meu pai está. Estar em torno de Gabe, sabendo que ele é o culpado por tudo isso. Mas, estar em torno de você é o mais difícil. Você quer coisas de mim que eu simplesmente não posso dar a você agora." Agora. Mas ela não disse nunca. Meu coração acelera e eu passo meus dedos para cima e para baixo em sua coluna fazendo-a tremer. "Está bem. Deixe-me segurá-la enquanto você dorme." Ela fica tensa em meus braços, mas eu não deixo isso me afetar. Eu me separo dela e caminho em direção à cama. Então, eu ando para a mochila e recupero uma imagem para entregar a ela, junto com a sua camisola que foi de sua mãe. Quando ela vê o que tenho nas mãos, seus gritos ficam mais altos enquanto ela libera a dor que ela está segurando. Eu ajudo-a com a camisola antes de ela se arrastar para debaixo das cobertas, segurando a foto. Só me leva alguns minutos para desligar as luzes e


depois me juntar a ela debaixo dos lençóis. Ela me deixa puxá-la de volta contra a minha frente. Eu quero rolar sobre suas costas e empurrar em seu corpo apertado. Mas não o faço. Abstenho-me e simplesmente a seguro. Meus dedos tocam sua pele em todos os lugares em uma tentativa de acalmá-la. Quando os soluços, eventualmente, se transformam em uma respiração suave, eu sei que ela adormeceu. Ficamos ali por horas, dormindo e acordo segurando-a. Quando ela rola de costas, eu olho o seu bonito rosto, o luar da janela lançando um brilho etéreo em sua pálida carne. Seus lábios ficam separados enquanto ela respira. Os cílios escuros vibram enquanto ela sonha. Inclinando-me para a frente, eu pressiono um beijo em seus lábios carnudos. Tão suaves e perfeitos como eu me lembro. Meu pau engrossa contra a lateral da coxa e eu estou fodidamente desesperado para fazer amor com ela. Ela pode não ser mais virgem, mas eu sou, e ela é a única com quem eu quero perder. Essa era a forma que deveria ter sido. Para ambos. Estou prestes a gozar somente com a ideia. Eu arrasto delicadamente os dedos sobre seu estômago e, em seguida, até os seios. Com um dedo, eu brinco com os picos endurecidos de seus mamilos através de sua camisola. Então, eu deslizo o dedo até a garganta, sobre o queixo, e paro em seus lábios. Empurrando meu dedo em sua boca, eu me deleito com o calor que ela respira sobre a minha carne. Eu passo meu dedo sobre sua língua rosa e nos sulcos de seus dentes. Uma vez que meu dedo está úmido, eu retiro-o de sua boca. Rolando de costas, eu empurro os meus boxers para baixo, o suficiente para permitir que o meu duro e ansioso pau salte livremente. Com o meu dedo molhado, eu circundo a ponta do meu pau. Saber que seus sucos estão em mim é o suficiente para quase me fazer gozar bem ali. Eu gemo quando uma gota de pré-sêmen rola pela cabeça da minha ponta macia. Eu quero que ela prove. O calor aquece o meu corpo enquanto eu empurro minha mão do meu pau e trago-a de volta para seus lábios.


Eu empurro o meu dedo de volta em sua boca e arrasto a minha mancha de sêmen ao longo de sua língua. Um suave gemido escapa dela e isso me deixa faminto por ela. Removendo meu dedo mais uma vez, arrasto a parte inferior de sua camisola até seu umbigo, revelando a boceta para mim. Deus, o que eu não daria para devorá-la agora. Mas ela não está pronta para mim. Eu devia virar e dormir. No entanto, eu sei que não posso. Eu preciso tocá-la e fazê-la se sentir melhor novamente. Mesmo que seja apenas capaz de alcançar seu subconsciente. Agarrando a parte de trás da coxa, eu puxo o joelho na minha direção até tocar no fundo do meu eixo. Empurro ligeiramente meus quadris contra sua coxa e gemo com quão perfeita sua perna lisa se sente contra eles. Meus dedos deslizam sobre sua boceta e eu sondo sua abertura com o dedo mais longo. Ela está ligeiramente molhada. Eu arrasto o dedo sobre ela várias vezes. O desejo de prová-la é intenso. Eu puxo o meu dedo na minha boca e chupo-o. Deus, ela tem gosto fodidamente incrível. E agora ela é toda minha. Eu preciso acabar com Gabe de uma vez por todas. Afastá-la de tudo isso. Apenas ela e eu. Uma vez que o dedo está bom e molhado, eu deslize-o sobre sua fenda. Encontro sua abertura e empurro lentamente dentro dela. Ela choraminga e meu pau saltita de desejo. "Mmm", ela ronrona em seu sono. Isso me estimula e eu transo com ela com o meu dedo, preguiçosamente. Eu me deleito na maneira como seu corpo aperta. Ela pode ter fodido aqueles dois homens, mas ela ainda é apertada. Para demonstrar ainda mais esse fato,


eu empurro outro dedo dentro dela. E depois outro. Seu corpo me aceita e fica cada vez mais molhado. Meu pau vai estica-la ainda mais. Sua vagina vai tomar cada polegada da minha espessura. Com a mão livre, eu toco no meu pau em uníssono com cada mergulho dos meus dedos em seu calor. Um dia, em breve, vamos foder. Assim que eu finalmente for capaz de quebrar suas paredes, eu posso fazer amor com o doce corpo dela todas as horas do dia. Ela vai se lembrar de nosso amor e encontrar seu caminho de volta para mim. Outro pequeno gemido enche o ar da noite e é tudo o que preciso antes que eu seja ultrapassado por meu clímax. O sêmen quente jorra por toda a minha barriga e eu assobio de prazer. Estou começando a relaxar quando ela fala. É um murmuro em seu sono, mas eu ainda ouço. "War." Um apelo sussurrado. A evocação reverente. O fodido tapa na cara, falado de uma maneira que eu nunca ouvi meu nome vir de seus lábios. O nome espirra sobre mim, ártico e gelado. Eu empurro minha mão para fora dela. Fúria surta através de mim ao ponto que eu estou fisicamente tremendo. Os fios minúsculos que restavam do meu controle e sanidade são arrancados um por um, enquanto a raiva me atravessa como um tornado galopante dizimando tudo em seu caminho. Posso realmente sentir a pressão dentro de mim, a trituração do rapaz gentil que eu era antes para o renascer do homem que rasga por dentro e explode livremente. O homem que me tornei aparece e rosna porque ele sabe que isso significa guerra. Eu não posso perdê-la para Gabe, apenas para perdê-la para esse outro cara, também. Ela pertence a mim. Sempre foi assim e agora eu tenho que lutar por ela. O velho eu não podia lidar com isso, mas o novo eu é bombeado para cima e pronto para demolir qualquer coisa em meu caminho. Foda-se esse imbecil por roubar seu corpo de mim e foda-se esse outro por roubar seu coração. Eu vou fazer tudo ao meu alcance para mantê-la longe daquele filho da puta que está no outro cômodo da cabana. E assim por diante. Com um resmungo, eu saio da cama e limpo a minha porra do meu estômago. Levantando meus dedos até ao meu


nariz, e inalo o cheiro dela. Eu certamente não vou lavá-la de mim tão cedo. Amanhã, cada vez que eu comer ou esfregar meu rosto em frustração, eu vou sentir o cheiro dela. Isso vai me ajudar através dos tempos quando ela não estiver agindo como ela mesma. Eu faço o meu caminho de volta até ela e deslizo para dentro da cama. Uma vez que as cobertas são puxadas sobre nós, eu embrulho o meu corpo em torno dela para mantê-la aquecida. Deslizando minha mão de volta sob a camisola, eu adormeço. O celular de Tony toca de onde ele está conectado na mesa de cabeceira e eu me endireito em sua cama. Cada vez que seu telefone toca, sou inundado com uma mistura de ansiedade e esperança. Ansioso para que pudesse ser alguém procurando por ele, esperançoso de que pudesse ser Baylee. Mas não é ela. Nunca é. O único contato com ela é através de um endereço de e-mail questionável que aparece no inbox do celular da Lynn. Onde eu desempenho o papel de seu pai com raiva. Baylee deve estar desempenhando um papel também, porque seus e-mails são uma fodida besteira e não soam como ela. Um grunhido ecoa na minha garganta para ver que a chamada é de um número desconhecido. Eu deslizo o botão para atender a chamada, mas não disse nada. "Tony?" Uma voz familiar pergunta. Gabe. Esta é a primeira vez que ele tentou fazer contato com Tony. "Onde ela está?" Eu cuspo. A linha fica em silêncio por um momento antes de ele rir. Isso me irrita. "Ela foi vendida. Mas algo me diz que você já sabia disso." Raiva me cega fazendo com que meus dedos segurem o telefone em um aperto, esmagando. Eu jogaria a maldita coisa


na parede se não significasse que eu perderia minha principal linha de contato com ela. Em vez disso, acerto a foto emoldurada no criado-mudo com as costas da minha mão e a deixo cair escutando o som do vidro quebrando quando bate no chão. "A merda de pai que ela tem me contou tudo sobre o seu esquema," Eu rosno na esperança de provocá-lo. "Esquema? Que esquema?" Ele questiona, em tom sarcástico, mas eu não perco a dica subjacente de preocupação. "De qualquer maneira onde está o Tony, garoto marica?" "Bem, ele não está aqui, idiota." Eu caminho pelo chão ao longo da cama e enrolo minha mão livre. A sua voz parece derramar fogo ardente dentro de mim. A linha fica em silêncio e eu afasto para me certificar de que ainda está conectado. Finalmente, ele deixa escapar um suspiro de frustração e eu sorrio com satisfação sabendo que estou mexendo com ele. Ele ri, mas é escuro e sem humor. "Alguém ganhou algumas bolas desde que fez dezoito anos." "Onde ela está?" Meu tom é baixo e mortal. "Ela se foi", diz ele, "por agora. Mas eu vou tê-la de volta. Não que isso importa para você de qualquer maneira." "VOCÊ NÃO VAI TER NADA!" Eu rujo. Sua respiração pesada tornou-se mais alta do outro lado da linha e ele praticamente cospe suas próximas palavras. "Eu vou ter tudo, eu tive tudo. Ela pertence a mim seu merdinha. Tony sabia o que estava fazendo quando ele concordou com tudo isto. Ele sabia o que poderia acontecer." "Que você ia estuprar sua filha?!" "Você não pode violentar a disposição de uma pessoa, garoto marica. E garoto, ela estava disposta. Tão carente e gananciosa. Tão madura. E tão, porra, suculenta. Pode não ter sido parte do esquema... original, mas quando a oportunidade se apresentou, eu peguei. Jesus, estou ficando duro só de pensar em chupar a boceta molhada dela. Porra de deliciosa. E, porra,


a bunda dela era tão apertada-" Antes que eu pudesse me controlar, atiro o telefone pela sala com mais força do que qualquer bola de baseball que eu já lancei. Ele atinge a cômoda e estilhaça. Minha tábua de salvação para o homem que a levou terminou. A raiva está fora de controle e eu saio tempestuosamente da casa para não arruinar a casa da minha doce menina. Em vez disso, eu levo minha raiva para fora e bato em um espesso tronco de um carvalho no quintal. Assim que meus dedos estão abertos e sangrando, e eu com a energia esgotada, ando para o canto do quintal e afundo a minha bunda no chão. Lágrimas quentes ameaçam, mas eu não as deixo cair. Esse filho da puta não vai ganhar. Ele vai aparecer e eu vou forçá-lo a me dizer para quem ele a vendeu. Se eu tiver que chutar a bunda dele na próxima semana, eu vou. Se eu tiver que quebrar os seus dois braços, eu vou. Se eu tiver que matá-lo, eu porra que vou. Farei o que for necessário para extrair as informações dele. E quando ele finalmente me der o que eu quero... Eu vou salvá-la. Eu vou encontrar minha garota e trazê-la de volta para casa. Eu preciso ser inteligente. Vigilante. Seu herói. Ele vai aparecer em breve. Ou aqui ou em seu trabalho ou em seu banco. Algum lugar. E quando o fizer, eu estarei esperando.


"SHHHH."

Seus lábios estão nos meus. Doces e necessitados. Mas eles parecem errados. Eu não quero seus lábios em mim. E agora a sua língua está empurrando em minha boca. Esfregando contra a minha própria língua. Tirando e possuindo. "Pare," Eu choramingo em sua boca. Ele me ignora e mergulha mais fundo. Sua palma cobre meu seio através da minha camisola e ele aperta quase dolorosamente. Eu grito e tento afastá-lo. "Pare!" Sua boca se separa da minha e ele não está mais desesperado. Ele está feroz. Os olhos verdes brilham para mim quando ele cobre a minha boca com a palma da mão. Eu luto contra a sua pesada estrutura, mas eu não sou forte o suficiente. Esse menino que eu amei uma vez está se transformando em um monstro. Ele está me machucando. Um gemido escapa de mim e seus olhos escurecem. Ele olha para mim como se ele estivesse pensando em como devorar todo o meu ser. Como extraí-lo do meu corpo e passar a língua ao longo dele.


Eu tremo em seus braços. Ele parece gostar de meu desconforto, porém, porque ele sorri, mostrando seus dentes perfeitos para mim. "Eu estive esperando por você, baby. Para perder minha virgindade com a mulher que eu amo. Você voltou para mim. A hora é agora." Um grito permanece alojado na minha garganta enquanto eu luto contra o seu aperto. Ele ri e, em seguida, ataca o meu pescoço. Seus dentes esmagam a carne quando ele morde com força. Ele silencia o meu grito com a mão, lágrimas rolam pelo meu rosto. Parece que o sangue está jorrando de mim e quando ele se afasta para olhar para mim mais uma vez, meus horrores são confirmados. Os dentes brancos estão manchados de vermelho e meus pingos de sangue em seu queixo. Os olhos verdes se transformam na cor do café, antes de virar quase preto. E ele não é mais um garoto, mas o diabo que possui esta cabana. Ele bate à sua espessura em mim e eu grito. Meu sangue escorre de seu queixo e espirra em meu rosto. Com cada gotejamento nos meus olhos, eu fico cega. O mundo em torno de mim fica vermelho com o meu sangue. O diabo me fode diretamente para o inferno. "Esse é o meu bebê dentro de você", ele provoca. Balanço a cabeça com veemência. Eu estou esperando o meu cavalo branco carregando o meu herói. Mas então eu me lembro que ele está morto. Ele não pode me salvar. Não pode me salvar da sua maldade. Os olhos demoníacos encontram os meus e ele retira sua mão da minha boca, substituindo-a instantaneamente com a sua língua. Ele mergulha dentro, tão profundamente que eu vomito em resposta. O sabor metálico de sangue, meu sangue, e a maneira como ele tenta foder minha garganta com a língua é demais. Eu engasgo, engasgo, engasgo. "Baylee." A voz é suave e doce. Sinto tanto a falta dela. "Mamãe?"


Agora estou no cemitério e estou olhando para sua lápide. O ar é frio e os monstros estão momentaneamente desaparecidos. "Baylee", ela sussurra novamente, sua voz envolvendo em torno de mim em um abraço reconfortante. "Ajude-me…" A terra se move na frente de seu túmulo e eu tropeço sobre ele. Seus longos dedos delgados atravessam através da sujeira e contorcem para mim. "Mãe!" Eu grito e começo a arranhar o chão. "Você me deixou", ela me diz com tristeza. Com um aceno de cabeça em desacordo, eu cavo e cavo até que seu braço está livre até seu cotovelo. Agarrando ele, eu puxo com toda a minha força. Logo, o rosto sujo emerge e seus olhos azuis olhando para mim quase de uma forma acusadora. "Você me deixou." Eu estou chorando quando a liberto completamente da sujeira. Seu corpo frágil cai no meu e eu sinto um cheiro de carne em decomposição. "Mãe, eu estou aqui. Eu estou aqui," eu digo a ela e toco meus dedos por seu cabelo loiro sujo, abraçando-a contra mim. "Eu queria te salvar. Eu pensei que o dinheiro de War poderia poupar-lhe. Mamãe, eu tentei." Ela solta um gemido, um fedor mortal exala de sua respiração. "Você chegou muito tarde, querida. Muito tarde." Quando o meu corpo começa a estremecer com os soluços histéricos, eu fecho meus olhos e tento não vomitar. Mas quando eu reabro-os, estou de volta na floresta atrás da cabana de Gabe. O monstro com olhos cor de café está em pé em cima de mim desafivelando seu jeans. Ele pega seu pau e eu tento correr. Um passo, dois passos, três passos. Seu peso está de repente em cima de mim. Esmagando. Mortal. Consumidor de alma. Ele esmaga meu rosto no arbusto e eu estou engasgando nas folhas. Galhos cutucam meu rosto. Formigas rastejam em meus ouvidos. O som de seu cinto me impulsiona para agir e eu contorço para evitar a sua punição severa.


"Três passos, três chicotadas", ele provoca antes que o fogo se espalhe em toda a minha carne. "Ahhhh!" Meu grito poderia acordar os mortos. Talvez mamãe virá me salvar, embora eu não tenha podido salvá-la. "Baylee! Acorde!" Meus olhos se abrem e uma sombra escura está em cima de mim, segurando meus braços para baixo contra a cama. "Ajude-me!" Eu grito e me contorço contra o meu agressor. "Fique longe de mim!" "Jesus, sou eu", diz ele em voz baixa. "Você estava tendo um pesadelo e estava pirando. Eu estava com medo que você fosse se machucar." Meu corpo relaxa um pouco quando percebo que é Brandon e não o monstro do meu sonho. Memórias da minha mãe desaparecem. A floresta se dissipa no ar em torno de mim. Cheiros, sons, dor… todos eles fogem e me deixam em paz. "Lá está ela", ele murmura e pressiona um beijo na minha testa. Só então posso perceber a nossa posição. Ele está em cima de mim, seu pau pressionado contra minha boceta nua com apenas o tecido de seus boxers impedindo-o de empurrar para dentro de mim. Minhas pernas em torno de seus quadris. O forte aperto dele em meus pulsos prendendo na cama em ambos os lados da minha cabeça. "Brandon..." Eu começo, mas ele me silencia com um beijo suave nos meus lábios. Ansiedade espalha por mim e meu coração troveja dentro do meu peito como se pudesse explodir a qualquer momento. "Eu vou cuidar de você, baby", ele murmura contra a minha boca. "Sempre." Um tremor ondula através de mim quando o aperto fica mais forte. É o suficiente para me jogar para fora do meu torpor. "Saia de cima de mim!"


Ele empurra para longe e olha fixamente para mim, choque transformando suas feições. Você pensaria que eu tinha acabado de dar um tapa nele. Se ele não libertar minhas mãos, eu vou fazer isso. Mas ele rola para fora e para longe de mim, dor contorcendo as suas feições. "Eu não sou ele", sufoca. "Eu não sou a porra de um monstro. Eu te amo." Saio para fora da cama e me afasto em direção ao banheiro. Mas é quando eu ouço suaves e masculinos soluços que começam a doer por dentro. Ele tem razão. Ele não é um monstro como Gabe. Mas ele não é o brincalhão, inocente menino que deixei para trás também. O Brandon que eu conhecia antes nunca me forçaria a nada. Nunca tomaria qualquer coisa de mim, se eu não estava pronta para dar. Eu deveria estar grata a Brandon. E eu estou. Ele está aqui quando ninguém mais está ou poderia estar. O homem, e sim, ele é todo homem agora, só quer cuidar de mim. Me amar. Mas por que ele não consegue entender que agora eu só preciso do meu amigo? "Sinto muito", eu sussurro e continuo caminhando para o banheiro no escuro. "Eu tenho pesadelos com ele e as coisas que ele fez para mim. Eu estava assustada." Ele sobe para fora da cama e avança para mim. Seus braços fortes me envolvem e me puxam para o seu peito esculpido. "Está bem. Você está encharcada de suor. Tome um banho e vai se sentir melhor. Vou pegar uma garrafa de água para quando você sair." Quero ser grata por sua gentileza. Quero ser capaz de aceitá-lo pelo que ele é. Deixo escapar um suspiro quando ele beija o topo da minha cabeça. Ele me deixa para ir para a cozinha. Fazendo meu caminho para dentro, eu ligo a luz do banheiro e chuto uma toalha descartada para fora do caminho. Eu tranco a porta atrás de mim e olho para o espelho. Meu cabelo secou do meu último banho e está uma bagunça em cima da minha cabeça. Olheiras pintam a minha da carne sob meus olhos. Um rasgo está em meu


lábio inferior e lágrimas mancham meu rosto. Eu estou esmagada sob o peso de tudo o que aconteceu comigo. Eu torço meu cabelo em um coque rápido e, em seguida, ligo o chuveiro. Segundos mais tarde, eu estou de pé sob o pulverizador quente, esperando para lavar meus pesadelos para sempre. Eu rapidamente limpo meu corpo, mas quando eu levo a toalha entre as minhas coxas, eu me encolho. Minha boceta se sente um pouco dolorida como se eu tivesse tido sexo recentemente. Mas a última vez que tive foi na noite anterior com Gabe. Um tremor ondula através de mim e eu afasto outro pesadelo, quando uma sensação escura de mau presságio toma conta de mim. Com tudo o que aconteceu, meu corpo estava fora de sintonia. Os hormônios da gravidez e tudo isso. Lembro-me de adormecer com Brandon, enrolado atrás de mim protetoramente. Acordar, entrelaçada nele, como se tivéssemos tidoNão. Ele não faria isso. Tanto quanto eu sei que ele quer, ele nunca me violaria assim. Eu preciso parar de pintá-lo como um vilão e acreditar que ele é como um amigo. Talvez ele tenha tido um sonho molhado, enquanto eu estava tendo outro pesadelo. Eu tenho que rir da ironia. Porque se não o fizer, eu vou começar a chorar. Eu vou cuidar de você, baby. Lembro-me de suas palavras, assim que ele me arrancou do sono. Eu tenho que confiar que ele está fazendo exatamente isso. Mesmo que eu não confie em ninguém agora. Eu preciso de um amigo. Incrivelmente muito. Quando a água esfria, eu saio para fora e começo a secar. Então eu ouço. Gritos. E se Gabe se soltou e está ferindo Brandon? O pânico se instala. Eu não posso perder Brandon também. Minha decisão desesperada de sair desta cabana há dois dias me atravessa me atingindo diretamente. Eu posso não confiar inteiramente em Brandon. Ele pode estar me enganando, eu farejo isso de alguma maneira. Mas ele é


tudo o que eu tenho. Eu não deixarei Gabe levá-lo de mim. E eu não vou perder ele agora, porra. Sem perder tempo, eu corro do banheiro nua e pelo corredor. Eu me empurro para a cozinha, mas, em seguida, paro em um impasse. Os olhos verdes de Brandon estão brilhando de uma raiva maníaca. Seu cabelo está encharcado de suor e seus ombros trêmulos com a respiração pesada enquanto ele arrasta Gabe de sua cadeira para o buraco do porão. Eu abro a minha boca para implorar-lhe para parar, que se Gabe não me diz o que aconteceu com meu pai, eu nunca vou ter nenhuma resposta. Mas em vez disso, eu fico lá parada, atordoada em silêncio e estendendo a mão para ele. Os olhos escuros de Gabe encontram os meus e eles estão tristes. Ele fala com a boca que ele sente muito antes de ele cair pesadamente no buraco. O nojo doentio ressoa uma e outra vez na minha cabeça. Cadeira partindo. Ossos quebrando. Uma e outra vez. Não há outros sons. Nenhum movimento ou gemidos ou ruído de qualquer tipo que siga o som de sua descida. Eu odeio o Gabe. Detesto sua existência. Mas eu queria que ele sofresse. Humanamente. Na prisão. Pensar sempre sobre seus crimes e pagar por eles durante sua vida. "O-O-O que você fez?" Eu gaguejo e encontro o brilho enfurecido de Brandon. Passando por ele, eu faço o meu caminho para o buraco para o qual Gabe foi empurrado. Eu caio de joelhos e olho para dentro. Meu estômago aperta em um punho enquanto eu seguro no chão para evitar arremessar para dentro do buraco com ele. Gabe deitado de lado de frente para a escuridão do porão. Um conjunto de formas de sangue em torno do meio de seu corpo e ele está imóvel. A cadeira partida em vários pedaços ao redor ele. Seu pescoço parece estar virado de uma forma estranha e eu me


pergunto se ele o quebrou no momento do impacto. Lágrimas estão escorrendo pelo meu rosto e eu, com raiva, limpo-as com a palma da minha mão. Pego a porta do porão, eu fecho-a e, em seguida, tranco-a. Eu não posso olhar para o seu corpo quebrado por mais tempo. Com um grito de frustração, eu luto para ficar de pé e caminho para onde está Brandon. "Por quê? Por que você fez isso?" Exijo, lágrimas frescas e quentes perseguindo as anteriores, correm para o meu queixo e gotejam para os meus seios. "Você o matou!" Seus olhos estão avidamente olhando para cima e para baixo na minha forma nua antes de eles voltarem para os meus marejados. Eles suavizam com a vista e ele lentamente se aproxima. "Os pesadelos não parariam até que ele estivesse morto, Baylee. Eu estou curando a si mesma. Estou consertando você, baby." Fúria explode dentro de mim e eu ataco. Meus punhos se tornam pequenas armas de destruição quando eu tento bater e por algum sentido nele. Quando minhas mãos não parecem estar a fazer o trabalho, eu começo a empurrá-lo. Ele me permite empurrá-lo contra o balcão. Dou um tapa no rosto dele e estou prestes a agarrar seus estúpidos globos oculares quando ele arrebata ambos os pulsos e me puxa para ele. Seu rosto está vermelho brilhante, raiva torcendo o seu rosto em algo feio e odioso. Eu quero arrancar o olhar do seu rosto. Eu balanço a cabeça para ele e empurro meus pulsos de seu alcance. "Não me toque. Você pode dormir no sofá essa noite que nada vai me fazer importar", eu falo para ele. "Eu não quero falar com você agora." A raiva começa a desvanecer de suas feições. Seu rosto cai em uma careta, claramente com o coração partido, enquanto eu vou para o quarto. Uma vez dentro, eu tranco a porta e, em seguida, rastejo na cama. Dessa vez, quando eu sonho, Brandon toma o lugar do monstro. E este novo monstro é igualmente aterrorizante.


Os pássaros cantando fora da janela me acordam de madrugada. Meu corpo inteiro dói de tanto chorar e do esforço. Com Gabe morto, eu estou pronta para sair desse buraco do inferno de uma vez por todas. Talvez Brandon tenha me feito um favor. Embora eu nunca vou deixar que ele saiba disso. Mas por ele se livrar do nosso vilão, talvez agora eu posso seguir em frente. O problema é que eu não quero seguir em frente. Eu quero ir à polícia. Dizer-lhes sobre a cabana e tudo sobre Gabe. Expor o tráfico de exploração sexual, mas deixar o nome de War de fora. E o mais importante, eu quero encontrar Land. Se eu não puder contar com Brandon, eu sei que posso contar com Land para me ajudar a encontrar o meu pai. Ele vai me querer na sua vida quando ele souber que estou carregando uma parte de seu filho. E a vida vai ficar melhor. Eu posso controlar isso. Eu não podia controlar o que Gabe tirou de mim. Eu não podia controlar a morte de minha mãe. Eu não podia controlar o destino de War. Eu não podia nem mesmo ganhar as respostas que eu queria e o encerramento que eu precisava para pôr um fim em toda esta bagunça. Mas eu vou cuidar de mim de agora em diante. E eu vou controlar isso. Uma batida suave na porta me faz saltar. Eu rapidamente visto minhas roupas de ontem antes de abri-la. O rosto de Brandon está contorcido com culpa e arrependimento. Ele descansa seus antebraços na entrada da porta e inclina-se para o quarto, com os olhos nos meus. "Baylee", ele murmura. "Eu sinto muito." Eu reúno a camisola da minha mãe, minha roupa de dormir e a moldura. Ignorando-o, eu coloco-os todos em minha pequena bolsa, fazendo-a ficar cheia. "Leve-me para a polícia. Agora."


Ele deixa sua posição na porta e vem até mim. Recuso-me a mostrar fraqueza e eu endureço meus ombros, olhando-o nos olhos. Quando sua mão me alcança, eu afasto-a. "Nós não podemos fazer isso", diz ele com um suspiro de frustração. "Eles vão levá-la para a cadeia." Eu rolo meus olhos. "Eu vou me arriscar." Ele rosna e corre os dedos pelo cabelo. "Ouça, baby. Vamos conversar sobre isso primeiramente." "Não. Não há nada a dizer. Você matou um homem. Eu lhe disse para não machucá-lo. Eu lhe disse que precisava de respostas. Mas você fez o que diabos você queria de qualquer maneira. Eu preciso de algum espaço de você." Tento passar por ele, mas ele agarra meu pulso. Seus quase brilhantes olhos verdes encontram os meus e as sobrancelhas se juntam. "É exatamente por isso que não pode ir à polícia." Com um acesso de raiva, eu empurro meu braço de seu aperto. "Achei que você estava preocupado comigo sendo levada para a cadeia. É a sua própria bunda que você está procurando preservar? Bem, essa merda é difícil. Além disso, foi autodefesa, Brandon. Não foi?" "Ele estava amarrado, baby, e ele estava coberto de cortes e contusões que nós demos. Eles vão vê-lo como assassinato premeditado ou alguma merda. Você não pode deixá-los me levar para longe de você agora. Não depois de tudo o que passamos." Culpa tenta amenizar a minha raiva, mas eu não deixo. Não dessa vez. "Ou você me leva a polícia ou eu vou encontrar meu próprio caminho. A escolha é sua." A raiva pisca nos olhos de Brandon antes que ele possa esconder e libera um suspiro de derrota, sua mão esfrega o rosto. "Porra, Baylee! Você não está me ouvindo?" Eu sacudi para trás porque no segundo seguinte, ele está no meu rosto, as mãos segurando meus braços, me sacudindo. "Nós não podemos ir a fodida polícia. O tempo todo que você se foi, eu tentei ter a ajuda deles. Todo o tempo, caralho. Eles não


acreditaram em uma palavra que eu disse. Eles só estavam interessados em falar comigo quando a aberração que comprou você foi morto. Nós não temos nenhuma prova. Não temos testemunhas. Meus pais com certeza não vão ajudar, e-" Ele se contém e reduz seu tom. "E os seus também não podem, baby. Você quer respostas? Você quer encontrar o seu pai? Bem. Vamos para San Francisco e começar a perguntar ao redor. Estou com você. Mas temos que resolver esse assunto nós mesmo, sem envolver a polícia." Eu movo o meu olhar de Brandon, e olho para um dos meus braços que ele ainda está espremendo. Seus movimentos são brutos quando ele me liberta e dá um passo para trás, quase como se ele não tivesse sequer percebido que ele estava me segurando tão apertado. "Bem. Eu só quero sair dessa cabana. Podemos descobrir o restante, uma vez que estejamos na estrada." Um sorriso ilumina seu rosto e ele concorda. Eu saio do quarto para que ele possa fazer as malas e passo os próximos minutos em pé perto do buraco da cozinha. A porta do porão ainda está fechada e travada. Uma parte de mim quer abri-la e espreitar para o abismo escuro. Eu quase esperava que ele estivesse ali com os braços cruzados sobre o peito volumoso esperando por mim para atirar a corda para que ele pudesse sair. Mas a menina dentro de mim se recusa a abrir a porta. Eu sei que ele não vai estar lá. Ele vai estar enrolado e rígido na mesma posição da noite passada. E eu não posso vê-lo assim. Eu não sou forte o suficiente para lidar com a finalidade disso. Eu não deveria sentir remorso ou tristeza. Eu não deveria sentir culpa. Eu não deveria me sentir como se eu fosse explodir em lágrimas a qualquer momento de ter perdido outra pessoa em minha vida. Uma lágrima quente percorre o meu rosto, embora, e eu deixo escapar um soluço. Gabe tinha se tornado um monstro, mas por dez anos, ele não era. Eu sei, no fundo, que ele me amava. Mesmo que o amor nascesse de algo doente. Não faz sentido para mim, mas meu coração ainda dói.


Eu considero algumas das suas últimas palavras. Como ele tentou me alertar sobre Brandon sendo perigoso. Era quase ridículo, considerando a fonte, uma fonte que roubou uma menor de idade, forçou-a a ter relações sexuais com ele, vendeu-a, apenas para capturá-la mais tarde e matar a pessoa para quem ele a vendeu. Gabe tomou e tomou e tomou. Mas, naquele momento, ele deu. E, em seus momentos finais, ele deu também. Quando ele me disse que ele estava arrependido. O que significa tudo isso, eu nunca vou saber. Limpando uma lágrima, eu balanço minha cabeça. Estes são os hormônios da gravidez falando. Provavelmente não significa nada. Foi provavelmente apenas mais um de seus jogos de sua mente distorcida. Não há nenhuma maneira de eu lamentar a perda de Gabriel Sharpe. Ele levou a minha inocência, levou o meu amor, e quem sabe o que mais? Tudo o que ele me deu em troca era mágoa e dor. E o monstro que ele criou. Ele me deu o dragão. Ele me deu Brandon.

"Para onde estamos indo?" Eu questiono quando entramos para a via que nos levará para San Francisco. "Eu pensei que eu poderia levá-la as compras e que poderíamos ficar em um desses hotéis com vista para a ponte Golden Gate. Eu sempre planejei levá-la lá para o seu 18º aniversário. Mas então..." Sua voz diminuiu e eu me arrisco a dar um olhar para ele. Seus traços são mais inocentes e reminiscentes do menino que eu conhecia. Talvez ele precisasse sair daquela cabana também, porque, agora, em sua caminhonete com o sol filtrando através do para-brisa, ele se parece com o Brandon que eu me lembro.


"Então Gabe arruinou tudo. Eu sei", eu digo com um suspiro de frustração. "Nós vamos procurar o meu pai lá também, certo?" Ele solta uma respiração profunda. "Claro que vamos. Tudo bem?" Balançando a cabeça, eu chego na minha bolsa e retiro a foto de meus pais que Brandon tinha me dado. Mamãe está impressionante, como de costume, e meu pai está feroz e bonito. Meus olhos brilham de inocência na foto, e eu sinto falta da menina que eu uma vez fui. Um dor forma no meu peito enquanto eu percebo que não tenho nada que me lembre de War. Nada de imagens. Nada de algo que eu possa me lembrar dele. Nada. "Isso foi rápido", diz ele com um sorriso. "Você e seu amor por presentes." Eu solto um sorriso e salto na cama ao lado dele, com cuidado para não tocá-lo. Uma vez que eu estou pronta, ele abre a palma da mão para cima para que eu possa olhar. No interior estão dois brincos de ouro rosa na forma de um coração com a letra B dentro dele. "Isto é muito," eu digo suavemente e abro minha mão para que ele possa coloca-los dentro. Ele me pisca um sorriso tímido enquanto ele oferece-os. "No primeiro dia, quando você ansiosamente olhou para o oceano e escreveu sua inicial com um coração em torno dele no vidro nebuloso, eu tinha estado um pouco fodido por você estragar o meu limpo vidro. Mas então…" "Eu nem me lembro de ter feito isso. Costumava deixar o meu pai louco quando eu escrevia nas janelas de seu carro, mas minha mãe sempre disse que eram pequenas notas de Baylee, e que ele devia apreciá-los." A minha voz oscila e eu engulo a emoção ao pensar sobre suas palavras. "Bem, eu apreciei. Pela primeira vez, eu não queria a perfeição", diz ele, "Eu queria algo melhor do que a perfeição. Eu queria você." Meus dedos trilham até meu pescoço e eu toco suavemente os brincos que ele me deu. Lágrimas borram o mundo em torno de mim, mas um sorriso se forma nos meus lábios. Seu doce presente e seu filho. O que mais eu poderia pedir além de sua presença quente e forte? Teria que servir. Eu


teria que fazer isso. Por ele. Por nós. "Você nunca me falou qual vizinho disse que o meu pai foi para San Francisco," murmuro e movo meus olhos até ele. "Não foi Gabe, isso nós já sabemos. Foi a Sra. Stephens?" Seu corpo enrijece e ele me lança um olhar nervoso. "Sim", diz ele com um grunhido, "mas então eu também encontrei um bilhete, dizendo a mesma coisa quando eu fui pegar suas coisas. Eu acho que ele deixou isso para você em caso de você voltar para casa." Um bilhete. Engraçado como ele está apenas agora me contando sobre o referido bilhete. Eu franzo a testa enquanto tento imaginar o meu pai me deixando esse bilhete. Não é seu estilo. Eu também tenho dificuldade em acreditar que ele deixaria a nossa casa depois de recentemente ter perdido a minha mãe, para ir a um lugar onde eu nem estava, para procurar por mim. Ele não tinha ideia de onde eu estava, então por que ele iria procurar em San Francisco. Porque não bastou ir à polícia? "Hmmm." Ele encolhe os ombros, como se ele não soubesse muito mais sobre o assunto, então eu o deixo em paz. Eu definitivamente vou envolver a polícia para ajudar a encontrar o meu pai. Algo não está bem e eu preciso de respostas. O resto da viagem é calma e quando os pilares começam a ser avistados enquanto nós dirigimos ao longo do Embarcadouro2, ele se vira e me dá um sorriso. "Sopa de Clam3 para o almoço?" Meu estômago ronca e eu me lembro que eu estou comendo por dois. Eu aceno e lhe ofereço um sorriso para acalmá-lo. "Certo."

2 3

Embarcadouro: lugar onde se embarcam e desembarcam passageiros e carga transportados por navio Sopa Clam: uma sopa feita com mariscos, especialmente, vôngole.


Paz


"COMO ESTÁ se sentindo?" Minha enfermeira pergunta. "Você precisa de um pouco mais de água?"

chamada

Cathy

Eu tremo, me perguntando de onde a água vem. Tem sido adequadamente purificada? Foi envenenada pelos germes de alguém tossindo muito perto da fonte de água? Minha mente começa a ir para os lugares negros que rasgam a minha sanidade. Mas, antes de eu deixar isso me comer vivo, eu foco nela. Não na enfermeira Cathy, mas nela. Minha Baylee. Alcanço o meu copo, eu puxo-o para os meus lábios e saboreio. "Eu ainda tenho muita. Obrigado." Minha voz está rouca depois de ter tirado o tubo na minha garganta, mas eu me sinto muito mais livre. O meu pai teve que sair para se encontrar com um cliente, mas deve voltar novamente a qualquer momento. "Bom", ela diz e sorri para mim. "Essa manhã nós vamos fazer algumas terapias pulmonares. O doutor quer que você saia dessa cama e faça alguma atividade leve. Vamos começar por tirar esse cateter e ir ao banheiro. Você é um garoto grande e forte. Você consegue fazer isso." Estremeço quando ela chega até mim, mas estou grato que ela esteja usando um par de luvas de látex. As obsessões correndo soltas na minha cabeça são de


enlouquecer, mas algo maior, mais importante está lá. Minha Baylee. Então, com pensamentos sobre ela em mente, eu aceito a ajuda de Cathy. Outra enfermeira entra no quarto e fecha a porta atrás dela. Fodidos hospitais. A qualquer momento eles fazem algo invasivo, há sempre uma testemunha. Para garantir que os enfermeiros, como a enfermeira Cathy, não vão me molestar ou algo assim. Só prolonga o processo e, por isso, a minha inquietação continua. Cathy remove o cateter enquanto eu faço uma careta e gemo. O peso no meu peito ainda parece como se um homem adulto estivesse sentado em cima de mim. Cada respiração que faço é curta e difícil. Ela me garantiu que isso é normal e que meu corpo vai curar enquanto eu continuar a ajudá-la. E eu vou. Vou fazer o que for preciso. "Bom menino", ela canta como uma mãe elogiando uma criança, depois que eu urino para dentro do recipiente de plástico anexado ao assento do vaso sanitário. Isso queima como o inferno. "Você fez mais do que eu esperava." Sua mão me dá um tapinha no meu ombro e eu estremeço reflexivamente ao seu toque. Baylee. Baylee. Baylee. Eu expiro o estresse de seu toque e me concentro nas terapias. Nós passamos uns bons vinte minutos fazendo exercícios simples ao lado da cama quando o meu pai regressa. Stark segue atrás dele com o parceiro nojento dela. Porra, graças a Deus não há palito na boca dele. "Sr. McPherson. Tão feliz em vê-lo de pé nesta bela manhã", ela emite um som, demasiado energético para início do dia. Meu pai sacode a cabeça e revira os olhos. "Parece que terminamos a terapia por um par de horas, menino grande," diz Cathy e me ajuda a voltar para o leito. Ela apressa-se a sair e eu viro em direção a Stark com expectativa. Seus cabelos longos e castanhos caem na frente de seus seios. Ela está usando um terno cinza e preto. A mulher é realmente muito bonita para a sua idade. Eu acho que ela está perto da idade do meu pai. Seus olhos escuros


me sondam, estreitando como se pudesse abrir o topo da minha cabeça e olhar para dentro. Eu ficaria feliz em mostrar-lhe a escuridão se ela prometesse levar alguma com ela quando ela sair. "Sr. McPherson, esse é o meu parceiro Steve Shilling. Eu não tenho certeza se você se lembra dele ou não." Porra, como eu poderia esquecer o seu rabo nojento? "Você ainda estava meio grogue de sua cirurgia", ela diz e, em seguida, franze a testa. "Eu gostaria de lhe fazer algumas perguntas sobre Baylee Winston." "Eu lhe disse que-" Meu pai começa a falar, mas ela o corta. "Tomei a sua declaração, Sr. McPherson, e agora eu gostaria de ouvir a dele." Meu pai deixa escapar um suspiro, mas acena com a cabeça em minha direção. Eu encontro seus olhos e franzo as sobrancelhas. "Baylee não atirou em mim", eu resmungo. "Aquele psicopata, Gabe, atirou." "Gabriel Sharpe?" Sua pergunta é mais uma afirmação. A mulher pode estar me questionando, mas parece que ela sabe mais do que ela está deixando mostrar. "Sim, e ele a levou. Ele pegou minha garota." Ela levanta as sobrancelhas para mim e olha para Shilling. "Você percebe que ela é apenas isso, certo? Uma menina." Raiva borbulha no meu peito. "Ela tem dezoito anos. Fiz algo errado? Por que você está aqui de novo, em vez de procurar por ela?" Meu pai dá passos largos para o meu lado da cama e toca meu ombro. Seu toque me faz endurecer, mas ao contrário de antes, ele me acalma em vez de me enlouquecer. E isso é tudo por causa de Baylee. Sua capacidade de matar os demônios em minha cabeça para que eu pudesse ser um pouco humano. Normal mesmo. Bem, quase. "Calma, filho." "De qualquer forma, sua idade não vem ao caso agora", Stark diz com aborrecimento. "O que eu estou tentando fazer sentido é o seu desaparecimento, o envolvimento de Brandon Thompson, o envolvimento de seu vizinho, e o súbito desaparecimento de seu pai. Além disso, eu gostaria de


perguntar mais sobre o tráfico de exploração sexual ao qual você fez alusão em seus e-mails. Como você chegou a adquirir a senhorita Winston, Sr. McPherson?" Sua questão faz a minha cabeça girar e meu pai me encara, balançando a cabeça. "Talvez devêssemos entrar em contato com o nosso advogado", diz ele com um rosnado. "Você não tem o direito de aparecer aqui e acusar o meu filho de qualquer coisa. Ele é inocente em tudo o que você está deduzindo. Warren amou aquela menina e ela o amava de volta. Ele a protegia daquele bastardo e cuidou dela enquanto o seu próprio pai virou as costas para ela. Você está latindo para a árvore errada, detetive." Um sorriso brinca em seus lábios. "Apenas me diga o que você sabe para que possamos fazer o nosso trabalho para encontrar a menina desaparecida e para colocar esse louco atrás das grades." Arrastando meu olhar do dela, eu inspeciono a bandeja na minha mesa de cabeceira com desgosto. Eu posso lidar com a compota de maçã, mas essa merda de caldo de galinha parece mortal. Eles vão ter que bater na minha bunda e derramá-lo na minha garganta, porque eu não vou de bom grado permitir isso em qualquer lugar perto da minha boca. "Sr. McPherson..." Ela fala, sacudindo minha atenção da abominação que eles querem que eu ingira. "Eu, er... salvei-a daquele lugar. Eu pensei que eu estava doando para um hospital, alguma fundação pediátrica. Minha irmã morreu quando minha mãe a teve prematuramente. Foi a minha forma de contribuir para outras famílias em necessidade." A mentira tropeça de minha língua, mas eu não vou para a prisão. Eu vou morrer antes que isso aconteça. Não com Baylee lá fora em perigo. "De qualquer forma, eu levei Baylee a minha casa. Ela me contou tudo sobre como Gabe a levou direto do seu quarto para uma cabana no meio do nada, a estuprou repetidamente, e depois vendeu-a para uma rede de exploração sexual chamada White Collar Trade, que foi escondida sob a fachada de um levantamento de fundos pediátrico."


Shilling escreve meu testemunho enquanto Stark acena e se aproxima de mim. Eu não vacilo e faço o possível para permanecer resolutamente composto. A última coisa que eu preciso é que ela sinta a minha fraqueza e mexa com minhas doenças mentais. Meu olhar encontra o olhar irritado do meu pai, mas ele balança a cabeça para eu continuar. "Forrester 'Buck' Whitehead era o nome dele," eu digo a ela. "Foi para a mulher dele que eu doei. Você deve ser capaz de encontrar o registro da transferência de fundos. Eu não tenho certeza se você sabe disso ou não, mas ele foi assassinado. Gabe o matou para descobrir onde Baylee estava escondida. Ele sabia que eles teriam pelo menos o meu nome." Seu parceiro continua anotando tudo, mas a um ritmo mais apressado. "Nós vamos olhar para isso", diz ela e franze a testa. "O que você sabe sobre Brandon Thompson?" Encolho os ombros e isso puxa as incisões no meu peito. Fazendo caretas, atiro-lhe um olhar de dor. "Não muito. Além de que ele era o namorado de Baylee... antes." Eu olho para cima para encontrar os dois detetives olhando para mim com expectativa. Detective Shilling parou de anotar, a caneta suspensa no ar como se estivesse esperando que eu continuasse. "Nós ficamos próximos enquanto ela ficou comigo. Tempos depois de ela ter feito dezoito anos, nós nos apaixonamos. Eu vou casar com ela e protegê-la assim que encontrá-la." O olhar de Stark amolece. "Você acha que Brandon poderia ter algo a ver com o desaparecimento de Baylee?" Eu balancei minha cabeça. "Não, eu não penso assim... ele é apenas uma criança. Gabe veio só por ela." "Você pode nos dizer alguma coisa sobre o paradeiro de Anthony Winston?" Minha mente está zumbindo. "Não. Onde está sua mãe? Talvez eles tiveram que sair da cidade porque eles encontraram um dador?"


Ela suspira e balança a cabeça. "A senhora Winston faleceu alguns meses atrás. Insuficiência hepática. Nada de jogo sujo". Eu tento me sentar, mas fico tonto. Minha mente está correndo enquanto eu tento juntar o que ela está me dizendo. "O que fez você me perguntar se eu achava que Brandon tinha algo a ver com isto?" Seu parceiro e ela trocam um olhar. Stark limpa a garganta antes de continuar. "Descobrimos Brandon na residência Winston dois dias atrás. Ele estava agindo de forma estranha e estava com pressa para sair." Ela encolhe os ombros. "Você acha que ele estava lá o tempo todo? Todo esse tempo, enquanto Baylee esteve desaparecida?" Stark endurece e seus olhos escuros encontram os meus. "Temos nossas suspeitas de que ele pode ter estado. Estamos também preocupados com Anthony Winston. Ele é uma pessoa de grande interesse para nós e está desaparecido." Corro os dedos pelo meu cabelo bagunçado. "Eu tenho enviado dinheiro para eles, para ajudar a mãe dela. Eles o tem sacado também. Isso não faz sentido. Baylee não sabia que ela morreu. Jesus," eu gemo e fecho os meus olhos. "Ela vai ficar fodidamente eviscerada." "Shilling, precisamos verificar o dinheiro. Siga a trilha", ela grita para ele sobre o ombro dela. Balançando a cabeça, eu reabro os olhos. "Alguma coisa está errada aqui. Eu criei para Baylee um e-mail seguro para que eles soubessem que ela estava bem, enquanto eu a mantinha a salvo de Gabe. Seu pai respondia, mas ela disse que ele soava diferente em suas respostas. Irritado e exigente. Eu tinha assumido que era Gabe tentando atraí-la de volta para suas garras. Mas agora, eu não sei." "Como você sabe que o dinheiro estava sendo retirado, Sr. McPherson? Se você codificou, você não saberia se ele estava sendo gasto ou não." Seus olhos estão indo para frente e para trás enquanto ela tenta descobrir o que diabos está acontecendo.


Eu suspiro e olho para o meu pai que está franzindo a testa. "Eu sou," eu digo, parando para escolher a palavra menos incriminadora, "bem engenhoso quando se trata de computadores. Eu segui a trilha e notei que o dinheiro estava sendo retirado. Baylee e eu assumimos que era para o benefício de sua mãe". Stark coloca a mão em seu quadril e me envia um aceno conhecedor. "Então você era engenhoso," ela repete com cuidado, "da mesma maneira que você era engenhoso para encontrar uma maneira e entrar em contato comigo de uma maneira indetectável?" Concordo com a cabeça e dou uma mordida na esquecida maçã que ainda estava parada na bandeja do meu café da manhã, esperando que empurre a bile na minha garganta. Essa merda é complicada e cada segundo que passa, Baylee está em mais perigo. "Sr. McPherson," ela diz duramente. "Eu não sou idiota. Tenho razões para acreditar que você pode ter estado conectado em algumas atividades ilegais. No entanto, eu não sou alguém para deixar passar uma oportunidade de trazer uma criança molestada e levar um predador sexual à justiça. Além disso, eu não sou alguém que ignora uma pista para derrubar todo um tráfico de exploração sexual. Então, eu vou levar sua palavra de que a senhorita Winston era de fato sua namorada e que ela estava hospedada com você como sua convidada, consensualmente. Até que ela me diga o contrário ela mesma, eu vou usar a sua ajuda nessa investigação." Meu pai e eu trocamos um olhar confuso antes dela continuar a falar. "É por isso que eu vou ter de usar seus recursos para nos ajudar. Você está pronto para seguir qualquer pista que você tenha sobre o Sr. e Sra. Whitehead, do White Collar Trade, as informações financeiras de Anthony e Lynn Winston, detalhes sobre Brandon Thompson e seu paradeiro, e tudo o que puder recolher de Gabriel Sharpe?" Franzindo as sobrancelhas, eu aceno. "Claro que eu estou. Eu quero trazer a minha garota para casa." "Bom. Meu chefe pediria minha cabeça em uma bandeja se eu trouxesse os federais para isto. Eu não quero a


ajuda deles, eles pisam através de toda essa investigação com a besteira burocrática e vamos ser removidos. Nossas chances de encontrar Baylee será menor, porque eles vão se concentrar no WCT4, não nela. Além disso, essa história vai trazer atenção da mídia nacional para a nossa delegacia. Poderíamos finalmente obter o financiamento que é preciso para colocar um técnico analista forense na folha de pagamento, que nessa era digital, é necessário. No momento, não temos um, e é por isso que eu nunca consegui encontrá-lo depois que você enviou os e-mails. Mas agora, temos um trabalho de graça. Você fará, certo?" Shilling e Stark olham para mim com expectativa em seus olhos. O meu pai está franzindo a testa e agora anda com os braços cruzados sobre o peito. Mas quando ele olha para mim com os lábios apertados em uma linha fina e balança a cabeça firme, eu viro meu olhar de volta para Stark. "Sim", eu garanto-lhe. "Vou fazer o que precisa ser feito desde que nós tenhamos Baylee de volta." Ela sorri para mim, mas quando meu pai para de andar para olhar para ela, seu sorriso desaparece. "Meu filho não vai para a cadeia por isso", diz em um tom frio e aponta para mim. "Você precisa nos dar a sua palavra que ele não vai estar implicado de forma alguma por seu envolvimento." Stark olha para Shilling e assente. Seu sorriso se foi, mas ela parece muito bem com o seu pedido e se aproxima de minha cabeceira. Sua proximidade me enerva, mas eu cerro os dentes e mantenho a postura. "Sr. McPherson, com a sua ajuda nesse caso, estaria disposta a fornecê-lo com imunidade em troca de sua ajuda. Afinal de contas, nós não somos os peixes maiores aqui. Gabriel Sharpe e o WCT são as maiores baleias no Pacífico. Pegamos o Sharpe, pegamos a sua menina. Nós derrubaremos o WCT, e nós conseguiremos um monte de garotas de volta."

4

WCT ou Written Communication Test (Teste de Comunicação Escrita): é a habilidade do policial traduzir os fatos/ocorrido, em papelada, é como se fosse um registro policial aqui. A Stark fica ironizando o fato dos federais só mexerem com papelada.


"O médico diz que ele vai estar aqui no hospital por mais uma semana, talvez duas," meu pai interrompe nossa conversa. "E de jeito algum ele não estará ajudando agora e-" Eu encontro o seu olhar com um olhar sério. "Eu vou fazer isso. Pai, eu posso acessar tudo que eu preciso do meu laptop e posso começar a trabalhar aqui no hospital. Dê-me isso, meu telefone e meu acesso sem fio. Vou dar-lhes o que eles precisam para ajudar a encontrar Baylee." Ele geme, mas acena com a cabeça em resignação. "Claro, War." Stark dá um tapinha no meu joelho e sorri. Estou chocado que eu não me encolhi com seu toque. Mas minha mente não está nela. Ela está voando através de códigos e possibilidades. Minha mente está contando números, recordando artigos sobre crimes sexuais na Califórnia, e contemplando milhares de diferentes caminhos que eu posso encontrar na Internet para explorar as partes envolvidas. Derrubar esse tráfico de exploração sexual era um desejo de Baylee. Ela mencionou isso para mim em várias ocasiões. Se eu puder ajudar a lhe dar isso e trazê-la para casa ao mesmo tempo, eu vou. Tudo por ela. "Obrigada", ela diz e puxa um cartão do bolso do peito. Ela joga-o em cima da mesa e estende a mão para mim para aperta-la. "Manteremos contato. Arranja-me qualquer coisa e tudo o que você puder encontrar." Meus olhos caiem para a mão esbelta. As unhas estão limpas e polidas. Ela não parece ter doenças rastejando, ao contrário de seu parceiro. Com hesitação, eu empurro meu medo para baixo e aperto a mão aquecida. O aperto de mão é breve, graças a Deus, e então ela me libera. Eles partem sem outra palavra e meus olhos viajam para encontrar os olhos preocupados de meu pai. Minha mão treme de medo residual por tocá-la, mas eu me forço a não obcecar sobre isso. Em vez disso, eu tomo outra colher da minha compota de maçã enquanto eu penso sobre ela, minha Baylee. Lindos olhos azuis. Sorriso doce. A compaixão que irradia dela como um milhão de raios mais brilhantes do que a porra do sol.


Engulo a comida, eu olho para o meu pai e aperto minha mandíbula. "Nós vamos tê-la de volta." Seus lábios pressionam em uma linha firme e ele concorda. "É claro que vamos, meu filho." A polícia pode querer o maior peixe para fritar, mas eu não. Eu quero a minha Baylee. O meu coração. A minha paz.


"NÃO

TOQUE

na minha namorada," Eu rosno, saliva pulverizando seu

rosto. O vendedor da loja de departamento tem o senso de parecer envergonhado e sacode a mão do braço dela e levanta ambas as palmas para cima em defesa. Eu estava assistindo ambos rirem durante os últimos cinco minutos, quando ele mostrou estilos diferentes de calças jeans para ela olhar e ele estava fodidamente me irritando. "C-Cara", ele gagueja, "eu estava sendo amigável." "Ela não é sua para ser amigável," eu grito. Braços finos envolvem em torno de meu meio e tentam me afastar. "Pare com isso, Brandon." Eu relaxo em seu abraço. "Pense duas vezes antes de dar em cima de uma garota que já tem dono." "Eu não estava dando em cima de sua garota, cara", diz ele e atira a Baylee um olhar de desculpas. "Eu sou gay." Ele lhe dá um aceno estranho e vira-se para nos deixar. "Obrigado por toda a sua ajuda", ela exclama enquanto ela me solta e sai furiosa.


Caralho. Eu sigo atrás dela e vejo quando ela, com raiva, arrebata todos os seus sacos cheios de roupas e necessidades do banco que eu tinha abandonado. "Podemos ir para o hotel agora?", Ela pergunta e me lança um olhar. "Estou cansada." Franzindo a testa, eu aceno e sigo atrás dela em direção ao estacionamento. Uma vez que carregamos os sacos na caminhonete e entramos, ela se recompôs. "Eu quero o meu próprio quarto." Eu já estou balançando minha cabeça. Foda-se isso. "Não." Ela vira a cabeça para olhar para mim. "Por que não, Brandon? Eu nem sei quem você é. Você é violento e desequilibrado. Eu preciso de espaço." Violento? Desequilibrado? Claro que sou, porra! Ela foi roubada bem debaixo do meu maldito nariz. Eles estupraram e torturaram a minha fodida menina. Foda-se eles e foda-se a sua atitude no momento. Salvei-a, no entanto, ela não tem qualquer gratidão. "Eu não tenho dinheiro suficiente para que você tenha seu próprio quarto. Desculpe." Minha mentira e o tom firme a silenciam e eu coloco a caminhonete na estrada. Eventualmente, ela descobre que tem voz novamente e começa a falar. "Inacreditável", ela murmura e cruza os braços sobre o peito, olhando para fora da janela. A viagem para o hotel é calma. As coisas vão ser rochosas até encontrarmos o nosso caminho novamente. Eu sempre vou ser cauteloso e suspeitar de qualquer um que respire em sua direção depois de tudo o que aconteceu. É meu dever proteger a minha namorada. Eu falhei uma vez e eu com certeza nunca mais vou deixar isso acontecer novamente.


Nós paramos em frente ao hotel. É chique o suficiente para que um valete nos cumprimente. "Boa tarde. Gostaria que estacionássemos o seu veículo enquanto fazem check-in?" O funcionário traz mais de um carrinho e carrega nossas coisas. Baylee permanece praticamente muda, com os olhos abatidos. Eu não deveria ter perdido o controle na loja, eu sei disso, mas eu estava chateado. Aquele filho da puta, gay ou não, tocou-a. Eu sou responsável por ela agora e isso significa protegê-la de todos. "Vamos," eu digo a ela e toco na sua parte inferior, enquanto caminhamos para o hotel. O lobby é todo de tijolo por dentro, mas com uma decoração elegante e moderna para dar-lhe um toque rústico ainda que restaurado. Não há hotéis como este em Oakland e eu estou ansioso para passar algum tempo sozinho aqui com a minha menina. Baylee afasta-se para olhar para uma pintura na parede. É do oceano. Eu vou ter que levá-la a praia em breve. Seus ombros relaxam e ela parece muito mais calma do que estava na caminhonete onde parecia que ela queria arrancar minha cabeça. "Você tem uma reserva, senhor?" A mulher esbelta no balcão pergunta. Ela é bonita, seu cabelo loiro preso em alguma coisa para cima. Os lábios pintados de vermelho fazendo-a parecer como uma prostituta. Uma muito cara, mas ainda uma prostituta. Ela não se compara nem um pouco com a beleza natural de Baylee. Ao fazer contato com os olhos, ela franze a testa. Seus olhos escorregam pelo meu rosto jovem e ela predetermina que eu não posso pagar um hotel tão caro. Está escrito por todo o rosto e isso me irrita. Eu pisco um sorriso fácil, apesar da minha irritação, o que faz com que ela sorria de volta. A verdade é que eu adoraria jogar maços de 100 dólares em seu rosto, mas eu não posso ser um idiota arrogante. Preciso de sua ajuda. "Na verdade, não", eu digo com tristeza, "mas eu realmente quero surpreender a minha namorada com algo extravagante. Esse será o seu presente de aniversário."


Os lábios da garota formam uma linha firme quando ela olha por cima para ver Baylee, que parece impressionante como o inferno em suas calças de ioga simples e meu casaco. Tenho certeza de que ela está arranjando uma maneira de me dizer não. "Eu vejo", ela diz suavemente e bate no computador. "Infelizmente, senhor, parece que realmente não está reservado". E aí está. Eu levanto uma questionadora sobrancelha irritada para ela, mas, em seguida, rapidamente puxo meus lábios em uma careta, fazendo o meu melhor para dar-lhe o olhar de cachorrinho abandonado. Deve funcionar porque ela parece ter ficado embaraçada e seu rosto vira rosa. Prostitutas sequer coram? "Você não tem nada disponível?" Ela mastiga o lábio vermelho. "Bem", ela abaixa a voz. "Temos uma das suítes VIP que mantemos para emergências. Mas é cara, senhor." Eu abro um sorriso para ela. "Eu posso lidar com isso, garota." "Umm", diz ela e, em seguida, suspira, "é de dois mil dólares por noite." "Dois mil por noite!" Baylee murmura enquanto ela se aproxima. "Eu pensei que você não tinha nenhum dinheiro! Não, Brandon, nós estamos indo para o Holiday Inn." Um rosnado me escapa, assustando ambas as mulheres. Eu tiro a minha carteira do bolso e bato o meu cartão de crédito na bancada de granito. "Reserve para toda a semana. A suíte VIP".

A suíte é enorme e tem vista para o Cais dos Pescadores, que está movimentado com a atividade à noite. Há um restaurante onde eu quero levá-la e depois, talvez, nós


possamos ir a uma das lojas para lhe comprar um anel de noivado. O pensamento de deslizar um diamante em seu dedo delgado envia uma onda de emoção através de mim. É isso. Eu sempre soube que eu iria casar com ela, eu só assumi que seria depois da faculdade. Mas, agora que desistimos do ensino médio, não há nenhuma razão para esperar. Quem precisa de faculdade, quando você tem a porra de tudo? Eu dou um sorriso, para a multidão abaixo antes de voltar a olhar para Baylee. Ela está sentada no pequeno sofá na suíte com sua bolsa em seu colo. Os olhos dela não estão vasculhando o espaço bonito ou falando como é fodidamente legal. Em vez disso, ela está torcendo as mãos. "O que está errado? Você não gosta daqui?" Eu questiono e caminho até ela. Ela recua quando me sento ao lado dela no sofá e, assim como todas as vezes antes, isso me irrita. Tudo o que faço é por ela. Tudo. Se ela soubesse das coisas pelas quais já passei. Suportei. As coisas que eu fiz. Os caminhos escuros que eu tomei. Seu pé esquerdo está batendo rapidamente. Estou prestes a repetir a pergunta quando ela diz, "Precisamos ligar para a polícia e dizer-lhes sobre o corpo de Gabe na cabana. Eu estou pronta para dizer-lhes o que sei sobre o tráfico de exploração sexual. Havia algumas pessoas más, Brandon," ela diz, os brilhantes olhos azuis encontrando os meus. "Talvez eles possam ir atrás dos outros idiotas que ainda estão vendendo mulheres em tráfico humano e escravidão sexual lá fora. Essas são mulheres inocentes, Brandon. Mulheres como eu, que foram levadas e vendidas como se fossem mercadorias, em vez de pessoas. Nem todos os compradores são pessoas boas e honestas como War." Corro os dedos pelo meu cabelo e gemo. Ela está defendendo aquela aberração novamente. Ela falar com a polícia não soa bem, mas eu sinto como se ela estivesse escorregando através de meus dedos. A última coisa que eu quero é fazê-la sentir como se eu estivesse a aprisioná-la ou controlá-la. Gabe fez suficientemente isso para durar a vida toda. Baylee é um espírito livre. Independente e forte. Eu preciso dar isso a ela


para que ela volte a confiar em mim. Estamos um pouco quebrados e eu preciso fazer o que puder para corrigi-lo. "Tudo bem, vamos ligar para eles juntos. Você pode falar e eu vou sentar aqui. Vamos jantar depois." Ela balança a cabeça e agarra a minha mão. Seu toque acende um fogo dentro de mim e meu coração bate para a vida. "Eu gostaria de fazer isso sozinha", ela sussurra, lágrimas enchendo seus olhos, fazendo-os parecer minúsculos oceanos do Caribe. "Estou envergonhada com as coisas que aconteceram comigo. Por favor. Deixe-me fazer isso do meu próprio jeito. Você pode ir buscar comida e trazê-la aqui. Não deve demorar muito." Eu cerro os dentes com força suficiente para fazer o meu queixo doer enquanto eu procuro nos olhos dela por alguma mentira. Mas não encontro nenhuma. Eles só refletem a Baylee que eu conheço. A doce, inocente, imaculada pelo maldito mundo cruel. Deus, eu a amo. Eu deslizo a mão em seu cabelo, e em seguida, esfrego a ponta do meu dedo sobre sua têmpora. Ela é tão bonita. Gabe tentou pisar a natureza e o corpo da minha linda menina, mas ela sobreviveu. Baylee não só superou tudo, mas de alguma forma ficou ainda mais atraente. Ela já não é a flor tão delicada que o mundo estava ameaçando esmagar. Não, agora ela está ostentando alguns espinhos e são um inferno de sexy. "Por favor", ela pronuncia e depois se inclina para frente, separando os lábios. Estou tão atordoado que ela está iniciando um beijo que eu não percebo que é exatamente o que é até que seus lábios macios estão pressionados nos meus e um pequeno gemido derrama dela. Ele desliza pela minha garganta e acaricia a pele da minha besta interior. As partes escuras dentro de mim brilham brevemente para a vida. Eu imploro para aprofundar o beijo. Empurrá-la para baixo no sofá e beijá-la como se não houvesse amanhã. Meu


pau implora para eu puxar as calças de ioga de seu corpo e afundar dentro do calor apertado dela. Mas eu não posso. Ela mal aqueceu para mim. Não vou estragar tudo por desespero para marcar e reclamá-la pela primeira vez. Leva tudo em mim, mas eu me afasto do beijo e abro um sorriso. "Claro, baby. Vou pegar alguma comida." Ela sorri para mim, mas por um breve momento algo pisca em seus olhos. Eu não reconheço o lampejo. É escuro e desconhecido. Antes que eu possa identificar o que é, ela chega para a frente e empurra um pouco do meu cabelo dos meus olhos. "Você precisa de um corte de cabelo", diz ela e depois ri. Eu procuro seu rosto por tristeza ou raiva. Ou qualquer coisa. Algo estava lá, mas agora se foi. Agora ela está feliz. Quase muito feliz. "Baby", eu começo devagar, "algo está errado? Você parecia chateada por um minuto." Seus olhos se arregalam e ela morde o lábio inferior. Eu atiro meu olhar para sua boca e anseio por morder ele também. Mais tarde. Definitivamente mais tarde. "Eu estava pensando..." Arqueio uma sobrancelha questionadora. "Onde você conseguiu todo esse dinheiro, Brandon?" Meus olhos separam-se dos dela e eu os fixo na pintura na parede logo atrás. Pinceladas pretas para cima e para baixo. Esquerda e direita. Manchas juntas, tentando esconder a mancha vermelha abaixo. Parece com o meu coração. Como se eu tivesse um pincel preto desesperadamente tentando encobrir o ódio. O que o ódio me fez fazer. "Brandon." Eu sinto o seu aperto na minha mão. "Conte-me."


Com um suspiro, eu encontro os seus olhos. "Eu peguei o seu dinheiro. Daquela aberração com quem você estava. Ele tomou o que era meu, por isso, tomei o seu dinheiro." A amargura áspera na minha voz é nítida e não se destina a machucá-la, mas ela faz isso. Seus olhos se arregalam e seus lábios rechonchudos abrem-se. "O dinheiro que War enviou para a mamãe? Você pegou o dinheiro?" O jeito como ela diz seu nome, como se ele fosse precioso para ela, envia gelo em minhas veias. "Seu pai tinha claramente desaparecido. O babaca," eu grito. "Depois que eu descobri o bilhete, eu vi nos e-mails que ele estava recebendo dinheiro para sua mãe e ela já tinha morrido. Imaginei que poderia usá-lo, baby. É nosso dinheiro para recomeçar. Podemos comprar uma casa e-" "Espere." Ela sai do sofá e recua alguns passos. "Você leu os e-mails entre papai e eu? E você não tentou responder de volta?" Merda! Pisco os olhos várias vezes para tentar descobrir uma maneira de me tirar fora do buraco de mentiras. "Baby..." "Não! Nada de 'Baby'. Você poderia ter estendido a mão para mim. Você poderia ter me dito que meu pai tinha ido embora e que a minha mãe tinha morrido. Por que você não respondeu? Achei que você me amava!" Lágrimas aparecem em seus olhos, mas ela não parece triste. Seu rosto está vermelho. Seus punhos estão cerrados. Sua respiração está ofegante. Ela está chateada. Porra. Merda. Porcaria. Estou ficando mais nervoso a cada segundo. Ela está deslizando através de meus dedos mais rápido agora, e eu não sei como fazê-la parar. Eu preciso que ela entenda antes que ela escape de mim. Sem pensar, eu agarro seus quadris e puxo-a para a parede ao lado da pintura. "Amor. Eu amo você. E você me amava também, mas então, no momento que alguém colocou o pau dentro de você, você esqueceu-se desse amor. Reduziu-o a nada, mas apenas a uma fodida memória. Alguma vez você sequer pensou em mim?"


"Isso não é sobre você e eu!" Ela grita e empurra o meu peito, mas eu não me movo. "Isso é sobre suas mentiras, sobre você me enganando! Isso não é sobre nós ou nosso amor." Minha menina é pequena e fraca. Arrebatando os dois pulsos dela, eu empurro-os contra os tijolos expostos acima de sua cabeça. Ela se contorce, mas quando eu esmago meus quadris contra os dela, prendendo-a à parede, ela congela. Terror inunda seus olhos. Terror, porra. Ela está com medo. De mim. "Claro que isso é sobre nós," Eu assobio, deixando cair a minha voz para um sussurro. "Ou claro que é sobre o nosso amor. Conte-me. Como você pode se esquecer de mim tão facilmente? Nem um segundo de um dia passou sem que eu não pensasse em você, baby. Obcecado em encontrar você." Ela aperta os lábios quando eu inclino para frente, mas eu a beijo de qualquer maneira. "Baylee, eu não respondi a esses e-mails, porque eu achava que era alguém fingindo ser você. Eu estava confuso." É metade verdade. Ela não parecia como ela mesmo de jeito algum. Não a minha doce Baylee. Minha menina nunca iria fugir voluntariamente com outra pessoa quando ela me deixou. O terror desaparece quando sua expressão muda para uma de determinação. Isso não se encaixa, considerando a proximidade e a raiva que emana de mim. Ela ainda devia estar tremendo e assustada, mas ela não está. "Sinto muito, Brandon." Suas palavras tecem-se através de meu coração e deslizam sob as manchas negras. Eu mantenho-as juntas. Guardo e protejo-as. Nutro e amo. "Você está certo. Isso provavelmente deve ter sido muito confuso para você. Eu sinto muito." Alivio espalha-se através de mim e eu solto uma rajada de ar. Crise fodidamente evitada. "Eu te amo, Baylee Marie," murmuro, liberando seus pulsos e deslizando as palmas das mãos por seus braços, até aos quadris.


Ela ainda está rígida, mas ela me deixa a beijar desta vez, a boca abrindo para dar acesso à língua. Deus, ela tem um gosto tão bom pra caralho. Eu não posso esperar para provar ela toda. Minha mente voa de volta para o breve gosto que roubei na última noite, e embora eu sei que eu fui um bastardo por fazê-lo, meu pau endurece com o mero pensamento. Eu preciso de mais. Consumi-la enquanto eu faço amor com ela. Eu preciso dela como eu preciso do maldito ar. "Eu estou com fome", ela murmura quando eu finalmente rompo o beijo. "Eu vou fazer a chamada enquanto você vai pegar a comida." Eu quero dizer a ela que eu não estou com fome de nada, mas somente dela. Que eu preferiria passar a noite lambendo e mordiscando cada parte de sua carne. Como eu gostaria de enterrar a minha língua profundamente entre suas coxas e dar-lhe prazer. Mas então seu estômago ronca e eu me acovardo. Eu preciso alimentá-la. O prazer pode esperar. Nós temos o resto de nossas vidas. "Eu vou estar de volta tão rápido quanto eu posso. Faça a chamada e não deixe esta suíte." Eu instruo enquanto eu me afasto. Ela sorri e acelera meu coração. "Eu estarei aqui quando você voltar." Suas palavras me enervam, mas eu não sei porquê. Ela está sorrindo e seus olhos estão brilhando, mas é quase demais. Como na altura em que ela me disse que amou o colar que eu tinha comprado para ela no Dia dos Namorados, e mais tarde, admitiu que ela não usava prata, porque irritava a pele dela. Eu estava chocado e triste que ela poderia mentir tão facilmente para poupar meus sentimentos. Na época, eu pensei que era doce. Mas agora… agora eu me pergunto se ela está mentindo para mim novamente. Para me manter calmo. Por que ela mentiria para mim? Eu estreito meus olhos para ela e faço uma careta. "Não vá embora enquanto eu estiver fora." Ela pisca e seu sorriso cai. "Eu prometo que vou estar aqui quando você voltar com a nossa comida." Dessa vez eu acredito que ela fará.


NO MOMENTO que a porta bate fechada atrás dele, eu corro para a janela. Vários minutos mais tarde, eu vejo o seu cabelo escuro bagunçado soprando no vento quando ele emerge do edifício abaixo e caminha através da rua para um movimentado restaurante. Quando ele se vira para olhar para o hotel, eu me afasto da janela e localizo o telefone. Ele disse para eu não ir embora. E eu não vou. Ainda não. Não até que eu chame a polícia. Eu estive contando o meu tempo ao lado de Brandon desde a cabana. Eu não sei o que aconteceu com ele, mas eu não vou ficar ao redor para descobrir. Ele é um explosivo, instável e volátil homem que eu nem sequer reconheço. Como a maneira possessiva que ele se comportou na loja mais cedo. Eu tinha ficado horrorizada com a maneira como ele confrontou aquele pobre homem simplesmente por ser uma boa pessoa comigo. Eu sei que ele está escondendo coisas de mim. E eu sei que ele está mentindo, eu posso sentir isso e isso me assusta. A maneira como ele pegou o dinheiro de War pode não ter sido uma mentira descarada, mas era enganoso. Gabe pode ter sido o psicopata na minha história que me arrastou para o seu mundo enlouquecido, mas o comportamento errático e


controlador de Brandon me enche com a mesma sensação de medo. E eu me recuso a levar uma vida de miséria nas garras de qualquer outra pessoa enquanto eu viver. Decidi não pensar nisso muito profundamente, porque se eu fizer, eu vou desmoronar. Assim, por agora, vou empurrá-lo para a parte de trás da minha mente. Eu preciso encontrar Land. Ele vai me manter segura e me ajudar a levantar todas as incógnitas. Nós vamos procurar o meu pai. Então, juntos, podemos criar meu filho, seu neto, em um ambiente que não seja tóxico. É hora de eu ficar sobre meus próprios pés. Eu posso fazer isso. Não demorou muito para eu localizar o número para o Oakland PD. Rapidamente, eu marco e tento manter meu calmo coração de vibrar. "Detective Stark, por favor", murmuro para a recepcionista que atende. Ela me diz para aguardar e eu ouço brevemente uma música. "Stark falando." A voz dela irradia autoridade e meus nervos parecem cantarolar com a ansiedade. "Umm, oi, sou a Baylee Winston." Eu ouço sua respiração acelerar através do telefone. "Senhorita Winston! Você está bem? Você está segura?" Eu olho para a porta da suíte, esperando ver a forma de raivosa de Brandon se materializar. "Um, no momento. Mas eu, uh, preciso falar com você." Ela embaralha alguns papéis e sua voz é grave. "Você tem a minha atenção. Onde você está, senhorita Winston?" Eu suspiro e limpo as lágrimas. "São Francisco." "São Francisco? Você ainda está com Gabriel Sharpe?" Uma lágrima rola no meu rosto e eu fungo. "Não. Eu escapei, mas, em seguida, Brandon apareceu e me encontrou. Então, hum..."


"E então... o que, senhorita Winston?" "Ele-" Faço uma pausa, porque o que eu disser implicará Brandon. O pensamento dele entrar em problemas faz meu peito doer. Ele pode já não ser o menino que eu conhecia, mas isso não significa que ele merece ser posto de lado como resultado das ações de Gabe. "Estou ouvindo." "Ele morreu. Houve uma luta... e ele caiu no porão na cabine. A adega onde primeiramente me manteve em cativeiro." A linha fica em silêncio por um momento. "Onde podemos encontrar seu corpo, senhorita Winston?" Recito as instruções para a cabana, o melhor que eu posso, desde que eu não sei o endereço. Quando eu termino, ela fala novamente. "Você pode vir até a delegacia para que possamos obter a sua declaração? Ou podemos ir ter com você? Onde, em San Francisco, você está, senhorita Winston? " "Não importa. Eu não estou indo. Bem, pelo menos ainda não." Pegando o receptor de telefone, eu ando de volta para a janela para observar Brandon. "Ok." Seu pesado suspiro vem através da linha. "Bem, você pode pelo menos me dizer mais sobre o White Collar Trade?" Eu engulo a minha emoção e aceno, embora ela não me possa ver. "Eram todos homens ricos em ternos. Uma empresa imobiliária fantasiosa em San Diego. Eu não sei qualquer um de seus nomes com exceção de um. Edgar Finn. Ele me disse que iria me cortar ao meio depois que ele me tivesse e depois me despejar no oceano. Temo que ele esteja ferindo ou matando... fazendo o pior para outras mulheres como eu, e eu não acho que ele planeja parar tão cedo." Ela está anotando. Eu posso ouvir os rabiscos de sua caneta no papel. "Senhorita Winston, você sabe onde seu pai está? Você vai ficar com ele?"


Um soluço prende na minha garganta com a menção de meu pai. "Não, eu não sei onde ele está," Eu sufoco. "Eu..." O último vestígio restante da minha lealdade com Brandon para e me segura. Eu aperto meus olhos fechados e com esperança a Deus de que eu estou fazendo a coisa certa. "Chegamos a San Francisco para procurá-lo. Brandon disse que meu pai deixou um bilhete afirmando que ele tinha vindo parar aqui. Mas nós não procuramos por ele ainda. Ele queria primeiramente vir para esse hotel de luxo, e-" Eu percebo que as palavras estão correndo para fora da minha boca e paro para tomar uma profunda, e calmante respiração. "Ele está agindo muito estranho. Estou com medo, senhora Stark." "Rita", diz ela suavemente, "me chame de Rita." "Eu não matei War, sabe. Brandon me disse que vocês pensam que eu matei, mas eu não o fiz," eu digo a ela firmemente enquanto as lágrimas quentes rolam pelo meu rosto. "Eu o amava. Tanto. Gabe voltou por mim e atirou nele, Rita. Havia muito sangue... ele não merecia. Ele estava doente e esse tipo de morte foi a pior maneira possível para ele ir." "Querida", Rita diz, sua crescente voz firme, apesar do nome carinhoso, "o senhor McPherson não está morto. Ele está vivo. Falei com ele hoje no hospital." Meu coração para. Meu mundo gira e eu agarro a estrutura ao redor da janela para evitar o colapso. "O-O quê?" Eu sussurro, não confiando em minha voz. Vivo. Vivo. Vivo. O meu War está vivo. "Eu não compreendo. Brandon me disse que ele morreu." "Sério? Ele estava sensível no primeiro dia, pelo que entendi. Ele estava em uma condição crítica. Sofreu uma ferida de bala no peito, mas não morreu, Baylee. Eles esperam que ele faça uma completa recuperação. Ele está muito preocupado com você, na verdade". O meu suspiro engasgado é a última coisa que vem sobre a linha quando soluços silenciosos naufragam por todo o meu corpo. De costas para a parede, eu me abaixo até o chão, não sendo capaz de suportar o peso do meu próprio corpo. "Obrigada, obrigada, obrigada..." Eu não sei se eu estou dizendo isso para a Detetive Stark ou para Deus ou seja


lá quem for, mas no meio do inferno, essa notícia é o céu. "Eu sinto muito que você não sabia. Temos vindo tentando chegar até você." Ela fica quieta por um momento, e, em seguida, "Eu, pessoalmente, questionei o Sr. Thompson sobre a tentativa de assassinato do Sr. McPherson, sendo assim, ele estava ciente de que Warren não morreu. Eu estou preocupada que ele pode saber mais sobre o desaparecimento de seu pai do que ele está deixando transparecer. Diga-me onde você está para que eu possa ir buscá-la, Baylee. Tenho razões para acreditar que você está em perigo." Minhas mãos começam a tremer e meu coração troveja no meu peito como se pudesse estourar a qualquer momento. "Ele matou o Gabe," eu deixo escapar. "Ele empurrou-o para o porão." "Saia daí, agora", ela ordena. "Encontre um lugar público e me ligue. Vou ligar para o Departamento de San Francisco e faze-los ir busca-la até que eu possa chegar aí." Minha mente corre com pensamentos sobre War. Eu preciso chegar até ele. Para tocá-lo e beijá-lo. Para ver se as alegações dela são verdadeiras. Minha respiração está completamente fora de controle. Eu estou tomando respirações como se tivesse acabado de terminar de correr uma maratona. "Ele está no cais do pescador em um dos restaurantes, pegando o jantar. Posso sair agora antes que ele volte, mas eu tenho que ir agora." "Chame-me assim que você-" Eu desligo o telefone e corro para as sacolas de compras. Eu tinha comprado uma mochila para levar as minhas roupas. Rapidamente, eu descompacto-a e tiro o que tinha no interior. Enfio minha bolsa e algumas das novas roupas dentro. Encontrando sua mochila, eu procuro as fotos de minha família, que ele tinha colocado lá. Eu pego elas também, em seguida, fecho a minha mochila. Puxando meu capuz sobre a minha cabeça, eu dobro meu cabelo para dentro e coloco a mochila no ombro. War está vivo. O amor da minha vida e pai do meu filho sobreviveu ao ser baleado. Eu preciso chegar até ele. Com Brandon voltando a qualquer momento, eu tenho que fazer


cada segundo contar ao meu favor. Evitando os elevadores, sigo pela escada. Eu corro para baixo quatro lances de escadas, ignorando a dor em minhas panturrilhas e as tonturas na minha cabeça. Quando eu chego ao fundo, eu espreito para fora da porta. Brandon está caminhando para o hall de entrada com um saco cheio de recipientes em um braço e um pacote de rosas vermelhas no outro. Ele está sorrindo, como se ele não tivesse nenhuma preocupação no mundo, e isso provoca uma ligeira pontada no meu peito pelo meu amigo. O velho Brandon. Mas ele não está mais aqui. Uma vez que ele desaparece para dentro do elevador, eu corro da escada e passo pela recepcionista. No momento que eu chego lá fora, eu viro à direita e caminho pela calçada em busca de um táxi. Os táxis estão por toda parte, então eu rapidamente chamo um e entro, logo que ele para. "San Diego," Eu deixo escapar, "depressa!" O homem de pele escura se vira e olha para mim. "Muito longe. Eu não saio de San Francisco." Eu empurro minha cabeça sobre o meu ombro e olho para trás para a entrada do hotel. Não há nenhum sinal de Brandon, mas eu sei que não vai demorar muito para ele aparecer. "Tudo bem", eu digo, "me leve para a estação de ônibus. Por favor, rápido!" Ele resmunga, mas sai e entra no tráfego. Eu mantenho meus olhos no hotel até que se torna um borrão. Brandon ainda não tinha surgido. Dou um suspiro de alívio e me inclino no banco de trás do táxi, mas eu sei que não acabou. Ele vai ficar furioso uma vez que ele perceber que eu fugi. Levou tudo em mim para beijá-lo e sorrir para ele quando eu queria sacudi-lo. Por tentar me controlar. Por ter mentido para mim. Por esconder as coisas de mim. Ele escondeu a coisa mais importante de todas. War.


Se eu soubesse que War ainda estava vivo, eu certamente não teria ficado naquela cabana com ele e Gabe. Eu estaria nos braços de War. Beijando-o até afastar a sua dor. As lágrimas começam e não param, apesar do olhar irritado que o motorista de táxi envia na minha direção. Eu choro todo o caminho para a estação de ônibus.

A viagem de ônibus durou horas, mas eu consegui tirar um cochilo. Meu sono foi perturbado, porém, com intercâmbio de imagens de ambos Brandon e Gabe. Cada um estava tomando seu turno para me violar. Dentro do sonho, War estava morto e sangrando. Eu não conseguia falar ou mover ou chorar. Tudo que eu podia fazer era olhar para seus olhos, um conjunto demente de cor de café alternando com um conjunto de maliciosos verdes, enquanto eles implacavelmente me fodiam. Quando uma senhora de idade me acordou para me dizer que estávamos perto da estação rodoviária, eu gritei. Na realidade gritei de terror. Ela saiu correndo, certamente com pressa para fugir da louca adolescente gritando no ônibus. Agora, eu estou sentada na parte de trás de um outro táxi com o lado da minha cabeça no vidro frio. Passa da meia-noite e eu ainda estou em uma missão para chegar ao hospital. "Nós estamos aqui", grunhiu o motorista de táxi. Mergulho minhas mãos em minha bolsa, dentro da minha mochila, e puxo para fora o último dinheiro que eu tinha sobrando da viagem de compras com Brandon no início do dia. Depois de enfiar algumas notas em suas mãos e dizer-lhe para ficar com o troco, eu saio do carro e praticamente manco para o hospital. Meu corpo inteiro dói por causa do esforço. Tenho certeza de que não ajuda muito que tudo o que eu comi hoje desde o almoço foi uma barra de Snickers que tinha adquirido da máquina de


venda automática na estação de ônibus. Eu mal consigo manter os olhos abertos, mas a adrenalina me impulsiona e eu meu esforço para encontrar War. "Estou à procura de Warren McPherson," eu digo a uma mulher mais velha na recepção. Seus longos cabelos grisalhos estão puxados em um rabo de cavalo e ela olha para mim com olhos bondosos. "Claro, querida", ela responde, de uma maneira muito amigável para o horário tardio. "Parece que ele está no quarto 1200." O mesmo número do seu código de alarme de casa. 1-2-0-0 Ele está vivo. A sensação de calor que eu não sentia desde que Gabe me arrancou de War, cobre meu interior ao ouvir esse número de quarto. Meu coração palpita no peito e eu digo. "Obrigada!" "Espere", diz ela, e depois franze a testa. "O horário de visitas foi a três horas e meia atrás. Temo que não posso deixá-la ir lá." As emoções dos últimos quatro meses me oprimem e começo a chorar. Alto, feios soluços. Ela rapidamente se levanta e sai de trás do balcão para me puxar para um abraço. "Oh querida." "Ele-Ele-Ele ainda não sabe que ele vai ser pai... por favor," eu digo a ela através das minhas lágrimas. "Eu pensei que ele estava morto. Preciso vê-lo. Por favor." Ela dá um tapinha na cabeça e se afasta, me agraciando com um sorriso amável. "Vamos lá", diz ela em um sussurro. "É a minha pausa. Eu te levo lá. Você já passou por muita coisa, querida. Eu posso ver isso." Eu abraço-a de volta. "Obrigada. Muito obrigada." Com o braço por cima do ombro, ela me orienta pela complicada teia de corredores e até ao seu quarto. O corredor está escurecido. Sua porta está empurrada para frente, mas não fechada. "Vá em frente, querida. Vá ver o seu


homem," ela diz e pisca, "mas se eles pegarem você lá, você diz que você se esgueirou sozinha para dentro." Balançando a cabeça, agradeço-lhe mais uma vez antes de escorregar para dentro do quarto escuro. O som de um monitor cardíaco é música para os meus ouvidos porque confirma que ele está vivo, assim como Rita tinha dito. Mas o pânico aparece. E se ele não quer me ver? E se ele se arrependeu e o pensamento do meu toque aterroriza-o? Eu engulo meus medos e dou alguns passos para dentro do quarto. Espreito a minha cabeça em torno do canto, eu quase choro de alegria. O meu War. Seu corpo grande enche toda a cama e um cobertor branco simples cobre ele. Ele está usando roupa padrão do hospital e seu cabelo está uma bagunça. Eu imploro para alisá-lo e tirar de seus olhos e beijar todo o seu bonito rosto. Aproximando-me lentamente, eu lanço minha mochila ao longo do caminho. Eu deixo-a cair no chão e pego a sua quente mão na minha. "Oh, Deus", eu mal sufoco antes de soluços naufragarem por todo o meu corpo. Ele se mexe um pouco, acordando. Seus cílios vibram para revelar os olhos azuis que completam a minha existência. O mundo inteiro desaparece, exceto nós dois, duas metades de um todo perfeito. Dois ímãs puxados juntos por forças imensuráveis. "Bay?" Sua voz sonolenta raspa para fora. "É um sonho?" Meu olhar encontra os seus queridos olhos semicerrados e minhas lágrimas borram o homem diante de mim por um momento. "Não é um sonho. Eu estou aqui e você está vivo." Sua mão aperta em torno da minha e ele me puxa para ele. Felicidade. Tudo o que sei é que isso é boa-venturança. Meu coração, tão quebrado e sangrando, está rapidamente curando a cada segundo em sua presença. Pisco algumas vezes para deixar as lágrimas escaparem e ele volta para a vista. "Graças a Deus", ele murmura e me puxa até que nossos rostos estão a centímetros de distância. "Eu tenho


ficado porra de louco me preocupando com você. Deus, eu senti sua falta." Eu deixo cair meus lábios nos dele e o beijo com ternura. Seus lábios não estão macios, como de costume, eles estão rachados e secos, mas eles são uma perfeição para mim. Senti tanto a falta deles. Continuamos mal nos tocando, simplesmente inalando um ao outro. Ele está machucado e eu tenho medo de deixá-lo pior se eu sequer me mover. Mas, em seguida, os dedos enroscam em meu cabelo e ele segura a parte de trás da minha cabeça, me puxando para mais perto. A fome me consome, a urgência por ele, explode, e eu caio sobre ele. Assim como todas as vezes. Eu não posso deixar de ser arrastada para o incrível furacão que ele é. Ele me puxa para dentro do olho da sua tempestade onde é seguro e calmo. War me ama com uma delicadeza que nenhum outro pode me dar enquanto o caos se instala em torno de nós. Quando eu solto um suspiro feliz, sua língua mergulha na minha boca e me prova como se eu fosse a coisa mais deliciosa que ele já teve o prazer de degustar. Deslizo os dedos sobre sua bochecha, segurando sua nuca e o beijo mais profundamente. Sua boca tem uma maneira de enxugar todas as feridas e dor, e me enche de esperança e amor. Quando nos separamos, meu rosto está em concha em suas mãos e ele o mantém a alguns centímetros do dele, seus olhos voando para cima de mim. "Eu preciso de você mais perto", ele murmura contra os meus lábios. "Suba na cama comigo." Eu retiro meu tênis e delicadamente subo no lado dele. Seu braço envolve em torno de minhas costas enquanto ele me abraça forte. "Eu tenho medo de tocar em você", murmuro, meus dedos delicadamente dançando ao longo de sua carne como se ele pudesse desaparecer a qualquer momento. "War, eu pensei que você estava morto e que... que..." Eu tremo em seus braços. Ele acaricia meu cabelo e dá um beijo na minha testa. "Shhh. Eu estou aqui, Bay, e eu não vou a qualquer lugar. Enquanto você está aqui, eu vou ultrapassar tudo. Como você fugiu dele? O que ele fez com você?"


Mais lágrimas derramam e eu arrepio nos seus braços. "Ele me machucou... novamente, mas ele se foi. Não se preocupe comigo. Estamos juntos agora." Eu inclino minha cabeça para olhar para ele. Seus olhos azuis tempestuosos estão devorando a minha aparência. Espero que ele não possa ver as memórias horríveis do que Gabe fez dentro da minha cabeça. Se ele soubesse que Gabe me estuprou de novo, ele provavelmente ficaria triste. Eu me tornaria contaminada em seus olhos. Suja. Como as bactérias infeciosas que ele tão ferozmente evita. Quero aproveitar esse momento. Eu sei que é uma conversa que precisamos ter, mas eu não posso colocar essas imagens em sua mente. Eu não posso suportar a ideia de recontar os acontecimentos dos últimos dois dias agora mesmo. Não quando eu acabei de conseguir escapar. Quando eu encontro seus olhos na escuridão, eles estão olhando para mim cuidadosamente. Ele suspira e balança a cabeça lentamente. "Ok", ele sussurra como se ele reconhecesse o fato de que todas as perguntas que ele se atreve a perguntar devem ser feitas com cuidado. Porque ele não vai gostar das respostas. "Você está segura agora, linda. Quando eu sair daqui, podemos voltar para casa, de onde eu nunca vou deixar você partir." Casa. War é a minha casa. "Minha mãe morreu", digo-lhe, meu queixo tremendo. "Todo este tempo ela já estava morta, e eu nunca soube. Fui até ao túmulo dela. Deus, eu sinto falta dela." Ele me abraça contra ele. "Eu sinto muito. A Detetive Stark me disse. Eu odeio isso por você." Nossos lábios se encontram por um momento e ele me beija, enquanto o polegar rouba minhas lágrimas. "Brandon me disse que você tinha morrido," Eu sufoco. "Eu estava morta por dentro. Meu coração morreu


junto com você." Meus soluços me oprimem e ele me segura apertado contra o seu lado. "Shhh", ele murmura. "Eu nunca fui a lugar algum, Bay." "Ele não é a mesma pessoa," Eu assobio para fora, meu lábio tremendo descontroladamente. "Fiquei feliz quando ele me salvou, mas então eu não estava mais. Eu não o amo. Não mais. Mas é mais do que isso, War, ele está desequilibrado. Ele tem ideias elaboradas sobre eu e ele ficarmos juntos. Eu o vi empurrar Gabe para a morte naquele porão. Os olhos dele estavam cheios de ódio.... Tenho medo que ele nunca vai aceitar que você e eu estamos juntos, é por isso que ele mentiu. E eu acho que ele tem algo a ver com o meu pai estar desaparecido." Suas sobrancelhas se juntam e ele franze a testa. "Sim, eu comecei a ter uma desconfiança sobre isso quando estava falando com Stark e não foi uma sensação boa. Jesus, Baylee", ele diz e deixa cair um beijo no topo da minha cabeça, as mãos em volta do meu rosto tremem. "Nós vamos ligar para ela de manhã. Ela pode lidar com Brandon. Você está segura comigo agora." Eu quero acreditar nele, mas o medo ainda se agita dentro de mim. "Dê uma olhada na minha bolsa", diz ele com um sorriso. "Eu trouxe algo seu para ter aqui comigo, mas agora você pode tê-lo de volta." Seus dedos me acariciam ternamente ao longo da camada externa do meu ouvido e ele toca meu brinco. Balançando a cabeça, eu saio da cama, para longe de seu calor e mexo em sua bolsa. Acho uma maçã Gala e viro meu olhar para ele. "Posso comer isto? Estou faminta." "Sim, Jesus, por favor, coma. Eu odeio que você esteve lá fora em modo de sobrevivência. Você pode descansar agora. Você está livre", ele me diz rispidamente. Eu dou uma mordida na maçã e, finalmente, encontro o que ele queria que eu tivesse. Mastigando, eu puxo meu lindo relógio rosa e deslize-o no meu pulso. "Eu gostaria de ter isso quando eu fui levada," eu digo a ele, tristemente, enquanto engulo. "O porta-malas estava tão escuro... Eu não


sabia quantas horas tinham passado. Eu não tinha nada, mas somente sua camisa para me lembrar de você." Ele senta-se na cama, de olhos arregalados e furiosos. "Porta-malas?" Eu ouço os sinais sonoros nas máquinas ao lado de sua cama acelerarem, um indicador da sua ira. "Eu gostaria que o tivesse, acredite em mim", diz ele com um rosnado que eu tanto senti falta. "Agora venha aqui, porque eu já estou sentindo falta de você e você está a apenas cinco passos de distância." Com a minha maçã na mão, eu salto de volta até ele e, em seguida, rastejo ao seu lado. Seus lábios pressionam um beijo na minha testa e depois no meu nariz. Deixo escapar um suspiro quando ele trilha beijos ao longo do meu rosto e do meu ouvido. "Eu te amo, Baylee." Eu tremo nos seus braços e deixo seu toque ajudar a aliviar toda a dor, física e emocional, que tanto Brandon e Gabe me fizeram suportar. "Bay", ele murmura, seu hálito quente contra a minha orelha, "Eu não fui obsessivo ou contei enquanto você estava longe. Se eu tivesse feito isso, teria me devorado. Foi você, sempre você. Cada respiração, cada pensamento, cada piscar. Você estava em todos e cada um de meus pensamentos. Quando eles me deixaram em coma depois da minha cirurgia, foi a sua luz que brilhou na escuridão da minha cabeça. Se você não estivesse lá, eu teria perdido você para sempre. Os demônios teriam me arruinado de uma vez por todas. Eles estavam lá, sempre lá, me ameaçando, mas você me salvou. Toda as vezes." Eu encontro a sua boca com a minha e o beijo forte. Sua boca toma a minha, sua língua lambendo os restos suculentos da maçã enquanto nos beijamos. Quando eu rompo, eu dou um sorriso para ele. "Você me salvou também, War. Quando eu estava presa em um pesadelo, eu sonhei com você. Era o meu céu." Ele me beija novamente e a maçã desliza do meu aperto. Ela bate no chão com um baque e rola para o lado até que bate contra a parede.


"Não coma mais isso", ele ri contra os meus lábios. "Gosto muito de te beijar, mas Deus me ajude, se você pegar aquela coisa..." Eu começo a rir e olho em seus lindos, expressivos olhos. "Mas eu estou realmente com fome," eu digo e depois fico séria, "porque eu estou comendo por dois."


DOIS. Dois. Dois. Esse número está rapidamente se tornando o meu favorito e eu conto uma e outra vez. Um, dois, um, dois, um, dois, um, dois. Monstros negros correm da minha cabeça quando algo belo preenche o espaço. Uma mulher e uma criança. Bonita. E minha. Eu estou cego pela perfeita e doce luz dela. Eu pisco para o sol, minha Baylee, de modo radiante e quase cegante tenho que desviar o olhar. Mas eu não o faço. O brilho que resplandece a partir dela é alimento para minha alma negra, faminta. Quero aproveitar tudo o que ela é, por toda a eternidade. "Você me ouviu?" Um sorriso lento brinca em seus lábios e suas órbitas azuis brilham de emoção, os olhos dela piscando. Um, dois. "War, estou grávida. Nós vamos ter um bebê. Nós seremos três," um, dois, três, "Você está feliz?" Feliz? Eu estou em um fodido êxtase. Três é o meu novo número favorito porque isso me inclui. Baylee, nosso bebê, e eu. Um, dois, três. O amor não


vem na forma de um coração, claramente vem em forma de triângulos. "Estou mais do que feliz, Bay," murmuro contra seus lábios carnudos. "Eu estou completo." Dois segundos mais tarde, estou arrebatando ela. Meus dentes mordem e beliscam seus lábios com minhas mãos vagueando sobre seu corpo perfeito. Um bebê. Minha mulher está grávida do nosso filho. A dor em meu peito é porque o amor dentro de mim está tentando arranhar seu caminho para fora dele e envolvê-la em um abraço eterno. O pulsar da minha cirurgia está sempre presente, mas não é nada em comparação com a dor que senti quando ela não estava comigo. Com Baylee em meus braços, o mundo inteiro fica preto enquanto ela brilha resplandecente no meio. Ela é o meu centro. Meu núcleo. Minha única razão. Eu só posso existir plenamente com ela. E eu não sou nada sem ela. "Deus, eu te amo", murmuro enquanto nos beijamos, "e isso". Meus dedos deslizam sob sua camisa e afaga a pele macia em sua barriga. "Eu amo isso também." Ela solta um gemido quando os meus dedos trilham até sua carne e então se agitam sobre um de seus seios. O mamilo endurece com o meu toque e eu abro um sorriso para ela. "Eu ainda amo isso", eu a asseguro e belisco entre o polegar e o dedo. "War", ela murmura e sobe em cima de mim. "Eu preciso que você me faça esquecer tudo. Toque-me toda. Por favor." Ela puxa sua camisa de seu corpo e descobre seus peitos cheios para mim. Seus mamilos apontam diretamente para a minha direção como se me acusando de não salvar ela de Gabe. Eu a puxo para mais perto e coloco um na minha boca. Minha língua brinca com o bico endurecido e, em seguida, eu gentilmente mordo a carne tenra. Um satisfeito suspiro saí dela e meu pau engrossa entre nós. Ela parece perceber isso ao mesmo tempo


e ela se esfrega contra mim. O gemido que sai do meu peito é de pura felicidade e isso me deixa tonto. "Merda", eu digo quando uma onda de escuridão passa sobre minha visão. "Eu preciso descansar por um segundo." "Oh meu Deus", ela sussurra em horror. "Eu continuo esquecendo que você está ferido. Eu sinto muito. Eu deveria-" Ela começa a sair de cima de mim, mas eu aperto seus quadris para mantê-la no lugar. "Não, não me deixe. Eu só preciso recuperar o fôlego." Seus lábios fazem beicinho com uma pequena careta que não faz nada para ajudar o meu pau dolorido. "Eu apenas sinto muito a sua falta." "Venha aqui", eu digo com um sorriso e puxo-a para a dobra do meu braço. Para meu espanto, ela veste a camisa em primeiro lugar antes de correr de volta contra mim. Suas pernas permanecem esticadas através das minhas coxas como se ela estivesse tentando me trancar indefinidamente. "Meu pai vai ficar feliz para caramba por você ter voltado. Eu deveria mandar um texto e deixá-lo saber que você está segura." Ela se aconchega contra mim. "Envie na parte da manhã. Estou tão exausta que mal posso me mover." "Ok." Eu acaricio seu cabelo. "E Bay, na parte da manhã, depois que chamarmos meu pai e Stark, eu quero que você vá até ao departamento de emergência do hospital e marque uma consulta, ok?" Ela se acalma contra mim. Eu não sei os detalhes, mas eu não preciso. Eu sei que o monstro a violou. Mais uma vez. Está escrito em todo o seu rosto. E quando ela levanta a cabeça para olhar para mim, com os olhos lacrimejantes e a vergonha em sua expressão é a confirmação de que preciso. Ela me oferece o mesmo silencioso aceno de cabeça que eu lhe ofereci apenas momentos atrás, quando o assunto veio à tona, antes de colocar a cabeça no meu peito. Ela não quer falar sobre isso. Se ela não quer falar sobre isso de jeito algum ou ela não quer falar sobre isso comigo, eu não sei. Mas terá de ser tratada. Ela pode ser salva agora, fisicamente. Mas emocionalmente, minha Baylee não está nada bem. Continuo acariciando seus cabelos enquanto minha mente começa a tocar um futuro para nós. Um futuro onde


Baylee usa mais do que os brincos e relógio que dei a ela, mas também um anel. "Acalme sua mente, Warren McPherson", diz ela firmemente enquanto o sono começa a roubá-la. Eu dou um sorriso, deixando o polegar deslizar ao longo de sua mandíbula e, em seguida, o coloco em seu pulso. "Shhh, pare de falar. Eu estou contando as batidas de seu coração contra mim." Ela solta um pequeno suspiro e logo respira de forma suave e rítmica, que embala os monstros dentro de mim até adormecer. Mas lá, na escuridão do quarto do hospital, eu resolvo ajudar Baylee a lutar contra os demônios dela, assim como ela me ajudou a lutar contra os meus. Eu não vou deixá-la existir na escuridão. Vou trazê-la para a luz. Com um bocejo, eu a abraço contra mim e sigo logo atrás. Eu finalmente encontrei a paz de novo.

Eu acordo com um sobressalto. Frio, amargo, vazio ameaça me engolir todo. O meu calor, meu radiante e brilhante sol desapareceu e me atirou de volta para a escuridão. "Café da manhã, Sr. McPherson?" Cathy fala enquanto atravessa o quarto, carregando uma bandeja de comida que ela e eu sabemos que não vou comer. Eu já estou saindo da cama. "Onde ela está? Onde diabos está Baylee?" Seus olhos se arregalam e ela pousa a bandeja sobre a mesa ao lado da cama. "Quem? Você está se sentindo bem, Warren?


"Ela estava aqui. Baylee entrou no meu quarto ontem à noite. Ela fugiu dele, de ambos na verdade, e eu a segurei em meus braços. Então, onde diabos ela está? Chame o segurança do hospital! Faça-os olhar a filmagem de segurança! Precisamos chamar a Detetive Stark!" Ela franze a testa para mim e, em seguida, olha para o chão. Seus traços rapidamente se transformam em choque enquanto ela se inclina para pegar alguma coisa. "Esse sapato é dela?" Eu aceno e mais uma vez o mundo gira. "Sente-se antes que desmaie, Warren. Vou chamar a segurança." Ela corre para fora da porta e eu pego o meu telefone enquanto me sento na borda da cama. Ligo e deixo uma mensagem para o meu pai, dizendo-lhe para se apressar e trazer uma muda de roupa. Então, a seguir eu telefono para Stark. "Stark", ela grita ao telefone. Eu falo em um murmúrio de um homem louco. "Ele a levou. Eu acho que Brandon a levou. Ela estava aqui ontem à noite, ela disse que fugiu dele. Mas os sapatos ainda estão aqui. Stark, ela não iria embora sem os sapatos. Ela não iria me deixar. Maldição, ela está grávida do meu bebê! Você tem que encontrá-la, porra!" Ela solta uma série de palavrões que fariam um marinheiro corar. "Nós estamos na cola dele. Eu já verifiquei o GPS na caminhonete de Brandon depois que falei com a senhorita Winston na noite passada. Nós tínhamos identificado a localização do hotel de onde ligou e a atividade do cartão de crédito correspondente, mas quando chegamos, eles, os dois tinham desaparecido. Não tenho dúvidas de que Brandon está procurando por ela. Infelizmente, Baylee não é a minha única preocupação agora." Pego brutalmente o telefone e cerro os dentes. "Que porra é sua preocupação além de encontrar a minha maldita noiva?" Ela bufa, claramente frustrada com o meu tom. "A cabana estava vazia. Não havia corpo. Nenhum sinal do Sr. Sharpe." O quarto gira novamente e eu me encosto para trás contra os travesseiros por um minuto. "O que quer dizer com


não havia corpo? Você quer me dizer que aquele bastardo pode ser a pessoa que a levou?" Jesus Cristo. Isso não pode estar a acontecer de novo, porra. Mais uma vez. É muita coisa para uma garota suportar. E por que diabos eu não a ouvi sair na noite passada? Nós tínhamos adormecido e eu não acordei com ela lutando ou gritando. De jeito nenhum que ela teria ido de bom grado. Não a minha garota. "O carro dele desapareceu também. Nós já colocamos um GPS em seu veículo também. Fique aí, Sr. McPherson," ela comanda. "Nós estamos nele. Descubra o que você pode sobre Edgar Finn, sim? Isso vai manter sua mente ocupada enquanto localizamos a senhorita Winston.” Ela desliga na minha cara e eu esfrego meu rosto em frustração. Diabos se vou ficar parado. Estou preso aqui até que meu pai apareça com as roupas. Eu não posso exatamente ir para a rua com os pés descalços. Eu me sinto como um prisioneiro nessa porra de quarto. Rastejando de volta para fora da cama, eu puxo para cima o app no meu telefone que eu tinha instalado algum tempo atrás. O pisca verde intermitente me dá uma falsa sensação de segurança, eu sei que não me diz se ela está ferida, mas pelo menos me diz onde ela está. Eu o mantenho aberto e sob o meu vigilante olhar enquanto eu mijo rapidamente. Até ao momento que eu jogo água no meu rosto, Cathy aparece com meu pai e um agente de segurança. Todo mundo tem um aspecto sombrio em seus rostos e eu acho que eu posso revidar. "Alguém por favor fale comigo." "Isto é realmente contra o protocolo do hospital, mas já que MPE é um benfeitor… tão generoso" o guarda de segurança gagueja ao falar, mas é interrompido por meu pai. "E nós apreciamos isso. Você pode por favor nos dize o que estava na filmagem? "


"Claro", ele diz, limpando a garganta. "Cerca de uma hora atrás, um homem de uniforme foi visto entrando nesse quarto empurrando uma cadeira de rodas ", o oficial de segurança me diz, sua respiração palpitando. "Muitos minutos depois, ele voltou com uma jovem mulher na cadeira. Ela parecia estar acordada. Não parecia estar ferida nas filmagens. O rosto do homem estava coberto. Eles ainda estão procurando através das filmagens do estacionamento." "Merda", eu assobio e, em seguida, passo os dedos pelo meu cabelo bagunçado. "Estou indo embora. Eu tenho que encontrá-la." Ela balança a cabeça. "Senhor! Você teve uma cirurgia para reparar um pneumotórax. Você mal consegue andar sem ficar sem fôlego. Eu recomendo fortemente o oposto disso." Eu lanço o meu telefone para a cama para que assim o meu pai possa ver e ele balança a cabeça, me passando um saco de roupas. "Cathy, ele pode ficar bem se ele permanecer no carro? Assim que tivermos Baylee, vamos voltar. Apenas me diga se ele vai ficar bem se sair por um curto tempo." Ela franze a testa e balança a cabeça em uma forma da contestação. "Senhor, ele tem um dreno de tórax no lugar e uma ferida. Mesmo se ele quiser sair contra o aconselhamento médico, eu preciso de um médico aqui para tirar o tubo, passar prescrições de antibióticos, porque ele provavelmente vai ter uma infecção, se o dreno de tórax for interrompido precocemente e também o médico precisaria fornecer uma ordem de dispensa, ou seja, a alta. Essas coisas vão levar algum tempo." A menção de antibióticos faz com que os cabelos na parte de trás do pescoço fiquem em pé. Eu tento lutar contra a escuridão que ameaça me consumir com a menção dos riscos envolvidos em deixar o hospital mais cedo. O fato de que meu pulmão, de acordo com Cathy, provavelmente vai encher-se com agentes infeciosos me deixa louco. Minha respiração aumenta superficialmente. É uma resposta involuntária.


Mas me lembro do olhar nos olhos de Baylee na noite anterior, que ela estava tentando desesperadamente se conter de falar da dor da humilhação e tristeza. Lembro-me que ela precisa de mim. E eu me lembro que é a minha vez de lutar por ela, como ela lutou por mim. De trazer minha rainha para a luz. "Basta fazer o que você puder, por favor", eu imploro. "Minha noiva está em grave perigo." A enfermeira Cathy olha entre meu pai e eu e assente. "Vou ver o que posso fazer", diz ela, fazendo o caminho para fora da sala. Eu trabalho para tomar algumas respirações mais profundas para me acalmar, mas eu sinto meu pai se aproximando e abro os meus olhos para encontrá-lo na minha frente. Um lado de sua boca levanta em um pequeno sorriso. "Eu estou orgulhoso de você, filho."


"ESTAMOS QUASE lá?" Ela pergunta, uma frieza em sua voz. Seus braços estão cruzados sobre o peito enquanto ela encara a sua frente. Eu cerro os dentes e dou-lhe uma resposta curta. "Quase." Sua boca fica em uma linha fina e eu deixo minha raiva me encher e me alimentar. Ela age como se ela fosse a única chateada por ter sido obrigada a deixar o hospital. Nem uma vez ela considerou como me sentiria. Como eu me senti quando voltei pronto para mimá-la com flores e jantar apenas para descobrir que ela tinha fugido de mim. Não demorou muito para descobrir que ela tinha ido vê-lo. E foda, como foi esperado, eu a encontrei envolta em torno dele. Como se ela pertencesse a ele. Eu mereço o seu amor. Ele me eviscerou. Fodidamente me deixou eviscerado. Ela tem sorte que eu não matei ele ali mesmo de uma vez por todas. Eu quis arrancar a faca que tinha comprado, depois de voltar para a suíte de hotel vazia, e cortar sua garganta. Para vê-lo pulverizar o teto e manchar em torno dela. Ele merecia se afogar no próprio maldito sangue. A raiva lutou para me consumir enquanto eu aperto mais o volante, para que eu não faça nada estúpido como virar e voltar lá. Se eu virasse e voltasse, eu


certamente o mataria. E se eu o matasse, ela nunca me perdoaria. Sua atenção estaria nele, não em mim. Eu mereço a sua atenção. Estamos caminhando sobre uma linha fina aqui, porra. Entre o certo e errado. Amor e ódio. Preto e branco. As linhas são cada vez mais ténues e eu estou cansado de jogar o Sr. Menino Simpático. "Aqui estamos", eu digo enquanto eu estaciono em uma longa entrada que leva a uma pequena casa na praia. "Lar doce lar." Ela bufa para mim e já está arrancando a porta aberta antes de eu desligar a caminhonete. Eu vejo-a correr para dentro da casa. Foi fácil trazê-la aqui. Bastou dizer-lhe uma palavra que ela tão desesperadamente necessitava ouvir. Vem comigo, se você quiser ver o seu pai. Ela vai ficar tão decepcionada. Eu odiei o olhar de pesar que ela tinha atirado para aquele anormal quando ela se arrastou por debaixo de seu braço pesado. Eu quase enlouqueci com raiva quando ela pressionou um beijo suave na testa dele. E eu queria puni-la, punir a minha doce, doce Baylee, por de bom grado me trair com aquele filho da puta. Eu mereço suas desculpas. Mas em vez disso, eu coloquei uma cara corajosa e saímos daquele hospital. Ajudei-a a entrar na caminhonete e a trouxe diretamente para cá. Minha menina tinha vindo sem lutar, porque ela queria ver seu precioso pai. O mesmo pai que não deu a mínima se ela era estuprada por homens com mais do dobro de sua idade. Foi apenas mais um corte profundo com o qual ela me feriu. Eu era o cara mau.


Mesmo depois de tudo isto. Depois de eu ser por anos o perfeito, paciente namorado. Eu mereço ser o bom rapaz. Saindo da caminhonete, minha mente voa de volta ao início. De volta quando ninguém acreditou em mim sobre ela ter sido levada. Um sorriso satisfeito se estende sobre o meu rosto. "Onde diabos está ela, Tony?" Ele tem o sentido de parecer fodidamente envergonhado. Reclinando-se na poltrona, ele inclina a garrafa de Jim Beam5 e sorve um gole antes de falar. "Eu não sei." Fúria me oprime e eu cerro meus punhos com as minhas mãos em meus lados. Eu quero esmurrar seu maldito crânio. "Ela está morta, Brandon", diz ele. A sala gira enquanto eu considero suas palavras. "Não, não, não!" "Não a Baylee", ele diz e seus violentos olhos injetados encontram os meus. "Minha esposa. Lynn faleceu. Isso foi tudo por nada. Agora eu perdi meu bebê, também." Com um grunhido, eu piso até ele e agarro sua camisa. Puxando-o para seus pés instáveis, eu cuspo na cara dele. "O que foi essa conversa de tudo por nada?" Ele encolhe os ombros, fodidamente encolhe os ombros, e tem a audácia de olhar para mim como se eu fosse ainda aquela criança idiota que ele sempre pensou que eu fosse. Não sou mais aquele garoto tímido que quer namorar com a sua filha. Eu sou seu pior pesadelo do caralho e eu não vou parar até que eu tenha o amor da minha vida de volta nos meus braços. "Baylee foi vendida. Gabe tentou levantar o dinheiro, mas não foi o suficiente. O dinheiro veio demasiado tarde... Lynn não conseguiu lidar com a perda de Baylee. Eu nunca antecipei que ela se deteriorasse tão rapidamente. Que a perda de Baylee a faria desistir." Um soluço sufocado rasgou dele.

5

Jim Beam: Whiskey bourbon


Eu enrolo meu lábio em desgosto com suas palavras e empurro-o para longe de mim. "Eu sabia que você estava envolvido, porra. Você teve uma mão nisso tudo ao vender a sua própria filha no maldito mercado negro!" Ele ruge para mim e avança. O homem é maior do que eu, mas estou furioso. Minha raiva é a de cem homens. Quando ele me atinge, saúdo-o com um punho em seu estômago. Então, eu quebro meu cotovelo no seu rosto e arremesso-o para o chão. Ele aterrissa de bunda no chão com um grunhido. Eu não perco tempo e me lanço para ele. Uma e outra vez, eu esmago meus punhos contra o seu rosto. Seus dentes cortam meus dedos de um lado, e agora eles estão pingando sangue por todo o tapete da sala intocada. "Você é um pedaço de merda nojento," Eu rosno entre respirações. "Ela é a sua filha." Meu corpo inteiro está tremendo de raiva. "G-G-Gabe", ele gagueja e cospe sangue, juntamente com um dente, "disse que ela só vai ficar fora por duas semanas. Ele vai trazê-la de volta antes que alguém a machuque. Ele prometeu mantê-la segura e dar o dinheiro para salvar a minha esposa." Lágrimas caem de seus olhos, mas não tenho pena do filho da puta. O homem que costumava me intimidar agora me enjoa. Ele não é nada, mas um pedaço de merda de lixo. Um pedaço de lixo que tinha negociado o corpo de sua filha adolescente por dinheiro. "Onde é que ele a levou?" Calor avermelha seu rosto. "Ele disse que era melhor se eu não soubesse os detalhes. Que, se ele fosse preso por seu sequestro, eu ainda estaria aqui com Lynn." Fico espantado com ele ter acreditado nessa mentira. "E você acreditou nessa besteira?" Ele não teve que inclinar-se ou falar, para eu saber que ele fez. "Você pensou sobre Baylee, Tony?" Exijo. "Alguma vez lhe ocorreu quão assustada ela estará? Você ao menos uma vez considerou que Gabe estava mentindo para você, que ele iria


foder sua filha? O homem olha para ela como se ela fosse um pedaço de carne onde ele quer cravar os dentes e você mandou-a com ele." Seus olhos se arregalam e percepção parece passar por ele. "Não…" "Sim. Ele provavelmente fodeu-a no momento em que a levou para onde diabos quer que seja. Provavelmente, nunca houve qualquer dinheiro. Aposto que ele inventou a coisa toda para que ele pudesse foder sua filha como o maldito pervertido que ele é!" "Sai de cima de mim", ele ruge. "Não fale sobre a minha filha assim. Gabe é da família. Ele amou ela-" "Ele a amava, tudo bem", eu zombo. "Eu assisti-o amá-la de longe o tempo todo, porra. Enquanto você estava muito ocupado tentando me intimidar para me afastar de sua filha, ele estava fantasiando sobre entrar em sua calcinha adolescente. E se, por algum motivo selvagem ele vendeu-a sem machucá-la, você acha que, mesmo por um segundo, ela estará segura? Baylee é doce e inocente. Esses monstros vão destruí-la." Ele tenta sacudir a cabeça, mas minhas mãos estão em torno de seu pescoço antes que eu possa me impedir na minha tentativa de fazê-lo parar de mexer. A minha visão começa a embaçar, escuridão assumindo as bordas. "Ela não será a mesma, Tony. Você pode muito bem tê-la matado você mesmo porque se ela voltar, ela não será a mesma Baylee!" Seu rosto se transforma em uma sombra feia de púrpura e seus olhos esbugalham de sua cabeça enquanto ele agarra desesperadamente meus pulsos. Esse filho da puta merece uma punição pelo que fez. "Vou encontrá-la," Eu grunho enquanto aperto o seu pescoço duramente e aproveito o assobio dos sons provenientes dele. "E tudo o que ela terá serei eu. Eu vou casar com ela e dar-lhe um monte de fodidos bebês. Você vai ser uma memória triste, distante. O homem que a vendeu. O homem que traiu a sua própria filha porque ele foi demasiado estúpido para perceber que estava sendo enganado por seu próprio melhor amigo. Como se sente, Tony? Como você se sente sabendo que eu vou destruí-lo como você destruiu a sua própria filha?" Os olhos dele se fecharam e suas mãos saíram de meus pulsos. Eu podia parar agora. O pulso da garganta é fraco,


mas ainda está lá. Eu acho. Arrastando o meu olhar para longe dele, meus olhos encontram a imagem de Baylee sobre o manto. Sua foto de graduação. Ela está vestindo uma jaqueta jeans sobre um vestido rendado branco com botas de cowboy. O sorriso que ela tem é brilhante. Essa menina merece muito mais do que o pedaço de merda de pai com o qual ela ficou. Ela me merece. Com um suspiro de frustração, eu digo. "Eu estou fazendo isso por você, baby", murmuro em voz alta, o meu olhar ainda em sua foto.

"Onde diabos ele está?" Ela grita da varanda e caminha em minha direção, me empurrando de minha memória. "Onde está o meu pai, Brandon?" Eu mereço matar seus monstros. Sua mão já está levantada, posicionada e pronta para bater no meu rosto. Assim que ela se aproxima, eu apanho o pulso delicado e torço-o dolorosamente atrás dela. "Ow!", Ela grita. "Deixe-me ir!" Um riso enlouquecido borbulha em torno de nós e eu tremo. Por um momento eu me pergunto se Gabe está de volta para nos assombrar, mas então eu percebo que o riso é meu. Eu mereço sua lealdade. "Será que aquela aberração lhe deu isso?" Eu atiro e empurro o mesmo pulso para que eu possa dar uma olhada mais de perto no que está em seu braço. "Pare, Brandon", ela diz com uma voz vacilante, todo o seu fogo apagado. Eu arranco o relógio de seu braço e atiro-o tão longe quanto eu posso atirá-lo, que é malditamente longe


considerando que eu era um arremessador do time de beisebol da escola. Se não estivesse em pé na areia, eu o teria pisado em um milhão de pedaços. Eu mereço dar-lhe tudo. "Entre na casa, baby," Eu resmungo. Minha mão aperta o antebraço enquanto eu a guio para dentro. "Nós precisamos conversar." Estou surpreso de encontrar a casa desbloqueada. Isso me faz questionar se os proprietários estão nas proximidades. Em uma caminhada de manhã cedo ou algo assim. Eles vão se arrepender de voltar para casa, isso é certo. Eu mereço tê-la só para mim. Ela coloca resistência quando eu começo a empurrá-la para as escadas. "Você me prometeu que me levaria para o meu pai. Essa é a única razão pela qual eu saí com você. Onde ele está?" Ignorando-a, eu praticamente arrasto-a até as escadas e pelo corredor. Quando eu encontro o quarto principal, eu a jogo sobre a cama e olho para ela. Eu mereço seu corpo. "Tire suas roupas," eu digo. No início, seus olhos se arregalam em choque, mas depois suas narinas dilatam e ela fecha a cara para mim. Suas bochechas e pescoço ficam avermelhados, mas eu a conheço o suficiente para saber que não é de constrangimento. Ela está chateada. Como é que ela se caga de medo de Gabe, mas de mim ela não tem nem um pouco? Eu mereço seu medo. "Baylee Marie Winston," eu digo, "se você não tirar as malditas roupa agora eu vou rasga-las de você." Para efeito, eu arranco a faca do bolso e aceno para ela. Eu mereço o seu terror. Lágrimas molham seus olhos, mas a fúria permanece. Ela ainda não está com medo de mim. Com raiva em seus olhos presos nos meus, ela arranca fora a minha


camisa. A mesma camisa que eu a tinha visto usar centenas de vezes na escola. A camisa com "Thompson" estampada na parte de trás que deixava todos os caras na escola saberem que ela era minha. Era. Eu mereço dar-lhe o meu último nome. Corro os dedos pelo meu cabelo e solto um grito cheio de raiva. "Por que, Baylee? Por que você fez isso conosco? Você costumava me amar!" Ela cruza os braços sobre o peito e olha para mim. "Onde. Está. O. Meu. Pai?" Eu mereço a sua atenção. Indo até ela, eu surpreendo-a quando eu agarro sua mandíbula, meus dedos cavando brutalmente na carne. "Nua, baby. Agora. Você ainda está meio vestida." Quando eu arrasto a faca ao longo de seu peito e sobre sua barriga, ela se encolhe de medo. Porra, finalmente. Eu mereço sua boceta quente. "Ok, Brandon, tudo bem." Eu a solto e vejo quando ela tira as calças. Assim que sua perfeita boceta fica em exibição, eu sofro para provar. Para colocar minha boca em sua boceta quente e lembrá-la o por que ela me ama e não aquele bastardo no hospital. Eu mereço todo o seu corpo. "O que você vai fazer?" Ela exige, seus dentes rangendo juntos. Vou dar crédito a minha menina por sua bravura, ela é uma cadela dura depois do que Gabe a fez passar. Eu chuto meus sapatos e começo a desafivelar meu cinto. "O que eu deveria ter feito há muito tempo." Eu mereço fode-la até amanhã. Ela começa a se contorcer para longe de mim, mas eu agarro seu tornozelo e puxo-a de volta até a borda da cama. "Brandon, não faça isso", ela implora, medo, finalmente enfiado em suas palavras. "Esse não é você."


Eu mereço suas súplicas e gritos. Sorrio, não me sentindo de jeito algum como aquele menino tímido que ela, uma vez, amou. "Você está certa, baby. Eu estou diferente e eu estou cansado de ser um maldito virgem enquanto você transa com qualquer fodido porco no West Coast. Mantenha os olhos abertos, Baylee. Eu quero que você saiba quem está fodendo com você nesse momento. " Eu mereço tudo isto. Esperei por ela. Eu a resgatei. Eu matei por ela. Eu a mereço. A minha Baylee.


OS NORMAIS cintilantes olhos verdes de Brandon estão embotados em algo escuro e desviante. Eu não reconheço sua voz, ou o seu sorriso de ódio, ou a expressão ameaçadora e olhar enlouquecido em seus olhos. Ele não é o menino na escola, o menino que era tímido sobre me dar o meu primeiro beijo ou encontrando meus pais pela primeira vez. Esse não é o menino pelo qual eu chorei quando Gabe me levou. Desaparecido está o rapaz do meu passado. Esse homem é um produto das ações de Gabe. Gabe criou o monstro diante de mim. "Por favor," Eu imploro novamente quando seu aperto se torna mais apertado em volta do meu tornozelo. "Estou grávida", eu deixo escapar. Seus olhos verdes despertam para a vida enquanto ele faz uma pausa. Eu presto atenção com expetativa quando seus olhos me movem de para frente e para trás de mim para a minha barriga como se estivesse tentando dar sentido as minhas palavras. Eu ouço um rangido sobre os pisos de madeira no quarto. Um par de olhos olha para mim um pouco além de Brandon. Um familiar par de olhos. Um par de olhos que pertencem ao diabo. Estou vendo coisas.


Brandon parece pular fora de seu torpor e mexe em seu jeans para libertar seu pau. Enquanto ele está preocupado, eu liberto o meu pé e chuto-o, com cada pedaço de força que posso desenterrar, em seu peito. Não o machuca, porque ele ri e torce meu tornozelo até o ponto de dor, me fazendo choramingar. "Você deve ser surdo, porque ouvi claramente sua exigência para você não a tocar." Como se o diabo tivesse razão para falar. Brandon congela enquanto Gabe chega mais perto, apontando uma arma para ele. Então eu não estou vendo coisas. Um Gabe machucado e enfaixado entra no quarto. Ele anda com um ligeiro coxear e estremece. "Eu matei você", murmura Brandon em descrença como se estivesse vendo um fantasma. "Você estava morto." Gabe ri, mas depois tosse. "Não, você me bateu, quando eu não podia me defender, e então você me despejou no meu porão. Você quebrou ossos, mas você não me quebrou", ele murmura através dos dentes. "Largue a faca em cima da cama e afaste-se dela." Brandon permite que a faca caia na borda da cama e dá três passos lentos para longe dele. Gabe pisca para mim e eu tremo. "Como você saiu?" Pergunto suavemente. Não havia nenhuma maneira de sair. Eu saberia, eu estive naquele porão durante dias e vasculhei toda a superfície, procurando uma rota de fuga alternativa. Ele permanece perfeitamente imóvel, apenas os olhos deslizando para encontrar os meus quando ele diz: "Havia uma janela. Você nunca encontrou, baby." Ele dá de ombros com desdém, como se eu tivesse perdido um cara ou coroa sobre quem tinha que limpar os pratos essa noite. Sento-me e olho para ele, estendendo a mão para a minha camisa e a deslizo por cima da minha cabeça. "Não havia janela!" "Havia. Estava pintada de preto perto do teto. Foi difícil como o inferno encontrar todas as ranhuras de tijolos


para furar os dedos dos pés para que eu pudesse escalar a parede, mas, eu consegui", diz ele em um tom triunfante. "Que pena que vocês dois estavam muito longe antes de eu sair. Caso contrário, poderíamos ter nos divertido juntos." Brandon começa a ir em direção a Gabe, mas ele aponta a arma, equipada com um silenciador, em sua cabeça. "Nem tente isso, maricas. Por que não vamos começar com você dizendo a Baylee o que fez com Tony?" Meus olhos encontram os enfurecidos de Brandon. Sua mandíbula aperta como se o menino que eu conhecia antes está segurando desesperadamente. Implorando-lhe para não piorar as coisas. Eu não posso ajudar, mas ser grata pela verdade que Gabe, sem dúvida, vai forçar dele. "Você não sabe nada," Brandon replica. "Eu não fiz nada." O músculo no antebraço de Gabe flexiona enquanto seu dedo paira sobre o gatilho. "Eu não sou idiota. Você e eu sabemos o que você fez." Brandon grunhe e passa os dedos pelo cabelo. Seus olhos vão para a frente e para trás entre Gabe e eu, enquanto ele procura as palavras certas. Quando seu olhar furioso aterra, novamente, em Gabe, ele forma punhos com as mãos e expulsa as palavras que fazem rachar a minha psique já frágil. "Tony mereceu depois do que ele fez." Meu coração troveja em meu peito e eu balanço a cabeça em negação. O que meu pai mereceu? O que ele fez? "Não." A palavra é um sussurro e eu não tenho certeza que qualquer um deles ouviu. Gabe franze a testa e balança a cabeça com desaprovação. "Você disse à Baylee que você o matou? Certamente ela tem certeza disso agora." "Não, você está mentindo." Eu engulo a minha emoção e pisco as lágrimas obscurecendo a minha visão. "Diga-me onde meu pai está, Brandon." Brandon range os dentes e empurra o olhar para mim. O fogo em seus olhos está queimando brilhante e cheio de ódio.


Ele está perdido. Muito perdido. "Naquela noite", ele rosna, "naquela noite, quando ele levou você, eu acordei com um nariz quebrado e um coração partido, porra." "Awwww", provoca Gabe. "Cale a boca," diz Brandon. "Eu fui ao quarto e acordei seu pai. Eu disse-lhe o que aconteceu. Você quer saber o que ele fez?" Minhas sobrancelhas arquearam em confusão. Eu posso imaginar um milhão de cenários diferentes. Papai batendo nele. Papai enlouquecendo de preocupação. Papai acusando-o de fazer alguma coisa para mim. "Ele me arrastou para fora do quarto, assim sua mãe não iria acordar, e ele me deu um soco no estômago. Então ele me ameaçou. Ele me disse para calar a boca ou ele faria isso por mim. Para não dizer nada a uma alma viva, porque tanto quanto eu estava preocupado, a verdade era que você tinha fugido. Não foi até alguns dias mais tarde, quando eu voltei, depois que sua mãe tinha morrido, que eu soube da verdade. Ele me disse que ele fez o que tinha que fazer por dinheiro. Para salvar sua mãe. Fim da história." "Eu não entendo", murmuro. Nada disso faz qualquer sentido. Brandon bufa e solta uma risada cruel. Uma risada tão semelhante à de Gabe, que envia arrepios por todo o meu corpo. "Seu pai estava envolvido em seu sequestro e venda, Baylee. Foi tudo planejado." O tempo para enquanto eu considero suas palavras torcidas. De jeito nenhum que meu pai iria vender sua filha por dinheiro. Absolutamente nenhum. Sentando-me de joelhos, a camisa me cobrindo até o meio da coxa, eu aponto o dedo para ele com raiva. "Não, eu não acredito nisso." A raiva surge no meu peito com suas insinuações. "Você é um mentiroso, porra, Brandon. Papai não iria deixar Gabe me raptar, me estuprar, e então me vender. Não!" Gabe escolhe esse momento para saltar para a conversa. "É verdade", ele diz e tem a audácia de parecer arrependido. "Foi a única maneira de garantir que Lynn fosse movida para cima na lista de transplante ou considerada por


um doador privado que poderia ser pago. Foi um negócio e você era um peão, doce menina." Em seguida, seus olhos deslizam sobre minhas pernas nuas e ele me pisca um de seus malvados, loucos sorrisos. "Além disso, Tony não me deu aprovação para dormir com sua filha. Como eu ia saber que íamos nos apaixonar? Isso foi apenas um bônus, bonita." Nós não estamos apaixonados. Ele está fodidamente delirante. "Isso foi tudo por nada..." Eu paro, engasgando com as minhas palavras. "E quanto as outras meninas? Você as amava também ou foram apenas para praticar? " Gabe passa as pontas dos dedos sobre a parte superior do meu pé e eu estremeço. "Querida, acredite em mim quando eu digo que não foi tudo por nada. Valeu a pena cada segundo. E, sim, meu pequeno passatempo com a organização abriu portas para algo maior. Ele me revelou uma maneira de ajudar o seu pai a salvar sua mãe e para me dar você. Todo mundo ganha. Você valia muito mais do que aquelas meninas quebradas, no entanto. Você nasceu para ser minha, doce menina. Para sempre." Lágrimas rolam pelo meu rosto enquanto a traição afunda ao ser usada em seu jogo. O cavaleiro negro e a torre preta tiram todas as peças no meu mundo, incluindo a sua tentativa de tomar o meu rei. A última traição do meu pai gira na minha cabeça, ameaçando acabar comigo. Levantando meu queixo, eu me lembro das palavras de War. As regras dizem que o peão é a peça mais fraca. Mas, se o peão chegar ao outro lado, ele é promovido. O peão pode se tornar rainha. E então, não é fraco de todo. "Mamãe sabia?" Minha voz oscila. Gabe sorri, quase com ternura e balança a cabeça. "Ela não sabia. Sua mãe nunca teria concordado com isso." Outra lágrima mancha o meu rosto e eu agarro-me ao fato de que nem todo mundo me traiu nesta vida. Eu quase acredito que se tivessem me perguntado, eu teria ido de bom


grado. Eu teria ido para War para salvar minha mãe. Gabe não tinha que me aterrorizar no processo. Nós poderíamos ter encontrado um caminho. Eu teria feito isso por ela. Eu teria feito qualquer coisa por ela. Mas ninguém me perguntou. Eles só me usaram. Eu era exatamente como ele disse. Um fodido peão. "Vá em frente, Brandon," Gabe insta. "Diga-lhe como você o matou, enquanto ela estava com aquela aberração. Você provavelmente bateu nele como você bateu em mim, seu pequeno pedaço de merda raivoso. Diga-lhe como você sepultou-o no próprio quintal." "Como você sabe disso?" Brandon diz com um rosnado. "Será que você desenterrou seu fodido corpo?" Eu estou balançando minha cabeça em negação e envio um olhar suplicante para Gabe, que franze a testa para mim. Suas sobrancelhas juntam-se e eu vejo o brilho de tristeza em seus olhos. Ele pode ser um monstro, mas agora ele era o melhor amigo do meu pai. Certamente que saber que meu pai está morto o machucou também. Jesus, meu pai está morto. Eu não posso sequer imaginar a palavra. Morto. O mesmo pai que me protegeu e me amou. Um homem que não era só brutidão e aspereza, mas também tinha um lado doce de urso de pelúcia. Um homem que de alguma forma estava desesperado o suficiente para vender a própria filha para salvar sua esposa. Se ao menos ele tivesse me perguntado. Eu teria ido de bom grado. Estou certa disso. Se isso significasse salvar, minha mãe, eu teria feito isso em um piscar de olhos. Gabe solta um bufo de ar frustrado e encara Brandon. "Eu", ele acena para o seu maltratado corpo, "desenterrei o corpo dele desse jeito? De jeito nenhum. Eu meio que achei que você perdeu o juízo e, finalmente, o fez pagar. Inferno, eu


nem mesmo sei se você atirou nele ou o esfaqueou ou o que diabos você fez. Mas você já provou ser um lunático. Quando entrei no seu quintal e vi que a mesa de piquenique tinha sido movida para o canto do quintal, eu sabia. Você cobriu bem seu rastro, mas você estava escondendo alguma coisa. Esse algo era o corpo dele. Como ele morreu, de qualquer maneira? Você bateu no velho até uma fodida polpa sangrenta? Você cortou sua garganta?" "Ele sabia que ia acontecer!" Grita Brandon. "Ele mereceu pagar pelo que ele permitiu acontecer com ela!" Compreensão começa a esmagar em mim. Brandon matou meu pai. Ele realmente fez isso. Gabe me pisca um olhar arrependido antes de fazer uma careta irritada para Brandon. "Isso teria terminado bem se você tivesse apenas recuado, marica. Você foi quem fodeu tudo, para Baylee e para mim. Você quebrou seu coração quando você matou o pai dela. E agora eu vou quebrar você." Eu seguro minhas mãos no ar um momento para parar ele. Minha mente está se quebrando rapidamente e eu preciso de todas as respostas que possa obter antes que eu me perca completamente. Esse colapso está muito perto de chegar. Eu estou oscilando no limite, prestes a despencar no meu próprio inferno mental. "Como você nos encontrou?" Gabe pega a minha mão e aperta-a de uma forma carinhosa. Dor, fodida dor, pisca em seus olhos quando eu o afasto. Estou enojada com ele, com os dois. Com um pequeno suspiro, ele continua. "Tudo o que levou foi fazer uma pesquisa rápida na Internet para saber que a aberração, que tinha conservado o seu cérebro pensando que você o amava, estava surpreendentemente vivo. E eu conheço você doce menina, uma vez que você descobrisse que ele não estava morto, você ainda estaria hipnotizada o suficiente para ir diretamente para ele. Mas quando cheguei lá para recuperá-la, eis que, ele estava sequestrando você. Fazendo todo o trabalho sujo para mim." Ele sacode a cabeça e sorri para Brandon. "Eu tenho que dizer, maricas, você tem algumas bolas em você. Acho que elas finalmente


cresceram quando completou dezoito anos." Eu já não estou a ouvi-los. Eu bato meus olhos fechados e tento me desligar. Mas eu não posso. A escuridão me rodeia e me sufoca com a verdade. Verdade que ele está realmente morto. Isso é demais. Brandon não é um assassino. Ele não mataria o meu pai. Por favor, que seja uma mentira. Por favor. Mas não é uma mentira. É verdade e ele é um assassino. O menino que eu amava quando era uma adolescente, cresceu para ser algo doente e porra de distorcido. Ele procurou vingança quando não era sua para procurar. Brandon Thompson esmagou toda a sua própria inocência quando ele tirou a vida do meu pai. "Foda-se," Brandon diz, me empurrando de minha tristeza esmagadora. Eu abro meus olhos e limpo as lágrimas que eu não tinha notado que estavam caindo pelo meu rosto. O olhar de Gabe fica furioso quando ele pisa para Brandon. "Cale-se! Vou colocar uma bala através de seu crânio antes que você tome a sua próxima respiração", ele ruge. "Eu não terminei com a hora da história. Diga a Baylee como você viveu em sua casa durante meses, se masturbando com as fotos dela enquanto você esperava por mim para encontrá-la, seu fodido doente. Diga a ela. Quando liguei para Tony, depois que vendi Baylee para dar-lhe o dinheiro e para atualizá-lo, você estava lá brincando de casinha na casa dela. E Tony emergiu daquela casa? Não. Porque você o matou. Você só estava esperando lá, para que quando chegasse a hora, você pudesse precipitar-se e salvar a porra do dia. Sair para o pôr do sol com a minha menina sabendo que assassinou o maldito pai dela." Eu tremo e estendo-me para pegar a minha calcinha. Não há nenhuma maneira que eu possa sentar aqui e ouvir outro segundo disso. Eu tenho que dar o fora daqui e voltar para War. Se eu pudesse sair da cama e correr para a port"Deixe-as aí", Gabe grita, acenando com a arma para mim e apontando para minha calcinha no meu punho. "Eu


não terminei ainda de olhar para você, querida." Ele pisca para mim e me dá um sorriso aquecido. Bile sobe na minha garganta. Eu estou presa em um doentio universo paralelo onde não há um diabo, mas dois. Um pesadelo de insanidade. Não só uma batalha entre dois males, mas uma guerra épica. Dois assassinos loucos. Dois homens que usaram o meu corpo em seu benefício, me manipularam, assassinando um dos homens que amei nesse mundo, e quase destruindo o outro. E, como dano colateral, eles tiveram uma mão na morte da minha mãe também. A raiva surge através de mim, afastando a traição e tristeza, ameaçando engolir tudo. Esses dois homens pensam que têm o direito sobre mim e o meu corpo. Mas apenas uma pessoa realmente é dono de mim, e é o meu coração que ele possui. Um homem que é honesto e puro e saudável. Merecedor. Ele é um anjo, o pai do meu filho, que ganhou a sua paz. Paz que eu me comprometi a dar-lhe. É hora de acabar com essa guerra, pelo meu War. Minha mente deixa de considerar maneiras de escapar, mas sim de como enganar os dois. Eu preciso de um plano para me livrar deles. E rápido. Hora de mostrar a eles que eu não sou um peão. Eu sou a fodida rainha. Isso é uma guerra, baby. E eu vou ganhar. Com uma respiração profunda, eu inalo a força do que precisa ser feito. Ontem eu estava preocupada que assassinar Gabe, de alguma forma, me mancharia como mãe. Que me faria imprópria. Mas agora, que eu sinto o pulsar do ódio e ciúme entre esses dois homens, eu sei que é o único caminho. Eles nunca vão parar. A prisão não para pessoas como Gabe ou Brandon, não quando eles já fizeram tanto. A morte é a única sentença provável. As linhas de batalha estão estratégia nessa guerra está no lugar.

desenhadas,

minha


"Gabe". Deixo escapar um soluço. As sobrancelhas de Brandon levantam em suspeita, como se ele já soubesse o meu plano. Gabe é ignorante, quando seus olhos escuros passam ao longo do meu corpo, sondando e avaliando, antes de pararem em meu tremente lábio inferior. "Ele matou o meu pai. Ele matou o seu melhor amigo. E se ele me matar também? Ele estava prestes a me estuprar, se você não tivesse intervindo. Eu não acho que isso terminou por aí." Minhas palavras são honestas e sei que ele sente isso, eu preciso que ele sinta isso, para isso funcionar. Brandon é instável. Não há como dizer o que ele teria feito, uma vez que, ele tivesse tido o seu caminho. Será que a culpa teria consumido ele? Teria ele terminado com as nossas vidas? O olhar complacente de Gabe é apagado de seu rosto quando ele pousa seu olhar zangado em Brandon. Minha frequência cardíaca acelera quando percebo que isso poderia funcionar. "Que porra, Baylee?" Brandon grita. "Como se o filho da puta sequer se importasse com o que eu faria com você. Ele estava perseguindo seu traseiro semi-nu pela rua quando eu apareci! Esse fodido homem é um monstro! Eu sou o caralho do herói aqui, baby!" Encaro-o pelo que parece uma eternidade enquanto eu procuro o menino que eu conhecia. O meu coração clama por um pedaço da alma amável que eu amava. Eu desejei que seus olhos verdes se iluminassem com a feliz faísca familiar que me lembro. Mas em vez disso, eu encontro um olhar vazio, sem alma. Com fúria e ódio. Esse menino desapareceu. Ele se foi há muito tempo. Eu não só perdi os meus pais, mas eu o perdi. Eu perdi Brandon também. Perdi-o para a escuridão. Perdi-o para o mal. Perdi o menino que cresceu sendo o meu único amigo de verdade, meu primeiro amor. Sua forma física pode permanecer, mas o Brandon, que uma vez que eu conheci se foi. Inalo uma respiração profunda e me preparo para terminar com isso. Eu não estou lutando com Brandon, eu estou lutando essa coisa na qual ele se tornou. Isso devia


fazer o que tenho que fazer um pouco menos doloroso, mas isso não acontece. Meu coração está rasgando ao meio com cada segundo que passava, mas minha mente já está fazendo o seu movimento letal. "Mas ele nunca iria realmente me machucar. Não como você ia machucar," Eu discuto e envio a Gabe um olhar aterrorizado. Um que diz que Brandon é mais assustador do que ele é. "Gabe me ama. Ele sempre me traz prazer após a dor. Você só vai me trazer dor!" Gabe rosna e seu peito se enche. Ele sempre teve ciúmes de Brandon. Agora, isso funciona ao meu favor. "Eu fiz tudo por você!" Ruge Brandon. Seu rosto vermelho. Sua testa vincando. Seu pescoço rebentando com grossas veias pulsantes. "Eu desisti da minha vida, escola, beisebol, e dos meus malditos pais por você!" Ele se lança para mim, seu corpo gigante me empurrando para o colchão. Eu tento empurrá-lo, mas ele é muito forte. "Eu não pedi isso a você e eu certamente não pedi que você matasse o meu pai!" A mão de Brandon envolve em torno da minha garganta e ele aperta. "Foi assim que eu o matei", ele cospe para fora, sua mão esmagando minha traqueia. "Bem desse jeito." Seus traços lindos contorcidos em algo vingativo e errado. Ele não quer que fiquemos juntos. Ele me quer como um prêmio. Sua posse. A recompensa por ter desistido de tanto por mim. Eu não sou nada mais do que um troféu para adicionar à sua prateleira de casa. E agora ele quer me matar. "Tire as malditas mãos dela", Gabe grunhi de trás dele, "ou eu vou pintar a cabeceira com o seu sangue." Lágrimas escorrem pelo meu rosto e eu me estico para Gabe, como se ele fosse o meu salvador. O diabo tinha sido o meu salvador em mais de uma ocasião. E eu estou contando com ele agora. "Baylee," Brandon diz, sua voz em um apelo desesperado, ignorando a ameaça de Gabe. Ele esmaga os lábios nos meus, me fazendo chorar quando seus dentes


abrem meu lábio inferior. Seu aperto se foi e ele toca minha garganta com reverência. "Jesus, eu sinto muito. Eu te amo." E nesse momento, eu acredito nele. Seus brilhantes olhos verdes brilham de emoção, revelando o menino carinhoso que eu conheci. Eu odeio que tudo terminou assim. Absolutamente odeio. Pop! O tempo congela quando os olhos arregalados de Brandon me observam antes que algo me cegue. Meus olhos se fecham e eu tento afastar o que eu acabei de ver. O horror é esmagador e eu me sinto perdendo o controle do presente e sendo atirada para o passado. Um passado em que os seus olhos verdes costumavam me fazer tremer de alegria e meu coração tamborilava para fora do meu peito quando um certo menino sorridente, com cabelo espetado me levava até ao meu armário. "Porque é que a banda está tocando no corredor?" Pergunta Audrey, uma sobrancelha escura arqueada. "É tão barulhento!" Eu começo a rir enquanto me apresso e arranco o meu livro de história do meu armário. Empurrando-o em minha mochila, eu fico na ponta dos pés para tentar ver ao redor da multidão no corredor. Algo está acontecendo. Não é um dia atarefado, por isso estou confusa sobre o caos. Mesmo que Audrey pareça agitada, ela está ostentando um sorriso bobo que coincide com o meu próprio. Crianças em torno de nós estão rindo, assim como nós, até que eu reconheço a canção. Assim que a melodia de 'Keep on Loving You " de REO Speedwagon se torna reconhecível, eu posso sentir a queimadura familiar nas minhas bochechas. Essa mesma música estava tocando na pista de patinação onde pela primeira vez ele me disse que me amava. Meu sorriso aumenta quando o meu namorado vira o canto e sorri para mim. Ele está carregando uma única rosa vermelha mas pode muito bem ser mil. O menino me faz sentir como se eu fosse a única menina no planeta. Quando o seu olhar lindo encontra o meu, eu ouço os suspiros coletivos de todas as meninas em minha classe.


Brandon é o rapaz de boa aparência que nem sequer percebe quão bonito ele é. Ele é doce e carinhoso. Um cara amoroso que ama muito a sua garota. Deus, sou tão fodidamente sortuda. "Hey, baby", diz ele com uma piscadela enquanto ele se aproxima e a banda fica em silêncio. Quando ele fica de joelhos, várias meninas gritam, incluindo Audrey. "Você vai ao baile comigo, Baylee Marie Winston?" Meus joelhos se dobram e meu queixo dói do sorriso que se estende por todo o meu rosto revelando meus dentes que estão agora finalmente livres do aparelho dos dentes. Com a mão trêmula, eu aceito a sua rosa e aceno. "Sim, é claro que eu vou com você!" Ele se lança do chão para mim e me abraça contra o armário, seus braços fortes me envolvendo em um abraço aquecido. Lábios quentes encontram os meus e ele me beija como se eu fosse a única garota que ele sempre quis ter. "Obrigado", ele murmura contra os meus lábios. Eu inclino a cabeça para trás contra o armário para olhar melhor para os seus expressivos olhos cor de jade. "Pelo que?" "Por me deixar te amar", ele diz, franzindo as sobrancelhas de uma forma séria. "Eu nunca vou parar. Não importa o que. Sempre saiba disso, baby." São palavras sinceras, e que tecem em meu coração. É esse o amor abrangente de mamãe que sempre jorra quando ela fala sobre o papai? Porque eu sinto isso. A partir das pontas do meu cabelo, todo o caminho até as pontas dos meus dedos. Brandon é o meu melhor amigo e eu o amo. "Prometa-me que vai ser sempre minha", ele diz com firmeza, os olhos escurecendo um pouco. "Prometa-me, Baylee." Meu coração para por um momento no meu peito. Sua declaração me aterroriza e me emociona ao mesmo tempo. "Para sempre, Brandon."


Um som sufocado me empurra da minha memória e meus olhos se abrem. Eu grito quando eu percebo que o corpo pesado de Brandon entrou em colapso em cima de mim. Ele está imóvel, muito imóvel. Algo quente escorre pelo meu rosto em direção ao meu ouvido e eu começo a engasgar quando percebo que é o sangue dele. Em cima de mim. Eu começo a gritar e a contorcer para tirá-lo de cima. Gabe tropeça até a cabeceira e empurra Brandon para o chão, o pesado baque ecoando no meu coração. Meus olhos permanecem fixados em seu corpo imóvel. A única coisa a se movimentar é o sangue que continua a derramar de sua testa. Ele está morto. Gabe o matou. O diabo matou o dragão, mas ele pegou o meu menino doce no processo. Apesar do meu horror de ver isso acontecer, isso correu como planejado. Em nossa guerra, a minha estratégia era usar um oponente para tirar o outro. E funcionou. Eu preciso passar para o meu próximo movimento. Se eu perder o meu foco agora, eu vou completamente quebrar e eu não posso. Eu tenho que ser forte. Pelo bebê. Por War. Por mim. "Gabe," eu choro, todo o meu corpo estremecendo, "você é a única pessoa que me resta." Ele se inclina sobre mim e acaricia meu cabelo de uma forma amorosa. "Eu te disse que você era toda minha, baby. Eu te amo." Eu aceno em veemência, como se eu concordasse plenamente com ele. A bile na minha garganta é azeda e pica. Estou a segundos de vomitar por toda a parte. Respire. Observe cada movimento.


Derrube o seu adversário. Há apenas um peão em pé entre você e o seu rei. Tomando algumas respirações calmantes, eu aceno na direção da porta do banheiro. "Você poderia pegar uma toalha?" Eu peço no tom mais equilibrado que eu consigo reunir, esperando que eu possa distraí-lo tempo suficiente para implementar a parte dois do meu plano. Tudo que eu preciso é uma distração de alguns segundos. Seus olhos estreitam e ele corre o dedo pela minha panturrilha nua. "Mas você parece tão bonita com esse sangue em cima de você. O sangue dele, porra", ele rosna como se o próprio pensamento de Brandon o enojasse. "Você devia usá-lo com orgulho, baby. Faz-me querer chupar seu clitóris até que você acorde os vizinhos com seus gritos." Eu tremo e seguro minhas lágrimas. Eu deveria saber que eu não poderia ser mais esperta que Gabe. Ele é como o cavaleiro negro, antecipando todos os meus movimentos antes mesmo de fazê-los. Eu não sou um peão fraco. Eu sou a rainha. Elaborando rapidamente um novo plano, eu tiro a camisa encharcada de sangue do meu corpo e lanço-a fora. O sangue de Brandon está começando a secar em minha garganta então eu rapidamente limpo os meus seios nus. Os olhos de Gabe escurecem e ele rosna. "Jesus, você parece tão gostosa agora, doce menina." Eu pisco-lhe um sorriso tímido. "Eu deveria estar tentando fugir", eu sussurro. "Mas tudo o que posso pensar é ter você dentro de mim". Ele geme e se arrasta para a cama ao meu lado, tomando o lugar de Brandon. "Suba em mim. Meu corpo dói muito para fazer isso de outra maneira. Eu quero brincar com sua boceta enquanto eu assisto esse sangue correr por seus peitos abaixo.” Sentando-me, deslizo a palma da mão sobre a cama, e faço contato com a minha graça salvadora, e faço o que eu


mesma me disse. Minha mão agarra a peça maravilhosa e eu torço o meu braço atrás das costas, empurrando meus peitos para a frente para deslumbrá-lo. Tudo feito em um movimento gracioso, fluido. O curativo no nariz me faz travar o meu movimento. "Eu não quero feri-lo," eu minto. A verdade é que eu quero me sentar em seu rosto e sufocá-lo com a boceta que ele parece adorar. "Oh baby. Uma menina tão doce. Você apenas sente e fique bonita, eu vou fazer todo o trabalho." Balançando a cabeça, eu me alivio para baixo, montando sua cintura um pouco acima do topo da calça jeans, meu corpo nu vulnerável e agitado. Eu fecho os olhos e penso em War. Seu sorriso lindo. Seus lábios se movendo enquanto ele conta a minha respiração. Seu gentil e amoroso toque. Respire. Eu posso fazer isto. Por War e o nosso bebê. Gabe agarra minhas coxas quase brutalmente, isso me faz abrir os olhos. Esse monstro sempre achou que ele possuía o meu corpo. Fazendome gozar contra a minha vontade. Eu quero fazê-lo pagar por machucar War, por fazer com que Brandon se perdesse na escuridão, pelo papel que ele desempenhou na morte dos meus pais. Eu quase podia ter um orgasmo com a ideia da morte de Gabe. Uma e outra vez, eu penso sobre seu pescoço sendo aberto de orelha a orelha. Seu sangue, responsável pela morte de todos os que eu amo, vai jorrar dele até seu coração parar de bater. Vou sair desse pesadelo para onde ele me arrastou. Eu vou para a faculdade. Eu vou criar esse bebê em uma casa amorosa com War em paz. Eu vou seguir em frente e viver quando era o plano de Gabe tirar tudo. Eu vou cuspir no seu túmulo e rir todo o caminho para o pôr do sol do meu próprio torcido felizes para sempre.


O PENSAMENTO da morte de Gabe é responsável por um todoconsumidor tremor quase orgasmico que ondula através de mim como nunca antes tinha. Não é sexual, porém, é um zumbido, adrenalina elétrica que nunca experimentei. Meu corpo responde com antecipação para erradicar ele de uma vez por todas da minha vida, não a sensação de sua língua suja no meu clitóris como ele gostaria que fosse. A raiva apodrece dentro de mim, me alimentando. Incitando-me. Um aperto comprime, em volta da minha santidade, como um punho, enquanto eu espero o momento perfeito. "Você é outra coisa, baby. Tão doce e inocente algumas vezes, e uma porra impertinente como o inferno nas outras." Ele senta-se em um cotovelo e arrasta sua arma ao longo da minha barriga nua. Eu tento não recuar com nojo e pisco-lhe um sorriso sedutor em vez disso. "Obrigada." Seus olhos escuros se arregalam de surpresa. "Por quê?" "Por se livrar dele", eu digo com um arrepio. "Ele estava diferente. Assustadoramente diferente."


Ele arrasta o cano da arma ainda quente para o meu sexo e brinca com meu clitóris com ele antes de deixá-lo trilhar de volta para cima. "Eu estou um pouco chateado que você o acha mais assustador do que eu. Esse menino sempre foi um maricas. Talvez," Ele murmura quando ele enfia a arma quase dolorosamente no meu baixo ventre logo acima do meu osso pélvico, "eu devesse assustá-la um pouco mais." Meus olhos arregalados encontram os dele e ele sorri. Se isso fosse há seis meses atrás na minha sala e ele estivesse me cutucando com o dedo, aquele sorriso teria sido encantador. Mas agora não, agora ele me arrepia até o osso. "Eu não tenho medo de você", digo-lhe, equilibrando a voz. "Porque eu te amo." Essas palavras saem facilmente também, mas são uma grande mentira. "Eu também te amo, doce menina", ele me diz, seus olhos escuros quentes como chocolate derretido. Seu polegar desliza sobre a minha barriga logo abaixo do meu umbigo e ele pisca. Eu faço o meu movimento e me inclino para frente para beijá-lo. Eu estou indo para você, cavaleiro preto. Assim que nossos lábios se tocam, ele geme. Antes que ele possa aprofundar o beijo, eu empurro para longe dele e balanço o braço ao redor. Eu sou desajeitada com a arma que parece muito grande na minha mão esbelta, mas é a minha única chance. Eu deixo a minha raiva me fortalecer enquanto eu esfaqueio seu peito. "Que porra é essa?" Ele ruge. "O que você fez comigo?" Apesar de seu estado debilitado, ele me empurra para longe dele e eu bato com a cabeça na cabeceira da cama. O diabo sobe na cama, sua presença malévola me queimando com os olhos. Ele deixa cair seu olhar para a faca de Brandon, que agora está firmemente entalada até ao punho em seu peito. Sangue. Tanto.


Escorrendo e se infiltrando rapidamente de seu ferimento. Uma ferida que lhe dei. Sua mão trêmula tenta retirá-la, mas ela não se move. Ele arremessa seus olhos ao redor como se procurasse respostas no ar sobre o que fazer a seguir. Mas é tarde demais. Muito tarde para o diabo. Esse anjo vingador já levou sua escolha para longe dele. "Baylee", ele sussurra e usa o pouco de energia que ele tem para avançar até mim. Gritando, eu tento afastá-lo de mim, mas ele agarra meus quadris e pressiona sua quente boca na minha barriga me beijando com reverência, quase docemente. Possessivo mesmo. Meu estômago enrola com nojo e eu engulo a bile ameaçando vomitar a qualquer momento. Seu sangue quente derrama dele e corre para entre as minhas pernas, molhando a cama abaixo do meu traseiro nu. Mas quando eu acho que eu não aguento mais, acabou. Rápido. Indolor. Terminado. Seu corpo fica duro e permanece imóvel enquanto eu deslizo por debaixo dele. "Checkmate", eu sussurro e empurro seu corpo sem vida para longe. Meus dentes estão batendo da descarga de adrenalina e tudo o que consigo pensar é sair dessa casa. Mas eu paro por um momento para admirar a minha obra. Gabe. O maldito diabo. Morto. Com as mãos trêmulas, eu visto minhas calças de yoga sem calcinha. Eu pego a camisa sangrenta de Brandon da cama e puxo-a sobre a minha cabeça. Eu terminei com essa vida. Finalmente acabou.


Esses bastardos não estão vindo atrás de mim. Eu posso tomar meu tempo. Mas eu estou pronta para colocar o meu passado atrás de mim e começar de novo com War. Preciso de ordem. Eu preciso de simplicidade. Eu preciso me sentir segura novamente. Meu coração dispara no meu peito e eu não consigo fazê-lo abrandar. Se War estivesse aqui comigo agora, ele pressionaria o polegar no pulso em minha garganta e contaria cada rápida batida. Deus, eu preciso dele. Com uma respiração profunda, eu abro a porta da frente e inalo o aroma fresco da liberdade. "Bay." Empurro meu olhar para a voz celestial que de alguma forma troveja através da loucura na minha cabeça e pisco em confusão para ver o homem se aproximando lentamente. Bonito, mas com falhas. Fraco, mas ainda tão forte. Meu. "War." Estou com medo de me mover. Medo de afugentar a visão dele. Ele parece tão real. Tão perto. Tão presente. Eu quero bater na cabeça para me lembrar que War está no hospital. "Você... você está bem?" Sua voz racha e as mãos tremem ao seu lado. Land se materializa atrás dele com os olhos arregalados e eu coloco a palma da mão no meu peito, como se tentasse acalmar o meu coração batendo. "Você está realmente aqui."


War estremece, mas dá mais alguns passos em direção a mim, não dissuadido pelo meu corpo trêmulo. "Bay, minha linda, por favor, me diga que você está bem." Lágrimas escorrem pelo meu rosto e meus joelhos se dobram. Escuridão corrói minha visão, fazendo-me balançar. "Eu não estou bem." E a escuridão me envolve. Mas com ela vem uma força quente que tudo consome. Ele me abraça e me mantém segura. Eu me desenrolo dentro da minha própria cabeça e deixo o calor me ultrapassar. "Pelo amor de Deus, Bay", ele sufoca, "Diga-me que você está bem." A profunda, voz rouca me arranca através da escuridão em minha mente e eu me estico para ela. Abro os olhos e inalo um perfume que pertence ao meu amante. Meu amigo. Meu igual. Meu War. "Você está realmente agora aqui comigo," Eu soluço, "e nós vamos ficar bem." Sua mão acaricia meu cabelo encharcado de sangue enquanto eu me agarro a ele. Ele se encolhe quando eu toco na parte esquerda de seu peito, onde ele foi baleado, então eu viro-me para a direita. "Eu estava tão assustada." Minhas lágrimas encharcam a camisa e ele continua a me segurar. "Eu estava fodidamente apavorado quando eu percebi que você tinha ido embora", diz ele, suas palavras abafadas em algum lugar no meu cabelo. "Assim que eu percebi o que aconteceu, saí do hospital para vir atrás de você. O seu relógio estava equipado com um dispositivo de rastreamento, no caso de Gabe vir atrás de você. Mas quando ele veio, você não estava usando-o. Dessa vez, porém, eu ia encontrá-la e salvá-la." "Você me salvou", eu sussurro enquanto eu puxo um pouco para longe, procurando seus olhos tempestuosos. Ele sorri e seu olhar caí na minha garganta. "Bay, você salvou a si mesma."


Seus olhos se fixam na minha carne e percepção passa sobre mim como mancha de óleo. De repente, um pensamento me oprime ao ponto de eu quase vomitar. Sangue. Tanto sangue. Estou pingando com o pior pesadelo de War. Merda! Tento me separar dele, mas ele me prende mais apertado. "Warren, eu estou coberta de... Eu estou coberta de…" Ele agarra meu cabelo e puxa a cabeça para trás. "Eu sei, linda. Acredite em mim, eu sei." Nossos olhos se encontram e sua boca perfeita torce em um meio sorriso. "Mas o amor faz você fazer coisas loucas. Como fazer absolutamente qualquer coisa, matar qualquer dragão, mesmo os imaginários em sua cabeça por uma chance de ter o seu amor em seus braços mais uma vez. Você me possui, Bay, e você sempre ganha quando se trata de lutar contra o meu coração, contra a minha mente delirante. Eu te amo." Ele me dá um pequeno sorriso. "Eu vou beijar essa sua boca suja agora." Eu meio que soluço e meio que dou um sorriso quando sua boca desce sobre a minha. Nossos lábios se conectam e ele me devora como se ele precisasse de meu amor. Então eu alimento-o. Cada parte de mim, eu dou a ele em nosso beijo. A promessa de meu amor. Crianças. Lealdade e amizade. Meu coração. "Beije-me outra vez," Eu ordeno. Ele sorri e mergulha de volta. "Qualquer coisa para a rainha."

O som das sirenes cresce mais alto enquanto a polícia se aproxima. War, Land, e eu estamos sentados na varanda


da frente esperando por eles para lidar com a situação. Land tem estado ao telefone, respondendo às perguntas da Detetive Stark. Ela pediu-lhe para nos mantermos fora da casa até que eles chegassem. Algo sobre a contaminação da cena do crime e interromper provas. Eu não me importava, embora. Eu estava sentada, perfeitamente contente ao lado de War no balanço da varanda com o braço pesado envolto ao meu redor. Eu não disse muito, e deixei os sussurros de War me acalmar. Ele tem contado e resmungado desde que se sentou. Eu sei que ele ainda está comigo, porque de vez em quando ele pressiona um beijo no topo da minha cabeça. Mas ele não para. É como se ele encontrasse uma maneira de lidar com o sangue e a insanidade. Eu não ouso interromper isso. Eu não preciso lhe perguntar se ele está bem, eu sei que ele está fraco e exausto. Além de seus resmungos, ele não mudou muito. Quando um negro Crown Vic saltita na estrada, e o vermelho e azul piscam, eu solto um suspiro de alívio. Está quase terminado. Uma bonita morena sai do carro e caminha até nós. Sua careta endurece suas feições, mas quando me vê, seu rosto suaviza. O som de suas botas na varanda de madeira indica sua chegada e ela agacha-se na minha frente. "Senhorita Winston?" Eu ergo minha cabeça e olho para ela. As sobrancelhas escuras erguem-se quando os olhos rapidamente avaliam o sangue em mim. "Você está machucada?" Balançando a cabeça, eu olho por cima dela quando dois policiais uniformizados e outro detetive num terno caminham para dentro da casa. "Estou bem. Não é o meu sangue. War precisa voltar para o hospital, embora." Ele endurece ao meu lado com a menção de seu nome, mas, em seguida, relaxa rapidamente. "Claro, querida. Nós vamos proteger a cena do crime e, em seguida, eu preciso fazer-lhe algumas perguntas antes de sair para chamar a ajuda médica. Espere aqui e eu vou estar de volta em cinco minutos", ela instrui, ficando de pé.


Quando ela não se move, eu levanto o meu olhar para o dela e ela franze a testa. "Senhorita Winston", diz ela em voz baixa, quase maternal, "Sinto muito por isso ter acontecido com você. Nós vamos continuar a derrubar todos os outros intervenientes que tiveram qualquer negociação com a White Collar Trade. Juntos, com você e com a ajuda do Sr. McPherson, vamos pegar esses caras. Cada um deles." Minha mente voa de volta para aquele dia em que conheci War. Antes de eu entrar no carro. Quando os monstros espreitavam em torno de seus ternos de cinco mil dólares, cortes de cabelo caros e sorrisos arrojados. O momento em que eles compraram e vendiam mulheres como se não fossem nada mais do que uma simples transação comercial. A negociação de um veículo usado para um modelo sexy, mais elegante. Seus sorrisos de lobo estavam aterrorizando todo o rebanho. Se eu pudesse ajudar a salvar pelo mesmo as outras dezesseis meninas que eu vi atravessar aquele palco, seria mais do que eu jamais poderia ter esperado. Homens como Edgar Finn vão para a prisão e apodrecer por seus crimes contra as mulheres. Mulheres como eu. A detetive Stark pode impedir que um homem use uma mulher como esporte. Vou fazer o que diabos ela precisar enquanto ela faz isso acontecer. "Obrigada," eu digo a ela, encontrando seu olhar com um olhar firme. "Stark, nós temos um problema", o outro detetive diz através da entrada. "Eu acho que você precisa ver isso.” Ela entra e minhas veias congelam. Que tipo de problema eles têm? Será que eu de alguma forma estou em problemas por me defender? Nem mesmo trinta segundos depois, Stark estoura através da porta com o rádio na mão. "Eu quero um helicóptero em um raio de cinco milhas da cena do crime. Precisamos da guarda costeira em alerta. Estamos à procura de um homem caucasiano, quarenta e um anos de idade, e gravemente ferido. O suspeito está a pé e o rastro da perda de sangue indica que ele foi para o oceano. Está provavelmente morto, mas eu não vou dormir até que eu feche o corpo dele em um saco.”


Eu endureço. Isso era suposto ter terminado. "Bay," War murmura no meu ouvido, "tudo vai ficar bem. Acalme-se." Mas eu não consigo acalmar. Empurrando suas mãos, eu corro pela entrada e chego ao corrimão bem a tempo de vomitar no outro lado. Eu tento ignorar a voz de Stark, que só parece fazer as coisas piores, mas as suas palavras ainda encontram o seu caminho para dentro da minha cabeça. "Entre em contato com as notícias locais e os faça fazer um boletim de emergência da polícia. Estamos à procura de um homem chamado Gabriel Sharpe. O suspeito é considerado armado e extremamente perigoso, apesar de suas lesões com risco de vida." Ao ouvir o seu nome, a confirmação de que não terminou, me envia para o limite. Preto esmaga em torno de mim e eu vou para baixo, mergulhando na escuridão.


FOCO. FOCO. Foco. Baylee. Baylee. Baylee. Merda! Estou naturalmente predeterminado a ficar porra de louco sobre coisas que não posso controlar, sangue, micróbios, doenças, toxinas, a dor dela. Minha mente ameaça rachar e se dividir ao meio para que os terrores possam causar seus estragos em mim. Parece iminente. Mas eu posso controlá-lo. Eu tenho que controlar. Eu vou. Meus dedos enfiam através de seu cabelo coberto de sangue, enquanto papai nos leva para o hospital e eu encontro a minha calma. Baylee precisa de mim e eu não vou decepcioná-la agora. Fui ficando melhor, por causa dela, e vou ser eu a ajudá-la a passar por isso. A minha preciosa Bay foi ao inferno e voltou. Ela teve que ser forte por tanto fodido tempo e agora é hora de inverter os papéis. Eu vou ser o único a carrega-la até ao fim. A estrada não vai ser fácil e ela vai precisar de um monte de aconselhamento, mas eu vou estar lá para ela, em todos os passos do caminho.


Os demônios em minha cabeça estão mortos para mim. Eles podem ir foder com outra pessoa agora porque eu os ultrapassei. Terminou, porra. Parei de combater esses bastardos porque eu estou lutando por ela. Ela é a parte mais importante de mim. Ela é a única parte de mim que realmente importa. "Você está bem aí atrás, meu filho?" Pergunta o meu pai, o tremor na voz dele me diz que ele não é tão forte como ele deixa transparecer. "Sim", eu corto e encontro seus olhos no espelho com o meu próprio olhar firme. "Eu só quero que cuidem de Baylee. Isso é tudo o que importa para mim, pai." Ele pressiona o acelerador e nos deslizamos em torno de um carro mais lento enquanto ele faz o seu caminho de volta para o hospital. Nós tínhamos deixado Stark e a porra do caos de veículos de emergência para conseguir ajuda médica para mim e Baylee com a promessa de que mais tarde ela poderia nos questionar. "Dez minutos, War. Aguente, garoto." Sua respiração quente enquanto ela dorme queima através do meu jeans no topo da minha coxa, quase me escaldando. Eu acaricio seu cabelo, afastando-o e admirando seu rosto bonito, manchado de sangue. Tão bonita. Tão perfeita. Vale tanto a luta. Eu posso olhar para o rosto manchado de sangue, sem perder a porra da minha mente, porque é ela. Não é o sangue e doenças e nojo. É ela. Bay. Merecedora de amor e muito mais. Ela é minha para amar e cuidar. E eu não vou desiludi-la, porra. Sacudo a cabeça para trás quando nós batemos em uma lombada, eu solto um suspiro aliviado ao ver que estamos descendo a estrada secundária que nos leva diretamente para o hospital. Quando paramos em frente, meu pai salta


do carro e corre para abrir a porta. Baylee se senta, grogue de seu curto cochilo, e seus frenéticos olhos vasculham ao redor. Ela está procurando por ele. Esperando que ele saia de uma sombra. Para levá-la novamente, para fazer só Deus sabe o quê. Mas ele não está aqui. Quando ela percebe isso, ela sai com a ajuda de meu pai e eu salto para fora atrás dela, ansioso para mantê-la perto de mim. Meus olhos se fixam nas manchas em sua bochecha e eu estendo a mão para ela, o desejo de tocá-la tão necessário quanto a minha próxima respiração. O sangue não me assusta mais. A pele pálida e o olhar desorientado em seu rosto faz isso ir embora. Quando seus joelhos se dobram, eu estou lá para recolher seu corpo nos meus braços. As pessoas estão gritando em torno de nós, mas eu mantenho minha garota para mim. Eu não vou deixar você cair, Bay. Nem agora, nem nunca.

"Filho, você precisa se readmitir no hospital como paciente. Você não parece bem." As Preocupações de meu pai rolam para fora de mim e eu afasto-as. Nada importa, exceto ela. Quando ela desmaiou antes, eles correram para admiti-la. Eu fiquei ao seu lado, segurando sua mão pequena, enquanto eles a avaliavam. Ela estava severamente desidratada e com extrema necessidade de fluidos. Agora que ela está sendo cuidada corretamente, a cor está começando a voltar ao seu rosto. Suas suaves, rítmicas respirações enquanto ela dorme são música para os meus ouvidos.


E sim, eu conto cada um, porra. "Eu vou ficar bem," eu o asseguro enquanto eu corro o meu polegar na parte superior da sua mão, ignorando a dor lancinante no meu peito. Eu podia realmente precisar de alguns analgésicos, mas vai ter que esperar. A última vez que eu fechei os olhos, Brandon levou-a bem debaixo do meu nariz. Não estou ansioso para deixá-la vulnerável novamente. "Warren, ela vai ficar bem. Mas se você não voltar para a cama logo, você não vai ficar bem. Ela precisa que você seja forte por ela. Além disso, há um policial uniformizado do lado de fora de sua porta. Nada vai acontecer com ela." Eu processo suas palavras. Se ela estivesse acordada e coerente, ela estaria me pressionando para obter ajuda médica. Ele tem razão. Eu preciso ficar melhor por ela. Ela gostaria que fosse assim. "Tudo bem, mas você fica com ela. Apenas para ser seguro. Ela só tem a nós, pai. Cuide dela para mim", digo a ele bruscamente enquanto eu levanto com as pernas trêmulas. "Prometa-me." "É claro", ele promete, sua voz grave e isso me conforta. Inclinando para a frente, eu corro o meu polegar ao longo de sua bochecha agora limpa e, em seguida, pressiono meus lábios nos dela. "Eu te amo, linda. Cuide de si mesma e do nosso bebê. Nós vamos voltar para casa em breve e deixar isto para trás. Eu te juro que vou fazer tudo ficar melhor." Seus olhos se abrem e ela sorri, embora um pequeno e rápido sorriso, antes dela deslizar novamente em um muito necessário sono. Eu beijo-a mais uma vez e, em seguida, fico em pé. O quarto gira, a minha tontura me esmaga e eu tropeço. Felizmente, meu pai está lá para me impedir que eu caia no chão que eu sei estar cheio de microrganismos repugnantes. Ele me leva até a porta e chama por uma enfermeira. "Meu filho precisa de um quarto. E, de preferência um próximo. Eu preciso cuidar de ambos os meus filhos." A enfermeira me encontra uma cadeira de rodas e não muito tempo depois, ela está me empurrando para um quarto três portas abaixo do de Baylee. Três é o meu número da sorte. Quando ela começa a virar para baixo dos


cobertores, eu me arrepio. Todos os horrores do dia espalham sobre mim como a porra da peste negra. "Você está bem?", Ela questiona da cabeceira, alarme estragando suas feições. "Você parece que viu um fantasma." Balanço a cabeça e aponto para o banheiro com uma mão trêmula. "Eu vou ficar bem,” e eu vou, "Mas eu preciso de um banho o mais rápido possível."

Os monstros em minha cabeça me afrontam, imagens multiplicadas do rosto ensanguentado de Bay na minha cabeça, uma em cima da outra, até que é um borrão confuso de amor sangrento. Sangue coagulado. Gotejando e escorrendo da minha Baylee. Está em sua boca, os olhos, o nariz e as orelhas. Ela está engasgada com ele. E vomita mais e mais. Eu preciso ajudá-la! Na escuridão da minha mente, eu chego para ela, eu alcanço minha luz. Percorro o mar de ossos e sangue, o mau cheiro fazendo-me engasgar, e vou até ela. Eu vou te proteger, Bay. "War?" Pisco os olhos, abrindo-os do meu pesadelo e lentamente absorvo a cena em torno de mim. Um novo quarto de hospital. O relógio na parede me diz que passou duas horas, dezoito minutos e seis segundos desde de que eu a vi pela última vez. Ela estava dormindo e segura.


Com um suspiro de alívio, eu vasculho o quarto e sou grato por não ver o meu pai sentado em uma das cadeiras. Ele está fazendo jus a sua promessa de cuidar dela. Meus olhos encontram os escuros, simpáticos olhos do Dr. Daniels. O psiquiatra. "Warren", sua voz profunda e calma troveja através dos restos de nevoeiro do meu pesadelo. "Como você está indo?" Eu cerro os olhos fechados por um momento para afastar as más imagens de Baylee e recordar algumas melhores. Seu lindo cabelo loiro pulando em seu rabo de cavalo enquanto ela corre ao longo da praia. A maneira animada como ela bateu palmas quando ela me venceu no xadrez. Quão musical sua voz soava quando ela ria de algo que eu tinha dito. Quando eu reabro os olhos, eu estou sorrindo. Ela me salva o tempo todo. "Fale comigo, cara", diz ele, seu próprio sorriso em um lado de seus lábios. Ele é um homem negro de pele clara com olhos da cor do jeito que a Baylee gosta de seu café. Eu não acho que ele possa ser mais velho do que eu pela minha avaliação rápida. "Onde você foi momentos atrás?" Dando de ombros, tomo nota de que a dor lancinante no meu peito diminuiu graças a uma dose saudável de analgésicos ao ser admitido novamente. "Não foi nada." E isso é uma mentira. Baylee é tudo. "War. Seja franco comigo. Dê-me os detalhes." Empurrando meu olhar de volta para o Dr. Daniels, eu suspiro. "Eu tive um pesadelo mais cedo. Havia sangue. Em toda parte." Ele sorri o que faz com que imediatamente eu franza a testa. "Na sua namorada?" "Noiva e mãe do meu filho", eu corrijo, esfregando o meu queixo com os meus dedos e nivelo meu olhar com o dele. "Mas então, quando eu senti os velhos demônios se aproximando de mim, eu me concentrei nela. Baylee sempre foi a minha salvadora, minha luz na enlouquecedora escuridão. Eu vou ser pai agora. Ficar bem não é apenas sobre mim. É sobre a


minha família." Ele balança a cabeça e senta-se aos pés da minha cama. Eu não empurro para longe dele. Eu não pergunto sobre o que ele tinha comido hoje e se lavou ou não as mãos depois de ter usado o banheiro. Em vez disso, eu quero saber como ele vai me ajudar. Como ele vai me corrigir. "Você a ama?" Eu olho para ele como se ele tivesse perdido sua mente, não eu. "Claro que eu a amo, porra. Ela é tudo para mim." "Bom. Então você vai precisar ficar melhor por ela. Eu acabei de visitar sua noiva antes de eu vir vê-lo. Ela vai precisar da sua luz, Warren." Minha frequência cardíaca acelera e eu levanto minhas sobrancelhas em questão. "Você acha que eu posso ser a luz dela? Mesmo que eu não consiga parar esses pensamentos cada vez que eu fecho meus olhos?" "Claro que eu acho. E você sabe disso também." Eu realmente sei. Uma rajada de ar aliviado me escapa quando eu sinto meus ombros relaxarem. "Esses pensamentos", ele me assegurou, "acabarão por desaparecer." Ele quebra o contato visual e dá um tapinha na minha canela. "Você estava ficando cada vez melhor, não estava? Eu li a sua história e falei com seu pai", diz ele e levanta o olhar para me encarar. "Senhorita Winston estava ajudando você, certo?" Concordo com a cabeça sem hesitação. "Ela me cura, Doutor." Ele sorri. "Ela definitivamente foi instrumental. Com a minha ajuda, eu acho que nós podemos continuar a levá-lo para um caminho para uma vida mais saudável. Você já chegou aos trancos e barrancos. Com um pouco de terapia semanais e a dose adequada de medicação anti-ansiedade, você pode viver uma vida normal, War. Eu sei que você quer isso para si mesmo." "Eu quero isso para ela," eu digo a ele com convicção.


Eu tremo com a ideia de derramar todos os meus problemas com esse cara. Mas, novamente, ele não parece me julgar. Realmente parece que ele quer me ajudar. "Porém, os medicamentos que tomei no passado parecem mexer ainda mais com a minha cabeça," Eu admito e belisco a ponta do meu nariz para afastar a dor de cabeça que está se formando. "Quero a minha cabeça clara para ela." Ele junta as sobrancelhas de maneira ponderada e assente. "Eu concordo. No passado, você não estava recebendo a ajuda adequada. Mas é por isso que vamos trabalhar juntos. Isso tem de ser um esforço em equipe, War. Eu não preciso que você me veja como o cara mau. Eu estive com a senhorita Winston, e ela precisa de você. Ela precisa que você seja o mais forte. Essa pobre menina tem passado por tanta coisa. Eu acredito que você pode fazer o que é preciso para ficar melhor por você e sua família. Nós podemos falar sobre o que incomoda você e fazer um regime medicamentoso que realmente funcione. O que você diz?" Eu fecho meus olhos e tento imaginar uma vida onde eu ando através de uma loja, de mãos dadas com Baylee, comprar a mobília do bebê e, em seguida, comer em um restaurante com vista para o oceano. Um onde eu não sou continuamente agredido com os “ses”, imagens sangrentas, e micróbios aos milhões. A ideia é tão fantástica, tão boa, que eu realmente dou um sorriso amplo. Quando abro os olhos, o Dr. Daniels não está divertido. Mas ele não está irritado também. Ele está calmo e simplesmente esperando pela minha resposta. Com um suspiro, eu dou-lhe a única resposta que importa, agora que Baylee é uma parte do meu mundo escuro e torcido. "Sim, claro. Ajude-me a conseguir esta merda doentia fora da minha cabeça."


Uma semana de psicoterapias e cocktails de medicamentos para minha saúde mental e terapias pulmonares para a minha saúde física, e eu estou finalmente pronto para ir para casa. E rapaz, estou pronto para voltar à realidade. Há poucos dias, meu pai levou Baylee de volta para Oakland para um enterro apropriado de seu pai ao lado da mãe. Stark, como prometido, teve policiais seguindo-os apenas no caso de Gabe tentar algo. Felizmente para nós, ele não tentou. O médico legista afirma que a perda de sangue de Gabe teria sido demais para sobreviver sem receber imediata atenção médica. E uma vez que o sangue desapareceu no caminho para o oceano, eles estão convencidos de que ele provavelmente se afogou. Estou feliz que a taxa de sobrevivência do filho da puta não era viável após o que Baylee fez com ele. Foi um preço pequeno a pagar por toda a mágoa e dor que ele a fez passar. Ela ainda não falou sobre o que ele fez com ela depois de eu ter sido baleado. Eu nem a pressiono. A minha Baylee está diferente. Vaga e tranquila. Ela força sorrisos para o meu pai e para mim, mas quando ela pensa que ninguém está olhando, ela volta a pegar linhas de suas calças ou fica roendo suas unhas. Ela está fodidamente estressada. Eu posso ver a preocupação em seus olhos. Que ele vai aparecer e levá-la novamente. Eu gostaria de poder encontrar uma maneira de fazê-la relaxar e confiar que ele teve o que mereceu. Assim que voltarmos para casa, em conjunto, eu vou encontrar uma maneira de trazê-la de volta para mim. Eu não estou dando em cima dela agora. Não depois de tudo. "Vocês estão todos prontos?" A enfermeira Cathy pergunta quando ela entra no quarto empurrando uma cadeira de rodas. Baylee trilha atrás dela com os braços cruzados sobre o peito. Eu gostaria que ela viesse até mim e rastejasse na minha cama. Eu imploro para pressionar meus lábios nos dela e beijar todas as suas preocupações. Infelizmente, ela não me mostra sua centelha familiar e eu não empurro para vê-la. Ainda não. Então, ao invés, eu pressiono


delicadamente quando e onde eu posso. Eventualmente, eu vou empurrar através da parede que ela está formando em torno de si mesma. Vou chegar a ela como ela chegou a mim. Vamos corrigir isso. "Eu estou pronto para que as coisas voltem ao normal", digo a enfermeira, mas o meu olhar se desvia para Baylee. Ela se agita desconfortavelmente na cadeira, mas não faz contato visual. Meu coração aperta no meu peito. Cada dia, a distância entre nós aumenta mais e mais. Receio que mais um pouco e ela vai desligar de mim completamente. Eu vou morrer antes de deixar isso acontecer. Quando voltar para a casa, as coisas vão voltar a ser como eram uma vez. Minha cabeça está mais clara com a mais recente invenção de antidepressivos e remédios de ansiedade. O sangue e germes e toxinas estão entorpecidos em minha mente e minha pele já não arranha quando as pessoas chegam muito perto. Eu não pude ajudar a maneira como minha mente é obcecada com a exatidão, embora. Perfeição. Detalhes. É como se o meu OCD6 piorasse em alguns aspetos. Eu sabia que estava ficando ruim quando tentei contar cada pequeno quadrado entre os fios trançados pelo qual o cobertor do hospital era composto. O Dr. Daniels me disse que ele estava vendo progresso no meu caminho, e eu não ia pedir por outra medicação para me empurrar para o esquecimento. Uma vez que eu estou pronto na cadeira de rodas e Baylee está a seguir, ela estica uma mão para mim. O movimento é sutil, com a mão mal vindo para a frente. Mas é algo. É tudo. Uma faísca. Sem hesitar, eu retiro a mão e a trago para os meus lábios. Esperança brilha brevemente em seus olhos antes que ela quebre o nosso olhar. Uma pequena faísca no momento é tudo o que estou pedindo. Logo, o nosso amor estará de volta em chamas e consumindo tudo em nosso caminho. Vou alimentar as chamas. Eu vou queimar o passado. Tudo por ela.

6

OCD = distúrbio obsessivo-compulsivo


Segure-se, Bay. Eu vou fazer vocĂŞ ficar melhor.


JÁ FAZ mais de um mês desde que voltamos para casa. À noite, depois que eu sinto as respirações de War se acalmarem, eu choro até adormecer. Mesmo com Land e War em torno de mim o tempo todo, eu estou sozinha. Mesmo com o nosso filho crescendo dentro de mim, estou à deriva. O meu pai se foi. A minha mãe se foi. Brandon se foi. E Gabe está em algum lugar. Não que eu esteja realmente com medo dele. Se ele estivesse vivo, ele já teria voltado por mim. Stark prometeu que eles procuraram em todos os hospitais do estado e não houve uma palavra de sua chegada ou qualquer descrição que combine com seus ferimentos. Ele está morto, ela jura. Eu quero acreditar nela. Talvez racionalmente eu acredite.


Mas, às vezes, tarde da noite, quando eu choro na cama, eu posso quase sentir sua presença. O diabo me aquece e eu adormeço, fraca e exausta. Eu odeio as coisas que ele fez para mim. No entanto, meu coração dói por sentir a falta dele, da mesma forma como eu sinto de Brandon, mamãe e papai. É estúpido e quase loucura, mas é como eu me sinto. Como eu podia sentir tanto a falta de um monstro e um dragão? Como eu podia sentir falta de um pai que venderia sua filha para salvar sua esposa? Desde que estamos em casa, War gasta uma quantidade ímpia de tempo escondido no seu escritório. Ele está obcecado. Ele está vasculhando a Internet em busca de pistas. Qualquer coisa para levá-los na direção do WCT e as pessoas que estavam envolvidos. Stark tinha conseguido um juiz para aprovar um mandado ao escritório de Forrester e a casa de Whitehead. Eles viraram ambos os lugares de cabeça para baixo à procura de provas, mas ele era bom. 'Ol Buck e sua esposa sabiam como não deixar absolutamente nenhuma pista que levasse de volta para sua clientela abastada. E, quanto a Edgar Finn, descobriu-se que não é tão fácil de entrar na casa do magnata responsável pelo financiamento dessa rede sem uma boa razão. Aparentemente, o meu testemunho não é suficiente sem algum tipo de evidência substancial. Então, há um mês, War faz o que Stark lhe pediu. Ele está tentando se infiltrar nas informações financeiras da Sra. Whitehead e informações de Edgar Finn. War é bom no que faz, mas eles são melhores em esconder seus rastros. "Como está o meu netinho?" A voz de Land envia uma onda de calor através do meu coração, descongelando as partes congeladas, negras dele. Eu rolo na cama e vejo-o sorrindo na porta do quarto de War. Ele, como eu, usa um falso sorriso. E eu, como ele, finjo também. Eu mostro um sorriso falso. "O seu netinho me deixa sonolenta." É a verdade. Mais ou menos.


Tenho certeza que perder todos os seus entes queridos vai deixar você deprimido e que vai deixar você sonolento, mas eu o deixo ter pensamentos mais felizes. Os fetos deixam suas mães grávidas cansadas. Claro. "Você tem estado na cama durante todo o dia", diz ele em voz baixa, seu sorriso desaparece. "Talvez devêssemos levá-la ao médico. Talvez mudar as suas vitaminas pré-natais ou algo assim. Você já teve uma consulta como o terapeuta que o Dr. Daniels sugeriu?" A preocupação estampada em seu rosto me lembra de quando eu ficava doente e meu pai cuidava de mim. Mamãe era boa em fazer sopa de frango e noodles caseiro ou comprar novos livros para eu ler para manter minha mente distraída. Sempre tentando encontrar uma maneira de me deixar melhor. Mas papai? Papai me abraçava e apenas me deixava ser o seu bebê pelo tempo que eu precisasse até ficar bem. Lágrimas caem no lado do meu rosto e molho o travesseiro onde estou deitada. A dor em meu peito dói mais do que a normal e eu tento engolir a emoção que parece estar presa na minha garganta. "Sinto falta da minha mãe e meu pai," Eu engasgo com um soluço. Eu estou envergonhada de soar como eu tivesse doze anos de novo, precisando de meu pai para fazer tudo melhor. Mas isso é exatamente como me sinto. Jovem. Sozinha. E com medo do mundo exterior. Sem dizer nada, Land rodeia a cama e sobe ao meu lado. Ele envolve um braço quente em volta do meu e me abraça contra ele. "Eu sinto muito, Baylee", diz ele, sua voz cheia de emoção. "Eu gostaria de poder fazer você esquecer tudo e levar embora todo o sofrimento que você passou." Quando eu começo a chorar, ele segue atrás de mim, seus soluços profundos em melodia com os meus mais agudos. Juntos, nós choramos por aqueles que a vida tomou de nós. Eu sei que ele está magoado por sua esposa e filha. Eu estou sangrando por meus pais. E, juntos, nossos corações às vezes doem mais por War. O homem doce, quebrado cujas aflições,


ocasionalmente, roubam-no para longe de nós. À nossa maneira, nós nos apoiamos um no outro. Nós deitamos assim por algum tempo. A presença paternal de Land me faz lembrar do meu próprio e me conforta. "Eu nunca vou substituir o seu pai", diz ele em voz baixa, "mas eu vou te proteger e te amar como se você fosse minha filha. Quando, ás vezes, o meu filho ficar preso dentro de sua cabeça, eu vou estar lá para você." Eu engulo as lágrimas. War tem sido maravilhoso. Determinado a derrubar a rede WCT durante o dia, mas ainda atento às minhas necessidades emocionais durante a noite. Ele garante que eu coma, paira quando não estou usando o meu sorriso falso, e me esmaga com seus quentes abraços. Temos ainda que fazer amor de novo e eu tenho as minhas razões. War quer desesperadamente. Mas sou eu quem está presa dentro de minha cabeça. Sou eu quem não consegue se libertar dos últimos meses. Sou eu quem o empurra quando o almejo mais do que qualquer coisa. "War e eu sempre vamos cuidar de você," Land me assegura. "Você é a nossa família agora, Baylee. Entende isso, garota? " Suas últimas palavras são brincadeira, mas eu sei que ele está falando sério. Eu posso sentir isso, profundamente, dentro do meu coração. Sabendo que eu tenho, pelo menos, duas pessoas nesse mundo dispostas a me amar e cuidar de mim faz com que a carga que tem pesado em minha mente diminua. "Obrigado, Land. Você não tem ideia do quanto isso significa para mim." E com um sorriso, eu acrescento: "Então, você vai me levar para fazer o meu piercing no umbigo?" Ele ri alto e, em seguida, finge uma voz profunda e paternal. "Eu não penso assim, mocinha. Não enquanto você estiver vivendo sob este teto." Nós dois rimos e o meu coração se sente mais leve. Um dia de cada vez. Nós podemos fazer isto. Juntos.


War passa os dedos pelo cabelo e bufa em frustração. "Nada. Fodidamente nada." Eu estou enrolada na cadeira em seu escritório, necessitando estar perto dele. "Sem rastros de dinheiro?" "Nada que irá servir no tribunal. Eles são todos uma porra de meticulosos," ele resmunga e bate o seu punho na mesa, me assustando. Ele continua a clicar em páginas da web, mas não se vira para me encarar. Minha mente voa para essa noite. Na noite em que encontrei aquele homem horrível. "Dou dois milhões," uma voz divertida diz do meu lado. Eu empurro o meu olhar para um homem que me faz lembrar de Brandon. Seu cabelo escuro está cortado curto e espetado no topo. Ele tem um sorriso encantador. "Isso é um monte de dinheiro," eu falo. Ele pisca. "Sim, é. E você vai valer a pena." Eu mordo meu lábio e lanço outro olhar em direção a Gabe. Em lugar algum. O meu olhar cai de volta para o homem que parece inofensivo em seu belo terno e sorriso desarmante. "Obrigada," murmuro. Ele dá um passo em minha direção. "E tão educada. Você vai ser um ótimo complemento para as minhas meninas." "Você tem mais do que uma?" "Eu venho aqui todos os meses e compro mais. É um vício." Eu engulo. "O que você faz com elas?"


Seus olhos piscam com algo escuro e mau. Ele não é nada como Brandon. "Eu as machuco. Assim como eu vou te machucar," ele diz em um tom decidido. Ele pisca e sorri para mim como se suas palavras não fossem horríveis. "Sua pele clara é tão perfeita e intocada. Estou prestes a gozar só de pensar em todas as desagradáveis palavras que eu vou esculpir em sua pele. Você vai usar o meu nome e outras palavras como boceta e prostituta em sua carne para todo o mundo ver." Eu tropeço para trás para longe dele e suspiro com horror. "Você é um monstro!" Ele zomba. "Onde você pensa que está, garota sexy? Na porra de um levantamento de fundos? " "Eu, mas, eu..." "Você está em um tanque com alguns dos maiores monstros da West Coast. Você não é nada mais que uma refeição comprada para ser devorada com a ganância e nenhuma restrição. Alguns de nós querem relações sexuais. Outros querem atos depravados. Eu estou no lado depravado com um pouco de sexo. Eles não vão reconhecer sua beleza preciosa assim que eu terminar com você. Mas, em seguida, vai ser tarde demais. Você vai sangrar por todo o meu tapete persa e eu vou arrastar sua bunda para despejá-la no maldito oceano." Lágrimas escorrem pelo meu rosto e eu começo a fugir dele. Seu aperto fortifica no meu braço antes de eu conseguir me afastar. "O meu nome é, Edgar Finn. Lembre-se disso porque você vai levá-lo para o seu túmulo", ele ameaça. "Até logo, Gardenia Lee." Ele me libera e eu empurro-me através da multidão para longe dele a uma velocidade vertiginosa. Eu preciso escapar agora. Não há nenhuma maneira de eu ir para casa com aquele lunático. Enquanto eu me apresso para longe dele, eu tento não fazer contato visual com os homens ao longo do caminho. Eles são todos iguais. Monstros como Gabe. Eu tinha sido uma idiota por acreditar no contrário. Não há nada como encontrar o agradável lado desse mundo. A única coisa que eu me preocupo é como encontrar o caminho para sair dele. Agora.


Tremo só com a memória. "Você acha que ele realmente as matou? Edgar Finn, quero dizer." War gira em sua cadeira e olha para mim, a preocupação sobre mim estampado em seu rosto. Quando me fecho, que é uma grande parte do tempo, ele atira-se em seu trabalho. Seu olhar cansado passa sobre o meu rosto e ele franze a testa. "Eu não ficaria surpreso. Todos eles são monstros." Lambendo meus lábios secos, eu me sento na cadeira, de repente ansiosa por sua atenção. "Ele se gabou sobre matar aquelas meninas e despejá-los no oceano. Você realmente acha que ele fazia isso? As pessoas não encontraram seus corpos? Você acha que foi tudo um ato para me aterrorizar ou era de verdade?" Seus olhos se concentram em minha boca quando eu falo e um arrepio, o primeiro sinal de vida em quase um mês, espalha-se através de mim. "Você é tão bonita, Baylee," ele murmura, ignorando completamente as minhas perguntas. Mas eu não me importo. Estou muito encantada pelo modo como meu corpo, que parecia estar morrendo, lentamente tem mostrado alguns sinais reais de vida. Meu coração está batendo de forma irregular dentro do meu peito e minha respiração acelera. Sua boca mal se move e posso dizer que ele está contando. Contando minhas batidas, minha respiração... ele está me contando. O sorriso nos seus lábios é imediato. E isso me faz tão feliz. "Quantos?" Eu questiono depois do que parece como um minuto. Suas bochechas ficam vermelhas e ele sorri timidamente para mim. "Dezenove piscadelas, catorze respirações, e um grande sorriso que eu não via há muito tempo." Lágrimas molham meus olhos antes de derramarem e trilharem o meu rosto. Seus olhos seguem seu caminho e ele olha para elas quando se penduram no meu queixo. Com a mão trêmula, ele estende a mão e as toca, molhando a ponta do dedo. A respiração que parecia estar segurando sai correndo rapidamente e eu levanto meu olhar para o dele.


Eu posso ver isso em seus olhos. Ele implora para me beijar. Para me abraçar e acariciar a minha dor. Mas eu não sei se eu consigo lidar com isso. Cada vez que ele tenta me tocar de uma forma que é mais do que apenas amigável, eu me envergonho. Estou muito fodida para ele agora. Quando eu me inclino para trás, seu rosto cai, e com ele, meu coração cai para o chão. Eu quero empurrar através dessa parede grossa na minha cabeça. Subir sobre ele e em seus quentes, ansiosos braços. Por que não posso ultrapassar isto? Eu esfrego a mão sobre a minha barriga e prometo que amanhã eu vou ligar para o terapeuta que o Dr. Daniels sugeriu. Eu preciso ficar melhor por nós três. Este bebê vai entrar nesse mundo em um ambiente feliz, amoroso. "Edgar Finn parece ser um fanfarrão. Ele parece o tipo que quer mostrar aos outros sua obra. Pessoas como ele são narcisistas," Eu cuspo em partes iguais de desgosto, dos monstros neste mundo e o mundo à parte onde War e eu estamos. Essa última parte sendo minha culpa. Seus olhos ficam vidrados enquanto ele se perde em pensamentos. Eu vejo com satisfação doentia como ele esfrega um dedo e o polegar juntos, manchando a minha lágrima sobre sua carne. O meu coração bombeia com esmagadora alegria por ele parecer ser obcecado sobre tocar uma parte de mim. Somente se dê a ele. Mas então ele acorda, habituado à minha negação constante, e gira ao redor. Seus dedos voam sobre o seu teclado como um homem possuído. Eu mastigo meu lábio e tento não explodir plenamente em lágrimas por não ser capaz de ser a mulher que ele merece. "Você é um gênio", ele murmura por cima do ombro para mim. "Eu estava tão obcecado com suas finanças, eu não pensei em sua casa. Stark pode não ser capaz de entrar sem um mandado, mas podemos entrar. Ele paga uma taxa mensal para a Pacific Security a cada mês. Tudo o que preciso fazer é acessar seu banco de dados e localizar sua conta. Um


bastardo rico como ele com certeza tem câmeras em sua propriedade. Talvez possamos encontrar alguma coisa." Decepção desaparece e eu fico em pé e assisto com temor por cima do seu ombro enquanto War voa através dos programas com facilidade. Ele é um hacker nato e não há um firewall que seja impenetrável quando se trata dele entrar. Eu só queria que ele soubesse como entrar da minha mente e derrubar o muro que nos divide. "Bingo", diz ele com um grunhido satisfeito. Sem pensar, eu deslizo em seu colo para obter um olhar mais atento. Seus braços fortes envolvem em torno da minha cintura e seus lábios encontram o meu pescoço. Quentes, rápidas respirações agradam a minha carne e minhas batidas do ritmo cardíaco voltam à vida pela primeira vez em semanas. O sentimento é emocionante e eu senti falta pra caramba. "Deus, eu senti sua falta", ele murmura contra a minha pele e, em seguida, pressiona um beijo lá. Eu quero os seus beijos em toda parte do meu corpo. Em cima de mim. Dentro de mim. Possuir e ter cada centímetro do seu ser quebrado. Estou prestes a abandonar-me completamente para seus toques ansiosos quando eu congelo em seus braços. Eu tinha momentaneamente esquecido, mas ele acabou de encontrar alguma coisa. Alguma coisa importante. Puxando-me para longe de seu amor que arde tão brilhante que me queima, eu olho para o monitor. "Oh. Meu. Deus." Oito quadrados preenchem a tela. Não há nenhum movimento em seis deles. Apenas quartos vazios. Mas um revela um quarto com várias mulheres amontoadas no chão, elas parecem estar confortando umas às outras. No entanto, não é o quarto que é tão aterrorizante. Como se estivesse lendo minha mente, ele liberta minha cintura para alcançar o seu mouse e, em seguida, abre o oitavo quadrado para visualizar a sala na tela inteira. Não há áudio, mas o visual é cristalino. Edgar Finn. Ele está ao lado de uma cama vestindo nada além de um par de calças. Seu peito se ergue enquanto ele toma profundas respirações. Além do pequeno movimento que ele


faz para respirar, ele está imóvel e fixado na menina na cama. Seu estômago e coxas estavam marcados com cortes sangrando. Alguma coisa, um pano talvez, tapa a boca dela e ela está amordaçada com um suplemento amarrado a cada poste da cama. Uma maldita estrela do mar. Apenas esperando para ser liberada de volta para o mar. "Você vai sangrar por todo o meu tapete persa e eu vou arrastar a sua bunda para despejá-la no maldito oceano." Mas ela não está sangrando por todo o seu tapete. O sangue se infiltra lentamente de suas feridas e corre para baixo, absorvendo no edredom debaixo dela. Seus olhos fixam-se para além dele e diretamente para a câmera. Eu reconheço o olhar em seus olhos. Um olhar de desespero e resignação. Um de quem entendeu que ela nunca vai ver sua família novamente. "Temos que salvá-la", murmuro, minha voz quase inaudível, enquanto eu salto para os meus pés. O quarto gira e suas mãos fortes encontram meus quadris para me firmar. Ele tenta me puxar de volta para o seu colo, mas eu começo a andar pelo quarto. "Warren, você tem que salvá-la." Quando Edgar Finn começa a aproximar-se dela e o brilho de sua lâmina brilha na luz, eu sinto a bile subindo na minha garganta. Saindo do escritório, eu corro o mais rápido que eu consigo para o banheiro e mal chego lá antes de vomitar. Aquela menina. Nada mais do que uma mercadoria. Algo para ele consumir e, em seguida, descartar. "Você não é nada mais que uma refeição comprada para ser devorada com a ganância e nenhuma restrição." Estou assombrada por suas palavras e isso não faz nada para ajudar a minha náusea. Desejo que Land estivesse presente aqui essa noite, em vez de recuperar o atraso de algum trabalho no escritório. Ele poderia me trazer


um pano frio e alguns refrigerantes de gengibre. Land cuidaria de mim como meu pai teria feito. Em vez disso, eu sou deixada sozinha para lidar com a doença, a raiva do que Edgar está fazendo, e os demônios do meu passado. Mas você não está sozinha. War quer entrar. Você tem que deixá-lo entrar. Ele vai salvá-la de si mesma, Baylee. A voz de War me conforta enquanto ele grita com Stark por telefone, sem dúvida, dizendo a ela para salvar a menina. Seus passos pesados podem ser ouvidos enquanto ele caminha ao redor de sua casa. Ele pode não ser fisicamente capaz de me confortar agora, mas eu roubo qualquer conforto que eu posso conseguir. E apenas ouvi-lo soar tão poderoso e forte faz a minha náusea acalmar. Deixe-o entrar. Com as pernas trêmulas, eu levanto e escovo os dentes rapidamente. Depois que eu lavo meu rosto, eu faço o meu caminho para a cama de hóspedes e rastejo nela. Enrolando em posição fetal, deixo minhas emoções assumirem. Eu choro até adormecer, esperando e rezando para que eles possam salvar essa menina. Alguém precisa salvá-la do monstro. E um dia ela pode seguir em frente e ser livre novamente. Eu só espero que ela não termine como eu. Á deriva. Perdida. Sozinha. Ela merece ser livre.


OLHO PARA o meu telefone. A cada segundo que passa, se torna mais lento do que o último, eu fico mais e mais impaciente. Isso me irrita, mas não posso acelerar as coisas. Então, em vez disso, eu simplesmente olho para meu telefone esperando que Stark ligue de volta. Mas a chamada nunca chega. Finalmente, após a meia-noite, eu recebo um texto. Stark: Temos o bastardo. Uma dica "anônima" de uma mulher sendo machucada foi o suficiente para obter o mandado de que precisávamos. Finn está sob custódia. As outras oito mulheres estão sendo tratadas por ferimentos leves. A menina número nove está no hospital, mas deve se recuperar completamente. Você fez bem, War. Obrigada. Eu deixei suas palavras se alastrarem sobre mim e eu não posso lutar contra o sorriso que se espalha sobre o meu rosto. A minha reação inicial é a gritar pela casa. Dizer a Baylee que conseguimos derrubar mais um monstro nesse mundo esquecido por Deus. Mas então eu me lembro que ela já tinha ido dormir. Após essas imagens horripilantes apareceram no vídeo, ela desapareceu. Eu podia ouvi-la vomitando no banheiro, mas eu estava muito entusiasmado com adrenalina para deixar entrar na minha cabeça. Eu queria ir para ela, para confortá-


la na hora desse estresse, mas Stark necessitava chegar a essas mulheres. Eu tive que me certificar de que os enviava diretamente para a cova do leão antes que fosse tarde demais. Meus pés me levaram até a porta, onde ela dorme e meu coração afunda. Ela ainda está enrolada em uma pequena bola, fazendo-a parecer muito menor. Dia após dia, o medicamento me faz sentir mais forte. Sensato e calmo. Mas eu estive muito focado em Finn. Não parei a obsessão por tempo suficiente para me concentrar em minha pobre, doce menina se despedaçando diante dos meus olhos. Jesus, eu sou um fodido idiota. Ela choraminga, e eu estou caminhando para o quarto escuro antes mesmo parar para pensar no que eu estou fazendo. Esse mês que passou, ela me empurrou e me afastou em todas as chances que ela teve. Eu permiti que ela o fizesse, tentei dar-lhe o espaço que eu pensei que ela precisava. Mas não vou mais fazer isso. Vou chegar até ela. Eu vou quebrar através disso. Talvez ela não precise de espaço de jeito algum. Talvez ela precise de mim. Minhas mãos cerram os punhos nos meus lados, quando o desejo de tocá-la torna-se irresistível. Quero consertá-la como ela me consertou. Eu preciso abraçá-la e beijá-la, afastar a sua dor. Então, faça-o, porra! Com um grunhido de determinação e desespero, eu largo um joelho em cima da cama. Inclinando para a frente, com as mãos trêmulas, eu empurro-as debaixo dela e arrasto seu corpo leve para os meus braços. Espero que um arrepio de horror passe por ela com os pesadelos de Gabe atormentando-a. Espero que sua mente assuma e pregue truques nela, que ela grite e se agarre a mim como ela fez tantas noites recentemente. O que eu não esperava é a forma como seu corpo reage ao meu. Ela está quente e se enrola contra mim. Os dedos dela enfiam no meu cabelo e ela segura como se eu pudesse desaparecer a qualquer momento. Meu coração bate com amor ao tê-la em meus braços. Eu abraço minha menina bonita contra o meu peito e beijo sua testa fria.


"War?" Ela questiona, a sonolência em sua voz revelando descrença. Quase como se ela pensasse que ela está sonhando. "Eu sinto muito, Baylee. Me desculpe, eu nunca fui suficientemente homem para você," Eu peço desculpas e beijo seu doce nariz cor de rosa enquanto eu a levo pelo corredor para o nosso quarto. "Mas eu juro por Deus que vou sempre tentar mais. Eu não vou nunca parar de tentar ser melhor, mais saudável e o homem que você merece. E eu nunca vou parar de lutar por você. Você me disse uma vez que a rainha sempre protege o rei, até de si mesmo. Bem, linda, eu estou retornando o favor. Eu não vou desistir de você. Nem agora, nem porra de nunca. Eu amo você, Bay." Ela começa a chorar, mas eu a acalmo com zumbidos suaves de canções que sempre parecem acalmar a furiosa besta dentro da minha cabeça. Batendo no interruptor, desligo a luz, escurecendo o quarto, antes de retirar os lençóis. Quando eu a coloco no chão, ela deixa escapar um suspiro de alívio e desliza debaixo das cobertas. Eu nem sequer me preocupo em me despir e rastejo atrás dela. Nossos corpos moldam em conjunto e sua pele fria começa a aquecer com o calor da minha. Com cada respiração irregular que ela toma, meu toque parece respirar a vida de volta para dentro dela. Meus lábios estão pressionados contra seu cabelo bagunçado perto de sua orelha. Momentos atrás, eu estava preocupado em tocá-la, com medo de sua rejeição. Mas é claro, que ela precisa de mim agora. Desesperadamente. E eu não consigo ter o suficiente dela. Eu quero fundir minha alma na dela. Amarrar-nos de uma forma que nunca vamos ser separados novamente. Ela se vira em meus braços para me encarar, e até mesmo na escuridão, eu posso sentir seus olhos azuis bonitos nos meus. Seu hálito quente faz cócegas nos meus lábios, mas isso não me faz recuar dela como faria vários meses antes. Em vez disso, eu lambo meus lábios, molhando-os, porque eu estou com fome dela. Fodidamente voraz. Minha Baylee me mudou para melhor. "Obrigada", ela diz, a emoção espessa em sua voz.


Eu abraço-a trazendo ela para perto de mim até que os nossos lábios escovam uns contra os outros. "Shhh, eu nunca vou deixá-la ir." Seus dedos levemente tocam meu pescoço e, em seguida, escovam contra a minha bochecha. "Beije-me e nunca pare para o resto de nossas vidas." Capturando seu rosto em minhas mãos, eu inclino a cabeça antes de mergulhar para beijá-la. Sua boca quente está pronta e concede a minha língua fácil acesso. O toque dela contra o meu é o suficiente para enviar mil volts de desejo correndo por meu corpo. De repente, o beijo se torna inadequado. Insatisfatório. Eu preciso de mais dela. Toda ela. Nosso beijo é nada mais do que uma provocação. Um pequeno gosto. Uma pequena amostra do nosso amor. Eu preciso de cada parte dela. Até a última gota. Minha língua enchesse de água para lamber cada polegada de sua carne. Eu quero memorizar o gosto dela e tê-lo enchendo a minha mente. O desejo de conhecer cada parte de sua carne com a minha boca é esmagador. Rompendo o nosso beijo, eu sorrio para o grito necessitado dela, e arranco fora a sua camisa. Ela não está vestindo um sutiã, então, na minha muito próxima respiração, meus lábios estão em seu seio direito enquanto eu empurro-a de costas. Estou morrendo de fome pela minha doce Baylee. A fome por ela está aumentando com uma força formidável que não nunca pode ser saciada. "Oh, Deus, eu senti sua falta", murmuro antes de sugar o mamilo sensível em minha boca. Ela permite um suspiro e, em seguida, os dedos estão no meu cabelo. Puxando e arranhando, ela empurra meu rosto contra o seio dela, precisando de mim tanto quanto eu preciso dela. Enquanto eu mordo a carne dela, meus dedos encontram o cós das suas calças de ioga e calcinha. Ela mexe sua bunda para eu deslizá-las de seu corpo. Afasto-me dela e sento-me de joelhos. Na escuridão, tudo o que eu posso ver é a sua forma sombria. Usando meus dedos, eu


toco seus lábios inchados e, em seguida, arrasto-os para sua garganta, entre os seios, e ao longo de sua barriga ainda plana. Quando eu os corro sobre seu osso púbico, ela solta um gemido. "Baylee", eu imploro, separando seus joelhos, "eu posso te provar? Eu preciso te provar." Ela solta um murmuro sexy do tipo gatinho que faz meu pau querer se livrar dos meus jeans. "Você pode? Você não vai pirar? Eu não quero enojá-lo." A maneira instável como ela diz suas palavras acende um fogo de loucura dentro da minha cabeça. Ele se enfurece dentro de mim, ansioso para queimar os demônios e queimar brilhantemente com sua luz. "Você nunca, em um milhão de anos, poderia me enojar," eu juro. E eu quero dizer isso. Nunca, porra nunca. Suas pernas relaxam com as minhas palavras, e ela deixa-as cair para os lados. Inclino-me para a frente e inalo o perfume feminino que é exclusivo dela. Baixando-me para sua boceta, eu fico tonto com o desejo de devorá-la. Eu nunca estive tão certo de nada na minha vida. "Você cheira tão..." Eu paro, tentando encontrar as palavras certas, "limpa". Ela ri, um som tão puro que deveria ser banido desse mundo feio e apenas reservado para um lugar como o céu. "Que maneira de fazer uma garota se sentir especial, War." Sua risada morre na garganta no momento que os meus hesitantes lábios escovam contra seu osso púbico. Eu pressiono levemente um beijo lá que faz sua respiração sair em rápida sucessão. O desejo de contar é ofuscado pelo desejo de aprender cada centímetro de sua bonita boceta. No início, eu beijo lentamente até atingir o clitóris que parece estar pulsando com necessidade. Usando o meu polegar, abro-a como um presente especial que eu não acredito que eu ganhei, e provo-a quase hesitantemente. Doce. Sexy, mas puro.


Um gosto como nada mais nesse mundo. "War", ela geme, eu arrasto minha língua ao longo de sua fenda. O jeito como ela diz meu nome me deixa louco, louco em um jeito bom, e eu quero que ela diga de novo. Quero contar quantas vezes ela o canta. E eu espero que seja um número incontável. Minha língua parece saber exatamente o que ela quer, porque logo eu estou chupando e lambendo-a, e ela está se contorcendo como uma mulher possuída na cama. Seus dedos há muito tempo enfiados no meu cabelo, e ela empurra e me puxa, para onde ela me quer. Eu deixo-a guiar e usar a minha língua para sua própria satisfação sexual. "Não pare", ela implora e mantém minha cabeça no lugar. Claro que eu não vou parar. Eu acho que nunca vou parar. Uma parte de mim se pergunta se somos a cura um do outro. Algum remédio mágico para as minhas aflições em minha cabeça e uma cola para os pedaços quebrados de seu coração. Uma maneira de ser livre, mas juntos. Porque quando estou entre suas pernas, consumindo tudo o que ela é, eu não consigo pensar em qualquer outra coisa. Apenas em Baylee. A minha Baylee. Para sempre. E eu espero a Deus que ela esteja pensando apenas em mim. "Oh!", Ela grita um, dois, três segundos antes de ela se debater contra a cama com um orgasmo que eu nunca tive a alegria de experimentar com ela. Um orgasmo que toma conta de sua alma e achocalha-a impiedosamente. Seus gemidos e gritos são um canto que eu não entendo, mas de alguma forma sinto no fundo dos meus ossos. Puro êxtase e gratificante prazer de alma. Eu dei isso a ela. E eu vou continuar dando até eu tomar o meu último suspiro no mundo. "Isso foi...", a voz dela derrama.


Eu pressiono um último beijo suave no clitóris antes de me sentar de joelhos. Seu corpo celeste está invadindo os meus sentidos, paladar, olfato, tato. Para um homem que é obcecado por limpeza, eu me encontro querendo o cheiro dela em mim em todos os momentos. Um lembrete constante do amor de minha vida, uma maneira de me fazer passar o meu dia. É viciante. Perturbador. E, oh, tão porra delicioso. "Você precisa, hum", ela questiona suavemente, quase envergonhada, "escovar os dentes?" Uma risada quente entra em erupção em mim e eu rastejo entre suas pernas abertas, pairando acima dela. Meus lábios escovam contra os dela e ela deixa escapar um suspiro suave. "Eu gosto bastante do seu gosto, Bay," eu digo a ela com sinceridade. "Eu gostaria de mantê-lo aí por um tempo, se estiver tudo bem por você." Ela ri, tão suave e doce, mas eu silencio o som doce com a minha boca. Eu quero que ela prove o que eu provo. Para entender quão perfeita ela é para mim. Seus dedos dançam ao longo da minha caixa torácica enquanto eu a beijo e ela me abraça contra ela. Meu pau está lutando contra meu jeans e quero arrancá-lo para que eu possa fazer amor com ela. Mas eu quero atender as suas necessidades em primeiro lugar. "Baylee, minha forte, doce, menina bonita," Eu a louvo, afastando-me dela e me sentando de joelhos. "Eu nunca vou ter o suficiente de você. Case-se comigo, por favor?" Eu posso sentir seu sorriso. Eu não tenho que ver para sentir isso. Com Baylee, ela sorri com sua alma. Você pode sentir essa merda. Não é algo que você tem que ver, porque seu sorriso é uma entidade viva. "Eu pensei que você deveria ficar em um joelho e fazer o pedido", ela brinca.


Eu corro minhas mãos sobre sua barriga e a acaricio com reverência. "Tecnicamente estou em dois. Isso significa que estou duplamente sério sobre o meu pedido?" Em vez de esperar por uma resposta, eu estou ansioso para dar prazer a ela novamente. Meus lábios encontram sua barriga e a beijo com beijos suaves, gentis. Então, eu a beijo com mais firmeza, chupo sua carne doce em minha boca e a saboreio. Depois de quarenta e nove segundos, ela se transformou em um fio vivo debaixo de mim. "War, eu preciso de mais." Com um meio sorriso, eu deslizo o dedo entre suas pernas. Empurrando em sua vagina, agora pingando, com o meu dedo, eu volto a lamber e chupar a pele em seu abdômen. Sua respiração sai curta e desigual, o desejo de contá-las, e minha boca logo descobre seus seios flexíveis. Nossos corpos se conectam e prosperam quando eles estão juntos. Eu não tenho que pensar sobre o que estou fazendo com ela, simplesmente acontece exatamente do jeito que deveria ser. "Sim! Deus, sim! " Ela grita, um orgasmo se apoderando dela. Quando seu corpo deixa de tremer, eu dou um sorriso e deslizo o dedo para fora dela. "Isso é um sim sobre se casar comigo?" O ar na frente de mim me refresca enquanto ela me golpeia com a sua frase. "A resposta à sua pergunta, Warren, é sim multiplicada pelo infinito. E não se atreva a começar a tentar calcular qual número. Só sei que é infinito e um número que nunca pode ser contado porque é muito grande. É interminável." Rastejando sobre ela, eu encontro seus lábios novamente e a beijo de uma forma suave. "Obrigado." "Por quê? Se você ainda não teve sua liberação," ela diz com uma risada. "Eu fui a única que tive diversão aqui." Com o polegar, eu acaricio seu rosto suave que eu sei estar um pouco vermelho, mesmo no escuro, de seu


orgasmo. "Obrigado por me amar. Eu sou difícil de amar, Baylee. É preciso uma pessoa especial para amar alguém como eu." Seus dedos empurram através do meu cabelo do lado da minha cabeça, e seu polegar ao longo da irregular cicatriz no meu rosto. "Nunca foi difícil para mim", ela sussurra. "Sempre foi muito fácil. Como a respiração ou falar. Amar você veio como uma segunda natureza. Você foi feito para mim." Eu enterro meu rosto contra seu pescoço e pressiono beijos na carne abaixo da orelha. "O medicamento está me ajudando, bonita. Eu posso fazer isso, por nós. Obrigado por nunca desistir de mim." Ela solta um suspiro quando eu chupo a sua pele um pouco forte demais. "A guerra nunca acabou para mim. Eu vou sempre lutar por você. Obrigada por lutar por mim também." Sorrindo, eu trilho beijos ao longo de sua bochecha até encontrar sua boca novamente. "Nunca mais você terá que lutar de novo," eu a asseguro. "Nós vencemos. O amor sempre vence, Bay." Quando ela começa a chorar, lágrimas de alívio, eu beijo cada uma. Eu me deleito na versão salgada de suas preocupações, tristezas e medos, degustando todos e cada um, enquanto eles vazam de seus olhos. Logo, ela não vai ter que chorar nunca mais. Eu vou me certificar disso. Até que a última de suas lágrimas forem liberadas, eu vou lamber todas. A minha Baylee tem gosto de sol, o salgado do Pacífico e esperança. Mas o mais importante, ela tem gosto de paz.


ESTOU AQUI. Com War. Finalmente. A fumegante água quente lava para longe a dor e os horrores que eu tenho abrigado. Embora a água continue a ser clara, eu não posso ajudar, mas sinto como se eu estivesse lavando o sangue das vítimas na minha guerra. Com uma risada chorosa, amarga, escura, confesso o que pesa no meu coração, a principal razão pela qual eu não tenho sido capaz de me conectar fisicamente com War. "Ele me fodeu, War," murmuro, incapaz de encontrar seus olhos, ele está fora do chuveiro, obedientemente, tomando sua medicação. "E Brandon teria se tivesse sido dada a oportunidade." O silêncio se estende entre nós enquanto ele desabotoa a calça jeans e a empurra para baixo por suas musculosas coxas. Ele as chuta em seu caminho até mim de forma que ele está completamente nu. O homem é construído como um deus imortal. "Eles não te amaram, embora. Não como eu faço. Sexo não significa nada sem amor. Lembre-se disso." Sua voz está calma e me cobre em um calor ao qual a água nunca irá corresponder.


Ele dá um passo para o chuveiro e me ajuda a lavar. Eu continuo esperando que ele fique obcecado sobre como Gabe me contaminou ou envenenou o nosso bebê com seus fluidos corporais. Eu espero que ele recue dessa mulher suja que eu me tornei. Em vez disso, ele me lava enquanto cantarola uma canção dos Pixies. Onde está a minha mente? A música que ele tocou em uma ocasião enquanto nós jogávamos xadrez acalmou meu coração palpitante. Ela infecta os pensamentos obscuros dentro da minha cabeça e tece imagens e memórias de War. Seu toque, seu cheiro, seu enorme desejo de cuidar de mim. Seu amor. Logo, o chuveiro é desligado, minha mente e corpo estão renovados, e o meu War está me guiando para a sua cama. Toalhas são descartadas. E isso está bem. As aflições se perderam. E nós não nos percebemos. Amor lidera o caminho. E nós, felizes, seguimos. "Eu vou te abraçar, Bay, e nunca deixá-la ir." Suas palavras são uma promessa para me proteger, não me prender. E eu acredito nelas. Eu ergo meu dedo e desenho um coração sobre o dele. Então, eu traço um 'B' dentro dele. Com a minha invisível marca, eu carimbo a minha presença em sua alma e permanentemente gravo uma parte de mim nele. Rompendo dele, eu subo em cima da cama e deixo o olhar lancinante queimar eventuais últimos pedaços de sangue dos monstros do meu passado. "Faça amor comigo, Warren McPherson." Seus olhos encontram os meus enquanto ele rasteja em cima de mim sem hesitação. Nossas bocas se conectam como um turbilhão necessitado e seu pau duro empurra para dentro de mim sem aviso. Eu gemo com alívio por tê-lo dentro mim, esticando meu corpo até o limite de uma maneira que só ele pode. A ligação torna-se uma e eu sacudo de volta para a


vida. Arrastando as unhas nos seus ombros, eu o beijo mais profundamente do que nunca. Eu preciso que ele prove o amor que tenho por ele. O meu War está esfomeado por isso, também. O meu amor o satisfaz e ele grunhe quando ele inclina para mim. Brilho e paixão e desejo e perfeição estão todos em um, enquanto nós perseguimos a liberação que nós dois necessitamos. Não é uma liberação egoísta, mas uma que só encontramos juntos. Um orgasmo mútuo de almas. O rei negro e rainha branca são os únicos restando no tabuleiro que não está mais desprovido de cor. Ela escorre com o sangue vermelho dos derrotados e nós ficamos lá vitoriosos. Juntos. "Minha Baylee, minha doce, Baylee", ele murmura contra os meus lábios enquanto seu corpo aperta com o seu clímax. O pulsar de seu pau dentro de mim envia para o meu corpo uma onda de tremores quando me venho junto a ele. Quando ele se esvazia em mim, ele relaxa e seu olhar encontra o meu. Um sorriso brinca nos seus lábios. "A guerra vale a paz." Minhas palavras são honestas e verdadeiras. War vale tudo.

"Foque-se, em seu movimento, Bay", diz ele do outro lado do tabuleiro. Ele não acha que eu estou focada, mas eu estou. Estou hiper focada. Mas não no nosso jogo de xadrez. Em vez disso, eu estou obcecada por tê-lo na minha boca. Passaram-se um par de dias desde a nossa reunião de fazer amor em que ele me provou, e eu estou me contorcendo com a necessidade de retribuir o favor desde então. Cada vez que eu tento, eu vejo a vergonha e horror cintilar em seus olhos. Ele tem medo de sua própria reação.


Que ele não será capaz de lidar com isso. Mas estou determinada a vencer. Eu vou encontrar uma maneira de chupar seu pau e quando eu finalmente fizer isso, ele vai saber o que ele esteve perdendo desde o início. Minha confiança está inabalável. Algumas coisas você somente sabe. "Lá. Vou mudar para lá," eu digo a ele, distraída e movo um peão que, sem dúvida, abre-se para um ataque de sua parte. Seu cenho franzido é imediato. "Você tem certeza?" Eu aceno, um sorriso malicioso formando em meus lábios. Estou planeando o meu próprio ataque. Ele desvia a sua atenção de mim e de volta para o tabuleiro. Eu vejo isso em seus olhos, como ele inspeciona tudo. Ele está calculando cada movimento. Seu cérebro está correndo, tentando descobrir uma maneira de tirar a rainha. Ele não entende, ele sempre a teve. Arranco a minha camisola do meu corpo, me deixando nua, eu levanto e faço o meu caminho até ele. Ele ainda está olhando para o tabuleiro e dificilmente percebe o meu movimento. Quando eu fico na frente de sua visão do tabuleiro, entre suas pernas abertas, seus olhos viajam até a minha pele nua, até que seu olhar aquecido encontra o meu. "Você está trapaceando", diz ele, um baixo grunhido em sua garganta. Eu tremo quando suas mãos encontram os meus quadris. "Feche os olhos." Sua mandíbula se cerra, mas ele faz o que lhe é dito. Com um sorriso satisfeito, eu caio de joelhos na frente dele. Ele deixa escapar um gemido quando eu agarro a cintura de sua calça de pijama e a puxo para baixo, por suas coxas. O pau de War, grosso e orgulhoso, sacode para fora e aponta para o teto. "Baylee, eu não sei se isso é-" Mas eu não lhe dou chance de discutir e corro a minha língua ao longo da ponta do seu pau. "Jesus Cristo, mulher", ele sibila.


Minha mão enrola em torno de seu eixo, e o acaricia enquanto o provoco com a minha língua. Não é até que eu envolvo totalmente os meus lábios em torno dele e deslizo por seu pau abaixo, onde atinge o fundo da minha garganta, que ele finalmente parece deixar ir qualquer insegurança sobre esse ato. Suas mãos mergulham em meu cabelo bagunçado e ele geme de prazer. Excita-me vê-lo gostando e eu puxo cada truque que eu posso pensar. Eu o chupo forte, corro minha língua em torno em irregulares padrões, deixo meus dentes rasparem ao longo de sua carne sensível algumas vezes. Eu não sou uma profissional em chupar um pau, mas a julgar por suas respirações entre cortantes, eu acho que estou indo bem. "Bay", ele rosna em advertência, "Eu vou gozar-" Eu sei o que ele quer, mas eu não vou deixá-lo tão facilmente. Em vez disso, eu o levo tão profundo quanto eu posso, sabendo que vai enviá-lo ao limite. Um rugido de prazer rasga em seu peito e logo depois seu pau pulsa, jorrando a sua libertação quente. Seu sabor salgado não é ofensivo e eu o engulo até que ele não tem nada mais para me alimentar. Lentamente, eu alivio minha boca para fora dele e procuro seus olhos para me certificar de que ele gostou. Sua cabeça está inclinada para trás contra a almofada da cadeira e seus lábios estão separados. Ele está lindo como o inferno, e eu não posso esperar para fazê-lo novamente só para ver esse olhar de puro êxtase em seu rosto. "Checkmate", digo a ele com uma risada. Sua cabeça volta para baixo e seu olhar lancinante está no meu. Eu nunca vi um olhar tão flagrante de desejo nele. Suas sobrancelhas franzidas, olhos escuros, e o aperto da mandíbula indicam que ele está com fome de mim. "Nós não terminamos de jogar, linda", ele murmura e me derrete com seu olhar abrasador. "Venha aqui e me deixe lhe mostrar como o jogo é jogado." Eu sorrio para ele e subo em seu colo. Uma vez que eu estou montada nele, ele orienta seu pau em mim e, em seguida, agarra no meu quadril, me puxando para baixo. Ele


se estende e me enche perfeitamente. Como se estivéssemos projetados para caber perfeitamente um no outro. "Beije-me", ele ordena em um tom baixo, sedutor. Meus lábios descem sobre os seus e eu gemo em sua boca quando ele começa a empurrar em mim. A sensação é demais e não o suficiente de uma só vez. Mesmo eu estando no topo, ele é o único fodendo. Tudo o que eu posso fazer é fechar os olhos e desfrutar do passeio. Seus dedos apertam fortemente na minha bunda enquanto ele bate o seu amor em mim. As peças de xadrez tilintam e fazem barulho atrás de mim, suas pernas, sem dúvida, batendo na mesa enquanto ele faz amor comigo. Eu quase gozo com o simples fato de que ele não para de ser obcecado sobre seu jogo precioso. Ele não se preocupa com mais nada, mas comigo. Assim como ele prometeu. "Oh Deus," Eu gemo quando um feliz orgasmo rasga através de mim, me cegando temporariamente com uma mistura de amor e luxúria, em uma mistura perfeita. O seu calor bombeia em mim e eu estremeço com o meu clímax. Eu nunca vou ter o suficiente desse homem. Quando ambos descemos das alturas, eu desabo contra seu peito e olho para o oceano atrás dele, um sorriso enfeitando meus lábios. Eu tremo quando as pontas dos dedos correm para cima e para baixo ao longo das minhas costas. A palma da minha mão desliza sobre sua cicatriz vermelha em seu peito e agradeço a Deus mais uma vez que ele sobreviveu naquele dia. "Você é uma trapaceira", diz ele, com um sorriso na voz. "E eu deveria puni-la pelo que você me fez fazer nos móveis brancos." Inclinando-me para trás, eu olho em seus olhos bonitos, amorosos e arqueio uma sobrancelha para ele. "Punir-me como?" A minha pergunta faz seu pau já amolecido voltar à vida. Ele espalma minha bunda com as duas mãos e eu grito de tanto rir.


"Isso é um começo", diz ele com um sorriso. Seus olhos encontram os meus e meu corpo vibra. "Para a segunda parte do seu castigo", ele brinca, me pegando em seus braços. Suas calças de pijama caem no chão e ele sai delas no caminho de volta para o nosso quarto. "Eu acho que eu vou levar você para o quarto", diz ele, enquanto ele faz isso. "Empurre suas costas contra a parede." Deixo escapar um suspiro quando a parede fria atinge minha pele. "Mantenha as mãos onde você não pode mover." Minha boceta contraí com excitação enquanto ele firmemente me empurra para a parede. "E…" "Vai me foder até amanhã?" Eu brinco com um sorriso atrevido. Ele aperta os olhos, mas seu pau está totalmente duro novamente dentro de mim com as minhas palavras. "Na verdade, esse é um castigo, lembra?" ele me lembra com uma sobrancelha levantada. "Então, eu pensei em explicar-lhe como um firewall em um servidor funciona. Sabe, é um sistema que está destinado a manter os vírus e-" "Não!" Eu grito em falso horror. "Me tire da minha miséria agora. Foda-me até a morte, War, porque não há nenhuma maneira que eu possa sentar e ouvir a sua conversa chata sobre computadores nem que seja por um segundo. " Ele ri, mas empurra com força em mim. "Como quiser, meu amor." O mundo à nossa volta, mais uma vez desaparece. Os horrores do nosso passado lentamente ardem até virarem cinzas e redemoinham de nós pouco a pouco, não tendo mais um lugar nos nossos corações. O calor do nosso presente inflama em uma fúria animal, incontrolável de um incêndio que devasta a nós dois, prometendo nunca mais esfriar. E a beleza do nosso futuro está cegando com um fogo tão poderoso, que vai dizimar qualquer coisa em seu caminho, além do nosso amor. Sua boca reclama a minha e nós chegamos duramente ao clímax, juntos. Quando eu vibro de volta à realidade, os meus olhos encontram os dele e ele sorri.


Eu arrasto o meu olhar sobre seu lรกbio inferior que parece ser bom o suficiente para morder e sorrio de volta para ele. "O meu War." "A minha Peace7."

7

Peace = paz


Epilogo

Dois anos, um mês, catorze dias, dezesseis horas, oito minutos e quarenta e sete segundos mais tarde... A minha respiração quente no vidro materializa outro coração. A minha Baylee, sempre deixando notas secretas para mim. Eu abro um sorriso e olho para fora em direção ao oceano. Seu longo cabelo loiro chicoteia para a esquerda, enquanto o vento circula ao longo da costa. Ele tenta malditamente derrubá-la, mas ela continua firme e forte. A rainha no meu mundo. De costas para mim, eu não posso ver sua barriga inchada, mas eu sei que está lá. Ainda esta manhã, eu deixei beijos por toda essa barriga e fui recebido com pequenos toques contra minha boca. O nosso filho vai ser um brincalhão como a sua mãe. Eu não posso esperar. Eu assisto o meu pai abrir uma caixa de gelo entre eles sobre o cobertor e entrega a ela uma garrafa de água. Estou com inveja daquela garrafa, a língua e boca fazendo coisas com as quais o meu pau agora está certamente familiarizado. Com Baylee, cada dia fico mais longe de minhas aflições. Bastou um boquete da minha menina para eu não me importar se vou morrer com uma morte terrível


das piores doenças que o homem conhece. Tudo valeu a pena, por alguns belos minutos de seus lábios no meu pau. E a primeira vez que eu a provei, chupei e mordisquei seu clitóris doce, eu era um caso perdido. Quando se tratava de seu corpo, eu estava livre. Ela era uma como uma cura, não uma infeção. Eu nunca vou ter o suficiente do que ela, de bom grado, me oferece. Eu seria um tolo, no entanto, se disse que somos perfeitos. Estamos longe disso, na verdade. Duas vezes por mês, Baylee e eu, participamos de nossas sessões de aconselhamento. Na maioria das vezes, vamos juntos, mas em algumas ocasiões, vamos sozinhos. Há algumas memórias que a minha menina ainda tem dificuldade em lidar com elas, a perda de seus pais, o fato de que ela era uma vítima de violência sexual, e a traição de três homens pelos quais ela se importava profundamente. E eu tendo a pirar de vez em quando, o medo de perder as pessoas que amo para as doenças, acidentes ou para algum assassino, é como um peso no meu coração, de forma contínua, e não importa o quanto eu tente mandá-lo embora, eu simplesmente não posso. Mas juntos, nós emergimos da escuridão das sombras de nossas mentes e encontramos uma maneira de sobreviver. Alegremente. Juntos, encontramos a luz. Baylee fica de pé e ela protege os olhos enquanto ela olha para a casa. Ela não tem que me ver para saber que estou sempre olhando para ela. Meu coração falha quando ela acena e sopra um beijo em minha direção. Eu desejei que eu pudesse descer as escadas agora e caminhar corajosamente através da areia em direção a ela. Para levá-la nos meus braços e beijar sua bonita boca. É claro que eu não posso. Bem, pelo menos não ainda. Quando ela vira as costas para mim novamente, eu levo o meu olhar para baixo, para o vidro perto do chão. Está manchado até ao inferno de sujeira e dá até urticária a Greta quando ela vem até mim. Peço-lhe para não limpar, mas ela puxa um tom maternal “sabe tudo” e diz que precisa


ser esterilizado. Eu não posso capturar cada memória com tanto ranho e baba. As memórias ficam no coração e na mente, ela diz, e não em vidro. Como os papéis forem alterados. Eu atiro o meu olhar para o relógio na parede e meu coração começa a bater descontroladamente no meu peito. Está quase na hora. Mais trinta e oito segundos antes de Baylee dizer que está tudo bem. Se fosse por mim, eu não contaria as horas e minutos e segundos. Eu perderia todos eles no cheiro de cachos loiros, olhos azuis brilhantes e sorrisos piegas. Mas eu aprendi a minha lição. Quando eu quebro as regras de Baylee, passamos o resto do dia discutindo contra as lágrimas e colapsos. Então, eu conto as horas e minutos e segundos. Doze segundos restantes. Piscando meu olhar de volta para o meu pai, eu sorrio quando vejo abraçando-a. Aqueles dois se agarram um ao outro e enche meu coração de alegria. Ela é a filha que ele perdeu. E ele é o pai que ela perdeu. Um perfeito par, aqueles dois. Clique. Eu já estou indo para longe da janela em direção ao meu quarto, logo que o último segundo passa. A hora é agora. Para beijos que derretecorações tagarelas. "Dadadadada." Eu paro na porta, congelado pela visão da perfeição. O meu pequeno anjo está no parque de bebê, sorrindo para mim com o mais bonito sorriso aberto do mundo. Seus olhos azuis brilham de excitação quando ela me vê e se estica para mim. Passando por cima da camisola de Bylee esparramada no chão e um dos meus sapatos, eu faço o meu caminho para a minha bebê. "Olá, meu anjo. Você acordou?" Eu a pego em meus braços e beijo o cabelo macio em sua cabeça. Ela balbucia sobre seus sonhos, falando uma língua que só ela sabe, enquanto eu a levo para a cama para mudá-


la. Os lençóis e cobertores estão uma confusão com livros de psicologia de Baylee ainda em abertos no último capítulo que estava lendo para suas aulas da faculdade. Um par de anos atrás, eu teria pirado por causa da confusão. Agora, eu não consigo parar de sorrir, porque isso significa que Baylee deixou sua marca na minha vida. "Você fez poo-poo? Você sabe que é a mamãe que limpa os poo-poos," Eu digo, brincando enquanto pego as toalhas úmidas e uma fralda no final da mesa. "Mamamama", ela explica e torce o nariz. Ela é tão fodidamente bonita, eu rio em voz alta. "Tudo bem, você vai escapar dela dessa vez." Como o pai treinado que sou, eu mudo com apenas alguns engasgos que tenho certeza que são normais para algo que cheira tão ruim. Uma vez que ela está com a roupa de banho cor de rosa que Bay deixou separada para ela, eu a levo no meu quadril em direção à porta. "Você está pronta para ir brincar com o vovô e a mamãe na praia?" Ela esconde o rosto doce contra o meu peito e eu me derreto. Minha menina me envolveu em torno de seu pequeno dedo e eu não ligo para nunca ser libertado. "Papapapa." "Sim, vovô ficará animado por vê-la." Eu dou um passo para fora da minha casa e inalo o ar quente e salgado. Era uma vez, quando eu estremecia com tal coisa… respirar o ar do mar. Agora, eu praticamente preciso dele para sobreviver. Descalço, caminho descendo os degraus e indo através da areia quente para a minha família. Quando Baylee nos vê, ela se levanta e anda na minha direção. Nunca irei me cansar de vê-la grande e grávida de nossos filhos. Antes de tudo dito e feito, vamos ter o nosso próprio pequeno exército. "Ei, querido", ela me chama. "Ei, fofinha". Hannah estica-se para sua mamãe e Baylee a pega. Eu vou por trás dela e a envolvo nos meus para tocar os


lados de sua barriga. Minha boca encontra a concha de sua orelha e a beijo com ternura. "Papapapa!" Hannah grita ao vê-lo e se contorce ao ser pousada na areia. Nós dois rimos no momento em que Hannah fica livre e desajeitadamente faz seu caminho para o vovô que está esperando com um biscoito que, sem dúvida, minha mãe aprovaria. "Mmm," Baylee murmura, virando em meus braços, "Eu pensei que você nunca chegaria aqui." Pisco-lhe um sorriso antes de enfiar os dedos em seus cabelos e beijála profundamente. "Acredite em mim, eu estava contando os segundos." Ela suspira de felicidade e, juntos, vemos como meu pai brinca com nossa filha. Finalmente, depois de alguns momentos, minha esposa olha para mim com lágrimas nos olhos e corre os dedos sobre a cicatriz no meu peito. "War, as batalhas valeram a pena. A dor, o sangue, as vítimas, os caminhos que nossas vidas tomaram. Isso tudo valeu a pena, porque levou a isso. O que quer que "isso" seja "-ela movimenta entre eu e nossa família"Eu não quero que alguma vez acabe." Eu planto um beijo na testa dela. Fazendo o mesmo gesto com a minha mão, eu explico exatamente o que "isso" é. "Isso é amor, baby."

Eu pressiono um beijo nos lábios macios de War e sorrio para ele. Hoje ele está lindo na luz do sol brilhante. Pequenas sardas salpicam seu nariz e seus olhos azuis cintilam com prazer. Seu sorriso se estende por todo o seu


belo rosto iluminando todas as suas feições. O vento sopra seu cabelo castanho em todas as direções fazendo dele uma sexy, desgrenhada bagunça. Bem do jeito que eu gosto. Simplesmente perfeito. Ele tem razão. Isso é amor. O meu coração quase explode de alegria cada vez que vejo meu marido balançar a nossa adorável filha ou esfregar minha barriga com reverência. Seus sorrisos são frequentes e são um bálsamo para as partes do meu coração que ainda estão sibilando de terem sido queimadas. Não passa um dia em que eu não penso sobre o que me levou a War. O destino tinha um plano. O fodido psicótico sabia que estávamos destinados a ficar juntos. O que ele não me disse foi que custaria tudo o que eu gostava para estar com ele. Mamãe. Pai. Brandon. E até mesmo Gabe. A minha terapeuta me diz que não há problema em sentir falta deles. Três homens que supostamente me amavam, mas acabaram por arrancar o meu coração, cada um à sua maneira, ainda conseguiam fazer o meu coração doer de tempos em tempos. Ela me diz que é normal. Acho que está longe de ser normal. A dor por eles parece ser uma traição a War. E esse sentimento de traição gera raiva. Depois de todo esse tempo, eu ainda estou com raiva. Aparentemente, isso é normal também. Ela me assegura que, eventualmente, eu posso ultrapassar toda a raiva. Que eu deveria perdoá-los pelo que me fizeram. Mesmo Gabe. Especialmente Gabe. Então eu posso seguir em frente, de acordo com ela. Ao deixar ir a dor do meu passado, eu posso abrir espaço para todas as coisas boas que meu futuro tem guardado. E na maioria dos dias, eu sou capaz de encontrar a força para concordar com ela. Eu procuro profundamente dentro do meu lascado coração e eu busco a bondade que


cada um tinha para oferecer. Antes da doença e dinheiro e o estresse que os levou a fazer atrocidades terríveis a quem eles tinham mais amado. Esses dias, eu me sinto forte. Eu sou uma guerreira, heroína em minha própria história. Os outros dias é que são difíceis. Os dias em que me sinto como se eu fosse a última no tabuleiro protegendo o seu rei com a mais sangrenta maldita espada ao redor. Culpa pinga de mim como o sangue de todas as baixas na minha guerra. Esses dias são esmagadores. Esses dias, eu não me sinto forte de jeito algum. Mas com a guerra foi como eu encontrei a minha paz. A guerra valeu a pena. War valeu a pena. Quando eu sinto o nosso filho rolando na minha barriga ou quando Hannah adormece contra o meu peito, eu sei. Eu sei que cada segundo de tudo isso foi necessário, de alguma fodida forma. A batalha foi realmente feia, mas a minha paz é mais bonita do que palavras podem descrever. "Oooh," Hannah balbucia e aponta para o oceano agitado. Ela rasteja em direção à borda da água e eu trilho atrás dela enquanto War e Land mergulham em uma discussão sobre um novo cliente atrás de nós. A minha filha é corajosa e não teme as ondas quebrando. Em vez disso, ela grita e corre em direção a elas. Sem hesitação. Sem reservas. Nenhuma estratégia. Ela não se preocupa com os males do mundo, porque ela tem dois pais que se preocupam o suficiente com isso por toda a sua vida. A minha filha é livre. War e eu seremos os pais que a protegem. Ela nunca vai saber os terrores que enfrentamos. A vida, para ela, será perfeita. Nós vamos ter certeza disso. "Mamamama!", Ela me diz com uma risada doce e espirra a água morna. Uma onda apressa-se em direção a nós, fazendo-a perder o equilíbrio e ela estatela sua bunda na areia. Eu sorrio e alcanço suas pequenas mãos para ajudá-la a ficar de pé. Uma vez que ela está estável


novamente, eu fecho meus dedos em torno de seu pequeno pulso e a deixo me guiar ao longo da costa. Eu estou perdida em pensamentos, um sorriso brincando em meus lábios quando um doentio e familiar temor passa por mim. Um arrepio desliza na minha espinha e eu sacudo a cabeça por cima do meu ombro. A minha terapeuta me garante que é porque eu nunca tive um encerramento com Gabe, que eu sempre vou ser paranoica, até certo ponto. Ela tenta me fazer relaxar e não me preocupar com o que eu não posso controlar. Ele está morto e eu preciso seguir em frente. Sim, eu entendo. Mas toda vez, eu olho por cima do meu ombro. Espero prender os olhos com aqueles que são cor de café aquecido. Para ser paralisada de medo quando ele desce sobre mim como a besta do inferno devorando sua próxima alma escura, para me fazer pagar por aqueles no meu despertar destrutivo. O sangue de Brandon em minhas mãos me assola da pior maneira possível. Eu ajudei a moldar o dragão que aniquilou o menino doce do meu passado. E enquanto eu tive uma participação no seu assassinato, eu me tornei a maior jogadora no jogo torcido de foder a mente de Gabe. Um jogo onde não houve vencedores. Apenas a morte e sangue e perda. Estou simplesmente sobrevivendo um dia de cada vez com meu rei quebrado ao meu lado. Juntos, lutamos contra os demônios escuros do nosso passado, concentrando sobre os anjos loiros em nosso futuro. Um estrondo de um trovão a distância me faz pular e eu aperto os olhos para ver de onde a tempestade está vindo. Nuvens escuras se formam ainda mais para baixo da costa, o que significa que não faltará muito para chegar aqui. O riso de War corta através da minha neblina taciturna e se envolve em torno do meu coração. Sempre que eu deixo esses pensamentos de culpa me infectar, ele sempre encontra uma maneira de empurrá-los para trás e em vez disso me enche com seu amor.


É o suficiente. É mais do que suficiente. E funciona. Eu posso baixar a minha guarda e desfrutar o momento. Quando o vento aumenta e sopra meu cabelo em meu rosto, eu fecho os olhos e solto um pequeno suspiro. A vida é boa. Isso é amor, como ele disse. O destino pode ser uma cadela, mas o único teimoso aqui é o Amor. O amor não se importa se você pensa que não é merecedor ou indigno. O amor não dá a mínima sobre o seu passado ou quem você machucou ao longo do caminho. O amor não se importa se você tem sangue em suas mãos. O amor é egoísta e ele sempre consegue o que quer. E o amor é o único que está unido com o destino. Ele, por algum motivo louco, acha que mereço essa bela vida. A guerra no meu coração ainda continua. Mas isso? Meu olhar pula de minha filha de cachos loiros para o sorriso alegre de War enquanto ele nos observa ao lado do pai dele. Eu esfrego a minha barriga e sorrio de volta para eles. Isto é a paz, baby.

Se você ama alguém, liberte-os. Quem inventou esse pedaço de merda de frase devia ser baleado na cabeça. Se você ama alguém, você deve protegêlos. Vigiá-los. Certificar-se de que estão felizes. Você deve fazer o que for preciso para ver o seu sorriso de tirar o fôlego, uma e outra vez.


Você certamente não os liberta. Isso seria estúpido e insatisfatório. Sei o que é o amor e isso cresce a cada dia com cada sorriso em seu rosto bonito, sorrisos dos quais eu não pareço me cansar. "Uma tempestade está se aproximando," uma sexy, rouca voz diz atrás de mim, me distraindo de meus pensamentos. Eu gemo de prazer quando ela envolve seus braços em volta da minha cintura e coloca seu rosto nas minhas costas nuas. Alejandra é o meu anjo. O meu milagre. E eu lhe devo minha vida. "Ainda tem gente na praia", medito enquanto meus olhos se prendem sobre a menina brincando na areia mais acima na praia. "O que você acha? Mais trinta minutos e vai chover? " Ela se afasta e, em seguida, encontra minha mão. Eu aperto a macia palma antes de trazê-la para meus lábios para pressionar um beijo nas costas dela. Alejandra tem as mãos de um anjo. A minha esposa é uma cirurgiã e uma porra de muito boa nisso. Ela está sempre tagarelando depois de alguns dias de plantão, sobre as muitas vidas que ela melhorou ou salvou. Eu escutava com atenção, porque eu devo isso a ela. Porque ao mesmo tempo, ela me salvou. Seu cabelo comprido, quase preto chicoteia ao redor dela no vento. Lembro-me da primeira vez que a vi. O dia em que eu tropecei no convés de sua antiga casa mais longe da costa, todo molhado, empurrando através da porta de trás da casa dela, e cai em seu chão da cozinha. Ela tinha ficado chocada no começo, mas quando ela se agachou ao meu lado, viu o meu pulso, eu olhei diretamente em seus olhos cor de mel e disse, "Eu não estou pronto para morrer." Seus traços chocados ficaram tristes por um momento antes de um olhar de pura determinação assumir. Alejandra me salvou naquele dia em seu chão da cozinha. Ela realizou o que eu chamo de um milagre e cuidou de mim em sua casa. A minha esposa nunca fez perguntas.


Ela nunca sondou o meu passado. Alejandra me protegeu quando eu era incapaz de me proteger. "Deus o enviou para mim", ela disse com absoluta certeza. E eu nunca argumentei. Talvez fosse intervenção divina. Deus deve ter brincado com nossas vidas, porque quando eu tinha visto as fotos do casamento em sua mesa mais tarde, depois de eu ter me curado, eu a vi beijando um homem com cabelo escuro, ondulado e profundos olhos castanhos. Eu soube quem era seu marido. Alejandra era viúva. E seu anterior marido se parecia comigo. Mal ela sabia, que ela tinha trocado seu cara bom por um dos maus. Mas talvez, apenas talvez, Deus não se importasse. Ele sabia que, no fundo, eu merecia uma segunda chance de felicidade. Sempre fui um cara mau, mas os maus merecem o amor também, certo? Muito antes de ela se mudar da Venezuela para a Califórnia, ela foi casada com Johan Cruz-Diez. Ele tinha sido o amor de sua vida antes de um ataque cardíaco repentino que o levou da deslumbrante médica. E homem, ela é deslumbrante. Alejandra tem curvas em todos os lugares certos. Adoro agarrar suas coxas grossas quando ela monta o meu pau, seus seios saltam muito na minha frente. Meu pau contrai e eu sorrio. Ela também é uma louca necessitada na cama. Eu acho que perder o seu marido e então encontrá-lo novamente deixa uma mulher insaciável. Estou muito feliz em satisfazer as suas necessidades. "É melhor fechar o guarda-sol do pátio para que ele não seja levado com a ventania, Johan", ela me diz, se inclinando para pegar uma concha. Eu admiro a bunda grande e redonda, em seu traje de banho azul-turquesa que faz com que sua pele pareça mais bronzeada do que o habitual. Sua bunda é fodidamente divina. "Eu vou cuidar disso," Eu prometo e aperto um punhado de sua bunda enquanto ela se endireita. "Eu quero


você nua e de joelhos quando eu voltar para dentro. Eu estou pronto para foder minha linda esposa." Seus olhos se fecham e ela levanta o queixo em direção ao céu, seus lábios grossos e vermelhos se separam. Sei que ela está agradecendo a Deus por me enviar para ela. Depois desse dia, quando ela me curou, ela sempre me chamou de Johan, o nome do marido morto dela. E eu nunca corrigi. Isso simplesmente tornou mais fácil para obter uma identidade como se fosse ele e cair na vida perfeita que ele deixou. E me manter dentro da apertada e linda bunda da esposa dele. Intervenção definitivamente divina. E eu que pensei que Deus não gostava do diabo. Que ele era uma pária evitada do céu. Claramente, eu estava errado. "Eu te amo, Johan", ela diz, um amor feroz ardendo em seus olhos. Puxando-a para mim, eu lanço os meus dedos em seu cabelo selvagem e a beijo com força suficiente para roubar sua respiração. Quando ela está com falta de ar, eu me afasto e pisco-lhe um sorriso. "Eu também te amo, doce menina." Ela sorri para mim antes de saltar de volta para nossa casa. Eu sei que em outros quinze minutos, ela vai estar gritando o nome de Johan enquanto eu enfiar o meu pau na sua bunda apertada. E eu gozo em suas costas e digo a ela o quanto eu a amo também. É claro que nós dois sabemos que o seu amor nunca vai ser medido. Isso nunca vai ser o verdadeiro amor que possui o resto do meu coração, um amor que é na verdade um pedaço quase genético de mim. Mas, como temos feito desde o primeiro dia, Alejandra e eu brincamos com as nossas partes para saciar as necessidades um do outro. É o que nos faz feliz. É como funciona um casamento perfeito. Meu olhar se arrasta de volta para ela. Aquela com o brilhante e luminoso sorriso, lindos olhos azuis, e cabelo loiro sedoso. Eu ignoro os homens atrás dela enquanto recolhem os cobertores, brinquedos e cadeiras da areia. Eu até ignoro


a pálida grávida com longas madeixas que chicoteiam no vento. Aquela que costumava consumir cada pensamento meu. Não mais. Ela agora importante.

compartilha

aquele

lugar

com

alguém

igualmente

Alguém tão perfeita. E isso é o verdadeiro amor. No último dia em que eu estive com ela, a ouvi dizendo ao estúpido do ex-namorado que ela estava grávida. Grávida do meu filho. Ela não precisou dizer essas palavras, que eu era o pai, eu sabia. Eu franzo a testa quando penso no maricas. Um homem melhor iria lamentar sua morte, sentir coisas como culpa, remorso, pena, mas eu não sou um homem melhor. Francamente, eu não sinto nada por ele. Eu tenho que lhe dar crédito, porém, por lutar por aquilo que ele queria. E ele colocou uma boa luta. Mas, no final, nós estamos em guerra. Ele estava no meu caminho, e só poderia haver lugar para um homem que ficasse de pé, não havia espaço para garotinhos. Meus pensamentos deixam o passado quando eu olho para o meu futuro. Orgulho floresce no meu peito e eu abro um sorriso para a pequena menina que brinca na praia. Claro, ela não pode me ver a essa distância, mas eu sei que é ela. Eu assistirei a minha linda filha todos os dias e, em seguida, um dia, quando ela tiver idade suficiente para entender, eu vou explicar a ela quem é o seu verdadeiro pai. Talvez quando ela tiver sete anos. Sua mãe certamente parecia bem consciente de mim com essa idade, a idade que tinha quando eu estacionei meu carro na calçada ao lado de sua casa pela primeira vez. Aqueles olhos azuis dela brilhavam de sua varanda com curiosidade e adoração instantânea. Eu espero que seja do mesmo jeito com a minha filha quando essa hora chegar. Eu vou puxá-la em meus braços e nunca deixá-la ir. Vou dar a Alejandra a criança que Johan nunca foi capaz dar.


Eu sou um homem paciente e farei com que isso aconteça, com tempo. Até então, eu vou aproveitar a minha nova vida. A vida que Johan não foi homem o suficiente para segurar. Com um último olhar ansioso para a minha filha, que agora está presa no quadril da mãe, eu viro e a deixo ir. Quando as gotas de chuva começam a me molhar, eu caminho pela areia de volta para a casa e subo os degraus do deck traseiro. De forma eficiente, eu cuido do guarda-sol e fixo como prometi a minha esposa que eu iria fazer. Uma vez lá dentro, eu atiro o meu short de banho para o chão e sigo a trilha de areia que leva até onde ela vai estar à espera de joelhos. Com meu pau na mão, eu sorrio para quão doce a vida realmente é, e esfrego meu pau várias vezes para me preparar para o buraco apertado de Alejandra. Eles dizem que os mocinhos sempre ganham, certo? Eu rio escuramente para mim. Não dessa vez.

FIM

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