ROMERO BRITTO: Aclamado pelo público e odiado pelos críticos, seu trabalho divide opiniões.
MESTRES DO RENASCIMENTO Centro Cultural Banco do Brasil trouxe a São Paulo a concorrida exposição, que mais uma vez foi sucesso de público.
+ Biografia de Botticelli + Capela Sistina
#ÍNDICE #CAPA
MESTRES DO RENASCIMENTO páginas 10 e 11
#PERSONALIDADE
SANDRO BOTTICELLI página 13
#LEITURA
CAPELA SISTINA A arte secreta de Michelângelo página 12
#4
#NACIONAL
KAROL CONKA pテ。gina 14
#ARTEAFORA
ROMERO BRITTO - Amor x テ電io pテ。ginas 07 e 08
#NACIONAL
PAULO MOSKA pテ。gina 14
#5
EXPEDIENTE
E você, quem é?
Editoras e diretoras responsáveis: Michele Aniceto Vívian Ferreira Projeto gráfico: Michele Aniceto Vívian Ferreira Revisão: Michele Aniceto
21 anos, estudante de design. Amante de arte. Arte, design, livros, cinema, música, fotografia e tudo que traga inpiração. Prazer, Vívian Ferreira.
Reportagem: Michele Aniceto Vívian Ferreira Designers: Michele Aniceto Vívian Ferreira Colaboradores: Pedro Buonano Edna Santos Roberto Bispo 17 anos, estudante. Amante de música. Música, publicidade, rádio, tv, design, cinema e tudo que se assemelhe. Prazer, MICHELE ANICETO.
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#ARTE À FORA
ROMERO BRITTO AMOR X ÓDIO ula p po
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#7
E
m 1990, o sueco Curt Nycander, executivo da vodka Absolut, que até então pegava carona no sucesso de artistas contratados para promover a bebida, achou que estava na hora de promover um desconhecido. Em visita a uma galeria descobriu as pinturas multi coloridas do pernambucano Romero Britto, que tentava a vida nos Estados Unidos. De um dia para o outro, Romero se viu com 65 mil dólares na conta e seus quadros divulgados em mais de 50 revistas norte americanas, entre New Yorker, Rolling Stone, ArtNews, etc. Hoje, Romero Britto vende seus trabalhos por até 150 mil dólares, e tem obras nas coleções de personalidades e celebridades como Bill Clinton, Madonna, Arnold Schwarzenegger, Paloma Picasso, Xuxa, Fernando Collor, Roberto Marinho, dentre muitos outros nomes. Porém, não só de sucesso e reconhecimento vive o pintor. Entre críticos de arte, principalmente brasileiros, existe sempre um forte questionamento com relação ao status de artista que Romero Britto conquistou nos últimos anos. Para grande parte do críticos, ele não passa de um ilustrador, pois suas obras não levam o público a pensar ou questionar algo, o que seria, segundos muitos, o objetivo central de toda obra de arte. Outros o classificam ainda como um artista de peças publicitárias e entretenimento. “Ele não é artista, é outra coisa. Ele pinta quadros divertidos, mas sem nenhuma expressão artística. É um ilustrador” - declarou em entrevista Agnaldo Farias, professor da USP. Mas se por um lado existem críticas, por outro o colorido de Romero Britto caiu no gosto popular. Não é preciso caminhar muito por aí para esbarrar com algumas capas protetoras de celular, guarda chuvas, embalagens, chinelos, canecas, malas, móveis, agendas ou até mesmo roupas estampadas com a arte de Britto. O fato de que seus trabalhos fazem sucesso é inquestionável. “Ele produz um tipo de arte acessível. #8
Todos usam ou tem algum produto com as cores de Romero Britto.” - diz Paula Almeida, gerente de uma loja de utensílios domésticos tomada por produtos com ilustrações de Romero Britto. Respondendo a críticas, Romero diz que quem questiona seu trabalho não está abeto a arte pop: “Eu imagino que entre o público que a minha arte alcança, existe um grupo que vive no passado, e talvez por isso não está aberto a arte pop. Muita gente não entendeu, e até hoje não entende, a ideia da arte pop, e quer que o artista também viva naquele passado em que tinha de sobreviver às custas de uma realeza ou de alguma classe social que mantinha a sua arte. A arte pop busca exatamente atingir o grande público, e eu quero que o maior número de pessoas possível possa desfrutar de minha arte.” - disse em entrevista a Weydson Barros Leal. A verdade é que o pernambucano tem que lidar com dois extremos: de um lado a popularidade diante das grandes massas; do outro, duros e impiedosos julgamentos por parte dos críticos. Se suas obras merecem ou não ser classificadas como arte, se geram ou não reflexão, quem vai dizer? A palavra final é dos críticas ou da grande massa que consome seu trabalho? E você? O que acha?
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#CAPA
Mestres do Renascimento
O Centro Cultural Banco do Brasil trouxe a São Paulo a exposição “Mestres do Renascimento”, que composta por mais de 50 obras primas renascentistas foi sucesso de público.
O
CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) presenteou São Paulo com a exposição “Mestres do Renascimento - Obras primas italianas” (Masters of Renaissance). Aberta a visitas entre os dias 13 de julho e 29 de setembro, funcionando das 10h as 21h, de quarta a sexta feira, a exposição permaneceu concorrida durante todo o tempo, sendo que o tempo de espera na fila para entrada variava de 2 a 4 horas durante o dia e pelo menos 30 minutos durante o período noturno. Estudantes de arte, história, teatro, design, arquitetura ou simplesmente amantes da arte e até mesmo curiosos não tinham problemas em enfrentar a gigantesca fila que se formava ao lado de fora do prédio construído no início do século XX. Ver pessoalmente e de tão perto obras dos principais artistas renascentistas como Rafael Sanzio, Ticiano, Sandro Botticelli, Michelangelo Buonarroti, entre outros nomes, em seu próprio país (e ainda com entrada franca) é uma experiência única e que talvez não se repita tão cedo ou até mesmo não se repita. A abertura da exposição foi marcada com a palestra “Viagem à Itália Renascentista” com Lorenzo Mammi. A palestra, também com entrada franca, foi realizada nos primeiros dois dias de exposição no próprio prédio do Centro Cultural Banco do Brasil e transmitida também via Twitcam ao vivo. Tal explanação possibilitou não apenas o entendimento e contextualização das muitas obras ali #10
expostas mas, como o próprio nome sugere, uma viagem através da Itália e das sutilezas que marcam o período de criação das obras. A exposição, com mais de cinqüenta obras-primas provenientes de importantes coleções italianas apresentou ao público pulistano a extraordinária riqueza da arte italiana no momento de seu apogeu, o Renascimento. As pinturas, esculturas e desenhos foram selecionadas com o intuito de mostrar o percurso do movimento renascentista na Itália. A exposição ocupou os quatro andares do prédio e embora fotografar não fosse permitido, não impediu os visitantes de se divertirem e marcarem a presença no evento através das redes sociais. Pode-se dizer que o destaque da exposição fica para a obra de Leonardo da Vinci “Leda e Il Cigno” - Leda e o Signo - única obra de da Vinci, um dos maiores expoentes do Renascimento, exposta no CCBB.
Mas afinal, o que foi o Renascimento? O Renascimento foi um importante movimento de ordem artística, cultural e científica que se deflagrou na passagem da Idade Média para a Moderna. Em um quadro de sensíveis transformações que não mais correspondiam ao conjunto de valores apregoados pelo pensamento medieval, o renascimento apresentou um novo conjunto de temas e interesses aos meios científicos e culturais de sua época. Ao contrário do que possa parecer, o renascimento não pode ser visto como uma radical ruptura com o mundo medieval. A razão, de acordo com o pensamento da renascença, era uma manifestação do espírito humano que colocava o homem próximo a Deus. Essa valorização das ações humanas abriu um diálogo com a burguesia que floresceu desde a Baixa Idade Média. Suas ações pelo mundo, a circulação por diferentes espaços e seu ímpeto individualista ganharam atenção dos homens que viveram todo esse processo de transformação privilegiado pelo Renascimento. Ainda é interessante ressaltar que muitos burgueses financiavam artistas e cientistas surgidos entre os séculos XIV e XVI.
Nas artes, o Renascimento se caracterizou pela inspiração nos antigos gregos e romanos, e pela concepção de arte como uma imitação da natureza, tendo o homem nesse panorama um lugar privilegiado. Mas mais do que uma imitação, a natureza devia, a fim de ser bem representada, passar por uma tradução que a organizava sob uma ótica racional e matemática, num período marcado por uma matematização de todos os fenômenos naturais. Na pintura a maior conquista da busca por esse “naturalismo organizado” foi a recuperação da perspectiva, representando a paisagem, as arquiteturas e o ser humano através de relações essencialmente geométricas e criando uma eficiente impressão de espaço tridimensional; já na música foi a consolidação do sistema tonal, possibilitando uma ilustração mais convincente das emoções e do movimento; na arquitetura foi a redução das construções para uma dimensão mais humana, abandonando-se as alturas transcendentais das catedrais góticas; e na literatura, a introdução de um personagem que estruturava em torno de si a narrativa e mimetizava até onde possível a noção de sujeito. #11
#LEITURA
Capela Sistina
A arte secreta de Michelângelo
A
Arte Secreta de Michelangelo - Uma Lição de Anatomia na Capela Sistina” foi publicado em 2004 pela Editora Arx, de autoria do brasileiro Gilson Barreto. Amante das artes e profundo conhecedor de anatomia e pesquisador da Unicamp, Gilson descobriu nas pinturas de Michelangelo uma espécie de código (não, não tem nada a ver com Dan Brown) a respeito da anatomia do corpo humano e os estudos de Michelangelo. Quando estudamos a Renascença e seus artistas, muito se fala sobre a utilização de cadáveres para estudo - ato proibido pela Igreja na época, mas muito realizado pelos artistas, o que resultou em um enorme avanço científico, artístico e filosófico. O principal nome a esse respeito é o de Leonardo Da Vinci graças aos seus esboços, reconhecidos mundialmente e utilizados como referências até hoje, inclusive para estudantes de medicina. Entretanto, esquecemos dos outros artistas, tal como Michelangelo, o livro em questão propõe não apenas #12
uma descoberta em termos de anatomia como também da obra de Michelangelo como um todo. Suas mais de 200 páginas coloridas oferecem uma viagem por todo o teto da capela Sistina, da “Criação de Adão” ao “Juízo Final” são reveladas as lições de anatomia guardadas através dos séculos.
A Criação de Adão, uma das mais conhecidas e citadas, aqui recebe o nome de “A transferência do intelecto”. Isto porque a figura de Deus ali retratada está associada a um cérebro. Dessa forma, quando Deus criou o homem, o fez segundo sua imagem, semelhança e dividindo consigo seu poder de ciência e conhecimento. Essa leitura da obra, além de inovadora, trazendo um novo olhar a pintura, represnta também o pensamento antropocentrico da época que substituiu o teocentrismo, isto é, o homem é o centro, não Deus, mas não porque o homem é melhor ou mais inteligente, mas sim porque Deus teria dividido com o homem o próprio intelecto para que vivesse e o desenvolvesse. Uma descoberta incrível em todos os termos: histórico, artístico, científico e filosófico. Este é o livro de Gilson Barreto em co-autoria com Marcelo D de Oliveira. Vale a Leitura!
As referências aos órgãos humanos ali expostas, mais que conhecimento científico, trazem em si um novo olhar não só para as pinturas como também para o trabalho do artista.
A Arte Secreta de Michelangelo - Uma lição de Anatomia na Capela Sistina Editor Arx 2224 páginas 2004
#PERSONALIDADE
O mestre renascentista
Sandro Botticelli
Sandro Botticelli foi um grande nome do periodo renascentista, mas você conhece sua historia? Sabe que seu nome não é Sandro e que Botticelli é um apelido?
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m dos mais importantes nomes do Renascimento, Alessandro di Mariano di Vanni Felipepi, ou simplesmente Sandro Botticelli nasceu na cidade italiana de Florença em 1 de Março de 1445, filho de um curtidor de couro. Giovani, seu irmão mais velho, ganhou o apelidado de “botticelli”, que significa “pequeno barril” em italiano. Daí em diante, o apelido substitui o sobrenome de família, passando a identificar o futuro pintor. Sua preferencia pelas artes e pela pintura foi descoberta ainda na infância, e Botticelli fez seu aprendizado com Filippo Lippi, admirado pintor florentino que dirigia uma grande equipe de ajudantes e aprendizes em seu ateliê. Depois da experiencia com Lippi, Botticelli trabalhou ainda com o pintor e gravador Antonio Del Pollaiuolo, e em 1470, aos 25 anos, já tinha seu próprio atelie em Florença, e dedicou grande parte de sua carreira às importantes
famílias dessa cidade-Estado, em especial os Médici, para quem pintou retratos, dentre os quais está “A adoração dos Magos” (1476-1477), obra que o colocou definitivamente sobre a proteção dessa rica família, que protagonizava a história Itália na na época. No ano de 1481, Botticelli foi chamado a Roma pelo Papa Sisto 4º. para trabalhar na decoração da capela Sistina, juntamente com Ghirlandaio, Luca Signorelli, Cosimo Rosselli e Perugino, onde pintou os afrescos “As provações de Moisés, “O castigo dos Rebeldes” e a “Tentação de Cristo”. No mesmo período participou dos círculos da corte de Lorenzo de Médici, recebendo a influência do neoplatonismo cristão que pretendia conciliar as ideias cristãs com as clássicas. Os anos que se seguiram a 1494 foram difíceis tanto para a cidade de Florença como para o pintor. Os Médici perderam o poder e
o monge dominicano Girolamo Savonarola instaurou um governo republicano que criticava a corrupção da Igreja. Botticelli tornou-se devoto seguidor das ideias do novo governante e a tensão espiritual do período se refletiu em duas de suas pinturas, “Crucificação Mística” (1497) e “Natividade Mística” (1501). Totalmente dedicado à sua arte, Sandro Botticelli jamais casou-se ou teve filhos, e morreu na mesma cidade em que nascera, aos 65 anos, em 17 de Maio de 1910.
#13
#NACIONAL
A hora de
Karol Conka
Musica + fotografia
Paulo Moska O apelido ele adquiriu no Colégio Santo Agostinho, no Leblon, ainda na adolescência, quando imitou uma mosca, representando-a com gestos e som no palco da escola. O nome de um inseto na boca dos colegas poderia ser um incômodo, mas para o multiartista Moska, o apelido acabou simbolizando muito do seu modo de se expressar ao longo da carreira — A mosca tem três qualidades que eu gosto. Elas vivem 24 horas, então tudo é urgente. A segunda é que a mosca não tem memória, ela mergulha no vazio e somente quando ela está voando escolhe o lugar que vai pousar. E a terceira é o olhar da mosca. Ela vê a mesma imagem centenas de vezes, mas entre cada uma tem uma existe #14
microdiferença de ângulo. O músico faz do seu canto uma conversa poética onde a fotografia ocupa um espaço fundamental na sua arte. — A foto “Lágrimas de diamante” apareceu em Tóquio. Eu bati e dei o nome. Três meses depois, fui fazer um show na Chapada Diamantina e o nome veio novamente, durante um passeio que fiz para ver os cristais que cresciam da pedra. Aquilo tinha brilho e era tão metafórico que me fez cantar isso também. Quando cheguei ao Rio, fiz a canção. A natureza, que tanto o inspira, também está perto do lar. — Moro num condomínio ao lado do Jardim Botânico, o meu quintal é o Jardim Botânico. Na loucura da cidade, vivo essa sensação de silêncio que o parque me proporciona.
Ela chegou para “causar na sociedade”. É o que diz a propria, em tom de brincadeira, mas a verdade é que primeiro disco, “Batuk Freak”, mostra que a MC de 27 anos veio mesmo para levar batom e salto alto para a cena onde reinam as bombetas (bonés) e as calças largas. Musicalmente, seu trabalho é tão desgarrado da tradição quanto suas letras. A base é o rap, mas há influências de dubstep, afrobeat e MPB. Aos 16 anos, Karoline ganhou um concurso com um rap de sua autoria. Por intermédio de um amigo, foi convidada a abrir um show do MC GOG, e dai em diante nao parou mais. Em 2011, lançou um EP com sete faixas. No mesmo ano, foi indicada a aposta do VMB com o clipe de “Boa Noite”. A partir daí, conquistou o respeito de rappers como Racionais MC’s, Criolo, Emicida e Marcelo D2, com os quais chegou a dividir palcos. Só que Karol quer ir além, afirma que sonha um dia “representar o Brasil”.
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