SOS CARLOS GOMES

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CINE-TEATRO CARLOS GOMES EM REVISTA

Levantamento de reportagens sobre o Cine-Teatro Carlos Gomes realizado nos principais jornais da região. A base da pesquisa foi a internet, exceção feita ao período até 2000, quando foi consultado o acervo do Diário do Grande ABC na biblioteca municipal de Santo André. Elaborado por Silvia Helena Passarelli DGABC 13/07/1986 - Ameaças sobre o Carlos Gomes persistem. "O Cine Carlos Gomes, arquitetura original de 1925, pode desaparecer a qualquer momento da história de Santo André. Ele, como outros prédios da cidade estão sensíveis às modernas técnicas de demolição, porque não existe, no Município, nenhum dispositivo legal que os proteja. Se nada for feito, a cidade pode ficar sem o que indique ser ela a cidade mais antiga da cidade do Estado de São Paulo. /.../ Se isso acontecer, vai desaparecer um marco da história de Santo André." DGABC 16/09/1986 - Autoridades debatem preservação de cine "O edifício, considerado marco histórico do Município e tido como o mais antigo cinema de São Paulo, está ameaçado pela invasão de edifícios na área central da cidade e sofre o descaso das autoridades públicas quanto às providências que evitariam o risco de demolição. A conservação do Carlos Gomes foi solicitada em outubro de 84 pelo vereador José de Araújo, em indicação enviada à Prefeitura onde o parlamentar pedia a desapropriação do prédio até hoje não efetuada. O cinema ainda não foi demolido em razão de ação judicial, envolvendo inventário da família dos proprietários do prédio impedir alguma decisão dos herdeiros sobre seu destino. O vereador prevê a demolição do cinema assim que seja dada alguma solução à pendência judicial que tramita no Fórum de Santo André. No Condephaat o assunto foi considerado em reunião ordinária onde se deliberou pela imediata desapropriação do imóvel (sic)." DGABC 02/08/1987 - Depredações comprometem lucro de cinemas. Marco histórico está ameaçado. DGABC 25/08/1987 - Cine Carlos Gomes vira estacionamento. 1984. Câmara tenta intervir. 1912. Aqui começa a história. DGABC 06/09/1987 - Pesquisadores estimulam luta pelo Carlos Gomes DGABC 09/09/1987 - Grupos decidem como salvar Carlos Gomes. Debate na Câmara discute preservação do cine-teatro. DGABC 10/09/1987 - Debate encaminha futuro do Carlos Gomes


DGABC 12/09/1987 = Admitida desapropriação do Carlos Gomes. Patrimônios fecham dia a dia. "A cidade sem memória perdeu muitos patrimônios, entre eles as casas de espetáculos. /.../ De supermercado a templos religiosos, a transformação foi generalizada. Não existem leis municipais para preservação dos prédios, nem tampouco autoridades interessadas em criá-las." O artigo enumera as salas de espetáculo que desapareceram da paisagem da cidade: em SAN: Carlos Gomes, Roxy, Tamoio, Iporanga, Max, Aquarius, Santa Terezinha, Teatro de Alumínio; em SCS: Aquarius. DGABC 17/09/1987 – Editorial. Destino de Carlos Gomes depende de todos. "Preservar a memória é características de povos socialmente evoluídos e algo raro no Brasil. Enquanto na Europa, por exemplo, cidades inteiras são tombadas e protegidas da impiedosa devastação imposta pelo progresso, aqui a importância dada ao legado deixado para gerações vindouras é desprezada. /.../ Outras lutas, entretanto, que não mobilizam a população com tanta intensidade, estão mais ameaçadas. Dos casarões da avenida Paulista, apenas para lembrar, poucos ainda estão de pé. E o mesmo risco paira sobre o antigo Cine Carlos Gomes, em Santo André, que hoje à noite terá seu destino decidido na Câmara Municipal. A cidade não dispõe de política municipal voltada à defesa do patrimônio histórico-cultural e nem de entidades legalmente formadas, como já existem em São Bernardo, Mauá e Ribeirão Pires. Estes órgãos, os chamados Condephaats municipais, são formados por idealistas, cujo trabalho é inteiramente gratuito. É sempre importante evitar a generalização, estudar caso a caso e não crucificar os proprietários dos imóveis. A responsabilidade pela preservação histórica é de todos, mas é, acima de tudo uma incumbência dos governos municipal, estadual e federal. Não é justo causar prejuízo financeiro a quem quer que seja, notadamente quando se trata de pessoas que não possuam grandes recursos, mas é ainda injusto lesar a história de toda uma comunidade. Além disso, há outras alternativas. Primeiro que o tombamento não significa a desapropriação, ao contrario do que muitos pensam. O imóvel pode e deve continuar sendo utilizado pelo proprietário, desde que este mantenha suas características arquitetônicas, o que é o mínimo exigido. Em troca, ele recebe incentivos fiscais que tornam menos difícil a rara preocupação com a memória. Outra hipótese, dependendo da legislação, é o Município propor troca de imóvel com igual valor pelo bem histórico. No caso específico do Carlos Gomes, chega-se a uma posição delicada de confronto, por absoluta inabilidade do Poder Público. De um lado, os donos têm planos de utilização e de reformas estruturais no prédio. De outro, os estudiosos querem a preservação, e em meio a tudo isso a Prefeitura simplesmente alega não ter recursos – e aparentemente nem disposição – para fazer qualquer proposta. Seria o caso, e o momento, de acionar o Legislativo e a iniciativa privada para que se unissem ao Executivo em torno da preservação. Todos esses setores poderiam liderar campanhas de conscientização da comunidade sobre o assunto, engrossando abaixo-assinados que demonstrassem a importância de preservar o local como patrimônio histórico e espaço cultural, e até mesmo contribuíssem com recursos para desapropriação e recuperação do prédio do Carlos Gomes e de vários outros. Os investimentos são dedutíveis do Imposto de Renda, via Lei Sarney, e


representariam um grande benefício. Somente a união de todos poderá manter vivo na memória o esforço feito para preservá-la." DGABC 19/09/1987 - Permuta pode salvar o Cine Carlos Gomes DGABC 26/09/1987 - Santo André lança o SOS Carlos Gomes DGABC 03/10/1987 - Acisa diz não à preservação do Carlos Gomes "A decisão da Associação Comercial de não apoiar a preservação do prédio do Carlos Gomes, segundo o diretor (Sebastião Pereira de) Brito, tem caráter financeiro. A entidade considera a área ocupada muito valiosa e acredita que seu custo seria alto. Do mesmo modo, a Acisa entende que o local deva ser utilizado para fins comerciais e de prestação de serviços. Brito comentou que um grupo financeiro poderia criar uma galeria interligando as ruas Senador Flaquer e Dona Gertrudes de Lima, onde se construiria prédio com andares residenciais e de escritórios. Sebastião Pereira de Brito deu outra razão para a Acisa não apóie o tombamento: o temor de que as construções em volta do cinema, num raio de 300 m, não possam sofrer reformas ou demolições caso haja a preservação." DGABC 10/10/1987 - SOS Carlos Gomes recebe nova adesão Ao participar de sua primeira reunião no SOS Carlos Gomes, Livio Xella, morador de Santo André desde 1928, presidente da Junta de Recursos Fiscais da Prefeitura e o primeiro diretor financeiro da Acisa, afirmou: “ – A opinião da Acisa tornada pública não representa o pensamento de seus associados. É um absurdo alguém não defender a preservação do Carlos Gomes. O centro de Santo André já está cheio de estacionamentos e se quiserem fazer uma nova galeria existem vários terrenos vagos para isto. Por que mexer no Carlos Gomes? Aquele espaço é muito importante para ceder lugar a meia dúzia de lojinhas. A cara de Santo André já não é boa. Precisamos melhorar esta imagem e o melhor pe começar salvando o Carlos Gomes. Temos de pensar menos em dinheiro e mais na herança que deixamos para futuras gerações, sob pena de a história nos condenar.” DGABC 15/10/1987 - Acisa denuncia abandono de bens em Santo André "A Associação Comercial e Industrial de Santo André não é contrária à preservação do Cine-Teatro Carlos Gomes. A Acisa simplesmente não quer que mais um patrimônio histórico da cidade fique abandonado, a exemplo do que o ocorre com o antigo grupo escolar, na rua Gertrudes de Lima, com o casarão na esquina da Campos Sales com a Luiz Pinto Flaquer e com a chácara Pignatari, em Utinga. As observações foram feitas por Antonio Robles, segundo vice-presidente da Associação." DGABC 03/11/1987 - SOS faz show para salvar Carlos Gomes DGABC 07/11/1987 - SOS Carlos Gomes vai à praça pública DGABC 08/11/1987 - População apóia o movimento pró-Carlos Gomes DGABC 14/11/1987 - SOS Carlos Gomes realiza novo ato na Senador Flaquer DGABC 21/11/1987 - SOS inaugura painel sobre a história do Cine Carlos Gomes


DGABC 28/11/1987 - Artista retrata a fachada do Cine Carlos Gomes DGABC 05/12/1987 - Movimento SOS Carlos Gomes vai ao Largo do Quitandinha DGABC 05/01/1988 - Embargada demolição do Cine Carlos Comes Destaca várias visões sobre a situação do bem, entre elas do prefeito que afirma estar "de mãos atadas" e que por força de lei terá que expedir o alvará de demolição se solicitado. "Mas esta não é a opinião do vereador Fernando Galvanese que, a exemplo de outras 20 mil pessoas, aderiu ao abaixoassinado pela preservação e reconstituição do prédio. Para o parlamentar, a Prefeitura foi omissa e também principal responsável pelo ocorrido porque não promoveu sequer a nomeação de comissão de negociação solicitada pelo SOS." DGABC 07/01/1988 - SOS Carlos Gomes discute a demolição DGABC 09/01/1988 - Prefeitura oficializa o fim do Cine Carlos Gomes Sobre a expedição da licença de demolição DGABC 10/01/1988 - E o Carlos Gomes não recomeça a demolição DGABC 13/01/1988 - Movimento SOS Carlos Gomes promove reunião na Câmara DGABC 16/01/1988 - Brandão nada faz para impedir o fim do cinema DGABC 14/01/1988 - E lá iam os blocos em direção ao Carlos Gomes Sobre o carnaval antigo e o uso do cinema DGABC 11/12/1990 - Santo André declara de utilidade pública prédio do Carlos Gomes DGABC 14/08/1991 - O último carro deixa o Carlos Gomes. Prefeito de Santo André receberá chaves do prédio onde funcionavam estacionamento e loja na próxima sexta-feira DGABC 17/08/1991 - SOS Carlos Gomes quer apoio da iniciativa privada DGABC 31/08/1991 - Firestone faz doação ao Carlos Gomes. A empresa repassa US$ 160 mil para a compra de equipamentos necessários para cine-teatro tombado pela Prefeitura andreense DGABC 21/09/1991 - Carlos Gomes faz 79 anos. Cine Teatro comemora hoje seu aniversário com bolo e exfuncionários DGABC 29/09/1991 - Vídeo resgata cine-teatro. Estudantes do Colégio Singular vão reconstituir a história do Carlos Gomes. Pais e avós são fontes sobre o espaço para as alunas DGABC 07/10/1991 - Carlos Gomes volta com 10 horas de arte. O quinto cinema mais antio do país reabre dia 19 com apresentação da Sinfônica Jovem de Santo André e atrações que vão de balé a capoeira; a sala, desapropriada, só deverá ser entregue definitivamente em abril de 92. DGABC 18/10/1991 - Espetáculos comemoram retomada do cine-theatro


DGABC 19/10/1991 - Carlos Gomes faz a sessão de retomada. O cine andreense, castigado por anos e ocupação comercial, marca a sua volta com maratona cultural de 14 horas que começa às 9 da manhã e inclui apresentações da Sinfônica e de mestres capoeiristas DGABC 20/10/1991 - Cinema tem 12 horas de festejos. Retomada do cinema contou com passeata, orquestra e exposições, arrancando lágrimas e aplausos DGABC 24/06/1992 - Carlos Gomes ganhará fachada nova. Sobre a apresentação pública do projeto Centro com vida DGABC 01/08/1992 - Carlos Gomes ressuscita em setembro. Primeira casa de espetáculos aberta em Santo André e quinta do País, o cine-teatro abrigará lançamentos de filmes e apresentação de música e dança. Reforma de US$ 500 mil preserva pouco do original DGABC 08/09/1992 - Carlos Gomes usa fantasma para resgatar a sua história. O cine-teatro reabre dia 28 com o 'despertar' do passado e espetáculo multimeios DGABC 27/09/1992 - Carlos Gomes tem sua catarse amanhã. O cine-teatro andreense é evolvido à cidade com 'Nosso Cinema', interpretado por atores ligados à sua história DGABC 30/09/1992 - Política e saudades marcam reabertura DGABC 24/11/1992 - Santo André tomba quatro espaços históricos. Condephaapasa, órgão que cuida do patrimônio da cidade, pretende agora conseguir o tombamento do prédio do museu. Foram tombados: casa do olhar, casa da palavra, Carlos Gomes e Parque da Criança DGABC 07/11/1997 - Carlos Gomes reabre dia 12 de dezembro. Maior e mais antigo teatro de Santo André será reinaugurado como cinema, enquanto aguarda a hora de se transformar em centro audiovisual DGABC 11/12/1997 - Carlos Gomes reabre amanhã com festa. Sala mais antiga da região, em Santo André, vira cineclube; reabertura terá sessão de Baile Perfumado e show com a banda Mestre Ambrósio DGABC 22/05/1998 - Sto. André quer ser pólo de imagem. Prefeitura promete para setembro amplo debate público sobre identidade cultural e cinema, sediado no Carlos Gomes. Cine-Teatro reabre hoje com mostra sobre Eseinstein DGABC 21/06/1998 - Arquitetura guarda a história da região. Da época colonial à arquitetura modernista, cidades da região mostram um roteiro arquitetônico que o próprio morador desconhece no seu cotidiano Destaca vários bens da região: Paço Municipal de Sto André, Teatro Carlos Gomes, Matriz Sagrada Família de São Caetano, Casa bandeirista e os afrescos de E. Marcier em Mauá, estudios Vera Cruz, monumento da Santa e o Parque da Fonte (ou pousada dos jesuítas) em Diadema, Igreja do Pilar, Capela de São Sebastião DGABC 09/08/1998 - Pacotão de obras transforma Centro no melhor lugar de Sto. André. Orçado em R$ 22,3 milhões, Projeto Centro aliviará as enchentes do bairro, reurbanizando-o /.../ promoverá a cultura e atenderá moradores de rua. Arcos cobrirão Oliveria Lima. Andrezinho integra projeto. Corredor cultural já está sendo reformado.


Destaca bens culturais da área central, entre eles, o Cine Carlos Gomes DGABC 07/02/1999 - A nova casa do cinema. Projeto arquitetônico revitaliza o Cine-Teatro Carlos Gomes em Santo André. Prédio virou mosaico de estilos. Fachada e estrela no teto não têm importância arquitetônica. DGABC 20/06/1999 - O novo Carlos Gomes. Projeto pode custar R$ 2 milhões. Local é de utilidade pública desde 1990. Estrela 'perde' para esfinge. Parede externa terá espaço para exposição ABCDMaior 27/01/2009 – Sto. André quer iniciativa privada em teatro. Carlos Gomes foi interditado por causa de infiltrações e falta de iluminação. A Prefeitura de Santo André buscará na iniciativa privada recursos para reformar o Cine-teatro Carlos Gomes, em Santo André. O prédio, na região central da cidade, foi interditado nesta terça-feira (27/01) pela Defesa Civil após uma vistoria durante a manhã. A única atividade que ainda era realizada no Carlos Gomes eram as aulas da ELCV (Escola Livre de Cinema e Vídeo). O grupo de cinema foi transferido para a Emia (Escola Municipal de Iniciação Artística) Chácara Pignatari, que fica pronto em março, quando terminam as férias. A reforma no cine-teatro será baseada no mesmo projeto feito em 1999 para o local, mas a Prefeitura estuda algumas modificações. Por ser tombado desde 1992 pelo Comdephaapasa (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santo André), as obras precisam da aprovação dos historiadores para que as características do prédio sejam mantidas. De acordo com o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Edson Saulo Melo, o teatro tem varias infiltrações e só há energia elétrica onde as aulas da ELCV eram realizadas. Não há prazo para que as obras comecem DGABC 27/01/2009 - Defesa Civil de Santo André interdita Cine Teatro Carlos Gomes De acordo com a Prefeitura, uma vistoria realizada na manhã de hoje concluiu que o espaço não oferece condições de abrigar as aulas da Escola Livre de Cinema e Vídeo, única atividade que era mantida no local. DGABC 09/02/ 2010 - Comerciantes do Centro de Santo André cobram reabertura de cinema. Prefeitura não tem recursos para iniciar reforma na casa O projeto de revitalização do Cine Teatro Carlos Gomes, elaborado pela Prefeitura em 1999, ainda não tem data para começar. A reforma do local foi uma das bandeiras defendidas pelo prefeito Aidan Ravin (PTB) durante a campanha eleitoral. Segundo o secretário de Cultura, Esportes e Lazer de Santo André, Edson Salvo Melo, não existem recursos da Prefeitura para a execução da obra. "A reforma terá um custo de R$ 8 milhões. Estamos trabalhando para conseguir esse dinheiro por meio do Ministério da Cultura ou por uma parceria com a iniciativa privada." Ainda segundo ele, o projeto inclui também a aquisição de um novo equipamento de projeção de filmes e a construção de uma nova fachada. "Ela irá reunir elementos arquitetônicos da fachada dos anos 1920 e da reforma dos anos 1950", completou.EE DGABC 13/02/2010 - Santo André muda projeto do teatro Carlos Gomes


Prefeitura de Santo André estuda um novo projeto para a restauração do Cine Teatro Carlos Gomes, na região central da cidade. O plano, com custo estimado entre R$ 1,5 milhão e R$ 2,5 milhões, prevê que o local passe a abrigar, além do cinema, uma sala de concertos. "O projeto encomendado em 1999 pela Prefeitura, com custo de R$ 8 milhões, é uma remodelação completa do interior do Carlos Gomes, que inclui, além da criação de um espaço subterrâneo, a instalação de uma biblioteca e de duas salas de cinema. Nesse novo plano, as características do edifício seriam mantidas, mas a sala passaria por um trabalho acústico, nos moldes da Sala São Paulo, na Capital", comentou o secretário de Cultura de Santo André, Edson Salvo Melo. O projeto anterior, porém, não está descartado. A intenção da administração municipal é de que o novo plano sirva de opção para os possíveis investidores da reforma. A Prefeitura quer que esse projeto também seja financiado por meio de recursos da iniciativa privada. DGABC 15/08/2010 - Carlos Gomes 85 anos. Local será sede da orquestra A enorme estrela branca que suportava o lustre central é praticamente a única peça intacta do Cine Teatro Carlos Gomes. Há exatos 85 anos, o prédio que ocupa o número 100 da Rua Senador Fláquer, no Centro de Santo André, dava vida a um dos cinemas mais antigos da região. Hoje, após mais de um ano e meio de interdição e história marcada por grandes momentos, evidencia os sinais do abandono. A promessa da Prefeitura para a famigerada revitalização, uma das bandeiras do governo Aidan Ravin, é que seus primeiros indícios apareçam em 2011. De um espaço repleto de problemas estruturais, como rachaduras, cupins e ausência de saída de emergência, para a grande sede da Ossa (Orquestra Sinfônica de Santo André). Isso é o que vislumbra a administração municipal para o Cine Teatro Carlos Gomes até o fim da gestão. A ideia é retomar a vocação original do equipamento público, voltado a concertos - eruditos e populares - e ao cinema de arte, há muito tempo extinto da cidade. Do primeiro projeto de revitalização, desenvolvido em 1999, na gestão de Celso Daniel, para o novo plano, há um decréscimo de R$ 7,5 milhões no orçamento, que deixa de fora os espetáculos teatrais. "Desde que assumimos, fizemos vários contatos no sentido de captar recursos, mas as negociações não se concluíram. Nesse meio tempo, surgiu a possibilidade de outro projeto mais barato e de resultados tão efetivos quanto o primeiro. Só não contemplaremos a questão cênica, cujos rudimentos e concepção arquitetônica necessários onerariam o projeto", explica o secretário de Cultura, Esportes e Lazer, Edson Salvo Melo. A reforma orçada em R$ 2,5 milhões engloba ainda a recomposição da fachada do prédio, com duas possibilidades, à escolha da população: a do início do século 20 e a da década de 1960. "Estamos estudando a possibilidade de uma escolha pública da fachada que mais marcou a memória andreense", revela Melo. Para receber os concertos, a sala deve ser submetida a um trabalho acústico, nos moldes da Sala São Paulo, na Capital. RUDGE RAMOS on line out/2010 - Revitalização do Carlos Gomes ainda é incerta e preocupa cineastas locais. Faltando apenas dois anos para completar seu centenário, o projeto de reforma para abrigar um centro cultural não teve início. DGABC 21/11/2010 - Cine Carlos Gomes é refém de patrocínio


Ainda não há previsão para a reabertura da casa, pois isso depende da captação do recurso necessário para reformas estruturais - estimado em R$ cerca de 5 milhões. Ainda não há informações sobre valores da contrapartida pública, nem a quais incentivos fiscais ou tributários o patrocinador terá direito. O prédio será utilizado como sala de cine-concerto, para exibição de cinema, de arte e de concerto, nos mesmos moldes da Sala São Paulo, na Capital. DGABC 08/05/2012 - Cine Teatro Carlos Gomes deve ficar pronto em 6 meses O Cine Teatro Carlos Gomes, no Centro de Santo André, fechado desde 2009 por problemas estruturais, deve voltar a funcionar ainda neste ano. A previsão é que a reforma da estrutura, que ocorre desde dezembro, seja finalizada nos próximos seis meses, segundo estimativa da empresa responsável. A Prefeitura não confirma nem informa quando o espaço reabrirá ao público. Serão investidos na revitalização R$ 3,5 milhões. Dez funcionários trabalham no prédio para demolir partes da estrutura que não são tombadas pelo Comdephaapasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André). A fachada da Rua Senador Flaquer, onde se lia o nome do teatro, foi uma das áreas que vieram abaixo. Ela será refeita como era. Também foi removido o forro do teto, que estava tomado por cupim. Segundo o mestre de obras José Luiz Silvano, a estrela de gesso que é símbolo do cine teatro e parte do telhado serão restaurados. Essas estruturas foram tombadas pelo Comdephaapasa em 1992. "O objetivo é modernizar, mas também manter detalhes antigos como a pintura das paredes, que será igual à original, a disposição da plateia, os balcões." ABCDMaior 29/05/2012 - Descaso. Obra de revitalização está destruindo o Carlos Gomes. Espaço do cine teatro deveria ser restaurado e não demolido por que é tombado como patrimônio histórico O professor da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo) e ex-integrante do Gipem (Grupo Independente de Pesquisadores da Memória) Marcos Sidnei Pagotto Euzébio acredita que não está sendo seguido o projeto aprovado pelo corpo técnico do Conselho de Patrimônio. “Em dezembro de 2011, ficou decidido que o projeto só seria tocado adiante se o poder público apresentasse a empresa responsável pelo restauro e como seriam as intervenções. Pelo que estou percebendo, isso não foi feito”, disse. Para José Duda Costa, coordenador do Gipem, o Comdephaapasa não consegue fiscalizar os patrimônios históricos da cidade como deveria. “O poder público sempre muda os membros. Não há como criar vínculo e cobrar as autoridades”, disse. “Fizemos um novo estudo em conjunto com a Prefeitura. Se eles não estão cumprindo, podem ser denunciados e acionados”, explicou Renato Brancalione, historiador e membro da atual gestão do Comdephaapasa. Entre os requisitos feitos pelo conselho estão a permanência da estrela de gesso no teto e a boca de cena (arco sobre o palco). “A frente poderia ser demolida, já que será feita nova fachada. Mas alguns pontos não podem ser mexidos”, afirmou Brancalione. Em nota, a Prefeitura de Santo André informou que a reforma é tocada por empresa que realiza trabalhos em próprios públicos da cidade e, para isso, foi feito contrato de manutenção continuada no valor de R$ 3,5 milhões para troca de cobertura, saguão, palco e camarins.


O primeiro projeto encomendado pela Prefeitura, em 1999, estava orçado em R$ 8 milhões e previa remodelação completa do interior do Carlos Gomes, além da criação de um espaço subterrâneo, a instalação de biblioteca e de duas salas de cinema. O atual projeto prevê somente a restauração do cinema e a criação de uma sala de concertos. ABCDMaior 19/06/2012 - SOS Carlos Gomes: a retomada necessária de um movimento. Patrimônio cultural de de Santo André está sendo destruído DGABC 28/06/ 2012 - Obra no Carlos Gomes vai parar no Ministério Público DGABC 29/06/2012 - Cine Teatro Carlos Gomes não tem projeto O projeto para reforma e revitalização do Cine Teatro Carlos Gomes, no Centro de Santo André, nunca foi apresentado ao Comdephaapasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André) . É o que garantiram ex e atuais conselheiros do órgão que aprova intervenções em patrimônios tombados. Mesmo sem aprovação, a obra ocorre desde dezembro e já colocou abaixo a fachada, além de remover a estrela de gesso símbolo do local, parte do telhado, cadeiras e palco. ABCRepórter 02/07/2012 – Acisa é contra a reforma do Teatro Carlos Gomes Na última reunião do Comdephaapasa - Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André, realizada no dia 20 de junho, a Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André) posicionou-se contra a forma de restauração do Cine Teatro Carlos Gomes pela prefeitura. De acordo com o diretor da associação comercial, Paulo Piagentini, inicialmente foi apresentado, em agosto de 2011, um pré-projeto para revitalização do Cine Teatro, seguindo suas características da década de 1930, além de transformar o local em sala para concertos. Entretanto, as obras foram iniciadas sem a conclusão do projeto executivo e de projetos complementares.


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