ARTIGO O brasileiro e a Bíblia

texto robson ribeiro

O brasileiro e a Bíblia

LIVRO É CONSIDERADO O MAIS MARCANTE NO BRASIL. MAS BRASILEIRO AINDA LÊ POUCO

O Instituto Pró-Livro divulgou o resultado da 3ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil. A Bíblia aparece em primeira posição em várias categorias, entre elas “Livros mais marcantes” e “Último livro que leu ou está lendo”. O estudo foi realizado entre junho e julho de 2011e abrangeu um universo de mais de 5 mil pessoas em 315 municípios.

Entretanto, a pesquisa mostra uma triste realidade: o brasileiro ainda lê pouco. Ao todo, 56% responderam nunca ter comprado um livro quando perguntados há quanto tempo comprou o último livro. Outro dado é que 67% dos entrevistados sabem da existência de biblioteca na cidade, mas 75% afirmaram não usar.

Quando o assunto é frequência de leitura, a principal desculpa para não ter lido nos últimos três meses é a falta de tempo (53%), seguido por não gostar de ler (30%) e porque prefere outras atividades (21%). Existem mais dez respostas para esse quesito. Para ter acesso à pesquisa, acesse www.prolivro.org.br. Argentina: nossos vizinhos dão o exemplo A Argentina é considerada a capital mundial do livro e recebeu esse título, da Unesco, em 2011. Existem mais livrarias em Buenos Aires do que no Brasil todo – a capital Argentina é 56 vezes menor em números populacionais do que o país do futebol.

Em Buenos Aires existe uma livraria para cada 6 mil habitantes, número superior à recomendação da Unesco, que é de uma livraria para cada 10 mil. No Brasil, tem uma para cada 70 mil.

Enquanto o brasileiro lê, em média, um livro por ano, os chilenos, uruguaios e argentinos leem quatro no mesmo período – nos países desenvolvidos, cada habitante lê 20 livros por ano.

Procure no Youtube o vídeo “Livrarias em Buenos Aires”.

Quando somos chamados por Deus para cumprir algo que ele designou por meio de sua palavra – como é o caso do Ide missionário -, percebemos que a capacitação e sabedoria vêm dEle, e, que nosso papel será atender esse chamar com resignação.

Foi assim na vida de Ícaro Bispo, um jovem ministro louvor que apesar da pouca idade - 27 anos -, conta com um talento gigantesco que ele usa para louvor do Senhor Jesus.

Com o dom para música saltando de suas veias desde menino, Ícaro está vivendo para Deus seus melhores dias e cumprindo seu chamado missionário em um projeto que leva música, louvor, adoração e as boas novas do evangelho de cristo - o Projeto Moçambique Musical.

O que ninguém imaginaria é que esse chamar aconteceria por meio de uma conversa informal entre amigos - pela internet -, e que aquilo que eles encarariam como uma experiência se tornaria uma missão aprovada e conduzida por Deus para levar o evangelho, amor e esperança para aqueles que verdadeiramente são necessitados.

Moçambique musical é um projeto de musicalização infantil que iniciou em janeiro de 2012 nas cidades de Mocuba e Maputo, em Moçambique. Além de Ícaro, a iniciativa que contempla workshops relacionados a louvor e adoração (especificamente dentro das igrejas), aconselhamento e ação social, é conduzida também pelo pastor Benício Campos, da igreja metodista de Moçambique, e pelo professor de música, Wesley Penteado.

“Wesley, Benício e Eu somos músicos formados, e quando vimos à possibilidade em Deus de fazer o que sabemos e amamos em um lugar onde se respira música - porém miserável e cruel - abraçamos com todas as forças”, afirmou Ícaro Bispo.

Em um cenário abaixo da linha da pobreza, os amigos puderam perceber que a música foi somente uma das muitas formas que poderiam ajudar aquelas crianças. Tendo como guia o pastor Benício eles começaram a perceber como era grande o chamado de Deus e necessidade dos irmãos de Moçambique.

“Ir para Moçambique e conhecer um

“Missão é feita com pés dos que vão, joelhos dos que ficam e mãos dos que contribuem.”

pouco da realidade daquele povo é uma prova para cardíacos, pois emoção é o que mais sentimos enquanto estávamos lá. Nos deparamos com várias situações que somente a força do Senhor permitiu que prosseguíssemos. Em uma situação tivemos que levar uma senhora com malária em estágio elevadíssimo ao hospital, e, o que mais me impressionou foi em meio ao caos

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não ter visto nenhuma criança chorando durante os 17 dias que estivemos naquele país. Pelo contrário, o sorriso daquelas crianças, jovens e adultos me mostrou que a vida vale a pena. Viver é mais importante do que ter posses e bens. Aprendi a sorrir mais e estou aprendendo a me desprender de coisas materiais, pois a felicidade não está nisso, mas em Cristo Jesus”, afirmou.

Resultados Para iniciar o projeto, Ícaro e Wesley levaram aproximadamente 80 flautas, 600 kits de higiene bucal e muito material escolar.

“Com o apoio de amigos e irmãos em Cristo levantamos recurso financeiro para comprar tecido para a confecção de uniforme escolar para aqueles que não teriam condições de comprar, já que em Moçambique as crianças que não têm uniformes, não podem participar das aulas. Outras crianças não tinham condição financeira de “fazer a matrícula”, – algo em torno de R$ 15,00 – e, sem matrícula e sem uniforme não tem estudo. E essa é a realidade de uma escola pública no país”, contou Ícaro Bispo, ressaltando a importância da participação de muitos para essa realização. “Sem as orações daqueles que ficaram aqui, dos

irmãos da minha igreja (Batista do Jardim das Indústrias), da minha família, e de muitos desconhecidos pessoalmente, mas ligados por meio de Jesus Cristo sem sombra de dúvidas, não conseguiríamos sequer sair do Brasil.”

Aproximadamente 200 crianças foram atendidas pelo projeto que atualmente o pastor Benício Campos tem dado continuidade em sua comunidade.

“Quando chegamos à comunidade de Mocuba as crianças não tinham registro de nascimento, matrícula na escola e uniforme. Hoje estão todas devidamente registradas, uniformizadas e matriculadas na escola para a Glória de Deus.”

Exemplo de vida... O projeto desenvolvido nas cidades de Mocuba (no norte do país) e Maputo (capital), fez com que seus idealizadores se aproximassem das crianças e se comovessem com suas realidades. “Em cada igreja que passamos, seja para dar workshops, ministrar os cursos ou pregar, me identifiquei com pelo menos uma criança em cada lugar. Uma delas foi uma menina chamada Diolinda, e o interessante é que só tive contato com ela uma única vez, em Mocuba, quando pedi pra tirar uma foto com ela. Foi amor/compaixão à primeira vista. Desde o primeiro dia de projeto, nas aulas de flauta doce, ela sentava no seu lugar, quietinha, com uma habilidade incrível em sustentar seu irmãozinho no colo e segurar o instrumento com as duas mãos. Em outro dia, reparei que ela não havia chegado à aula, e, como estava chovendo muito, imaginei que seria esse o problema. De repente olhei pela janela e a vi com seu irmão novamente, no meio daquela chuva torrencial, correndo e chegando toda molhada. Ela se sentou em sua cadeira, sem falar “um pio” e esperou até que eu entregasse a flauta pra ela. Isso me emociona até hoje”, conta Ícaro, que ressalta o exemplo dado pela pequena Diolinda. “Nas igrejas, aqui no Brasil e em outros países, muitas pessoas deixam de ir a um culto por tantos motivos pequenos, e aquela menina deu tudo de si para poder participar daquele momento de aula e história bíblica. Isso me marcou demais, e é exemplo a ser seguido por todos nós”, completa.

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Para participar do Projeto Moçambique Musical acesse o site http://mocambiquemusical.co.cc ou e-mail kikobispo@hotmail.com