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COMPORTAMENTO O papel da mulher na família

O papel da mulher na família

Mãe, esposa, profissional, educadora... São tantos os papéis que Deus designou para as mulheres. Por quê? Talvez porque em sua plenitude Deus sabia que elas seriam capazes exatamente pela delicadeza, dedicação e paciência, - que são dons destinados pelo Criador a Elas – e por serem fonte de amor na família, ponto de equilíbrio em relacionamentos, e dotadas de uma sensibilidade especial em todos os momentos.

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Mais qual deve ser o real papel da mulher na família? Como conciliar todas essas tarefas e sobreviver em um mundo pós-moderno que exige mais tempo, dedicação, habilidade e competência?

O pastor Paulo Henrique Tavares, do Templo Batista Bíblico em São José dos Campos, orienta que começar fazendo escolhas pode ser o primeiro passo. “Uma mulher que normalmente tem que administrar e tomar decisões quanto a casa, os filhos, a vida profissional, os estudos, a vida conjugal, a vida ministerial, a igreja e ainda progredir em seus alvos pessoais, pode facilmente perder o controle e desprezar algo essencial nisto tudo. A solução está em estabelecer prioridades. Se você dedica tudo o que tem e tudo o que é em uma única área, será bem sucedida nela, mas com certeza estará desprezando outra”, afirma o pastor Paulo, que orienta que o grande conselho é estabelecer prioridades e alvo para a vida com base em prioridades bíblicas e alvos respaldados por ela. “Isso não a eximirá de ter que fazer escolhas, mas terá o conselho de Deus para elas. Ao escolher biblicamente não estará dizendo não ao que está perdendo, mas dizendo sim ao que está ganhando”, completa.

O papel da mulher na família

Assuma papéis e defina prioridades...

A bíblia é clara quando a divisão de papéis entre homens e mulheres, mas nos dias de hoje vivemos em um caos de ideologias sobre a família em contraste aos princípios bíblicos.

“Há inversão de valores quanto às prioridades do lar. Há inversão de papéis entre maridos e esposas. Há uma confusão entre papel e função que leva a um embate sexista entre machismo e feminismo sobre quem faz isso ou aquilo e inúmeras outras facetas deste caos. Mesmo que esta seja uma realidade, nem tudo está perdido. Como em todas as épocas existem aqueles que escolhem o caminho de Deus para suas vidas. Há muitos homens e mulheres que remam contra a maré popular vivendo uma família nos padrões designados pela Bíblia e experimentam uma família muito mais estruturada e definida.”

Tem que participar... No contexto familiar, de quem é a responsabilidade de educação dos filhos? Será que existe distinção entre o papel do homem (pai) e da mulher (mãe)? “A responsabilidade de educar é para o casal, em um sistema de parceria. É verdade que, de modo pragmático, há conselhos que devemos apontar para que a mãe dedique mais tempo com as filhas e o pai com os filhos, mas a comunicação de autoridade deve ser igualmente transmitida e entendida pelos filhos como responsabilidade única dos pais. Sendo assim, não há liberdade para que um dos dois assuma a responsabilidade da educação, sem que o outro seja omisso. Portanto, tarefas diferentes podem ser algumas vezes combinadas, mas nunca exclusivas”, orienta o pastor Paulo Tavares.

A expressão ‘Não basta ser pai ou mãe, tem que participar!’, é uma realidade que deveria ser levada mais em conta nos lares. A psicóloga Vanda Evangelista alerta para a busca de equilíbrio na hora de administrar as diversas funções exigidas em nosso dia a dia.

“A questão do papel da mulher/mãe na educação dos filhos está muito ligada à administração do tempo. Deve haver a busca do equilíbrio entre as diversas funções que a mulher de hoje ocupa, e suas responsabilidades na família”, afirma a psicóloga Vanda Evangelista, que fala da importância da participação. “Ter tempo para os filhos é importante. Hoje as mães compram um brinquedo, mas não brincam junto; alugam um filme, mas não assistem junto. O papel da mãe deve ser referencial, e nesse caso, para ser exemplo, deve se dar o exemplo”, completa.

Para o pastor Tavares, como educadora, a mãe deve influenciar seus filhos com o temor do Senhor e procedimento exemplar. “A primeira referência de conhecimento e comportamento para uma criança será a vida dos pais. Ela aprenderá sobre Deus, sobre a igreja, sobre a sociedade, sobre a vida, e assim por diante, observando os ensinamentos e exemplos dados pelos pais, e neste caso.”

Submissão... As razões para a polêmica em torno da submissão bíblica da mulher em relação ao seu marido é notada, muitas vezes, por falta de conhecimento bíblico da questão; por preconceito sobre o que significa submissão; ou por tradições oriundas da vida religiosa ou cultural.

A maioria das pessoas interpreta submissão bíblica como uma “humilhação passiva”, significado encontrado até mesmo no dicionário, que leva algumas pessoas

como educadora, a mãe deve influenciar seus filhos com o temor do Senhor e procedimento exemplar

a exigirem que as esposas se comportem como uma espécie de “escravas” voluntárias, enquanto os maridos gozam de plena liberdade sendo líderes ou uma espécie de “feitor” aprovado por Deus. Dispensa comentários para dizer que essa não é uma interpretação genuinamente bíblica da submissão.

O fato de termos relatos de homens polígamos na bíblia não significa que Deus aprova a poligamia; o fato de sacerdotes terem aprovado uma lei de concubinato não significa que Deus está concordando. Neste sentido, narrativas de imposição à mulher em

dados momentos da história, não significa que estavam observando a submissão bíblica, portanto, não podem ser levadas em consideração para interpretar e dar entendimento à submissão que Deus atribuiu à mulher.

Para ajudar a entender um pouquinho dessa submissão, podemos notar o texto de Pedro em sua primeira epístola (1Pe 3.1-6). As mulheres que pertenciam à comunidade a qual Pedro escreve parecem que não tinham nenhuma dificuldade com a submissão. No primeiro versículo (as mulheres estão em submissão), embora as versões portuguesas traduzam o verbo no imperativo para adequar ao versículo três, o tempo verbal mostra na verdade que elas eram submissas. Assim também é o exemplo que ele dá, no versículo cinco, sobre as mulheres santas que se submetiam aos seus maridos. O texto relata que elas tinham valores diferentes em seus corações – por levarem em consideração o desejo do apóstolo no versículo 3 - e ao obedecer este princípio de valores, faziam com que enxergassem as coisas de modo diferente, como Deus deseja. Isso serve para nos alertar, que se a submissão fosse uma imposição de escravidão, Deus não a exigiria das mulheres e tampouco haveria quem se alegrasse com isso.

A submissão é então, uma missão debaixo da outra. O termo grego, empregado no texto de Pedro e outros apóstolos, é retirado das tropas militares de “estar sujeito”. Quando nos associamos a uma missão não a inventamos, mas nos submetemos. O mesmo verbo grego é usado para demonstrar que a igreja está “sujeita” a Cristo em Ef.5.24. Em

um casamento não existe um “líder” como um tipo de gerente e seu subordinado, mas existe uma missão familiar. Essa missão será cobrada do marido. Um homem deve saber qual é a missão da família na ótica de Deus, do contrário não está pronto para casar. Uma mulher deve conhecer bem seu noivo, pois

ao associar-se com ele em casamento está

aceitando sua missão e deve ser submissa a ele. Em nada, absolutamente nada, esta submissão está ligada a humilhação voluntária a um ditador, mas está ligada a uma missão bíblica, missão essa que, a sociedade composta por marido e esposa - chamada família - tem em suas atribuições exigidas por Deus.

Pastor Paulo Henrique Tavares Templo Batista Bíblico

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