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ARTIGO Preservando o que o namoro tem de melhor

Preservando o que o namoro tem de melhor!

VOCÊ JÁ OUVIU A FRASE: “AH! COMO ERAM bons os tempos de namoro.” Eu também. Os que utilizam esta frase, o fazem por perceberem que há muitas perdas no processo de maturidade do relacionamento afetivo. Por isso a pergunta que não quer calar é: podemos preservar ou até mesmo resgatar os sentimentos que havia nos tempos de namoro? A resposta é um grande SIM. Alguém disse que a disposição é mais rara do que a capacidade, logo, ser capaz é uma conseqüência de simplesmente se dispor. É evidente que esta decisão exigirá mudança de mente e de atitude, mas o ser humano, e em especial nós brasileiros somos “experts” em readaptação e reajustes. Por isso vamos primeiro definir quais são estas atitudes presentes no namoro e que são tão dignas de serem resgatadas e preservadas.

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Em minha lista pessoal tenho 5 – Estar sempre disposto, exercer maior tolerância, mais carinho, desejo da companhia do outro e atentar menos para os defeitos. No namoro por mais cansados que estejamos, ainda que tenhamos tido um dia difícil estamos sempre prontos para programas elaborados de última hora. Esta disposição 24 horas por dia, 7 dias por semana, se manifesta em um nível de tolerância fora do comum. Temos uma maior paciência com os erros um do outro. Conversamos ao invés de gritarmos. Ouvimos mais ao invés de impor. E por toleramos mais, é evidente que gestos de carinho são muito mais contabilizados.

Espontaneamente temos iniciativas que demonstram nosso amor. Vê como uma atitude está conectada a outra. Carinho leva a quê? Ora, a desejarmos um à companhia do outro. O companheirismo é marca registrada do tempo de namoro. Incluímos naturalmente o outro em nossa agenda de programas semanais. Não conseguimos nos imaginar sem o outro ao nosso lado. Temos sede de compartilhar a vida, dividir momentos. Era de se esperar, que convivendo juntos por um período de tempo tão longo, os defeitos fossem aflorados. Pois é aí que nos enganamos, pois a fase do namoro é o tempo de darmos mais valor as virtudes do que aos defeitos. É claro que muitos defeitos ainda persistem mesmo depois de algum tempo, mas este é o X da questão: no namoro nos concentramos mais nas qualidades. Percebeu, porque as pessoas que namoraram e se casaram sentem saudades deste tempo? E agora, ficou fácil demais, não é mesmo? Aos namorados aconselho a preservarem estas atitudes.

E se porventura alguma delas não existir no relacionamento, acenda imediatamente a luz vermelha, conversem e decidam por

vivê-la com todas as implicações. Alimente a disposição, a tolerância, o companheirismo, o carinho, a atenção no que o outro tem de melhor. Aos casados sugiro resgatarem estas ações. Comecem com uma por vez. Façam um acordo mútuo de reviverem o que o namoro tinha de melhor. Eu acredito que toda carga de responsabilidades que o casamento nos traz, pode ser amenizada com estas pequenas e óbvias atitudes. Eis a razão porque o apóstolo Paulo declara: “O amor tudo sofre, tudo espera, tudo suporta e tudo crê.” (I Co 13:7) Deste jeito iremos celebrar o casamento como uma continuidade do nosso namoro. Deus os abençoe nesta decisão.

MARCOS DAVI F. DE ANDRADE Bacharel em Teologia e pós graduado em Filosofia Casado há 19 anos e pai de 3 filhos

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