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ENTREVISTA Rodrigo Fernandes

Sempre é possível

“EU SEMPRE SOU A FAVOR DA SEGUNDA CHANCE”

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UM HOMEM “PREGANDO” EM UMA PRAÇA do Rio de Janeiro, em 1988, olha para um garoto morador de rua de 9 anos, que estava cheirando cola de sapateiro, e diz que Deus o escolheu para uma grande chamada. Revela ainda que haveria uma chacina de repercussão mundial, que muitos iriam morrer, mas que as mãos de Deus o guardariam para que soubesse o quanto Ele é fiel.

Cinco anos mais tarde, dia 23 de julho de 1993, sexta-feira, lá estava Rodrigo Fernandes, com 14 anos, em cima de uma banca de jornal, do outro lado da rua em frente à igreja da Candelária. Era quase 1h da manhã e ele se preparava para dormir. Mas os 8 anos, até então, na rua o ensinaram a ter faro para identificar possíveis situações de estresse. Ele sentiu que algo estava estranho.

Todas as noites, um grupo de religiosos levava roupa e alimento. Nesse dia, um bando apareceu e, como é de praxe, pediu para que os jovens formassem uma fila, pois os alimentos seriam distribuídos. Porém, ao invés disso, os meninos foram surpreendidos por um grupo de extermínio formado por policiais, que sacaram suas armas e começaram a atirar em 70 jovens, aproximadamente, que lá estavam.

Rodrigo ouviu os tiros, desceu da banca e correu. Foi alvejado no braço e não morreu porque um amigo estava entre ele e o atirador. Ele ainda ouviu um dos matadores pedindo ao outro que atirasse em sua cabeça. Depois de ferido, ele foi socorrido e recebeu assistência da equipe da Marinha do Brasil.

Ao todo, oito pessoas morreram. Muitas ficaram gravemente feridas. A tragédia poderia ter sido maior. O motivo da barbárie:

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comerciantes do Saara, centro comercial do centro do Rio, contratou esses policiais para dar um susto nos garotos que estavam atrapalhando com os constantes pedidos de esmola na região.

Hoje, aos 33 anos, Rodrigo Fernandes está casado, tem dois filhos, é pastor e terminará um curso de Psicanálise, em 2013. O mais espantoso é que ele já reencontrou alguns dos policiais frente a frente, pois desenvolve trabalho de recuperação em penitenciárias. “Alguns deles já foram mortos, outros estão presos. Alguns foram transformados pelo poder da palavra”.

Rodrigo foi parar na rua com 6 anos de idade. A mãe era prostituta, o pai refém do álcool. Os dois irmãos e ele tentavam ajudar pedindo esmola, mas a vergonha da família o arrastou para as ruas do Rio de Janeiro. Foi levado várias vezes para a Funabem, mas sempre fugia. A curta e rica história de vida de Rodrigo daria um filme, daqueles com final surpreende.

Na entrevista a seguir, ele conta um pouco mais dessa história, de como superou os seus traumas, resgatou a sua relação com a família e também sobre os seus projetos.

Movimento Gospel_Imagino o quanto deve ter sido difícil viver na rua durante 8 anos. Em

algum momento você quis sair dessa vida? Rodrigo_Eu fui morar na rua por causa da vergonha de ver meu lar destruído. Minha mãe fazia a vida como prostituta para sustentar a casa, enquanto o meu pai bebia. Na época, eu não aguentei o bullying dos colegas dizendo: “O seu pai é chato e sua mãe todo dia tem um namorado novo”. Imagine isso todos os dias na sua cabeça? Nunca me arrependi de ter ido para a rua. O país vivia um momento de crise econômica e faltava arroz e feijão. Não que hoje seja fácil, mas naquele tempo era muito difícil morar na rua. Você pedia ajuda e não tinha, as pessoas estavam passando por tempos de muitas dificuldades. Nessa hora o que comandava era a lei da sobrevivência. Furtava e roubava para me alimentar e comprava cola para esquecer, momentaneamente, os problemas.

Movimento Gospel_Como foi o início da sua mudança? O papel da doutora Edna foi muito importante? Rodrigo_Dos 14 aos 17 anos eu fiquei no programa de ressocialização. Passei por diversos trabalhos de terapia, um deles para deixar de falar as gírias. Isso foi fundamental na minha vida. A doutora Edna é minha mãe de criação. Ela me deu educação, carinho e oportunidade. Se não fosse isso, eu seria mais um traficante. Por isso, é necessário dar oportunidade para outras pessoas. Ela acreditou em mim, teve bastante paciência comigo. Hoje ela goza dos frutos plantados. Por isso que eu sempre sou a favor da segunda chance.

Movimento Gospel_Passar por esse programa foi fundamental, mas foi na Igreja que tudo mudou? Rodrigo_Com 18 anos eu montei a minha primeira família e tive a Carol. Com 20, fui pai do Pedro Henrique. Mas nesse tempo eu não estava na igreja, me separei dessa pessoa que era mãe de santo do candomblé e comecei a usar drogas. Foi então que aceitei Jesus. Foi nessa época que conheci a doutora Edna e já estava caminhando para Igreja, em 2002.

Movimento Gospel_Você começou a frequentar a Igreja e logo virou pastor. Como foi esse processo? Rodrigo_Eu aceitei Jesus numa Igreja de Nova Vida. Estudei e sempre busquei a minha chamada. Fui separado ao ministério muito cedo, me senti leigo no assunto e fui fazer um seminário Teológico que tinha no Rio de Janeiro, chamado Alfalit, do saudoso Pastor Tulio Barros, da Assembleia de Deus de São Cristóvão. Fiz meu bacharel e, logo

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depois de algum tempo, fui obreiro de uma Igreja assembleiana. Foi onde eu passei a congregar. A Nova Vida não tinha seminário, pois é uma Igreja neopentecostal. Então fui dar aulas e ajudava muito o meu pastor nos sermões. Ele me separou para o presbitério e fui consagrado o pastor mais jovem da minha congregação pela Comaderj e CGADB .

Movimento Gospel_ Hoje como é a sua relação com seus familiares? Rodrigo_Todos são evangélicos e benção em minha vida!

Movimento Gospel_Outros jovens sobreviventes não seguiram o mesmo caminho que você, como foi o caso do Sandro Barbosa do Nascimento, responsável pelo sequestro do ônibus 174. Você acha que faltou assistência do governo naquela época? Rodrigo_Falta de oportunidades. Eu só consegui pela oportunidade que me foi dada.

Movimento Gospel_Oportunidades do Estado? Rodrigo_Na verdade a culpa é dos políticos corruptos que só visam o próprio bem-estar, enquanto o pobre da favela não tem educação, pois sem educação não tem saúde, a família não tem escolha. Só irá melhorar quando o eleitor souber que o voto dele tem valor e quando as leis forem reformuladas para acabar com a impunidade. Movimento Gospel_Ainda falando em oportunidade, tem muitos meninos que querem sair da vida de crimes, mas não sabem por onde começar. Qual é o seu conselho para eles? Rodrigo_Meu conselho vai para os pastores e líderes. Precisamos dar mais oportunidades aos jovens e parar de brigar usando os meios de comunicação e congressos para avaliar quem é o melhor, quem tem o melhor terno, melhor carro, melhor oferta. É preciso parar com isso, praticar os mandamentos, batizar e salvar. Enquanto brigamos e pregamos para crentes, tem milhares de homens e mulheres morrendo sem ministração da palavra. Esse é o meu conselho, vamos nos unir e partir para cima do diabo sem pena.

Movimento Gospel_Como é o trabalho que você realiza de resgate de jovens e dentro das penitenciárias? Rodrigo_Eu levo conselhos para eles, os ajudo na recuperação depois que saem da prisão. Ensino e preparo para o mercado de trabalho, ofereço ajuda psicológica e jurídica. Tenho alguns parceiros que gostam de fazer esse trabalho. Movimento Gospel_Você tem o sonho de criar um centro de recuperação? O que te impede? Rodrigo_Ainda falta parceria. Sem parceiros não é possível. Movimento Gospel_Hoje você é casado e tem filhos? Quais são os valores que você transmite a eles? Rodrigo_Tento de todas as formas passar para eles a realidade deste século, cheio de violência, prostituição, falta de amor. Falo da minha experiência, da dificuldade que é criar um filho dentro de uma realidade com músicas que só falam de sexo, de um mundo sem privacidade. A própria mídia ensina a roubar, a matar e a se prostituir.

Movimento Gospel_Qual é a realidade da região da Candelária atualmente? Algo mudou? Rodrigo_A verdade é que o Rio de Janeiro está nas mãos das drogas e da prostituição. É preciso criar mais campanhas de prevenção a doenças sexualmente transmitidas, fato que cresce a cada minuto no Rio. Em questão de morador de rua, são poucos na Candelária.

Se você deseja entrar em contato com o Rodrigo, acesse o blog: www.sobreviventedacandelaria.blogspot.com ou envie um e-mail para: pr.rodrigofernandes@yahoo.com.br

Dr. Bactéria, do Fantástico, ministrará palestra em SJC

APRESENTAÇÃO ABORDARÁ PONTOS RELEVANTES VOLTADOS PARA AS MÃES

Um dos quadros de maior destaque do Fantástico em 2011 foi o Doutor Bactéria. O protagonista do programa, Roberto Martins Figueiredo, estará em São José dos Campos no dia 15 de junho, às 18h, no Espaço de Eventos da Baby Bless Móveis. A palestra abordará pontos relevantes, voltados para as mães, a respeito dos cuidados na higiene com alimentos e com os bebês.

As inscrições são limitadas e a oportunidade, única. Será cobrado apenas um valor simbólico. O investimento para obter informações importantes a respeito dos cuidados com alimentos é de apenas R$ 10,00. “Colocamos esse valor para dar a oportunidade para as futuras mamães, ou as que têm filhos pequenos, de assistirem a uma palestra de um especialista renomado que passará conteúdos fundamentais para a saúde dos pequenos”, disse a diretora de marketing, Lilian Fernandes Guimarães, da Baby Bless Móveis e Decorações.

Sobre o Dr. Bactéria - Roberto Figueiredo é Diretor Técnico da

Microbiotécnica e Análises Laboratoriais, especialista em Saúde Pública, autor do livro “Como não comer fungos, bactérias e outros bichos que fazem mal – coleção higiene dos alimentos”. É vencedor do Prêmio Destaque Food Service 2002 e 2008, e homenageado como representante nacional de voluntários no Prêmio Qualidade Brasil, SESC São Paulo.

Inscrições – A inscrição é limitada e pode ser feita por e-mail (lilian.fernandes@ babyblessmoveis.com.br), por telefone (12 3308-7399) ou pessoalmente (Avenida Andromeda, 2330). Como foi citado acima, o valor da inscrição é de apenas R$ 10,00. Não perca!

Prepara-se para uma viagem no tempo!

Os leitores da Revista Movimento Gospel farão uma verdadeira viagem a partir desta edição. A seção Testemunhos Históricos trará histórias de pessoas que fizeram diferença, que tiveram a coragem de assumir as responsabilidades e os desafios da vida cristã. Poderíamos pesquisar e escrever. Entretanto, decidimos que seria mais justo um historiador contar essas histórias. Convidamos, então, o Pastor Sênior Luiz Francisco C. Sanches. Ele é educador e especialista em História pela Unicamp. Mensalmente ele trará uma nova história, um novo personagem, para inspirar os leitores da revista por meio de homens e mulheres que mostraram, por meio do exemplo, o que é servir a Deus. Martinho Lutero é o nosso primeiro testemunho. Tenha uma ótima leitura!

Martinho Lutero nasceu em 10 de novembro de 1483 em Eisleben, Alemanha. Humanista e licenciado em artes, comoveu-se profundamente com a morte repentina de um amigo, tendo ele mesmo escapado por um triz da morte por um raio. Ansioso pela salvação de sua alma, ingressou no mosteiro dos eremitas agostinianos, em Erfurt, no dia 17 de julho de 1505. Dois anos depois foi ordenado ao sacerdócio, sendo reconhecido dentro de sua ordem como pessoa de piedade singular, devoção e zelo monástico. Enviado para Wittenberg, recebeu o grau de doutor em Teologia.

Apesar de todo rigor monástico, Lutero não encontrou paz para sua alma. Seu senso de pecado esmagava-o. Foi descobrindo, especialmente no estudo da carta de Paulo aos Romanos, que para ganhar o perdão de Deus ninguém precisava castigar-se ou fazer boas obras. Concluiu que a salvação é dada em Cristo, unicamente pela graça e aceita somente pela fé. Esse pensamento originou uma nova compreensão da Igreja, do sacerdócio, dos sacramentos, da espiritualidade, da devoção, da conduta moral (ética), do mundo, incluindo aí a economia, a educação e a política.

Contexto Político e Social As condições políticas e econômicas do Sacro Império Romano Germânico, que abrangia boa parte dos territórios alemães, favoreceram a difusão das concepções de Lutero. O império era formado por diversos principados independentes, governados por nobres que elegiam o imperador. O poder imperial estava nas mãos da dinastia dos Habsburgos, representada por Carlos V, que tinha fortes ligações com a Igreja Católica. Muitos feudos eram controlados pelo clero, que conseguia grandes lucros com o arrendamento dessas terras. Outras fontes de renda da Igreja provinham da arrecadação do dízimo e do comércio de indulgências. A burguesia queria um clero menos intransigente; a nobreza desejava apoderar-se das terras eclesiásticas, enquanto os camponeses viam na Igreja Católica um dos maiores exploradores do Império; eles queriam terras para cultivar.

Em 1517, o papa Leão X decretou, por meio de uma bula, uma das mais notáveis vendas de indulgências na Europa. Para efetivar o “negócio”, Leão X propôs acordos com a França e a Inglaterra e também com os banqueiros alemães. Dessa forma, os signatários teriam parte nos lucros e aceleraria a construção da Catedral de São Pedro, em Roma.

95 teses Condenando a venda de indulgências como passaporte para o céu, em 31 de outubro de 1517, Lutero afixou na porta da Igreja de Wittenberg, onde era sacerdote, um documento com 95 críticas ao papado, conhecido como as 95 teses de Lutero.

Em pouco tempo, toda a Alemanha tomou conhecimento do conteúdo dessas teses e elas espalharam-se também pelo resto da Europa. Suas ideias atingiram rapidamente o povo e essa divulgação foi facilitada pela invenção da imprensa e, consequentemente, o maior acesso de pessoas à Bíblia. A livre interpretação dos textos sagrados, sem o auxílio do clero, teve um grande impulso. A defesa de celebrações religiosas mais simples, baseadas exclusivamente no texto bíblico, também eram defendidas pelos adeptos de Lutero.

A Excomunhão A Igreja Católica não assistiu passiva a estas críticas. O Papa Leão X redigiu uma bula em 1520 e declarou heréticas as propostas de Lutero. Ele devia se retratar sob pena de excomunhão. Mas ele se recusou a fazê-lo, e queimou a bula papal em público, em nome da liberdade espiritual. Este gesto é tido como o marco do Protestantismo. Lutero foi excomungado.

O Imperador Carlos V convocou-o a se pronunciar para se retratar em uma reunião imperial e de nobres, conhecida como a Dieta de Worms, por ter sido realizada na cidade de mesmo nome, em 1521. Ele compareceu e manteve suas ideias. Condenado pela Dieta, graças ao apoio de Frederico da Saxônia, refugiou-se em seu castelo, onde se dedicou à tradução da Bíblia para o alemão.

As ideias de Lutero encontraram ressonância na sociedade alemã da época. Muitos nobres usaram a pregação para ficar com os bens da Igreja. Os camponeses do sul, pretendendo a partilha das terras, rebelaramse no movimento conhecido como a Revolta dos Camponeses ou Revolta dos Anabatistas, em que se destacou a liderança de Thomaz Müntzer. Lutero, temendo a perda de proteção dada a ele pelos nobres e a identificação da Reforma com o radicalismo político, condenou o movimento popular.

Confissão de Augsburgo Em 1530, Lutero e Felipe de Melanchton escreveram a “Confissão de Augsburgo”, resumindo os elementos doutrinários fundamentais do luteranismo, cujos pontos principais são: A salvação se dá unicamente pela fé; A interpretação da Bíblia é livre; São necessários apenas dois sacramentos: o batismo e a eucaristia; O único dogma (isto é, a única verdade que não pode ser contestada) são as Escrituras

Sagradas; Supressão do celibato clerical e do culto às imagens (ícones); Submissão da Igreja ao Estado.

As ideias reformistas de Lutero espalharam-se por outras regiões europeias. Na Suíça, as concepções reformistas foram implantadas por Ulrich Zwinglio (1484-1531), ardente defensor do pensamento de Lutero. Genebra foi o cenário para a atuação de um dos maiores impulsionadores da Reforma, o teólogo francês João Calvino (1509-1564). É considerado o principal formulador do pensamento teológico reformado.

Em 1546, no dia 18 de fevereiro, aos 62 anos, Martinho Lutero faleceu. Finalmente, em 1555, o Imperador reconheceu que havia duas diferentes confissões na Alemanha: a Católica e a Luterana. O que eram as indulgências? As indulgências eram documentos (assinados pelo papa) que tinham a função de absolver o pecador, o que significava na prática a venda do perdão. Somado a isso, o clero católico praticava o comércio da fé vendendo relíquias religiosas, cobrando impostos e cultivando o luxo.

Por que protestantes? Em 1529, uma assembleia convocada pelo imperador Carlos V quis fazer valer o Édito de Worms, um documento proclamado anteriormente por ele que bania Lutero do Sacro Império Romano Germânico. Diante dessa situação, alguns príncipes e cidades que eram favoráveis ao monge protestaram. A partir desse momento, os que simpatizavam com a doutrina de Lutero foram chamados de protestantes.

Os precursores da Reforma Alguns intelectuais dos séculos XIV e XV podem ser considerados precursores do movimento reformista. Entre eles está o inglês John Wycliffe (c.1330-1384), professor em Oxford, que denunciou a corrupção do clero e desafiou a autoridade da Igreja ao afirmar que qualquer um que tivesse fé poderia conseguir a salvação eterna. Suas ideias sobre a salvação pela fé e não pela prática de boas obras, como a compra de indulgências, serviram de inspiração para as 95 teses que marcaram a ruptura de Martinho Lutero com a Igreja Católica em 1517.

Outro precursor da Reforma foi o padre Jan Huss, natural da Boêmia (região que hoje integra a República Tcheca), que morreu queimado na fogueira da Inquisição em 1415. Profundo conhecedor dos textos bíblicos e do pensamento de Wycliffe, Huss pregava a obediência às Escrituras e denunciou a corrupção e o luxo do clero. Traduziu textos bíblicos para a língua do seu povo.

Veja algumas teses expostas por Lutero 1. Ao dizer: “Fazei penitência” [...], o nosso

Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência. 2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental, isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes. (...) 8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos. (...) 10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório. 11. Essa erva daninha de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam. (...) 21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa. 24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena. 27. Pregam doutrina humana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu]. 28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, podem aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus. (...) 36. Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão plena de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência. [...] 45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus. (...) 50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas. 51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.

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