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Capítulo VII –A Grande Máquina
CAPÍTULO VII
A GRANDE MÁQUINA
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Já próximo ao encerramento da fabricação do Aquecedor, veio a fabricação das máquinas de lavar roupas da extinta BENDIX em 1971. Junto com o ferramental de estamparia das peças das máquinas, veio também uma Prensa Hidráulica que fazia aquele serviço; era algo nunca visto antes na Refrigeração Paraná. Acho que deveria ter uns2,5 metros de largura por uns 5metros de altura, fora a parte que ficaria abaixo do nível do piso. (semelhante a essa da foto)
Foto Internet
Durante alguns dias, essa prensa virou “atração turística” na fábrica, tal era o ineditismo do fato. A começar com a chegada de uma carreta trazendo aquele “belezura”. Parecia uma celebridade do cinema chegando, com direito a fotos e admiração do pessoal, (só faltava dar entrevistas...) e pelo seu descarregamento na rampa de recepção de chapas. Um trabalho lento e cuidadoso com auxílio da Ponte Rolante antiga, correntes e macacos hidráulicos. Suponho que deveria pesar, pelo menos, umas oitotoneladas.
A seguir, começa a operação de movimentação da “celebridade” em direção ao seu local de trabalho. Deitada sobre roletes de aço ia sendo puxada lentamente por cabos de aço e macacos hidráulicos. O percurso era de aproximadamente 20 metros, desde a rampa até o fosso previamente cavado e concretado, justamente onde tinha sido usada a antiga prensa do Aquecedor.
Para chegar até onde seria instalada, foi necessário retirar temporariamente algumas máquinas por onde iria passar. O trajeto não era uma linha reta, já que no caminho havia colunas do prédio, o que exigiu algumas manobras na rota, complicando o trabalho do pessoal.
A altura da “menina” chegava até a estrutura de madeira do teto, razão pela qual, até o telhado naquela área teve que ser aberto para se colocar andaimes, suportes e guinchos para levantá-la e colocá-la no seu devido lugar. Foi uma operação lenta e cuidadosa, feita apenas com poucas pessoas envolvidas, mantendo-se os curiosos a umadistância segura. Vai que aconteça algo imprevisto...
Uma vez no lugar, mais alguns dias para ajustes, montagem de componentes e testes, finalmente estava funcionando. Teve início, então, a fabricação dos quatro modelos da Lavadora KARINA.
Alguns anos depois, com o encerramento da fabricação das lavadoras e sendo vendido o ferramental, junto foi também aquela prensa, e o fosso onde ela estava foi aterrado e concretado.
Fim de mais um capítulo na história da Refrigeração Paraná.