TCC I / DESIGN EDITORIAL / REVISTA PLASTIC DREAMS

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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E ARTE DE LIMEIRA - FAAL CURSO DE DESIGN GRÁFICO

KARINA SCHIAVOLIN

DESIGN EDITORIAL: ESTUDO E ELABORAÇÃO DE UM NOVO PROJETO GRÁFICO PARA A REVISTA PLASTIC DREAMS

LIMEIRA 2013



FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E ARTE DE LIMEIRA - FAAL CURSO DE DESIGN GRÁFICO

KARINA SCHIAVOLIN

DESIGN EDITORIAL: ESTUDO E ELABORAÇÃO DE UM NOVO PROJETO GRÁFICO PARA A REVISTA PLASTIC DREAMS Trabalho de Graduação II apresentado como exigência do curso de Design Gráfico da Faculdade de Administração e Artes de Limeira sob a orientação da Profa. Ms. Samara Pereira Tedeschi.

LIMEIRA 2013



Folha de Julgamento

Nome: Monografia defendida em:

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perante a Comiss達o Julgadora:

Orientador (a)

Membro 1

Membro 2

Prof. Ms. Tomas Guner Sniker Coordenador de curso de Design



dedicatória Dedico este trabalho de conclusão de curso especialmente aos meus amados pais, Airton José Schiavolin e Clenir Marchetto Schiavolin, que sempre acreditaram em mim e me apoiam com a certeza de que vencerei muitos desafios impostos à mim. É um sentimento indescritível poder vencer mais um dos desafios ao lado deles.



agradecimentos Agradeço a Deus, por me permitir viver tudo o que estou vivendo e crescendo, pessoal e profissionalmente. Acredito que todo ser humano precisa de uma crença para se apoiar e aceitar o modo como a vida é conduzida. Deus provém em tudo, me permitiu chegar onde cheguei e tem grandes planos pra mim. A Ele minha eterna fé e gratidão. À minha orientadora e mestre, Samara Pereira Tedeschi, que tanto me apoiou e acreditou no meu trabalho, muitas vezes mais do que eu mesma acreditava ser capaz. Agradeço também a tudo e a todos que contribuíram de alguma forma para a realização deste projeto. Aos meus pais, Airton José Schiavolin e Clenir Marchetto Schiavolin, pois sem o apoio e incentivo deles talvez eu nem estivesse finalizando um curso superior, sem eles, eu não seria nada. A toda minha família, que mesmo sentindo minha falta, compreendeu a ausência e o esforço necessários, por quase quatro anos, para conseguir tornar a graduação algo concreto. A todos que me querem bem e torcem pelo meu sucesso, pessoas que me fazem acreditar que eu posso ser o que eu quiser ser e ver como a vida é mais feliz e interessante quando acompanhada de pessoas tão reais. Em especial ao amado irmão André Schiavolin, meu querido ex-namorado e sempre companheiro, Thiago Gaiotti Faccioli, ao meu eterno diretor de criação Rodrigo Meyer, aos meus queridos amigos e amigas Karine Caires, Natália Amorim Botasso, Lívia Caroline, Lethícia Faccioli, Débora Faccioli, Mariana Vilafanha, Caroline Gonçalves, Giuliana Maginelli, Thays Melro, Valéria Garíglio, Carolina Aguiar e Thais Mazziero. Aos meus praticamente irmãos Gabriel Arthur Roma e Thiago Baldesin e ao querido Jonathan Bordignon. A todas essas pessoas e até outros nomes que posso ter me esquecido de citar na emoção em agradecer algo tão importante, este trabalho é o resultado do apoio de cada um. Fazer esse trabalho de conclusão de curso foi angustiante, difícil e confuso no começo, mas depois se transformou em conhecimento, vontade de mostrar o que foi absorvido pondo em prática, alivio e gratificação ao ver o resultado final.



“No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade.� Albert Einstein.


resumo O design editorial é uma área de atuação do design gráfico que estuda a fascinante capacidade de diagramar e elaborar um projeto editorial belo e funcional. A Plastic Dreams é a revista criada para comemorar os trinta anos da marca de calçados Melissa e, assim como os calçados, desde sua primeira edição, é referência em design e dita tendências. Desse modo, o objetivo deste trabalho de conclusão de curso é elaborar um novo projeto gráfico para a revista, que melhore o visual visto nas últimas edições e o torne ainda mais interessante. Para o desenvolvimento do material, foi utilizado o método de Löbach (2001), no qual, em quatro fases chave, se define o problema, a solução e sua realização. Essas fases contemplam todos os estudos teóricos e práticos do projeto. Esse processo proporcionou, além da reestruturação do projeto editorial da revista, tornando-o ainda mais autêntico e próximo de seu público, a valorização do design editorial, deixando claro o poder que ele exerce sobre a informação e as proporções que ela ganha devido a forma como foi diagramada e representada. Ao fim deste trabalho, foi possível perceber que qualquer projeto editorial vai além de distribuir os elementos de forma harmônica ou agradável. É preciso pensar como a informação será interpretada, se o design funcionará, conseguindo passar também a personalidade do cliente, deixando o material o mais parecido possível com seus valores. Viver isso só enriqueceu o conhecimento da autora do projeto realizado, que pôde praticar e entender o papel que exerce no design.

Palavras-chave: Design Editorial; Plastic Dreams; Desenvolvimento.


abstract Editorial design is one acting area of graphic design which studies the fascinating competence in diagramming and elaborating a sightly and functional editorial project. Plastic Dream is the magazine created in order to celebrate the thirty years of the shoes brand Melissa and, as the shoes, since its first edition, the magazine is reference in design and defines trends. Thereby, this completion of course work has as objective elaborating a new graphic project for the magazine, in order to improve what has been seen in latest editions and make it more interesting. For the material development, the LÜbach method (2001) was used which in four key-phases the problem, the solution and its accomplishment are defined, these phases contemplate all theoretical and practical studies of this project. The entire process, will provide beyond the magazine editorial project restructuring, turning it more authentical and closer to its public, enrich editorial design, clearing its power over information and the rate it gains depending on how it was diagrammed and represented. By the end of this work it was possible to realize that any editorial project is beyond distributing elements in a harmonic and pleasant way, it is necessary to think about how information will be interpreted, if the design will function in order to also transmit the client’s personality, turning the material more adequate to their value. Living it has only enriched the fulfilled project author’s knowledge, who was able to practice and understand the role she exercises in design.

Key-words: Editorial Design; Plastic Dreams; Development.


lista de figuras Figura 01 Capa Plastic Dreams, edição 1 02 Capa Plastic Dreams, edição 2 03 Capa Plastic Dreams, edição 3 04 Capa Plastic Dreams, edição 4 05 Capa Plastic Dreams, edição 5 06 Capa Plastic Dreams, edição 6 07 Capa Plastic Dreams, edição 7 08 Capa Plastic Dreams, edição 8 09 Capa Plastic Dreams, edição 9 10 Design de produto: mesa 11 Design de produto: mesa e cadeira 12 Design de produto: caixa de som 13 Design gráfico: rótulos 14 Design gráfico: impresso 15 Design gráfico: projeto gráfico de revista 16 Grid de coluna 17 Grid modular 18 Grid hierárquico 19 Grid de coluna desconstruído por colagem de plano 20 Desconstrução de grid retangular 21 Desconstrução verbal/conceitual 22 Cartaz para Exposição de Plástico e Borracha, 1972 23 Cartaz de Bob Dylan, 1967 24 Formação de imagem vetorial 25 Formação de imagem bitmap 26 Figura e fundo. Joanna Górska e Jersy Skakun, Homehork 27 Escala. Kim Bentley, MFA Studio, Abbot Miller, docente 28 Ritmo e equilíbrio. Porto de Baltimore 29 Síntese aditiva de cores, CMYK 30 Pintura fremont em rocha de outeiro de San Raphael, Utah, c. 2000-1000 aC. 31 Estela votiva com 4 figuras, séc V a.C 32 Sabon, tipografia humanista 33 Baskerville, tipografia transicional 34 Bodoni, tipografia moderna 35 Estruta das letras 36 Anatomia da fonte 37 Esquema de impressão relevográfica 38 Esquema de impressão encavográfica 39 Esquema de impressão planográfica 40 Esquema de impressão permeável 41 Grid do catálogo 42 Imagens bitmap e vetorial do catálogo 43 Sistema de cor do catálogo 44 Tipografias presente no catálogo 45 Impressões do catálogo 46 Acabamentos do catálogo 47 Papéis utilizados no catálogo

página 10 10 10 10 11 11 11 11 12 14 14 14 14 14 14 17 17 17 18 18 18 19 19 19 20 20 20 20 22 23 24 25 25 25 26 26 28 28 29 29 32 32 33 33 33 33 33


48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94

Grids utilizados na revista Imagens utilizadas na revista Cores utilizadas na revista Tipografias utilizadas na revista Impressão utilizada na revista Acabamentos utilizados na revista Papéis utilizados na revista Grid utilizado na edição 2013 Imagens utilizadas na edição 2013 Cores utilizadas na edição 2013 Tipografias utilizadas na edição 2013 Impressão utilizada na edição 2013 Acabamento utilizados na edição 2013 Papéis utilizados na edição 2013 Análise Vogue, tipografias Análise Vogue, grids Análise Vogue, fotografia Análise Vogue, ilustrações Análise Vogue, papéis Análise Vogue, capa Análise Carmen Steffens: papéis Análise Carmen Steffens: tipografias Análise Carmen Steffens: grids Análise Carmen Steffens: fotografias Análise Carmen Steffens: capa Painel Semântico Esboço capa 1 Esboço capa 2 Esboço interno 1 Esboço interno 2 Esboço imagens 1 Esboço imagens 2 Foral Pro Memoriam Pro Capa original 1º estudo de capa 2º estudo de capa 3º estudo de capa 4º estudo de capa Grid Capa Nova capa Comparação das capas Contra-capa original 1º estudo de contra-capa 2º estudo de contra-capa Grid contra-capa Nova contra-capa

34 34 34 34 35 35 35 36 36 36 36 36 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 70 47 48 51 52 52 52 52 53 53 54 54 55 55 55 56 56 56 57 57 58 58 58 58 59


95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115

Comparação das contra-capas Índice original 1º estudo de índice 2º estudo de índice Grid índice Novo índice Comparação dos indices Novo índice 1º estudo de cabeçalho e rodapé 2º estudo de cabeçalho e rodapé Grid cabeçalho e rodapé Novo cabeçalho e rodapé Comparação dos cabeçalhos Matéria interna original 1º estudo de grid para matérias 2º estudo de grid para matérias 3º estudo de grid para matérias Grid para matérias Nova matéria Comparação das páginas Formulário da pesquisa

59 60 60 60 61 61 62 62 63 63 63 63 63 64 65 65 65 66 66 67 68


lista de quadro` Quadro 1 Esquemas das cores segundo o disco cromático 2 Diagrama da evolução dos alfabetos ocidentais 3 Classificação das fontes 4 Análise Catálogo Melissa Plasticodelic 5 Análise Revista Plastic Dreams, verão 2012 6 Análise Revista Plastic Dreams, verão 2013

página 22 24 25 32 34 35

lista de gráficos Gráfico 1 Idade dos entrevistados 2 Gênero dos entrevistados 3 Exercício de atividade remunerada 4 Avaliação projeto atual 5 Avaliação novo projeto 6 Avaliação da iniciativa 7 Percepção da mudança 8 Mudança mais evidente

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sumário Introdução Objetivo geral Objetivos específicos Método Justificativa

01 03 03 04 05

Capítulo 1: A Melissa

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Capítulo 2: A revista Plastic Dreams

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Capítulo 3: O design

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Capítulo 4: O design editorial 4.1 A escolha do software 4.2 As construções do grid 4.3 Imagem e ilustração: vantagens e utilizações 4.4 Estudo das cores 4.4.1 Síntese aditiva: o CMYK 4.5 Tipos e utilizações 4.5.1 Classificação dos grupos tipográficos 4.5.2 Elementos do tipo 4.5.3 Princípios gerais 4.6 Impressão: para qual tipo de trabalho cada uma serve 4.6.1 Pré-impressão 4.6.2 Sistemas de impressões 4.7 Acabamentos: a finalização do trabalho

15 15 16 18 21 22 23 25 26 27 28 28 28 29

Capítulo 5: Análise de similares 5.1 Análise dos concorrentes 5.1.1 Vogue Brasil 5.1.2 Carmen Steffens

32 57 37 44

Capítulo 6: Memorial descritivo 6.1 Introdução 6.2 Conceito 6.3 Desenvolvimento 6.3.1 Tipografias 6.3.2 O projeto gráfico 6.3.2.1 Capa 6.3.2.2 Contra-capa 6.3.2.3 Índice 6.3.2.4 Cabeçalho e rodapé 6.3.2.5 Matérias internas 6.4 Defesa criativa 6.5 Definições 6.6 Pesquisa de aceitação e satisfação

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Considerações finais Referências Referência iconográfica Apêndice

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introdução O design editorial é uma das extensões que compõem a ampla área de atuação do design gráfico. Nele são estudadas as formas de diagramação, composição de imagens, tipografias e cores que irão compor o conteúdo informativo e interagirão com o público final, tornando o material interessante e prazeroso de ler. A mídia revista é um dos projetos gráficos que o design editorial trabalha fortemente, em busca de sua melhora e evolução. Vale ressaltar que todo o projeto realizado visa fazer com que a empresa, marca ou editora converse e se identifique com o comportamento dos seus leitores. Sendo assim, a Plastic Dreams é uma revista feita pela marca de calçados Melissa e que estabelece uma relação comercial, pois divulga suas novas coleções da marca, e uma relação interpessoal, pois trabalha com assuntos que suas leitoras gostam e se indentifcam, aproximando-se cada vez mais delas. Como a Plastic Dreams se estabelece no mercado como uma revista autêntica, referência em design e atitude, seu visual é constantemente alterado, seguindo o ritmo das novas tendências e, mais uma vez, precisa ter seu design renovado e inovado. Para alcançar o objetivo principal do projeto é necessário seguir etapas e métodos que facilitem e orientem o trabalho, sem perder o foco. Sendo assim, foi utilizado, além dos métodos de pesquisas, análises e estudos no campo do design editorial, o método de Löbach (2007), que trabalha o projeto em quatro etapas: primeiro é feita a análise do problema, depois a geração das alternativas para solução do problema, após isso é feita a avaliação das alternativas para, a partir dessa avaliação, se realizar a solução escolhida. Essas etapas permitem que o projeto caminhe naturalmente, facilitando o processo criativo e sua criação. No primeiro capítulo deste trabalho de conclusão de curso, é abordada a história da revista Plastic Dreams. Descrevemos como e porquê a revista surgiu, além de esclarecer qual o objetivo de comunicação com as leitoras e consumidoras da marca Melissa, criadora da revista. Uma breve história da Melissa também foi feita, para que fosse mais fácil entender o que a marca é e representa para as admiradoras dos calçados produzidos por ela e o comportamento que eles sugerem. O segundo capítulo explica de maneira breve, mas esclarecedora, o que é Design, quais as definições dadas por pessoas reconhecidas na área e os campos com aplicações mais comuns em duas áreas específicas: o Design Gráfico e o Design de Produto. O terceiro capítulo apresenta os elementos do Design Editorial. São apresentados os itens que compõem e orientam o design gráfico editorial, partindo do pressuposto de que o trabalho é plenamente editorial. Esse é o capítulo de maior importância para este projeto, pois ele sustenta e serve de apoio para sua criação, ao explicar características, história, modos de aplicação e utlizações mais comuns de grid, imagem, cor, tipografia, impressão, acabamento e vários outros elementos que, quando somados e aplicados em um material, o distiguem de um simples material. No quarto capítulo, são realizadas as análises de similares. Analisou-se os materiais impressos já existentes da marca Melissa, baseando-nos em tudo o que foi abordado no segundo capítulo e evidenciando as caracteríscas presentes nessas peças. Também são analisadas as peças de alguns concorrentes da revista, para estudar pontos fortes e fracos que colaboram para o enriquecimento do novo projeto gráfico da revista. Isso auxilia na execução do projeto, pois, com embasamento teórico absorvido e com as referências dadas por peças feitas pela própria marca e seus concorrentes, é possível observar, analisar e sugerir mudanças que não fujam do conceito e personalizadade da marca, mas que agregam ainda mais valor para as peças.

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Já no quinto capítulo, são dadas as etapas para concepção do projeto, sua evolução e continuidade, como ele caminha e o resultado que se pretende alcançar. Nesse capítulo, é possível entender e acompanhar como foi concebido o projeto, baseado nas diretrizes, orientações e conceitos definidos no decorrer do trabalho. Com a conclusão de todas essas etapas teóricas, conceituais e práticas, o trabalho chega ao fim e expõe o resultado final do projeto e de todos os estudos elaborados. Nesse momento, é possível avaliar se o projeto cumpriu e respondeu aos objetivos determinados no início do trabalho.

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objetivo geral Elaborar um novo projeto gráfico para a revista Plastic Dreams, inovando a estrutura da revista e todo seu conteúdo visual, fazendo dela um material ainda mais valorizado e querido pelas leitoras.

objetivos específicos _ Pesquisar e conhecer as edições anteriores da revista; _ Analisar no mínimo duas peças gráficas editoriais da marca Melissa, criadora da revista, para obter referência e inspiração para a nova criação; _ Descobrir a história da Melissa, como e quando ela nasceu, entendendo seus princípios e valores; _ Estudar o pensamento criativo para as edições da revista, entendendo no que elas se embasam e se referenciam; _ Estudar o design editorial como um todo, para ter embasamento teórico e referencial suficiente e facilitar o processo de realização de um trabalho mais profissional e adequado; _ Entender o gosto do leitor, com pesquisa qualitativa sobre o andamento do novo redesign da revista; _ Analisar no mínimo duas revistas de empresas diferentes e atuantes na mesma área, buscando explorar as qualidades existentes de uma maneira que se agregue valor e qualidade ao projeto; _ Pesquisar valores e buscar apoios que facilitem a produção do protótipo final. _ Desenvolver um projeto editorial com novo grid, estudo de cores, escolha de novas tipografias e diagramação.

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método Para este projeto acontecer, foi preciso seguir um roteiro que guiasse tudo o que foi pesquisado, dito e feito para melhor resultado possível. Para que isso acontecesse de maneira lógica e fluída, todo o projeto se baseou no método de Löbach (2007), que trabalha com a solução de um problema em quatro fases: primeiro é feita a análise do problema, depois parte-se para a geração das alternativas para solucioná-lo, em sequência, é feita a avalição de qual opção é a mais adequada para o problema analisado e a mesma é colocada em prática (realização da solução). Com isso dito, foi reunido todo o conteúdo teórico para ambientação, explicação e fundamentação do tema e do projeto criado. Sendo assim, para cada pesquisa foram utilizadas todas as ferramentas que lhe couberam: livro, internet, entrevista, observação, comparação, análise e quaisquer outros meios que surgiram como oportunidade para recolhimento de informação e conteúdo válido. Com todas as informações necessárias para entendimento do trabalho reunidas, escritas e absorvidas, partiu-se para a elaboração do projeto prático. Inicialmente, foram feitos os estudos de formas e grids, para determinar o esqueleto, tamanho e formato, para que tudo o que fosse incluso posteriormente se encaixasse no padrão já estabelecido. Na sequência, um profundo e dedicado estudo às tipologias foi feito para entender e traduzir na forma escrita o conceito abordado na revista, bem como o estudo de cores e sua harmonização junto às imagens. Com isso analisado e decidido, partiu-se para a diagramação de todo o conteúdo, colocando em prática o conceito, o grid, o formato, as tipografias, as cores, as imagens e quaisquer outros elementos que fossem necessários no desenvolvimento do trabalho e, por fim, foi determinado a base (material) na qual a revista seria impressa, o acabamento e o tipo de impressão. Espera-se que seguindo todas as etapas e apoiando-se sempre no conteúdo teórico elaborado e estudado, o resultado do trabalho tenha sido positivo e condizente com o que a empresa escolhida representa e faz, atualmente, no mercado publicitário nacional e internacional.

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justificativa Um projeto de design editorial bem elaborado traz não só apreciação e beleza ao material criado, traz também funcionalidade, sentido de leitura ou desorientação, simetria ou assimetria e assim por diante. Essas e outras características notáveis em uma revista, livro ou em qualquer outro material gráfico são estudadas e pensadas durante a criação do projeto, a fim de identificar o público alvo ao material, tornando-o interessante aos leitores. Quando o projeto alcança o objetivo e é condizente com o público desejado, o leitor se sente chamado a lê-lo e apreciá-lo, faz daquele contato com o material um momento prazeroso e relaxante, além de informativo, pois se identifica com o que está lendo e vendo, se sente entendido e espera por mais daquilo que está vendo. Com isso dito, este trabalho pretende, além de reestruturar o projeto editorial da revista Plastic Dreams e torná-lo ainda mais autêntico e próximo de seu público, engrandecer o conhecimento da sua autora, que poderá transformar um material que já funciona em algo ainda mais interessante e prospectar mais leitores e admiradores da revista e da marca de calçados Melissa. Espera-se também valorizar o design editorial, deixando claro o poder que ele exerce sobre a informação e as propoções que ela ganha devido a forma como foi diagramada e representada.

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capítulo 1: a melissa Foi de embalagens para garrafões de vinho a peças para máquina e implementos agrícolas feitos de plástico que surgiu a ideia de produzir sapatos utilizando o plástico como principal matéria-prima, pois este é um material que oferece alternativa acessível e diferenciada aos pés das pessoas (GRENDENE, 2012). A ideia de produzir calçados de plástico nasceu dos irmãos Grendene, Pedro e Alexandre, que visualizaram oportunidade em um mercado até então não muito explorado, apostando e investindo nele. Em Farroupilha, no Rio Grande do Sul, nos anos 70 (1971), foi fundada a Plásticos Grendene Ltda. que criou seu primeiro modelo de calçado, em 1978, produzido inteiramente em plástico. O modelo criado e chamado de Nuar não obteve sucesso em seu lançamento. Já em 1979, nasce o modelo de san-

dália inspirado nas sandálias do pescadores da Riviera francesa, as Fisherman. O modelo, conhecido como Aranha, nasceu junto com a marca Melissa, sendo o primeiro modelo da marca e o segundo da empresa Grendene, e obteve grande sucesso (GRENDENE, 2012). Tornando-se referência em inovação e design no mercado dos calçados e da moda e com mais de 30 anos de sucesso, a Grendene, mãe da marca Melissa, tem 6 unidades industriais integradas, sendo 12 fábricas de calçados com capacidade total de 200 milhões de pares por ano. Pode-se dizer que a Melissa, com mais de 500 modelos lançados e inúmeras parcerias com grandes nomes da moda, arquitetura, artes plásticas e design, é inspiração para diversos trabalhos e opção diferenciada para consumidores que gostam de fugir do comum (DIAS, 2010) (MORAES; SENRA; ROCHA, 2012).

MELISSA, não é um sapato, mas um objeto de design que ultrapassa forma e conteúdo chegando à verdadeira mensagem que quer transmitir: a do plástico como opção. Para MELISSA, a tecnologia está a serviço das emoções humanas. Ela acredita que, com novas técnicas, dá-se um passo à frente para enxergar novos caminhos. Mas isso não sem se abastecer de inspirações. É do mundo das artes plásticas, da arquitetura, da música, da fotografia e de tantos outros mundos que ela absorve influências para se recriar em novas versões de si mesma. E é do Brasil, país de misturas culturais e tentativas criativas, cujo povo vive eternamente de projetos e alternativas ao lugar-comum, que ela herdou sua grande característica: a de ser multidisciplinar. Afinal, Melissa é o que cada um acha dela. É feminina, sexy, pop, original, refinada, curiosa, inusitada, lúdica, otimista, bem-humorada, sedutora, indecente e inocente (DIAS, 2010).

Desde seu nascimento, a marca já se preocupava com o marketing que seria necessário para conquistar o público. Pensando nisso, a marcar promoveu uma ação de merchandising na novela Dancing Days, com a atriz Sônia Braga, que usava calçados Melissa. Essa ação transformou a Melissa de um calçado de plástico em um símbolo da moda. Outra das várias estratégias adotadas pela Melissa, que resultaram em grande movimentação e crescimento, foram as parcerias feitas com grandes nomes de diversos setores da Moda, Arquitetura, Arte e Design, como Jean-Paul Gautier, Thierry Mulgler e Jacqueline Jacobson, que permitiram ainda mais ousadia na criação e credibilidade ao modelo e mar-

ca, agregando valores que vão além da função essencial do calçado (calçar e proteger os pés) e que trazem experiências e sentimentos variados para cada consumidor. Essa estratégia não só fucionou, como trouxe a aceitação do mercado internacional. Visualizando ainda mais o potencial de expansão da marca, a Grendene lançou a Melissinha: modelos infantis que são adaptações dos modelos adultos, criada em 1984 e conhecida atualmente como Mini Melissa. Esse foi um mercado que a Melissa também invadiu e dominou com sucesso, abrindo espaço para crescer cada vez mais (DIAS, 2010). 7


Sempre preocupada com a imagem e posicionamento da marca Melissa e sua conceituação no mercado, a Grendene, em 2002, patrocinou a São Paulo Fashion Week, inserindo a Melissa com modelos de um estilista brasileiro e lançando novos modelos assinados pelas marcas Alexandre Herchcovitch, Sommer e Cavalera. Em 2003, lançou uma campanha com bonecas de plástico como modelos, dIvulgando o slogan “Melissa, o plástico na sua forma mais sedutora” (MORAES; SENRA; ROCHA, 2012). Outra ação feita pela marca, em 2005, foi a criação da Galeria Melissa, em São Paulo. Um espaço que reúne todo o universo da marca com lançamentos exclusivos das coleções e exposições dos parceiros que a Melissa possui em diversos segmentos, fornecendo espaço para propagação da arte e proporcionando ao público acesso e interação a tudo isso, fortalecendo mais uma vez sua imagem e valores no mercado (DIAS, 2010).

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Já em 2009, a marca apresentou o acervo dos 30 pares históricos no SPFW (São Paulo Fashion Week) e lançou a revista editada pela marca, a Plastic Dreams. Assim, a Melissa pode ser caracterizada como uma empresa que não para de inovar e foge do convencional. Segundo Moraes, Senra e Rocha (2012) a empresa posiciona a marca como uma experiência única, combinando memória afetiva, estilo, feminilidade e até mesmo o cheiro. Assim sendo, a Melissa busca se reinventar e reinventar seus produtos sempre, para sair do normal e buscar o que seu público procura: o simples com atitude. No próximo capítulo, será descrito mais um projeto feito pela Melissa em busca da inovação e que foi a inspiração para a elaboração deste trabalho de conclusão de curso: a Revista Plastic Dreams.


capítulo 2: a revista plastic dreams A revista Plastic Dreams surgiu em parceria com a agência de propaganda Casa Darwin, a casa de eventos House of Palomio e a conhecida marca de calçados Melissa, para comemorar os trinta anos da Melissa.

A revista foi criada para apresentar novas coleções e interagir com as leitoras, através de matérias sobre moda, cultura pop, comportamento e turismo, ou seja, mais uma ação da empresa em busca da inovação (CCSP, 2009).

A marca Melissa é uma linha de calçados produzida pela Grendene, que já tem sólida atuação no segmento de calçados. O primeiro modelo lançado pela Melissa na década de 70, a sandália aranha, é inspirada nas sandálias usadas por pescadores da Riviera Francesa. Atualmente, os calçados da marca viraram febre e o modelo aranha está até hoje nas coleções, sendo relançada com pequenos detalhes que a enriquecem e lhe conferem estilo único, característica que se estende a outras criações da Melissa (FEMININOS, 2011).

A revista, desde o seu lançamento, tem distribuição gratuita para clientes de lojas que vendem o calçado. Sua tiragem é de 300 mil exemplares no Brasil e 70 mil para o exterior, na versão traduzida em inglês (CCSP, 2009). Assim como para os calçados, o público alvo da revista são mulheres de 14 a 25 anos e algumas mulheres mais velhas que se interessam por ambos. Essas mulheres têm uma vida bastante ativa, pois se caracterizam pela versatilidade e dinamismo que têm no seu dia-a-dia. Desempenham várias atividades ao longo do dia, que passam pela rotina de trabalho, responsabilidades domésticas e uma vida social ativa. Por terem uma vida social ativa e maior educação, têm uma maior preocupação com a sua imagem. Esse público caracteriza-se por ser mais irreverente, colorido e inovador, procurando algo que se adéque à sua personalidade e características (MELISSA, 2011).

O principal objetivo da revista Plastic Dreams, segundo Paulo Pedó Filho, gerente nacional da marca, é estreitar o vínculo emocional com a consumidora, abraçá-la: “Queremos ter a consumidora fazendo parte da marca não mais como uma figura passiva. Inauguramos uma fase em que cada uma pode fazer a diferença. Existe uma relação emocional com a marca.” (MELISSA, 2011), A marca Melissa construiu, através dos editoriais, uma imagem de mulher moderna e ousada para suas consumidoras, ou seja, uma “imagem de si” que funcionaria numa relação especular entre o público-alvo ideal e o público real. O uso do design e de celebridades como modelos com a função de captação criaria, para seus produtos, uma espécie de mitologia, no sentido barthesiano, na qual estes produtos estariam numa posição simbólica de dever solucionar os mais diversos problemas e conflitos (MELISSA, 2013). A revista já está na 9ª edição e passou por modificações que variam de formato, acabamentos e estilo artístico, como podemos ver nas figuras 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08 e 09:

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FIGURA 01: CAPA PLASTIC DREAMS, EDIÇÃO 1

FIGURA 02: CAPA PLASTIC DREAMS, EDIÇÃO 2

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/F6EFT

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/F6EGZ

FIGURA 03: CAPA PLASTIC DREAMS, EDIÇÃO 3

FIGURA 04: CAPA PLASTIC DREAMS, EDIÇÃO 4

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/F6EXZ

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/F6EZV


FIGURA 05: CAPA PLASTIC DREAMS, EDIÇÃO 5

FIGURA 06: CAPA PLASTIC DREAMS, EDIÇÃO 6

moda = RiGHt NoW! Fast-FasHioN JÁ sloW liFe + Nadismo Poesia Na FÍsiCa o FUtURo do CoNsUmo BReCHÓs Pelo mUNdo PassatemPos da HoRa momeNto tRiCô BetH ditto melisseiRa Filmes atemPoRais ClÁssiCo É ClÁssiCo astRoloGYZoNe iNVeRNo 2011 aGoRa a NeoPUNK aliCe dellal

melissa time Code

Lady Vivienne Westwood

FONTE: FONTE: HTTP://MIGRE.ME/F6FBD

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/F6FHJ

FIGURA 07: CAPA PLASTIC DREAMS, EDIÇÃO 7

FIGURA 08: CAPA PLASTIC DREAMS, EDIÇÃO 8

MELISSA MAGAZINE

Verão 2013

PLASTIC DREAMS

As sete cores do arco-íris inspiram a nova coleção da Melissa, em busca da felicidade e do pote de ouro que está no final dele: na moda, nas artes, na música e na vida real.

RAINBOW VERÃO 2013

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/F6FS8

ALEK WEK: MUSA NEGRA OS HITS DA COLEÇÃO DE VERÃO JULIA PETIT PEDRO LOURENÇO CROMOFOBIA MAKE COLORIDO A CARTELA DOS ARTISTAS JULIE VERHOEVEN E SUA ULTRA ELISABETH DE SENNEVILLE SPFW BATIZANDO ESMALTES

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/F6FT0

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FIGURA 09: CAPA PLASTIC DREAMS, EDIÇÃO 9

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/F6FGB

A Plastic Dreams, desde sua primeira edição, é inovadora e ousada, utilizando de todas as formas os recursos do design editorial. Nos dois próximos capítulos, será possível perceber cada item em que os criadores da revista pensaram ao executar o projeto.

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capítulo 3: o design Sempre que a função da palavra design é colocada em questão, fica o silêncio e excitação para tentar explicar o que ela realmente exerce, o que ela realmente significa. A grande dificuldade encontrada

para defini-la é dada pelo mau uso da palavra, já que, com a popularização do termo, tudo o que envolve uma base (espaço em branco), ilustração, fotografia e tipografia denomina-se “design”.

Design é a visualização criativa e sistemática dos processos de interação e das mensagens de diferentes atores sociais; é a visualização criativa e sistemática das diferentes funções de objetos de uso e sua adequação às necessidades dos usuários ou aos efeitos sobre os receptores (SCHNEIDER, 2010, p 197). Design significa ter e desenvolver um plano, um projeto, significa designar. É trabalhar com a intenção, com o cenário futuro, executando a concepção e o planejamento daquilo que virá a existir. Criar, desenvolver, implantar um projeto – o design – significa pesquisar e trabalhar com referências culturais e estéticas, com o conceito da proposta. É lidar com a forma, com o feitio, com a configuração, a elaboração, o desenvolvimento e o acompanhamento do projeto (MOURA, 2005, p 118).

Plusser (2010), resume o design como “aproximadamente aquele lugar em que arte e técnica caminham juntos, com pesos equivalentes, tornando possível uma nova forma de cultura”. Analisando todas as definições dadas pelos autores citados, é possível explicitar o que é design e a função que ele exerce em uma única palavra, conforme dito por Alexandre Wollner1 e registrado por Stolarski (2005): “Design é projeto”. Para melhor entender, design é planejar, estruturar, testar e aplicar. Essas são as etapas típicas de um projeto que gera resultados positivos, duradouros e belos, pois o design, por mais técnico que seja, vindo do desenho industrial, também possui sensibilidade e percepção para representar da melhor maneira possível o projeto em questão. Sendo assim, o design se divide em áreas de atuação, projetando de maneira específica para cada problema e segmento. As duas principais áreas de atuação são o design gráfico (conforme as figuras 10, 11 e 12) e o de produto (conforme as figuras

13, 14 e 15). O design de produtos estuda, como o nome já diz, a concepção de novos produtos, que otimizem a funcionalidade dos já existentes. Para Teixeira (2009) o design de produtos “é a atividade responsável pela criação e desenvolvimento de produtos para diversos segmentos, como o moveleiro, automobilístico, calçados, eletroeletrônicos, jóias, entre outros”. Já o design gráfico “é o campo do design que compreende todos os fatores-chave para a criação e consolidação da imagem de uma empresa e o estabelecimento de uma adequada comunicação com o seu público”. Em alguns casos, ambas as áreas caminham juntas, o que permite um projeto mais integrado e alinhado em todas as etapas de criação do produto e da sua comunicação visual. No próximo capítulo, falaremos do design editorial, uma das ramificações do design gráfico. A partir do que discutiremos nele é que todo projeto caminhará. Ali serão dadas todas as diretrizes para a boa excução de um projeto.

Alexandre Wollner: Designer gráfico brasileiro, nascido em 1928, e considerado um dos principais nomes na formação do design moderno no Brasil (ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL, 2005).

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FIGURA 10: DESIGN DE PRODUTO: MESA

FIGURA 11: DESIGN DE PRODUTO: MESA E CADEIRA

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/EQ0DZ

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/EQ0FN

FIGURA 12: DESIGN DE PRODUTO: CAIXA DE SOM

FIGURA 13: DESIGN GRÁFICO: RÓTULOS

FONTE:HTTP://MIGRE.ME/EQ0IN

FIGURA 14: DESIGN GRÁFICO: IMPRESSO

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/EQ0NF

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FONTE: HTTP://MIGRE.ME/EQ0IN

FIGURA 15: DESIGN GRÁFICO: PROJETO GRÁFICO DE REVISTA

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/EQ0P1


capítulo 4: o design editorial Metodologicamente, o design é um sistema operativo de transformação ou adaptação da realidade que cada um reinterpreta da sua maneira. O design na sua origem anglo-saxónica quer apenas dizer concepção. Conceber é na realidade resolver um problema, que poderá ser agravado se o designer não conhecer todos os ingredientes do seu desafio (CHQUINATO; ROBALO; PALMA, 2012).

O design editorial é, por definição, uma das áreas de atuação do design gráfico que realiza a editoração: diagramação de layouts extensos, com paginação e forte presença de imagens, ilustrações (não necessariamente todos juntos no mesmo projeto) e textos. São trabalhos que exigem conhecimento geral de tudo o que o design abarca, da cultura local onde o trabalho será divulgado ou comercializado, à capacidade de interpretação do assunto trabalhado, para que a transmissão da mensagem ocorra da maneira mais clara possível. O design, como um todo, busca resolver a relação entre homem, comunicação, objeto e espaço, além de promover a interação do homem com o meio em que vive e com tudo o que o rodeia (LEITE, 2003). Presente em quase tudo e tão importante quanto a informação principal, o design age como meio de transporte pelo qual a informação é transmitida. Por isso, se o design não estiver claro e objetivo, nada chegará ao seu destino. Tudo tem sua importância e, assim, cada detalhe no Design Editorial é pensado como peça fundamental para o funcionamento geral, seja a capa, a lombada, o papel, a impressão de um material. Cada item exerce uma função e, se não funcionar como esperado, gera desconexão na informação, ou seja, faz com que o conjunto não funcione.

4.1 A escolha do software Antes de começar qualquer projeto, é importante entender o que será feito nele e saber o que pode ajudar a executar o trabalho da melhor maneira possível. No caso do Design Editorial é necessário, além de conhecimento teórico, o conhecimento técnico. É preciso, assim, como ferramenta de trabalho, escolher os programas que possam facilitar e otimizar o desenvolvimento e resultado do projeto. Para elaborar a revista que é objetivo deste trabalho, foi imprescindível conhecer quais softwares interagem melhor uns com os outros e em qual plataforma operacional o desempenho é mais eficiente, a fim de facilitar e dar fluidez ao trabalho, evitando imprevistos e falhas previsíveis que provavelmente podem acontecer se forem utilizados softwares que impedem o bom andamento do projeto, gerando falhas e problemas que tomam tempo e atenção. Assim sendo, o layout de um projeto gráfico-editorial normalmente é composto por imagem, ilustração e texto, todos conversando e interagindo entre si. A melhor maneira de interligá-los, quando prontos, é através de um programa de editoração. Isso posto, para a realização deste projeto, serão utilizados os softwares da Suite Adobe CS6 (Photoshop, Illustrator e Indesign), responsáveis, respectivamente, pela edição e tratamento da imagem, criação de vetores e editoração do conteúdo textual e visual do trabalho. A utilização de softwares que mantêm uma sincronia estável permite ao usuário visualizar possíveis erros e correções, que não seriam visualizados se não houvesse essa compatibilidade entre as extensões dos arquivos.

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4.2 As construções do grid Todo trabalho de design envolve a solução de problemas em níveis visuais e organizativos. Figuras e símbolos, campos de texto, títulos, tabelas: todos esses elementos devem se reunir para transmitir a informação. O grid é apenas uma maneira de juntar esses elementos (SAMARA, 2007).

Os grids estão presentes no design há mais de 150 anos. Na segunda metade do século XVIII, com a revolução industrial na Inglaterra, a migração da população rural para a cidade fez o comércio se movimentar mais rapidamente e deu ao designer a importante tarefa de tornar os produtos mais atraentes (SAMARA, 2007). No projeto que desenvolvemos neste trabalho, o grid excerce função primordial, pois um trabalho niti-

damente bem estruturado é a chave para o interesse, apreciação e preferência do leitor. O grid vive em constante evolução e retrata épocas e escolas que passam pelo Arts and Crafts, o racionalismo, o construtivismo, o De Stijl, a Bauhaus e vários outros estilos. Também se distinguem por diversos motivos e , assim, ora se busca simetria, ora não, ora neutralidade, ora contraste (SAMARA, 2007).

Os grids são os elementos mais mal-compreendidos e mal-utilizados no layout de páginas. Um grid é útil apenas se for derivado deo conteúdo que ele pretende tratar (BIRDSALL, 2004).

A função do grid é organizar o espaço tipográfico fazendo o trabalho se desenvolver mais rápido e facilmente, por já determinar diretrizes de aplicação de

imagens, textos e gráficos. Além de unificar a informação, dando continuidade e permitindo fácil entendimento do trabalho (SAMARA, 2007).

Apesar de o grid ter sido usado por séculos, muitos designers gráficos associam os grids aos suíços. A fúria pela ordem nos anos 1940 levou a uma forma muito sistematizada de visualização da informação. Décadas mais tarde, os grids eram considerados monótonos e enfadonhos1 - o símbolo de um ‘designossauro’. Hoje, os grids são vistos novamente como ferramenta essencial, amparados por profissionais que são desde novatos aos maturados por décadas de experiência (TONDREAU, 2009).

As figuras 16 a 21 exemplificam alguns modelos grids estruturados e desestruturados. As figuras 16, 17 e 18, respectivamente, são exemplos de grid de coluna, modular e hierárquico e as figuras 19, 20 e 21, exemplos de grid de coluna desconstruído, desconstrução de grid retangular e desconstrução verbal e conceitual.

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Enfadonhos: Que causa enfado. Molesto. Monótono. Desagradável. Sem atractivos. (PRIBERAM, 2012).

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FIGURA 16: GRID DE COLUNA

FONTE: SAMARA (2007).

FIGURA 17: GRID MODULAR

FONTE: SAMARA (2007).

FIGURA 18: GRID HIERÁRQUICO

FONTE: SAMARA (2007).

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FIGURA 19: GRID DE COLUNA DESCONSTRUÍDO POR COLAGEM DE PLANO

FONTE: SAMARA (2007).

FIGURA 20: DESCONSTRUÇÃO DE GRID RETANGULAR

FONTE: SAMARA (2007).

FIGURA 21: DESCONSTRUÇÃO VERBAL/CONCEITUAL

FONTE: SAMARA (2007).

4.3 Imagem e ilustração: vantagens e utilizações Trabalhar com imagens ou ilustrações, há muito tempo, é uma das preocupações do designers. Conseguir relacionar a figura ao conteúdo de forma interessante, que atraia e gere reações positivas é constantemente o motivo dos designers procurarem sempre o aprimoramento de suas técnicas e referências (MEGGS; PURVIS, 2009).

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No projeto final deste trabalho, o uso da imagem é intenso e necessário, pois trata-se de um material visual, no qual o leitor precisa ver para entender o que a história ou o título está contando. Portanto, entender o modo de formação das imagens bitmap e das vetoriais é necessário para termos o melhor nível de aproveitamento e melhor forma de aplicação. Já na Primeira Guerra Mundial, os profissionais da área de design levantavam questões sobre como a


narrativa tradicional das imagens se comportava nos layouts e forçava a reinventar o pensamento, trazendo para seus trabalhos imagens e ilustrações com ideias e conceitos, não mais a imagem por si só, vazia (MEGGS; PURVIS, 2009). (Cf. exemplos nas figuras 22 e 23).

se esforçavam para inserir, cada vez mais, valores tangíveis e intangíveis em suas artes. Esses valores, tanto para ilustração como para imagens, caminham sobre questões artísticas e técnicas, que precisam ser levadas em consideração para que a ideia consiga ser reproduzida fielmente (MEGGS; PURVIS, 2009) (LUPTON; PHILLIPS, 2008).

FIGURA 22: CARTAZ PARA EXPOSIÇÃO DE PLÁSTICO E BORRACHA, 1972

Para isso, sabe-se que imagens vetoriais são aquelas formadas por pontos e linhas, tendo como unidade de descrição os vetores matemáticos e podendo ser ampliadas e reduzidas sem limite e perda de qualidade, pois como não trabalham com pixels, não correm o risco de perder as propriedades iniciais. O arquivo é mais leve, pois, como pode se observar na figura 24, o meio de construção são coordenadas matemáticas. O computador, ao salvar o arquivos, guarda apenas o conjunto de instruções que podem ser fielmente reproduzidas quando abertos novamente, sem ocupar muito espaço no disco rígido (OLHO NU DESIGN, 2009; PANDOLFO, 2012).

FONTE: MEGGS; PURVIS (2009)

FIGURA 24: FORMAÇÃO DE IMAGEM VETORIAL

FIGURA 23: CARTAZ DE BOB DYLAN, 1967

FONTE: OLHO NU DESIGN (2009)

FONTE: MEGGS; PURVIS (2009)

Desde que a inquietação dos designers do século XX não permitiu ao design se estagnar e virar uma monotonia estética, todos os que nele trabalhavam

Diferentemente, as imagens bitmap (mapa de bits), são a soma de dados gerados por cada pixel, ocupando muita memória da máquina. Seu tamanho físico, como é possível observar na figura 25, se dá pelo número de linhas e colunas de pixels presentes em um arquivo. Cada ponto (pixel) é de uma cor e o conjunto deles forma a imagem. Desse modo, não é possível um vasto valor de ampliação e redução, justamente pelo tipo de imagem não conseguir reproduzir fielmente os valores de pixels e cores mapeados na imagem original (OLHO NU DESIGN, 2009; PANDOLFO, 2012).

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O que difere uma imagem da outra é, além de suas capacidades técnicas e físicas, o motivo para que serão usadas. Há designers que mesclam foto e vetor para trazer dinâmica ao trabalho, outros trabalham somente com foto, buscando mais realismo ao

projeto e há também os que trabalham apenas com vetores, trazendo modernidade ao projeto. Exemplos das diversas possibilidades de exploração das imagens podem ser vistos nas figuras 26, 27 e 28.

FIGURA 25: FORMAÇÃO DE IMAGEM BITMAP

FIGURA 27: ESCALA. KIM BENTLEY, MFA STUDIO, ABBOT MILLER, DOCENTE

FONTE: OLHO NU DESIGN (2009)

FONTE: MEGGS; PURVIS (2009) FIGURA 26: FIGURA E FUNDO. JOANNA GÓRSKA E JERSY SKAKUN, HOMEHORK

FIGURA 28: RITMO E EQUILÍBRIO. PORTO DE BALTIMORE

FONTE: MEGGS; PURVIS (2009) FONTE: MEGGS; PURVIS (2009)

Assim, pode-se dizer que as imagens fazem parte do trabalho gráfico e muitas vezes explicam mais do que um título ou texto. O visual pode ser funcional

e impressionar, basta que seja utilizado em favor do projeto.

Designers gráficos frequentemente buscam um equilíbrio entre figura e fundo, utilizando esta relação para proporcionar energia e ordem à forma e ao espaço. Eles criam contrastes entre forma e contra-forma, a fim de construir ícones, ilustrações e padranagens que estimulem o olhar. A criação de tensões ou ambiguidade de figura/fundo adiciona energia visual a uma imagem ou marca. Mesmo ambiguidades sutis podem animar o resultado final e mudar sua direção e impacto(LUPTON; PHILLIPS, 2008).

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4.4 Estudo das cores

A cor pode exprimir uma atmosfera, descrever uma realidade ou codificar uma informação, Palavras como “sombrio”, “pardo” e “brilhante” trazem à mente um clima de cores e uma paleta de relações... A cor serve para diferenciar, conectar, ressaltar e esconder (LUPTON; PHILLIPS, 2008).

É por isso que o estudo das cores está intrínseco ao projeto final deste trabalho, para que se consiga explorá-las da melhor maneira possível. Assim, este

subcapítulo será útil para orientar, através da história, e ajudar, através da técnica, na definição do melhor sistema de cores a ser adotado para o projeto final.

Na realidade, a cor é uma linguagem individual. O homem reage a ela subordinado às suas condições físicas e às suas influências culturais. Não obstante, ela possui uma sintaxe que pode ser transmitida, ensinada. Seu domínio abre imensas possibilidades aos que se dedicam ao estudo dos inúmeros processos de comunicação visual (FARINA, 1986).

O uso das cores em um material nem sempre foi comum. Antigamente, a cor em um material era sinônimo de requinte ou, como classificado atualmente, algo premium. O design, então, era, basicamente, uma atividade baseada no preto-e-branco. Atualmente, porém, a cor faz parte do design e assume importante papel de representação no trabalho executado. A grande variedade dos tons permite a

transposição de diversas sensações e sentimentos (LUPTON; PHILLIPS, 2008). Uma única cor pode ter mais de um significado. Isso acontece pela diversidade cultural existente no planeta e é indispensável considerar essa questão no momento de dar cor ao trabalho (LUPTON; PHILLIPS, 2008).

As cores constituem estímulos psicológicos para sensibilidade humana, influindo no indivíduo, para gostar ou não de algo, para negar ou afirmar, para se abster ou agir. Muitas preferências sobre as cores se baseiam em associações ou experiências agradáveis tidas no passado e, portanto, tornase difícil mudar as preferências sobre as mesmas (FARINA, 1986).

Além disso, um mesmo tom pode ser percebido com variações. Lupton e Phillips (2008) afirmam que a percepção das cores depende, além do pigmento, das superfícies, intensidade e luz ambiente. Isso posto, é fácil compreender que um tom de rosa claro, por exemplo, aparenta ser mais claro em um fundo escuro e mais neutro em um fundo claro. Após Isaac Newton, em 1865, ter descoberto que o prisma, quando exposto à luz do sol, se divide, reluzindo 7 cores diferentes (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e violeta), foi criado um disco de

cores que servem como referência, até hoje, para artistas e designers se basearem. A partir disso, foram criados vários esquemas de cor, que auxiliam e facilitam o trabalho do designer, como mostra o Quadro 1. Todos os esquemas de cores criados a partir do prisma de Newton se encaixam tanto para o modo de cor aditiva (RGB) quanto para o modo subtrativo (CMYK). A seguir, vejamos como funciona o método aditivo de impressão, processo que será utilizado para materialização do projeto.

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QUADRO 1: ESQUEMA DAS CORES SEGUNDO O DISCO CROMÁTICO

FONTE: ADAPTADO DE FERNANDES (2003).

4.4.1 Síntese aditiva, o CMYK FIGURA 29: SÍNTESE ADITIVA DE CORES, CMYK

Como este trabalho tem como objetivo a criação de um material impresso, é importante entender como se dá o processo de impressão. Todo material impresso usa como modo de impressão a síntese aditiva (como é possível observar na figura 29), ou seja, a soma das cores primárias resultam em uma tonalidade bem escura, perdendo luz e ganhando pigmento. A sobreposição das cores Cyan, Magenta e Yellow (CMY) resulta em uma cor muito próxima do preto, mas para maior variedade de tons escuros, incluiuse o preto (K) (LUPTON; PHILLIPS, 2008).

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FONTE: ADAPTADO DE FERNANDES (2003)


4.5 Tipos e utilizações

A escrita é a contrapartida visual da fala. Marcas, símbolos, figuras e letras traçadas ou escritas sobre uma superfície ou substrato tornaram-se o complemento da palavra falada ou do pensamento mudo (MEGGS; PURVIS, 2009).

Além de todo apelo visual fornecido por imagens e cores, o projeto precisa ter personalidade e deixar o que tem que ser dito implícito em cada letra impressa. Portanto, este subcapítulo guia o projeto à melhor escolha tipográfica possível e ao seu melhor modo de utilização, oferecendo todo o suporte teórico para tal.

Desde a existência do homem, na pré-história, este já sentia a necessidade de comunicar através de palavras e de registrar a história. Há mais de 200 mil anos, através de pinturas rupestres, sinais e símbolos que, em sua evolução deram origem à escrita que conhecemos, o homem já registrava e escrevia a história nas paredes das cavernas (MEGGS; PURVIS, 2009), como pode ser visto na figura 30.

O desenvolvimento da escrita e da linguagem visual teve suas origens mais remotas em simples figuras, pois existe uma ligação estreita entre o desenho delas e o traçado da escrita. Ambos são formas naturais de comunicar ideias e os primeiros seres humanos utilizavam as figuras como um modo elementar de registrar e transmitir informações (MEGGS; PURVIS, 2009).

FIGURA 30: PINTURA FREMONT EM ROCHA DE OUTEIRO DE SAN RAPHAEL, UTAH, C. 2000-1000 AC.

FONTE: MEGGS; PURVIS (2009)

Com o passar dos anos, o ser humano foi aprimorando o modo de se comunicar com a escrita, até surgirem os alfabetos que, segundo Meggs e Purvis (2009) “são um conjunto de símbolos ou caracteres usados para representar os sons e elementos de uma língua faladas”, como exemplifica o Quadro 2. O atual alfabeto que utilizamos é latino, criado pelos romanos e descendente do alfabeto grego (que provém do alfabeto fenício). Essa evolução levou anos para se concretizar, mas depois de consolidado, o alfabeto se tornou um forte meio de comunicação, conhecido e utilizado pela maioria dos países (MEGGS; PURVIS, 2009).

Do ponto de vista do design gráfico, os gregos aplicaram a estrutura geométrica e a ordem aos irregulares caracteres fenícios, convertendo-os em formas artísticas de grande harmonia e beleza (MEGGS; PURVIS, 2009).

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QUADRO 2: DIAGRAMA DA EVOLUÇÃO DOS ALFABETOS OCIDENTAIS

madeira individuais e reutilizáveis, com a letra em alto-relevo em uma das faces, transferindo para o papel a informação. Segundo Meggs e Purvis (2009), a invenção da tipografia pode ser classificada ao lado da criação da escrita como um dos avanços mais importantes da civilização. FIGURA 31: ESTELA VOTIVA COM 4 FIGURAS, SÉC V A.C

FONTE: MEGGS; PURVIS (2009) FONTE: MEGGS; PURVIS (2009)

A figura 31 mostra a estrutura dos desenhos dos caracteres gregos. Assim que o alfabeto foi inserido na cultura popular, surgiram os estilos de representação desse mesmo alfabeto. A tipologia, que é o estudo da formação dos tipos (desenho do conjunto de caracteres - letras - conhecidos como família tipográfica), analisa todos os elementos de uma fonte (letra) para que haja coerência entre todas as letras desenhadas e o estilo artístico adotado (CANHA, 2007). A tipografia é o termo dado para a impressão dos tipos, antigamente feitos em pedaços de metal ou

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A tipografia, assim como a escrita, evoluiu com o passar dos anos. Em 1450, Johannes Gensfleish zum Gutenberg criou a primeira impressora tipográfica, equipamento que permitia a impressão de mais de um tipo por vez, possibilitando a impressão de livros. A partir disso, bastou o tempo para que evoluísse cada vez mais o processo de impressão do tipos (MEGGS; PURVIS, 2009). Atualmente, a nomenclatura tipografia é utilizada para expressar o uso de fontes em um trabalho gráfico ou editorial. Sendo assim, a seguir será possível entender a divisão dos grupos de fontes e os elementos característicos de cada estilo que as distinguem.


4.5.1 Classificação dos grupos tipográficos Existem muitos grupos tipográficos, que determinam o estilo da fonte. Essa classificação era dada pela analogia entre a história da arte e a herança de ofício do impressor.

Sendo assim, três grupos iniciais nasceram, que correspondem ao período renascentista, barroco e iluminista e são respectivamente as fontes humanistas, as transicionais e as modernas (LUPTON, 2006). As figuras 32, 33 e 34 exemplificam esses grupos de fontes.

FIGURA 32: SABON, TIPOGRAFIA HUMANISTA

FIGURA 33: BASKERVILLE, TIPOGRAFIA TRANSICIONAL

FIGURA 34: BODONI, TIPOGRAFIA MODERNA

FONTE: LUPTON (2006)

FONTE: LUPTON (2006)

FONTE: LUPTON (2006)

Para melhor organização dos grupos e uma identificação padrão das mesmas, Maximilian Vox distribuiu as famílias tipográficas em nove grupos que se subdividem. Esse sistema funcionou tão bem que foi adotado pela British Standard (BS 2961: 1967) e pela A Typ I (Association Typographique Interna-

tionale). Os nove grupos se dividem em inúmeros subgrupos que abrem cada vez mais o leque de possibilidades tipográficas para um único trabalho. No Quadro 3, podemos ver como as fontes estão divididas.

QUADRO 3: CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES

FONTE: ADAPTADO DE HTTP://CONVERGENCIAS.ESART.IPCB.PT/ARTIGO_IMPRIMIR/35

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4.5.2 Elementos do tipo Para qualquer fonte, existem os elementos que a caracterizam:

_ Quanto à estrutura, tamanho das letras: Linha ascendente, Linha média, Linha base e Linha descendente. Na figura 35, vemos como funciona esse grid.

FIGURA 35: ESTRUTA DAS LETRAS

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/F6FBJ

_ Quanto à anatomia das letras: Haste ou fuste, Arco, Barriga, Pança ou Bojo, Braço, Calda ou Perna, Enlace, Vértice, Diacrítico, Versal, Versalete, Olho ou Oco, Eixo, Abertura, Orelha, Serifa,

Ombro, Espora, União, Incisão, Espinha, Loop, Barra, Bico e Perna. Observa-se, na figura 36, a aplicação de alguns desses elementos.

FIGURA 36: ANATOMIA DA FONTE

FONTE: LUPTON (2006)

É o modo como cada elemento da letra é concebido, que distingue um grupo do outro. Para cada grupo, existe uma inspiração e estilo a ser

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retratado, o mesmo transparece em cada parte anatômica da letra.


4.5.3 Princípios gerais Além das definições sobre o que é uma fonte, quando ela surgiu e como ela se comporta, é importante saber utilizá-las, torná-las sempre o mais atrativas possível. Para isso, deve-se trabalhar o kerning, entrelinhamento, alinhamento, além da diagramação do conteúdo. Aqui será brevemente explicado o que são cada um desse importantes itens que, quando trabalhos em conjunto, geram um resultado mais adequado: _ Kerning é o espaço entre uma letra e outra. É o ajuste manual dos espaços entre as letras (LUPTON, 2006). _ Entrelinhamento é a distância entre uma linha e outra. Também conhecida como leading, é o ajusto manual da altura entre uma linha e outra (LUPTON, 2006). _ Alinhamento é o modo como o texto será alinhado. Existem quatro alinhamentos comuns: - Justificado, quando as palavras se distribuem de uma extremidade a outa da coluna de texto. - Alinhado à esquerda, no qual os textos tem início sempre na mesma posição alinhada à esquerda enquanto o fim (à direita) é suave e evita o espacejamento forçado entre as palavras, como pode acontecer no alinhamento justificado. - Alinhado à direita, em que os textos têm início sempre na mesma posição alinhada à direita enquanto o fim (à esquerda) é suave e

evita o espacejamento forçado entre as palavras, como pode acontecer no alinhamento justificado. - Centralizado, no qual o conjunto de palavras que formam a linha são centralizados e irregulares, seguindo um fluxo orgânico das palavras (LUPTON, 2006). Com essas diretrizes dadas, é possível prever em qual trabalho uma fonte é mais adequada. De modo geral, fontes serifadas ajudam na leitura de textos longos, pois as serifas confortam os olhos e orientam a leitura. Fontes não serifadas são adequadas para título ou textos curtos, que não exijam muito tempo dedicado à leitura, para que o leitor não sinta dificuldade para continuá-la. Fontes manuscritas são fontes poéticas e humanas, geralmente utilizadas em pontos estratégicos de um projeto para dar ênfase à frase ou ao trabalho. É válido saber que para toda regra existe uma exceção, desde que haja consciência e bom senso, para que a funcionalidade e objetivo final do trabalho não sejam prejudicados. 4.6 Impressão: para qual tipo de trabalho cada uma serve Este trabalho, pretende, ao fim, se concretizar em um material impresso e provido de acabamentos especiais. No entanto, bem antes do material final, o projeto deve passar por processos que vão desde a finalização correta do arquivo para o tipo de impressão desejada ao entendimento de todas as etapas que geram o produto final. Este subcapítulo auxiliará no entendimento do que é o processo de impressão e no que consistem os acabamentos, suas funções e aplicações.

Uma das mais apropriadas definições para o termo impressão continua sendo: A reprodução mecânica repetitiva de grafismos sobre suportes, por meio de fôrmas de impressão (BAER, 2005).

A partir da citação, é fácil entender como acontece a impressão em larga escala. A partir de uma arte pronta para ir para impressão, molda-se e preparese o original em uma fôrma que possibilite a replicação em alta tiragem, mantendo suas características

e propriedades técnicas e artísticas. Existem dois métodos de impressão: o processo de impressão direta, em que há o contato direto entre a chapa de impressão com o suporte onde será

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impresso; e o processo de impressão indireta, que consiste na existência de um elemento que transfere o conteúdo a ser impresso da fôrma impressora para o suporte que receberá a tinta (BAER, 2005).

FIGURA 37: ESQUEMA DE IMPRESSÃO RELEVOGRÁFICA

4.6.1 Pré-impressão Antes de qualquer arquivo digital ser transferido para um suporte físico por meio da impressão, ocorre o processo de preparação do mesmo para que a arte seja reproduzida fielmente como foi concebida digitalmente. Esse processo se chama pré-impressão e é uma etapa de grande importância e relevância, pois nela são realizados todos os procedimentos para se conseguir uma matriz de impressão regulada e capaz de replicar o arquivo da maneira desejada (BAER, 2005). Segundo o Novo Dicionário Aurélio, o processo de pré-impressão se define como qualquer uma das técnicas de reprodução de imagem e texto pelas quais se obtêm superfícies impressoras fotoquimicamente gravadas em relevo, a entalhe ou em plano, para tiragem por qualquer sistema de impressão (BAER, 2005).

FONTE: LUPTON; PHILLIPS (2008)

É comum nesse sistema de impressão, rodarem embalagens de papelão, sacos, rótulos e etiquetas. _ Impressão encavográfica, que são a Rotogravura e a Tampografia. Nesse sistema de impressão, utiliza-se a fôrma cavada, também conhecida como cilindro (Cf. exemplo na figura 38). FIGURA 38: ESQUEMA DE IMPRESSÃO ENCAVOGRÁFICA

De maneira simples, a pré-impressão regula os tons, define os traços, alinha as marcas de corte e registro de cores, ajusta os castelos de impressão e faz qualquer outro procedimento necessário em cada sistema de impressão. 4.6.2 Sistemas de impressões O tipo de fôrma em que o arquivo é preparado determina o processo de impressão. Diante disso, existem quatro principais e comuns modos de impressão que se aplicam a diferentes finalidades, são eles: _ Impressão relevográfica, nesse grupo entram a Tipografia, a Flexografia e o Letterset. Esses sistemas de impressão trabalham com fôrmas em alto relevo, conhecidas como clichê ou borracha. Veja exemplificadamente esse modo de impressão na figura 37.

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FONTE: LUPTON; PHILLIPS (2008)

É comum, nesse sistema de impressão, rodarem cartões de visita, notas fiscais e outros materiais padronizados. _ Impressão planográfica, nesse sistema fazem parte o modo de impressão Offset, a Colotipia e a Driografia, que acontecem com fôrma plana, comumente conhecida como chapa. (Cf. o funcionamento desse sistema na figura 39).


FIGURA 39: ESQUEMA DE IMPRESSÃO PLANOGRÁFICA

cesso demorado, possui fidelidade de reprodução e exatidão no momento da impressão. 4.7 Acabamentos: a finalização do trabalho

FONTE: LUPTON; PHILLIPS (2008)

É comum, nesse sistema de impressão, rodarem livros, cartazes e outros impressos em larga escala. _ Impressão permeográfica. Nesse sistema está a serigrafia, com sistema de impressão em fôrma permeável, conhecida como tela.(Cf. exemplo na figura 40). FIGURA 40: ESQUEMA DE IMPRESSÃO PERMEÁVEL

Para qualquer trabalho, o mínimo de capricho e cuidado é necessário. Em um cartaz ou em um livro é preciso dar um toque final, um acabamento que traga ao trabalho maior durabilidade e condição estética. É o acabamento que diferencia um material de outro, que torna o material final uma peça atrativa e bela. O acabamento também colabora para a identificação de um produto premium de outro atacadista ou simplesmente comercial. A quantidade de opções e tipos de acabamentos é grandiosa e sempre existe alguma que se encaixe ao tipo do trabalho e ao orçamento do projeto. Porém, a boa execução do acabamento depende muito da gráfica e do profissional que irá acompanhar o processo ou executá-lo manualmente. Pode-se comprar o melhor material que rodará na máquina mais moderna, mas se não houver alguém que saiba regulá-la ou como acabar o material, tudo será em vão. Sendo assim, é muito importante que o criativo, o produtor gráfico e os profissionais da gráfica estejam bem alinhados e conversados sobre como deve ser o resultado final de um trabalho. A seguir, serão citados alguns dos acabamentos mais comuns. A partir deles já é possível entender sua importância no sucesso e apreciação do trabalho:

FONTE: LUPTON; PHILLIPS (2008)

É comum, nesse sistema de impressão, serem impressas estampas de camisetas. É importante entender que, para cada sistema de impressão, há mais ou menos investimento financeiro e temporal, além da influência que cada um exerce no resultado final. Com foco no projeto deste trabalho, o processo de impressão pré-estabelecido é o Offset, processo planográfico, que ocorre por chapas de impressão e transfere a arte para um suporte, que, no nosso projeto, será o papel. Esperase que, com esse sistema, o resultado seja belo e com custo-benefício vantajoso, pois não é um pro-

_ Papéis. O papel tem grande importância na representação do tipo de material que está sendo feito. O tipo de papel utilizado torna perceptível a relevância do projeto. Para trabalhos com orçamento pequeno e pouco apelo gráfico, utiliza-se geralmente papéis simples, com baixa gramatura e sem revestimentos, que tornam o impresso simples e com menos visibilidade. Já para trabalhos nos quais o investimento financeiro é maior e o projeto pede acabamento mais refinado, é comum o uso de couchês revestidos, em gramaturas mais encorpadas, bem como variações entre gramaturas baixa e elevadas.

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Também pode-se optar pela utilização de papéis com texturas e funções diferenciadas (por exemplo o papel-manteiga apenas para embalar o projeto). Dois tipos de papéis bastante comuns no meio da produção gráfica são: - Papel Couchê: é um papel produzido a fim de tornar a superfície a ser impressa muito lisa e com boa aderência à tinta. É o papel mais adequado para impressões que pedem qualidade e exatidão na reprodução das retículas, traços e imagens, pois oferecem alto brilho, alta brancura e alta opacidade Os couchês mais comuns são: Couchê L-1 e L-2, Couchê fosco, Offset, Cartões, Reciclados, Collor plus, Duplex e Triplex. (SPOLTIGRAF, 2012). - Papel Offset: Tipo de papel com cobertura uniforme, com bastante cola e preparado para resistir à umidade dos trabalhos no sistema de impressão offset e litográfico. Geralmente usado em trabalho policromáticos, como miolo de livros e revistas (MARCHESONI, 2010). _ Gramatura. A gramatura de um papel é definida pelo peso de uma folha com tamanho de um metro. Sendo assim uma folha de 1x1m que pese 90 gramas é o couchê 90g e assim por diante. As gramaturas se diferenciam pela espessura do papel, que tornam o mesmo formato (1x1m) mais pesado que o outro, diferenciando assim os couchês (MARCHESONI, 2010). _ Laminação. A laminação é um acabamento que proporciona ao material, além de sofisticação e beleza, maior durabilidade e resistência, pois seu processo se baseia no revestimento do papel através da plastificação do mesmo, com o uso de calor, pressão e adesivos com solvente, à base de água ou sem solvente. O processo de laminação se divide em três principais tipos: laminação a frio, laminação aquecida e laminação a quente. Existem muitas opções de acabamentos de laminação. Dentre tantas, algumas mais comuns são: Laminações BOPP, Laminação BOPP Silk, Lami-

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nação BOPP Holográfica e Laminação BOPP SoftTouch (MATTA, 2010). _ Verniz. Assim como a laminação fosca, o verniz é um acabamento que serve tanto para proteger como para embelezar o trabalho, podendo ser aplicado depois de impresso (em partes do trabalho ou no trabalho todo) ou mesmo durante a impressão (verniz de máquina). Ele funciona como uma tinta transparente que dá brilho ou opacidade ao trabalho e pode ser usado em materiais com gramatura finas ou grossas, mas possui durabilidade menor que a da laminação. Os vernizes comumente utilizados são: Verniz reserva, Verniz UV Total ou Parcial, Verniz Brilho e Verniz Fosco. _ Corte e vinco. Existentes em todo material impresso, o corte e o vinco são os processos mais comuns entre os acabamentos, pois todo material que vai para a impressora precisa ser refilado e, às vezes, vincado. São processos simples, através dos quais, por meio de marcas de corte feitas durante a fechamento do arquivo, a máquina sabe exatamente onde cortar e também vincar (através de marcas de dobra, também incluídas no processo de finalização do arquivo). Para casos que pedem um recorte especial do papel, denomina-se a lâmina que cortará o material de faca: um molde feito com uma base em madeira e lâmina afiada no formato do corte (para que a faca funcione, também são necessárias marcas de registro e corte, justamente para se identificar o formato e o local onde a faca cortará). _ Encadernação. A encadernação consiste no agrupamento de várias páginas ou lâminas de papel, dando sentido literário contínuo e adequado ao projeto (BAER, 2005). Existem muitas formas de se encadernar um trabalho, porém, todas essas podem ser divididas em três principais grupos: livros emborrachados (permite a edição com baixo custo - esse tipo de encadernação geralmente é usado para livros de bolso), livros cartonados (indicada para grandes tiragens, nas quais a capa pode se constituir se-


paradamente e o miolo é encaixado depois com variadas técnicas – com ou sem costura, usando guardas e outros recusos) e os livros encadernados à mão (a encadernação de materiais com poucas unidades – a capa é feita com diversos materiais e é colada manualmente). Visto isso, compreende-se que o design editorial é tão importante quanto o próprio produto. Ele representa e transmite tudo o que o produto deseja ser. Assim, um design arrojado e inovador supõe que o produto seja como tal, pois está sendo divulgado desse modo. A mesma direção artística não fará sentido se o produto for conservador e tradicional. Nesse caso, seria interessante uma comunicação mais reservada e clássica. O design gráfico, assim como a moda, dita tendências e influencia diretamente no sucesso ou fracasso de venda e reconhecimento do produto trabalhado. No capítulo a seguir, será possível observar mais claramente o que foi discutido até o momento. Nele, serão analisados as artes já feitas para a marca Melissa e seus produtos, além da comunicação de seus similares, exemplificando claramente o peso que o design exerce sobre o produto.

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capítulo 5: análise de similares Este capítulo visa estabelecer a relação entre os elementos do design editorial abordados no capítulo anterior e os materiais impressos já desenvolvidos pela marca Melissa, analisando todos os itens presentes ou faltantes. Consequentemente, ao acompanhar os materiais que serão analisados, será possível perceber a evolução que sofreram, por questões temporais e estéticas, e que influenciam bastante no resultado final,

mas que mantém a essência da revista: ser nova, diferente e atual. O material reproduzido a seguir é um catálogo da Coleção Melissa Plasticododelic, produzido em 2003. Mesmo sendo um material relativamente simples, é perceptivel a presença do grid, acabamentos especiais e forte utilização das cores. Observando o Quadro 4 e as figuras 41, 42, 43, 44, 45, 46 e 47, é possível perceber:

QUADRO 4: ANÁLISE CATÁLOGO MELISSA PLASTICODELIC

GRID

Coluna Retangular. Nas aberturas dos modelos há o grid retangular, já na apresentação dos modelos, o grid de colunas.

IMAGEM

Bitmap e vetorial. O trabalho utilizou intensamente as imagens bitmap com foco único: evidenciar o produto e divulgar a coleção. As imagens vetoriais complementam a arte de acordo com o conceito cirativo da campanha.

COR

CMYK e Pantone. Para a capa do catálogo foi utilizado o Pantone metálico prata. E para o miolo do trabalho todas as tonalidades do disco cromático foram utilzadas, bem como suas variações de intensidade.

TIPO

Incisa e Script. O trabalho utiliza na marca da campanha o estilo script e todo o conteúdo interno do catálogo é elaborado com uma fonte incisa (moderna), com formas suaves e dinamicidade.

IMPRESSÃO

Planográfica e relevográfica. O miolo do catálogo é impresso em uma impressora planográfica e a capa em uma impressora relevográfica.

ACABAMENTO

Encarte. Faca. Vinco. Encadernação. Hot stamp. O trabalho é encadernado com costura visível em fio de nylon ou silicone mais rígido. A capa e contra-capa contam com impressão em relevo, hot stamp e Pantone prateados. O miolo do trabalho conta com faca especial para encartar peças plásticas com formatos diferenciados, sendo que algumas são pregadas com ilhós.

PAPEL

Couché Brilho e Triplex. O miolo do trabalho é feito em couché brilho 250g/m2 (aproximadamente) e a capa e contra capa em triplex. FONTE: DO AUTOR

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FIGURA 41: GRID DO CATÁLOGO

FIGURA 42: IMAGENS BITMAP E VETORIAL DO CATÁLOGO

FONTE: MELISSA (2003)

FONTE: MELISSA (2003)


FIGURA 43: SISTEMA DE COR DO CATÁLOGO

FIGURA 44: TIPOGRAFIAS PRESENTE NO CATÁLOGO

FONTE: MELISSA (2003)

FONTE: MELISSA (2003)

FIGURA 45: IMPRESSÕES DO CATÁLOGO

FIGURA 46: ACABAMENTOS DO CATÁLOGO

FONTE: MELISSA (2003)

FONTE: MELISSA (2003)

FIGURA 47: PAPÉIS UTILIZADOS NO CATÁLOGO

seja colocado no local errado. A próxima análise será da Revista Plastic Dreams, edição de verão 2012, com a divulgação da coleção Melissa Power of Love. Avançando para 2012, o material se desenvolveu, tornou-se uma revista editorial que continuou investindo no formato diferenciado, em acabamentos variados e outros elementos presentes no design editorial.

FONTE: MELISSA (2003)

Esse catálogo, mesmo que feito há 9 anos, já mostra a personalidade da marca: impactante, geradora de interesse e de curiosidade. É um trabalho complexo, com presença de muitas etapas que envolvem muita atenção do criativo e da equipe de impressão para que nada saia do lugar ou

Esse desenvolvimento pode ser observado no Quadro 5 e nas figuras 48, 49, 50, 51, 52, 53 e 54. Percebe-se que nessa edição da revista é nítida a melhor exploração dos principais elementos do design gráfico editorial, como o grid. Nela foram utilizados vários estilos de grid, o que geralmente não causa unidade ao trabalho, mas da maneira como foi utilizado, com apoio das tipografias, das cores e imagens inseridas de maneira repetitiva, essa unidade aconteceu de forma dinâmica e diferenciada.

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QUADRO 5: ANÁLISE REVISTA PLASTIC DREAMS, VERÃO 2012

GRID

Colunar. Grid composto por colunas com módulos integrados com colagens. Composição arquitetônica espontânea. A revista se dinamiza com a utilização 3 três grids distintos, mas que geram personalidade.

IMAGEM

Bitmap e vetorial. A revista trabalha de forma equilibrada com fotografia e vetor, um complementando o outro, trazendo diversão e mantendo a atenção ao material.

COR

CMYK e Pantone. A revista é toda elaborada no esquema de cores terciárias, sendo impressa no sistema de cor CMYK, com exceção do nome da revista, que é impresso em um Pantone Coated.

TIPO

Linear. Garalde. Manual. O trabalho é elaborado com fonte manual (decorativa) no nome da revista e com as demais fontes, linear (sem serifa) e garalde (com serifa) no miolo da revista.

IMPRESSÃO ACABAMENTO

PAPEL

Planográfica. O trabalho é impresso em impressão planográfica, no processo offset. Corte. Vinco. Encadernação. Lombada. Verniz com brilho. Verniz gloss. A revista não possui faca especial, apenas refile e vinco e encadernação com cola e lombada quadrada. Na capa e contra capa, é revestida com verniz gloss (ultra brilhante) e, ainda na capa, mais especificamente no nome da revista, há verniz com brilho localizado. Couché Brilho. O miolo do trabalho é feito em couché brilho 50g/m2 (aproximadamente) e a capa também em couché brilho 230g/m2 (aproximadamente). FONTE: DO AUTOR

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FIGURA 48: GRIDS UTILIZADOS NA REVISTA

FIGURA 49: IMAGENS UTILIZADAS NA REVISTA

FONTE: MELISSA (2012)

FONTE: MELISSA (2012)

FIGURA 50: CORES UTILIZADAS NA REVISTA

FIGURA 51: TIPOGRAFIAS UTILIZADAS NA REVISTA

FONTE: MELISSA (2012)

FONTE: MELISSA (2012)


FIGURA 52: IMPRESSÃO UTILIZADA NA REVISTA

FIGURA 53: ACABAMENTOS UTILIZADOS NA REVISTA

FONTE: MELISSA (2012)

FONTE: MELISSA (2012)

FIGURA 54: PAPÉIS UTILIZADOS NA REVISTA

Para a última peça das três que serão analisadas, a escolhida foi a nova edição da revista Plastic Dreams. Na edição de verão 2013, a revista veio reestruturada no formato e conteúdo, não nos acabamentos. No intervalo de um semestre, a revista se transformou em um material totalmente diferente do anterior, mas sem perder a identidade, como se pode observar no Quadro 6 e nas figuras 55, 56, 57, 58, 59, 60 e 61.

FONTE: MELISSA (2012)

QUADRO 6: ANÁLISE REVISTA PLASTIC DREAMS, VERÃO 2013

GRID IMAGEM

Coluna. Retangular. A revista está estrutuda em dois evidentes grids: o de coluna para textos corridos e o retangular para aplicação de imagens maiores com pouco texto. Bitmap e vetorial. Na edição analisada, a presença da fotografia é intensa. Os desenhos existem com pouca frenquência, apenas para ilustrar assuntos distintos.

COR

CMYK. A revista foi concebida utilizando todas as cores e variações entre claro e escuro do disco cromático e foi impressa no modo CMYK.

TIPO

Linear. Essa edição da revista reduziu as opções de fonte a apenas uma, com variações. Pertencente ao grupo das lineares, a fonte é sem serifa e moderna nos traços de suas variações.

IMPRESSÃO ACABAMENTO

PAPEL

Planográfica. No processo offset. A revista foi impressa na impressora planográfica. Corte. Vinco. Encadernação. Lombada. Hot stamp. Verniz gloss. Com formato simples, a revista passou por refile, vinco e encadernação à cola, com lombada quadrada. Na capa e contra capa, o papel é revestido com verniz gloss e a marca da revista é impressa em hot stamp roxo. 2 Couché Brilho. O miolo do trabalho é feito em couchê brilho 50g/m (aproximadamente) e a 2 capa também em couchê brilho 230g/m (aproximadamente). FONTE: DO AUTOR

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FIGURA 55: GRID UTILIZADO NA EDIÇÃO 2013

FIGURA 56: IMAGENS UTILIZADAS NA EDIÇÃO 2013

FONTE: MELISSA (2012)

FONTE: MELISSA (2012)

FIGURA 57: CORES UTILIZADAS NA EDIÇÃO 2013

FIGURA 58: TIPOGRAFIAS UTILIZADAS NA EDIÇÃO 2013

FONTE: MELISSA (2012)

FONTE: MELISSA (2012)

FIGURA 59: IMPRESSÃO UTILIZADA NA EDIÇÃO 2013

FIGURA 60: ACABAMENTO UTILIZADOS NA EDIÇÃO 2013

FONTE: MELISSA (2012)

FONTE: MELISSA (2012)


FIGURA 61: PAPÉIS UTILIZADOS NA EDIÇÃO 2013

ber a variedade de estilos, soluções e composições que os concorrentes encontram para diagramar a informação e torná-la interessante e dinâmica, instruindo a leitura e apreciação do material. Serão estudados também o material produzido, tipo de papel, acabamento, impressão etc. A primeira revista a ser analisada é a Vogue e, em seguida, a Carmen Steffens. 5.1.1 Vogue Brasil FONTE: MELISSA (2012)

Após todas as análises feitas, apenas confirmou-se o que foi dito anteriormente. A Melissa, com o passar do tempo, não desenvolveu apenas seus calçados, mas também se preocupou em desenvolver sua comunicação com o consumidor, item essencial para fidelizar clientes, levando em consideração o público alvo da marca. Desse modo, os materiais impressos, como foi possível observar, estão sempre alinhados com os estilos editoriais presentes no determinado momento em que são lançados, mas as características de personalidade da marca estão atemporalmente presentes em todos os materiais, sem exceção. Assim, a marca se fortalece, cria unidade e ganha cada vez mais mercado e reconhecimento. 5.1 Análise dos concorrentes Aqui, serão analisadas, de maneira aprofundada, revistas de concorrentes da Plastic Dreams, que trabalham com o mesmo público-alvo e falam sobre assuntos parecidos. O foco dessa análise é perce-

A revista Vogue é bem dinâmica e atrativa. Trabalha bem com os espaços e usa a variedade das tipografias a favor da estética, além de transmitir o conteúdo. Possui editoriais ricos em imagens e usa a ilustração como complemento. Seu grid é instável: ao mesmo tempo que possui uma regra, muda de acordo com a ocasião, brincando com a assimetria e posicionamento, porém é possível observar que, mesmo com várias colunagens, existe um padrão presente na soma das páginas, em que a aparente desordem se mostra planejada. A qualidade da impressão, gramatura das páginas, acabamentos e revestimentos presentes nas páginas são muito boas, alcançando a alta definição na impressão, vivacidade das cores e volume no material. Ainda sobre a impressão, a paleta de cores utilizada no miolo da revista é neutro: cores frias e com preenchimentos finos, fazendo a combinação hamoniosa entre imagem e texto. Nas figuras 62, 63, 64, 65, 66 e 67 é possível observar as características já ressaltadas, de maneira mais objetiva e detalhada.

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FIGURA 62: ANÁLISE VOGUE, TIPOGRAFIAS

Utilização de poucas famílias tipográficas e exploração de seus pesos, tamanhos e cores.

TIPOGRAFIAS

Os tipos variam entre derifada e sem serifa.

Por toda a revista é possível notar o padrão tipográfico adotado, o que favorece o entendimento do que é parte da revista, do que é propaganda. Essa escolha também se torna interessante por definir uma identidade mais forte.

Bastante utilização de capitulares grandes, chamando ao texto.

FONTE: DO AUTOR

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FIGURA 63: ANÁLISE VOGUE, GRIDS

GRIDS Grid colunar com alinhamento do conteúdo diversidicado.

Alteração do número de colunas para encaixe do conteúdo.

Folheando as páginas da revista é possível notar a presença de um grid colunar, mas nota-se também que o mesmo não é rigidamente seguido, mudando sua estrutura de forma a adaptar melhor o conteúdo, tornando a revista mais dinâmica.

Mudança do grid colunar para o grid hierarquico.

FONTE: DO AUTOR

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FIGURA 64: ANÁLISE VOGUE, FOTOGRAFIA

FOTOGRAFIAS

Uso diferenciado de proporções, gerando hierarquia entre as imagens e definindo o caminho da leitura.

Uso de recorte e sobreposições de imagens para dar dinamismo ao layout.

A Vogue se apoia muito nas imagens para ilustrar o que está querendo dizer. Um recurso necessário para os assuntos que trata nas edições.

FONTE: DO AUTOR

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FIGURA 65: ANÁLISE VOGUE, ILUSTRAÇÕES

ILUSTRAÇÕES Interagindo com o texto da chamada, a ilustração renova o layout e o torna mais interessante.

A imagem da modelo é substituída pelo desenho e ainda assim não perde a credibilidade do que estava sendo retratado.

As ilustrações ajudam a dar leveza ou peso no layout, complementam o conteúdo e fantasiam a realidade. A revista usa a ilustração para conversar com o conteúdo e substituir as imagens, diversificando algumas páginas.

FONTE: DO AUTOR

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FIGURA 66: ANÁLISE VOGUE, PAPÉIS

PAPÉIS

A gramatura das páginas internas varia entre o couchê 115g ao 150g nas páginas internas da revista, com verniz de máquina em todas elas.

A gramatura da capa é um pouco mais pesada, entre 170g a 230g.

A gramatura e revestimentos dos papéis são detalhes que fazem diferença na conceituação e valorização de um material impresso. Um papel melhor acabado e mais espesso tem mais visibilidade e preferência logo no primeiro olhar. A Vogue soube escolher bem as gramaturas.

FONTE: DO AUTOR

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FIGURA 67: ANÁLISE VOGUE, CAPA

Presença de verniz Gloss, o que deixa o papel muito mais brilhante e protegido.

A lombada quadrada permite melhor encaixe em prateleiras e é mais elegante.

Cor especial nos títulos, Pantone.

CAPA A impressão em 6 cores traz mais vivacidade e realismo às cores.

A capa é a primeira impressão de qualquer revista. Uma capa bem elaborada, com acabamentos e, claro, bom conteúdo, sempre será chamativa e atrativa. Isso é nítido nas capas da revista.

FONTE: DO AUTOR

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5.1.2 Carmen Steffens A revista também é de ótima qualidade na impressão, acabamentos e espessura das páginas. Possui diagramação mais organizada, mas com a assimetria presente nos editoriais de moda. O uso de tipografias é variado, em média seis tipografias compõem

o projeto gráfico da revista e as cores presentes nas áreas de informação da revista são neutras e clássicas. Trabalha fortemente com imagens e o uso da ilustração é mínimo, quase imperceptível. As figuras 68, 69, 70, 71 e 72 explicam melhor as características mencionadas.

FIGURA 68: ANÁLISE CARMEN STEFFENS: PAPÉIS

Páginas internas variam entre couchê 90g ou 115g.

A capa já se enquadra entre os couchês 150g ou 170g.

PAPÉIS

A gramatura das páginas e da capa diz muito sobre o cuidado que a revista possui, o capricho aplicado nela resulta na admiração e reconhecimento dos consumidores. A Carmen Steffens investiu na gramatura e, mesmo sendo uma revista de poucas páginas, é atrativa.

FONTE: DO AUTOR

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FIGURA 69: ANÁLISE CARMEN STEFFENS: TIPOGRAFIAS

TIPOGRAFIAS Tipo rounded sem serifa

Tipo sem serifa

Tipo semi serifado

Tipo caligráfico

A Carmen Steffens utiliza tipografias diferenciadas nos títulos, o que gera dinamismo e descontração.

Tipo serifado

FONTE: DO AUTOR

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FIGURA 70: ANÁLISE CARMEN STEFFENS: GRIDS

GRIDS

Grid colunar irregular.

Grid colunar

Grid colunar e modular.

A revista tem um grid bem definido em colunas ou módulos, com exceção para algumas páginas com uso do grid colunar irregular.

FONTE: DO AUTOR

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FIGURA 71: ANĂ LISE CARMEN STEFFENS: FOTOGRAFIAS

FOTOGRAFIAS

Os tamanhos diferenciados de uma imagem e outra geram a hierarquia visual e direcionam a leitura.

Imagens ilustrativas

A Carmen Steffens trabalhou somente com imagens para completar e exemplificar o conteĂşdo da revista. Utilizou imagens conceituais e editoriais e gerou dinamismo na revista.

Imagens conceituais

FONTE: DO AUTOR

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FIGURA 72: ANÁLISE CARMEN STEFFENS: CAPA

CAPA

Utilização de cor especial no nome da revista. Pantone dourado.

Laminação verniz Gloss, o que permite mais brilho e proteção.

Lombada quadrada. Capas são responsáveis por atrair o leitor a mostrar que o conteúdo interior é tão interessante quanto ela.

FONTE: DO AUTOR

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Com as análises feitas, é certo afirmar que as revistas seguem as tendências do momento, respeitam os princípios do design editorial e ousam onde julgam possível. Os resultados são bons e atrativos. Assim, o único ponto que deve ser levado em consideração é qual sensação o novo projeto gráfico da Plastic Dreams quer gerar nos leitores e, a partir disso, executar a revista. Ainda sobre as revistas analisadas anteriormente, serão listados agora os principais pontos que serão levados em consideração para a execução do novo projeto gráfico da Plastic Dreams: _ Prós e contras da Vogue Brasil: - É uma revista que investe nos acabamentos e impressão de seus exemplares, trazendo diferenciação em relação aos concorrentes; - Trabalha com imagens em alta resolução; - O trabalho tipográfico é muito bem pensado e usado a favor da revista e do conteúdo do trabalho. Transforma a informação em algo belo e intessante; - A diagramação é interessante, porém, em algumas ocasiões, é confusa, com excesso de elementos e imagens, trazendo um certo incômodo visual;

- Como é uma revista muito bem conceituada no ramo de atividade, muitas empresa anunciam nela, fazendo uma boa porcentagem da revista ser apenas de publicidade e não conteúdo informativo. _ Prós e contras da Carmen Steffens: - Investe em impressão e acabamentos dos seus materiais; - Usa imagens em alta resolução, trazendo qualidade ao trabalho; - Foca os assuntos na área em que atua: calçados e acessórios. - Possui diagramação e editoriais mais limpos e leves, trazendo conforto e orientação ao leitor; - Trabalha com muitas tipografias diferentes em um único projeto, dificultando a formação da unidade visual. No próximo capítulo, trazemos o memorial descritivo, material que reúne todas as características e informações necessárias para entender com quem a revista Plastic Dreams conversa e de que modo o público gosta de ser atingido. Assim, o novo projeto será, de fato, novo e se manterá alinhado ou até mais próximo do que as consumidoras gostariam de sentir.

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capítulo 6: memorial descritivo 6.1 Introdução Segundo Löbach (2007), o design se baseia em entender o problema e solucioná-lo de maneira criativa e funcional. Para isso acontecer, é preciso conhecer e entender o que será trabalhado. Todas as informações de conhecimento técnico e sobre o produto já foram reunidas, estudadas e repensadas. Parte-se, agora, para a busca da solução criativa do problema. Isso posto, fica definido que o problema encontrado é a repaginação da revista Plastic Dreams, de uma maneira que ela movimente a mídia e seja foco mais uma vez. Tendo o conhecimento do problema e de quais informações preenchem as lacunas faltantes para sua solução, informações mais específicas foram coletadas a respeito da revista: _ Público-alvo: Mulheres com idade entre 14 e 25 anos, economicamente ativas, ligadas à moda e admiradoras da marca. _ Análise da necessidade: Melhorar a apresentação do contéudo da revista, avaliando tipografias, cores, grids, formato, paginação e acabamentos, gerando mais conforto e prazer para a leitora. Isso fará com que a leitora se inspire na atitude da revista, em alguns comportamentos e opiniões. Sua presença será fisica e digital, estando sempre acessível quando necessário. _ Análise da relação social: Classes A, B e C, que são consumidoras ligadas às tendências e utilizam a revista como um catálogo de consulta para

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comportamento, vestimenta e calçados (sendo sempre influenciadas a utilizar e dar preferência aos calçados Melissa). _ Análise das funções: A revista será meio de entretenimento, informação e orientação. _ Análise do ciclo de vida: Uma nova edição é lançada a cada coleção nova. _ Análise estrutural: A atual revista mede 215x285 milímetros, possui 119 páginas e tem seu conteúdo distribuído em assuntos sobre moda, design, ensaios e divulgação da nova coleção de sapatos da marca Melissa, cultura, maquiagem e outros assuntos que dizem respeito ao mundo da marca Melissa, criadora da revista. É composta por imagens, ilustrações e conteúdo textual. Dentro dos processos definidos por Löbach (2007), a primeira etapa já foi realizada: a fase de preparação. Agora, o projeto segue para a geração de ideias para solucionar o problema dado e, na sequência, avaliar a melhor opção e realizá-la. 6.2 Conceito Para a geração das alternativas de soluções é preciso ter definidas as principais diretirizes e conceitos que serão os motes criativos para o desenvimento da melhor opção. Com base em todas as informações coletadas e estudadas, foi desenvolvido um painel semântico (Cf. figura 73) que representa todas as características que precisam estar no novo layout da revista de maneira evidente ou subjetiva.


FIGURA 73: PAINEL SEMÂNTICO

FONTE: DO AUTOR.

6.3 Desenvolvimento Com os conceitos retratados e definidos, seguiu-se para a elaboração das alternativas para solução do problema. A princípio, elas foram feitas em forma de esboços simples (Cf. figuras 74 a 79), mas com o aprimoramento e evolução das ideias, as opções alternativas se tornaram mais concretas e compreensíveis. Independente da opção escolhida, definiu-se que os softwares escolhidos para elaboração do layout seriam os programas da Suite Adobe: Photoshop, Illustrator e InDesign, que são programas de alta performance e sincronismo um com o outro, agilizando o trabalho e reduzindo o risco de erros.

Para o grid sugerido na figura 74, a ideia foi dividir o conteúdo da capa em três espaços, sendo o espaço de número 1 direcionado para o nome da revista e os espaços de números 2 e 3 para distribuição das notícias internas da revista. A ausência de colunas demarcadas é para proporcionzar uma diagramação mais orgânica, que se encaixe nos vazios da imagem da capa. Já para a opção de capa sugerida na figura 75, os espaços são distribuídos na vertical. O espaço de número 1 é reservado para aplicação da marca da revista e as demais colunas de números 2, 3 e 4 possuem os espaços reservados para diagramação das notícias internas.

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FIGURA 74: ESBOÇO CAPA 1

FIGURA 75: ESBOÇO CAPA 2

FONTE: DO AUTOR.

FONTE: DO AUTOR.

As figuras 76 e 77 sugerem as opções de diagramação do conteúdo interno da revista. Na figura 76, o grid é colunar. Nele, toda a informação seria diagramada verticalmente, interagindo foto e imagem de

uma maneira mais regular. Já na figura 77, o grid sugerido foi o modular, que permite uma diagramação mais dinâmica, por proporcionar encaixes diferenciados entre imagem e texto.

FIGURA 76: ESBOÇO INTERNO 1

FIGURA 77: ESBOÇO INTERNO 2

FONTE: DO AUTOR.

FONTE: DO AUTOR.

As figuras 78 e 79 sugerem o modo como as imagens conceituais da campanha da marca Melissa se comportariam. Na figura 78, a imagem se estende

para as duas páginas da revista e, na figura 79, duas imagens dividem o espaço de duas páginas.

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FIGURA 78: ESBOÇO IMAGENS 1

FIGURA 79: ESBOÇO IMAGENS 2

FONTE: DO AUTOR.

FONTE: DO AUTOR.

Todos os grids que foram expostos sugerem as opções pensadas inicialmente para estruturar a diagramação do novo projeto da revista. Eles variam de grids colunares a modulares e o grande diferencial é que em uma opção todas as páginas respeitam uma margem branca (área de respiro) e no outro essa margem não existe. Os grids modulares e de colunas sugerem a diagramação dos textos corridos e suas imagens. Já os grids com dois ou um único módulo sugerem a diagramação das imagens conceituais ou que divulgam a nova coleção da marca Melissa. Para a capa, foram pensadas duas formas de diagramação também: uma com grid hierárquico destacando o nome da revista, e outro colunar, também reservando um espaço de destaque para o nome da revista e sugerindo uma diagramação diferente para a Plastic Dreams. Após isso, partiu-se para a decisão do grid final da revista e a escolha das fontes que compuseram artística e tecnicamente o projeto.

6.3.1 Tipografias Para a concepção de todo projeto gráfico em questão, foram escolhidas duas principais fontes de apoio: uma para auxiliar a diagramação de textos corridos e com fluxo intenso de informação e outra tipografia para momentos mais artísticos (geralmente em títulos ou artes que sejam mais conceituais). O critério para escolha das tipografias foi trazer mais força visual, com a beleza e design bem estruturados, e despertar sensações e percepções nos leitores, fazendo com que em determinados momentos fosse possível entender a diferença entre um momento informacional e o momento de apreciação da arte. Para que isso acontecesse, os textos corridos foram diagramados em Foral Pro (Cf. figura 80), e os textos artísticos, como títulos ou peças conceitos, foram escritos com a Memoriam Pro (Cf. figura 81).

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FIGURA 80: FORAL PRO

FONTE: DO AUTOR.

FIGURA 81: MEMORIAM PRO

FONTE: DO AUTOR.

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FIGURA 83: 1º ESTUDO DE CAPA

6.3.2 O projeto gráfico Para a concepção da revista foram criadas várias alternativas de grids e diagramação em forma de rafs5 manuais. A partir deles, foi selecionada uma opção que foi desenvolvida na plataforma gráfica. Isso aconteceu para todas as páginas da revista. Agora, para que seja possível acompanhar a evolução do projeto e suas definições, será mostrado o processo criativo para elaboração da capa e contracapa da revista, do índice e também de uma página interna da revista com bastante conteúdo informativo. Isso traz a dimensão de como o projeto foi desenvido e pode ser comprovado com a visualização completa da revista no apêndice deste trabalho. 6.3.2.1 Capa Como já dito, todo o desenvolvimento do projeto se baseou na rediagramação de uma edição já veiculada da revista Plastic Dreams, no caso, a edição selecionada foi a Verão 2013 - Rainbow. Sendo assim, a figura 82 mostra a versão original da capa dessa edição e as figuras 83, 84, 85 e 86 mostram os estudos feitos em forma de rafs para avaliação das alternativas e escolha da melhor opção para rediagramação da capa.

FONTE: DO AUTOR.

FIGURA 84: 2º ESTUDO DE CAPA

FIGURA 82: CAPA ORIGINAL

FONTE: DO AUTOR.

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/F6TZO

Rafs: Rascunhos inicias feitos a mão, também conhecidos com esboços.

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FIGURA 85: 3º ESTUDO DE CAPA

Entre as 4 opções de capa rafiadas, foi selecionada para diagramação digital a opção de número 4, por ser concebida em grid hierárquico (Cf. figura 87), e permitir uma diagramação mais divertida da informação. FIGURA 87: GRID CAPA

FONTE: DO AUTOR.

FIGURA 86: 4º ESTUDO DE CAPA

FONTE: DO AUTOR.

A nova capa foi concebida a partir de todos os estudos feitos (Cf. figura 88). A nova capa possui diagramação mais solta entre as 3 colunas do grid e interage com a imagem de fundo. A imagem de fundo também foi alterada, ampliada, preenchendo mais espaço no layout e chamando mais atenção. Por fim, o nome da revista foi diagramado interagindo com a imagem de fundo, ora estando em primeiro plano, ora em segundo plano. Nessa solução, o hot stamp presente no nome da revista desaparece, dando espaço para a cor branca. As alterações sugeridas podem ser observadas na figura 89.

FONTE: DO AUTOR.

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FIGURA 88: NOVA CAPA

FONTE: DO AUTOR.

FIGURA 89: COMPARAÇÃO DAS CAPAS

FONTE: DO AUTOR

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FIGURA 92: 2º ESTUDO DE CONTRA-CAPA

6.3.2.2 Contra-capa A contra-capa seguiu com a mesma ideia de se apoiar na versão existente para melhorá-la e propôs uma comunicação mais interessante. A figura 90 mostra a versão original da contra-capa e as figuras 91 e 92 mostram os estudos feitos para a nova versão. FIGURA 90: CONTRA-CAPA ORIGINAL

FONTE: DO AUTOR.

Das duas opções rafiadas logo acima, surgiu a ideia da terceira opção, que não foi rafiada, mas foi executa e seguiu as diretrizes das opções 1 e 2, conforme se pode ver no grid da contra-capa, na figura 93. FONTE: HTTP://MIGRE.ME/F6TZO

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FIGURA 91: 1º ESTUDO DE CONTRA-CAPA

FIGURA 93: GRID CONTRA-CAPA

FONTE: DO AUTOR.

FONTE: DO AUTOR.


A opção para contra-capa elaborada inclui uma informação inexistente na versão original: a marca Melissa (Cf. na figura 94). Como a Melissa é a responsável pela revista Plastic Dreams e a imagem que estava ocupando a página era de uma campa-

nha da Melissa, é interessante ressaltar e valorizar a marca. Isso gera impacto e ainda mais visibilidade para os calçados e força para a revista. A diferença entre as contra-capas pode ser observada na figura 95.

FIGURA 94: NOVA CONTRA-CAPA

FONTE: DO AUTOR.

FIGURA 95: COMPARAÇÃO DAS CONTRA-CAPAS

FONTE: DO AUTOR

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6.3.2.3 Índice O índice da revista original é dinâmico e interessante, porém, em alguns momentos, algumas informações ficam um pouco confusas, nada que olhar novamente o índice não resolvesse, mas foi pos-

sível pensar em uma solução ainda mais dinâmica, atrativa visualmente e mais organizada. A figura 96 lembra como é o índice atual. Já as figuras 97 e 98 mostram os estudos feitos para se chegar à melhor alternativa, que solucionou o índice dessa versão da revista.

FIGURA 96: ÍNDICE ORIGINAL

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/F6VWD

FIGURA 97: 1º ESTUDO DE ÍNDICE

FIGURA 98: 2º ESTUDO DE ÍNDICE

FONTE: DO AUTOR.

FONTE: DO AUTOR.

Dos três rafs desenhados como alternativas para a solução, optou-se por executar a 2ª opção, que segue um grid modular e “brinca” com as informações, encaixando-as umas às outras e, consequentemen-

te, tornando-as organizadas e interessantes ao olhar. Pode-se observar, na figura 99, o grid para diagramação do índice.

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FIGURA 99: GRID ÍNDICE

FONTE: DO AUTOR.

Novamente, o grid modular proporciona ao layout dinamicidade, o que tornou o novo índice mais atrativo, alegre e chamativo. Na figura 100, pode-se observar como o layout se comportou com as imagens e cores. As principais diferenças são o uso intenso

das cores e a maior exploração das imagens e fontes, tudo colocado de forma harmônica na página, estruturado para guiar o olho e gerar apreciação e interesse na leitura do conteúdo anunciado (Cf. as mudanças na figura 101).

FIGURA 100: NOVO ÍNDICE

FONTE: DO AUTOR.

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FIGURA 101: COMPARAÇÃO DOS ÍNDICES

FONTE: DO AUTOR

6.3.2.4 Cabeçalho e rodapé Assim como toda a revista foi redesenhada, o cabeçalho e rodapé, que fornecem as informações de página e assunto, também foram alterados. A

versão original da revista possui apenas cabeçalho e segue a ordem de informação: nome da revista, numeração, nome da coleção vigente e numeração novamente. É um cabeçalho clean e discreto (Cf. figura 102).

FIGURA 102: NOVO ÍNDICE

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/F6VWD

Para o novo design dessas informações da revista, foi feito um estudo que utilizou a parte superior e inferior da revista para distribuição das informações (Cf. figuras 103 e 104). O uso das duas extremidades é intencional para incluir o logo estilizado da

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marca Melissa, que é a responsável pela revista. Isso traz lembrança à marca. Pode-se observar, na figura 105, como ficou o grid das páginas internas com o novo cabeçalho e rodapé e, na figura 106, como eles foram concebidos.


FIGURA 103: 1º ESTUDO DE CABEÇALHO E RODAPÉ

FIGURA 104: 2º ESTUDO DE CABEÇALHO E RODAPÉ

FIGURA 105: GRID CABEÇALHO E RODAPÉ

FONTE: DO AUTOR.

FONTE: DO AUTOR.

FONTE: DO AUTOR.

O resultado final também é uma composição leve, que transmite a informação com a neutralidade necessária, contendo os seguintes elementos: cantos superiores com numeração e cantos inferiores nome

da revista e marca Melissa. Na figura 107, podese observar como ficou o novo cabeçalho e rodapé comparado ao rodapé atual.

FIGURA 106: NOVO CABEÇALHO E RODAPÉ

FONTE: DO AUTOR.

FIGURA 107: COMPARAÇÃO DOS CABEÇALHOS

FONTE: DO AUTOR

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6.3.2.5 Matérias internas Para exemplicar como foram rediagramadas todas as matérias da revista, será mostrado o processo de desenvolvimento, avaliação e realização de uma matéria, sendo que o grid desenvolvido para essa matéria servirá de base para todas as demais. Desse modo, é possível entender como a revista se desenvolveu. Lembrando que, ao fim deste trabalho, é possível encontrar, como apêndice, a versão original e o novo projeto finalizado da revista. A versão original da revista possui um grid colunar bem verticalizado para a diagramação das matérias internas (Cf. figura 108). Isso fica bem evidente

ao folhear toda a revista, as variações são poucas, mas quando existem são perceptíveis e quebram a monotonia do layout. Outro aspecto bastante forte e presente é o uso intenso de linhas e triângulos espalhados por todas as páginas. Para o novo projeto, imaginou-se algo mais dinâmico, que permitisse mais variações de diagramação e movimento à revista, tornando-a mais interessante e alegre. Sobre o apelo de design existente na versão original, buscou-se algo mais orgânico ou mesmo a ausência desse apelo, não estando presente em todas as páginas. Nas figuras 109,110 e 111 é possível observar alguns dos estudos primários realizados para solucionar o problema.

FIGURA 108: MATÉRIA INTERNA ORIGINAL

FONTE: HTTP://MIGRE.ME/F6VWD

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FIGURA 109: 1º ESTUDO DE GRID PARA MATÉRIAS

FONTE: DO AUTOR.

FIGURA 110: 2º ESTUDO DE GRID PARA MATÉRIAS

FONTE: DO AUTOR.

FIGURA 111: 3º ESTUDO DE GRID PARA MATÉRIAS

FONTE: DO AUTOR.

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Entre as soluções pensadas e levando-se em consideração que o mesmo grid deveria dar aplicação para o restante das matérias, foi escolhida a terceira opção, com grid modular. Esse tipo de grid permite o encaixe das informações de ma-

neira mais dinâmica, criando formas diferenciadas e movimentando o layout. Pode-se visualizar, na figura 112, como o grid se estabeleceu: 72 módulos em uma página simples e 144 módulos na página dupla.

FIGURA 112: GRID PARA MATÉRIAS

FONTE: DO AUTOR.

Com a alternativa definida, foram feitos os estudos para a diagramação da primeira matéria da revista. Nesta matéria, o grid passou para modular em vez de colunar e todas as fotos ganharam o mesmo peso. A diagramação ficou mais dinâmica, variando suas posições e modo de leitura. O fundo passou

para branco e tons de cores que lembram o arco-íris acompanham cada pessoa que ajudou na edição da revista, proporcionando um layout mais atrativo. Observa-se, na figura 113, a diferença entre as páginas originais e as pertencentes ao novo projeto e, na figura 114, como ficou o novo layout.

FIGURA 113: COMPARAÇÃO DAS PÁGINAS

FONTE: DO AUTOR

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FIGURA 114: NOVA MATÉRIA

FONTE: DO AUTOR.

6.4 Defesa critativa

6.5 Definições

O propósito principal deste projeto foi pura e simplesmente sugerir um novo projeto gráfico para a revista Plastic Dreams, tendo como justificativa a constante mudança de layout e formato que a revista ao decorrer de suas edições já sofreu. Mesmo assim, não basta somente sugerir uma nova diagramação com novas cores e formato. É necessário estar fundamentado em algo para que o trabalho tenha solidez e justificativa.

Por fim, com toda a estrutura interna da revista definida, esclarecemos os dados técnicos da mesma. Para finalizar o novo projeto, ficou definido que: a revista possui 64 páginas ou 16 lâminas nos respectivos formatos de 210x280mm (página simples) e 420x280mm (página dupla), será impressa em 4x4 cores (impressão frente e verso em CMYK), no couchê brilho 115g/m2, possuirá lombada quadrada, corte e vinco.

Para este projeto, os principais conceitos abordados foram o clean e o experimental. Com layouts estruturados e arejados, com pontos de fuga e espaços em branco que ora sugerem assimetria, ora simetria. O estudo ainda demonstra experiências com novas formas de diagramação baseadas em algo já existente, provando que é possível sempre tornar um projeto que já funciona mais interessante ou simplesmente visulizá-lo de maneira diferente. O projeto propôs a mudança e a mesma aconteceu com base em todas as análises realizadas no decorrer do trabalho e também na experiência de sua autora.

6.6 Pesquisa de aceitação e satisfação Para saber se o projeto atingiu os objetivos de renovar o “ar” da revista e conquistar novos olhares para ela, foi realizada uma pesquisa quantitativa com uma amostra de 30 pessoas para verificar a aceitação ao novo projeto e apreciação do mesmo. O formulário da pesquisa foi composto por 8 questões chaves (veja figura 115) que ajudou a definir o resultado final do projeto. Nos gráficos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8, é possível observar as respostas dadas e comprovar o sucesso do projeto.

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FIGURA 115: FORMULÁRIO DA PESQUISA

FONTE: DO AUTOR

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A maioria dos entrevistados eram homens e mulheres com idade entre 20 e 25 anos, representando 50% da amostra total.

Na questão quatro foi pedido para que os entrevistados avaliassem dando uma nota de zero a cinco, sendo zero muito ruim e cinco muito bom, para o projeto gráfico atual da Revista Plastic Dreams.

GRÁFICO 1: IDADE DOS ENTREVISTADOS GRÁFICO 4: AVALIAÇÃO PROJETO ATUAL

FONTE: DO AUTOR

FONTE: DO AUTOR

Representado 57% da amostra, as mulheres foram mais abertas para responder a pesquisa e mostraram empolgação quando o nome da marca Melissa era citado. GRÁFICO 2: GÊNERO DOS ENTREVISTADOS

As respostas foram um pouco inesperadas, uma vez que foi percebido que o atual projeto gráfico não agradava tanto assim ao público. 33% classificam o projeto como bom, 54% como muito bom e 13% como regular. E para questão 5 foi pedido para avaliar da mesma maneira, de zero a cinco, o novo projeto gráfico proposto. As respostas foram positivas e indicaram a preferencia pelo novo projeto do que ao atual. Entre as trinta pessoas entrevistadas, 9 (30%) classificaram o novo projeto com o número correspondente a bom e 21 (70%) classificaram como muito bom. Uma avaliação mais do que satisfatória para o novo projeto. GRÁFICO 5: AVALIAÇÃO NOVO PROJETO

FONTE: DO AUTOR

De toda a amostra pesquisada 100% exercem atitvidades remuneradas. GRÁFICO 3: EXERCÍCIO DE ATIVIDADE REMUNERADA

FONTE: DO AUTOR

100%

Representando 73% da amostra total entevistada, a maioria das pessoas consideraram interessante e válida a iniciativa de repaginação da revista, alegando que estava precisando, diante do resultado visto.

FONTE: DO AUTOR

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GRÁFICO 6: AVALIAÇÃO DA INICIATIVA

Com as respostas foi possível perceber que os itens mais percebidos nesse nvo projeto gráfico foram a diagramação e as tipografias escolhidas, representando no total 70%.

GRÁFICO 8: MUDANÇA MAIS EVIDENTE

FONTE: DO AUTOR

Ao questionar os entrevistados se era vísivel e perceptível o grau de mudança entre um projeto e outro a resposta sim foi unanimidade. GRÁFICO 7: PERCEPÇÃO DA MUDANÇA

100%

FONTE: DO AUTOR

Diante da facilidade de percepção da mudança entre uma revista e outra, a oitava questão pergunta o quê foi mais perceptível dentre todas as mudanças. Para a avaliação foi pedido para se decidirem entre diagramação, tipografia, cores ou todas as alternativas.

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FONTE: DO AUTOR

Ao fim da pesquisa, tabulando os valores e ao observar a reação das pessoas ao verem a nova proposta para a revista, foi possível perceber que a repaginação foi bem aceita e agradou bastante o público. O resultado foi positivo e trouxe a certeza de que o projeto cumpriu seu objetivo principal que era dar novos ares a revista sem perder a personalidade já pertencente a marca e se aproximar mais do leitor.


considerações finais Por mais que o mundo se modernize e atualize seus meios de comunicação, a tradição nunca é esquecida ou deixa de ser interessante, muito pelo contrário. O design editorial comprova isso com as mais variadas formas de se diagramar um material impresso e torná-lo ainda mais interessante que um trabalho digital, pois permite, além de experiências visuais novas, a sensação tátil, o poder de sentir aquilo que se está vendo. A revista Plastic Dreams é referência em design e estilo de vida, bem com sua marca detentora, a Melissa. Sua preocupação com essas sensações é evidente, pois sempre busca inovar nos layouts, mudando os mesmos sazonalmente, modificando formatos e acabamentos da revista, que geram a experiência do tocar, além de ler. Sendo assim, mantendo essa cultura aplicada pela marca, este trabalho de conclusão de curso desenvolveu-se em torno da proposta de produzir um novo projeto gráfico editorial para a revista, buscando manter as principais características presentes em todos as edições anteriores e que remetem ao comportamento e valores da empresa. Para que isso acontecesse de maneira sólida e fundamentada, foram pesquisadas todas as edições já lançadas da revista, tomando-se o conhecimento da evolução das peças e seus projetos gráficos, percebendo sua preocupação com a estética à favor da informação, além da padronização de um layout por um determinado tempo, que posteriormento seria atualizado por outro, para mudar os ares da revista e manter sua personalidade jovem sempre presente. Aprofundando ainda mais o trabalho e podendo realmente entender o comportamento da marca Melissa e como ela conversava com suas consumidoras, foram analisadas outras peças gráficas produzidas pela marca. Assim, ficou mais fácil entender qual era o caminho certo a seguir e se inspirar para o novo projeto: espelhar na revista os comportamentos que as leitoras admiram e possuem, criar uma revista com atitude e presença, que faça a diferença visual e de conteúdo em relação às demais. Conhecer a história de quem criou um projeto como o da Revista Plastic Dreams foi bastante importante, pois favoreceu o entendimento da proporção do espírito jovem e inovador que a marca Melissa possui e faz questão de evidenciar. Com tudo o que foi visto e estudado ao longo deste trabalho, foi possível entender o pensamento criativo que as edições seguiam e como ele era exposto em forma de ilustrações, textos e imagens. As edições da revista são ricas em detalhes, com linguagem própria e imagens que representam o comportamento da marca: despojada, atual e original. O grande desafio era conseguir elaborar, diante de tanto valor agregado à revista, um projeto gráfico tão bom quanto. Para isso, foi feito um estudo envolvendo as principais áreas de atuação do design editorial, o que tornou a realização do projeto mais categórico e embasado. Assim como foi importante o embasamento teórico e referencial da revista, foi preciso entender como seus concorrentes executavam seus projetos. Isso contribuiu para entender os pontos em comum presentes nos materiais da Melissa e nos materiais feitos pelos concorrentes: a revista Vogue Brasil e a revista Carmen Steffens. Isso permitiu entender os pontos fortes e fracos de cada material e decidir o que utilizar como referência para a criação do novo projeto. Por fim, com tudo estudado e refletido, foi possível desenvolver um trabalho com base e fundamento para as decisões de tipografia, cores e grids no novo projeto da revista Plastic Dreams.

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O desenvolvimento do projeto se baseou na comparação da revista atual com a nova estruturação proposta, analisando se a nova opção proposta era condizente com tudo o que foi constatado nos estudos feitos, com a personalidade da marca e de seus clientes e se possuía definições e características realmente mais interessantes que a versão atual. O resultado dessas comparações e auto-questionamentos foi uma revista nova, mais dinâmica e inspiradora, com design renovado e sem descaracterizar tudo o que já foi feito pela marca. O conceito abordado foi manter a atitude da marca Melissa, sem esquecer dos momentos delicados que toda mulher possui, mesmo sendo irreverentes e donas de si. Sendo assim, a criação gráfica e tipográfica da revista se baseou também nessas variações da mulher, fazendo com que ela se identificasse ainda mais com a revista, ao ver um pouco mais dela ali, mesmo que subjetivamente. Para saber se o objetivo foi alcançado, foi realizada uma pesquisa de satisfação e aceitação do novo projeto e o resultado foi positivo. Com uma amostra de 30 pessoas entrevistadas, 98% acharam a prosposta interessante e válida, correspondente ao que a Melissa e a Plastic Dreams fazem. Dentre todos os itens redesenhados no novo projeto, os mais percebidos foram o grid e a tipografia. Espera-se que, com trabalhos desse tipo, o design editorial possa se desenvolver cada vez mais e conversar de maneira mais íntima com seu leitor, fazendo jus ao que é chamado de design à favor da informação. O projeto elaborado para este trabalho é uma tentativa de realização desse desejo. Executado da melhor maneira possível e prezando por tudo o que foi estudado e aprendido, espera-se que o mesmo sirva de inspiração para outras pessoas que sentem o mesmo desejo de tranformar uma simples informação em algo interessante. Por fim, podemos dizer que o tempo não pára e que não cair na obsolência é o maior desafio que ele propõe. O design editorial vive em constante evolução e para acompanhá-lo é preciso poder cumprir com a principal função de um designer que se preze: informar com qualidade estética e de conteúdo. Reinventar a roda é o desafio que deveria acontecer todos os dias, a cada novo trabalho.

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referência iconográfica Figura 01: Capa Plastic Dreams, edição 1. Disponível em: http://www.melissa.com.br/revista/melissa-afromania. Acesso em: 05 mai.2013. Figura 02: Capa Plastic Dreams, edição 2. Disponível em: http://www.melissa.com.br/revista/melissa-love-pirates. Acesso em: 05 mai.2013. Figura 03: Capa Plastic Dreams, edição 3. Disponível em: http://www.melissa.com.br/revista/melissa-etcircenses. Acesso em: 05 mai.2013. Figura 04: Capa Plastic Dreams, edição 4. Disponível em: http://www.melissa.com.br/revista/melissa-amazonista. Acesso em: 05 mai.2013. Figura 05: Capa Plastic Dreams, edição 5. Disponível em: http://www.melissa.com.br/revista/melissa-time-code. Acesso em: 05 mai.2013. Figura 06: Capa Plastic Dreams, edição 6. Disponível em: http://www.melissa.com.br/revista/melissa-power-of-love. Acesso em: 05 mai.2013. Figura 07: Capa Plastic Dreams, edição 7. Disponível em: http://www.melissa.com.br/revista/melissa-plastic-paradise. Acesso em: 05 mai.2013. Figura 08: Capa Plastic Dreams, edição 8. Disponível em: http://www.melissa.com.br/revista/melissa-rainbow. Acesso em: 05 mai.2013. Figura 09: Capa Plastic Dreams, edição 9. Disponível em: http://www.melissa.com.br/revista/cine-melissa. Acesso em: 05 mai.2013. Figura 10: Design de produto: mesa. Disponível em: http://migre.me/eq0DZ. Acesso em: 01 mai.2013. Figura 11: Design de produto: mesa e cadeira. Disponível em: http://migre.me/eq0FN. Acesso em: 01 mai.2013. Figura 12: Design de produto: caixa de som. Disponéivel em: http://migre.me/eq0IN. Acesso em: 01 mai.2013. Figura 13: Design gráfico: rótulos. Disponível em: http://migre.me/eq0IN. Acesso em: 01 mai.2013. Figura 14: Design gráfico: impresso. Disponível em: http://migre.me/eq0NF. Acesso em: 01 mai.2013. Figura 15: Design gráfico: projeto gráfico de revista. Disponível em: http://migre.me/eq0P1. Acesso em: 01 mai.2013. Figura 16: Grid de coluna. SAMARA, T. Grid: Construção e Descontrução. Cosac Naify. São Paulo. 2007. Figura 17: Grid modular. SAMARA, T. Grid: Construção e Descontrução. Cosac Naify. São Paulo. 2007. Figura 18: Grid hierárquico. SAMARA, T. Grid: Construção e Descontrução. Cosac Naify. São Paulo. 2007.

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Figura 19: Grid de coluna desconstruído por colagem de plano. SAMARA, T. Grid: Construção e Descontrução. Cosac Naify. São Paulo. 2007. Figura 20: Desconstrução de grid retangular. SAMARA, T. Grid: Construção e Descontrução. Cosac Naify. São Paulo. 2007. Figura 21: Desconstrução verbal/conceitual. SAMARA, T. Grid: Construção e Descontrução. Cosac Naify. São Paulo. 2007. Figura 22: Cartaz para Exposição de Plástico e Borracha, 1972. MEGGS, P. B; PURVIS, A. W. História do design gráfico. Cosac Naify. São Paulo. 2009. Figura 23: Cartaz de Bob Dylan, 1967. MEGGS, P. B; PURVIS, A. W. História do design gráfico. Cosac Naify. São Paulo. 2009. Figura 24: Formação de imagem vetorial. OLHO NU DESIGN. Os dois principais tipos de arquivo na Computação Gráfica: bitmap x vetorial. 2009. Disponível em: http://www.olhonudesign.com.br/paginas/ vetorxbitmap.html. Acesso em: 03 out.2012. Figura 25: Formação de imagem bitmap. OLHO NU DESIGN. Os dois principais tipos de arquivo na Computação Gráfica: bitmap x vetorial. 2009. Disponível em: http://www.olhonudesign.com.br/paginas/ vetorxbitmap.html. Acesso em: 03 out.2012. Figura 26: Figura e fundo. Joanna Górska e Jersy Skakun, Homehork. MEGGS, P. B; PURVIS, A. W. História do design gráfico. Cosac Naify. São Paulo. 2009. Figura 27: Escala. Kim Bentley, MFA Studio, Abbot Miller, docente. MEGGS, P. B; PURVIS, A. W. História do design gráfico. Cosac Naify. São Paulo. 2009. Figura 28: Ritmo e equilíbrio. Porto de Baltimore. MEGGS, P. B; PURVIS, A. W. História do design gráfico. Cosac Naify. São Paulo. 2009. Figura 29: Síntese aditiva de cores, CMYK. FERNANDES, A. Fundamentos de produção gráfica - Para quem não é produtor gráfico. Rubio. São Paulo. 2003. Figura 30: Pintura fremont em rocha de outeiro de San Raphael, Utah, c. 2000-1000 aC. MEGGS, P. B; PURVIS, A. W. História do design gráfico. Cosac Naify. São Paulo. 2009. Figura 31: Estela votiva com 4 figuras, séc V a.C. MEGGS, P. B; PURVIS, A. W. História do design gráfico. Cosac Naify. São Paulo. 2009. Figura 32: Sabon, tipografia humanista. LUPTON, E. Pensar com tipos: Guia para designers, escritores, editores e estudantes. Cosac Naify. São Paulo. 2006. Figura 33: Baskerville, tipografia transicional. LUPTON, E. Pensar com tipos: Guia para designers, escritores, editores e estudantes. Cosac Naify. São Paulo. 2006. Figura 34: Bodoni, tipografia moderna. LUPTON, E. Pensar com tipos: Guia para designers, escritores, editores e estudantes. Cosac Naify. São Paulo. 2006.

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Figura 35: Estruta das letras. http://inventarbrincando.blogspot.com.br/2010/10/elementos-basicos-detipografia.html . Figura 36: Anatomia da fonte. LUPTON, E. Pensar com tipos: Guia para designers, escritores, editores e estudantes. Cosac Naify. São Paulo. 2006. Figura 37: Esquema de impressão relevográfica. LUPTON, E; PHILLIPS, J. C. Novos fundamentos do design. Cosac Naify. São Paulo. 2008. Figura 38: Esquema de impressão encavográfica. LUPTON, E; PHILLIPS, J. C. Novos fundamentos do design. Cosac Naify. São Paulo. 2008. Figura 39: Esquema de impressão planográfica. LUPTON, E; PHILLIPS, J. C. Novos fundamentos do design. Cosac Naify. São Paulo. 2008. Figura 40: Esquema de impressão permeável. LUPTON, E; PHILLIPS, J. C. Novos fundamentos do design. Cosac Naify. São Paulo. 2008. Figura 41: Grid do catálogo. MELISSA. Catálogo Melissa Plasticodelic. 2003. Figura 42: Imagens bitmap e vetorial do catálogo. MELISSA. Catálogo Melissa Plasticodelic. 2003. Figura 43: Sistema de cor do catálogo. MELISSA. Catálogo Melissa Plasticodelic. 2003. Figura 44: Tipografias presentes no catálogo. MELISSA. Catálogo Melissa Plasticodelic. 2003. Figura 45: Impressões do catálogo. MELISSA. Catálogo Melissa Plasticodelic. 2003. Figura 46: Acabamentos do catálogo. MELISSA. Catálogo Melissa Plasticodelic. 2003. Figura 47: Papéis utilizados no catálogo. MELISSA. Catálogo Melissa Plasticodelic. 2003. Figura 48: Grids utilizados na revista. MELISSA. Plastic Dreams. Edição Verão 2012. 2012. Figura 49: Imagens utilizadas na revista. MELISSA. Plastic Dreams. Edição Verão 2012. 2012. Figura 50: Cores utilizadas na revista. MELISSA. Plastic Dreams. Edição Verão 2012. 2012. Figura 51: Tipografias utilizadas na revista. MELISSA. Plastic Dreams. Edição Verão 2012. 2012. Figura 52: Impressão utilizada na revista. MELISSA. Plastic Dreams. Edição Verão 2012. 2012. Figura 53: Acabamentos utilizados na revista. MELISSA. Plastic Dreams. Edição Verão 2012. 2012. Figura 54: Papéis utilizados na revista. MELISSA. Plastic Dreams. Edição Verão 2012. 2012. Figura 55: Grid utilizado na edição 2013. MELISSA. Plastic Dreams. Edição Verão 2013. 2012. Figura 56: Imagens utilizadas na edição 2013. MELISSA. Plastic Dreams. Edição Verão 2013. 2012.

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Figura 57: Cores utilizadas na edição 2013. MELISSA. Plastic Dreams. Edição Verão 2013. 2012. Figura 58: Tipografias utilizadas na edição 2013. MELISSA. Plastic Dreams. Edição Verão 2013. 2012. Figura 59: Impressão utilizada na edição 2013. MELISSA. Plastic Dreams. Edição Verão 2013. 2012. Figura 60: Acabamentos utilizados na edição 2013. MELISSA. Plastic Dreams. Edição Verão 2013. 2012. Figura 61: Papéis utilizados na edição 2013. MELISSA. Plastic Dreams. Edição Verão 2013. 2012. Figura 62: Análise Vogue: tipografias. Do autor. Figura 63: Análise Vogue: grids. Do autor. Figura 64: Análise Vogue: fotografia. Do autor. Figura 65: Análise Vogue: ilustrações. Do autor. Figura 66: Análise Vogue: papéis. Do autor. Figura 67: Análise Vogue: capa. Do autor. Figura 68: Análise Carmen Steffens: papéis. Do autor. Figura 69: Análise Carmen Steffens: tipografias. Do autor. Figura 70: Análise Carmen Steffens: grids. Do autor. Figura 71: Análise Carmen Steffens: fotografias. Do autor. Figura 72: Análise Carmen Steffens: capa. Do autor. Figura 73: Painel Semântico. Do autor. Figura 74: Esboço capa 1. Do autor. Figura 75: Esboço capa 2. Do autor. Figura 76: Esboço interno 1. Do autor. Figura 77: Esboço interno 2. Do autor. Figura 78: Esboço imagens 1. Do autor. Figura 79: Esboço imagens 2. Do autor. Figura 80: Foral Pro. Do autor. Figura 81: Memoriam Pro. Do autor.

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Figura 82: Capa original. Melissa. Disponível em: http://www.melissa.com.br/revista/melissa-rainbow. Acesso em: 18 mai.2013. Figura 83: 1º estudo de capa. Do autor. Figura 84: 2º estudo de capa. Do autor. Figura 85: 3º estudo de capa. Do autor. Figura 86: 4º estudo de capa. Do autor. Figura 87: Grid capa. Do autor. Figura 88: Nova capa. Do autor. Figura 89: Comparação das capas. Do autor. Figura 90: Contra-capa original. Melissa. Disponível em: http://www.melissa.com.br/revista/melissa-rainbow. Acesso em: 18 mai.2013. Figura 91: 1º estudo de contra-capa. Do autor. Figura 92: 2º estudo de contra-capa. Do autor. Figura 93: Grid contra-capa. Do autor. Figura 94: Nova contra-capa. Do autor. Figura 95: Comparação das contra-capas. Do autor. Figura 96: Índice original. Melissa. Disponível em: http://www.melissa.com.br/revista/melissa-rainbow. Acesso em: 18 mai.2013. Figura 97: 1º estudo de índice. Do autor. Figura 98: 2º estudo de índice. Do autor. Figura 99: Grid índice. Do autor. Figura 100: Novo índice. Do autor. Figura 101: Comparação dos índices. Do autor. Figura 102: Novo índice. Melissa. Disponível em: http://www.melissa.com.br/revista/melissa-rainbow. Acesso em: 18 mai.2013. Figura 103: 1º estudo de cabeçalho e rodapé. Do autor. Figura 104: 2º estudo de cabeçalho e rodapé. Do autor.

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Figura 105: Grid cabeçalho e rodapé. Do autor. Figura 106: Novo cabeçalho e rodapé. Do autor. Figura 107: Comparação dos cabeçalhos. Do autor. Figura 108: Matéria interna original. Melissa. Disponível em: http://www.melissa.com.br/revista/melissa-rainbow. Acesso em: 18 mai.2013. Figura 109: 1º estudo de grid para matérias. Do autor. Figura 110: 2º estudo de grid para matérias. Do autor. Figura 111: 3º estudo de grid para matérias. Do autor. Figura 112: Grid para matérias. Do autor. Figura 113: Comparação das páginas. Do autor. Figura 114: Nova matéria. Do autor. Figura 115: Formulário da pesquisa. Do autor.

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