Ensaio Ciclismo a Fundo à KTM Revelator Sky

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teste :: KTM Revelator Sky AVALIAÇÃO Performance: 4 | Qualidade/Preço: 4 | Periféricos: 4 | Rodas: 4 | Global: 4

Preço:

2.949 €

A escolha para

os Granfondos

No cada vez maior mundo dos Granfondos, há uma nova bicicleta a dar cartas desenhada especificamente para este tipo de eventos: distâncias longas onde o conforto é primordial. Fomos testar a Revelator Sky e averiguar se tem o “pedigree” que todos ansiamos. Texto: Carlos Almeida Pinto Fotos: Rui Botas Ciclista: Carlos Almeida Pinto

À

semelhança de outros países, Portugal entrou com o pé direito no mercado dos Granfondos. Há cada vez mais ciclistas que optam por, dentro das suas possibilidades, participar neste tipo de eventos semi-competitivos onde as distâncias elevadas e os acumulados de subida partilham a génese com paisagens de cortar a respiração, abastecimentos de luxo e organizações com logísticas impressionantes. A KTM pensou neste mercado e lançou um modelo específico – denominado Revelator Sky – cuja cinemática é um exemplo do que um ciclista de longas distâncias procura. CONSTRUÇÃO DE RAIZ A marca austríaca não recorreu à simples solução de pegar no seu melhor modelo de estrada (no caso da KTM é a Revelator), colocar uma testa mais alta e introduzir travões de disco. Muito pelo contrário. O quadro foi construído de raiz e todo ele tem soluções pensadas para quem privilegia o conforto e as longas distâncias. Construído em nano-carbono premium, o quadro Sky mistura fibras M5950 com micropartículas de um polímero que visa aumentar a capacidade de absorção em pisos irregulares. A marca optou pela aplicação de eixos passantes em ambas as rodas de modo a aumentar a rigidez vertical (ou seja, a aplicação de potência do ciclista) e isso foi conseguido com os eixos de 15mm na dianteira e 12 na traseira. Para além disso, o cubo traseiro é sobredimensionado passando agora a ter 142mm em vez de 135, em busca de um

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Ciclismo a fundo

maior equilíbrio na tensão dos raios em carga (em subida ou quando se pedala em pé), e num maior aporte de rigidez. Este aspeto é revolucionário na estrada – no BTT começou a ser voga há pouco tempo – e certamente veremos mais bicicletas com esta tecnologia no futuro. Mas há mais destaques escondidos neste quadro que se traduzem no seu comportamento na estrada como a maior abertura do triângulo dianteiro e uma dianteira mais alta (para uma posição de condução mais confortável e dissipação da trepidação), um triângulo traseiro mais aberto e mais alongado (para maior previsibilidade de condução e para permitir a utilização de pneus até 28c) e por um espigão de selim que está alojado diretamente na junção do tubo vertical com o horizontal, fazendo com que em carga (ou seja, o peso do ciclista sobre o selim), haja alguma oscilação propositada com o objetivo de eliminar alguns microimpactos. COMPORTAMENTO Estávamos curiosos para experimentar esta Revelator Sky em distâncias longas e tivemos a sorte de a testar em climas diferentes (piso seco e molhado) bem como em terreno rolante, montanhoso, asfalto em plenas condições, outro nem por isso e ainda em pavê. O primeiro detalhe que é notório é que a marca é realista naquilo que promete, ou seja, a Revelator cumpre aquilo para que foi desenhada: é suave, equilibrada, previsível e fiável. Como vem com uma transmissão Shimano Ultegra mecânica, a eficácia na comutação de mudanças é exemplar, e a adição dos  agosto / setembro 2015

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teste :: Preço:

KTM Revelator Sky

3.749€ Os travões de disco hidráulicos e a transmissão compacta aliados ao conforto do quadro tornamna ideal para Granfondos

Rival: Cannondale Synapse Ultegra Disc Quadro: Carbono Ballistec Forqueta: Carbono Ballistec Transmissão: Shimano Ultegra mecânico Rodas: Mavic Aksium One Disc WTS Peso: Não divulgado

Opinião do ciclista

Por trazer travões de disco, as escoras superiores traseiras dispensam a tradicional ponte de união. Desta forma poupa-se peso sem prejudicar a segurança estrutural do triângulo traseiro. Na foto da direita distinguem-se claramente os afinadores das mudanças e a cablagem interna

Carlos Pinto

Quem pedala longas horas sabe quão importante é ter uma bicicleta que seja confortável e fiável. Esta Sky corresponde a estes atributos e entra diretamente para o top 3 das melhores bicicletas para eventos de endurance.

OK

» Conforto » Periféricos homogéneos e fiáveis » Decoração

KO

» Comportamento dos pneus com piso molhado

Melhoramentos No inverno optaríamos por pneus 28c específicos para piso húmido (com canais de escoamento de água) – aliás o quadro já permite usar pneus desta medida.

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Ciclismo a fundo

 travões de disco hidráulicos assegura-

-nos potência de travagem em qualquer condição climatérica e um controlo doseado do aperto das pastilhas nos discos. É de facto um consolo saber que temos estes travões instalados na bicicleta e que podemos descer a Serra da Estrela sem nos preocuparmos se chegamos ao fim com os calços inteiros. Esses problemas acabaram e temos a certeza de que estes travões serão o futuro. Já os pneus Schwalbe One 25c são excelentes a rolar mas em piso molhado perdem aderência. No campo dos restantes periféricos sobressaem as rodas DT Swiss R23 Spline Disc, robustas e com um aro de baixo perfil, bem como o confortável selim Selle Italia SLS Flow com uma decoração específica. Tem uma reentrância na zona do períneo e uma superfície larga para acomodar os ossos ísquios, ideal para endurance. Na estrada é uma bicicleta que assume o seu papel com distinção, suavizando as irregularidades na estrada, sendo claramente uma das melhores que já

testámos em pavê. A previsibilidade na condução assegura-nos segurança, algo que é reforçado pela utilização dos travões hidráulicos e o quadro, limpo (com cablagens internas) e com uma decoração muito bem conseguida é o amigo ideal para partilhar as longas horas de um qualquer treino domingueiro, ou um Granfondo numa serra imponente, já que a transmissão compacta (50-34 e 11-28) assegura-nos que, mesmo que as pernas falhem, temos relações suficientes para chegar ao topo ainda com pulmões para acabar a jornada. Estão assim reunidos os ingredientes para uma bicicleta que pesa 8 kg no tamanho 57 (um valor expetável tendo em conta que traz travões de disco) e que tem um preço muito competitivo. Do que é que está à espera para se inscrever nos próximos Granfondos? Pelo menos uma bicicleta específica para este mercado já está disponível… e quem quiser este modelo mas com uma transmissão eletrónica existe a Sky Di2 por mais 950 euros!

Ficha técnica Quadro: Carbono M5950 Premium Carbon Monocoque Forqueta:

KTM F8 CXD carbono

Direção: KTM Team 1.1/8 – 1.1/4 Manípulos: Shimano Ultegra R685

Avanço: KTM Team -7º Guiador: KTM Team Selim:

Selle Italia SLS Flow

Espigão de selim: K TM Team 350x27.2

Mudanças:

Shimano Ultegra 6800

Rodas:

DT Swiss R23 Spline Disc

Travões:

Shimano Ultegra R785

Tamanhos:

49, 52, 55, 57 e 59

Não incluídos

Pneus: Schwalbe One (700x25c)

Pedais:

Eixo pedaleiro: Shimano BB72 41B Press Fit

Peso: 8.01 kg (tamanho 57 s/

Alavancas pedais: Shimano Ultegra 6800

Preço:

2.949 euros

Cremalheiras: Shimano Ultegra 6800 (50-34)

Importador:

Castanheira e

Cassete: Shimano Ultegra 6800 (11x28)

Castanheira

Site:

www.ktm-bike.pt

pedais)

Corrente: Shimano

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