Revista Comércio & Cia - 14ª Edição

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Nosso ambiente Podar ou extrair árvore sem autorização configura crime ambiental. Saiba mais.

Tecnologia & Inovação Agilidade e mais espaço no arquivo digital de documentos empresariais.

P U B L I C AÇ ÃO D O S I S T E MA F E CO M É R C I O MATO G R O S S O D O S U L | A N O 2 | E D I Ç ÃO Nº 14 | J U L H O / AG O S TO 2013

Campo Grande: Cidade para quem quer fazer e acontecer

Gestão & Finanças: A arte de separar o jurídico do pessoal



Palavra do Presidente

Ninguém duvida que este ano de 2013 está sendo diferente dos últimos. Acompanhamos o povo brasileiro se organizando, independentemente da classe social, econômica e da vocação política. Impossível ficarmos imunes ao clamor da massa. Há muito que batalhamos por um País mais honesto, mais atento às necessidades básica da população. Temos urgência em vários setores e sabemos que poder público e privado precisam unificar suas ações para a conquista de um ponto de equilíbrio e atender às demandas de quem quer saúde, educação, alimento, trabalho. Sem barganhas, sem que o interesse individual sobressaia ao interesse coletivo. O Sistema Fecomércio MS preza pela sua missão. Federação do Comércio, SESC, SENAC e Instituto de Pesquisa Fecomércio têm projetos e ações que ajudam a gerar renda, a melhorar a qualidade de vida pessoal, coletiva e também na empresa. Oferecemos qualificação profissional, educamos para o trabalho, sempre atentos ao que o mercado exige. Um mercado formado por pessoas, pelo povo brasileiro. De olho na vocação turística do Estado, queremos oferecer qualificação na área de hotelaria e turismo, por exemplo. A Escola de Gastronomia do Senac MS, em Campo Grande, poderá capacitar gratuitamente cerca de mil pessoas por ano. Esse projeto está orçado, aprovado mas ainda não saiu do papel por falta da liberação para a compra de um terreno de apenas 63 metros. Queremos comprar para oferecer este presente para a Capital que completará 114 anos em agosto. Uma cidade que mostra sua pujança econômica formada por moradores que querem criar raízes e também frutificar. Nas páginas desta edição, conversamos com profissionais que apostam no futuro desta cidade. Um município que precisa se organizar para trazer mais espaços para eventos, elaborar mais parcerias públicoprivada a fim de que possamos agir no coletivo. E outras reportagens trazem dicas e sugestões que podem otimizar o trabalho e a carreira. Vale a pena aproveitar a leitura.

EDISON FERREIRA DE ARAÚJO Presidente do Sistema Fecomércio de Mato Grosso do Sul


Sumário P U B L I C A Ç Ã O D O S I S T E M A F E C O M É R C I O M ATO G R O S S O D O S U L | A N O 2 | E D I Ç Ã O N º 1 4 | J U L H O / A G O S TO 2 0 1 3

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Campo Grande mostra sua pujança e alia o desenvolvimento à qualidade de vida.

Comércio Economia&MS Serviços

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O crescimento da cidade pede estrutura, mas faltam espaços para eventos.

Seu imóvel foi tombado ou está na área de interesse histórico? Saiba como fazer disso um aliado.

20. Nosso Ambiente & Cidadania Para evitar multas pesadas, todo cuidado é pouco na poda e remoção de árvores. O primeiro passo é consultar o órgão ambiental do município.

24. Entrevista A partir de agosto de 2014 começam a valer as metas e acordos setoriais da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Quem explica mais é o especialista no assunto, João Vieira.

30. Estratégia Coletivas, parceladas ou corridas, as férias são essenciais para que o colaborador renove as energias e volte ainda mais pró-ativo à empresa.

32. Ponto de Vista Às vésperas de completar dois anos de funcionamento, o Shopping Norte Sul Plaza registra índices de crescimento de vendas que impressionam, revela Marne Prates.

34. Empresário do mês A entrevista é com Daniel Amado Felicio. O empresário se mostra incansável na busca contínua pela profissionalização do setor.

Carreira & Mercado A secretária é o primeiro contato com o cliente e, por isso, precisa estar alinhada aos valores da empresa e desenvolver habilidades de comunicação e organização.

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Legislação


PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO MS Edison Ferreira de Araújo DIRETORIA 1° VICE-PRESIDENTE Denire Carvalho 2° VICE-PRESIDENTE José Alcides dos Santos 1° SECRETÁRIO Hilário Pistori 2° SECRETÁRIO Ricardo Massaharu Kuninari 1° TESOUREIRO Sebastião José da Silva 2° TESOUREIRO Roberto Rech SUPLENTES DA DIRETORIA Valdir Jair da Silva; Carlos Roberto Bellin; Benjamin Chaia; Álvaro José Fialho; Cláudio Barros Lopes

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Arquivos digitais são cada vez mais usados para proteger documentos e economizar espaço nas empresas.

Gestão & Finanças

Na organização financeira uma tônica é indispensável: manter as finanças pessoais longe do caixa da empresa.

SINDICATOS REPRESENTADOS PELA FECOMÉRCIO/MS Sindicato Comércio Varejista Produtos Farmaceuticos Est MS / Sind do Com Atacadista e Varejista de Dourados MS / Sindicato do Com Varejista de Gen Aliment de Campo Grande / Sindicato do Com Varejista de Materiais de Construção de Campo Grande MS / Sindicato do Comércio Varejista de Navirai MS / Sindicato do Comércio Varejista de Paranaiba MS / Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Pora MS / Sindicato dos Centros de Formação de Condutores de Mto Grosso do Sul / Sindicato dos Despachantes do Estado de Mato Grosso do Sul / Sindicato dos Empregadores no Comércio de Nova Andradina MS / Sindicato dos Representante Comerciais do Estado de Mato Grosso do Sul / Sindicato dos Proprietários de Salões de Barbearia e Cabeleireiro Institutos de Beleza e Similares de MS / Sind Revendedores Veiculos Aut de Campo Grande MS / Sindicato do Comércio Varejista de Aquidauana / Sindicato do Comércio Varejista de Campo Grande / Sindicato do Comércio Varejista de Corumbá / Sindicato do Comércio Varejista de Três Lagoas / Sindicato dos Comerciantes de Aparecida do Taboado SUPERINTENDENTE DA FECOMÉRCIO/MS Reginaldo Henrique Soares Lima DIRETOR SUPERINTENDENTE IPF Thales de Souza Campos DIRETOR REGIONAL DO SENAC/MS Vitor Mello

38. Cidades Ivinhema tem pouco menos de meio século e foi a entrada de novos projetos que garantiram o desenvolvimento da cidade.

DIRETORA REGIONAL DO SESC/MS Regina Ferro COORDENADORA DE COMUNICAÇÃO Núbia Cunha

42. Fecomércio MS Conheça um pouco mais sobre a lei que disciplina a coleta e tem normas para o destino e tratamento de resíduos urbanos.

46. SENAC MS A modalidade EAD, Ensino a Distância, fica mais ágil e mais aderente às necessidades dos estudantes.

50. SESC MS SESC Empresa alia eficácia no ambiente de trabalho ao bem-estar dos colaboradores e oferece programação com hábitos saudáveis.

54. Sindical Na prevenção de acidentes, observar as notas regulamentadoras do Ministério do Trabalho é fundamental, uma tarefa que conta com as CIPAs como importantes aliadas.

EDIÇÃO: Infinito Comunicação Empresarial infinitocomunica@gmail.com facebook: Infinito Comunicação Empresarial EDITORA-CHEFE: Neusa Pavão – MTB/MS 035 REPORTAGEM: Neusa Pavão MTB/MS 035, Fernanda Mathias MTB/MS 041, Vera Halfen MTB/RS 8291, Michele Abreu MTB/MS 1142, Marineiva Rodrigues MTB/MS 114 e Willian Franco MTB/SP 0059397 REVISÃO: Vanderlei Verdolin PUBLICIDADE: Cândido da Costa Silva FOTOS: Mário Bueno MTB/MS 166 PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Futura e EI • Elaboração de Ideias COMERCIALIZAÇÃO: Departamento de Relações com o Mercado – FECOMÉRCIO MS GESTORA DE RELAÇÕES COM O MERCADO: Ionise Catarina Piazzi Tavares CONSULTORA DE RELAÇÕES COM O MERCADO: Thais Beretta comercial@fecomercio-ms.com.br Rua Almirante Barroso, 52, Bairro Amambaí CEP: 79008-300 - Campo Grande/MS Fone: (67) 3321-6292 / Fax: (67) 3321-6310


Capa

Terra de oportunidades e realizações Campo Grande alcançou o status de uma capital jovem, interiorana, mas aberta ao novo, ao desenvolvimento. Com população diversificada, tem uma identidade diferente, resultado da somatória de quem a constrói há 114 anos.



SOMOS SOLO FÉRTIL PARA O DESENVOLVIMENTO, DIZ BERTOLI

Vagner Bertoli chama a atenção para a qualificação da mão de obra, um dos maiores desafios atuais da cidade. “Trabalhadores capacitados é essencial para que tudo caminhe bem. A falta de qualificação precisa ser resolvida. Sem esse aporte não acontece a segunda etapa, que é o crescimento”. >> Empreendedorismo Com 65 anos de história com Campo Grande, a família Buainain é um exemplo de quem acreditou na Capital, na época pertencente ao Estado de Mato Grosso. A marca São Bento se consolidou no setor de medicamentos. “A empresa decidiu investir no município porque sempre reconheceu o potencial para crescer e se transformar em referência no País”, conta o diretor de Vendas e Marketing da Rede de Drogarias São Bento, Luiz Fernando Buainain. A Rede São Bento pode ser considerada visionária, um radar de por onde a cidade irá crescer mais. São 53 lojas só na Capital, localizadas em regiões estratégicas. Para detectar esses pontos com grandes chances de expansão física e economicamente, o diretor explica que há, na empresa, um departamento destinado à expansão de lojas, cujos profissionais fazem o mapeamento das regiões visando à abertura de novas drogarias. A família pretende continuar investindo na Capital que, segundo Luiz Buainain, tem um mercado potencialmente rico e com crescimento no consumo. “O desenvolvimento urbano e socioeconômico alcançado pela cidade nos últimos anos é notório e não deve sofrer desaceleração”. O presidente da Fecomércio MS, Edison Araújo concorda com o empresário. O comércio varejista continua sendo o sustentáculo da economia local e estadual, contribuindo com mais de 60% da arrecadação de ICMS e com mais de 70% da geração de emprego e renda. “A Capital de Mato Grosso do Sul é um bom destino para investimentos e o empresário que aqui aportar e trouxer um projeto bem estruturado, não vai se decepcionar”. ‘‘NÃO SOFREREMOS DESACELARAÇÃO’’, APOSTA BUAINAIN

Raio X Com base nos dados da Estimativa Populacional 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Campo Grande já passou dos 800 mil habitantes (805.397) e é o terceiro município mais populoso da Região CentroOeste. Segundo o último Censo do IBGE, do ano de 2010, Campo Grande tinha 786.797 mil habitantes, desses 381.333 homens e 405.464 mulheres, o que corresponde a 32% da população de Mato Grosso do Sul. A taxa de urbanização era de 98,7%, maior índice do Estado. A cidade tem população jovem, com maior parte da população entre os 20 e os 29 anos, são 146.865 moradores nessa faixa. Em segundo, estão os que têm entre 30 e 39 anos e que somam 137.861. Maior polo econômico de Mato Grosso do Sul, Campo Grande tem Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 13,8 bilhões, o que torna a cidade a 15ª capital do País e o terceiro maior PIB da Região Centro-Oeste.

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PARA NILDE BRUM, É PRECISO MAIS OFERTA NA REDE HOTELEIRA, MAIS LINHAS AÉREAS E ESPAÇO QUE UNA SALÃO DE EXPOSIÇÃO COM AUDITÓRIOS

a quantidade de voos diários é pequena. Então, são vários requisitos que precisamos cumprir para captar mais eventos”. Enquanto não há um novo espaço, a estratégia é manejar os eventos entre Campo Grande, Dourados, Bonito e Corumbá, cidades que também oferecem estruturas de maior porte. “Em Três Lagoas há apenas centros pequenos e com o número de indústrias que tem o município poderia atrair muitos eventos, mas aí recaímos novamente na preocupação com a rede hoteleira porque hoje já não se acha hotel por lá”, explica a presidente da Fundtur.

>> Força própria Nilde destaca ainda que, dados da Organização Mundial de Turismo e da International Congress and Convention Association (ICA) apontam que 80% dos eventos que ocorrem no mundo estão entre pequenos e médios. E quando os pequenos eventos estão em pauta, os hotéis têm desempenhado um importante papel, com a oferta de auditórios e captação dessas agendas. Com fluxo de 300 pessoas por semana, participantes de eventos realizados nos auditórios próprios, o Novotel de Campo Grande, grupo de hotéis da rede Acoor, é a unidade no País com mais eventos sociais. São sete auditórios com tamanhos diferenciados que recebem eventos diariamente como treinamentos, videoconferências, seminários, encontros, lançamentos de marcas, com clientes que vão de empresas do setor automobilístico à indústria de cosméticos. A captação é feita com visitações às empresas locais e também com ações da rede, em outros estados, uma forma de garantir ocupação do hotel mesmo em períodos de baixa temporada. Para se ter uma ideia da procura, em abril deste ano já estavam previstos na agenda do hotel eventos para março e agosto de 2014. “Temos nossos clientes considerados habitués, que realizam eventos constantes e para os quais há uma tarifa diferenciada, válida o ano inteiro e também o cartão de fidelidade que permite uma pontuação em todas as unidades do mundo, com a troca dos bônus por descontos nas tarifas ou resgate de prêmios”, explica Camila Gonzales Alves, chefe de eventos da unidade Campo Grande. A ESTRATÉGIA DA REDE DE HOTÉIS É OFERECER AUDITÓRIOS COM CAPACIDADE DIFERENCIADA





PARA JENIFER, ECONOMIA DO ESPAÇO FÍSICO E INTEGRIDADE DOS DOCUMENTOS SÃO BENEFÍCIOS DA NOVA TECNOLOGIA

arquivos mais antigos foram resgatados da empresa terceirizada gestora de documentos e também convertidos em dados digitais. “A manipulação dos documentos deve ser realizada por equipe específica para evitar a degradação de contratos, comprovantes e outros documentos importantes”, ensina Jenifer. Enquanto o arquivo antigo é armazenado na empresa gestora, o arquivo físico “quente”, ou seja, aquele utilizado com maior frequência, permanece na empresa. Com mais de 800 funcionários e uma grande movimentação de documentos nos departamentos de Recursos Humanos e Pessoal, criar uma rotina de digitalização é uma tarefa árdua, mas Jenifer destaca que as vantagens compensam o esforço. “A empresa ganha em espaço físico, em tempo, na captura mais fácil de informações e na manutenção da integridade dos documentos físicos, que não são manipulados durante todo o tempo e por qualquer colaborador, de maneira indistinta”. Para não perder informação, o departamento de TI conta com rotinas próprias de backup, considerando os documentos que são mais acessados, e criando mecanismos de proteção às informações que são digitalizadas e disponibilizadas para consulta dentro da rede interna.

>> Filão Na esteira das necessidades, crescem os filões. E o serviço de armazenamento e digitalização de documentos não escapa à regra. Há três anos no mercado sul-mato-grossense a Arquivar, que atua em 17 estados brasileiros, além do Distrito Federal, gerencia hoje em Mato Grosso do Sul mais de 560 milhões de documentos de 40 empresas e suas filiais, registrando crescimento anual de 30% a 40% na demanda por serviços. “A principal vantagem da digitalização é o acesso rápido e imediato à documentação, sem a necessidade do deslocamento do usuário até um arquivo específico, gerando aumento de produtividade laboral e garantindo a segurança e a rastreabilidade do documento físico”, explica o diretor executivo da Arquivar, Lucas Engel. Os custos médios variam em função do tipo de serviço contratado, se um sistema de organização mais ou menos aprofundado ou até mesmo a demanda for apenas pela locação de espaço físico para guardar os documentos. “O ideal é que a empresa se adapte à necessidade do cliente, para atendê-lo da melhor maneira possível, sem que ele esteja pagando por um serviço que não utiliza”, diz Lucas. Para a guarda mensal, o custo médio varia de R$ 1,50 e R$ 3,00, por caixa arquivo; de R$ 15,00 a R$ 30,00 para organização, dependendo da demanda solicitada. A digitalização segue a mesma lógica, com o custo variando de R$ 0,10 a R$ 0,20. LUCA ANGEL, DA ARQUIVAR: 560 MILHÕES DE DOCUMENTOS SOB CUIDADOS

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Nosso Ambiente & Cidadania

Poda legal Se a árvore em frente ao seu comércio oferece risco de queda, procure o quanto antes o órgão ambiental do município.

PESQUISA DO IBGE AFIRMA QUE A CAPITAL É A MAIS ARBORIZADA DO PAÍS; DE CADA 100 CASAS, 96 TÊM, NO MÍNIMO, UMA ÁRVORE

E

m um Estado que tem entre seus pontos altos a farta presença de

árvores nas ruas das cidades, manejar este recurso natural depende

de regras rigorosas. Principalmente quando o fiscal é a própria população que atenta está para denunciar qualquer excesso. Para fazer a poda, mesmo que seja ornamental, é necessária autorização das prefeituras. Extrações, só em casos extremos. Por isso é importante procurar o órgão ambiental do município assim que perceber risco de queda e se resguardar. NA PRINCIPAL AVENIDA DA CAPITAL, ESTA ÁRVORE SE ESCORA E BRIGA PARA CONTINUAR A OFERECER SOMBRA FARTA


RODRIGO: MULTA PARA PODAS E EXTRAÇÕES SEM COMUNICAR O PODER PÚBLICO

Podar ou extrair uma árvore sem anuência do poder público configura crime ambiental, conforme previsto pela Lei Federal nº 9.605, de 1998. “A pena prevista é de multa e detenção de três meses a um ano, além da multa administrativa da prefeitura”, alerta o delegado titular da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista (Decat), Rodrigo Yassaka. Em Campo Grande, a prefeitura recebe de 100 a 120 pedidos de autorização para poda e retirada de árvores todos os meses. Os pedidos são protocolados na Central de Atendimento ao Cidadão e avaliados pelo Departamento de Fiscalização Ambiental e de Postura da

Secretaria Municipal de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Urbano (Semadur), que autoriza ou não. Quem faz poda ou remoção sem autorização fica sujeito às sanções previstas pela Lei Municipal 184, de setembro de 2011, que dispõe sobre o Plano Diretor de Arborização Urbana no Município de Campo Grande. A multa é salgada, varia de R$ 300 a R$ 1,2 mil.

>> Interior

“ÁRVORE NÃO TEM FUNÇÃO APENAS PAISAGÍSTICA”, AFIRMA SUBSECRETÁRIA DE MEIO AMBIENTE

O procedimento é semelhante nos demais municípios do Estado. A engenheira agrônoma Cornélia Cristina Nagel, subsecretária de Meio Ambiente de Nova Andradina, explica que, após o pedido ser protocolado, é feita uma vistoria e o cidadão é orientado sobre como fazer corretamente a poda ou remoção. “A orientação é fundamental porque se não podar corretamente pode causar a morte da planta”, explica a engenheira, lembrando que em locais onde há fiação elétrica é orientado sempre que se procure a empresa de energia para que a poda seja feita com segurança. As extrações somente são autorizadas em casos extremos, em que não há uma solução para amenizar os riscos ou danos causados pela planta. “A árvore não tem somente a função paisagística e, sim, a de proporcionar conforto térmico, sombra para quem transita pelas ruas, às residências e comércios do

arborização, doando mudas e informando a população sobre os locais adequados para o plantio de cada espécie.

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entorno e vários outros benefícios como quebrar o vento, reduzir a poeira e ruídos”, explica Cornélia. A prefeitura também estimula a

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MARCOS VOLLKOPF

NESTE PRÉDIO, AS PALMEIRAS DO ANTIGO PROPRIETÁRIO DO TERRENO FORAM INCORPORADAS AO EMPREENDIMENTO

>> Valor agregado Da ornamentação ao conforto térmico, a arborização é cada vez mais associada à qualidade de vida. E com esse mote a Vanguard Home incorporou palmeiras cinquentenárias a um de seus empreendimentos na Capital agregando charme e valor ao prédio, que levou o nome Garden das Palmeiras. O local antes era uma chácara e, quando a empresa comprou, o dono pediu que as palmeiras fossem preservadas, pois eram especiais para ele e tinham mais de 50 anos. Agregadas ao projeto, as plantas atraem pássaros e agradam aos moradores. Algumas foram inclusive replantadas em uma área que foi nomeada “Bosque São Francisco”, onde cerca de 2 mil mudas características do cerrado foram plantadas por moradores, funcionários e clientes em setembro de 2011.

Vendas prejudicadas por causa da queda da árvore e registro de B.O.

>> Perdas e danos Para a comerciante Geruza de Araújo Nunes, proprietária da Prestígio Sorvete de Campo Grande, três quedas seguidas de árvores, em maio do ano passado, representaram prejuízo de R$ 3 mil só em consertos, sem contar com os dias de comércio parados nem o risco de a árvore ter atingido alguém durante a queda. “Perdemos a venda da semana do Dia das Mães, uma das que têm maior movimento no ano”, lamenta. Geruza e o esposo, Josedan, chegaram a registrar um boletim de ocorrência de Preservação de Direito, lembrando que vários empresários da região já haviam pedido a remoção das plantas diante do risco de queda, mas desisti-

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ram de ingressar com ação pedindo indenização. “Um vizinho

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nosso que teve o carro destruído por uma árvore já está há seis anos na Justiça sem resposta”, justifica a comerciante.

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das discussões nas câmaras setoriais e representantes no Conama. Sem a presença das nossas entidades representantes maiores nessas discussões, as decisões seriam feitas à revelia do nosso setor e certamente não atenderia nossas necessidades e condições. C&C – Qual o maior desafio para cumprir as diretrizes do Plano Nacional de Resíduos Sólidos? João Vieira – O maior desafio para o setor público será implementar os aterros sanitários em todos os municípios brasileiros até 2014. Para o nosso setor será, a exemplo de outros, como os pneus e embalagens de agrotóxicos, estabelecer um processo de logística reversa, que seja operacionalmente possível, em consonância com a indústria e com o poder Público. Mas creio, realmente, que a tendência é haver uma flexibilização nos prazos, porque o que se vê é um grande comprometimento e engajamento de todos na solução deste problema. Mas as metas em termos de datas são um pouco distantes da nossa atual realidade.

logística reversa? Existe um prazo para essa ser colocada em prática? João Vieira - O Artigo 33 da Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos diz que são agrotóxicos (seus resíduos e embalagens), pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes (seus resíduos e embalagens), lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, produtos eletroeletrônicos e seus componentes. Recentemente outros segmentos foram incluídos, como os medicamentos, por exemplo. Com relação aos prazos, existem segmentos que já foram regulamentados através de resoluções do IBAMA e praticam a logística reversa há anos, como as embalagens de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus e etc. Mas os prazos são definidos em função dos avanços das negociações realizadas entre Governo e setor privado nas reuniões visando os acordos setoriais que foram propostos na Lei, e caso não “evoluam para um acordo “ o tema será imposto pelo Governo, através da Legislação.

Comércio&Cia – Hoje várias Comércio&Cia - O que sugere ser empresas já adotaram a separafeito para diminuir essa distância? ção do lixo seco, muitas empiricaJoão Vieira – A sugestão que faço, e ‘‘Já vi muitos programas mente. Há algum protocolo a ser não haveria outra, é o investimento na seguido para otimizar e garantir qualificação dos educadores nas bem estruturados escolas, pois somente com cidadãos eficácia neste processo? fracassarem por não educados e conscientes, empregados e João Vieira – O que garante a planejarem a sua empregadores, jovens e adultos, p a r t i c i p a ç ã o n o p ro ce s s o d e capacidade". poderemos por em prática as ações reciclagem de lixo é a disponibilizan e ce s s á r i a s p a r a a d i m i n u i ç ã o, ção e a coordenação eficiente de um reciclagem e destinação correta dos programa de coleta seletiva, seja re s í d u o s s ó l i d o s. Po u q u í s s i m o s em uma empresa, condomínio, municípios depositam os resíduos em aterros controlados bairro ou cidade. O cuidado que as empresas que já isto é, lixões com uma disposição melhorada em células, adotaram a reciclagem de material seco devem ter, assim com cobertura do lixo, sem a presença de catadores mas, como de qualquer outro material, é o do escoamento desse ainda, sem a impermeabilização do fundo, captação do material para o mercado de recicladores, sucateiros, etc. Já chorume e drenagem do gás produzido. vi muitos programas bem estruturados de coleta seletiva fracassarem por não planejarem corretamente a sua capacidade de colocação desse material no mercado Comércio&Cia – Quais os benefícios operacionais comprador. de as empresas implantarem o sistema de coleta seletiva? Comércio&Cia – E quanto à reutilização de recursos, João Vieira – É importante que se compreenda que a quais as possibilidades do uso desse instrumento nas coleta seletiva é a primeira parte de um processo enorme chamado reciclagem de lixo. A adoção da seleção do empresas do setor terciário? próprio lixo pelas empresas facilita em demasia a coleta João Vieira – O principal setor a lançar mão dessa destinada à reciclagem deste material. Portanto as ferramenta é o de turismo e hotelaria. Apesar de o consumo empresas do setor terciário devem ater-se a esta importansustentável ser uma obrigação de todos nós, estes dois te etapa que é a segregação do seu lixo, ou resíduo, por tipo, setores são os que estão mais diretamente relacionados facilitando sua distinção e contribuindo para a logística com a necessidade de combater o desperdício e reutilizar reversa que nada mais é do que garantirmos que os este importante e finito recurso natural que é a água produtos que nos chegam novos para comercializarmos, potável. Muitos prédios públicos e privados contam hoje encontrem o caminho correto de volta após seu uso para com instalações para captação e reutilização das águas das sua reutilização ou reprocessamento. chuvas para fins de irrigação e lavação das instalações, além de substituição por descargas sanitárias com duas calibragens, dependendo da utilização. Comércio&Cia - Quais produtos podem integrar a

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Estratégia

Tempo para recarregar as baterias Planejamento das férias reduz impacto nos processos da empresa e garante produtividade do colaborador.

I

nstituídas por Lei e previstas pela Constituição Federal, as férias são indispensáveis para que o

colaborador renove suas energias e retorne ainda mais pró-ativo à empresa. Para que não haja

um baque com a saída temporária do funcionário, é preciso planejamento, de preferência em parceria com o colaborador. O psicólogo Júlio Nelson Cheda explica que, além de garantir o descanso e redução dos níveis de estresse do colaborador, as férias também trazem resultados positivos à própria empresa. "Há pessoas que têm muito medo de tirar férias, principalmente em empresas grandes, porque acham que vão sair do ambiente de trabalho e, quando voltarem, serão desligadas ou que não conseguirão pegar o ritmo e que a produtividade vai cair, mas é justamente o contrário. Elas vão chegar com energias renovadas, prontas para apresentarem projetos e ter uma atitude muito mais proativa do que teria seguindo a rotina constantemente”. Mas para isso, lembra o psicólogo, é importante que o trabalhador dedique o tempo livre ao lazer e descanso e não se envolva em atividades desgastantes como reformas, nem aproveite o tempo vago para investir em um segundo trabalho. PARA O PSICÓLOGO JÚLIO CHEDA, ALÉM DE GARANTIR A REDUÇÃO DOS NÍVEIS DE ESTRESSE, AS FÉRIAS TRAZEM BENEFÍCIOS PARA A EMPRESA



Ponto de Vista

Campo Grande e as oportunidades para o mercado varejista

Marne Prates Superintendente

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A Capital de Mato Grosso do Sul apresenta um imensurável potencial de crescimento, não só para o setor varejista, mas, para diversos segmentos como construção civil e serviços. Toda a Região Centro-Oeste do País traz esse potencial hoje, como revelou o IBGE em seu último levantamento. É a segunda região brasileira mais bem colocada em PIB per capita (R$ 24.939,12), a frente até do Sul do Brasil (R$ 22.720,89). Campo Grande é uma cidade que vem se desenvolvendo a passos largos e se apresentando como um ótimo campo de pesquisa para empreendimentos futuros também. Aliás, todo grande negócio de sucesso é resultado de um longo estudo. É preciso conhecer, entender e definir seu público-alvo para levar até ele o melhor que seu empreendimento pode proporcionar. A vinda de novos grupos e novos empresários dispostos a investir nesse mercado é um reflexo desse potencial ascendente que já vem sendo observado por especialistas há um bom tempo. Com a aproximação de uma população com 1 milhão de habitantes em Campo Grande, o Norte Sul Plaza foi caracterizado desde o início, como um “divisor de águas”, já que durante 20 anos a cidade contava apenas com um empreendimento no segmento de shopping center. Com esses novos negócios se instalando, juntos, vamos fortalecer esse mercado e abrir as portas para muitos outros. Esse cenário na verdade é um “melhor aproveitamento” da cidade que hoje é maior polo econômico do Estado com investimentos crescentes na indústria e nos setores de comércio e serviços. Viemos agregar valor a esse mercado e atender a uma outra parcela de Campo Grande que vive e trabalha em uma região extremamente populosa e que há tempos exigia um local onde pudesse encontrar serviços, lazer e um centro de compras. Estamos falando de uma área de influência com mais de 250 mil pessoas. Trouxemos operações inéditas no Estado como Etna, Centauro Sports, Magic Games, Burguer King e Cinépolis, considerada hoje a maior rede de cinemas da América Latina, além de uma praça de alimentação com 25 operações. São quase quatro mil pessoas empregadas diretamente e indiretamente há dois anos. As estratégias do nosso empreendimento para se destacar ainda mais não têm segredos e podem ser tomadas como modelo por todos. Buscamos sempre nos diferenciar na qualificação, profissionalismo e no melhor atendimento. O que só pode resultar em excelência para o nosso consumidor final que são os nossos clientes. O mercado de shoppings centers hoje no Brasil exige isso cada vez mais e vivencia um dos melhores momentos, seguindo uma tendência mundial. No Brasil, 2012 foi o ano recorde de inaugurações de shoppings nos últimos 13 anos. Foram 27 aberturas. O que traz uma perspectiva ainda mais otimista para o nosso negócio e nossos concorrentes. Esses são dados da Abrasce, Associação Brasileira de Shoppings Centers, que também traz outras boas notícias para os investidores desse negócio. Há público para todos! A média nacional é de quase 400 milhões de visitantes mensais, em um segmento que apresentou alta de 11% nas vendas em 2012, faturamento de R$ 119,5 bi e traz expectativa de 12% a mais para este ano. Às vésperas de seu segundo aniversário, o Norte Sul Plaza alcançou fluxo “fiel” de 600 mil frequentadores por mês. Resultado de uma rápida maturação e crescimento ascendente de 25% em vendas em comparação aos meses anteriores. E assim como Campo Grande, todos esses fatores representam um investimento em potencial para os empresários do varejo e demonstra a consolidação de um mercado de shoppings centers que chega para ficar em Mato Grosso do Sul.



Empresário do Mês

A busca incessante pela qualidade Profissionalização é a palavra de ordem para o empresário Daniel Amado Felicio, que há 15 anos vem trabalhando para aprimorar os serviços de sua empresa, a Funcional Prestadora de Serviços Técnicos Ltda, e nos últimos anos também elevar os padrões de qualidade do setor como um todo, com ações desenvolvidas pelo Sindicato das Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Urbana e Ambiental, Coleta de Lixo, Controle de Pragas, Serviços Temporários e Serviços Terceirizados de Natureza Continuada do Estado de Mato Grosso do Sul (SEAC/MS), do qual é presidente. Nas próximas linhas, Daniel conta a trajetória de sua empresa até atingir a condição de referência no mercado de serviços terceirizados. Natural de Campo Grande, Daniel é formado na área de Administração de Empresas pela Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, pós-graduado em Especialização em Administração Financeira e Orçamento pelo INPG/UCDB e atua ainda como diretor regional para o Estado de Mato Grosso do Sul da CEBRASSE (Central Brasileira do Setor de Serviços).

DANIEL: PROFISSIONALIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS COMO DIFERENCIAL

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muitas vezes, o empresário não consegue fazer a composição

Funcional tem aproximadamente 400 funcionários em Mato

adequada e trabalha com um valor inexequível, levando ao

Grosso do Sul e está expandindo as atividades para o Estado do

prejuízo. Aí é que tem todo um estudo por trás, porque uma das

Mato Grosso, onde já possui filial.

características principais da terceirização é, além de otimizar o processo, a reposição da mão de obra. É preciso ter uma estatística bem definida e todos os fatores interferem: se o

Comércio & Cia - Qual foi o principal ingrediente para construir credibilidade no mercado nesta área de atuação?

contratado vai ser homem ou mulher; se a jornada vai ser de

Daniel Felicio – Eu diria que seriedade, disciplina, dedicação

segunda a sábado ou segunda a sexta; acidente; rotatividade;

e boa gestão são fundamentais. Como estamos falando de uma

afastamentos; maternidade. Desenvolvemos um trabalho em

prestação de serviço de natureza continuada com predominân-

conjunto com especialista da área que se baseou na Fundação

cia de mão de obra, fica claro que as relações de trabalho passam

Getúlio Vargas (FGV), com dados do Ministério do Trabalho

a ter grande importância nesse relacionamento entre prestador

daqui.

e contratante, principalmente porque o labor se dá no ambiente

Outro problema discutido há 20 anos é a regulamentação da

do segundo. Aí existe todo um cuidado para que esse contratan-

atividade, que está no Congresso Nacional. Esse marco

te não responda, ainda que subsidiariamente, por uma

regulatório vai trazer muita segurança ao setor porque hoje,

demanda trabalhista, pois o nosso papel também é preservá-lo

com exceção das questões de jurisprudência, o segmento é

quanto a estas questões. Na nossa composição de custos temos

pautado no Enunciado nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho

provisões como 13º, férias, afastamentos, acidentes, exigindo

(TST).

acompanhamento efetivo por parte do nosso pessoal administrativo. Uma empresa que recebe essas antecipações mensal-

Comércio & Cia – Quantas empresas a Funcional atende

mente precisa fazer a boa gestão desses recursos para não se ver

hoje no Estado, qual a área de atuação e quadro de funcioná-

em dificuldade quando chegar o momento de arcar com as

rios?

obrigações inerentes a eles. Não se pode simplesmente utilizar

Daniel Felicio – Hoje atendemos em torno de 50 a 60

esse dinheiro como capital de giro. Outro fator extremamente

clientes. É focada no setor privado, que representa 80% de nossa

importante e valorizado é a capacitação, o treinamento e o

carteira. O pouco que temos de cliente público são órgãos

acompanhamento na execução dos trabalhos.

Federais, como EMBRAPA, IBAMA e INSS, entre outros com estrutura menor. Nosso foco está na área industrial, atendemos

Comércio & Cia – Quais os cuidados para escalonar a

empresas como a Camargo Corrêa (Intercement), Brasil Foods,

equipe considerando que os funcionários vão atuar dentro

ADM e Votorantim, mas atuamos também no comércio, em

das empresas?

condomínios, supermercados, concessionárias, grupos

36

Daniel Felicio – A gente procura manter uma estrutura que

privados detentores de concessões públicas, grande empresas

envolve qualidade e acompanhamento do trabalho. Temos a

de mídia, além das unidades do SESC no Estado. Hoje a

coordenação central e o nosso RH que cuida do recrutamento,

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seleção, capacitação e integração do funcionário ao setor para

dando é que criamos a partir da última negociação coletiva um

conhecer a cultura da empresa em que está entrando. A

fundo de formação em que as empresas contribuem com um

supervisão operacional acompanha os contratos constante-

valor por funcionário, por mês, e neste segundo semestre vamos

mente, fazendo check list da qualidade dos serviços e atendendo

constituir uma associação para atuar como uma escola de

qualquer eventualidade. Existem supervisores que acompa-

capacitação. Para isso contamos com a parceria do Sindicato dos

nham os trabalhos in loco, inclusive no interior do Estado. Aliás,

Trabalhadores e do Ministério Público do Trabalho. Neste

uma grande dificuldade do mercado é achar supervisor pronto

segundo semestre os nossos trabalhadores estarão sendo

no mercado. Temos uma parceria com a Abralimp, através da

capacitados pelo menos nas principais cidades, como Campo

Universidade Abralimp que forma essa mão de obra gerencial

Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá. Estamos formando

de coordenação e supervisão. Às vezes um instrutor vem para cá

um multiplicador, que vai correr o Estado fazendo essa

ou mandamos alguém para São Paulo para passar por um

capacitação. Queremos melhorar a qualidade do serviço e criar

período de maturação. O treinamento e capacitação do pessoal

um itinerário de formação de maneira que o trabalhador tenha

operacional ficarão a cargo da parceria com o Instituto Profac,

perspectiva de crescimento dentro do segmento, o que

vinculado ao Sindicato, onde toda a metodologia será desenvol-

estimula o crescimento e a valorização da atividade.

vida por um consultor de São Paulo especializado na área de asseio e conservação.

C&C – Como esse tipo de serviço vem sendo demandado nos últimos anos? E o que se desenha para o setor?

C&C – Por falar no Sindicato de Empresas de Asseio e

Daniel Felicio – A procura advinda do setor público se

Conservação, quais as ações da entidade programadas para

manterá, pois a estrutura institucional desse setor não mudará

2013? Daniel Felicio – Uma já se consolidou. O Sindicato conquis-

muito. Mas como tem aumentado a vinda de empresas, desde varejo até indústrias, entendo que a procura tem crescido. A

tou a representação da limpeza urbana e coleta de resíduos em

terceirização está sendo bastante discutida, as empresas

Mato Grosso do Sul e, este ano todas as empresas do Estado que

procuram terceirizar cada vez mais e estão sendo mais

atuam na coleta de lixo, limpeza urbana e varreção passam a ser

criteriosas. E isso é bom. Participei recentemente de um

abrangidas pelo SEAC/MS. Antes existia um sindicato nacional

seminário em São Paulo e tive oportunidade de conviver com

que foi extinto, estávamos sem representante patronal, vamos

grandes tomadores de serviço, que constituem em sua estrutura

representar as empresas conduzindo as negociações trabalhis-

um setor voltado para avaliação do prestador de serviço,

tas. Para isso houve todo um procedimento, com assembleia

implantando em muitos casos as SLAs, ou Acordos de Nível de

interna, alteração do estatuto da entidade, registro em cartório e

Serviço. Elas contratam empresas que gerenciam o prestador de

trâmite no Ministério do Trabalho (em fase de conclusão).

serviço, avaliam documentação e, através de indicadores,

Também consolidamos a certidão de regularidade que

avaliam a qualidade do serviço, emitindo notas de desempenho.

contribuiu para a moralização do mercado. A certidão é assinada

Com esse tipo de ferramenta, as empresas ficam mais à vontade

em conjunto entre sindicato laboral e patronal para atestar a

para contratar e as prestadoras de serviço mais preparadas e

regularidade da empresa prestadora de serviço e pode ser

aptas a serem fidelizadas como parceiras.

solicitada sempre que a mesma for participar de concorrência ou certame ou mesmo para o tomador acompanhar a situação da sua parceira. Os dois sindicatos (laboral e patronal) fazem uma diligência em relação às obrigações das empresas – se estão sendo cumpridas integralmente no que tange à convenção coletiva e obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias. Quem está andando direitinho não terá nenhum problema e essa emissão é feita de forma rápida e sem burocracia. Também teremos o lançamento do manual de orientação ao controle de composição de custos para evitar preços inexequíveis, desenvolvido pelo consultor econômico da FEBRAC – Federação Nacional das Empresas de Serviços e Limpeza Ambiental, Vilson Trevisan. Outra situação que está se consoli-

DIVULGAÇÃO FUNCIONAL

tomador de serviço e a divulgação e implantação do sistema de

400 FUNCIONÁRIOS PARA ATENDER AS EMPRESAS

A EMPRESA É FOCADA NO SETOR PRIVADO E ELE REPRESENTA 80% DA CARTEIRA DE CLIENTES

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Cidades

Ivinhema: comércio e indústria em expansão

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Água Azul, vamos entregar 68 unidades agora em julho e mais 60 nos próximos meses, com previsão de entrega de mais 50 unidades brevemente”, disse o prefeito para o jornal. Ainda de acordo com ele, 120 terrenos serão distribuídos para

DIVULGAÇÃO/PREFEITURA

SETOR DE COMÉRCIO E SERVIÇOS REGISTRA CRESCIMENTO DE 21,8%

servidores municipais que ganham até três salários mínimos. “Vamos iniciar a construção de 182 casas no Bairro Triguinã; projeto em parceria com a Caixa”. Em relação a projetos para instalação de novas empresas no município, Tuta destaca que “nos próximos meses, cerca de 80 a 100 novas empresas iniciam processo de instalação. Pretendemos adquirir área na saída para Deodápolis, para dar início à organização do Polo Industrial, atendendo anseios das empresas de médio e grande porte que trará desenvolvimento ao município e oferecendo oportunidades de trabalho aos moradores”.

transformou totalmente, estabilizou, e hoje é o setor que mais emprega no município, com cerca de 70% dos trabalhadores com carteira assinada”, pontua Valentim.

>> Comércio e Serviços

De acordo com o presidente da ACIIV, “Ivinhema caminha

De acordo com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Ivinhema - ACIIV, Valentim Peixoto, o setor de

para ser um polo regional, com uma perspectiva de crescimento de 7% até final do ano, no comércio, em relação a 2012”.

comércio e serviços saltou de 863 empresas, em 2010, para 1.051 unidades, registradas até janeiro de 2013, apontando crescimen-

>> Usina

to de 21,8% no período.

A inauguração da unidade sucroenergética, do Grupo

Peixoto frisa que “até 2007, muitos empresários fecharam

Adecoagro, no final de abril deste ano, proporcionou oferta de

suas portas ou foram para outras localidades, por falta de

mais de duas mil vagas de trabalho, impulsionando o desenvolvi-

perspectiva e crescimento do município. Mas a partir de 2008

mento econômico. O investimento é superior a R$ 2 bilhões, com

tudo começou a se inverter com a implantação da usina de etanol

capacidade para moer seis milhões de toneladas de cana-de-

em Angélica. Fizemos um trabalho em parceria com Sebrae MS e

açúcar nesta primeira fase de implantação e previsão de processar

prefeitura, junto aos empresários mostrando as oportunidades de

10,4 milhões de toneladas por ano.

negócios no município e na região”.

A nova unidade em Ivinhema é a segunda sucroenergética do regiões mais produtivas do Brasil, Argentina e Uruguai, onde

informatização, atendimento, entre outros. “O comércio se

produz mais de 1 milhão de toneladas de produtos agrícolas,

CIDADE APRESENTARÁ CRESCIMENTO DE 7% ESTE ANO, APOSTA VALENTIM

DIVULGAÇÃO/PREFEITURA

Grupo, que possui várias instalações industriais distribuídas pelas

cursos de capacitação em gestão empresarial, consultorias,

JHONI CABRAL

Para atender à demanda de mão de obra, foram ministrados

DESDE 2008, CIDADE TEM APRESENTADO INDICADORES DE CRESCIMENTO

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DIVULGAÇÃO/PREFEITURA

CHEGADA DA USINA ABRIU VAGAS PARA EMPREGO E UM NOVO CENÁRIO ECONÔMICO

incluindo açúcar, etanol, eletricidade, milho, trigo, soja, arroz e

Francisco Prestes Maia pudesse projetar a sede do município de

produtos lácteos, entre outros.

Ivinhema, para uma população de 60 mil habitantes.

Peixoto destaca que “ainda temos espaço para comércio,

Em uma área de 400 alqueires, dividida em quatro zonas

fábricas e indústrias, bem como hotelaria, fábricas de roupas,

distintas: área central, comercial, residencial, operária e industrial,

calçados, lazer, pisciculturas, granjas de suínos e aves, prestadores

divididas em oito bairros: Piravevê, Guiray, Vitória, Água Azul,

de serviços para usina de etanol e açúcar”.

Triguenã, Itapoã, Centro e Industrial. Com a chegada das primeiras turmas de trabalhadores braçais em 1961, iniciou-se a derrubada da mata virgem. A golpes

>> Histórico O município de Ivinhema foi criado pela Lei nº 1.949, de 11 de

de machados, foices, enxadões e outras ferramentas manuais, foi

novembro de 1963. Em 1961, chegaram as primeiras turmas de

aberta uma clareira em plena mata para servir de campo de pouso

trabalhadores e no dia 1º de setembro se iniciaram as construções

para pequenos aviões, único meio de transporte que se poderia utilizar para chegar à região. No dia 23 de agosto de 1961 pousou

dos pavilhões para instalação de sua infraestrutura. Ivinhema existe graças à visão, arrojo pioneiro, confiança e à fé de um paulista de nome Reynaldo Massi, que sempre acreditou

o primeiro avião trazendo administradores da empresa que iriam coordenar, intensificar e fiscalizar os trabalhos de derrubada.

na pujança deste Estado, adquirindo terras, grandes áreas de

No dia 1º de setembro de 1961, data histórica para Ivinhema,

matas, com a finalidade de construir e implantar uma cidade,

foi colocado fogo na área recém-derrubada destinada à cidade.

projetada dentro da mais avançada técnica de urbanização. Em 25 de novembro de 1957, foi constituída uma empresa

Desse momento em diante era iniciada a demarcação de uma área de 7.788 alqueires de mata bruta, onde foram encontrados

que teria sob sua responsabilidade a orientação, os estudos da

vestígios de acampamentos, contando a história dos primeiros

região, planejamento das áreas adquiridas e sua racional

colonizadores ou "ervateiros" fronteiriços e paraguaios que se

utilização, bem como traçar um programa para a sua infraestrutu-

dedicavam a exploração de erva-mate, por concessão do Governo

ra e a realização de um sonho. Nascia a Someco S/A (Sociedade de

Federal e a Companhia Mate Laranjeiras.

Melhoramentos e Colonização), que durante dois anos forneceu

O MUNICÍPIO IRÁ COMPLETAR 50 ANOS

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Fonte: IBGE DIVULGAÇÃO/PREFEITURA

DIVULGAÇÃO/PREFEITURA

dados, elementos e condições para que o urbanista brasileiro

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O RIO IVINHEMA FAZ LIMITE DA CIDADE COM NOVA ANDRADINA



Fecomércio MS

Logística reversa: responsabilidade compartilhada entre indústria, comércio e consumidores

A

Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada

em agosto de 2010, por meio da Lei nº 12.305, disciplina a

coleta, o destino e o tratamento dos resíduos urbanos domésticos, industriais e os perigosos. O Art. 3º, inciso XII, da mesma Lei, refere-se à logística Reversa, que se caracteriza por um conjunto de ações e procedimentos para viabilizar a coleta e restituição dos resíduos sólidos, para reaproveitamento em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, bem como outra destinação final ambientalmente adequada. Edison Araújo, presidente do Sistema Fecomércio MS, destaca que existe uma preocupação diária com a destinação do lixo, em especial com os eletroeletrônicos, baterias, pneus, papelão, enfim, todo material vendido no comércio. “É louvável a iniciativa dos empresários que, sem a obrigatoriedade da Lei, já se preocuparam em coletar e dar destino certo aos resíduos. Agora, a Lei veio para generalizar tal atitude e garantir qualidade de vida e preservação do meio ambiente”. O envolvimento do comerciante nesse contexto está em negociação pelo seu representante, a Confederação Nacional do Comércio (CNC), daqual também participam a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e o Governo Federal, que estão reunidos para definir quais e como serão aplicadas as normas previstas em lei.

CNC E FECOMÉRCIO MS ALINHADOS PARA AUXILIAR EMPRESÁRIOS A SE ADEQUAREM À LEI

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SETOR TERCIÁRIO TERÁ DE DISPOR DE LOCAIS ESPECÍFICOS PARA O DESCARTE


SÍLVIA: PALESTRAS PELO BRASIL SOBRE AS EXIGÊNCIAS DA NOVA LEI

Na lei 12.305, em seu Art. 33, estão elencados os produtos tóxicos que precisam ser descartados conforme determinação. São eles: embalagens de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens, lâmpadas fluorescentes, produtos eletroeletrônicos e seus componentes. >> Distribuição estratégica De acordo com a especialista em questões ambientais, Silvia Martarello Astolpho, “a logística nasce de uma antiga estratégia de guerra, que possibilitava distribuir armamentos e Indústria e comércio já estão alinhados; basta regulamen-

suprimentos bélicos a soldados colocados em pontos

tar o processo que se inicia na indústria, chega ao comércio

estratégicos nos territórios. Hoje, o conceito é aplicado para

que é o agente que vende ao consumidor e cabe a este último

possibilitar a distribuição de mercadorias de consumo, uma

identificar os locais disponíveis para depositar os resíduos

vez que estas partem de suas fábricas e devem ser distribuídas

sólidos, que deverão estar dentro das lojas revendedoras

estrategicamente por todo o País, com vistas a seu consumo”.

desses produtos.

Silvia explica que a logística reversa imposta pela Lei acrescentou, em sua definição, o desenvolvimento social, uma

>> Ação da CNC Para isso, a CNC, CNI, CNA e governo estão reunidos para distribuir equitativamente as responsabilidades, sendo que

vez que a mesma poderá possibilitar a geração de trabalho, emprego e renda, quando estabelecida em grandes territórios, como é o caso do Brasil.

para o comércio caberá, em alguns casos a serem definidos,

A consultora frisa que mesmo antes da entrada em vigor da

locais apropriados para o recolhimento desse material. O custo

PNRS, houve crescente interesse na recuperação de produtos e

de recolhimento e tratamento desses resíduos caberá ao

materiais já utilizados ou descartados, em função do esgota-

fabricante, porém, não isenta o comércio de suas responsabili-

mento dos recursos naturais. “Esse interesse foi impulsionado

dades.

pela Lei e pode ser a chave para suportar o crescimento

Os empresários do comércio não precisam se preocupar de que forma precisam adequar suas empresas. Basta esperar

contínuo da população e o consequente aumento do consumo”, finaliza.

pelos resultados das negociações entre os órgãos representativos das classes com o governo Federal e aguardar as Resoluções que serão publicadas no Diário Oficial. A principal preocupação do governo Federal e dos órgãos ambientalistas é com o lixo tóxico e para isso, os setores que produzem esse material, já recebem orientação para descarte desses resíduos. As embalagens de agrotóxicos foram as primeiras a ter a logística definida, com início dos trabalhos em 2002. Em junho deste ano, foi a vez das embalagens de lubrificantes e óleos automotivos ter as normas implantadas no País, aos moldes do que já está em uso há alguns anos, nas regiões Sul, Sudeste e estados localizados no litoral e Minas Gerais. LEI ESTABELECE AÇÕES E PROCEDIMENTOS PARA COLETA E DESTINAÇÃO CORRETA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

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DISCUSSÃO DOS IMPACTOS DA LEI FOI TEMA DE WORKSHOP ORGANIZADO PELA FECOMÉRCIO MS

“OFERECER LINHAS DE CRÉDITO PARA AS ADAPTAÇÕES”, SUGERE THOMAZ

A Fecomércio MS, empenhada em orientar os empresários de Mato Grosso do Sul em relação ao recolhimento e devolu-

Serve Sempre, ressalta que o workshop otimizou a troca de

ção dos resíduos sólidos às indústrias, realizou, em maio, o

experiências entre as empresas e ampliou os contatos. “Serviu

workshop “Você sabe o que fazer com o lixo?”. A instituição

para vermos que a maioria dos empresários enfrenta o mesmo

trouxe João Vieira de Almeida Neto, Especialista em Saúde

problema: quem faz a coleta e de que forma esse lixo é

Coletiva e mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento

descartado ou reaproveitado”.

Regional, para proferir palestra e discutir os impactos da lei para o setor terciário.

O lixo gerado pelo supermercado é, na quase totalidade, caixas de papelão e plástico. Vivian explica que fez um acordo

O objetivo do workshop foi o de esclarecer ao setor do comércio quais as normas que começam a entrar em vigor. Cerca de 200 empresários participaram do evento.

com uma empresa de reciclagem. “Eles levam o material de graça e em troca, deixam o local limpo”, diz. Deodato Janio da Costa, que também participou do

Thomaz de Aquino Silva Júnior, engenheiro e sócio-

workshop, destaca que sempre procura atualizar-se em

proprietário da empresa Thomaz Auto Service, foi um dos

relação a descarte de lixo, porém, ele ressalta que os resíduos

participantes do evento. O empresário explica que são

que sua empresa gera, são materiais que precisam de mais

separados os resíduos recicláveis dos não recicláveis. “Estopa,

atenção e cuidado. “Nosso lixo é praticamente resíduo

graxas, peças, filtros dos automóveis são colocados em

químico. Nós descartamos tinta e estopas, por exemplo, e

recipientes específicos. Contratamos uma empresa que

temos consciência que é um lixo altamente poluente e

recolhe esses resíduos, para dar um destino final. A cada

contaminante”.

carregamento, recebo uma declaração dessa empresa

Janio sugere que o Sindicato da categoria apresente um

informando que os resíduos foram incinerados ou tiveram

plano de descarte desse tipo de lixo, com eficiência e de

outra destinação dentro das normas”.

acordo com as normas ambientais. “O governo também

Em relação aos materiais oleosos, Thomaz frisa que existe todo um processo de tratamento que retira os resíduos tóxicos, liberando apenas a água para o esgoto. “Todo esse

precisa tomar iniciativas mais eficientes para que a lei seja cumprida”, diz. Em relação ao workshop, Janio reforça que pode perceber

processo de coleta e separação de resíduos e o tratamento dos

que “a Fecomércio está interessada em resolver o problema do

óleos, gera custo para a empresa”, destaca.

descarte do lixo junto com os empresários. Isso é elogiável”.

O empresário acredita que faltam projetos ambientais que orientem o setor da indústria e comércio e que a implantação das normas e as exigências, sejam feitas de forma gradual. Thomaz conta que não é o que acontece. A fiscalização chega e impõe mudanças e o não cumprimento de prazo, resulta em multas pesadas. A participação mais atuante dos governos também é sentido pelo setor. “Oferecer linhas de crédito para que o empresário cumpra com as adaptações é necessário”, diz. PREOCUPAÇÃO MAIOR É COM SETORES QUE PRODUZEM LIXO TÓXICO; A LEI VALE PARA TODOS

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Vivian Celeste Souza Ramos, gerente do supermercado

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Senac lança portal nacional de educação a distância

DIVULGAÇÃO SENAC

O panorama da educação a distância indica boas perspectivas para os próximos anos. A adesão a essa modalidade tem aumentado e a qualidade dos cursos é cada vez mais aprimorada e, dessa forma, os trabalhadores começaram a ver esse tipo de formação com bons olhos e passaram a investir na profissionalização.

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MAIOR OFERTA DE CURSOS É UM DOS BENEFÍCIOS DO PORTAL NACIONAL





Os benefícios das ações de qualidade de vida na empresa Líderes e gestores devem propiciar a melhor qualidade de vida possível no trabalho e manter seus colaboradores satisfeitos e dedicados à empresa; no final todos ganham.

O

SESC MS entende que a eficácia das ações desempenhadas no ambiente de

trabalho deriva do bem-estar dos colaboradores. Dessa forma, o sucesso de um

negócio está diretamente relacionado à qualidade de vida dos profissionais e, por isso, é importante implantar ações que desenvolvam o bom desempenho dos colaboradores. É por isso que o SESC MS, por meio do programa SESC Empresa, vai oferecer uma programação ampla, que contemple as mais diversas ações fomentando dentro das empresas, uma rotina de hábitos saudáveis. O programa é válido para os trabalhadores do comércio e seus dependentes.

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DESTAQUE PARA A SOCIABILIZAÇÃO E Á QUALIDADE DE VIDA


O SESC MS quer destacar a socialização e o acesso à qualidade de vida integrando as empresas de Mato Grosso do

OFERECER CONDIÇÕES PARA UMA GESTÃO ADEQUADA DAS QUESTÕES RELATIVAS AO TRABALHO COM SAÚDE E BEM-ESTAR NO AMBIENTE DE SERVIÇO

Sul aos programas, levando em consideração o perfil de cada uma. A diretora regional do SESC, Regina Ferro, explica que a implantação do SESC Empresa visa destacar uma ação específica que atenda o perfil exato dos colaboradores, mantendo a proposta de reforçar o papel das empresas na busca por ambientes de trabalho mais humanos com a realização de campanhas educativas, eventos culturais, seminários e atividades de lazer nas empresas propiciando assim o desenvolvimento do ambiente organizacional. “É essencial oferecer, aos trabalhadores, condições para que se desenvolvam pessoalmente e cumpram uma gestão adequada das questões cotidianas relativas ao trabalho, levando em consideração a saúde, o bem-estar no ambiente de trabalho, gerando resultados produtivos. Por isso o SESC quer estar nas empresas, oferecendo programas esportivos e culturais”, comenta Regina. >> Como Funciona A analista em Educação e Saúde do SESC, Michelle Peruzzo, esclarece que a empresa que procura o aumento dos resultados dentro de um ambiente de trabalho adequado pode procurar o SESC que, inicialmente avaliará o perfil da empresa, diagnosticando a saúde dos colaboradores e formulando uma ação adequada. “É essencial oferecer, aos trabalhadores, condições para que se desenvolvam pessoalmente e cumpram uma gestão adequada das questões cotidianas relativas ao trabalho, levando em consideração a saúde, o bem-estar no ambiente de trabalho, gerando resultados produtivos. Por isso o SESC quer estar nas empresas, oferecendo programas esportivos e culturais”, comenta Regina. “Por meio do contato com a realidade da empresa, buscamos adequar o dia a dia do trabalhador a uma rotina saudável, com ações que elevem a qualidade de vida desse profissional. Por exemplo, se a empresa apresenta um quadro de colaboradores com diabetes, vamos distribuir no calendário dessa empresa, diferentes ações educativas, que melhorem a alimentação e também acrescentem a prática de exercícios físicos, conscientizando os trabalhadores a hábitos saudáveis, melhorando assim o estado de saúde e elevando o desempenho no trabalho”, explica Michelle.

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A assessora de Produtos Sociais do SESC, Rachiel Capillé, comenta que a meta deste ano é alcançar aproximadamente 45 mil atendimentos, com ações dentro da própria empresa em um período médio de três meses. “Nesse período o SESC Empresa aplicará uma série de atividades específicas dando suporte para as turmas diagnosticadas como Empresa Diabética, Empresa Hipertensa, Empresa Obesa, Empresa Estressada, essas ações têm como objetivo reverter os problemas existentes na empresa, transformando os resultados nas vendas e na produtividade”. Rachiel explica que para estimular a participação dos colaboradores, ao final do segundo mês, uma

FORMATOS DIFERENCIADOS PARA CADA TIPO DE PÚBLICO

avaliação será realizada com os colaboradores de cada turma aquela que tiver o melhor desempenho será premiada. “A turma vencedora terá um dia voltado aos cuidados do corpo e da mente, com oficinas de yoga, pilates, dança de salão e axé, além da estação transformação, que inclui serviços de quick-massage, massagem redutora, shiatsu, limpeza de pele, corte de cabelo, design de sobrancelha e maquiagem”. Ao final de todas as atividades aplicadas, o SESC oferece para as empresas diferentes formas de manter a qualidade de vida, propiciando aos colaboradores cursos voltados para a área de artes visuais, dança, implantando grupos de caminhada, passeios ciclísti-

COMPROMETIMENTO DOS COLABORADORES EM FAZER BOAS ESCOLHAS QUANTO AOS HÁBITOS SAUDÁVEIS

cos, assim como as consultorias nutricionais, peças teatrais, serviços odontológicos, turismo social, enfim, tudo que diz respeito à qualidade de vida disponível nas unidades do SESC. Regina Ferro enfatiza que para o sucesso da implementação de programas de qualidade de vida depende, “por um lado o comprometimento dos colaboradores em fazer boas escolhas quanto aos hábitos saudáveis e às atitudes de enfrentamento à adversidade e, por outro lado, da empresa em poder fornecer condições necessárias para que essas escolhas aconteçam”. PROJETO IRÁ ESTIMULAR PARTICIPAÇÃO E ENVOLVIMENTO DOS COLABORADORES

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