Revista Comércio & Cia - 1ª Edição

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P U B L I C AÇ ÃO B I M E S T R A L D O S I S T E M A F E CO M É R C I O M ATO G R O S S O D O S U L | A N O 1 | E D I Ç ÃO N º 1 | M A R ÇO / A B R I L 2 0 1 1

Fecomércio MS agora tem Instituto de Pesquisa Instituto Fecomércio de Mato Grosso do Sul vai ter indicadores econômicos e sociais para nortear ações dos empresários e gestores

Três Lagoas Investimentos continuam mantendo comércio aquecido e gerando mais empregos no município

Certificação Digital Agilidade e benefícios para os empresários

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Palavra do Presidente 2011 será um ano importante para o Sistema Fecomércio MS, formado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de MS, Sesc, Senac e o recém criado Instituto Fecomércio de Pesquisa. Além dos produtos e serviços já reconhecidos pela sociedade, teremos avanços significativos nas quatro instituições, alguns já anunciados nesta edição. Vale a pena conferir. Outros estão por vir. Temos propostas sólidas, concretas e que serão desenvolvidas com responsabilidade, competência e, acima de tudo, com conteúdo. Ações que vêm ao encontro das solicitações de um setor sedento por projetos inovadores, que precisa estar sempre buscando novidades de acordo com os desejos da clientela. E é aí que está o desafio de cada comerciante, lojista, empresário, empreendedor do nosso Estado: “acertar a mão” quando o assunto é consumidor. Entre as “ferramentas” que a Federação irá disponibilizar, a partir deste ano, está o Serviço de Certificação Digital e os produtos do Instituto Fecomércio de Pesquisa, que vão agilizar vários procedimentos para os comerciantes e também vão ajudá-los, baseados em números e sondagens, para que programem - melhor ainda - uma estratégia competitiva de venda, marketing, enfim, um posicionamento no mundo empresarial. Para defender os interesses da categoria, também contamos com a nossa Assessoria Legislativa e Parlamentar. A própria Revista Comércio & Cia. é resultado de um trabalho que começou há pouco menos de um ano, após assumirmos a direção de um Sistema que se orgulha de trabalhar em equipe e vê nos seus Sindicatos e representados, parceiros de uma longa jornada que está por vir. Os leitores - formadores da opinião pública - encontrarão temas atuais e estratégicos para seus negócios, resultados de pesquisas sazonais, que vão servir de importante banco de dados para subsidiar ações futuras. Além disso, terão dicas sobre economia e negócios baseadas em experiências profissionais de sucesso e que podem ser aplicadas em vários setores. Sejam bem-vindos a mais um canal de comunicação entre a Fecomércio MS e empresários. Degustem e discutam cada página da revista. E sejam mais um parceiro no nosso negócio: o fortalecimento da classe sindical patronal e o fomento da economia do nosso Estado.

EDISON FERREIRA DE ARAÚJO Presidente do Sistema Fecomércio de Mato Grosso do Sul

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Sumário P U B L I C A Ç Ã O B I M E S T R A L D O S I S T E M A F E C O M É R C I O M AT O G R O S S O D O S U L | A N O 1 | E D I Ç Ã O N º 1 | M A R Ç O / A B R I L 2 0 1 1 PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO MS

Edison Ferreira de Araújo DIRETORIA 1° VICE-PRESIDENTE

Denire Carvalho 2° VICE-PRESIDENTE

José Alcides dos Santos 1° SECRETÁRIO

Hilário Pistori

Capa

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2° SECRETÁRIO

Manoel Ribeiro Bezerra 1° TESOUREIRO

Sebastião José da Silva 2° TESOUREIRO

Roberto Rech SUPLENTES DA DIRETORIA

Ricardo Massaharu Kuninari; Valdir Jair da Silva; Carlos Roberto Bellin; Benjamin Chaia; Alvaro José Fialho; Claudio Barros Lopes; Wilson Dalbem CONSELHO FISCAL

Oswaldo Fernandes; Jonas Chaves Junior; Leila Denise Kemp SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL

Vicente Domingos Alves de Arruda; Elenice Alves Perez; Domingos Sergio Barreto da Silva DELEGAÇÃO FEDERATIVA

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Capa

O Instituto Fecomércio MS vai reunir e sistematizar informações que possam subsidiar a tomada de decisões dos empresários. É uma das ações propostas pela Federação para 2011.

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Cidades

Três Lagoas é o destaque desta primeira edição. Investimentos no município e posição geográfica privilegiada indicam porque a cidade continua sendo “a bola da vez”.

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Entrevista

O presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, explica quais serão os desafios do setor para 2011.

12. Economia MS São grandes as expectativas quanto à reforma tributária, fundamental para que a economia de MS continue crescendo e se fortalecendo.

24. Comércio & Serviços A vinda de quatro grandes shoppings mostra que MS apresenta alto potencial para

consumo nos próximos anos e os empreendimentos devem gerar cerca de 8 mil empregos diretos e movimentar a economia.

27. Estratégia O consultor Marcelo Ortega alerta os empresários de que o consumidor tende a valorizar o bom atendimento ainda que o concorrente tenha preços menores. Ele estará em Campo Grande para uma palestra sobre esse e outros assuntos.

28. Carreira & Mercado Quem está no mercado ou quer retornar precisa ter “espírito empreendedor”. Empresários querem trabalhadores com iniciativa, disponibilidade e que tenham capacidade de estar em constante renovação.

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Fecomércio

Fortalecimento da representatividade e oferta de novos produtos vão fazer a diferença no segmento de comércio, bens e serviços.

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Edison Ferreira de Araujolva; José Alcides dos Santos

Parcerias

Começa a correr o tempo para que empresários estabelecidos no centro de Campo Grande despoluam as fachadas. O desafio é conciliar interesses.

e especialistas garantem que empresários de pequeno e grande porte ainda desconhecem a importância da implantação das NF-E`s.

36. Ponto de Vista O diretor-superintendente do Sebrae/MS, Cláudio Mendonça, afirma que os empresários devem investir nos funcionários para assegurar a qualidade no atendimento ao cliente.

de trajetória profissional que transformaram o ramo de calçados em Campo Grande.

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IFMS

Thales de Souza Campos; Isabella Fernandes; Michele Abreu SINDICATOS REPRESENTADOS PELA FECOMÉRCIO/MS

44. 46.

EDIÇÃO: Infinito Comunicação Empresarial

42. Nosso Ambiente Empresários se mostram cada vez mais engajados em ações de responsabilidade ambiental, mas ainda vão ter de sensibilizar os clientes.

Gestão & Finanças A movimentação das entidades representativas do comércio tem garantido mais crédito para o FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste), mas a oferta de recursos ainda é pequena diante da demanda. Sesc Focado na qualidade de vida da família comerciária, o SESC vem firmando importantes parcerias para que sejam implantadas novas unidades.

infinitocomunica@gmail.com EDITORA-CHEFE: Neusa Pavão

49. Legislação A Fecomércio MS vai intensificar ações para orientar sete mil 50.

Senac A ampliação da carteira de clientes corporativos e fortalecimento do Banco de Oportunidades de Trabalho são projetos prioritários para este ano.

REPORTAGEM: Neusa Pavão - MTB/MS 035;

Fernanda Mathias - MTB/MS 041; Fabiana Silvestre - MTB/MS 870344 ASSISTENTE DE REPORTAGEM: Taiene Paiel FOTOS: Mário Bueno - MTB/MS 166; Edson Ribeiro - MTB/MS 50 PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO:

Futura Comunicação & Marketing COMERCIALIZAÇÃO: Departamento de

53. Sindical Em busca da excelência, Sindicatos filiados à Fecomércio MS

aderem ao SEGS e implantam importantes mudanças em seus modelos de gestão.

38. Empresário do mês O empresário Carlos Bellin conta sobre as duas décadas

Denire Carvalho; Sebastião José da Silva

Sindicato do Com. Atacadista e Varejista de Dourados; Sind. do Comércio Varejista de Amambai; Sind. do Comércio Varejista de Aquidauana e Anastácio; Sind. do Comércio Varejista de Campo Grande; Sind. do Comércio Varejista de Corumbá; Sind. do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Campo Grande; Sind. do Comércio Atacadista e Varejista de Materiais de Construção de Campo Grande; Sind. do Comércio Varejista de Naviraí; Sind. do Comércio Varejista de Paranaíba; Sind. do Comércio Varejista de Três Lagoas; Sind. do Comércio Varejista de P. Porã; Sind. do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de MS; Sind. dos Despachantes Comerciais do Estado de Mato Grosso do Sul; Sind. dos Representantes Comerciais do Estado de Mato Grosso do Sul; Sind. dos Centros de Formação de Condutores de Veículos do MS; Sind. dos Revendedores de Veículos Automotores de C. Grande

comerciantes do centro, que terão de se adequar ao Plano de Revitalização.

32. Tecnologia & Inovação MS ocupa a 12ª posição no ranking de empresas que já implantaram as Notas Fiscais Eletrônicas

SUPLENTES DA DELEGAÇÃO FEDERATIVA

Relações com o Mercado - FECOMÉRCIO MS GESTORA DE RELAÇÕES COM O MERCADO:

Ionise Catarina Piazzi Tavares CONSULTORA DE RELAÇÕES COM O MERCADO: Cátia de Almeida

comercial@fecomercio-ms.com.br Rua Almirante Barroso, 52, Bairro Amambaí, CEP: 79008-300, Campo Grande/MS - fone: (67) 3321-6292 / Fax: (67) 3321-6310 A revista Comércio & Cia. é uma publicação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de MS. Os artigos assinados são de propriedade de seus autores, não representando a opinião do Sistema Fecomércio MS ou de seus dirigentes.

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Capa

Instituto Fecomércio de Mato Grosso do Sul Pesquisas vão traçar o panorama do setor terciário e identificar demandas e novas tendências Quais os profissionais mais requisitados pelo setor terciário em Mato Grosso do Sul? Qual o perfil mais procurado entre os empregadores e as principais tendências no mercado profissional? Qual a expectativa de vendas e como tem sido o crescimento do setor terciário no Estado? Esses são alguns questionamentos que o IFMS (Instituto Fecomércio de Mato Grosso do Sul) se propõe a responder, com base em pesquisas e levantamentos estratégicos. Criado pela Fecomércio MS e com as atividades já em andamento, o objetivo do instituto é reunir e sistematizar informações que possam subsidiar a tomada de decisões por parte dos empresários do comércio e de instituições governamentais e não governamentais.

NÚMEROS PARA O SETOR - “Serão estabelecidos e aferidos, permanentemente, indicadores sobre o comércio sul-mato-grossense, criando, assim, um histórico dos resultados, estruturando-os tecnicamente, possibilitando a atração de investimentos e contribuindo para o desenvolvimento”, explicou o presidente da Federação, Edison Araújo. O instituto reunirá três entidades parceiras: Fecomércio/ MS; Sesc/MS e Senac/MS. Também serão intensificadas as pesquisas sazonais, com as expectativas de compra em datas comemorativas. Os levantamentos possibilitarão aos empresários identificar as principais demandas do setor e traçar estratégias de atuação para minimizar prejuízos, fomentar os negócios e, se for o caso, corrigir rumos. O presidente da Federação lembra que a atuação do Instituto não será restrita às pesquisas. “Vamos nos posicionar em matérias de caráter econômico e social e assuntos que afetam o comércio de bens, serviços e turismo”, disse.

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OS EMPRESÁRIOS PODERÃO IDENTIFICAR DEMANDAS E TRAÇAR ESTRATÉGIAS DE ATUAÇÃO

NOVO TEMPO - Para Edison, como expressão de atividade humana, o comércio precisa ser reinventado diariamente, demandando aos gestores a necessária capacidade de perceber o que está por vir. Sintonizada com esse novo tempo, a Fecomércio está consolidando a missão de promover condições favoráveis para que as empresas do comércio de bens, serviços e turismo gerem resultados positivos e promovam o desenvolvimento. A criação do IFMS é uma iniciativa direcionada a este objetivo e já é reconhecida por entidades representativas do Estado, como a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e a Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul). “O comércio é um importante vetor da economia de MS. A iniciativa de fundar uma instituição com objetivo de realizar pesquisas supre uma carência do Estado na construção de indicadores precisos do setor”, enaltece o presidente da Famasul, Eduardo Correa Riedel. Ele lembra que o Instituto vai contribuir para criar um ambiente confiável e atrativo para novos empreendimentos e para empresas consolidadas que aqui quiserem se instalar. Já o presidente da Fiems, Sérgio Longen, defende a criação do Instituto como uma medida que evidencia a dinâmica do novo modelo de gestão da Fecomércio, que vem sendo implantado pelo presidente da entidade, Edison Araújo. “Somente com o acompanhamento e monitoramento do cenário

OBJETIVOS DO INSTITUTO FECOMÉRCIO DE MS • Promover a construção de indicadores do setor terciário do Estado; • Elaborar pesquisas conjunturais que sirvam ao entendimento do processo de desenvolvimento do Estado; • Disponibilização de pesquisas sazonais nas principais datas festivas, para que o setor terciário possa se preparar para atender as demandas destas ocasiões; • Divulgar análises e pareceres que representem os interesses e a opinião do setor nos assuntos ligados a economia do Estado; • Oferecer um portfólio de serviços que atendam as demandas de conhecimento nas instituições ligadas ao terceiro setor; • Desenvolver as competências dos empresários ligados ao setor; • Atuar como órgão de capacitação e direcionamento de estagiários para o setor terciário, objetivando sua inserção no mercado de trabalho.

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OS INDICADORES ECONÔMICOS VÃO NORTEAR TRABALHOS DE EMPRESAS E ENTIDADES LIGADAS AO SETOR

econômico é possível construir ações capazes de promover o desenvolvimento do setor produtivo”, disse Longen. Ele lembra que, no primeiro ano de gestão na Fiems, em 2007, foi criado o Radar Industrial, que se tornou referência na divulgação de informações sobre o desempenho da indústria. “É uma iniciativa plausível. É mesmo um avanço, pois o Estado carece de informações confiáveis”, apoia a secretária de Desenvolvimento Agrário de Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias. “O Instituto vem para auxiliar o Estado no relacionamento com seus potenciais investidores”.

VOCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO O presidente da Fecomércio MS, Edison Araújo, detalha as prioridades do IFMS C

QUAIS OBJETIVOS DO INSTITUTO DE PESQUISA? EA - O objetivo principal do Instituto Fecomércio de MS é colaborar com o desenvolvimento do setor terciário do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da orientação, promoção e intermediação das entidades envolvidas. A implantação do Instituto faz parte do Plano Estratégico da Fecomércio MS, elaborado para o período de 2010 a 2020. QUEM SERÃO OS MANTENEDORES DO INSTITUTO? EA - O IFMS é da Fecomércio MS, mas conta com o apoio das entidades envolvidas com o terceiro setor e que sejam parceiras em suas ações, objetivando a união de forças que promova o desenvolvimento dos setores representados pela Fecomércio MS. QUANDO COMEÇAM OS TRABALHOS? EA - Já no primeiro semestre de 2011, o IFMS apresentará um estudo de competitividade do setor terciário, um trabalho pioneiro em parceria com o Sebrae/MS, que servirá para alicerçar as ações das empresas e entidades ligadas ao setor em seus investimentos para os próximos anos. O instituto passará a apresentar conjunturas que realizem um diagnóstico do nível de atividade da economia e, em especial, do setor comercial. QUEM SERÁ BENEFICIADO PELAS AÇÕES DO INSTITUTO? EA - A missão do Instituto é, acima de tudo, colaborar com o desenvolvimento do Estado. Assim, certamente haverá benefícios para todas as áreas do setor produtivo. E ainda todas as ações mais específicas, que são voltadas ao dinâmico do setor de comércio e serviços, poderão ser sentidas em todas as outras áreas da economia do Estado.

FAZENDO A DIFERENÇA - O Instituto Fecomércio de MS promoverá a construção de indicadores e a elaboração de pesquisas conjunturais para que as informações subsidiem as ações das empresas e entidades ligadas ao setor. Outra prioridade é o desenvolvimento das competências e das lideranças, alinhado ao objetivo principal de fomentar a cadeia produtiva.

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O INSTITUTO VAI SISTEMATIZAR INFORMAÇÕES PARA SUBSIDIAR A TOMADA DE DECISÕES DOS COMERCIANTES E EMPRESÁRIOS

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Economia MS NO CASO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, PAUTA FISCAL CHEGA A SER 30% SUPERIOR AO VALOR REAL, CALCULA O EMPRESÁRIO FÁBIO BIGOLIN

Reforma Tributária Vital para uma economia forte e para dar fôlego aos empresários do Estado

Depois de um ano de excelentes resultados, o setor produtivo de Mato Grosso do Sul espera avanços em 2011, especialmente quanto à reforma tributária. O assessor econômico da Fecomércio MS, Thales de Souza Campos, ressalta que as entidades representativas dos setores econômicos (Fecomércio, Fiems e Famasul) estão organizadas para agir em conjunto em defesa dos interesses dos seus representados. PLANOS SUSTENTÁVEIS Um exemplo recente é a ação contra o aumento da carga tributária e o retorno da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), pretendido pelo Governo Federal. “As Federações propõem a melhoria da gestão da Saúde, mas sem aumento da carga tributária”, explica. Quanto à esperada reforma tributária, o assessor econômico afirma que a tendência é que seja um processo demorado, mas as entidades vão estar atentas, acompanhando as movimentações do Poder Legislativo. Justamente com os propósitos de criar essa interlocução e contribuir com a elaboração das Leis que vão afetar o setor, é que a Federação criou a Assessoria Legislativa e Parlamentar. “O que se espera são planos de Estado, que sejam viáveis e sustentáveis, planejados a médio e longo prazos e não planos de Governo, com

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propostas a curto prazo, cujas ações têm objetivos eleitoreiros”, resume Thales. O setor da construção civil teve muito o que comemorar em 2010. “Estamos vivendo um bom período desde 2009, com um crescimento entre 5% e 10% ao ano, e esperamos manter esse ritmo”, afirma o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Materiais de Construção de Campo Grande, Fábio Ângelo Bigolin. No ano passado, o índice de crescimento superou os 7%, o que Fábio atribui à melhoria da renda da população, aumento do nível de emprego e de crédito: “Mas as taxas de juros ainda são elevadas e o governo precisa agir para melhorá-las”. A carga tributária é um fator de preocupação, especialmente porque o valor de base para incidência do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Merca-

dorias e Serviços), a chamada pauta fiscal, está sempre acima do preço de mercado dos produtos. “O valor da pauta chega a ficar 30% acima do de mercado”, diz Fábio. Distorção que também incomoda outro setor. O vice-presidente da AMAS (Associação Sul-mato-grossense de Supermercados), Adeilton Feliciano do Prado, espera que neste ano as discussões sobre a reforma tributária avancem: “Há uma diferença muito grande de um Estado para outro e temos um emaranhado de impostos, esperamos que fique mais simples”.

DESONERAÇÃO NOS PRODUTOS Apesar do peso dos impostos, Adeilton afirma que 2010 foi um ano de bons resultados para o setor, inclusive superando a expectativa de crescimento de 7%. “Foi um ano muito bom, o consumidor está menos endividado e, com a ascensão de milhares de famílias das classes D e E para a C, aumentaram as vendas de produtos que não são de primeira necessidade e que têm maior valor agregado”. Uma das expectativas é de que os produtos alimentícios sejam desonerados, especialmente os de primeira necessidade que compõem a cesta básica. “Temos uma das maiores cargas tributárias do País. Em São Paulo, por exemplo, a cesta básica tem isenção de ICMS”, compara. Enquanto as discussões avançam, a AMAS acredita que o balanço, em 2011, será positivo. O setor espera crescimento de 5% nas vendas.

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Cidades

por isso contamos também com recursos do Governo Estadual e Federal, para não entrarmos em colapso”, explica. DESENVOLVIMENTO E REVITALIZAÇÃO Mais rápido a responder às mudanças econômicas, o setor terciário de Três Lagoas tem crescido a galope. Com o turismo de negócios, a rede hoteleira tem recebido de dois a três novos empreendimentos por ano. A procura por imóveis disparou, levando à valorização de lotes e à proliferação de empreendimentos voltados a todas as classes sociais, desde as habitações populares aos condomínios fechados. Em 2011, o Aeroporto de Três Lagoas deve começar a operar com voos comerciais, o que vai fomentar ainda mais a atividade turística na cidade. Também neste ano a prefeitura dará largada ao projeto de revitalização do centro comercial de Três Lagoas, inicialmente padronizando três quadras e depois estendendo as mudanças às demais. “Vamos padronizar fachadas, melhorar a arborização, implantar lixeiras e reformular o projeto de iluminação. O projeto conceitual já está sendo desenvolvido e agora vamos levantar os custos”, explica Marco Garcia. Para a revitalização, serão fechadas parcerias com os lojistas e também com a empresa de iluminação, para que a fiação seja embutida, melhorando o aspecto visual. Uma

FOTOS: ADRIANO FALEIROS/ASCOM TL

Três Lagoas Crescimento econômico garantido para os próximos anos

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om localização e logística estratégicas, a cidade de Três Lagoas, a 310 quilômetros de Campo Grande, vive nos últimos anos intenso processo de crescimento. O cronograma de investimentos públicos e privados aponta que, pelo menos até 2014, a geração de empregos continuará a todo vapor, mantendo aquecidos os setores de comércio, serviços e turismo.

DESAFIOS PARA O ANO A estimativa da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas é de que ao longo de 2011 sejam gerados mais mil empregos formais no comércio da cidade. A população do município já superou os 100 mil habitantes – segundo o Censo de 2010/IBGE são 101.722 moradores – nú-

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mero que aumenta em até 10% por conta da chamada população flutuante, ou seja, estudantes e prestadores de serviços que ficam na cidade por determinado período. “Temos um desafio enorme para fazer frente a esses novos investimentos e proporcionar qualidade de vida à população. Nos últimos cinco anos, estamos abrindo uma escola municipal por ano, temos investido em asfalto, postos de saúde e projeto, em conjunto com a Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) para ampliar para 67% o índice de domicílios com redes de esgoto até 2012”, diz o Secretário de Desenvolvimento de Três Lagoas, Marco Garcia de Souza. Segundo ele, a cidade atende hoje 30% da população com rede de esgoto. Quase o dobro disso está em vias de conclusão, faltando somente a ligação com a rede coletora. “Precisamos ser rápidos,

possibilidade, ainda em estudo, é a concessão de incentivo fiscal para os comerciantes promoverem as mudanças necessárias à padronização das fachadas. Com a demanda crescente, neste ano terá início a construção do primeiro shopping da cidade, empreendimento que vai gerar 800 empregos durante a fase de obras. Dois grupos demonstraram interesse na implantação do condomínio, que terá 110 lojas. Uma das áreas cogitadas para instalação do empreendimento está situada ao lado do aeroporto da cidade. O secretário de Desenvolvimento de Três Lagoas, Marco Garcia de Souza, acredita que a chegada do shopping, com funcionamento previsto para 2012, deve fazer com que os lojistas do centro acelerem o processo de revitalização, para garantir competitividade.

MARCO GARCIA DE SOUZA

A BOLA DA VEZ E a economia de Três Lagoas deve continuar crescendo em ritmo acelerado nos próximos anos. A previsão é de que obras para instalação de indústrias na cidade atinjam o pico no segundo semestre deste ano, gerando 1,3 mil empregos entre a siderúrgica Sitrel, da Votorantim, com investimento de R$ 800 milhões, e a Eldorado Celulose e Papel, que demandará US$ 2 bilhões em investimentos. Em 2013, o movimento intenso na cidade será por conta das obras de implantação da

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REVITALIZAÇÃO DO CENTRO DE TRÊS LAGOAS TERÁ INÍCIO JÁ NESTE ANO

fábrica de fertilizantes da Petrobras, com investimento de mais US$ 2,5 bilhões, além da ampliação do volume produzido pela Fibria, que vai praticamente dobrar. O que faz de Três Lagoas “a bola da vez” é um conjunto de fatores fundamentais para viabilizar investimentos. A grande oferta de energia é um deles. Além da hidrelétrica de Jupiá, a cidade conta com a termelétrica, abastecida pelo gás natural do gasoduto Brasil-Bolívia. A logística também é favorável, com rodovia duplicada até o Porto de Santos (SP), ferrovia, além da hidrovia Tietê-Paraná. A cidade fica estrategicamente localizada, à 100 quilômetros do Estado de São Paulo, o maior centro consumidor do País; 250 quilômetros de Goiás; 300 quilômetros do Paraná e à 400 quilômetros de Minas Gerais. “Estamos no centro do País, ao lado dos grandes mercados consumidores e com energia em abundância”, resume o secretário Marco Garcia.

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Campo Grande Corumbá Costa Rica Dourados Jardim

Maracaju Naviraí Nova Andradina Ponta Porã São Gabriel do Oeste.

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DIVULGAÇÃO/ CNC

Entrevista

Antonio Oliveira Santos

Presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Antonio Oliveira Santos teve a oportunidade de acompanhar, muito de perto, as principais mudanças nas relações comerciais, incluindo a mais recente, provocada pela internet. Nasceu em Vitória (ES) em 30 de junho de 1926 e foi nesse Estado que, no final da década de 60 tornou-se Presidente da Federação do Comércio. Em 1980 tomou posse como presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e do Conselho Nacional do Sesc e do Senac.

Comércio & Cia - Quais são as perspectivas para o setor terciário, levando-se em conta o atual desempenho econômico brasileiro, as incertezas quanto à economia global e, ainda, as propostas de Governo? Antonio Oliveira Santos - Ao longo dos últimos anos, o setor terciário tem demonstrado um excepcional dinamismo, liderando o crescimento das atividades econômicas. O setor de serviços, no conceito do IBGE, representa cerca de 60% de tudo o que é produzido no País, com destaque para as áreas de segurança do trabalho, higiene e limpeza, contabilidade, lazer e, especialmente, turismo. O setor de turismo, entre todos, é o que revela a mais alta taxa de expansão, não só no Brasil, mas no mundo. C&C - Quais as expectativas do setor quanto às políticas fiscais e à reforma tributária? Na sua avaliação, de que forma a questão pode ser conduzida para garantir competitividade aos estados, em especial no caso de Mato Grosso do Sul, onde há fronteiras com dois países nos quais a carga tributária é bem menor e, por isso, levam grande fatia das compras dos consumidores? 18

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Em nome da classe empresarial do comércio, a CNC vem postulando, há vários anos, significativo ajuste fiscal, baseado em duas premissas fundamentais: a redução da carga tributária e a simplificação do sistema. Na atual conjuntura de globalização, é indispensável dotar a produção nacional de condições para competir nos mercados internacionais, seja mediante a conquista de uma crescente participação das exportações brasileiras no comércio mundial, seja assegurando aos produtos nacionais condições para competir com os concorrentes estrangeiros. A CNC entende que, no estágio atual, não há maior viabilidade para uma ampla reforma tributária, tendo em vista, principalmente, as resistências políticas dos estados e municípios.

Contudo entendemos que há espaço suficiente para realizar significativos ajustes pontuais, como, por exemplo, a extinção da contribuição para a educação, que pesa sobre a folha de salários, a extinção do PIS, a transferência da Cofins para o Orçamento da União e a incorporação da CSLL ao Imposto de Renda da pessoa jurídica. São medidas relativamente simples e viáveis. No caso particular do Estado de Mato Grosso do Sul, tão importante quanto a questão tributária é a necessidade de melhorar a deficiente logística dos transportes, que consome parte ponderável de nossas vantagens comparativas naturais.

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C&C - A Fecomércio MS está fortalecendo e reforçando sua atuação junto aos sindicatos filiados por meio do SEGS, da Assessoria Legislativa e Parlamentar e do Instituto Fecomércio de Pesquisa. Com base na experiência em outras Federações que já se utilizam dessas ferramentas há mais tempo, o que os sindicatos (e seus representados) poderão esperar de melhorias para os próximos anos? A CNC está fortemente empenhada em garantir aos sindicatos e federações de nosso Sistema uma gestão administrativa de excelência, que valorize os recursos disponíveis e a qualidade dos serviços que pode oferecer às empresas associadas. São realmente animadores os resultados alcançados, até agora, pela implementação do SEGS, ao mesmo tempo em que a implantação do Instituto de Pesquisas orienta quanto à evolução das atividades do comércio e a Assessoria Legislativa e Parlamentar permite o acompanhamento e a interpretação das leis e regulamentos de interesse do setor. C&C - De que maneira o comércio brasileiro vem atuando nas vendas pela internet? Há algum tipo de programa para estimular as vendas no ambiente virtual? Como o comerciante deve se preparar para esse novo tempo, esse novo consumidor que está surgindo? A CNC acompanha e analisa o comércio eletrônico desde sua implantação no Brasil, e reconhecemos na atividade um canal promissor de vendas. As vendas pela internet vêm alavancando o comércio, sem deslocar as atividades tradicionais, o que se confirma diante da expectativa de crescimento recorde do comércio previsto para 2010. Em pa-

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ralelo, o comércio cresceu, em média 40% em relação a 2009, na medida em que as vendas pela internet ganham nova dimensão, atingindo um mercado representativo de consumidores potenciais, com uma estrutura reduzida de custos, embora represente ainda entre 2% e 3% das vendas totais do varejo no País. O potencial de crescimento é imenso para os próximos anos, valendo notar que dos 76 milhões de brasileiros com acesso à internet, apenas 18 milhões já fizeram pelo menos uma compra virtual.

É importante que o comerciante brasileiro esteja atento aos movimentos do comércio eletrônico e da internet como meio de desenvolvimento de seus negócios.

C&C - De que forma o Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) da CNC vai apoiar o desenvolvimento dos sindicatos e contemplar os interesses dos comerciantes, tornando-os mais competitivos? O PDA trata de questões estruturantes para os sindicatos, de forma a criar um ambiente propício para que mais empresários se aproximem das entidades, se associem, contribuam financeiramente e se envolvam nas questões de interesse coletivo do comércio. Em colaboração com as federações, o programa inclui a construção de um banco de dados nacional, que vai ajudar na arrecadação da contribuição sindical e permitir uma aproximação maior com o empresário, além de ações de capacitação para lideranças, de incentivo à informatização, de auxílio à prestação de serviços e de apoio à imagem institucional dos sindicatos.

C&C - O Sesc e o Senac fazem parte da história de muitos empresários e seus funcionários. Quais são os desafios das instituições para esta década (2010/2020)?

na Câmara dos Deputados e no Ministério da Justiça, e prevê, agora, a implantação de uma escola de gastronomia que seja referência nacional.

Ao longo de seis décadas de sua existência, o Sesc e o Senac vêm realizando uma obra extraordinária, seja em relação ao aprendizado e à formação de profissionais para as atividades comerciais, seja no que se refere ao bem-estar social da classe dos comerciários. O principal desafio para a década que agora se inicia é manter o espírito inovador dos nossos pioneiros e inserir as duas organizações na sociedade do conhecimento.

C&C - MS é um Estado com forte apelo turístico, tanto ecológico quanto de negócios. Além disso, pesquisas indicam que os trabalhadores estão consumindo mais serviços, vários deles voltados para o bem-estar. Os próprios empresários descobriram que uma boa política de gestão de pessoas é investir em ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida. No Mato Grosso do Sul, o Sesc está desenvolvendo um estudo de viabilidade para implantação de uma unidade de hotelaria. O que isso representa para os comerciários e para o segmento?

C&C - Levando em consideração a proximidade e integração de Cuiabá (MT), que vai sediar um jogo da Copa de 2014, com Campo Grande (MS) e a iminente necessidade de se qualificar profissionais que atuam no setor de hotelaria e alimentação, qual a importância da implantação da Escola de Gastronomia do Senac? O que os empresários e os trabalhadores podem esperar da instituição para o fortalecimento e qualificação dos profissionais? O Senac está totalmente empenhado e preparado para o grande evento mundial, atuando intensamente na formação de trabalhadores qualificados para o mercado, de forma eficaz e articulada com os objetivos globais do Programa Nacional de Educação Profissional Senac na Copa 2014. Entre as ações previstas nos 12 estados que sediarão jogos da Copa, firmou-se o compromisso de oferecer um milhão de matrículas e atendimentos. Em outra frente, o projeto do Senac Gastronomia, em Brasília, implantou restaurantes e lanchonetes-escola

O turismo, que já foi privilégio de classes com maior poder aquisitivo, tornou-se acessível a praticamente todas as classes sociais, favorecidas pelas políticas de distribuição de renda e pelas facilidades de financiamento.

O forte apelo turístico de Mato Grosso do Sul vem sensibilizar comerciários de todo o Brasil, frequentadores da rede de hospedagem do Sesc. A implantação de uma unidade de hotelaria no Estado está sendo recebida com entusiasmo.

Os investimentos na qualidade de vida dos trabalhadores refletem as duas vertentes que norteiam o Senac e o Sesc: a educação para o trabalho e o bem-estar do trabalhador e de sua família.

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Comércio & Serviços

DIVULGAÇÃO

PROJETO DO SHOPPING NORTE SUL PLAZA, QUE INICIA ATIVIDADES EM MARÇO

Shopping Centers

Um novo cenário econômico na capital

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m 1989, a instalação do Shopping Campo Grande foi marco de uma nova etapa para o comércio da Capital, que agora mais uma vez passa por transformações com a chegada de quatro empreendimentos de grande porte. Cada um deles deve gerar dois mil empregos diretos quando estiver em pleno funcionamento. Em janeiro de 2009 a inauguração do Pátio Central, com mais de 50 lojas, movimentou o centro e, na mesma região, serão instalados mais dois condomínios: o Shopping 26 de Agosto e o Cidade Morena, ambos empreendimentos do grupo Saad. O empresário e sócio do grupo, Fernando Saad, explica que, além do fato de ser natural de Campo Grande, o que o motivou ao investimento foi a crescente

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demanda por shoppings, especialmente os populares. “A Saad escolheu o local por estar situado no coração da cidade, onde está o grande fluxo varejista do comércio popular”, diz. Segundo ele, o estudo de viabilidade econômica encomendado pelo grupo apontou alto potencial de consumo para os próximos anos. Os empreendimentos têm focos diferentes. O Shopping 26 de Agosto será popular. A inauguração está programada para o dia 26 de agosto deste ano, aniversário de Campo Grande. Serão mais de 550 lojas, praça de alimentação com 14 restaurantes e acomodação para 400 pessoas; 400 vagas para estacionamento com acessos pelas ruas 26 de Agosto e 7 de Setembro. Voltado a todas as classes de

consumo, o Cidade Morena contará com 200 lojas e 650 vagas para estacionamentos, com a área total de 57 mil metros quadrados e entradas pelas ruas Calógeras e Marechal Rondon. A estrutura de lazer será ampla, com cinemas, quiosques de eventos e praça de alimentação. “O único Shopping da cidade, que abrangerá o público da classe “A” a “D” será localizado no centro da cidade”, observa Saad. O empreendimento ainda não tem data certa para ser inaugurado, mas a previsão inicial é de que isso aconteça em 2012. INVESTIMENTOS Na Avenida Ernesto Geisel, a grande estrutura revela a imponência do Shopping Norte Sul Plaza, com mais de 180 lojas, entre ânco-

ras, megalojas e satélites. As chaves foram entregues aos empresários no fim de novembro do ano passado, quando mais de 90% dos espaços já estavam comercializados e com duas lojas em funcionamento. A inauguração foi agendada para este mês de março. Além de grandes marcas nacionais e internacionais, o condomínio contará com a rede de cinema Cinépolis, inicialmente com sete salas, além de supermercado. São quase 38 mil metros quadrados de área bruta locável, com espaço para estacionamento de 1,5 mil veículos. O Shopping é resultado de um consórcio da empresa local Hannah Engenharia com a empresa Argo Desenvolvimento e Gestão, do Rio de Janeiro. A expansão dos shoppings não para por aí. Na saída para Cuiabá, BR-163, está sendo construído o Shopping Bosque dos Ipês, que tem entrega prevista para 2012. São 56 mil metros quadrados de área construída e investimento previsto de R$100 milhões, gerando dois mil empregos. O projeto prevê oito lojas âncoras, 150 lojas satélites, 17 fast-food e sete salas de cinema. Pioneiro, o Shopping Campo Grande também sofre mudanças que vão ampliar sua estrutura, passando de 170 a 220 lojas e o número de vagas nas áreas de estacionamento passará de 1.800 a 2.100. As obras estão em andamento, os detalhes do projeto não foram divulgados. No local, o número de visitantes passa de 11 milhões ao ano, segundo os últimos dados fornecidos pelo condomínio.

RETORNO CERTO Entre os empresários que já reservaram seus espaços nos novos shoppings, a principal motivação é a certeza de retorno financeiro. A empresária do ramo de serviços Mônica Nabhan conta que já está no lucro, antes mesmo de o Shopping 26 de Agosto iniciar as atividades. “Em um mês, o espaço teve uma valorização de 25% e o potencial de vendas é muito grande”, comemora. Para ela, o ambiente climatizado, conforto, lazer e segurança somam pontos positivos para os shoppings e, no caso específico do condomínio que escolheu para estrear no ramo comercial, o público alvo é outro fator importante. “É um shopping com uma proposta diferente, focada na classe C onde temos mais de 50% da população”, avalia a empresária, que também acena com a possibilidade de abrir outra loja no Norte Sul Plaza.

PESQUISA DE VIABILIDADE ECONÔMICA MOSTRA ALTO POTENCIAL DE CONSUMO PARA OS PRÓXIMOS MESES

O proprietário da Bella Parmegiana, Ronaldo Cobianchi, já garantiu espaço para a loja no Norte Sul Plaza e explica a decisão: “O shopping tem público garantido. Ele, por si só, traz o consumidor até você”, afirma. A experiência de 13 anos no Shopping Campo Grande foi o que levou o empresário a esta conclusão. “A cada ano o movimento é maior e isso nos mostra que há espaço para um novo shopping”.

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Estratégia

Tecnologia e treinamento fidelizam cliente e consolidam a marca da empresa O QUE VOCÊ FARIA COM UM DIA DE 32 HORAS?

A FUTURA E O SEBRAE FIZERAM HISTÓRIA E GANHARAM A CATEGORIA CAMPANHA PUBLICITÁRIA NO 1º PRÊMIO J. BARBOSA RODRIGUES DO CORREIO DO ESTADO.

UMA PROPOSTA INOVADORA. UM CLIENTE QUE ACREDITA. É ASSIM QUE SURGEM CAMPANHAS VENCEDORAS.

Apostar em tecnologia, equipes treinadas e qualidade de atendimento faz toda a diferença na consolidação do negócio. E quando o assunto é ser pró-ativo, o consultor Marcelo Ortega é autoridade. Um dos palestrantes mais requisitados do País e internacionalmente, ele estará em Campo Grande no mês de agosto para workshop promovido pela Fecomércio MS. A proposta é romper a resistência de quem ainda faz negócio como no século XX, totalmente alheio à conjuntura global dos novos tempos. “No Centro-Oeste, pude notar que existe uma carência absurda na qualidade do atendimento e sondagem de necessidades do cliente, essencialmente nos setores de serviços e de vendas diretas, em que o modelo que predomina é o da relação comercial consultiva”, conta Marcelo Ortega. CONFIANÇA E ADMIRAÇÃO - O alerta do consultor é para os empresários: o consumidor tende a valorizar o bom atendimento ainda que o concorrente tenha preços menores. “Quem vende por relação de confiança e admiração, conquista uma força de vendas inigualável”. Marcelo Ortega afirma: “Estamos numa era em que sensibilidade e agressividade andam juntas”. Tanto que, em suas palestras, a proposta é levar os empresários e dirigentes a um novo patamar de entendimento e capacidade de desenvolvimento de suas equipes comerciais para o mercado de vendas de hoje e do futuro breve, no qual “empenho” deve ser desempenho e o “ato de liderar” deve inspirar mudança e confiança. TEMPO É INVESTIMENTO - Investir em tecnologias é fundamental para fidelizar a

clientela, mas o consultor avisa que os sites corporativos, por exemplo, devem refletir a qualidade do produto ou serviço oferecido. “O uso de redes sociais também se tornou quase que obrigatório como ferramenta de difusão da marca e de criação de networking. Já a disponibilização de wireless serve como um serviço agregado”. A apresentação do produto é outro ponto fundamental a ser trabalhado e, neste momento, é preciso de criatividade e autoconfiança. “Ao invés de falar demais, demonstre ao cliente o que ele ganha com seu produto”, orienta. Quanto aos treinamentos, Ortega é enfático: palestras de curta duração provocam e sensibilizam, mas para promover transformações na equipe é preciso investir tempo: “O melhor modelo de desenvolvimento e aperfeiçoamento de equipes é aquele que permite prática, aplicação de tudo o que é aprendido e, normalmente, tem carga horária entre 8 a 16 horas.

“O uso de redes sociais também se tornou

quase que obrigatório como ferramenta de difusão da marca e de criação de networking. Já a disponibilidade de redes wireless serve como um serviço agregado” Marcelo Ortega Consultor

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Carreira & Mercado EVOLUÇÃO ANUAL DO EMPREGO EM MS Uma mudança já notada no dia a dia de quem vive no Estado, segundo o técnico em Monitoramento de Mercado do Senac/MS, Anderson Benites.

“Hoje, as pessoas ficam menos em casa, precisam cada vez mais de profissionais do setor de serviços e são exigentes. Quem se atentar para esta lacuna, pode ser bem-sucedido”

NOVOS HÁBITOS DE CONSUMO ACELERAM PROCURA POR PROFISSIONAIS DOS SETORES DE COMÉRCIO E SERVIÇOS

Demandas e oportunidades MS vive transformação no mercado profissional

Q

uando acorda, às 5h da manhã, para mais uma rotina de trabalho, Maria Antônia Martins Pena não se dá conta, mas representa o perfil do profissional contemporâneo em Mato Grosso do Sul. Aos 35 anos, a copeira, diarista e garçonete, mãe de um casal de adolescentes, alia profissionalismo à dedicação e versatilidade, verdadeiros diferenciais no mercado profissional. E vive com a agenda cheia: além de curso de informática, faz freelancer nas variadas profissões que exerce. “Muitas vezes, não dou conta de atender a todos; mas faço meu melhor porque é uma forma de incrementar a renda e conhecer mais gente”, explica Maria,

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que já cursou aula de Gastronomia e hoje estuda Informática no Senac/MS. “Eu quero me aperfeiçoar e, para isso, pretendo voltar a estudar, porque só fiz o ensino fundamental”. INICIATIVA EMPREENDEDORA Para a coordenadora do curso de Psicologia da Universidade Anhanguera-Uniderp, Vera Nice Assumpção do Nascimento, o profissional desejado hoje tem perfil semelhante ao de Maria: criativo, empreendedor, flexível e disposto ao aprendizado. “O que estamos vivendo é a transformação do trabalho, com novas demandas e a criação de novas necessidades”, afirma.

TENDÊNCIA PARA O FUTURO Com base em dados oficiais, como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, e considerando a instalação maciça de novos empreendimentos no Estado, Benites afirma que as profissões do futuro se concentram nas áreas de gastronomia, informática, tecnologia em geral, comércio e serviços. A construção civil também continua em expansão, mas são as atividades de comércio e serviços que mais geraram empregos em 2010 e que devem continuar na liderança neste ano. A psicóloga Vera Nice afirma: “No futuro se exigirá, independentemente da função, que os profissionais estejam qualificados técnica e pessoalmente, que sejam éticos e saibam trabalhar em equipe”. Segundo Anderson Benites, o comportamento empreendedor já é expressivo em MS. “Cada vez mais encontramos, nos nossos cursos, profissionais que buscam a capacitação e o aperfeiçoamento e depois se tornam empreendedores, individuais ou em grupos”, explica. Tendência também verificada em áreas ligadas ao bem-estar, beleza e ao setor de serviços, em funções como eletricista – profissional que, hoje, já oferece consultoria ao cliente. “Esses trabalhadores, aliados a vendedores, manicures, costureiros, camareiros e cozinheiros, estão em falta hoje; eles têm emprego garantido”, afirma. E têm várias ocupações, como as da copeira, diarista e garçonete Maria. “Não tem mais lugar no mundo para gente acomodada; tem que ser rápido, correto, buscar aprender e ser feliz, porque isso também atrai boas oportunidades”, aconselha.

TOTAL ADMIS.

TOTAL DESLIG.

SALDO

VARIAÇÃO %

669

468

201

10,96

51.438

43.499

7.939

10,47

Produtos minerais não-metálicos

1.717

1.415

302

9,94

Metalúrgia

2.956

2.324

632

17,12

Mecânica

1.490

1.119

371

17,51

Material elétrico e de comunicações

381

259

122

28,18

Material transporte

264

214

50

15,63

Madeira e imobiliário

1.383

1.139

244

9,62

Papel, papelão, editor

1.571

1.444

127

3,77

Borracha, fumo, couros

1.388

1.342

46

1,93

Químicos, prod. farmacêuticos/veterinários

1.886

1.599

287

11,61

Textil, vestuário

7.648

5.813

1.835

23,74

Calçados

1.481

1.018

463

35,56

29.273

25.813

3.460

7,46

589

365

224

8,16

Construção civil

24.556

22.147

2.409

10,05

Comércio

54.757

48.905

5.852

6,26

Comércio varejista

48.630

43.494

5.136

6,13

6.127

5.411

716

7,39

61.901

52.766

9.135

7,38

897

567

330

6,25

Administração da propriedade imobiliária

16.176

12.780

3.396

15,04

Transporte e comunicações

11.771

10.057

1.714

8,94

Alojamento e alimentação, reparo e manut.

22.763

21.185

1.578

3,26

Médicos odontologia

4.701

3.905

796

5,55

Ensino

5.593

4.272

1.321

9,44

290

291

-1

-0,02

42.462

40.114

2.348

3,85

236.662

208.555

28.107

7,25

Extrativa mineral Indústria de transformação

Produtos alimentícios, bebidas Serviços e indústria de utilidade pública

Comércio atacadista Serviços Instituições financeiras

Administração pública Agricultura, silvicultura TOTAL

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FONTE: CAGED

SETORES

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“Empresários ainda têm

SPED

Uma incógnita para a maioria dos contribuintes

SPED AUMENTA A CONFIABILIDADE DA NOTA FISCAL E REDUZ CUSTOS

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o Brasil, a carga tributária do País representa 37% do PIB (Produto Interno Bruto). O desenvolvimento tecnológico, ao mesmo tempo em que resolve uma infinidade de problemas e satisfaz necessidades até então inexistentes, também é responsável por uma série de desconfortos. Uma nova era se inicia com a tecnologia da informação. Rotinas de transmissão de dados com assinatura digital, importação, exportação, extração, manipulação e entrelaçamento de arquivos eletrônicos passam a fazer parte do dia a dia do empresário. Mudanças na sistemática de registro e apuração de tributos e, consequentemente de arrecadação, com a substituição da emissão de documentos fiscais em papel pelo SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), resultarão na modernização da administração tributária.

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AVANÇO NAS RELAÇÕES - As transações eletrônicas entre governo, empresas e cidadãos necessitam da adoção de mecanismos de segurança capazes de garantir autenticidade e integridade às informações eletrônicas. Seja por obrigatoriedade fiscal, por imposição de seus clientes ou pela necessidade de melhoria de seus processos, as empresas têm que documentar as operações de circulação de mercadorias e de prestações de serviços desde janeiro de 2011. O SPED faz parte do PAC 2007-2010 (Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal) e constitui-se em mais um avanço na informatização da relação entre o Fisco e os contribuintes. Estabelece um novo tipo de relacionamento, baseado na transparência mútua, com aumento na confiabilidade da nota fiscal; melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de informações entre os Fiscos; e a redução de custos no processo de controle das notas fiscais capturadas pela fiscalização de mercadorias em trânsito. OBRIGATORIEDADE O SPED é formado por três subprojetos: a Escrituração Contábil, a Escrituração Fiscal e a Nota Fiscal Eletrônica. A empresa ou entidade deve manter um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos administrativos, por meio de processo manual, mecanizado ou eletrônico, chamada Escrituração Contábil. A Escrituração Fiscal é um arquivo digital, com um conjunto de informações referentes

às operações, prestações de serviços e apuração de impostos do contribuinte. Todos os contribuintes do ICMS com faturamento anual superior a R$ 2.400.000,00 estarão automaticamente obrigados, por lei, a aderir ao programa. A Nota Fiscal Eletrônica substitui o Registro de Entradas, Registro de Saídas, Registro de Inventário, Registro de Apuração do ICMS, Registro de Apuração do IPI e o CIAP (Controle do Crédito de ICMS do Ativo Permanente). Com 2.212 empresas que já implantaram a NF-e, Mato Grosso do Sul está em 12ª posição na implantação das NF-es. Rio Grande do Norte, São Paulo e Mato Grosso estão na frente devido à fiscalização mais rigorosa. Os estados de Goiás e Santa Catarina têm sido mais rápidos na massificação do projeto. Outro aspecto do projeto do SPED é a certificação digital, que tem trazido inúmeros benefícios para os cidadãos e para as instituições que a adotam. Com a certificação digital é possível utilizar a internet como meio de comunicação alternativo para a disponibilização de diversos serviços, com uma maior agilidade, facilidade de acesso e substancial redução de custos. O Certificado Digital é um documento eletrônico que contém o nome, um número público exclusivo denominado chave pública e muitos outros dados que mostram quem somos para as pessoas e para os sistemas de informação. A chave pública serve para validar a assinatura em documentos eletrônicos. “FALTA COMPREENSÃO” Quanto à tecnologia utilizada para implantação da NF-e, a Secretaria de Fazenda não impõe nenhuma especificação proprietária. Dentre as muitas vantagens de usar padrões abertos, aproveita-se o conhecimento prévio dos desenvolvedores, adquirido em outras atividades que utilizavam as mesmas tecnologias, mesmo não estando relacionadas à nota fiscal eletrônica. Roberto Dias Duarte, professor, diretor da Mastermaq Software e especialista em Tecnologia da Informação, Certificação Digital, SPED e NF-e, explica que apenas a Secretaria de Fazenda do Paraná faz o controle de empresas homologadas para forneci-

pouco esclarecimento sobre a importância da NF eletrônica” Roberto Dias - Consultor

mento do software de emissão de NF-e. Para SPED Contábil e Fiscal não há nenhum controle. “Os empresários de pequeno e grande porte ainda têm pouco esclarecimento sobre a importância da implantação das Notas Fiscais Eletrônicas”, afirma o especialista. Para ele, os comerciantes e empresários ainda não compreendem o caráter multidisciplinar do processo do SPED. Há muito trabalho a ser feito nas áreas: contábil, fiscal, jurídica, tecnológica, gerencial e humana. “A tecnologia fiscal digital impõe um novo patamar de gestão para empresas de todos os portes. Essas empresas devem repensar tudo, desde sistemas até processos e modelos de gestão, fornecedores, clientes, funcionários. É uma mudança muito grande e pouco percebida pelos contribuintes”.

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Fecomércio

Planejamento e profissionalismo Palavras-chave da Instituição para este ano

Este será um ano importante para a Fecomércio MS (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). A atual gestão, iniciada em junho de 2010, tem como desafio dar prosseguimento a várias ações já desencadeadas no último semestre. “Este ano teremos uma grande mudança, que será percebida nesses primeiros meses do ano pelos nossos representados, e também pela comunidade”, afirma o presidente da Federação, Edison Araújo.

A entidade prevê ações em parceria com os 17 sindicatos que representa, com Sesc, Senac, Instituto Fecomércio de MS, além da Fiems (Federação das Indústrias de MS) e Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS).

EURIDES AOKI

EDISON FERREIRA DE ARAÚJO

FORTALECIMENTO DA CATEGORIA Os trabalhos a serem desenvolvidos contemplam desde o acompanhamento de assuntos de interesse do setor, por meio da Assessoria Legislativa e Parlamentar da Federação, da melhoria da gestão nas empresas, com o SEGS - Sistema de Excelência em Gestão Sindical (vide pág. 53), até outros temas que englobam todos os setores produtivos da sociedade. A partir deste ano, a instituição assume a direção do Programa MS Competitivo, que reconhece práticas de gestão alinhadas ao Modelo de Excelência da Gestão (MEG) e tem o objetivo de desenvolver qualidade, produtividade e competitividade nas empresas, potencializando o desenvolvimento sustentável. Outro programa que será disponibilizado na própria Instituição é a Certificação Digital, que oferece condições para os empresários agilizarem vários documentos, que serão entregues na hora. “Atualmente, se o empresário quer dar entrada em algum documento ou pedir uma certi-

dão, o processo pode demorar alguns dias. Se feito na Fecomércio, ele receberá na hora, porque nosso sistema estará apto para isso”. Edison de Araújo conta ainda que, neste primeiro semestre, a Federação inaugurou o Instituto Fecomércio de MS (IFMS). O objetivo é produzir indicadores econômicos, sociais e de tendência para embasar o processo de tomada de decisão dos empresários, instituições governamentais e não-governamentais interessados no assunto. As pesquisas sazonais também serão intensificadas a fim de que o comerciante saiba como planejar as

vendas para determinado período. “E, acima de tudo, vamos criar um banco de dados com o histórico econômico do setor, que também vai nortear as ações estratégicas para o futuro do setor”, explica o presidente. De acordo com o presidente da Fecomércio, a instituição vai estar atenta, ainda mais, para defender os interesses das empresas. “Temos nossas ações previstas pelo Plano Estratégico, definidas até 2020 e que têm, como prioridade, aproximar-se e fortalecer os sindicatos, melhorar a infraestrutura, e investir em informação para o setor.”

PARCERIAS COM INSTITUIÇÕES REPRESENTATIVAS DO SETOR ECONÔMICO E EMPRESAS PRIVADAS VÃO GARANTIR MAIS PROXIMIDADE COM EMPRESAS E O MAIOR BENEFICIADO SERÁ O CONSUMIDOR

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LUIZ HENRIQUE - SEBRAE/MS

DESAFIOS DO VAREJO PASSAM POR ESTRATÉGIAS E PESSOAS

N CLÁUDIO GEORGE MENDONÇA Diretor-superintendente do Sebrae/MS

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ovidades, atendimento profissional, agilidade, logística, qualidade, preço. Outros tantos substantivos fazem parte do cotidiano das empresas do varejo. Entretanto, antes desses, o setor do comércio vive o empreendedorismo, já que as empresas geram negócios, empregos e estão em todos os lugares. Mais que isso, o varejo faz a economia girar e funciona como um termômetro que aponta “a saúde financeira” do País, pois quando o comércio vai bem, o Brasil também está em boas condições. Para atender às necessidades do mercado, os empresários dos diversos segmentos do comércio estão cada vez mais atentos à inovação, tecnologia, habilidades e competências de suas equipes, formação e capacitação de pessoal e de seus colaboradores. Esses empreendedores também sabem da importância de estarem junto aos seus pares com o objetivo de fortalecer a classe e estimular as lideranças do setor na busca de alternativas para o desenvolvimento de suas empresas. É preciso enfatizar o papel das lideranças na definição das prioridades e das estratégias para o varejo, nas negociações com o poder público, nas reivindicações para o estabelecimento de políticas que apresentem soluções às demandas dos vários segmentos, sempre com vistas ao desenvolvimento regional. E para garantir tudo isso, é fundamental priorizar as pessoas que integram as empresas e que fazem delas um sucesso... ou não, já que elas transferem suas vivências a essas organizações. Investir nas pessoas é fundamental, pois são elas que asseguram a qualidade no atendimento ao cliente. Já faz parte do jargão do comércio que o cliente sempre tem razão – mesmo que não tenha – que é motivo da existência das organizações e que vem sempre em primeiro lugar. Então, atender bem o cliente, superar suas expectativas, buscar formas de fidelizá-lo, é questão de sobrevivência e de perenidade das empresas. E para isso, um processo de comunicação adequado e profissional pode se transformar em um ótimo instrumento de apoio para a capacitação dos profissionais de atendimento. Portanto, as empresas do varejo, além de praticarem uma comunicação ágil e publicitária, com intuito de vender seu produto ou serviço, também devem prever ações destinadas a dar a conhecer às suas equipes. Isto é, deixar claro sua missão, objetivos estratégicos e as expectativas para a atuação dos seus colaboradores e, também, informações qualificadas sobre o portfólio oferecido, lançamentos, promoções e tudo o que se traduza em um atendimento personalizado que resulte em cliente fiel e satisfeito. São essas empresas que têm lugar garantido no mercado.

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Carlos Bellin

MARKETING ANITA CALÇADOS

Empresário do Mês

C & C - Hoje, a Anita Calçados é uma grande rede de lojas e vemos que está antenada com as novas tendências de relação com o consumidor, com vendas pela internet e divulgação nas redes sociais. Como avalia a modernização deste processo e a importância de acompanhar essas transformações? Quanto as vendas e a propaganda em ambiente virtual representam em relação ao volume total de negócios? Carlos - A modernização é inevitável, pois a concorrência também se aprimora e aparece com vários artifícios. Para continuar como líderes de mercado, procuramos investir cada vez mais nas nossas lojas, com reformas estruturais e emprego de novas tecnologias. Recentemente, começamos a vender também pelo site Anita Online. As vendas já representam um percentual significativo e acreditamos que as vendas serão ainda mais expressivas.

Foco no trabalho e dedicação são fundamentais para o sucesso do empreendimento

Gaúchos de Passo Fundo (RS), Carlos Roberto Bellin e Anita Bellin são a prova de que a obstinação e foco levam ao sucesso. Em 1985, eles chegaram a Campo Grande e deram os primeiros passos no ramo de calçados e bolsas, trazendo na bagagem peças de várias marcas que foram vendidas por Carlos Roberto, no varejo, e por Anita, de porta em porta. Com o trabalho incansável do casal, a clientela foi se avolumando e, em menos de cinco anos, abriram a primeira loja da “Anita Calçados”, na Avenida Mato Grosso. Essa continua sendo a matriz de uma rede com 11 lojas em Campo Grande e três em Cuiabá (MT), além das franquias da Via Uno, na Capital sul-mato-grossense. Atenta às mudanças e alinhada ao mercado globalizado, a rede oferece ao cliente opção de compra pela internet e hoje mantém 500 empregos diretos. Os planos continuam: está programada a abertura de uma loja em cada um dos novos shoppings que Campo Grande vai receber a partir de março deste ano. O empresário Carlos Bellin revela as estratégias que levaram a empresa a atingir tamanho sucesso e dá a dica para quem está começando a empreitada: é preciso dedicação e investir na qualidade do atendimento. Comércio & Cia - Como foi o início de sua atuação como comerciante e o percurso até que a Anita ganhasse a atual dimensão? Carlos Bellin - Foi difícil. Havia muita concorrência e começamos vendendo as amostras, pois eu era representante de fábrica de calçados. Quando efetuamos o pedido de uma grade de numeração inteira, minha mulher começou a vender em casa. Ela também colocava a mercadoria no carro e ia até os clientes, enquanto eu viajava com a representação para o Mato Grosso e interior do Mato Grosso do Sul.

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CATIVAR O CLIENTE É MISSÃO; O BOM ATENDIMENTO FAZ TODA A DIFERENÇA

C & C - Quais as principais dificuldades enfrentadas à época? Carlos - As dificuldades foram inúmeras. Como não tínhamos dinheiro para abrir um ponto na cidade, optamos por vender em casa, onde recebíamos os clientes a qualquer hora do dia, da noite e também nos finais de semana. C & C - Quais os elementos considera fundamentais para quem hoje ocupa a posição em que o senhor estava no início de sua empreitada, ou seja, ainda está iniciando a caminhada? Carlos - O mais importante é o foco. Foco no trabalho e na economia, além de muita dedicação e um atendimento especial para cada cliente.

C & C - Sabemos que o sucesso das vendas depende, em grande parte, da boa apresentação do produto. Como é tratada a questão do layout das lojas e da disposição dos produtos nas vitrines das lojas da rede Anita? Carlos - As nossas lojas mais antigas passam por reformas constantes para que estejam sempre atualizadas e agradáveis aos nossos clientes. Contamos com o trabalho de arquitetos e engenheiros. Temos, ainda, funcionárias que cuidam apenas da exposição dos produtos, são as vitrinistas. Elas escolhem os produtos expostos e também cuidam da limpeza e manutenção para que nossas vitrines estejam sempre atraentes. C & C - Como analisa a importância da qualificação no momento de selecionar as equipes? Carlos - Temos o Departamento de Treinamento e Desenvolvimento, setor responsável pelo aprimoramento de cada funcionário. Nossa responsabilidade é informar o nosso pessoal sobre moda, comportamento, informações técnicas de produtos, além de normas da empresa.

C & C - Em um mercado globalizado e competitivo, qual é o diferencial que garante a sobrevivência e o crescimento no mercado? Carlos - Um bom atendimento. Cativar o cliente é a nossa missão. Isso faz toda a diferença para o consumidor, que está cada vez mais exigente e que deseja qualidade 100%. C & C - A pirataria e o contrabando ainda afetam muito o segmento de comércio de calçados ou este cenário já está melhorando? Carlos - Com certeza, a pirataria e o contrabando atrapalham muito o comércio de calçados. Muitas pessoas pagam apenas pela marca, pelo status de usar determinadas marcas e não se importam com os malefícios causados pela pirataria. Na fabricação de calçados originais há tecnologia avançada empregada na produção de alguns modelos, que melhoram o desempenho físico e esportivo, não prejudicam músculos nem articulações, entre outros benefícios. Alguns clientes já têm esse conhecimento e não se importam em pagar por um produto de qualidade e que irá durar muito mais. C & C - Qual é o principal desafio para o empresário do ramo comercial neste momento? Carlos - O principal desafio é o constante crescimento, pois quem está neste ramo quer expandir suas lojas, abrir novas filiais e atender cada vez mais clientes. C & C - Quais as perspectivas que o senhor tem para o ano de 2011? Carlos - Nossas perspectivas são as melhores possíveis, pois o mercado está em crescimento e queremos aproveitar essa oportunidade.

C & C - A participação em cursos, como os oferecidos pelo Senac e Sesc, é importante para o empresário do ramo comercial? Carlos - Em um mundo onde o consumidor tem infinitas opções de escolha e de compra, qualificar a nossa equipe é de extrema importância. Com cursos e palestras com foco na área comercial, nossos profissionais se sentem cada vez mais motivados e valorizados.

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PENSE EM AUMENTAR A PRODUTIVIDADE DA SUA EMPRESA. Agora pense de novo, só que com mais qualidade de vida.

Nosso Ambiente

Responsabilidade ambiental Empresários conscientes investem na criatividade para prezervar a natureza

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m banner publicitário jogado no lixo, retalhos e algumas ideias na cabeça são elementos fundamentais para formatar produtos exclusivos e ecológicos. A jornalista Monique Klein uniu profissão e arte e criou a marca “Campo Grande a tiracolo”. “É um projeto que alia ação de responsabilidade social e respeito ao meio ambiente com o reaproveitamento, de uma forma charmosa, de um material que causa sérios problemas à natureza,quando descartado de forma aleatória. RECICLAGEM O banner - feito de lona que iria para o lixo, nas mãos da jornalista é transformado em uma bolsa útil e ecologicamente correta. A iniciativa de Monique teve respaldo do poder público, que abraçou a ideia. A microempresa faz parte do programa Incubadoras Muni-

cipais, que funciona como um grande incentivo à formalização. Monique revela que a população tem pouca consciência ambiental. “Ações nessa área são rentáveis, mas ainda falta a conscientização quanto à importância da reciclagem e seus benefícios para o futuro”, afirma a empreendedora. Apesar de ainda incipientes, iniciativas de preservação ambiental já começam a fazer parte do cotidiano das empresas. No final do ano passado, um projeto de lei estipulava que os estabelecimentos comerciais seriam responsáveis por oferecer sacolas de material biodegradável ou reutilizável para embalagem. O projeto nº 195/09 foi vetado pelo governador do Estado e mantido pela Assembleia Legislativa. Em Mato Grosso do Sul, alguns supermercados se adiantaram no processo e oferecem sacolas retornáveis.

O BANNER QUE IA PARA O LIXO AGORA TEM OUTRA UTILIDADE AO SER TRANSFORMADO EM BOLSAS, ESTOJOS E SACOLAS

A JORNALISTA MONIKE KLEIN CRIOU A MARCA “CAMPO GRANDE A TIRACOLO” COM PRODUTOS FEITOS A PARTIR DE LONA

A Vidalar oferece à sua empresa uma série de atividades com o objetivo de aumentar a disposição e produtividade dos seus colaboradores, promovendo mais qualidade de vida no ambiente de trabalho.

PREMIAÇÃO

Há quatro anos, a rede de supermercados Duarte incorporou as ações para reciclagem em sua rotina. O proprietário, Edilson Duarte, incentiva o uso de sacolas retornáveis por sua clientela e garante que são poucas as pessoas que têm consciência da importância desse pequeno gesto para a preservação ambiental, para o futuro. “Nas nossas lojas, jovens e idosos são os que menos fazem questão do uso de sacolas retornáveis. Por isso, resolvemos premiar quem faz uso delas, por meio de sorteios de motos que são realizados a cada quatro meses”. De acordo com Edilson, o número de clientes que agora dispensam as sacolas plásticas aumentou em 30%. Para ele, a iniciativa é uma questão de responsabilidade social a qual todos devem se engajar.

• Rastreamento e diagnóstico epidemiológico; • Monitoramento telefônico e presencial com equipe multidisciplinar (nutricionista, psicóloga e enfermeira) especializada;

Para garantir mais produtividade e desempenho à sua empresa, pense na saúde dela. Pense na Vidalar.

• Ginástica laboral; • Avaliação e blitz ergonômica; EDILSON DUARTE - INSENTIVO PARA A RESPONSABILIDADE AMBIENTAL AUMENTOU A CLIENTELA QUE USA SACOLAS RECICLÁVEIS

• Palestras e oficinas; • Grupos motivacionais; • Manejo do stress e ansiedade; • Ações de saúde.

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Rua Padre João Crippa, 2552 (67) 3382.8000 | (67) 9277.6657 CO M É R C I O & C I A

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Crédito para giro é desafio para empresas Volume de crédito cresceu 49% no ano passado, mas ainda não reflete o número de novas empresas no Estado

DINHEIRO PARA CAPITAL DE GIRO ACABA RÁPIDO E A DEMANDA REPRIMIDA É GRANDE

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onseguir crédito para capital de giro, com taxas de juros competitivas, ainda é um desafio para o pequeno e microempresário. Hoje, o FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) tem as melhores taxas do mercado, mas não atende a demanda e, muito antes de o ano se encerrar, as contratações já atingiram o limite do crédito. Isso mesmo, com aumento considerável no limite de crédito para giro, uma conquista das entidades representativas dos setores de comércio e serviços, que se mobilizaram e alteraram as normas do FCO.

DEMANDA REPRIMIDA “Sempre vai haver demanda reprimida. Mesmo aquele que conseguiu o crédito este ano já estará precisando novamente quando tiver pago a metade do empréstimo, que tem prazo de 24 meses”, avalia a gerente de Divisão da Diretoria de Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, em Mato Grosso do Sul, Vera Basílio. A linha de giro deve ser utilizada na aquisição de insumos e matérias-primas para confecção de estoques.

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Em 2010, houve aumento de 49% no volume de crédito destinado ao capital de giro de pequenas e microempresas dos setores de comércio e serviços de Mato Grosso do Sul, que totalizou R$ 164 milhões. O número de empresas atendidas aumentou em 55%, passando de 2.833 em 2009 para 4.404 no ano passado. Além disso, excepcionalmente, foi estabelecida cota de R$ 46 milhões para médias e grandes empresas. O salto no número de empresas atendidas é considerável, mas representa um universo ainda pequeno, levando em conta que o setor terciário do Estado tem 60 mil empresas, segundo a Fecomércio MS (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de MS). Vera conta que, quando o recurso para as médias e grandes empresas chegou só foi suficiente para os pedidos que já estavam com o processo pronto. O montante reservado para micro e pequenas empresas também foi alocado rapidamente. No dia 23 de agosto, a instituição foi comunicada que todo recurso disponível já estava contratado.

ATENDER ÀS CONDIÇÕES Em relação às linhas para investimento, o setor de Comércio e Serviços demandou R$ 157 milhões em 2010 e o de Turismo R$ 46 milhões, um montante que se destaca entre os estados atendidos pelo FCO, mas que poderia ser maior. O Banco do Brasil vem trabalhando para orientar empresas, que atendem o trade turístico, para que façam o cadastro no Ministério do Turismo, condição indispensável para acessar o crédito. “Muitas vezes um restaurante se enquadra na área de Serviços, quando poderia estar enquadrado no setor Turístico”, observa Vera Basílio. As taxas de juros de 6,75% a 10% ao ano, com bônus de 15% por assiduidade, são consideradas as melhores do mercado e, por isso, o FCO é tão almejado pelos empresários. Vera Basílio explica, porém, que é preciso fazer uma análise completa antes de decidir por qual linha optar, porque pelo FCO a definição da taxa de juros depende do porte da empresa. No Finame PSI, do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), por exemplo, a linha de crédito para aquisição de máquinas e equipamentos tem taxa de 5,5% a.a, enquanto a linha para aquisição de veículos é taxada em 8% a.a. “Muitas vezes compensa fazer um mix dos recursos que tenham as taxas de juros mais interessantes”, orienta a gerente. O primeiro passo para acessar as linhas de crédito é ir a uma agência do Banco do Brasil e conversar com o gerente.

A Loja CASA DO COWBOY foi criada para modernizar o estilo country sem fugir de suas tradições. Com estilo inovador, oferece aos seus clientes produtos de várias marcas e modelos seguindo um alto padrão de qualidade. Uma tendência que vai aquecer o estilo country em 2011. Botas, cintos, chapelaria e selaria em geral. Caracterizada pela diversidade de produtos, o destaque da CASA DO COWBOY é a marca Rowestern, novidade no mercado sul-mato-grossense. Tudo em acessórios para rodeios e esportes equestres. Uma equipe de profissionais gabaritados em atendimento para fornecer aos clientes segurança e tranquilidade na hora da compra. Conta ainda, com um amplo espaço climatizado e estacionamento próprio. Conheça e encante-se com nossos produtos. CASA DO COWBOY O ESTILO NOBRE DE SER COUNTRY.

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Sesc MS

Instituição terá novas unidades e vai aumentar oferta de cursos Bem-estar e qualidade de vida da família comerciária são prioridades nas ações desenvolvidas pelo Sesc/MS (Serviço Social do Comércio de Mato Grosso do Sul). O Sesc é uma instituição brasileira privada, sem fins lucrativos, mantida pelos empresários do Comércio de bens, Serviços e Turismo e voltada para o bem-estar social dos seus empregados e familiares, mas aberto à comunidade em geral.

VALORIZAÇÃO DO COMERCIÁRIO Há 30 anos presente no Estado, a instituição tem unidades em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. O SESC tem atuação distribuída nas áreas de Educação, Saúde, Cultura, Lazer e Assistência. Tem um extenso elenco de atividades e realizações, para todas as faixas etárias de sua clientela, contribuindo para seu crescimento pessoal, cidadania e integração na sociedade. Desenvolve desde ações da educação regular, a refeições, assistência odontológica, pacotes turísticos para o comerciário, ampla ação cultural, trabalho com grupos, práticas esportivas, ação social do Mesa Brasil, entre outros. Em 2010, o Sesc firmou importantes convênios para a implantação de novas unidades, como o Sesc Lageado, conquistou terreno para a construção de uma unidade na cidade de Aquidauana, estabeleceu parcerias para realização de grandes eventos como o F.A.T 2.0 (Festival de Arte e Tecnologia), juntamente com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), realizou a Copa da Juventude e a primeira viagem internacional Portugal e Espanha - pelo Turismo Social

EM 2011, O SESC VAI IMPLANTAR UMA UNIDADE EM CAMPO GRANDE QUE VAI CENTRALIZAR A ÁREA DE EDUCAÇÃO

Sesc/MS, além da participação na Feira do Empreendedor, que projetou a imagem da entidade. A isso se somam o lançamento do OdontoSESC na cidade de Bonito, os Jogos Cooperativos nas escolas do Sesc/MS, e o projeto Sesc Aldeia, em Campo Grande e Dourados. PROJETOS PARA O ANO De acordo com a diretora regional do SESC/MS, Irene Buainain, é previsto para 2011 o projeto inicial de uma Escola SESC, em Campo Grande, com a implantação de mais uma unidade central, que agrega Educação Infantil, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA), além do curso preparatório para o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). A instalação do Hotel SESC em Mato Grosso do Sul também está em andamento. “Posso resumir como um ano de grandes oportunidades. O SESC é uma entidade de ampla visibilidade no Estado e sempre surgem propostas de parcerias para a realização de projetos ou eventos”, diz Irene. As perspectivas são melhores possíveis. “Esperamos superar as metas alcançadas em 2010 e contemplar um número ainda maior de pessoas com nossas ações e projetos”, completa a diretora regional do Sesc/MS.

“As perspectivas são

melhores possíveis. Esperamos superar as metas alcançadas em 2010 e contemplar um número ainda maior de pessoas com nossas ações e projetos” Irene Buainain Diretora regional do Sesc/MS

VALORIZAÇÃO PESSOAL E QUALIDADE DE VIDA EM FOCO AS ATIVIDADES DO SESC CONTEMPLAM TODAS FAIXAS ETÁRIAS, DESENVOLVENDO AÇÕES NAS ÁREAS DE LAZER, ESPORTE E CURSOS QUE COMPLEMENTAM A RENDA FAMILIAR DOS COMERCIANTES

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Parcerias

Revitalização do centro é primordial, mas é preciso conciliar interesses O

ano de 2011 será emblemático e de grandes desafios para os comerciantes de Campo Grande. Até julho, quando completa 12 meses a aprovação da Lei Complementar nº 161, que prevê o fim da poluição visual na chamada ZEIC (Zona Especial de Interesse Cultural), todos os elementos publicitários que comprometem a arquitetura original dos prédios precisam ser retirados, conforme o Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano).

DESPOLUIÇÃO VISUAL O diretor da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, Luiz Afonso Ribeiro Assunção, afirma que o Plano de Revitalização foi discutido por dois anos com todos os empresários e tem boa aceitação, mas é preciso equacionar algumas questões para que seja factível. Um dos pontos pleiteados é que o trabalho de despoluição visual ocorra concomitantemente à revitalização da Rua 14 de Julho, para que o comerciante não tenha gasto duplo. Outro é que haja incentivo fiscal para aliviar a pressão sobre o bolso do empresário, por conta dos gastos com a adequação das fachadas. “Todo mundo reconhece que a revitalização tem de ser feita para que o centro não perca competitividade, mas precisamos conciliar os interesses”, diz Luiz Afonso. A diretora do Planurb, Marta Lúcia da Silva Martinez, afirma que a Prefeitura tem trabalhado com as entidades para convencer os comerciantes de que o retorno do investimento é certo e, por outro lado,

PROJETO DE PLANO DE REVITALIZAÇÃO DO CENTRO, QUE PRETENDE TORNAR A REGIÃO MAIS COMPETITIVA

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Cidade Limpa

Cumprir prazo exige concentração de esforços

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relógio está correndo e o primeiro semestre deste ano vai exigir esforço concentrado para que os comerciantes sejam orientados sobre a Lei Complementar nº 161, que estabelece o Plano de Revitalização de Campo Grande, especialmente no que diz respeito à poluição visual na ZEIC (Zona Especial de Interesse Cultural).

A RUA 14 DE JULHO SERÁ A PRIMEIRA REVITALIZADA: FIAÇÃO EMBUTIDA E CALÇADAS MAIS LARGAS

também busca alternativas e parcerias para que o empresário não fique tão onerado. Segundo Marta, o Plano de Revitalização do Centro já mudou a perspectiva dos atuais lojistas e dos novos investidores. Um indicador é que, em 2010, triplicaram os pedidos de GDU (Guias de Diretrizes Urbanísticas), necessárias para aprovação de projetos de construções, reformas e ampliações. “São reformas em 95% dos casos, inclusive de prédios que serão aproveitados pelos novos shoppings. Todos os que entram com os pedidos já são orientados sobre os padrões do Plano de Revitalização”, explica Marta. PARCERIAS A reforma da Estação Ferroviária e a Orla Ferroviária, em andamento, são pontos de partida do projeto. A Prefeitura deve oferecer incentivo fiscal para os empresários que criarem atrativos na Orla, como polos gastronômicos e culturais. Em outra frente, também com recursos do PAC Cidades Históricas (Plano de Aceleração do Crescimento), a intenção é avançar no projeto de revitalização da Rua 14 de Julho, que passará por ampla transformação: as calçadas passarão a ocupar 14 metros, seis a mais que o espaço atual, e a área de pista será reduzida pela metade. A calçada também será alinhada à pista. A fiação elétrica será embutida e também serão feitas obras de drenagem. O processo conta com envolvimento direto dos setores de comércio e serviços. Além da mudança estrutural, o que se busca é a qualidade no atendimento. “Para isso buscamos a parceria da Fecomércio MS, do Sebrae e da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande”, complementa Marta.

MOBILIZAÇÃO E ESCLARECIMENTOS “Vamos fazer reuniões e correr de porta a porta. Temos que buscar todas as alternativas para colocar os empresários a par”, diz o consultor sindical da Fecomércio MS, Fernando Camilo. Dos 12 mil pontos comerciais instalados na região central da cidade, 7 mil serão atingidos e reúnem o público-alvo das ações programadas pela entidade.

O Plano de Revitalização foi feito a várias mãos, lembra Camilo. Agora, o desafio é desenvolver uma ação de orientação dirigida para os empresários:

“Todos queremos um centro mais convidativo, mais bonito e funcional. O Plano contempla todas as alterações possíveis, com aplicação paulatina, e precisamos estar à frente dessas etapas.”

A intenção é levar técnicos da Fecomércio e do Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) para explanar e demonstrar com exemplos práticos como devem ser feitas as mudanças para se adequar à nova legislação. “No fim de 2010 não pudemos fazer isso porque os empresários estavam preocupados com as vendas de fim de ano, mas teremos que promover uma grande mobilização para que os empresários que ainda desconhecem a lei não sejam pegos de surpresa”, diz Camilo.

Em julho as cidades de Aquidauana e Anastácio vão receber o projeto ODONTOSESC, uma unidade móvel que proporciona atendimento odontológico à população. Uma parceria do Sindicato do Comércio Varejista de Aquidauana e Anastácio, Fecomércio e Governo Municipal para deixar os cidadãos ainda mais saudáveis e felizes.

Fernando Camilo Consultor Sindical

Rua Luiz da Costa Gomes, 564, Cidade Nova, Aquidauana-MS - (67) 3241-6556 sindvarejo@sindvarejo.com.br w w w.sindvarejo.com.br/a w.sindvarejo.com.br/aquidauana

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Senac

SENAC/MS É UMA DAS INSTITUIÇÕES MAIS CITADAS EM TODAS AS ÁREAS, INCLUINDO BELEZA

COM O FOCO NO MERCADO DE TURISMO E HOTELARIA, A ESCOLA DE GASTRONOMIA SERÁ REFERÊNCIA NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Senac MS

Capacitando profissionais, investindo em cidadãos

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Senac/MS se prepara para um ano de muita ação e desafios. É o que garante a diretora regional da instituição, Regina Ferro. Ela explica que, entre os projetos que vai receber atenção especial, está a ampliação da carteira de clientes corporativos, para oferecer cada vez mais recursos humanos qualificados para as empresas, bem como o fortalecimento do BOT (Banco de Oportunidades de Trabalho), que tem como objetivo encaminhar pessoas com perfil cada vez mais aderente às necessidades de mercado, nas cidades de Campo Grande, Corumbá, Dourados e Três Lagoas. “O Senac/MS não medirá esforços e desafiará suas competências para oferecer tecnologia educacional de ponta, proporcionando à população sul-mato-grossense acesso e solidificação de sua ação no mundo do trabalho”, afirma.

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CAPACITAÇÃO E MERCADO DE TRABALHO Em 2010, o BOT encaminhou 1033 egressos ao mercado de trabalho. “São profissionais altamente qualificados, com um nível de conhecimento e técnica que atende todas as expectativas dos empresários”, afirma Regina. O Programa Senac de Gratuidade, que contribui com a inclusão social e a melhoria de vida dos cidadãos, deve ser ampliado. No ano passado, foram oferecidas 2910 vagas nas unidades e, para este ano, o Programa vai investir 35% da receita em novas vagas que serão ofertadas por meio do Programa. Um crescimento previsto também quando o assunto é infraestrutura. Em 2011, o Senac vai implantar a Escola de Negócios que vai oferecer cursos nas áreas de Gestão e Comércio. A intenção é ampliar as vagas para atender a de-

manda do setor. Regina Ferro conta que a implantação da Escola de Gastronomia de Campo Grande será referência para o setor de serviços e turismo. “Já adquirimos a área, numa região de fácil acesso, e nosso objetivo é capacitar pessoas interessadas em atuar nesse segmento, que só tende a crescer em MS”. No interior, o Senac prepara, ainda, a construção das sede própria das unidades em Corumbá e Aquidauana. INVESTINDO EM PESSOAS À frente da Direção Regional do Senac/MS desde 2003, Regina Ferro explica que o fortalecimento da instituição se deve a um trabalho sério, profissional e coerente com a demanda. “São sete anos que focamos os investimentos em pessoas e em infraestrutura física e tecnológica, contribuindo para que Mato Grosso do Sul seja um Estado forte e desenvolvido”. Um trabalho que só foi possível graças à política de investimentos na qualidade, capacitação e profissionalismo do corpo de gestores da instituição. “São desafios constantes, para os quais usando ferramentas do nosso Planejamento Estratégico, alcançando nossos objetivos e metas, garantindo, assim, a manutenção da gestão pela qualidade e por competência”. A diretora regional afirma que, em 2011, a realização de novas parcerias e o fortalecimento das já existentes vai nortear as ações da instituição.

No Senac, as atividades são orientadas de forma a despertar nos participantes o aprender a pensar e o aprender a aprender, ou seja, mobilizar, articular e pôr em prática conhecimentos, habilidades e valores em níveis crescentes de complexidade. ”Queremos que o aluno, ao concluir nossos cursos, esteja apto a trabalhar em equipe, com ética e responsabilidade, adaptando-se às novas tecnologias, e que tenha autonomia para enfrentar diferentes situações com criatividade e flexibilidade.”

A ESCOLA DE NEGÓCIOS VAI AMPLIAR ATENDIMENTO PARA ATENDER A DEMANDA

“São sete anos que foca-

mos os investimentos em pessoas e em infraestrutura física e tecnológica, contribuindo para que MS seja um Estado forte e desenvolvido” Regina Ferro Diretora Regional do SENAC MS

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DEFINIÇÃO DO MIX, AVALIAÇÃO DE GIRO, MARCAS COM MAIOR VALOR AGREGADO, EXPOSIÇÃO, CROSS MERCHANDISING.

Sindical

Sindicatos do setor vão envolver empresas na busca pela excelência

Garantir lugar de destaque para suas necessidades é prioridade para o SINDSUPER, o órgão que representa os interesses gerais da categoria do varejo. O SINDSUPER tem como missão “Promover condições favoráveis para que as empresas do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Campo Grande gerem resultados positivos e desenvolvimento da sociedade” e como visão “Liderar a comunidade empresarial representada, por meio da atuação jurídica, política e social”. Por isso é líquido e certo.

Ser parceiro do SINDSUPER garante cada vez mais representatividade para sua categoria.

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SINDICATOS TÊM NOVOS DESAFIOS E METAS PARA ESTE ANO; CERTIFICAÇÃO FOI O PRIMEIRO PASSO RUMO À EXCELÊNCIA SINDICAL

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uando se fala em representação sindical em MS devemos dividir a atuação das entidades em dois momentos: antes e depois de elas aderirem ao SEGS (Sistema de Excelência em Gestão Sindical), implantado pela Fecomércio MS em 2009. O Sistema de Excelência em Gestão Sindical é um programa que incentiva o desenvolvimento da excelência na gestão das Federações e Sindicatos. Permite às entidades identificar o grau de desenvolvimento (maturidade) das entidades sindicais em questões como liderança, planejamento, clientes, sociedade, informação, gestão de pessoas, processos e resultado.

PLANEJAMENTO ATÉ 2020 “Sindicatos do comércio e serviços de MS que ingressaram no SEGS são promissores. Iniciativa, boa vontade e disposição são fundamentais. Esses sindicatos já deram os primeiros passos”, afirma o superintendente da Fecomércio/MS, Reginaldo Henrique Soares Lima, gestor do SEGS no Estado. Segundo o superintendente da Federação, a meta para 2011 é incentivar os sindicatos a levarem programas de qualidade para as empresas representadas, . “Quando se tem um planejamento, define-se melhor as metas e objetivos para o futuro, você tem uma direção. Até 2020 traçamos o escopo de atuação

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3326-7344 | sindsuper@amasms.com.br

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do SEGS. Os sindicato se reorganizam internamente o que gera uma integração entre si e deles com a Federação, melhorando a imagem das entidades e da Federação perante os representados e a sociedade”, explica Reginaldo. O que parece teoria, não é. A comprovação é o balanço que as instituições fizeram desses dois anos de trabalho. O presidente do Sinrecoms (Sindicato dos Representantes Comerciais de MS ), José Alcides dos Santos, confirma que o SEGS trouxe melhoria e planejamento em suas ações. Os treinamentos foram o ponto alto dentre as mudanças implementadas. O Sindicato se profissionalizou, passou a mensurar resultados, registrando as ações e buscando o feedback junto às suas bases. José Alcides conta que a relação com as empresas mudou. De cobranças e reclamações, os empresários passaram a participar da entidade, apresentando sugestões: “Colocamos muitas ações em prática, passamos a atuar com uma linha de trabalho, buscamos a certificação digital e aumentou nossa credibilidade. O sindicato ficou atrativo”.

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Em Aquidauana, os treinamentos resultaram em mais organização e investimentos no processo de informatização, melhorando o controle, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Aquidauana e vice-presidente da Fecomércio MS, Denire de Carvalho. O Sindicom (Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista) em Dourados também passa por uma revolução, conta a gerente Vanielle Estrada Castro: “Nossa visão de sindicato antes se resumia à arrecadação e convenção coletiva. Agora, procuramos dar apoio ao empresário e agregamos produtos e serviços para que nossa receita fique menos dependente da arrecadação”. A entidade também passou a programar visitas ao comércio de Dourados, levantando as necessidades dos empresários. TRANSFORMANDO ROTINAS O presidente do Sindicato dos Despachantes do Estado de Mato Grosso do Sul, Sebastião José da Silva, confirma a mudança e garante que os resultados foram positivos para a reestruturação do sindicato. “Houve uma grande melhoria na organização da gestão e na administração do sindicato. Nós tínhamos alguns aspectos do programa, era mais para reestruturar a gestão”, declara o presidente. A própria Federação está no SEGS e, na avaliação final do primeiro ciclo, a Fecomércio MS elevou a pontuação no programa em 271%. A participação no SEGS opera transformações não somente nos sindicatos, mas também na vida dos participantes. É o que afirma Joelson Cândido dos Santos, que atua no setor administrativo-financeiro do Sinrecoms. Ele conta que o SEGS trouxe mudanças importantes na organização de suas finanças pessoais: “O planejamento é tudo na vida da gente. Senão, a gente fica parado no tempo”. Este ano, as transformações devem ser ainda mais positivas. Além de envolverem os comerciantes no processo, os sindicatos vão participar do PDA (Plano de Desenvolvimento Associativo), que é vinculado ao SEGS e tem como propósito fomentar o associativismo, por meio de projetos que preencham as lacunas apresentadas nas avaliações e no Plano Estratégico das Entidades. Mais mudanças vêm pela frente.

A Fecomércio sabe a importância das datas comemorativas para o desenvolvimento do comércio local, por isso, está lançando o Instituto Fecomércio. Por meio do Instituto serão desenvolvidas pesquisas sazonais que viabilizam o planejamento de ações para as datas comemorativas. Além de Campo Grande, cidades do interior também serão beneficiadas. Para abrir 2011, o Instituto elabora sua primeira pesquisa com dados sobre a Páscoa. Um trabalho que impulsiona o desenvolvimento do setor e do nosso estado.

instituto@fecomercio-ms.com.br | as.economica@fecomércio-ms.com.br

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