Foto Kondor83, Shutterstock
No começo é difícil Mas, quanto mais você tentar se informar, melhor fica
Quem sou eu? Como a diversidade sexual é tratada nas escolas?
Eu quero saber! A galera pergunta, a sexóloga responde
Nº140
OUTUBRO/2013
POR AQUI BASTIDORES Justin Timberlake esteve no Brasil para o Rock in Rio e, claro, a gente foi lá conferir o astro. A coletiva foi disputadíssima, com direito a Sabrina Sato e tudo. E ele é L-I-ND-O mesmo. E um querido. Justin veio também divulgar o filme Aposta Máxima, no qual ele contracena com Ben Affleck. Não dá pra perder, né? A conversa com ele, você confere nas páginas desta revista. Olha que gatinho ele tá nessa foto!
DIREÇÃO GERAL Ariane Roquete PRODUTO FêCris Vasconcellos PLANEJAMENTO E MARKETING Bárbara Zarpelon COMERCIAL EXECUTIVOS RS Ricardo Machado
EDITORIAL
OPEC Carla Rodrigues da Silva RIO GRANDE DO SUL: (51) 3218-7221 GRUPO RBS PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E COMITÊ EDITORIAL
Nelson Pacheco Sirotsky DIRETORIA EXECUTIVA
PRESIDENTE EXECUTIVO Eduardo Sirotsky Melzer JORNAIS, RÁDIOS E DIGITAL Eduardo Magnus Smith TELEVISÃO Antônio Augusto Pinent Tigre
NATURALIDADE Se tem uma coisa que eu aprendi nesses anos de terapia (todo mundo tem problemas) é que, você sabe que algo está bem resolvido na sua cabeça quando passa a tratar isso com naturalidade. Ficar nervosa antes de prova, por exemplo. Eu surtava porque sabia que ia quase passar mal antes daquele teste de matemática, mas aí... são dois trabalhos: ficar nervosa e desficar, porque o resultado era o mesmo. Então, eu entendi que é assim que a gente tem que lidar com as coisas no geral. Sexo, por exemplo.
É uma das coisas mais normais do mundo, mas a gente fica nervoso, porque... bom, porque rola uma baita pressão, é algo novo e muito íntimo. As dicas são: se respeitar muito – não fazer nada que você não esteja legitimamente a fim –, se informar sobre o assunto e conversar naturalmente sobre isso com quem você confia (os pais, o médico, os amigos, os professores). Aí, quando você decidir que é a hora de tentar, não tem como não ser bom. Nesta edição, vamos falar de sexo. Assim, quando você decidir que tá na hora (sem pressa, sem pressão), pode ser mais fácil aproveitar.
FêCris Vasconcellos
MELHOR QUE SEXO Hum, deixa eu pensar...
Carnaval de Pinhal
LOL WUT?
FêCris Vasconcellos
Ariel Gil Estagiário
Carina Kern Designer
NADA
Tô na página 31 e nada ainda
Nada nada nada
GESTÃO E PESSOAS Deli Matsuo
Ricardo Machado Executivo de contas
Laura Hickmann Estagiária online
Cris Pastor Produtora
ESTRATÉGIA E DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS Luciana Antonini Ribeiro
Com final feliz
Hummm.............
Estudar até altas
NEGÓCIOS DIGITAIS - E.BRICKS Fabio Bruggioni
Marina Ciconet Repórter
Franklin Peres Comunika
Gustavo Gonçalves Designer
Nããããããoooooooo
Os papo desse expediente!
Você quis dizer: nada
Gustavo B.Rock Repórter
Renuska Celidonio
Capu Comunicador
JORNALISMO Marcelo Rech JURÍDICO E RELAÇÕES GOVERNAMENTAIS Alexandre Kruel Jobim
Editora
fecris.vasconcellos@kzuka.com.br
FINANÇAS Claudio Toigo Filho
ricardo.machado@kzuka.com.br
UNIDADE DE EDUCAÇÃO Mariano de Beer DIRETORA DE REDAÇÃO ZH E JORNAIS RS Marta Gleich
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KZUKA | outubro 2013
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PRESIDENTE EMÉRITO
FUNDADOR
Jayme Sirotsky
Maurício Sirotsky Sobrinho (1925-1986)
KZUKA #140
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KZUKA OPINIÃO
Colégios Foto Giuliano Cecatto, especial
Foto David Reis, especial
No La Salle Dores, Carolina Kauer e Vitor Batista
BEYONCÉ NO PASSINHO DO VOLANTE Texto: Renuska Celidonio | Foto: I Hate Flash
Mais uma edição de um dos maiores festivais do mundo fez uma bela bagunça e se foi voando pra deixar saudades. Os dois finais de semana de Rock In Rio trouxeram ao palco artistas de peso, que animaram a galera (tanto na platéia lá no Rio quanto em casa, pra quem teve que se contentar vendo pela TV). O Muse fez um show de arrepiar, Metallica mandou bem demais, Justin Timberlake foi apenas MARAVILHOSO e Beyoncé, para mim, foi a uma das melhores apresentações do festival (só perdendo para John Mayer, mas aí a competição é desleal por motivos pessoais...). Além de ter um pique incrível e um carisma de humilhar, ela levou o pessoal à loucura quando dançou Passinho do Volante (AAAAAAAAAAAH LELEK LEK LEK) do MC Federado e os Leleks. E sim: ela fez a coreografia! Vai dizer que esse não foi o momento mais sensacional de todo o RiR? Divaaaaa! Ela foi a artista mais tuitada na primeira parte do festival, e além do público do RiR, ela ainda presenteou No Cristo Redentor, em Brasília e Belo Horizonte com apresentações. Canoas, Letícia Bertolucci
SOBRE GAMES E CARIDADE Texto: Laura Hickmann | Foto: Reprodução
Quer pagar quanto? Não, não é Casas Bahia: é Humble Bundle, um pacote de games montados por desenvolvedores independentes em que você pode pagar desde um dólar até o quanto seu bolso permitir. Mas não acaba por aí: o valor é dividido entre desenvolvedores, instituições de caridade e produtores do Humble Bumble. O percentual destinado a cada um também é decidido por você na hora da compra. A minoria das pessoas paga o valor mínimo, enquanto o resto sente prazer e faz questão de ajudar. Paralelamente, gamers pirateiam jogos de R$ 200 ao invés de comprar por se sentirem roubados com o preço. O que vale mais?
Texto: Laura Hickmann | Foto: Divulgação
Uma geração inteira cresceu assistindo aos programas e às criações mais nonsense da TV aberta. A MTV Brasil abriu as portas em 1990 para transformar o mercado audiovisual brasileiro: as pessoas deixavam a MTV ligada assim como deixavam o rádio ligado – e lá, ao vivo, não existia playback. Sem a internet bombando, o canal foi responsável por disseminar novidades musicais e diferentes estilos, contribuindo para o início de uma onda muito mais eclética e democrática para a música. Sem falar nos programas, né? De quadros estranhos com gente ~fora da casa~ no comando, a MTV passou a ser uma emissora respeitada por investigar novas formas de fazer conteúdo – e uma das consequências é a grande contribuição que deixou para o humor na TV brasileira. 23 anos depois, quem teve coragem de inovar teve de dar adeus, deixando a nossa TV um pouco mais careta.
Paul McCartney e Arctic Monkeys apresentam seus novos trabalhos. O ex-beatle lançou a música New, com produção de Mark Ronson. Se esse novo som for uma prévia do álbum inteiro – que sai em outubro –, podemos, sim, esperar uma levada Beatles Já a banda do Alex Turner lançou seu quinto disco de estúdio, AM. O álbum é uma porrada atrás da outra. Produzido por James Ford (Klaxons e The Last Shadow Puppets) e Ross Orton (M.I.A), além de ter convidados como Josh Homme (Queens of The Stone Age), o resultado é esse mesmo: guitarras fortes ao estilo anos 1970, bases viciantes, que lembram até um pouco de rap, e letras sensacionais, como sempre.
Foto Mel Ferrari
Texto: Gustavo B. Rock Foto: Divulgação
Foto Giuliano Cecatto, especial
PRA ATUALIZAR O No Rosário, Andressa Amorim, SEU PLAYLIST Ana Júlia Dal Ri e Aline Maboni
HORA DO ADEUS
POR AI
No Anchieta, Fabiana Piccoli
NOSSAS VIDAS DE PAPEL Texto: Gustavo B.Rock | Foto: Reprodução
John Green é um escritor americano que não sai mais da cabeça da galera: ele é responsável pelo best-seller A Culpa é das Estrelas, e agora tenta repetir o sucesso com o livro Cidades de Papel. Nele, Green conta a história de Quentin Jacobsen, um garoto que está terminando o Ensino Médio e se encontra completamente conformado com a vida e com o que ela tem a oferecer. Q, como é conhecido entre os amigos, tem uma rotina bem tranquila, quase tediosa, mas tudo muda quando sua vizinha Margo Roth Spiegelman surge em sua janela, o convidando para “o dia mais longo de toda sua vida”. Daí em diante, mergulhamos de cabeça na crise e nas dúvidas de Q. Recheada de momentos divertidos e de diálogos inteligentes, a história nos faz pensar sobre quem realmente são as pessoas a nossa volta e até que ponto nós realmente as conhecemos. Talvez, de longe, sejamos todos como os outros esperam, pessoas de papel como diz o livro. É viciante.
M O D A
Vem chegando
o verão
KZUKA | outubro 2013
KZUKA INFORMA: TÁ CHEGANDO A MELHOR ESTAÇÃO DO ANO! É TEMPO DE SOL, MAR, CALOR, AMOR, SOMBRA, ÁGUA FRESCA, VIAGENS, MOCHILA NAS COSTAS, PRAIA... UM COMBO DE TUDO QUE A GENTE MAIS AMA. PARA CELEBRAR, FOMOS ATÉ O RIO DE JANEIRO ACOMPANHAR A LOJA TRÓPICO NA SEU ENSAIO DE VERÃO. FOI LINDO!
Vamos pra água? Ananda e Bernardo, no clima que a gente mais gosta: antes de pegar onda na Praia da Barra. O biquíni de lacinho dela é Rip Curl (pra quem tá com tudo em cima) e a bermuda de banho dele é Hurley. As pranchas são do shaper australiano Chilli.
KZUKA | outubro 2013
Natascha mandando bem no skate na ciclovia da Barra. A blusa é Billabong, o shortinho jeans (a gente ama!) é Redley e a rasteira é Barth. Tudo pra você praticar esportes sem deixar o estilo de lado.
M O D A
KZUKA | outubro 2013
Hora do banho! Bernando na estileira de bermuda Hurley azul da cor do mar. A prancha ĂŠ Chilli.
Quer ver mais fotos lindas como essas? acesse o a cara da marina no kzuka.com.br e confira o ĂĄlbum completo
FICHA TÉCNICA
Crédito das fotos: Gustavo Marialva, especial Agradecimento: Loja Trópico Texto: Marina Ciconet Arte: Carina Kern
informe publicitário
KZUKA | outubro 2013
Babamos nesta foto. Sentiu o clima? No verão, a gente não abre mão do conforto. O biquíni é Rip Curl, a saída de praia é Billabong e a alpargata (tem que ter!) é Perky Shoes. O skate lindo de morrer é Zythum. Vontade de sair assim todo dia.
POP UP
DICA
DO CAPU
Apartamento, rolaram nada mais, nada menos do que meio milhão de downloads, além dos shows atrolhados. Seguindo o sucesso do primeiro, o álbum seguinte, chamado Sábado, vem um pouco mais elaborado, talvez por uma evolução musical ou uma pressão do sucesso, mas segue sendo um trabalho que, por ser diferenciado, num mercado musical tão cheio de padrões, é interessante. Mais legal ainda é que, além de gravar em estúdios caseiros, na casa dele ou de amigos, o cara tocou todos os instrumentos. Quer conhecer um pouco mais do trampo do Cicero? Tem todo o trabalho do cara pra baixar de graça no www.cicero.net.br
Reprodução YouTube
JACK JOHNSON
Reproducao Youtube
Falae, bandiloco, tudo na boa? Minha dica é pra galera que curte garimpar aqueles talentos que não estão exatamente no mainstream, mas na web bombam demais e conseguem manter um trampo independente bem estruturado. Quem curte música mais intimista, mais instrumental, mais “sentimental”, tem que conhecer o Cicero. O álbum é bastante fora dos padrões, com músicas que não seguem uma métrica clássica ou ainda frases que podem parecer perdidas, mas que, em algum momento, vão fazer o maior sentido. Vale muito a pena conhecer Pra ter uma idéia, no primeiro trabalho, intitulado Canções de
Já ouviu o album novo do Jack Johnson? Se ainda não, te agiliza. O From Here to Now to You é o sexto da carreira do cara e vem numa pegada bem mais pop, que lembra o início do sucesso do surfista. No To The Sea, de 2010, por exemplo, Jack Johnson decidiu encorpar mais as melodias, deixando nas músicas uma sonoridade bem mais densa. Mas nesse novo trabalho, a galera consegue absorver facilmente aquele som de praia característico de luau. Irado também é conferir a música Change, já que o parceiro do cara, Ben Harper, manda demais tocando slide. I Got You, que fala do amor tranquilo do surfista pela sua esposa, com quem ele namora desde a adolescência. No canal oficial do Jack Johnson no YouTube, rola ver um making off irado das gravações do cara.
KZUKA | outubro 2013
Agora uma notícia de utilidade pública, não exatamente relacionada a alguma música ou artista, mas que vai influenciar diretamente no nosso bolso, já que somos consumidores dos materiais dos nossos ídolos. O Senado aprovou, em segundo turno, a proposta de emenda à constituição que concede isenção tributária para a produção de CDs e DVDs de artistas brasileiros. Resumo da ópera: com bem menos impostos, vai ficar mais fácil pro artista brasileiro produzir e obviamente (a gente espera) vai chegar mais barato nas nossas mãos. Com essa febre de bandas independentes organizarem vaquinhas virtuais pra levantar a grana necessária pra CDs e DVDs, essa notícia vai tirar muito projeto do papel. Descolar um álbum ou DVD na web hoje é muito fácil e, exatamente por isso, a galera da música tá se virando pra pensar maneiras alternativas de divulgar o material e faturar uma grana. Com a baixa nos preços, a gente espera que a pirataria dê um tempo.
Shutterstock/WimL
MENOS IMPOSTOS
SOUND KZUKA
dAVid GUettA Lá vem o Guetta com mais uma bomba. O cara, que por sinal confirmou algumas datas no Brasil, já lançou vídeos no YouTube com a prévia do clipe de One Voice, onde a revolta do DJ e produtor francês com os conflitos entre nações deixou a mensagem bem humanitária. O clipe já começa com um discurso de Getta dizendo o quanto é palha existirem países que se odeiam pelas suas religiões ou filosofias, e depois ainda ele divulga a organização humanitária “The World Needs More” (“O mundo precisa de mais”), e tem a participação de uma das vozes mais iradas que apareceram no pop/rock gringo nos últimos tempos, o cantor Mikky Ekko, aquele que canta Stay com a Rihanna, sabe? No canal oficial do Guetta no YouTube já rola uma prévia do que vai ser o clipe e a mensagem desse som, então corre no youtube.com/davidguetta, já que, mesmo com toda essa mensagem bonitinha, o som vale também por ser uma pedrada.
reprodução Youtube
reprodução Youtube
por CAPU
the killers Poucas são as bandas que sempre que lançam alguma coisa nova, o gol é certo. The Killers, desde sempre agradou todo mundo, do rockeiro mais raiz até o cara que curte pop, mas sabe a importância de uma guitarra destorcida. A expectativa tava gigante pro próximo álbum dos caras, que vai estar disponível a partir de 11 de novembro. O porém é que esse é um trabalho de compilação dos grandes sucessos, mas também tem novidades. Seguindo a tendência de “dar um gostinho” do trampo no YouTube e no SoundCloud, o quarteto liberou as duas faixas inéditas que vão fazer parte desse disco pra curtir na web, é só procurar por Shot At The Night e Just Another Girl. Além das músicas que já bombaram e dessas duas novidades, a cereja do bolo fica por conta da versão demo original de Mr. Brightside e um remix de When You Were Young, feito pelo top DJ e produtor Calvin Harris. Ficou incrível, cata tudo isso no Google que já rola conferir.
Já falamos lá no kzuka.com.br sobre um site sensacional de streaming de músicas onde o mais irado é curtir cada playlist conforme teu estado emocional ou atividade. Por exemplo, “vou ouvir essa seleção aqui já que tomei um pé na bunda˜, ou ˜vou ouvir essa outra dedicada aos que estão estudando pro vestibular˜. O que mais impressiona no SuperPlayer.fm é o gigantesco banco de dados com sons de alta qualidade e streaming perfeito. Todo o conteúdo do site é gratuito, e o mais irado é que, além de ser reconhecido e citado em todo o planeta pela facilidade de navegação e inovação, a galera que pensou e criou o SuperPlayer é brasileira e o melhor, gaúcha #rsmelhoremtudo. Até aí, tudo bem. A galera já tinha ouvido falar sobre o site, mas a cerejinha do bolo ficou pro final da dica. Todo mundo que já estava viciado no SuperPlayer, agora pode curtir os aplicativos para Android e iPhone gratuitos e tão irados quanto o site. Baixa agora e bora curtir horas e mais horas de música boa.
KZUKA | outubro 2013
reprodução
sUperplAYer
N R R
texto RENUSKA CELIDONIO, ESPECIAL arte GABRIEL GIL, ESPECIAL
Você pode até tentar, se esforçar, enfiar na cabeça que quer aprender, mas, às vezes, não adianta: tem gente que já nasce com talento para alguma coisa. Por exemplo: tem pessoas que têm o dom da dança desde crianças. Outras, mandam bem na cozinha ainda pequenas. E tem aqueles que, desde muito novos, já mostraram para quê vieram: fazer música.
Arquivo pessoal
IS
K C U
O
H C
JOVENS TALENTOS
Sabe aquela pessoa que aprendeu a tocar um instrumento sozinha e tira música de ouvido? E o cara que manja mais que muita gente que está há anos estudando e tentando se dar bem? Pois é. Estes tais prodígios parecem nem se esforçar muito para demonstrar o que fazem e, claro, sonham em um dia poder viver daquilo que têm como dom. Erick Endres tem apenas 16 anos, mas diz que “engana” em basicamente todos os instrumentos, apesar de gostar mesmo de guitarra. É com uma Fender Stratocaster que o guri toca na banda Dis Moi, uma das promessas da nova safra musical gaúcha, e ainda manda bala num projeto solo, em que faz basicamente tudo e está em processo de gravação. – No CD que estou fazendo, eu que gravei tudo: guitarra, baixo, programação, voz, teclado... – conta. Erick, filho do músico e DJ Fredi “Chernobyl” Endres (da Comunidade Nin-Jitu), diz que o pai até ajudou bastante e o influenciou a seguir no caminho da música, mas que por não morarem juntos, ele aprendeu basicamente tudo sozinho.
Reprodução /youtube.com
KZUKA | outubro 2013
– Sempre tive uma guitarra em casa, então não foi assim de ter um dia específico de começar a tocar e aprender. Não sei nem se lembro de mim sem saber tocar.
Mariana Bavaresco, de 17 anos, é outra que também não consegue se imaginar sem a música. Desde os quatro anos, ela sempre disse que ia ser cantora, mas, na época, os pais dela achavam tudo só bonitinho. – Minha mãe não levava muita fé. Dizia “é, vai ser cantora, sim” e dava risada. – conta. Mas, com 12 anos, tudo mudou: Mariana começou a se apresentar na escola e chamou a atenção de amigos e, claro, da mãe, que resolveu colocá-la em aulas de canto – de onde a guria nunca mais saiu.
Hoje em dia, Mariana não só canta, como também toca teclado, violão e ukulele. E, sim, ela aprendeu a tocar tudo basicamente sozinha. Como se não fosse o bastante, Mariana ainda compõe e diz tirar a inspiração das coisas que rolam na vida, principalmente dos relacionamentos que já começam a aparecer nessa época. – O bom dos idiotas que passam pela nossa vida é que eles rendem boas músicas, né? – conta, rindo.
S E X O
TIRANDO SUAS
na hora h XiXi, cOcO, bUndA, pêniS, vAginA. TicO, pAU. HOmO ErEcTUS. AgOrA qUE AcAbOU A TEnTAçãO dE rir E fAZEr piAdAS infAnTiS cOm O ASSUnTO, vAmOS fAlAr SériO E TirAr AlgUmAS dúvidAS dA gUriZAdA qUE cHEgArAm AqUi nA rEdAçãO.
KZUKA | outubro 2013
– Tomar muitas pílulas do dia seguinte pode afetar em alguma coisa? O quê? Sempre que for necessário, como em relações sexuais sem uso de preservativo (ou com rompimento dele), esquecimento ou uso irregular da pílula, ou também em casos de abuso sexual, o anticoncepcional de emergência pode e deve ser empregado. Pode ser utilizado quantas vezes forem necessárias, mesmo que mais de uma vez no mesmo mês. Deve ser empregado logo que possível, idealmente até 72 horas depois da relação e, no máximo, até cinco dias após a relação. Não há perda de eficácia com o uso repetido, que fica ao redor de 85% para não ocorrência de gravidez quando empregada até 72 horas e um pouco menor após esse período. A pílula não induz sangramento imediato e a menstruação virá no período normal se não ocorrer gestação. Nos casos de uso repetido, o ideal é iniciar o uso de método contraceptivo regular, que apresenta maior eficácia (99.9 a 98.5%) do que a pílula de emergência. – A ansiedade da pessoa provoca a ejaculação precoce? Se sim, como pode melhorar isso? Sim, é muito comum ocorrer nas primeiras relações e não há motivos para preocupação. O ideal é conversar com a parceira (ou com o parceiro) sobre o assunto e ir mais tranquilo para as próximas relações, sem muita cobrança de desempenho. Afinal, na adolescência, ambos estão aprendendo o que e como gostam de fazer. Se o problema persistir, uma visita ao urologista pode ajudar, até para tranquilizar.
– O anticoncepcional protege 100% da gravidez? Em condições ideais de uso (sempre no mesmo horário, sem esquecimentos e com períodos corretos de pausa) a eficácia é de 99.9%. Na prática, cai um pouco, oscilando entre 98,5% e 99%. – Se esqueci de tomar a pílula anticoncepcional, ou tomei ela na hora errada, o quanto isso compromete a eficácia? Depende do tempo que esqueceu. Para a maioria das pílulas combinadas, esquecimento de até 12 horas não causam perda de eficácia. Se o intervalo entre as tomadas for superior a 12 horas, parte do efeito pode ser perdido, mas isso não está quantificado. O grande problema mesmo é aumentar o período da pausa recomendada pelo fabricante, esquecendo de tomar os primeiros ou os últimos comprimidos da cartela. Sempre que esquecer, o ideal é tomar o comprimido esquecido assim que lembrar e, o próximo, no horário normal, nem que tenha que tomar dois juntos. Se o esquecimento for superior a 12 horas, usar preservativo por segurança até o final da cartela é fundamental. – O que o homem deve fazer para ficar tranquilo na sua primeira vez? E a mulher? As dicas são simples, porém importantes nesse dia (e no futuro também). Ter certeza de que quer ter relações com aquela pessoa. Ter preservativo, estar usando contraceptivos e procurar um local seguro, privado e aconchegante para iniciação. Isso vale para os dois.
– É normal sentir dor e não ter orgasmo nas primeiras relações? A menina pode sentir dor, desconforto e apresentar pequeno sangramento (que cessa espontaneamente) nas primeiras relações, pois vai ocorrer a ruptura do hímen (membrana que recobre parcialmente a vagina). Muitas vezes, a ruptura não é completa na primeira relação e ela ainda poderá apresentar algum desconforto nas próximas duas ou três seguintes. Não é necessário ter orgasmo em todas as relações, o importante é se sentir bem durante o ato sexual, relaxar que, com o tempo, os dois vão aprendendo o que gostam no sexo. – Fiz sexo várias vezes e não gostei. Tenho algum problema? Não, podem ter sido experiências inadequadas. Dê tempo ao tempo. – Coito interrompido funciona? Pouco. O ideal para quem não quer engravidar é mesmo usar camisinha e pílula. – É possível engravidar enquanto estou menstruada? Não. Não está em período ovulatório, mas tem que cuidar quando o sangramento for ficando escasso, principalmente quem tem ciclos que duram muito, pois aí os óvulos já estão começando a se desenvolver.
* Respostas concedidas por Dra. Jaqueline Neves Lubianca – professora de ginecologia da Faculdade de Medicina da UFRGS, doutora em Medicina pela UFRGS e especialista em anticoncepção e ginecologia infanto-juvenil.
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a al
a da ur g se
O trânsito faz parte do nosso dia a dia, seja lá qual for o lado que estivermos: motoristas, ciclistas, pedestres ou passageiros. E nós reclamamos tanto do trânsito, né? Ele é tão trancado, ninguém respeita nada, o pedrestre não tem vez. Mesmo assim, não paramos pra pensar o que podemos fazer para termos um trânsito melhor, mais seguro e menos estressante. Quem nunca bebeu e dirigiu? Discutiu com o motorista do lado que não deu o pisca? Tudo isso gera uma soma de fatores que fazem os números do trânsito se tornarem uma tragédia. Para tentar mudar essa realidade, o Pah! e o Detran/RS se uniram para buscar melhorias. Estaremos promovendo nos colégios o projeto Bate Papo Operação Balada Segura, que busca conscientização da galera jovem e, principalmente, mudança de atitude. Nós acreditamos em um trânsito melhor! Estamos juntos nessa? Olha alguns números auto-explicativos que podem ajudar você a entender os motivos que fizeram a gente levantar essa bandeira.
Você sabia que... mortes em acidentes de
– Para cada
100 mulheres condutoras = me-
30% das vítimas fatais dos acidentes de trân-
– Para cada
100 homens condutores, mais de
trânsito, –
cinco
uma vítima é do sexo feminino
sito são jovens entre
18 e 29 anos
– O número de condutores cresceu
20% no pe-
ríodo de 2007 a 2012: desse percentual, mulheres
100 mulheres
31% são
nos de 28 infrações 41
tem infrações
– Em 2012,
466 mulheres morreram em aciden-
tes no RS. Isso equivale a
1,3 mulheres por dia
– De 2007 à 2012 o RS teve
10.665 acidentes
– em cada , 22,5 têm habilitação. Para os homens o número cresce: em
fatais. Só em Porto Alegre foram
cada 100,
* Fonte: DETRAN RS
55 possuem habilitação
933
KZuKa | outubro 2013
– Para cada
C A P A
sexo é bom e é natural. mas não é por isso que você não tem uma coisinha aqui, outra ali, pra aprender sobre o assunto texto gustavo b.rock
KZUKA | outubro 2013
A
arte carina kern
educação sexual do brasileiro vinha devagar quase parando quando a internet passou por cima. Dúvidas e mistérios que antes deixavam os jovens falando baixinho, agora estão desvendados entre seios e pênis que qualquer criança encontra ao fazer uma simples busca no Google. – O que antes não se podia falar, hoje se fala demais. O tabu aparece na forma de uma exigência padronizada. Se na época de nossos avós era a censura e a vergonha que provocavam inibição na vida sexual, hoje o que inibe é a ideia de que existe um padrão de felicidade para todos: um corpo lindo, sarado e que funcione sexualmente como mostram os vídeos pornôs – diz Ângela Lângaro Becker, psicanalista membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre. A realização pessoal de cada um não depende exclusivamente do seu corpo fisiológico, segundo Ângela. O fato de muita gente pensar isso talvez, seja o que mais atrapalhe a vida dos casais hoje em dia, segundo ela.
ilustração bioraven, shutterstock
– Assim como não se atinge a felicidade puramente através de regras de exercícios e alimentação para uma vida saudável, também não a encontramos quando pensamos no sexo como algo que se dá simplesmente de corpo para corpo – explica a psicanalista. Essa supervalorização do físico por parte do brasileiro aparece na pesquisa Mosaico Brasil, feita em 2008 e considerada a maior sobre o assunto já realizada no país até hoje. De acordo com esses dados, a maioria dos porto-alegrenses acredita que os homens se preocupam com sua ereção tanto quanto as mulheres se preocupam com a aparência. Isso faz com que a importância desses fatores na relação sexual, em muitos casos, seja valorizada mais do que deveria. – A ejaculação precoce no jovem e as dificuldades do orgasmo feminino são bastante comuns em função de ter que cumprir uma determinada performance. O tempo de namoro quase sempre ajuda a encontrar o modo próprio de cada casal entregar-se ao prazer – diz Ângela.
Seja num relacionamento, em vários, ou até mesmo sozinho, quando surge alguma dúvida, o ideal é a eliminar rapidamente e da forma mais clara possível. Pra colocar cada expectativa em seu devido lugar e reduzir a ansiedade e o nervosismo – principalmente nas primeiras vezes –, poucas coisas são mais eficazes do que um bate-papo franco com alguém de confiança e que tenha cancha pra ajudar. – Não tenho vergonha de falar sobre sexo com meus familiares, muito menos com meus amigos. E sempre uso camisinha. Não dá pra confiar muito nas pessoas nesse assunto e contrair doenças ou engravidar alguma guria não é difícil – explica o estudante Daniel*, 18 anos, que hoje se considera uma pessoa sexualmente ativa e saudável muito porque despen-
de tempo e energia nessas conversas. Ele perdeu a virgindade com uma amiga quando tinha 16 anos, exatamente a idade média em que os guris de Porto Alegre transam pela primeira vez, segundo a pesquisa Mosaico Brasil. As gurias, no geral, perdem a virgindade um pouco mais tarde, aos 18 anos. O estudo foi feito em 10 capitais pela doutora Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP. Por aqui, tanto gaúchos quanto gaúchas dizem ter sua primeira experiência sexual com o namorado ou namorada. Elas (87,6%), muito mais do que eles (34,1%). A real é que esse assunto é, sim, delicado e ainda vai ocupar muito da sua cabeça e do seu tempo ao longo da vida. Se
AMOR E SEXO A relevância do que rola entre quatro paredes é enorme na vida dos brasileiros. Os dados da pesquisa mostram que mais de 95% dos homens e mulheres do país dizem que o sexo é importante ou muito importante para a harmonia do casal. Apesar de se considerarem satisfeitos com a vida sexual que levam, os gaúchos gostariam de praticar mais. Em média, eles afirmam ter 2,9 relações por semana, enquanto elas ficam em 2,4 vezes. Ambos sonham dobrar esses números. A psicanalista e escritora Regina Navarro Lins, autora de O Livro do Amor, explica que hoje em dia a busca pelo prazer é algo fundamen-
isso vai ser bom ou ruim, ainda depende de como e quanto você se informar sobre ele. Os especialistas são unânimes em dizer que a melhor saída é o papo reto, sem medo de ser julgado por quem está te ouvindo. Parece difícil, mas ser aberto e franco sobre sexo pode garantir uma vida sexual mais saudável e prazeirosa no futuro. Outra grande dica é não ceder a pressões externas. Respeitar as próprias vontades é fundamental pra ficar de bem com essa parte tão importante da vida. * nome alterado a pedido do entrevistado
tal na vida das pessoas. O que pode, para alguns, significar fazer sexo sem se envolver emocionalmente com a outra pessoa. Os números da pesquisa parecem concordar. 81,6% dos homens porto-alegrenses não teriam problemas com isso, enquanto, entre as mulheres daqui, cerca de 50% responderam o mesmo. – O que se faz entre quatro paredes depende de cada um. Sexo é um aprendizado e as pessoas vão ser satisfeitas quando encararem como algo natural. Não é necessário ter amor para se ter sexo. Claro que com amor é melhor, mas tudo é melhor com amor, até bolo de chocolate – brinca Regina.
KZUKA | outubro 2013
FALANDO NISSO
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m
u
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uem nunca teve aquele colega de colégio que, quando tinha que dizer qual era sua disciplina favorita, sempre respondia Educação Física? Esse colega certamente mandava benzão nos esportes, passava do horário da aula jogando bola na quadra com os amigos e era do time do colégio em alguma modalidade. Provavelmente, quando foi para a faculdade, ele já ficou imaginando como faria para suprir essa paixão por esportes durante a graduação (a não ser que tenha pilhado em fazer vestibular para Ed. Física, claro!). Pensando exatamente nessa galera é que existem as associações atléticas, um espaço em que os alunos podem se enturmar, conhecer gente de outros cursos e participar de campeonatos esportivos locais, regionais e até nacionais. Cansados de ver que alguns campeonatos eram mal organizados, alunos da ESPM de Porto Alegre criaram a Associação Atlética ESPM-SUL (AAES). – Nós queríamos realizar alguns eventos que fugissem da área acadêmica e que não tivessem envolvimento com os diretórios. A gente queria fugir do comum – conta Filipe Lederhos, um dos fundadores da AAES. A ideia veio após conhecer um projeto semelhante, da unidade de São Paulo, que já integrava as turmas através de jogos e, claro, festas. Tiago Dewes cursa Relações Públicas na PUCRS e é o presidente da Associação Atlética Acadêmica e Social de Comunicação (AAASC). Diferente da ESPM, na PUCRS, as associações são separadas pelo cursos. Na Faculdade de Comunicação Social (Famecos), pode participar quem é aluno ou quem se formou há, no máximo, dois anos.
A AAASC marca presença em campeonatos desde 2009, mas só existe oficialmente desde o segundo semestre do ano passado. Apesar da inclusão e da diversão, já que muitas vezes as equipes precisam viajar juntas para jogar (e isso acaba sempre resultando em bagunça), Tiago diz que o interesse da galera ainda é pequeno. – Hoje nós temos oito membros fixos, mas, no geral, a participação do pessoal é boa. Tivemos um up no ano passado – diz. E este up vem em boa hora: as equipes já estão se preparando para o Comunica Beach, que rola em novembro na praia de Mariscal, Santa Catarina. O evento é voltado para o pessoal que cursa Comunicação Social nas universidades da região Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina). A competição rola solta, mas nem tudo é suor e disputa. As turmas também merecem um descanso e, depois dos jogos, podem deixar de lado o uniforme para comemorar as vitórias e farrear com os colegas. O Comunica Beach sempre leva shows de artistas famosos para animar os times e faz festas temáticas que, claro, todo mundo curte. A galera da Famecos já confirmou uma equipe de futsal masculino para o evento e avisa: está pronta para uma grande festa. – Nossas expectativas são boas e pretendemos ir para lá com dois ônibus – antecipa Tiago. Ou seja: vencendo ou não, pelo menos a diversão é garantida. Então, corre pra te informar sobre a atlética da tua faculdade ou sobre como montar uma.
texto renuska celidonio foto leticia Baratz & Guilherme testa
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O CROWDFUNDING, QUE SURGIU COMO FORMA DE JUNTAR DINHEIRO PARA PROJETOS CULTURAIS, SE TRANSFORMOU EM MEIO PARA CONCRETIZAR OUTRAS INICIATIVAS texto BRUNA SCIREA E FÊCRIS VASCONCELLOS arte CARINA KERN ilustrações ALEKSANGEL, PKING4TH E VECTORLIB, SHUTTERSTOCK
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á tempos os produtores culturais descobriram que ficar nas mãos de leis de incentivo não fará todos os seus projetos saírem do papel e passaram a recorrer aos sites de financiamento coletivo — comumente chamados de crowdfunding. Seguindo esse exemplo, e também uma tendência mundial da busca cada vez maior por recursos de grão em grão, profissionais com projetos de outras naturezas buscam essa solução. Só nos primeiros nove meses deste ano, o Catarse, um dos sites mais conhe-
cidos da área no Brasil, já movimentou R$ 4,4 milhões. É um crescimento de 10% em relação ao arrecadado em todo o ano de 2012, e de cerca de 300% se comparado ao montante relativo a 2011, ano em que o Catarse nasceu. Diego Reeberg, sóciofundador, explica que, dessa quantia, 34% vão para projetos culturais, parcela que vem diminuindo a cada ano. Ele acredita que mora na diversidade de casos de sucesso a razão pela qual cada vez se procura mais o crowdfunding. Para a especialista em economia da
AUTOESTIMA, ALTO EM CIMA!
possibilidades da plataforma de financiamento coletivo. – Vamos descobrir a fórmula de como se sustentar fazendo o bem. Se eu conseguir viver fazendo isso, serei a pessoa mais feliz do mundo – garante Daniel.
Em uma das rotineiras visitas ao barbeiro, o estalo do publicitário Daniel Mattos, 27 anos, foi simples: proporcionar um dia de vaidade a crianças que perderam o cabelo durante o tratamento contra o câncer. O projeto, que incluiu a compra de centenas de perucas, montagem de estrutura e o trabalho voluntário de cabeleireiros, maquiadores, tatuadores e DJs, foi rapidamente aprovado pelo setor de Oncologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e pelo Instituto do Câncer Infantil. Faltava só o dinheiro. – Encaramos o crowdfunding como a melhor alternativa para monetizar a nossa ideia. E o retorno foi verdadeiro – lembra. O evento Haircut Day reuniu dezenas de pacientes, familiares e médicos em dois dias de confraternização e sorrisos largos em julho deste ano. Os 119 apoiadores tiveram, entre outras recompensas, seus nomes nos créditos do vídeo que registrou a grande festa. Criador da Smile Flame, que organiza projetos de comunicação com o objetivo de impactar positivamente a sociedade, Daniel encara 2013 como um laboratório. Todos os projetos desenvolvidos neste ano são “no amor”, como ele define. A partir de 2014, o objetivo é aproveitar todas as
GENOMA DO MEXILHÃO
Em um vídeo bem humorado e produzido, a bióloga Marcela Uliano, 26 anos, contou a história de um dos grandes vilões das águas, o mexilhão dourado. Em 60 dias, ela captou mais de R$ 40 mil para financiar parte de sua pesquisa de doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Por meio do Catarse, a jovem divulgou sua pretensão em fazer um mapeamento genético do mexilhão e entender quais características tornam o molusco um invasor tão resistente, capaz de transformar ecossistemas inteiros. – Muitos rios, como o Jacuí, já foram invadidos por essa praga. O estudo pretende conhecer o mexilhão a ponto de impedir que ele chegue à bacia amazônica – conta. Além de possibilitar o financiamento, a divulgação do projeto permitiu a aproximação da comunidade com a academia. Inúmeros apoiadores parabenizaram Marcela pela iniciativa, além de ajudar, claro.
cultura pela UFRGS e mestranda em Comunicação Social na PUCRS Vanessa Valiati, o sucesso dessas plataformas faz com que se abram portas de sites específicos para outras áreas. – Descobriram que é uma maneira fácil de tirar suas ideias do papel. Tem a ver com a consolidação da cultura digital e com o didatismo da coisa – diz Vanessa. Outro site do gênero, o vakinha.com. br nasceu em 2009 e tem uma cartela ainda mais abrangente de cases, já que lá você pode inscrever qualquer coisa.
COMO BOMBAR SEU PROJETO: A especialista em economia da cultura Vanessa Valiati dá algumas dicas para tornar a sua vaquinha mais atraente. — O formulário: nos sites de crowdfunding, como o Catarse, há diversos requisitos a serem preenchidos para que a pessoa que tenha interesse em contribuir entenda bem como vai funcionar a ideia e para onde vai o dinheiro. Preencher correta e completamente esse formulário empresta maior credibilidade à vaquinha. — O vídeo: exibir as informações em um vídeo divertido e bem editado pode chamar ainda mais a atenção de doadores. — A rede: a força dos envolvidos nas redes sociais é fundamental para fazer a roda girar. Quanto mais o projeto tiver a adesão de gente com grande capital social, mais chances tem.
Informe comercial
É TETRAAAA!! NÃO MINTA. VOCÊ LEU A MANCHETE OUVINDO A VOZ DO GALVÃO BUENO. A VERDADE É QUE NÃO EXISTE OUTRO TÍTULO PARA UM TEXTO CUJO OBJETIVO É CONTAR A HISTÓRIA DESSE TÍTULO.
doping pelo uso de uma substância chamada efedrina, no jogo diante da Romênia. A saída do craque, na verdade, não trouxe prejuízo para os hermanos na competição, já que a seleção da Argentina perdeu essa partida e foi eliminada ali mesmo. Um dos destaques positivos de 94 foi o búlgaro Stoichkov, artilheiro ao lado do russo Oleg Salenko. Chamou a atenção também o fato de que a seleção da Bulgária já havia disputado 16 jogos em copas sem nunca ter conseguido ganhar uma partida sequer. E, dessa vez, eles acabaram em quarto lugar! O Brasil começou arrasador e, mostrando sua força, se classificou em primeiro lugar no grupo que tinha Camarões (de Roger Milla, que atuou nessa competição aos 42 anos de idade), Rússia (seleção de um dos artilheiros – mesmo levando em conta que Salenko fez cinco de seus gols na mesma partida, contra os africanos) e Suécia (equipe que enfrentou nossa seleção novamente na semifinal e acabou com a medalha de bronze). Alguns lances ficaram na memória de quem torceu pelo Brasil nessa Copa,
1994 Campeão: Brasil Vice-campeão: Itália Terceiro: Suécia Quarto: Bulgária
como a cotovelada do elegante Leonardo no jogo contra os norte-americanos. Todos lembram, também, da comemoração de Bebeto em homenagem ao seu filho recém nascido (e que hoje já é jogador profissional, como o pai). E das jogadas de Romário. Essa foi a copa do baixinho. Além das jogadas e assistências, ele participava dos gols até sem tocar na bola, como na falta cobrada pelo lateral Branco. Romário deu um gingado, saiu da frente da bola na hora certa, e pôde ver ela balançar as redes. A seleção brasileira, comandada por um Dunga que buscava reconhecimento após ter sido eleito culpado pelo fracasso no Mundial anterior, enfrentou novamente a Itália em uma final (como em 1970). A decisão foi para os pênaltis, e coube ao craque italiano Roberto Baggio o papel de vilão. O goleiro Taffarel nem precisou tocar na bola. Era tetra! Comemoração de brasileiros nas arquibancadas, cabines de imprensa, no mundo todo. E, em especial, dentro de campo, onde um jovem e dentuço Ronaldo conquistava seu primeiro título mundial. Era só o começo para ele.
FATOS, LENDAS E CURIOSIDADES DAS COPAS – Em 1982, Sócrates era o capitão da seleção, e marcou um gol na estreia do Brasil contra a União Soviética. Em 1994, seu irmão Raí repetiu a façanha na vitória por 2 a 0 diante da Rússia. – Na Copa de 1974, pela primeira vez o jogo final não rolou na capital do país-sede. O confronto entre a laranja mecânica (Holanda) e os donos da casa (Alemanha Ocidental) ocorreu no Olympiastadion da cidade de Munique, e não em Berlim (ou, no caso, em Bona, que havia sido escolhida para ser a capital desse lado da Alemanha dividida). – Em 1982, no campeonato disputado na Espanha, a campeã Itália não venceu nenhuma das suas três partidas na primeira fase. E Paolo Rossi, que acabou sendo artilheiro da competição, demorou cinco jogos até balançar as redes pela primeira vez. – Último gol de uma Copa, e primeiro gol da outra. O atacante italiano Alessandro Altobelli marcou na final de 1982, contra a Alemanha Ocidental, quando a Azzurra levou o título, e abriu o placar no primeiro jogo da Copa de 1986, entre Itália e Bulgária.
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Nada mais justo que o país do futebol levantasse a taça do Mundial disputada no país do football. Ok, estamos falando de diferentes esportes, mas a finalidade da FIFA era, assim como a regra, clara: divulgar o soccer nos Estados Unidos, um potencial mercado que ainda insistia em jogar bola usando as mãos. Pelo bem e pelo mal, muitos acontecimentos marcantes chamaram a atenção do mundo para a competição. Foi nessa Copa que, pela primeira vez, uma vitória daria três pontos ao vencedor (na fase de grupos). E, para alegria da entidade criadora da competição, os estádios estavam lotados em praticamente todos os jogos. No lado ruim, uma tragédia marcou o retorno da seleção colombiana ao seu país após a competição. O zagueiro Andrés Escobar – sem relação alguma de parentesco com o traficante Pablo Escobar – foi assassinado por ter sido responsável pelo gol contra que desclassificou a Colômbia na partida contra os donos da casa. A Copa norte-americana também foi a última disputada pelo craque argentino Diego Maradona, pego no exame anti-
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diversidade sexual texto GUSTAVO B. ROCK arte CARINA KERN ilustração AKAISER, ShUTTERSTOCK
o diálogo sobre sexUAlidAde nem sempre é simples. por isso, esse é Um temA qUe deve ser debAtido em fAmíliA, no espAço público e tAmbém nA escolA. AlgUns colégios já AbordAm A qUestão, mAs AindA há mUito o qUe fAZer
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no colégio que temos, além das lições de casa, as primeiras lições de convívio. As escolas brasileiras ainda tratam a educação sobre a diversidade sexual de uma forma irregular, e as iniciativas variam muito dependendo do direcionamento de cada instituição. Não dá pra fugir do assunto, mas conversar sobre isso na sala de aula é sempre delicado, especialmente quando diz respeito a relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo.
– Cada ser humano trata de maneira diferente sua sexualidade, e tem a sua maneira particular de entendê-la. Cada pessoa, cada família, tem seus tabus, mas vejo que a escola tem um papel bem importante neste aspecto e deve se valer disso para trazer orientação e esclarecimento – diz o professor Hélio Alabarse, orientador educacional do Colégio Concórdia, que há alguns anos organiza eventos bimestrais com profissionais da saúde (psicólogos, assistentes sociais, entre outros) para alunos a partir da 7ª série do ensino fundamental. Mesmo que a escola tenha alguém sempre disponível para atender os adolescen-
tes, são momentos como esse que permitem que os estudantes possam conversar mais especificamente sobre o assunto, para tirar dúvidas e até mesmo discutir questões pessoais que possam estar incomodando. – Destaco uma atividade desenvolvida com a parceria de uma psicóloga, em que separamos os alunos em dois grupos, um de meninos e outro de meninas. Ela conversou com os grupos separadamente e sem a presença de professores, para que se sentissem mais à vontade, e todos puderam falar sobre coisas que não conversavam nem em suas casas – conta o professor. Para Alessandra Maria Bohm, psicopedagoga e mestre em Educação, Relações de Gênero e Sexualidade pela UFRGS, nas escolas, o assunto ainda é tratado de forma muito pontual. Ela acrescenta ainda que, geralmente, essas aulas ficam a cargo de professores de ciências e biologia e focadas apenas em informações sobre aparelhos reprodutores e prevenção de doenças. O próprio governo brasileiro, através das informações do PeNSE (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar), trata como material sobre sexualidade em escolas só o que envolve informações sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST) e prevenção de gravidez. Hoje com 18 anos e já inserido no mercado de trabalho, Vitor assumiu ser homossexual quando cursava o Ensino Médio na Escola Técnica Parobé, onde presenciou exatamente esse tipo de iniciativa. – Essas palestras não se propõem muito a abordar o tema da sexualidade. Sobre esse assunto, eles apenas respondem algumas dúvidas dos alunos – afirma ele. Assim como a abordagem desse assunto varia de família para família, e de colégio para colégio, também não existe uma regra para a questão da convivência entre colegas quando o assunto é homossexualidade. – No começo, os colegas fazem alguma brincadeira de mau gosto, mas essa questão depende de como o proprio gay reage. Eu nunca vi nada de errado, por isso me posiciono de maneira que os meus amigos e conhecidos percebam que há igualdade e normalidade entre nós – diz Vitor. O caso de Vitor está mais perto de ser uma exceção do que uma regra. A psicopedagoga Alessandra participou das pesquisas que estruturaram o projeto Escola Sem Homofobia, uma das ações realizadas a partir do programa governamental Brasil Sem Homofobia, e que tem o objetivo de promover a cidadania LGBT a partir da equiparação
dos direitos humanos no Brasil. – Essa pesquisa apontou a existência de homofobia nas instituições escolares, desrespeito à laicidade, carência de projetos em educação para a sexualidade e neces-
sidade de produção de materiais didáticos, entre outros pontos – explica ela. As ações propostas pelo projeto, entre outras coisas, foram a realização de seminários e a elaboração do que foi chamado de Kit Contra a Homofobia, para ser distribuído em escolas públicas. Segundo ela, dois anos após ter sido vetado, o governo federal ainda indica que o Kit continua sob análise. Um estudo sobre o comportamento sexual de adolescentes, com dados da PeNSE 2009, mostrou que viver com os pais, ter um maior envolvimento familiar e receber orientações sobre saúde sexual e reprodutiva na escola têm impacto positivo no comportamento sexual de adolescentes. Infelizmente, o interesse e a participação de familiares nas atividades escolares relacionadas ao tema não é comum. – O envolvimento é mínimo, até porque as famílias não se sentem à vontade para tratar do assunto. Queremos oportunizar encontros também para os familiares, tanto com cunho informativo quanto com momentos de orientação e esclarecimento de dúvidas de como abordar o tema com os filhos – afirma o professor Hélio Alabarse. Por isso, procurar alguém de confiança pra conversar, é o melhor caminho.
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HIGH SCHOOL NA GRINGA texto MARINA CICONET ilustração SHUTTERSTOCK/TOVOVAN arte GABRIEL GIL, ESPECIAL
A gente já sabe que estudar fora do Brasil é uma baita experiência pra quem tem essa oportunidade e eleva o currículo do estudante. Sem contar no amadurecimento de morar sozinho e longe de casa. Não importa se a cidade que você escolher é grande, pequena, conhecida ou não. Este mês, escolhemos estudantes que fizeram High School pela STB Student Travel Bureau em três cantos diferentes do mundo pra contar o que sentem depois de voltar ao Brasil. Quem sabe você é o próximo? “Sei que é clichê dizer que intercâmbio é uma experiência única e a maneira que tu vê o mundo depois dele muda radicalmente, mas seria hipocrisia minha dizer outra coisa além disso. Passei 3 meses em Hamilton, na Nova Zelândia (Kiwi Land, como eles gostam de falar), estudando na escola Fraser High School e conhecendo muita (e todo o tipo de) gente! O frio(zão) na barriga por estar no outro lado do mundo foi passando assim que fui saindo da minha zona de conforto, a fim de me envolver mais com minha host family e com o pessoal da escola. E, sim, vale a pena! Vale todos os perrengues, os micos e as situações um tanto quanto “awkwards” que temos que passar, pois serão esses momentos que levaremos conosco para o Brasil e para a vida, em uma bagagem estourando aprendizado, novas amizades e histórias para contar.”
“No primeiro semestre deste ano, passei a experiência mais incrível e diferente da minha vida. Foram 5 meses em Nanaimo, uma cidadezinha de 75 mil habitantes em Vancouver Island, no Canadá. Minha adaptação foi super rápida e minha host family era incrível. Passei de irmã mais nova aqui, pra irmã mais velha de três crianças, sendo a mais velha delas de 7 anos. Certamente, umas das coisas mais legais foi conhecer amigos do mundo todo e saber que, mesmo vindo de lugares diferentes, de um jeito ou de outro, são todos um pouco parecidos. Confesso que o maior intercâmbio foi, na verdade, voltar pro Brasil e me readaptar com tudo. Mas faria tudo de novo, valeu MUITO a pena.”
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Juliana Katz, 15 anos, do colégio Israelita
“Passei um semestre em Ohio, nos Estados Unidos. Nunca imaginei que viver fora seria tão intenso, nas partes boas e nas ruins. Desde a primeira semana, meio deslocada, sem saber com quem pegaria carona para o jogo de futebol americano, ou com a indecisão do primeiro dia de aula: “com quem sentar na mesa do almoço?”, até a despedida no aeroporto e o coração já apertado de saudades, vivi experiências e conheci pessoas incríveis. Cada vivência se tornou uma lembrança gostosa, e a vontade de explorar esse mundão só aumentou! Digo e repito, com toda a segurança do mundo, que essa viagem aumenta a bagagem de qualquer um.” Julia Grohe, 16 anos, do colégio Anchieta
Fotos arquivo pessoal
Geórgia Zanatta, 17 anos, do colégio Anchieta
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He’s got tHe looks, He’s got tHe brains. Justin timberlake tem tudo. ele é ator, é músico respeitado pela crítica e amado pelo público, é produtor, é gato, é simpático. ídolos completos como o loirinHo estão Há muito em falta no mundo pop e talvez esse seJa o segredo do sucesso do cara. texto fêcris vasconcellos
arte carina kern
foto divulgação
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le esteve no Brasil para o Rock in Rio e já aproveitou para promover sua mais nova investida no cinema, o filme Aposta Máxima, em que contracena com Ben Affleck e faz o papel de um gênio que resolve investir no mundo das apostas. Em uma coletiva badaladíssima – que a gente foi conferir de perto, como você viu na página 2 –, Justin contou um pouco mais sobre o filme, sua carreira de ator e o sucesso do disco The 20/20 Experiment. Sobre a experiência como ator, que ele já experimenta há algum tempo, Justin disse que não sabia que ir ao Saturday Night Live o daria tantas oportunidades. Ele também falou sobre o personagem Richie, de Aposta Máxima.
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Justin Timberlake – Acho que foi feito para o Leonardo DiCaprio fazer (Leo é produtor de Aposta Máxima), mas ele deve ter vários roteiros pra ler. É grande a responsabilidade. Eu e Leo não tivemos nenhuma conversa sobre isso. Nunca estive em nenhum filme como esse, mas me lembra os que eu mais gostava. Não dá pra saber quem é bom ou ruim, a audiência escolhe. Eu falei com Ben Affleck e ele aceitou na mesma época que eu. Ele foi uma força pro filme sair. Eu acho que ele tá fantástico. Eu amo o personagem, amo o dilema, é bom ser o cara que não perde. Eu corro o filme todo. Pra uma cena, passei um fíndi inteiro com um saco na cabeça e apanhando. E no script só tá escrito que eu ia ser raptado! Eu acho que sou sortudo. Esse personagem quer fazer a coisa certa, mas, no começo, você me ouve dizer que não importa o que você está fazendo, você está apostando. O Richie pensa assim. Estudar apostas e entender como é viciante foi o que eu mais fiz pra me preparar pra isso. E trabalhar com o Ben Affleck – que deve ser o novo Batman –, como foi? JT – Foi ótimo trabalhar com o Ben Affleck, ele é ótimo ator, se tornou um ótimo filmaker, vê o filme de diferentes ângulos. Eu trabalharia com ele se ele quiser fazer um filme ou só comer um bife. A gente só falou disso. O mais próximo que você estiver de um ator, melhor vai ser a química.
Ele falou também dessa vida dupla de ator e cantor. Não deve ser fácil viver entre filmagens, estúdio e turnê, né? JT – As oportunidades pareceram legais e daí eu fui. Estarei em tour por um ano, pelo menos. Não conseguirei fazer filme, a não ser que seja algo bem coadjuvante. Eu só vou de um projeto pro outro. Eu gosto de fazer as duas coisas de modo confortável. The 20/20 Experiment é um álbum duplo. Não queria cortar músicas, por isso eu chamo ele (o disco novo, que sai em breve) de 2/2, todas as músicas são do 20/20 como um todo. Todas foram escritas entre maio e junho de 2012. Eu queria lançar tudo junto, mas não deu. Ritchie, o personagem de Justin em Aposta Máxima, é um apostador. Será que Justin também é? JT – Não sou grande apostador. Em Vegas, a gente vai num jack black (jogo comum em cassinos) e é inacreditável o tempo que passa. Eu sou mais metódico. Cada filme, cada música, cada tempo no palco você está apostando algo. Ainda mais quando você tá ficando mais velho. Eu não penso mais tanto, eu acho, faço uma fresh choice. A coisa boa é que eu não sou um jogador de futebol. Música e filmes, você pode fazer os dois por muito tempo. Sou muito jovem ainda, tenho 32 anos.
Em Aposta Máxima, Richie (Justin Timberlake) é um ex-executivo dos famosos escritórios de Wall Street, que acaba perdendo o emprego por causa da crise e vai para Princeton fazer mestrado. A vida dele seria normal, se não fosse pelo fato de que, em paralelo à vida de estudante, ele é quase um funcionário do mundo dos jogos de azar online (sim, aqueles sites de cassino). Contudo, Richie acaba sendo trapaceado durante uma aposta arriscada e perde toda a grana que tinha para pagar os estudos. Ao invés de ficar só chateado e ir procurar ajuda (porque, cá entre nós, gastar tudo o que você tem num site de apostas é meio pesado), ele vai para a Costa Rica, local do escritório do site, para tentar recuperar o dinheiro que perdeu. É aí que ele dá de cara com Ivan Block (Ben Affleck), o todo poderoso do mundo das apostas e dono do site responsável por sua perda. A partir disso, o filme vira um banquete para quem curte ação e momentos tensos, cheio de cenas de lutas, perseguições e brigas policiais. Prepare-se para ficar sem ar em diversas cenas e ser surpreendido em alguns momentos. Apesar de oferecer diversão para quem curte esse tipo de filme, não se anime tanto. A história é daquelas bem clichezonas, estilo filme bobinho de Sessão da Tarde. Não espere demais principalmente da atuação do Justin que precisa comer muito arroz com feijão para ser tão bom ator quanto é músico. Por outro lado, Ben Affleck segura bem o papel de Block, sendo um vilão até que bem convincente, sem ser forçado e nem tentando ser malvado demais. Em alguns momentos, você até vai se perguntar para que lado torce – e isso é ponto positivo para os roteiristas! Mas, resumindo: se você quiser um filme para ver com os amigos, no tempo livre, sem nenhum comprometimento, pode ir na fé. Mas para filmão, tá longe.
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por renuska celidonio
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“NOSSA PEGADA É DAR TIJOLADA EM TODO MUNDO” UM PEQUENO GESTO FAZ UMA GRANDE DIFERENÇA: ESSE É O LEMA DA 1%, QUE DISSEMINA PROJETOS DE SONHADORES E DO BEM POR AÍ texto MARINA CICONET
É com esse texto do escritor Jack Kerouac que você é recebido no site da Um Por Cento. A ideia é, na teoria, simples: 1% do seu dia dedicado a fazer um pequeno gesto do bem pode fazer uma grande diferença para o coletivo. 1% do seu dia significa 14 minutos e 24 segundos, que você pode dedicar para si mesmo ou para o próximo.
A história do Angel com trabalhos sociais não é de hoje. Desde a época da escola, ele era um jovem ativo. Ser escoteiro ajudou bastante essa pegada social que ele carrega consigo. Trabalhou com turismo pra galera durante anos e sempre achou que podia fazer a diferença. Foi então que largou tudo pra ir atrás do seu objetivo de vida: mudar o mundo. – Um dos projetos bem legais que a gente toca foi o Recreio Solidário, que começou em 2009. Até hoje, foram 13 mil agasalhos recolhidos nas escolas de Caxias do Sul. A ideia era mostrar que a solidariedade também é importante pra galera, o engajamento, a participação – diz Angel. A história da 1% também está baseada em sonhos e no desejo de pessoas que pensam que não vieram pro mundo só a passeio. O Angel acha que os sonhos estão dentro das pessoas, mas o mundo trabalha para que a gente os esqueça. – No dia a dia, a gente esquece do óbvio. Esquecemos de falar com nossos pais, de ligar pra quem a gente ama, de fazer o que a gente gosta, de se preocupar com quem tá do nosso lado. E a gente tá aí pra isso, lembrar do óbvio. Nossa pegada é dar tijolada em todo mundo!
Divulgação
A 1% garimpa, estrutura e dissemina projetos do bem, que chegam até eles ou eles vão atrás. Como diz o texto de Kerouac, não existem regras. Na primeira fase, as iniciativas são selecionadas (elas podem ser da área da educação, do esporte, da cultura, da arte, social). Depois, a 1% vai em busca de patrocinadores pra fazer acontecer. Em seguida, mão na massa: hora da execução. O projeto chega verde até a 1% e sai de lá maduro: com um bom site, um vídeo legal, uma boa página no Facebook e no YouTube. Eles acreditam que, sem vida não tem jogo. E o que é essa vida? A divulgação, a ideia na rua, com a galera conhecendo e fazendo acontecer.
– Tão importante como realizar um projeto é disseminá-lo. 99% dos projetos que chegam até a gente não têm vida. Tudo depende de divulgação, não adianta – diz Angel Mirapalheta, 27 anos, responsável pela 1%.
KZUKA | outubro 2013
Recreio Solidário
Projeto Sonhar Acordado
Projeto Oásis
A 1% TEM UM SONHO, QUAL O SEU? SAIBA MAIS EM UMPORCENTO.ORG
Fotos Angel Mirapalheta, divulgação
“Aqui estão os loucos. Os criadores de caso. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. Você pode discordar deles, caluniá-los, glorificá-los. A única coisa que não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para frente. As pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que mudam”
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e pelo direito de coZinhAr Comer fora de Casa pode ser mais barato, prátiCo e divertido. e, do outro lado do balCão, é pode estar uma ótima oportunidade de negóCio texto GUSTAVO B. ROCK
arte CARINA KERN
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limentação é um mercado que está em expansão faz tempo. Afinal, a conta é simples: quando cresce a população, aumenta o número de bocas a serem alimentadas. Tem cada vez mais gente se dando conta disso, e desde cedo querendo uma boquinha desse mercado. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae e pela Unisinos no ano passado, a maioria dos porto-alegrenses alega falta de tempo para almoçar em casa e acha mais prático ir a um restaurante. – Nos últimos anos, o setor de alimentação fora do lar, que compreende bares, restaurantes, padarias e outros estabele-
ilustração mAdlEN, ShUTTERSTOCK
cimentos desse tipo, é um dos que mais empreendem e apresentam novas empresas na região metropolitana de Porto Alegre – diz Roger Klafke, gerente de projetos do Sebrae. Muitas delas são assessoradas pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, que seleciona estabelecimentos interessados em participar de seus projetos e, por dois anos, acompanha a gestão e o dia a dia de cada negócio. – Por meio desse estudo nós sugerimos modificações. É como um médico que examina o paciente e dá um diagnóstico de como ele está e do que deve fazer para melhorar – explica Klafke.
KZUKA | outubro 2013
A receitA do bolo
Com o mercado da gastronomia aquecido, diferentes áreas se aproveitam desse crescimento. O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) já tem cursos de gastronomia há mais de 50 anos e possui vínculo com milhares de empresas que podem fazer com que o estudante tenha emprego garantido até mesmo antes de se formar. – As pessoas começaram a compreender que gastronomia é uma arte que exige técnicas e conhecimentos específicos para ser exercida – observa Marcus Jiorge dos Santos, coordenador dos cursos de gastronomia da Faculdade Senac de Porto Alegre. Segundo ele, outros fatores que contribuem para o interesse dos adolescentes em seguir o caminho da cozinha são os personagens de destaque em novelas e em muitos programas de gastronomia na TV e na internet. Para se encaixar rapidamente no mercado de trabalho, Rodrigo Paz, 25 anos, decidiu aproveitar seu gosto pela culinária, que o acompanha desde pequeno, e seguir essa profissão. Nos últimos anos, ele já foi pra Argentina, passou um tempo em São Paulo, e, apesar das dificuldades, não se arrepende da escolha profissional. – Muita gente acha que é tudo glamour, mas na verdade o trabalho é duro, você começa de baixo e é tudo muito corrido. O que, na verdade, é importante para a formação do chef, porque é preciso saber tudo o que envolve a cozinha – afirma.
Apesar de vir de uma linhagem de advogados – profissão de seu pai e avós – o cozinheiro Luiz Filipe Dutra, 22 anos, largou o direito após três semestres para se dedicar às panelas. Depois de uma resistência inicial, hoje o apoio é total. – Sempre tive paixão pela cozinha e tenho planos de, no futuro, abrir um negócio próprio. Pode ser uma loja de produtos, ou uma tele-entrega, mas vai ser algo relacionado a comida – diz. Há três anos, ele se formou no curso técnico da Escola de Gastronomia Aires Scavone (EGAS). Luiz Filipe morou na Austrália por um tempo, onde teve experiência em restaurantes. Conhecer outras culturas não é importante apenas na hora de ter ideias para criar um novo prato. Ultrapassar fronteiras pode eliminar preconceitos, como com a comida de rua. – No Brasil, esse mercado é visto como sub emprego. Mas esta visão está mudando – afirma o coordenador do Senac, Marcus Jiorge dos Santos. Food trUcK: o cheF nA direção
Rodrigo Paz, 25 anos, criou o Comida de Rua, que leva os chefs pra perto das pessoas, o que ele enxerga como uma tendência. O projeto vai para sua 11ª edição. – O Comida de Rua surgiu pra aproximar a rua das pessoas, as pessoas da comida e a comida da rua. A ideia é dar um valor de sugestão (para o prato), mas que elas fiquem à vontade pra pagar o que acharem justo – explica ele. Vale a pena conhecer o projeto e ficar ligado pra saber quando rola o próximo evento. www.facebook.com/comidaderuapoa
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Nada mais lindo do que fotografar e compartilhar momentos incríveis do seu dia a dia. Por isso, empresas estão lançando câmeras super tecnológicas que se conectam diretamente com as redes sociais. Tá sabendo? Vem conferir três modelos para tirar cliques lindos de morrer!
Se tem alguém que está adorando as zuações do clipe Wrecking Ball deve ser a própria Miley Cyrus, né? A ex-Disney parece ter comprado uma Fórmula Para Fazer Sucesso Fazendo Polêmica – e a gente se diverte acompanhando o Projeto Miley 2013. Confira as nossas sete recriações favoritas. REPRODUÇÃO BRAZILIAN SURF CHANNEL
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Reencontro de Porto Seguro
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Antonella Diefenthaler, Amanda Franceschi, Angela Padilla e Júlia Gabardo
KZUKA | outubro 2013
Daniel De Marchi fez uma tatuagem com a galera do Heráclito Tattoo no Espaço Kzuka
POR AI
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Lançamento da Revista Kzuka de setembro Foto Giuliano Cecatto, especial
Frances Rocha e Roberta Canozzi
Rafael Chuiu curtindo um açai no Saúde no Copo
KZUKA | outubro 2013
Rolou até ‘karametade’ com a revista ;)
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Recreio de personagens no Tiradentes Foto Giuliano Cecatto, especial
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J煤lia Fagundes Juliana Pinto e Felipe Estivalete
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Vit贸ria Strada
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Nicole Angras, Juliana Motta e Giovana Hubner Foto Giuliano Cecatto, especial
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Samb찾o do Farroupilha Foto Giuliano Cecatto, especial
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Vit처ria Pigatto
POR AI
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Eventos Na festa da Ugly Entretainment, Roberta Machemer e Maria Fernanda Ortiz
KZUKA | outubro 2013
Giuliano Cecatto, especial
As catalogadas 2013 receberam um presentinho da loja Safira do Iguatemi
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No Debut do Country, Bruna Zillmer e Gabriela Herbst
Show de Talentos no Bom Conselho Foto Giuliano Cecatto, especial
Annelise Borges e Jo達o Pedro Padilha
Giovanna Canozzi e Joanna Mottin
POR AI
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Colégios Ale Horn, especial
Giuliano Cecatto, especial
No Farroupilha Day, Giancarlo Rigon e Marcus Vinicius Silva
No Farroupilha, Fernanda Mincarone Alana Huk degustando um Wake no Simulado Day, no Santa Inês
KZUKA | outubro 2013
Ariel Gil
Ale Horn, especial
Marcela Garcia estava focada no Simulado Day,no Santa Inês
Colégios
POR AI
Foto Giuliano Cecatto, especial
Foto David Reis, especial
No La Salle Dores, Carolina Kauer e Vitor Batista
No Cristo Redentor, em Canoas, Letícia Bertolucci Foto Mel Ferrari
Foto Giuliano Cecatto, especial
No Rosário, Andressa Amorim, Ana Júlia Dal Ri e Aline Maboni
No Anchieta, Fabiana Piccoli