Accio
REVISTA
Especial em comemoração aos 40 anos do Labted - 3° Edição - Novembro - 2015
Vilson JosĂŠ Bento
Editorial
Editorial
Pedro Paulo da Silva Ayrosa
Esta edição comemorativa do aniversário do LABTED, órgão da universidade no qual está situado o NEAD – Núcleo de Educação a Distância, principal motor desta revista, nos leva a perceber que o tempo passa muito rápido. Quarenta anos! O LABTED nasceu, cresceu e se firmou na área da educação e tecnologia desenvolvendo suas atividades com o apoio de muitas pessoas, departamentos, funcionários, estagiários e parceiros, além da dedicação de diversos diretores e o empenho de muitas gestões de reitores. Esta edição especial traz um material dedicado a preservar um pouco da história do LABTED. Nem tudo é para ser contado em uma revista, nem tudo caberia em nossas páginas, mas o que segue é um pedaço do órgão no tempo, as vezes retratado na voz da Reitora por meio da entrevista, outra hora contemplado no texto sobre os avanços tecnológicos das últimas décadas no setor de operação, ou no riso e crítica aberta proporcionados pela charge (setor de produção), nos relatos da equipe educacional sobre os cursos ofertados e também na publicidade da nossa midiateca, hoje totalmente digitalizada. Para uma compreensão geral do LABTED em suas 4 décadas de vida, uma linha do tempo foi criada e o texto principal narra o nascimento e as diferentes fases do laboratório, inicialmente denominado NTE – Núcleo de Tecnologia Educacional. Esse artigo conta com o depoimento da diretora que esteve a frente do Labted por mais tempo, Professora Estela Fuzzi, atualmente diretora do Núcleo de Educação e Cultura Japonesa da UEL. Por fim, os textos e as imagens do passado e do presente denotam a certeza de que o bom trabalho no decorrer dos anos conduz ao êxito e proporciona ânimo para abraçar o que está por vir. Sim, porque a tecnologia não para e a educação é o caminho. Accio! Convido você a iniciar esta jornada no próximo clique. Vire a página e boa leitura!
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
Há 40 anos, em Londrina, ocorria a Geada Negra, que erradicou a cafeicultura no Estado do Paraná e gerou o maior fluxo migratório do país em tempos de paz, um grande êxodo rural norte-paranaense. Neste período, no Brasil, o governo iniciava seu programa nuclear, anunciando ao Congresso Nacional e ao povo brasileiro o acordo de cooperação nuclear com a República Federal da Alemanha. Ainda neste mesmo ano, em 1o de novembro de 1975, o Laboratório de Tecnologia Educacional da UEL era fundado.
3
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
Índice
4
Entrevista com a magnífica reitora Profª Drª Berenice Jordão 06
#
Tradição & Inovação
Reportagem especial em comemoração aos 40 anos do Labted 10
Tecnologia com qualidade: Do Analógico ao Digital 16
Tecnologia na Medida Certa 22
http://www.uel.br/nead/portal/ comunicacao@uel.br (43) 3371 4133
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
Expediente Edição nº 03 - 2015 Reitora: Profª. Drª Berenice Quinzani Jordão Vice-reitor: Prof. Dr. Ludoviko Carnasciali Coordenador NEAD/UAB: Prof. Dr. Pedro Paulo da Silva Ayrosa - ayrosa@uel.br Equipe Comunicação Edição e reportagens: Cristiane Garcia Grande - cris.grandee@gmail.com Revisão: Eduardo Baccarin - eduardobaccarin@hotmail.com Design Gráfico Gabriel Sampaio - gabrielsampaiodesign@gmail.com Rafaela Boletti – rafaelaboletti@gmail.com
5
Entrevista Artigos
Entrevista com a Reitora: Proª. Drª. Berenice Quinzani Jordão Da Redação
Entrevista com a Reitora:
Berenice Quinza
Profª. Drª.
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
Em entrevista especial, pelo aniversário de 40 anos do Labted, a magnífica e destaca: “o papel do Labted está sendo fundamental para a estruturação
6
ACCIO: São 40 anos de Labted, o que primeiro lhe vem à mente sobre este órgão? Reitora: Eu penso que é um órgão de apoio pedagógico antes de mais nada, didático também, que oferece oportunidade de mais segurança aos docentes que ingressam na universidade, mais do que para aqueles que já são veteranos dentro da instituição. Eu entendo que é aquele órgão que está acompanhando os avanços tecnológicos em termos educacionais e procura oferecer, por diferentes meios, a oportunidade de melhorias dentro da instituição, para docentes, para os que fazem estágio em docência e para os que estão em treinamento para docência também. Um órgão permanente na estrutura da Universidade e que nunca deixou de estar presente na vida universitária da UEL. ACCIO: Já participou de alguma atividade oferecida pelo órgão? Reitora: Já. Quando eu atuava como docente, nos meus primórdios de UEL, eu tive apoio à época que fiz o meu concurso público, dois anos depois que eu já era docente aqui. Foi um apoio individualizado que eu tive do núcleo de tecnologia no sentido de incorporar melhorias na minha aula para o concurso na prova didática. Mas, eu usava bastante o Labted por meio da antiga Videoteca (hoje Midiateca). Eu usava muito o material
do acervo do Labted para minhas aulas de graduação, na área de biologia. Então, muitas aulas eu ilustrava com os vídeos que eu buscava, selecionava, alguns eu já conhecia, outros eu descobria que existia. E, logicamente, em alguma ocasião, para fazer alguns registro de atividade da nossa área de conhecimento, que era citologia, o Labted vinha fazer vídeos em ciclos de palestras ou em vídeos institucionais. ACCIO: O Labted vem atendendo às expectativas da Universidade? Reitora: Eu acho que vem atendendo às expectativas e sempre há mais a fazer. Eu acredito que num avanço tão acelerado, com tantas inovações e tecnologias sendo lançadas, sempre há mais o que aprender e o que oferecer. Acho que é um constante crescimento que se deve buscar. Talvez o Labted não faça tudo o que os docentes esperam nas diversas áreas do conhecimento, dada a velocidade que as coisas acontecem, mas acredito que essa atuação do Labted é uma atuação de resposta sempre presente. Acho que a formação e o amparo nunca deixou de existir e ele atende bem às expectativas da universidade. Ainda mais no momento que estamos hoje, com muitos docentes novos e que estão atuando pela primeira vez, pessoas que não tem uma experiência acumulada, temos muitos docentes de uma
Entrevista com a Reitora: Proª. Drª. Berenice Quinzani Jordão Da Redação
ani Jordão
Entrevista Artigos
a reitora fala sobre a importância do Labted o dos cursos a distância. “
ACCIO: Quanto aos cursos ofertados, o que significam para a UEL? Reitora: Eu acredito que o papel do Labted está sendo fundamental para a estruturação dos cursos a distância. Nós não tínhamos experiência ou preparo, mas iniciamos com o envolvimento e muita responsabilidade de vários setores que procuraram o melhor caminho para oferecer em todos os aspectos da EAD a melhor formação. Então, desde a formação das pessoas, a melhor composição e elaboração do material, preparar as pessoas para aulas a distância (videoaulas) por meio de outra metodologia que não a habitual utilizada no ensino presencial, a própria constituição da EAD, dos polos, tudo com o apoio do Labted. O desenvolvimento visual do material que exigiu bastante do Labted. Assim, todo esse apoio foi fundamental para que a EAD, iniciasse de forma sólida, segura, buscando sempre a qualidade. Então, quem tem garantido este ensino de qualidade tem sido o Labted. Esta é uma marca que nos diferencia em termos de ensino da maioria das instituições que oferecem EAD, por serem particulares. Já nos como instituição pública, temos interesse de oferecer um ensino presencial ou a distância com qualidade.
Fonte: Uel.br
ACCIO: São 5 mil títulos digitalizados e disponíveis na Midiateca. O que isto representa? Reitora: Talvez ela tenha um grande acervo e um grande número de materiais que não seja suficientemente conhecido de todo o conjunto de docentes, de técnicos e de estudantes dentro da UEL. Por ser um acervo bastante significativo, é um patrimônio importante que temos e talvez devemos explorá-lo melhor porque continua sendo uma grande ferramenta para que o aprendizado se dê de forma significativa aos estudantes. Como temos muitos alunos que fazem, por exemplo, o curso de licenciatura, e que seus estágios são em escolas públicas, de ensino médio e fundamental, que possuem poucas condições, poucas disponibilidades de materiais para tornar a aprendizagem mais atrativa, a midiateca é uma ferramenta que deveria ser melhor ainda explorada,
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
nova geração na UEL. E, especialmente hoje, atende plenamente no que precisamos na EAD – Educação a Distância.
7
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
Entrevista
8
Entrevista com a Reitora: Proª. Drª. Berenice Quinzani Jordão Da Redação
talvez seja um acervo a ser melhor explorado nestes cursos de licenciaturas e na atuação dos estudantes enquanto estagiários. Os nossos projetos de extensão atuam na periferia, onde não existem condições de ensino/aprendizado. Talvez a gente pudesse estar utilizando desse acervo pra fazer uma grande divulgação e mostrar a grande aplicabilidade da Midiateca nestas circunstâncias em que a UEL tem uma vivência. A Midiateca é um patrimônio muito grande nosso. Para muitos locais que a gente atua talvez seja uma das únicas ferramentas. Imagina!, levar esses vídeos para essas escolas onde não existe nada! Nós temos também algumas coisas que podem ser pensadas para uma maior vinculação com atividades que são institucionais. Nós temos por exemplo o GEPE (Grupo de Estudos em Práticas em Ensino), que é um grupo de apoio pedagógico, que discute questões de dificuldades dos professores nas diferentes experiências vivenciadas em sala de aula e ver as dificuldades dos nossos próprios cursos então constituídos pelos colegiados para isso. Talvez o GEPE fosse uma grande via para fazer melhor uso desse acervo. Ou no fórum das licenciaturas para que passassem a enxergar o Labted e a midiateca com um apoio mais efetivo nos estágios de licenciatura. Acho que podemos fazer um trabalho interessante com essas parcerias.
palavra escrita, o desenho, o design gráfico, vários meios que amplificam o trabalho do próprio Labted, multiplicando e muito o resultado. Como as pessoas tem diferentes percepções, quando você tem a possibilidade de fazer um material por diferentes meios, você tem mais condições e probabilidades de atingir o objetivo que você quer e sensibilizar de maneira diferente as pessoas que vão ser o público alvo daquele objeto. Então, é muito favorável ter um grupo assim reunido, porque não é um trabalho que se dá de maneira estanque, e sim um trabalho articulado. Os diferentes setores do Labted potencializam e agilizam o resultado. Penso que, numa forma articulada, um setor incorpora o trabalho iniciado pelo outro, ou já direciona, como um roteiro de aula, por exemplo, que precisa de uma parte que é o texto, outra que é a ilustração, outra parte por vídeo se for no ensino a distância, ou por cartaz. Deve-se ter várias formas e mídias pra transmitir aquela mensagem que irá compor um único material. Se está tudo separado, você nem tem a mesma concepção do material. O conceito já parte do princípio que no Labted você pode agregar diversos elementos no mesmo material e isso é uma vantagem do órgão.
ACCIO: O órgão possui uma equipe diversificada, de estagiários a profissionais especialistas em diferentes setores, incluindo a equipe do NEAD. Essa pluralidade vem para somar resultados? Por que?
Reitora: É uma oportunidade porque a EAD é a democratização do acesso ao ensino superior. Por isso que defendo que devemos estar oferecendo, não em todas as áreas de forma indiscriminada, mas naquilo que a gente tem competência para oferecer a distância. E nós temos hoje mecanismos institucionais para garantir que seja com qualidade. Nós analisamos uma a uma as propostas de cursos. Nós temos condição
Reitora: Sim, o Labted reúne vários tipos de meios para o desenvolvimento do trabalho e apoio que é oferecido. Desde áudio, vídeo, a
ACCIO: Qual a sua opinião sobre EAD – Educação a Distância?
Entrevista com a Reitora: Proª. Drª. Berenice Quinzani Jordão Da Redação de fazer o acompanhamento. Nós é que estamos formando as pessoas que estão trabalhando nestes cursos, portanto nós temos mais condições de fazer essa oferta com qualidade. ACCIO: O Nead, Núcleo de EAD da UEL, ligado à Universidade Aberta do Brasil, funciona há quase 6 anos com o apoio do Labted. Como vê o NEAD dentro do Labted?
oferecer um monte de cursos ou competir com o mercado na quantidade. ACCIO: Se recorda algum acontecimento específico durante a sua gestão que a marcou referente a atuação do Labted? Reitora: Acho que o mais marcante foi o trabalho junto a Educação a Distância. Depois foi a elaboração de vídeos institucionais, que levamos a imagem da UEL pra fora, isto é muito importante e impacta bastante quando temos a oportunidade de mostrar o vídeo. Uma parte que marcou muito foi uma videoconferência, em novembro de 2014, com o Japão, durante as comemorações dos 20 anos da Universidade Meio, em Okinawa, que é uma universidade irmã. E lá tinha duas alunas da UEL que acompanharam tudo. Foram convidados 3 reitores para estar presente na abertura das comemorações, sendo uma a UEL, uma americana e uma coreana. Porem, eu não pude ir e fiz, então, a videoconferência por meio do Labted. O tema que expus foi a Educação no mundo globalizado, com tradução simultânea . Accio: Algo mais que gostaria de expor? Reitora: Gostaria de dizer da importância da própria revista, que foi um marco, foi lançada no aniversário de 39 anos e esta já é o terceiro número. A revista traz reflexões sobre a própria EAD, sobre a experiência da UEL e, de certa maneira, atinge outros núcleos, outras pessoas envolvidas com a EAD que, por meio da revista, vão absorver um pouco dessa experiência da UEL.
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
Reitora: Sem o apoio do Labted, com sua experiência na geração de materiais, na formação de pessoas que atuam dessa nova forma diferente da presencial, com outras metodologias e lançando mão de outras ferramentas., tudo isso tem sido possível por meio do Labted. Eu acho que Núcleo de Educação a Distância sozinho não teria tornado possível a criação desses cursos existentes e a proposição de novos cursos. A UEL começou tardiamente a educação a distância comparada a outras instituições públicas do Paraná, mas acredito que temos primeiramente a vontade de realizar da melhor maneira, e isso não quer dizer que temos menos qualidade, porque estamos amparados pelo Labted. Não estamos buscando um ensino quantitativo e nem queremos agora nos igualar às instituições que começaram antes. Temos um papel bastante importante, que estamos oferecendo com qualidade, para as pessoas terem melhor possibilidade e chances para aqueles que estão fisicamente distantes, terem a chancela da UEL na sua formação. Isso faz toda a diferença porque dentro daquilo que oferecemos temos um selo de qualidade. O Labted dá maior amparo e condições ao NEAD para desenvolver um trabalho a distância, formando pessoas passo a passo pela nossa universidade. Ressalto tanto a qualidade porque é isso que nos diferencia, não estamos aqui para
Entrevista
9
RReevviissttaa AAcccciioo -- eeddiiççããoo nn°° 0033 -- NNoovveem mbbrroo -- 22001155
Matérias
Tradição
Tradição & Inovação - Reportagem especial em comemoração aos 40 anos do Labted Da Redação
Reportagem especial em comem
10
Foto: www.uel.br
o Inovação
Tradição & Inovação - Reportagem especial em comemoração aos 40 anos do Labted Da Redação
Matérias
&
Da Redação
RReevviissttaa AAcccciioo -- eeddiiççããoo nn°° 0033 -- NNoovveem mbbrroo -- 22001155
moração aos 40 anos do Labted
11
O Labted– Laboratório de Tecnologia Educacional possui um histórico de realizações inserido ao longo da história da UEL e acompanhado sempre de inovações para a produção e disseminação do conhecimento em uma educação com qualidade. Dia 1°. de novembro deste ano é o 40o. aniversário do órgão. Para o atual diretor, Pedro Paulo da Silva Ayrosa, a data reflete um período de realizações que envolvem diferentes fases e gestões no período de 4 décadas de inovações tecnológicas. “Tradição e inovação são palavras que não resumem, porém abrangem questões fundamentais no uso da tecnologia para a educação na UEL por meio do Labted”,
RReevviissttaa AAcccciioo -- eeddiiççããoo nn°° 0033 -- NNoovveem mbbrroo -- 22001155
Matérias
12
Tradição & Inovação - Reportagem especial em comemoração aos 40 anos do Labted Da Redação
A tecnologia torna o mundo diferente e, talvez, muito mais complexo. Ela está em todos os lugares e proporciona muitas formas de apropriação da informação e da aquisição do conhecimento. Neste século, seria difícil tentar ignorá-la no meio educacional. Por isso, o Labted, mediante a gama de serviços ofertados, foi adaptando-se aos tempos, às demandas, solidificando-se nos alicerces plantados pelas primeiras equipes de pessoas que fizeram parte do órgão, porém de olho nas necessidades e competências do mundo contemporâneo. “Não se trata da tecnologia suprimir a presença do professor, mas estamos conectados à importância e à urgência do fato de que a intencionalidade do professor venha suprir as expectativas do aluno, na educação presencial ou a distância”, afirma Ayrosa. Assim, o Labted aprimorou, no decorrer dos anos, os cursos de capacitação para a comunidade interna e externa da UEL, buscou novos equipamentos com os recursos que obteve, mergulhou mais profundamente na Educação a Distância com pós-graduação por meio da Universidade Aberta do Brasil, sem deixar de atender as necessidades individuais de docentes e discentes da UEL, como de outras instituições de ensino e também de diferentes esferas. Dessa forma, os números de atendimentos nos setores de produção, operação, arte, educacional e midiateca atingiram níveis altos. O Nead, Núcleo de Educação a Distância, operacionalizado pelo Labted, também deu passos largos nos últimos anos.
Linha do Tem
Tradição & Inovação - Reportagem especial em comemoração aos 40 anos do Labted Da Redação
Matérias
mpo do Labted Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
13
Matérias
Tradição & Inovação - Reportagem especial em comemoração aos 40 anos do Labted Da Redação
De volta às origens
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
com Estela Okabayasky Fuzii
14
O Labted, inicialmente denominado NTE – Núcleo de Tecnologia Educacional, teve sua fundação aprovada na gestão do reitor Oscar Alves, em 1975. O nome só foi alterado para Labted em 2003, após um novo regimento, quando deixou de ser ligado ao Centro de Educação, Comunicação e Artes e passou de órgão suplementar para órgão de apoio. Estela Okabayasky Fuzii, terceira diretora do NTE (1981-2002) - na mais longa gestão, conta que a raiz do Núcleo veio da Faculdade de Filosofia, por meio de uma professora que fez doutorado na Bélgica e foi a primeira diretora, Tereza Gally de Andrade. “Descobrimos que, numa salinha pequena no CCH, a professora Tereza, sozinha, elaborava um projeto de Tecnologia Educacional, que depois se tornaria um Instituto de Tecnologia. Era a gestação do NTE, muito antes da fundação”, conta Estela. Segundo Estela, Tereza Gally trouxe a ideia de que o professor poderia melhorar a atuação dele com o uso de recursos tecnológicos e vendo-se numa tela. Mas, como não havia ainda os equipamentos para gravação, os colegas assistiam presencialmente as aulas preparadas pelos professores e faziam anotações. Atualmente, esta capacitação é chamada de Microensino e continua as ser ofertada várias vezes ao ano no laboratório, sempre com preenchimento total das vagas. Depois, em 1978, Tereza Gally de Andrade mudou-se para o nordeste e a professora Santana Batista de Lima assumiu o NTE. “Nessa época, todas as universidades foram convidadas pelo MEC para elaborar um projeto voltado à tecnologia e educação. Foram aprovados
10 projetos, incluindo o da UEL. Participei e coordenei o projeto, depois fui convidada para levá-lo a outras universidades de diversos estados do país a pedido do MEC. E a Santana foi quem teve a ideia de trazer o projeto do MEC para ser coordenado pelo NTE”, afirma Estela. Dois anos depois, o responsável pela direção do CECA e, consequentemente, pela direção do Labted, foi José Aloyseo Bzuneck. Nesta época, Estela Fuzii era vice no CECA e, devido ao curso de Doutorado de Bzuneck, assumia, sempre que necessário, a diretoria do NTE, até tornar-se diretora no ano seguinte. Nesta fase, o órgão era composto de um secretário, um diretor, um técnico na arte e um técnico para áudio e som (basicamente para atender os alunos de jornalismo). “Quando eu assumi, ainda era muito pequeno o Labted, voltado mais para o atendimento ao curso de Comunicação, na área de rádio e TV”, lembra Fuzii. Vale ressaltar que os primeiros equipamentos foram doados pelo governo do Japão. E foram os programas como o Sadipe - Serviço de Apoio didático pedagógico na UEL e o PADES do MEC, que agregaram resultados ao trabalho do NTE e influenciaram na criação do setor didático-pedagógico por meio da professora Maria Nilce Missel. A professora Estela recorda, inclusive, da chegada em sua gestão de funcionários que até hoje estão no Labted, como o João Grosso, Vilson José, Waldecyr de Salvi, Edna Marques, Antônio Carlos Costa e Antônio Carlos da Silva, todos técnicos em estúdio e multimídia. Segundo ela, um ou outro tinha experiência, tinha trabalhado em TV, porém todos tiveram a oportunidade de se especializar, fazer cursos e estagiar. “Eram entusiasmados, mas eram muito jovens, não eram profissionais formados. Então eu recorria ao reitor na busca de estágio para eles. Um foi pra TV Bandeirantes, outro para Record, outro para a PUC do Rio Grande
Tradição & Inovação - Reportagem especial em comemoração aos 40 anos do Labted Da Redação
Matérias
do Sul. Para o Vilson, do setor de arte, fui conversar pessoalmente com Maurício de Souza (Turma da Mônica), que ficou de retornar, o que nunca aconteceu”, relembra.
Enfrentamentos e dificuldades
Fuzii explica que algumas pessoas da educação não eram totalmente contra a tecnologia, mas tinham outras prioridades e, por diversas vezes, não abraçavam a implantação da Educação a Distância na UEL. Já outras pensavam (e algumas ainda pensam), que “ensinar com a máquina prejudica”, diz Estela, que percebia, desde aquela época, que a UEL precisava de uma sensibilização para o uso da tecnologia educacional na universidade. Por outro lado, Estela afirma que os reitores e vices sempre apoiaram essas iniciativas, então, houve uma tentativa direta com Conselho Universitário, mas o projeto não foi aprovado por apenas um voto para completar os 2/3 necessários, equivalentes a 44. Além disso, faltaram 17 conselheiros naquele dia. “Então, voltamos a estaca zero”, diz Estela. Mesmo assim, segundo a professora, a UEL não estava totalmente por fora dos avanços tecnológicos. “Quanto mais eu viajava (para universidades do Brasil e outros países da américa latina) percebia que estávamos adiantados na ideia e na vontade de
desenvolver a EAD”, diz. Mesmo com as dificuldades de um crescimento mais intenso, a EAD acontecia com as opções existentes na época, com tecnologias e formas de comunicação que as novas gerações talvez nunca tenha utilizado: “Usávamos correio, telegrama, telex e rádio para fazer a EAD, pois era os únicos recursos que tínhamos. Era precário, mas já se fazia EAD”, completa Estela. Sobre a EAD na UEL hoje, Estela afirma que “está ótima, porque agora está instalada. Mas é preciso uma reflexão, acompanhamento quanto ao uso excessivo da tecnologia. Tecnologia educacional, EAD, acho tudo importante para o avanço, mas dentro de um espírito crítico e da verificação da posição do homem no uso destes recursos. Algumas pessoas delegam para a tecnologia o ensino e esquecem do educacional, do próprio professo, Por isso, algo que sempre me preocupou foi a preparação do recurso humano para determinado objetivo. Não é somente porque um professor viu ou ouviu falar de EAD que ele pode fazer EAD”.
RReevvi issttaa AAcccci ioo -- eeddi iççããoo nn°° 0033 -- NNoovveemmbbrroo -- 22001155
Para Estela Okabayasky Fuzii, as grandes dificuldades, no início do NTE/LABTED, para o uso da tecnologia da educação, estavam muito relacionadas ao vínculo existente com o setor de educação e a mentalidade de algumas pessoas. ”A Educação tem que estar na vanguarda do desenvolvimento, mas, muitas vezes, vamos no reboque das outras ciências. Eu sempre luto para mudar isso”, diz a ex-diretora, deixando claro que não é tecnicista.
15 15
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
Matérias
Tecnologia com qualidade: Do analógico ao digital Da Redação
16
Foto: Gabriel Sampaio
Tecnologia com qualidade: Do analógico ao digital Da Redação
T e c n o l o g i a
c o m
Matérias
q u a l i d a d e
Da Redação
N
o Laboratório de Tecnologia Educacional da UEL – Labted, a tecnologia não é algo simplesmente físico, resumida a computadores, internet, cabos e outros instrumentos que com o passar dos anos se renova e se recria, conforme a necessidade. O termo envolve conhecimento técnico e científico, sendo que a aplicação deste conhecimento na educação é o motor do órgão. Em 40 anos de existência do Labted, os equipamentos (ferramentas e máquinas) e o serviço oferecido pelo setor de operação evoluíram em etapas, muitas vezes seguindo as novidades da área. Em outras, conforme a obtenção de recursos e verbas., mas, sempre, voltados a uma tradição de qualidade e a uma inovação criteriosa no uso da tecnologia para a educação. As reconfigurações ocorridas na prestação de serviço acompanharam a caminhada seguida pela própria UEL. Até a década de 90, a
movimentação de discentes da comunicação era intensa nos corredores e estúdios, pois o Labted funcionava como laboratório do curso de jornalismo. O atendimento ao aluno era fixo, dia sim dia não, no qual participavam professor, aluno e cinegrafista. Também era mais frequente a procura, por parte de docentes, para que a equipe de técnicos os acompanhassem em alguma expedição fora dos limites do Campus, às vezes em rios ou outras regiões, para a gravação dos estudos e coletas de material realizados pelos alunos. As gravações viravam documentários e vídeos educacionais com o roteiro (setor de produção) todo elaborado por um profissional do Labted. Atualmente, as vídeo-aulas são o carro chefe no estúdio de gravação, tanto para a educação presencial do cursos de graduação e pós da UEL, quanto para a educação a distância. O que continua ainda a serviço
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
Do Analógico Ao Digital
17
Matérias
Tecnologia com qualidade: Do analógico ao digital Da Redação
do Labted , desde o início de sua atuação, são as gravações de eventos na própria UEL, como congressos e seminários, porém com uma frequência bem menor. Também ocorrem, desde os primórdios até hoje, as gravações das aulas apresentadas no curso de Microensino, ofertado pela equipe educacional do próprio Labted.
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
Imagem e som
18
Pode-se dizer que o avanço dos equipamentos no Labted foi drástico, como toda a mudança ocorrida em nível de tecnologia na área de áudio e vídeo nas últimas décadas. Primeiramente, tudo era gravado em VT (videotape) magnético, com o uso de uma ilha de edição analógica, mais dois vídeos e um controlador para acionar outro vídeo para as gravações . O formato usado de fita de vídeo era U-Matic, uma “cassete” lançada pela Sony em 1971. Os filmes eram super 8 mm e, mais tarde, de 16 mm, que equivalia a largura dos mesmos, ou seja, à bitola cinematográfica. Após as filmagens, tudo era transferido para vídeo pelo processo de Telecine. Basicamente, este equipamento permitia que as imagens captadas em filme cinematográficos para serem exibidas somente em cinema, pudessem ser assistidas em aparelhos de vídeos, como o videocassete, por exemplo. Segundo o técnico em estúdio e multimídia Waldecyr Aparecido de Salvi, tudo era muito mais difícil no início do Labted: “Para gravarmos sempre acompanhava o cinegrafista com a câmera e mais uma pessoa para carregar o equipamento. Tínhamos que trabalhar de forma sincronizada, para não ir cada um para um lado”, conta ele. Somente na década de 90 começaram a chegar as câmeras VHS e super VHS. Depois, por volta de 1999 e 2000 veio a primeira câmera DV, ou seja, de formato digital. Na mesma época, o Laboratório adquiriu também e a primeira ilha de edição não linear – com memória ram de 512 megas. Na parte de áudio, o estúdio do Labted inicialmente trabalhava com fita cassete e LP (longplay) de vinil para colocar o som nas imagens. A gravação era na fita de rolo, acoplada a um
Tecnologia com qualidade: Do analógico ao digital Da Redação
Matérias
enorme gravador. “Na edição, colocávamos o áudio e só depois cobríamos com as imagens. Hoje você pega as trilhas e coloca no “Premier” (software). Com a internet também ficou mais fácil o acesso às músicas”, explica de Salvi.
Grosso lembra que os primeiros equipamentos eram todos a energia, sem opção de funcionar a bateria, por isso só podiam gravar próximos a tomadas, inclusive devido a necessidade de luzes para clarear o ambiente. Só depois vieram as câmeras portáteis com bateria e com iluminação própria. “Facilitou muito, porque antes, para fazer uma externa, só gravávamos no térreo, embaixo do prédio do Labted. Ligávamos o cabo no terceiro andar e o descíamos pela janela. Depois, subia todo mundo para fazer a edição”, relata João Grosso. Com isso, dá para imaginar que o local das externas era sempre muito parecido em todas as gravações. Tanto o técnico Waldecyr de Salvi quanto João Grosso, fazem questão de ressaltar a importância de um funcionário que passou pelo setor e foi o precursor de muitas iniciativas na área de operação. Chamava-se Celso Rodrigues Silva e, antes de trabalhar na UEL, já tinha passado por televisão e estudado arquitetura, sendo responsável pelo desenho de diversos móveis e aparelhamentos para o estúdio, como balcões para o jornalismo e o tripé de ferro que é utilizado até hoje como suporte para as câmeras. A passagem do Celso e de muitos que já se aposentaram é mais uma prova que tecnologia não se compra apenas, ela é feita de conhecimento e ações.
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
Outro equipamento muito utilizado no laboratório era o projetor de slide do tipo carrossel. As transparências eram desenvolvidas pela equipe com os textos cedidos pelos docentes da UEL. O material era, inclusive, sonorizado, com a narração dividida por blocos de slides. “Na época os locutores eram o Plinio Bortoloto, o Antonio Godoy, o Camargo e outros,” lembra de Salvi. Hoje o Labted possui importantes colaboradores nesta área, como o Pedro Melo e a Eliete Vanzo da Rádio UEL, no entanto, o material é preparado para ser transmitido por projetor de imagens multimídia, ou Datashow. Para João Grosso, técnico recém aposentado do setor, o que mais avançou a nível de equipamentos tecnológicos no Labted “foram as mídias que arquivam a gravação”, antes fitas de VHS e agora em diversos outros formatos, como CDs, pen-drives e chips.
19
Tecnologia com qualidade: Do analógico ao digital Da Redação
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
Matérias
20
E hoje? Agora, o computador da ilha de edição, apesar de não ser dos mais potentes do mercado, não se compara à primeira ilha utilizada. “Possui memória ram 4 GB e 1 Tera de HD, mais o DV”, explica de Salvi. As câmeras atuais possuem baterias, cartões de memória e sua própria iluminação embutida, além de serem muito mais leves e digitais. Para a entrega de conteúdo em vídeo para uma audiência global, o órgão possui um aparelho bastante moderno chamado Tricaster. Ele é compacto e portátil, e possui todas as ferramentas necessárias para realizar a transmissão e gravação ao mesmo tempo, sendo muito útil para eventos. Alguns softwares foram adquiridos ou assinados, como o Windows Media Encoder, com o objetivo de codificar arquivos de áudio e vídeo para um determinado padrão, que serve
Tecnologia com qualidade: Do analógico ao digital Da Redação
Matérias
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
21
tanto para converter quanto para capturar conteúdo como áudio, vídeo e imagens da tela do computador. Para conferências e reuniões on-line, o programa empregado é o Adobe Connect. Também se utiliza o Google Hangouts, uma plataforma de mensagens instantâneas e chat de vídeo desenvolvido pelo Google Por fim, o que se vê é que a tecnologia no Labted realmente não se compara como um objeto, tecnologia é fruto de uma história de 4 décadas, atrelada a um contexto sócio-cultural e econômico, repleta de inovações e adaptações para um nova geração de estudantes e professores, cujo resultado de qualidade na educação é o foco principal.
Matérias
Da Redação
Tecnologia Medida Certa
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
na
22
Da Redação
C
omo um órgão de apoio da UEL, o Labted possui um setor educacional essencial para que seus objetivos sejam cumpridos na forma de orientação e capacitação, por meio de atendimentos pessoais e cursos que envolvam tecnologia, educação e relações humanas, promovendo ações didático-pedagógicas de qualidade, que possam funcionar como um elo entre as partes envolvidas no ensinoaprendizagem e em atividades existentes no ambiente de trabalho, envolvendo servidores e também comunidade externa. A equipe Educacional do órgão é atualmente bastante completa, composta por duas pedagogas e um sociólogo, habilitados a oferecer uma gama de cursos variados, promovendo atividades clássicas e conhecidas há décadas, como o tradicional Microensino, e realizando novas ideias e propostas conforme a demanda e necessidades dos tempos atuais.
Inicialmente, o setor tinha o foco voltado somente para a formação do professor , ou seja, para o desenvolvimento de habilidades e estratégias para o exercício da ação docente. “Muitas vezes os profissionais, em sua formação, aprendem a profissão, entretanto não sabem como ensinar as habilidades específicas de cada profissão, necessariamente.”, explica a pedagoga Maurênia Nielsen. Então, o “Microensino” se constituiu o principal curso ofertado, pois desenvolvia, e ainda desenvolve, habilidades necessárias ao exercício docente e uma preparação minunciosa para que o professor, desde sua entrada em sala de aula, tenha o em mente a intenção de ensinar. “A partir deste curso, os primeiros integrantes da equipe pedagógica do Labted começaram a pensar também nas formas de relacionamentos que envolviam o docente e o estudante nas salas de aula, passando a ofertar também o curso
Tecnologia na Medida Certa Da Redação
de “relacionamento interpessoal”, o qual foi muito bem aceito por toda a comunidade universitária e, a maioria dos participantes nas atividades do Labted, passaram a fazer ambos os cursos, “Microensino” e Relações Interpessoais”, conta Nielsen.
Paulo Sérgio Negri, sociólogo, ressalta a constatação da importância de uma nova ensinagem nos últimos 5 anos. “A sala de aula tornou-se um campo controverso, onde os alunos tinham um perfil mais tecnológico e os professores menos. Os professores falavam uma língua e os alunos outra, então surgiu a necessidade de trabalhar uma comunicação didática voltada para o uso das ferramentas tecnológicas em sala de aula”, explica Paulo Negri.
O professor tem muitas opções tecnológicas disponíveis, como softwares educacionais específicos para cada área, dispositivos moveis com aplicativos específicos para educação, comunicação visual da aula por meio da elaboração de slides para projetor multimídia, as redes sociais como teias de construção de saberes, a internet como ferramenta de pesquisa e produção de conhecimento, mas precisa saber como aproveitar as tecnologias educacionais, distribuídas dentro das técnicas de ensino, em um aula didaticamente Além disso, com o passar do tempo, os adequada. professores atendidos começaram a expor ao setor as dificuldades de seus alunos ao O uso das novas tecnologias perpassa pela se apresentarem em público e para expor consciência da intencionalidade pedagógica pesquisas e trabalhos, o que incentivou significativa, que por sua vez, norteia a o setor educacional a preparar também elaboração dos aspectos didáticos da aula, ofertas voltadas tanto aos docentes quanto sendo sua fase inicial, intermediária e final. aos alunos. E, mesmo com outras demandas Não é o uso da tecnologia por si só, mas sim provenientes de diversos órgãos e instituições o uso contextualizado com a comunicação públicas e privadas, o setor educacional didática adequada. Mas para que? Justamente sempre deu ênfase à estratégia de ensino, de para que haja uma ambientação para a falar em público, de como se comportar em aprendizagem, seria portanto um novo jeito sala de aula, de atendimento individual ou em de ensinar, para um novo jeito de aprender”, grupo, sem abandonar o intento inicial, o de resume Negri. proporcionar a preparação de docentes para cada geração nova de estudante que surge.
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015
Para Helaine Contato, pedagoga, “a formação docente é fundamental, por isso, temos procurado fazer um trabalho muito humanista no setor”. Assim, em outros órgãos da UEL, como os hospitais HU e HC, é ofertado, dentre outras opções, o curso ‘Desestressar’. “O servidor, de uma maneira geral, está muito angustiado, adoentado e desmotivado. Nos hospitais, particularmente, é um trabalho estressante por estarem sempre trabalhando com doentes e com vidas”, lembra Contato, deixando claro que o servidor, por sua vez, precisa fazer sua parte, pois o bom funcionário público sofre com o rótulo negativo devido a falta de comprometimento de outros servidores.
Matérias
23
24
Revista Accio - edição n° 03 - Novembro - 2015