Os Reinos de Mito Anos de Outono (A)

Page 1




Em uma desconhecida aldeia indígena localizada na região da Amazônia, guarda em seu centro, um tronco de árvore conhecido como “yggdrasil”, pelo qual deu origem à localização da aldeia. Esse tronco de aparência surreal trás consigo uma história onde três jovens índios descobrirão o motivo dele existir na aldeia, principalmente de existir para eles... Conheça essa aventura escrita pelo autor Laertes Rocha, difundindo mais ainda os mitos provenientes da Grécia e da Roma que hoje, percorrem o mundo todo.


LAERTES ROCHA

ANOS DE OUTONO

1° edição

São Paulo Laerte Silva Rocha 2015


Š

Todos os direitos reservados, nemhuma parte deste livro pode ser reproduzida totalmente ou parcialmente por quaisquer meios sem a autorização do autor. Obra protegida pela lei 9.610 de 19/fev/1998.


Sumário Capítulo 1.................................... 13 Capítulo 2.................................... 53 Capítulo 3.................................... 66 Capítulo 4.................................... 75 Capítulo 5.................................... 97 Comentário do Autor................. 108



PARTE 1



“Quando as estrelas sumirem do céu Não largues as armas de tuas mãos Nem ao menos seu espírito de guerreiro, Pois o brilho das estrelas retornará E a esperança prevalecerá” (Zeus do Olimpo)





Capítulo 1 O sol raiava em um céu esplendoroso de cor azul bem vívida e com uma leve brisa que acariciava tudo aquilo que tocava. Em baixo de toda aquela beleza, um castelo cujas pedras polidas e bem assentadas uma sob a outra, refletiam de forma amena a luz do sol, com seu formato em trapézio visto de cima. O castelo compunha-se de quatro torres circulares e largas, uma em cada ponta comportando consigo uma besta, também entre uma ponta a outra de cada lado havia duas torres em formato quadrado um pouco menores e largas que as torres circulares totalizando mais de oito torres. No lado norte e sul, havia portões altos que se fortificavam com o ouro e os detalhes em bronze de duas corujas viradas uma para outra, pousadas em uma árvore. No centro do castelo o

13



pátio era embelezado por uma fonte de prata cujo formato era de uma balança que inclinava-se de um lado a outro. Nas extremidades, canteiros compostos por rosas, violetas, margaridas e tulipas que ficavam perto de lojas e barracas que vendiam de um boneco de madeira a espadas, escudos e peitorais, e também escadas que davam acesso às torres contanto que puxassem a alavanca para subir a grade de acesso. Mas a cena de beleza era tomada por uma guerra, espadas e machados soavam fortemente como um rugido de leão bem em frente aos portões principais do castelo, na parte norte do castelo a maré agitava-se com o navegar dos navios inimigos que quando chegavam a costeira desembarcavam vários soldados com espadas, lanças e arco e flecha. Com uma aparência de zumbi humano por causa da pele acinzentada escura, isso da cintura pra cima, pois as pernas eram peludas e no lugar dos pés tinham cascos parecendo com a de um bode ou cavalo, protegiam-se apenas com um elmo.

15


Estes corriam na direção do portão e em seguida enfrentavam minotauros que seguravam em suas mãos um machado. Não era um machado qualquer, ele possuía quatro gumes cruzando-se entre si formando na ponta uma espécie de “X”. Os minotauros contavam com ótimos peitorais de couro que os protegiam por muitas vezes dos ataques de seus inimigos. No topo das torres e até mesmo próximos aos portões, faunos arqueiros revestidos por uma armadura amarela bem brilhante por causa dos reflexos do sol, atiravam flechas na direção dos soldados inimigos, principalmente dos arqueiros que tentavam se aproximar para atirar neles. Acompanhavam juntamente com os faunos arqueiros as bestas que ficavam nas torres circulares comandadas por um deles de armadura azul com detalhes em preto. Estavam tentando afundar os navios que chagavam a costeira. – Atirem! – ordenava ele.

16


Já no portão sul que se abria para passagem de mais soldados na guerra, faunos com lanças e espadas batiam corajosamente de frente com as criaturas (que aparentemente se assemelhavam a eles bem mais gastos e assustadores) inimigas, enquanto nas torres e bases das paredes os arqueiros e bestas ajudavam na diminuição da quantidade dos inimigos que emergiam das matas altas que ficavam perto de lá. Os inimigos poderiam ser até fáceis de serem derrotados, mas estavam em maior número e isso dificultava a vida dos guerreiros que defendiam aquele castelo, ainda mais que na região onde fica o portão norte os soldados cinzentos construíram cinco catapultas altas e fixas que começavam a atirar na direção do castelo. Gigantes que tinham poucos fios de cabelo na cabeça e excesso de pelos nas mãos e nos pés, assemelhavam-se muito com humanos e vieram em navios que pararam em uma costeira a quilômetros

17


dali e foram na direção do portão norte para ajudarem os guerreiros que estavam em grande desvantagem. Também, no portão sul, aves de rapina gigantescas aterrissavam no local de batalha para descerem delas uma espécie de falcão em forma humana com duas adagas em ambas as mãos que atacavam os inimigos cinzentos com agilidade, tornando a batalha mais equilibrada. Uma das aves atravessou o portão do sul e seguiu vôo até o centro do pátio onde estavam reunidas tropas de faunos preparando-se caso o portão se abrisse e fosse invadido pelos inimigos. A criatura assemelhada com um falcão-humano saltou das costas da ave e aterrissou precisamente entre um minotauro dourado e um fauno arqueiro. Em seguida os três olham para cima e vêem uma pedra enorme lançada por uma das catapultas inimigas atingirem a parede do castelo. Logo atrás outra pedra que atingiu uma das ameias do castelo e um fauno de armadura azul juntamente com outros quatro faunos,

18


onde estes seguiam as ordens do líder. Depois outras duas pedras, uma delas atingiu um dos canteiros floridos do castelo e a outra atingiu uma das casas dos aldeões que ficavam um pouco mais pro lado sul do castelo, logo atrás da edificação principal da cidade. Os cidadãos entraram em pânico. E quando pensavam que tudo tinha acabado, veio outra pedra que desta vez atingiu em cheio a torre circular direita do castelo, eliminando assim, a besta e faunos arqueiros que ficavam por lá. O minotauro, o fauno e a criatura ágil olharam entre si. Em seguida correram na direção do portão onde em frente havia a batalha dos minotauros e gigantes contra os inimigos e chegando lá o minotauro diz: – Vamos! Não podemos deixar que entrem no castelo, temos que destruir as catapultas que eles fizeram. Então o minotauro e a criatura falcão puxaram duas alavancas que davam acesso as roldanas do portão, depois que as roldanas apareceram nas colunas

19


perto do portão os dois foram rodá-las para abrir o portão. Enquanto rodavam duas pedras lançadas pelas catapultas atingiram duas casas próximas aquela que tinha sido atingida anteriormente. Depois outra pedra atingiu perto do fauno arqueiro que deu um pulo para trás seguido de duas outras que atingiram uma das barracas e a fonte do pátio. – Por Zeus! – exclamou o fauno arqueiro – Temos de acabar logo com essas catapultas, senão, não sobrará nada do castelo! O minotauro e a criatura ágil terminaram de rodar as roldanas e o portão norte do castelo se abriu. Em seguida os dois saíram pra fora do castelo, já que o fauno iria subir as escadas e ficar entre as ameias do castelo para eliminar os inimigos que ali chegavam perto. As enormes portas de ouro fecharam-se e então o minotauro olhava ao redor. Vendo uma das catapultas que estava atrás de umas pedras, disse ao ágil:

20


– Olhe! Avistei a primeira catapulta, vamos lá destruí-la. Eles seguiram caminho até a catapulta, mas foram parados por dois soldados de lança do inimigo. A criatura falcão deu um grande salto e com suas adagas acertou seu alvo precisamente, enquanto o minotauro corria na direção do outro soldado desprendendo seu machado de quatro gumes sobre as costas do peitoral em forma de “X” da qual ele usava e, com um giro de corpo acertou o inimigo bem em cheio. O intrigante era que quando os inimigos eram derrotados viravam um pó amarelado e brilhante e desapareciam do campo de batalha. Enquanto caminhavam na direção da primeira catapulta, a criatura meio humana e meio rapina, disse ao minotauro: – O nosso rei tentou vir para cá para ajudá-los na luta contra esses malévolos vindos do submundo, mas ele foi interceptado pelas tropas daquele traidor canino do Egito. Ele só pôde enviar alguns de nós

21


para ajudá-los na batalha. – Devemos proteger mais do que nunca esse castelo – disse o minotauro – não podemos deixar que peguem a chave primária. – A chave primária... Se a conseguirem, com certeza estaremos perdidos. – E o que vocês são? – Somos conhecidos como os mais ágeis e habilidosos da frota de nosso rei e de todo o Egito. Ele nos chama de vingadores. – Com certeza vocês nos ajudarão a conquistar a vitória! – afirmou o minotauro. Quando chegaram ao local onde ficava a catapulta, eles contornaram as pedras e derrotaram todos os guardas com seus golpes de machado e adagas. – Como destruiremos essa coisa enorme? – perguntou o vingador. O minotauro apontou no ar e respondeu: – Com aquilo! – o ágil olhou para onde estava

22


apontando e viu um dos gigantes que aparentemente estava enfrentando problemas com oito arqueiros – Vamos lá! As duas criaturas partiram na direção onde estava o gigante que não conseguia reagir por causa das flechas lançadas pelos arqueiros inimigos. Em questões de segundos os arqueiros cinzentos foram derrotados e o gigante pôde se mexer. O minotauro guiou o gigante até a catapulta onde ele e o vingador tinham derrotado os inimigos que a comandavam, e com três golpes o gigante destruiu-a. – Ótimo! Destruímos uma das catapultas, agora vamos acabar com as outras. Não podemos deixar que destruam o castelo de Ciudadano – argumentou o minotauro. Então os três seguiram caminho até um pequeno relevo onde ficava a segunda catapulta passando pelos soldados cinzentos que derrotavam alguns minotauros. Chegando lá eles encontraram sete

23



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.